Estima-se que, em 2022, a produção e o consumo de energia tenham contribuído com apenas 24% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa (GEE), graças à vasta participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira. Essa informação faz parte do Caderno de Meio Ambiente e Energia do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta segunda-feira, 21 de outubro. Mesmo com o aumento das emissões devido à melhoria dos padrões socioeconômicos do Brasil até 2034, a projeção de 2,4 tCO2eq/habitante mostra que as emissões per capita do país serão baixas em comparação com outras nações, atualmente da ordem de 5,4 tCO2eq/habitante (Europa, OCDE) a 13,8 tCO2eq/habitante (Estados Unidos). (Agência CanalEnergia - 21.10.2024) 

O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a criação do Fórum de Transição Energética na Aviação Civil (Fotea), com o objetivo de incentivar a integração entre entidades públicas e privadas interessadas no tema. O grupo de trabalho, que terá duração de um ano, terá como um dos principais objetivos discutir a viabilidade da produção e distribuição do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). O SAF é visto como a principal aposta do setor aéreo para reduzir as emissões de carbono, já que pode reduzir em até 80% as emissões de CO2 em comparação com o querosene de aviação tradicional. O fórum também deve abordar questões relacionadas à infraestrutura necessária para a produção e distribuição do SAF, bem como a regulamentação e incentivos governamentais para sua adoção. Além disso, o grupo deve discutir outras alternativas de energia, como a eletrificação de aeronaves e o uso de biocombustíveis. (Broadcast Energia – 17.10.2024) 

De acordo com o World Energy Outlook 2024 da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), a transição para um sistema energético mais eletrificado está ocorrendo de forma rápida, mas desigual entre tecnologias e mercados. A demanda global por eletricidade tem crescido significativamente, impulsionada principalmente pela China, que representa dois terços desse aumento na última década. O relatório destaca que a "Era da Eletricidade", baseada em fontes limpas, está moldando o futuro energético. No entanto, para sustentar esse crescimento, serão necessários maiores investimentos em redes elétricas e armazenamento de energia, que atualmente não estão acompanhando o ritmo da expansão da geração renovável. (Renews.Biz – 16.10.2024) 

Um novo documento elaborado pela Metabolic, em nome da SolarPower Europe e da The Nature Conservancy, destaca que parques solares projetados para serem inclusivos em relação à natureza podem contribuir tanto para mitigar os impactos das mudanças climáticas quanto para restaurar ecossistemas degradados. Esses parques solares visam produzir energia renovável enquanto promovem a biodiversidade e a restauração ambiental. No entanto, o documento aponta que a União Europeia (UE) precisa de uma estrutura política intersetorial para incentivar esses projetos e fornecer orientações claras. A ausência de uma abordagem unificada e de incentivos específicos em muitos países europeus tem gerado incertezas para desenvolvedores. O relatório sugere que a UE crie uma definição comum de parques solares inclusivos da natureza, desenvolva diretrizes para minimizar o impacto na biodiversidade durante o planejamento e construa um sistema de monitoramento e avaliação para apoiar o progresso desses projetos. (PEi – 15.10.2024)

Em 2024, o cenário global do Custo Nivelado de Eletricidade (LCOE) reflete avanços em tecnologias de energia renovável, com destaque para a solar fotovoltaica e a eólica, de acordo com estudo da Wood Mackenzie. O LCOE médio para sistemas solares fixos está em US$ 66/MWh, variando de US$ 28/MWh a US$ 117/MWh, enquanto sistemas com rastreamento de eixo único alcançam US$ 60/MWh. A energia eólica onshore tem um LCOE médio de US$ 75/MWh, e a offshore continua com custos mais altos, com instalações fixas a US$ 230/MWh e flutuantes a US$ 320/MWh. Na América Latina, o LCOE de renováveis caiu 8%, impulsionado pela queda nos custos de capital e de suprimentos, com destaque para o Brasil e México, onde as oportunidades de mercado são promissoras. A Ásia-Pacífico lidera em redução de custos, enquanto na Europa e América do Norte, as quedas foram modestas. (Agência CanalEnergia - 21.10.2024)

