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IFE
19/09/2024

IFE Tecnologia Exponencial 194

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
19/09/2024

IFE nº 194

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Tecnologia Exponencial 194

Transição Energética e ESG

Brasil: Câmara dos Deputados aprova novo marco para biocombustíveis

A Câmara aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei que cria o novo marco regulatório para o setor de biocombustíveis, aumentando a mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel de 15% em 2025 para 20% em 2030. A proposta, que segue para sanção presidencial, também introduz novos programas para combustível sustentável de aviação, diesel verde e biometano. O projeto prevê que atividades de captura e estocagem de dióxido de carbono serão autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) por 30 anos, com possibilidade de prorrogação. Além disso, estabelece que o Conselho Nacional de Política Energética definirá metas anuais para a redução das emissões de gases de efeito estufa, começando com uma meta de 1% em 2026, sem exceder 10%. Requerimentos para adiar a votação foram rejeitados, e um trecho sobre descontos para minigeradores foi removido devido a preocupações com aumento nas tarifas de energia elétrica. (Valor Econômico - 11.09.2024)
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MME: Projeto sobre impacto das mudanças climáticas receberá recursos do governo alemão

O MME e a Empresa de Pesquisa Energética EPE anunciaram um novo projeto em cooperação com o governo alemão, chamado "Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica". A iniciativa tem como objetivo fazer simulações sobre os impactos das mudanças climáticas no sistema elétrico brasileiro, por meio das alterações na temperatura, irradiação solar e vento, entre outros fatores. A consultoria PSR e a Tempo OK serão parceiras no projeto. A ideia é subsidiar políticas públicas para lidar com as mudanças climáticas e garantir a oferta de energia elétrica para o país. O projeto utilizará modelos computacionais de planejamento da operação energética de médio e longo prazo (SDDP) e de planejamento da expansão energética (OptGen) para a determinação de cenários de expansão da oferta. A previsão é de que o estudo seja concluído em junho de 2025. Ainda não foram divulgados os valores dos recursos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento da Alemanha (BMZ) que serão utilizados no projeto. (Broadcast Energia – 11.09.2024) 
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MME: Brasil deve ter 45 GW em projetos de H2V até 2038

O MME em parceria com a EPE realizou no dia 11/09 o workshop “Novos paradigmas do planejamento da expansão da transmissão para a conexão de plantas de produção de hidrogênio: Como reduzir a assimetria de informação e acelerar a tomada de decisão”. O evento contou com a participação da ANEEL e do ONS. O objetivo das entidades foi compartilhar os desafios do planejamento da transmissão. O Brasil possui, no momento, onze projetos de hidrogênio com estudos em andamento. A previsão é de que tenham capacidade instalada de 45 GW até 2038. Segundo a ANEEL e o ONS, os dados são promissores e poderão impactar profundamente o setor energético nacional para o longo prazo. Esse fato fez com que se incluísse um estudo para expansão da Rede Básica do SIN na programação de Estudos de Planejamento da Transmissão da EPE para este ano. Thiago Barral, secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, disse que o planejamento está enfrentando dilemas, como tomar decisões sob incerteza e estabelecer referenciais para a tomada de decisão. “O MME está recebendo a sinalização de demanda de infraestrutura de transmissão para conexão de plantas para produção e consumo de hidrogênio da escala de gigawatts”, destaca. (Canal Solar - 12.09.2024) 
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CEBDS: Incertezas regulatórias formam principal desafio ao Net Zero

Um estudo do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) revela que incertezas regulatórias são o principal desafio para alcançar a descarbonização rumo ao Net Zero 2050, com 64% das empresas destacando a necessidade de um ambiente regulatório mais seguro para investimentos. Outras dificuldades incluem o engajamento da cadeia de valor e a falta de referências setoriais locais. O CEBDS, em parceria com a PSR, também elaborou o Roadmap para a Transição Energética, destacando soluções como armazenamento em baterias e hidrogênio, além da proposta de Gas to Wire com captura de carbono. A presidente do CEBDS, Marina Grossi, ressalta a importância de uma política nacional abrangente e menciona iniciativas como o Plano de Transformação Ecológica e a Política Nacional de Transição Energética (PNTE). Ela também aponta a necessidade de regulamentação do mercado de carbono e reestruturação dos mecanismos de financiamento. O CEBDS lançou um acordo para desbloquear fluxos financeiros sustentáveis e destaca a importância de uma transição justa que gere empregos e benefícios econômicos locais. (Agência CanalEnergia - 11.09.2024) 
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União Europeia: Relatório aponta que renováveis já geram mais da metade da energia elétrica do bloco