O Brasil superou os 33 GW de capacidade de Geração Distribuída (GD), de acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A modalidade, que abastece mais de 4 milhões de unidades consumidoras em mais de 5,5 mil municípios, já conta com cerca de 3 milhões de usinas conectadas. Em 2024, foram adicionados 7 GW, e a expectativa é alcançar 36 GW até o fim do ano. A ABGD destaca que o projeto Renda Básica Energética (REBE) pode acelerar essa expansão, proporcionando energia mais acessível e econômica. São Paulo lidera o ranking da GD, seguido por Minas Gerais e Rio Grande do Sul. (Agência CanalEnergia - 15.10.2024)

A EDP firmou um contrato de dois anos com o GPA, responsável pelas marcas Pão de Açúcar e Extra, para fornecimento de energia solar no modelo de geração distribuída compartilhada. O acordo, que envolve 40 unidades da rede Minuto Pão de Açúcar em São Paulo, prevê a entrega de 16,8 GWh de 2024 a 2026, a partir de usinas fotovoltaicas no interior paulista. A transação ajudará o GPA a evitar a emissão de 648,5 toneladas de CO2. A EDP investe fortemente em geração distribuída solar no Brasil, com uma meta de superar 500 MWp de capacidade instalada até 2026. (Canal Energia - 21.10.2024)

A Brasol recebeu aprovação do Cade para adquirir 40 projetos de geração distribuída fotovoltaica da Raízen, com capacidade estimada de 157 MWp. Apenas três desses projetos estão em operação, todos em São Paulo, e o restante está em desenvolvimento. A aquisição faz parte da estratégia da Brasol de expandir sua atuação em energia renovável. Para a Raízen, a venda está alinhada a seu plano de desinvestimento, permitindo retorno sobre os investimentos já realizados. (Mega What - 17.10.2024) 

Amazon e Google estão investindo em projetos de reatores nucleares avançados para atender à crescente demanda energética de data centers. A Amazon firmou um acordo com a X-energy para desenvolver 5 GW até 2039, enquanto o Google fechou uma parceria com a Kairos Power para 500 MW até 2035. Esses reatores nucleares pequenos e modulares visam fornecer energia limpa e confiável, reforçando os compromissos de sustentabilidade das empresas, com destaque para a Amazon, que almeja atingir carbono zero até 2040. (Energy Tech - 17.10.2024)

Cientistas da Universidade de Tecnologia de Xi’an descobriram que desertos podem ser locais promissores para a instalação de painéis solares, como demonstrado em um estudo realizado no Parque Fotovoltaico de Qinghai Gonghe, o maior do mundo. A pesquisa utilizou o modelo DPSIR para analisar as interações entre sociedade e meio ambiente, revelando que a instalação de painéis solares aumentou a fixação de carbono no solo e a disponibilidade de potássio e fósforo, além de melhorar o microclima ao reduzir a velocidade do vento e aumentar a umidade do ar. Embora os indicadores socioeconômicos, como PIB e urbanização, tenham melhorado com o desenvolvimento da energia solar, os cientistas alertam para a necessidade de avaliações cuidadosas para garantir o equilíbrio ecológico e o desenvolvimento sustentável. (Valor Econômico - 21.10.2024) 

O mais recente relatório da Mercom Capital Group revelou que o financiamento corporativo total no setor de energia solar nos primeiros nove meses de 2024 foi de US$ 22,3 bilhões, uma queda de 23% em comparação com os US$ 28,9 bilhões arrecadados no mesmo período em 2023. Além disso, o número de transações também diminuiu 6% ano a ano. O relatório destacou vários desafios que afetam o setor solar, incluindo incertezas regulatórias, políticas comerciais instáveis, interrupções na cadeia de suprimentos e custos mais altos. O financiamento de capital de risco sofreu uma queda de 39%, com US$ 3,5 bilhões arrecadados em 39 negócios. No entanto, houve um pequeno aumento na atividade de financiamento de dívida, que totalizou US$ 16,7 bilhões, 4% a mais que em 2023. As fusões e aquisições também apresentaram declínio, com 62 transações executadas em 2024, comparado com 75 no mesmo período de 2023. No entanto, as aquisições de projetos solares totalizaram 28,3 GW, um leve declínio em relação aos 31,6 GW de 2023. (PEi – 18.10.2024) 