O Relatório sobre o Estado da União Energética 2024 da Comissão Europeia mostra avanços e desafios na política energética da UE. Entre os pontos negativos, a UE ainda importa 18% do seu gás da Rússia e aumentou a capacidade de importação de gás natural liquefeito. Positivamente, a UE instalou um recorde de 56 gigawatts em energia solar fotovoltaica em 2023 e, no primeiro semestre de 2024, mais da metade da eletricidade consumida foi gerada por fontes renováveis. A redução das emissões de gases com efeito estufa foi de 32,5% desde 1990. O relatório também destaca a necessidade de melhorar a eficiência energética e enfrentar os altos preços da energia, além de apoiar a inovação e a transição energética através de fundos e parcerias. (Energias Renovables – 12.09.2024) 
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Geração Distribuída

Brasil: Câmara aprova PL do Combustível do Futuro sem emenda sobre GD

A Câmara dos Deputados concluiu a votação do Projeto de Lei do Combustível do Futuro, sem a emenda que estendia o prazo para projetos de minigeração distribuída terem acesso a descontos de encargos do setor elétrico. O relator, deputado Arnaldo Jardim, justificou a exclusão da emenda por não estar relacionada ao objeto do PL. Foram aprovadas 16 emendas incluídas pelos senadores, que criam programas nacionais de diesel verde, combustível sustentável para aviação e biometano, além de aumentar a mistura de etanol e biodiesel na gasolina e no diesel. O projeto segue para sanção presidencial. (Agência CanalEnergia - 11.09.2024) 
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Brasil: Entidades apontam que novo subsídio da GD solar pode encarecer conta de luz

Dez entidades do setor elétrico brasileiro publicaram uma carta criticando uma emenda ao Projeto de Lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), aprovada no Senado, que estende de 12 para 30 meses o prazo de transição da Geração Distribuída (GD) e amplia os subsídios até 2045 para projetos de Minigeração Distribuída. A medida, segundo a nota, aumentará em 15% os benefícios concedidos, que já impactam em 13,5% a tarifa dos consumidores residenciais que não possuem GD. As entidades alertam que os subsídios beneficiam principalmente consumidores de alta renda e grandes empresas, enquanto consumidores de baixa renda são prejudicados. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024) 
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Greener: GD Remota soma 6,5 GWp em operação e construção no 1° semestre de 2024

No primeiro semestre de 2024, a geração distribuída remota no Brasil alcançou 6,5 GWp em operação e construção, com 1,1 GWp em novos contratos assinados. O setor já conta com investimentos superiores a R$ 26 bilhões, abrangendo mais de 900 municípios e distribuídos em 329 portfólios menores e 20 projetos acima de 100 MWp, totalizando 52% do mercado. Dentre os componentes, os trackers somam mais de 5 GWp, com 841 MWp contratados até junho, destacando-se Array, Valmont e Trina Tracker. As estruturas fixas representam 1,46 GWp, com 323 MWp adicionados no semestre, lideradas por Romagnole, Brametal e Isoeste Metálica. (Agência CanalEnergia - 13.09.2024) 
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EUA: Capacidade de fabricação de placas solares dos quadruplica em dois anos