A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) informou que as frequentes quedas de energia elétrica nas cidades brasileiras, causadas por eventos climáticos extremos, têm aumentado o interesse da população pelos sistemas de armazenamento de energia (baterias). Segundo a Absolar, a redução de cerca de 90% nos preços das baterias nos últimos 15 anos tornou os sistemas de armazenamento uma oportunidade cada vez mais relevante para acelerar a transição energética. De acordo com o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, as baterias combinadas com sistemas solares trazem sustentabilidade ambiental. A combinação das duas tecnologias pode ser utilizada para substituir, de forma limpa, silenciosa e competitiva, os geradores fósseis a diesel, muito comuns em condomínios e estabelecimentos de serviços em geral. (Broadcast Energia – 17.10.2024)  

A competição entre montadoras, fabricantes de baterias e provedores de armazenamento está impulsionando a busca por baterias mais baratas, com melhor desempenho e sem materiais caros. A BloombergNEF prevê que diversas empresas trarão inovações em baterias nesta década, incluindo novos cátodos, ânodos e eletrólitos. Embora as baterias de íons de lítio sejam o padrão atual, novos avanços em ânodos de silício, ânodos de metal de lítio e eletrólitos de estado sólido prometem aumentar a densidade de energia e melhorar o desempenho. Essas inovações, no entanto, enfrentam desafios significativos para serem escaladas em produção industrial. A BloombergNEF rastreia startups que levantaram US$ 6,9 bilhões em financiamento até setembro de 2024, refletindo o crescente interesse em tecnologias de baterias. A adoção em larga escala de novas tecnologias, como baterias de estado sólido, ainda está distante, mas o progresso em ânodos à base de silício e revestimento de eletrodo seco já está sendo impulsionado por grandes montadoras. (BloombergNEF – 14.10.2024) 

A Energy Storage Coalition, formada por SolarPower Europe, EASE, WindEurope e Breakthrough Energy, pediu um plano de ação para acelerar o armazenamento de energia na UE. Apesar de avanços com o Pacote do Acordo Verde e a Reforma do Mercado de Eletricidade, ainda existem barreiras ao investimento. A Coalizão sugere incentivos específicos, regras de rede harmonizadas e leilões dedicados ao armazenamento. A meta é garantir 1,2 TWh de capacidade de armazenamento até 2040, economizando €160 bilhões em custos de sistema. (Energy Storage – 17.10.2024) 

Montadoras no Brasil, como BYD, Hyundai, BMW e Toyota, estão investindo em veículos elétricos híbridos, híbridos plug-in e movidos a hidrogênio como parte da descarbonização da frota nacional. Durante o "Summit: Futuro da Mobilidade", executivos discutiram a aceitação do público brasileiro por tecnologias inovadoras e a importância de oferecer opções diversificadas de veículos. Com 122,5 mil emplacamentos de veículos eletrificados de janeiro a setembro, o Brasil já possui uma frota de 342,9 mil veículos leves eletrificados. A possibilidade de utilizar etanol para gerar hidrogênio para veículos elétricos também foi destacada, embora os desafios de custo e logística ainda sejam relevantes. As montadoras planejam investimentos significativos nos próximos anos, com a necessidade de fortalecer a rede de recarga e promover a exportação de veículos eletrificados como parte da estratégia de recuperação econômica. (Valor Econômico - 17.10.2024) 

As vendas globais de veículos elétricos totalizaram 11,5 milhões de unidades até setembro de 2024, representando um crescimento de 22% em relação ao mesmo período de 2023. O destaque foi a China, com 7,2 milhões de veículos vendidos, um aumento de 35%. Nos EUA e Canadá, as vendas também cresceram, atingindo 1,3 milhão de unidades, uma alta de 10%. Na Europa, no entanto, o mercado caiu 4%, com 2,2 milhões de unidades, devido à redução de subsídios estatais, especialmente na França. Em setembro, as vendas globais registraram 1,7 milhão de unidades, um aumento de 31% comparado ao ano anterior. (Automotive Business – 15.10.2024) 

Em setembro, os veículos elétricos a bateria (BEVs) e os híbridos plug-in (PHEVs) dominaram as vendas na China, com uma participação de mercado de 53,3%, segundo a Associação de Carros de Passageiros da China. Esse crescimento representa um aumento de 16,4% em relação a setembro de 2023, quando a participação era de 36,9%. O mercado de NEVs (New Energy Vehicles) no país registrou 1,123 milhão de unidades vendidas, um aumento expressivo de 50,9% em relação ao ano anterior. Marcas chinesas lideraram esse segmento, controlando 73% do mercado de NEVs, enquanto as joint ventures, incluindo montadoras europeias, perderam participação, representando apenas 3,4%. A Tesla também apresentou crescimento, atingindo 6,4% do mercado. (Inside Evs – 17.10.2024)

A Solarprime, em parceria com a BelEnergy, lançou, no segundo semestre de 2024, a Moby, uma nova companhia focada em soluções completas de recarga para veículos elétricos (VEs). A nova empresa inicia suas atividades com o objetivo de atender o mercado de veículos elétricos, que segue aquecido no Brasil. Segundo o CEO da Solarprime, Mário Campo Grande, a proposta é utilizar a capilaridade da rede de franquias para promover a expansão dos pontos de recargas e o incentivo ao uso de VEs no Brasil. As primeiras investidas incluem da Moby incluem a instalação de eletropostos em duas eletrovias: Distrito Federal – Goiânia e Campinas – Litoral Paulista; e a conexão de 200 carregadores até dezembro de 2024. Ademais, a empresa disponibilizará para venda dois modelos de carregadores que são compatíveis com a maiores dos eletrificados do mercado e com protocolo padrão e aberto de comunicação entre o carregador e as plataformas de gerenciamento, garantindo recargas seguras e eficientes. (Agência CanalEnergia - 18.10.2024) 

A joint venture entre Sony e Honda, chamada Sony Honda Mobility, está incorporando inteligência artificial (IA) para aprimorar a condução autônoma de seus veículos elétricos, com o modelo de luxo Afeela previsto para ser lançado no Japão e nos EUA em 2026. Utilizando um sistema operacional desenvolvido pelas duas empresas, a IA permitirá atualizações anuais para melhorar continuamente a funcionalidade de Nível 3 de condução autônoma, que abrange rodovias e certas condições. O uso de IA promete acelerar melhorias e reduzir custos, minimizando a dependência de sensores caros, em contraste com sistemas atuais que dependem de codificação manual. Enquanto a Tesla já utiliza IA em seu sistema de condução autônoma, a BYD se uniu à Huawei para desenvolver um sistema similar. O mercado global de veículos autônomos deve crescer significativamente, alcançando US$ 2,75 trilhões até 2033, à medida que tecnologias digitais, como a condução autônoma baseada em IA, se tornam fundamentais para a competitividade no setor. (Valor Econômico - 21.10.2024) 

A Light, em resposta à atual escassez hídrica que resultou na ativação da bandeira tarifária vermelha patamar 2 pela Aneel, reafirma seu compromisso com a eficiência energética para seus 11,6 milhões de consumidores no Rio de Janeiro, destacando a importância do consumo consciente para evitar contas elevadas. A bandeira vermelha, que eleva o custo em R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, sinaliza o uso de usinas térmicas, mais caras e poluentes. A empresa recomenda desligar aparelhos não utilizados, ter cuidado com equipamentos que consomem mais energia, realizar revisões nas instalações elétricas e alerta sobre os riscos e custos associados a ligações irregulares de energia, que podem causar sobrecargas e interromper o fornecimento. (O Globo - 21.10.2024)

A Neoenergia Pernambuco estendeu o prazo de inscrição para projetos na classe Comércio e Serviços da Chamada Pública para Projetos de Eficiência Energética 2024 até 3 de dezembro. As demais categorias continuam com o prazo até 29 de outubro. Ao todo, R$ 13,5 milhões serão destinados para melhorias em instalações elétricas e geração solar fotovoltaica, sendo R$ 6 milhões para Comércio e Serviços. A superintendente de Eficiência Energética, Ana Christina Mascarenhas, ressaltou que a iniciativa visa promover transparência e incentivar o uso eficiente de energia. Dúvidas podem ser esclarecidas no portal da Chamada Pública até 22 de outubro, ou 22 de novembro para Comércio e Serviços. (Neoenergia - 21.10.2024) 