A capacidade de produção de placas solares dos Estados Unidos quase quadruplicou nos últimos dois anos, desde a aprovação do Inflation Reduction Act (IRA), pacote legislativo que inclui incentivos à indústria de energia renovável, mostra levantamento da consultoria Wood Mackenzie. Com objetivo de atender a demanda local e superar problemas logísticos da cadeia global, além de reduzir a dependência da China, país que domina a produção global de equipamentos fotovoltaicos, o governo federal promoveu essa política de apoio que prevê direcionar quase US$ 400 bilhões para iniciativas de transição energética em dez anos. Conforme o estudo, a capacidade de manufatura de módulos fotovoltaicos dos EUA superou 31 GW. Desde a sanção da lei, em agosto de 2022, diversos fabricantes anunciaram investimentos no país, incluindo a Canadian Solar, Qcells e JA Solar. Além disso, também houve um forte avanço no desenvolvimento de usinas solares, com 75 GW adicionados no mesmo período, cerca de 36% do total já desenvolvido nos EUA. Desde a aprovação do IRA, quase 1,5 milhão de residências instalaram energia solar. A projeção da Wood Mackenzie é de que o crescimento médio seja de 4% nos próximos anos, com a capacidade instalada atingindo 440 GW em 2029. (Portal Solar - 13.09.2024) 
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CCEE: Geração de energia solar cresce 32% em agosto

Em agosto de 2024, a geração de energia solar fotovoltaica no SSIN registrou um aumento de 32,7%, alcançando 3.420 MWmed, comparado aos 2.578 MWmed do mesmo período em 2023, de acordo com o boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse crescimento reflete a expansão contínua da energia solar no Brasil, contribuindo significativamente para o aumento total de 3,4% na geração de energia do SIN em relação ao ano anterior. (Portal Solar - 17.09.2024) 
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Armazenamento de Energia

Novos modelos tarifários podem impulsionar baterias residenciais no Brasil

A adoção de novos modelos tarifários pode impulsionar o uso de sistemas residenciais de armazenamento de energia com baterias no Brasil. O mercado, ainda limitado a aplicações de backup, tem grande potencial de crescimento no país no uso conjunto com energia solar e na gestão do consumo de eletricidade. O country manager da SolarEdge Brasil, Juliano Pereira, explicou que o mercado brasileiro atualmente é formado por early adopters, usuários com interesse em testar novas tecnologias, que buscam uma solução para momentos de interrupção no fornecimento de energia. “Eles querem a bateria para contar com o ar-condicionado, iluminação e internet enquanto ocorre uma oscilação de rede. Nós já vemos uma série de clientes adotando essa solução”, explicou o executivo. Ele acredita que, para que o segmento apresente uma aceleração, já vista em outros países, é necessária uma evolução no racional econômico, para que o retorno do investimento seja mais vantajoso a um número maior de usuários. (Portal Solar - 11.09.2024) 
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Canal Conecta: Evento discutirá cases com baterias e financiamentos para projetos solares

A 4ª edição do Canal Conecta – congresso realizado pelo Canal Solar – será realizado nos dias 22 e 23 de outubro em São Paulo (SP). Serão mais de 16 horas de conteúdos aprofundados, palestras com grandes nomes da área, cases reais e tendências em energia solar. Entre os temas de destaque estão os projetos com baterias. Os participantes irão descobrir como os sistemas de energia solar com armazenamento podem ser a solução ideal para substituir os geradores a diesel. Além disso, será discutido como o backup, time shifting e peak shaving podem ser aplicados para garantir a energia necessária nos momentos mais críticos. Ademais, serão apresentados cases de sucesso que superaram desafios financeiros, oferecendo insights valiosos para desenvolvedores e investidores, e será mostrado o que as instituições financeiras avaliam ao liberar créditos para projetos – com foco nos critérios específicos, incluindo a avaliação de equipamentos. (Canal Solar - 17.09.2024) 
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Canal Solar e Solinteg: Discussão sobre o futuro do armazenamento de energia no Brasil