Um relatório da consultoria Atlantic Ventures, encomendado pela Nutanix, destaca que a modernização de data centers com soluções de infraestrutura hiperconvergente (HCI) pode gerar economias significativas no mercado de data centers da região EMEA (Europa, Oriente Médio e África). A migração para arquiteturas mais eficientes pode reduzir o consumo de energia em até 27% e economizar até 25 bilhões de euros até 2030. A adoção em larga escala de HCI poderia eliminar até 19 milhões de toneladas de CO2e, equivalente às emissões de 4,1 milhões de carros. Além disso, a estrutura HCI oferece maior flexibilidade e escalabilidade, permitindo que empresas ajustem seus recursos computacionais de forma mais eficiente e implementem sistemas de recuperação de desastres com menor consumo de energia. O estudo conclui que, diante da crescente demanda por recursos computacionais e a pressão por sustentabilidade, a combinação de HCI com nuvem pública maximiza os benefícios em economia de energia e flexibilidade. (Teletime - 21.10.2024) 

Proprietários de imóveis e inquilinos em North Somerset com dificuldades para instalar atualizações de economia de energia podem agora solicitar assistência pelo Enabling Works Fund, gerenciado pelo Centro de Energia Sustentável e financiado pelo Fundo de Prosperidade Compartilhada do Reino Unido. O fundo cobre custos para preparar casas para melhorias energéticas, como limpar sótãos, remover entulhos, consertar problemas estruturais e instalar andaimes para isolamento. O vereador Mark Canniford destacou que a melhoria da eficiência energética é crucial para reduzir as emissões de carbono e ajudar os moradores a enfrentar os altos custos de energia, reconhecendo que muitos enfrentam barreiras para realizar essas melhorias. (Energy Live News - 21.10.2024) 

A Zain Group, operadora de telecomunicações do Kuwait, ampliou sua parceria com a Ericsson para avançar em sustentabilidade e eficiência energética. Desde um Memorando de Entendimento em 2023, as empresas mediram o consumo de energia em tempo real, resultando em uma redução de 18% no consumo após a implementação da solução 5G leve da Ericsson no Bahrein, 35% em sites de rádio e 50% nas emissões de carbono em 80 locais em Zain Bahrain. Essa colaboração visa reduzir a pegada ambiental da Zain e facilitar a transição para operações Net Zero. (Pune - 20.10.2024)

Keith Thomson, cofundador do Critical Services Microgrid Group, coordenou esforços para fornecer energia limpa a serviços críticos após o furacão Helene, que devastou o oeste da Carolina do Norte. Ele colaborou com o Footprint Project e outras organizações para instalar microrredes móveis, abastecer centros de saúde e fornecer água potável. Estas iniciativas ajudaram comunidades afetadas por inundações e falta de eletricidade. O uso de microrredes solares demonstrou ser crucial para emergências, oferecendo suporte a instalações essenciais e infraestruturas locais danificadas. (Microgrid Knowledge - 21.10.2024)

O Exército dos EUA desenvolveu o Padrão de Microrrede Tática (TMS) para permitir a interoperabilidade de sistemas de energia no campo de batalha, eliminando a dependência de interfaces proprietárias. Em parceria com a indústria, o TMS possibilita a integração de várias soluções energéticas, criando microrredes expedicionárias mais flexíveis. O projeto STEP utiliza sistemas híbridos, e a futura capacidade do Universal Power Gateway permitirá conectar veículos elétricos híbridos e geradores para maior resiliência. A implementação está prevista para 2028, com avanços anteriores esperados. (Defense News - 16.10.2024) 

Após os incêndios devastadores de 2019 que deixaram Bawley Point sem energia por 10 dias, os moradores se uniram ao governo e à Endeavour Energy para criar a primeira microrrede comunitária de Nova Gales do Sul. Com um investimento de US$ 8 milhões, a microrrede inclui uma bateria comunitária de 3 MWh e baterias residenciais de 430 kWh, oferecendo resiliência energética e contas de energia mais baixas. O projeto visa melhorar a segurança e confiabilidade da energia, principalmente em áreas remotas e vulneráveis a quedas de energia. (AFR - 22.10.2024) 

A Autoridade do Mercado de Energia (EMA) de Cingapura propôs a criação de um ambiente regulatório para investigar usinas de energia virtuais, que agregam sistemas de energia de pequena escala, como painéis solares e baterias, para atuar como um único gerador de 15 MW em parceria com o SP Group. A iniciativa visa melhorar a rede elétrica e apoiar a transição energética do país, que busca emissões líquidas zero até 2050. Além disso, a EMA está expandindo seu programa de resposta à demanda para incluir empresas com sistemas de armazenamento de energia e operadores de carregamento de veículos elétricos, enquanto também promove estudos sobre captura e armazenamento de carbono (CCS) para descarbonizar o setor energético. As propostas para participação devem ser enviadas até o final de 2025. (Business Times - 21.10.2024) 

A Ava Energy AI Holdings anunciou que recebeu uma segunda patente do USPTO, focada no uso de microrredes para alimentar GPUs em data centers. Isso complementa sua primeira patente, que permite a conversão de energia distribuída em computação utilizando o sistema operacional de energia EOS e chips de GPU. A tecnologia permite que usuários vendam poder computacional gerado, lucrando significativamente mais do que vendendo eletricidade à rede elétrica. Ava Energy visa expandir parcerias com operadoras de microrredes e atender à crescente demanda por computação distribuída. (PR News Wire - 21.10.2024) 

A parceria formada entre a Brasol, a BlackRocK e a (re)energisa, fez com que o estado de Minas Gerais fosse o primeiro a receber uma subestação (SE) Energy as a Service (EaaS), modelo que transforma investimentos em custos operacionais mensais e garante maior flexibilidade financeira para as empresas. O projeto, que teve investimento de R$ 11 milhões, foi desenvolvido com vista à redução de custos operacionais, melhoraria da qualidade e a disponibilidade de energia para a Companhia Industrial Cataguases, que mira ampliar a sua capacidade produtiva. As obras envolveram a elevação da classe de tensão de uma SE de 22 kV para 69 kV. As empresas acenam que essa solução traz previsibilidade e pode beneficiar diversos setores ao reduzir custos e aumentar a eficiência energética. (Agência CanalEnergia - 17.10.2024)

A Tempo OK lançou um software inovador para geradores de energia, que integra dados atmosféricos e climáticos à plataforma TOKView, anunciada no Brazil Windpower em 22 de novembro. A solução oferece informações em tempo real e histórico sobre variáveis como vento, chuva e irradiação, além de prever eventos climáticos detalhados para até dez dias. Integrada a dados de estações meteorológicas e satélites, a plataforma visa otimizar a operação de usinas eólicas, solares e hídricas. A head de Geração, Ana Penna, destacou que o sistema melhora a precisão das previsões e a eficiência da geração de energia. (Agência CanalEnergia - 22.10.2024) 

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) iniciou a implementação de soluções de inteligência artificial (IA) no site CapacitaCCEE para facilitar o acesso e potencializar a retenção de informações nas trilhas de conhecimento. A primeira trilha a receber as novas funcionalidades, incluindo legendas em sete idiomas, resumos, quizzes e busca por palavras-chave nos vídeos, é a do varejista. A implementação ocorrerá de forma gradual, com novos cursos e conteúdos reorganizados previstos para os próximos meses. Essas mudanças visam tornar o aprendizado mais acessível e eficiente para os usuários. (CCEE – 14.10.2024) 

A Cemig, em parceria com o Grupo Reinhausen e a Trael, desenvolveu o equipamento SmartGreen, novos transformadores que fazem a regulação dos níveis de tensão da rede de forma automática. Ainda em período de teste, duas unidades do equipamento foram instaladas em pontos estratégicos em Uberaba e Bocaiúva. Sobre o funcionamento do SmartGreen, a companhia explica que: caso haja uma variação de tensão, o objetivo é que o equipamento faça, de forma automática e inteligente, a regulação da tensão fornecida aos consumidores, eliminando, assim, a instabilidade observada em algumas situações. A dinamicidade do sistema elétrico, segundo a Cemig, impele que cada vez mais novas tecnologias sejam integradas à rede de distribuição, de maneira que esses novos aparatos incorporados se somem aos processos já existentes para que a qualidade do fornecimento de energia seja cada vez melhor. (Agência CanalEnergia - 21.10.2024) 