No dia 17/09, o Canal Solar realizou uma live para discutir com profissionais da Solinteg o futuro do armazenamento de energia no país, apresentando inovações em inversores híbridos de 3 a 6 kW e até 50 kW para projetos residências e C&I (comerciais e industriais), respectivamente. No Brasil, é esperado que as baterias de lítio cresçam anualmente de 20% a 30% até 2030, fazendo dos sistemas de armazenamento um investimento cada vez mais atrativo. Na live foram apresentadas soluções para sistemas all-in-one, além de discussões acerca das principais tendências e oportunidades do mercado. (Canal Solar - 17.09.2024) 
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Brasil: Abertura de CP com foco no leilão de armazenamento de energia para 2025

O MME anunciou uma consulta pública (CP) para um leilão de reserva de capacidade focado exclusivamente em armazenamento de baterias, previsto para 2025. O ministro Alexandre Silveira afirmou que o leilão busca promover a tecnologia de baterias no país e atrair fabricantes globais, como a Huawei. Além disso, o governo planeja um leilão em 2024 para capacidade de fontes térmicas e hidrelétricas. O objetivo é reduzir os custos de energia, garantir segurança energética e dar suporte a fontes intermitentes como eólica e solar. Silveira também destacou a necessidade de dobrar a capacidade de energia térmica até 2031 devido ao aumento da demanda energética impulsionada por mudanças climáticas. (PV Magazine – 16.09.2024) 
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EUA: Desafios no fornecimento doméstico de células de bateria para o mercado de armazenamento

O governo dos EUA está incentivando a produção nacional de células de bateria para sistemas de armazenamento de energia, usando incentivos fiscais e tarifas elevadas sobre importações da China. Apesar disso, a indústria enfrenta desafios, como o aumento iminente das tarifas de importação e dificuldades financeiras para levantar capital. O IRS já forneceu diretrizes para créditos fiscais para produtos fabricados nos EUA, mas construir fábricas de baterias é complexo e demorado. Exemplos como a startup europeia Northvolt mostram que mesmo grandes investimentos podem não garantir sucesso imediato. (Energy Storage – 11.09.2024) 
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Veículos Elétricos

Europa: Redução das tarifas propostas para VEs chineses e da Tesla

A União Europeia decidiu reduzir as tarifas de importação para carros elétricos fabricados na China. A nova alíquota será de 18,8% para a Geely (anteriormente 19,3%) e 17% para a BYD. Para a SAIC (marca MG) e outras empresas que não colaboraram com investigações sobre subsídios, a tarifa será de 35,3%. Os carros da Tesla terão uma tarifa reduzida de 7,8%, em vez dos 9% anteriores. A tarifa padrão para carros importados na Europa é de 10%. Essa decisão segue apelos das marcas afetadas e ameaças de retaliação da China. Empresas afetadas terão 10 dias para apelar, e as propostas finais serão votadas pelos 27 estados da UE. (Automotive NOw – 11.09.2024) 
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GM e Hyundai: Parceria para acelerar eletrificação e reduzir custos

A General Motors (GM) e a Hyundai anunciaram uma parceria para colaborar em projetos envolvendo diversos tipos de veículos, incluindo automóveis e veículos comerciais com motores de combustão e elétricos. O acordo prevê a possibilidade de compras conjuntas de insumos, o que permitirá maior escala e redução de custos para materiais e componentes. A CEO da GM, Mary Barra, destacou que a colaboração visa aproveitar as forças complementares das duas empresas para desenvolver veículos mais competitivos de maneira mais eficiente e rápida. (Mobility Now – 12.09.2024) 
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EUA: Aplicação de tarifas sobre VEs chineses a partir de setembro

O governo dos Estados Unidos decidiu aumentar ainda mais as tarifas sobre importações chinesas, incluindo uma taxa de 100% sobre veículos elétricos. A medida, que também inclui tarifas de 50% sobre células solares e 25% sobre aço, alumínio, baterias e minerais essenciais, entrará em vigor a partir de 27 de setembro. A decisão visa proteger a indústria americana e reduzir a dependência da cadeia de suprimentos chinesa. Lael Brainard, principal conselheira econômica da Casa Branca, afirmou que a tarifa de 100% reflete a vantagem de custo injusta dos veículos elétricos chineses. A China prometeu retaliar, argumentando que o sucesso de sua indústria é resultado de inovação, não de apoio estatal. (Mobility Now – 13.09.2024) 
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Hyundai e Volvo: Ajustes nos planos de eletrificação devido à desaceleração nas vendas de VEs