A Conferência Anual do Fórum Latino-Americano de Smart Grid, que acontecerá nos dias 28 e 29 de outubro, em São Paulo, contará com conteúdo inovador em tecnologia e modelos de negócios e com palestrantes nacionais e internacionais de excelência. O evento terá ainda uma exposição de tecnologias e de empresas inovadoras. As sessões da Conferência terão tradução simultânea, com a participação já confirmada de executivos e autoridades importantes. Participam também patrocinadores e apoiadores líderes na área de sistemas inteligentes de energia e diretamente envolvidos na organização. (Agência CanalEnergia - 21.10.2024)  

A Cisco está intensificando o uso de Inteligência Artificial (IA) em soluções de segurança cibernética, visando se tornar a provedora de serviços em nuvem mais segura do mundo. No Brasil, 45% das vendas em cibersegurança correspondem a firewalls e 55% a aplicações como serviço. Fernando Zamai, da Cisco Brasil, destacou a migração para a nuvem como um "caminho sem volta" e anunciou a expansão da infraestrutura em quatro data centers da Equinix no Brasil, além de planos para um data center no Chile. A estratégia de segurança da Cisco é voltada para um ambiente multicloud, apesar da colaboração com a AWS. Além disso, a empresa lançou um fundo global de US$ 1 bilhão para investir em startups de IA, incluindo iniciativas no Brasil. (Tele Síntese - 17.10.2024) 

A quarta edição do relatório Global Future of Cyber Survey da Deloitte destaca a crescente importância da segurança cibernética nas estratégias de negócios. As empresas estão aumentando a responsabilidade dos CISOs e promovendo maior envolvimento dos conselhos em questões de segurança, com 20% dos CISOs reportando diretamente aos CEOs. O uso de IA em programas de segurança já é adotado por 39% das organizações, e 83% consideram avaliações qualitativas de risco essenciais. Os principais objetivos incluem proteger a propriedade intelectual, melhorar a detecção de ameaças e aumentar a eficiência. O relatório conclui que integrar a segurança cibernética nas estratégias de negócios é crucial para construir confiança em um futuro tecnológico. (Infor Channel - 21.10.2021) 

O Atlantic Council publicou um estudo sobre o crescimento dos concursos de formação de hackers na China, revelando que, de 2004 a 2023, o número de competições Capture the Flag (CTF) aumentou de um para 55 anualmente, tornando-se um dos mais desenvolvidos do mundo. Com a participação de centenas de equipes e até 35 mil competidores em eventos como a Copa Wangding, as competições são apoiadas por diversos órgãos governamentais, incluindo o Ministério da Educação e a Administração do Ciberespaço. Desde 2018, políticas têm sido implementadas para regulamentar a participação em competições internacionais, promovendo também a comunicação de vulnerabilidades às autoridades, o que fortalece a segurança da informação e contribui para a formação de especialistas em cibersegurança na China. (CISO Advisor - 21.10.2024) 

O Fórum Global de Segurança Cibernética 2024 (GCF 2024) terminou em Riad, Arábia Saudita, reunindo mais de 4.000 participantes de 50 países, incluindo líderes de empresas como Microsoft e Cisco. Com o tema “Avançando a Ação Coletiva no Ciberespaço”, o evento abordou áreas como confiança geopolítica, comportamento humano, inclusão digital, prosperidade econômica e tecnologias emergentes. Heidi Crebo-Rediker, do Council of Foreign Relations, enfatizou a importância da diplomacia na resposta a ameaças cibernéticas globais, sugerindo a criação de conhecimento especializado entre os diplomatas, como exemplificado pela nova estrutura do Departamento de Estado dos EUA, que visa fortalecer a capacidade diplomática no campo da cibersegurança e promover a colaboração internacional para enfrentar criminosos cibernéticos. (CISO Advisor - 03.10.2024)