A desaceleração nas vendas de carros elétricos levou a mudanças significativas nos planos das fabricantes automotivas. A Hyundai reconheceu que a transição para modelos exclusivamente elétricos será mais lenta, e a Volvo, que inicialmente prometeu uma linha totalmente elétrica até 2030, agora alterou sua estratégia. Em vez disso, a Volvo prevê que 90% de suas vendas serão de veículos elétricos e híbridos plug-in, com os 10% restantes sendo híbridos leves. A empresa não estipula mais uma data para se tornar totalmente elétrica, citando a lentidão no avanço da infraestrutura de carregamento e as políticas de impostos sobre veículos elétricos como razões para a mudança. A decisão também pode ser uma resposta a novas taxas sobre modelos elétricos importados impostas por governos dos EUA, Brasil e União Europeia. Até o segundo trimestre de 2024, os carros elétricos representaram 26% das vendas globais da Volvo. No Brasil, a marca oferece dois híbridos plug-in e três modelos elétricos em sua linha. (Valor Econômico - 13.09.2024) 
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Noruega: VEs ultrapassam veículos a combustão

Pela primeira vez, a Noruega superou a quantidade de carros elétricos em relação aos movidos a gasolina, com 754.303 veículos elétricos registrados em uma frota total de 2,8 milhões. Em agosto, os carros totalmente elétricos representaram 94,3% dos novos registros. Essa transformação, que ocorreu ao longo de 20 anos com incentivos governamentais, é crucial para que o país cumpra suas metas climáticas de redução de 55% nas emissões até 2030. Apesar de ser um grande produtor de petróleo, a Noruega visa vender apenas veículos com emissão zero até 2025, antecipando-se em dez anos à meta da União Europeia. O governo implementou isenções fiscais e investiu em infraestrutura de carregamento, resultando em um custo de 43 bilhões de coroas norueguesas em 2023. Esse esforço é sustentado por um fundo soberano de mais de 1,7 trilhão de dólares, oriundo de lucros do setor de petróleo. Enquanto isso, outras partes da Europa enfrentam dificuldades na adoção de veículos elétricos, com vendas em queda. (Folha de São Paulo - 17.09.2024)  
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Gestão e Resposta da Demanda

Aneel: Discussão sobre sandbox para programa de Resposta da Demanda

A Aneel está discutindo a operacionalização de um sandbox regulatório para o programa de Resposta da Demanda (RD). Isso permitiria que grandes consumidores oferecessem redução da demanda em troca de uma remuneração, o que é apontado pelo MME como uma medida para o gerenciamento do uso da eletricidade e para garantir a confiabilidade do SIN. Em agosto, antes do acionamento da bandeira vermelha 1, o ONS já havia indicado medidas como a utilização de geração termelétrica, resposta voluntária da demanda (RVD) e importação de energia elétrica da Argentina e Uruguai. (Broadcast Energia – 11.09.2024)  
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Eficiência Energética

Equatorial: Edital com R$ 27 milhões para iniciativas de eficiência energética

O Grupo Equatorial Energia lançou o Edital da Chamada Pública de Projetos 2024, com mais de R$ 27 milhões em investimentos, buscando apoiar projetos inovadores voltados à eficiência energética e ao combate ao desperdício de energia. O valor destinado para Goiás é de R$ 9 milhões, contemplando os setores de iluminação pública, comércio, serviços e o poder público. As inscrições estão abertas até 28 de outubro de 2024, e um workshop técnico online será realizado em 24 de setembro para orientar os participantes sobre o edital e a submissão de propostas. O programa visa contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, promovendo o uso racional de energia e beneficiando especialmente comunidades vulneráveis. (STG News - 17.09.2024) 
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MME e ENBPar: esultados do perfil de consumo de energia elétrica

O MME e a ENBPar divulgaram os resultados da Pesquisa de Posse e Hábitos de Uso de Equipamentos Elétricos na Classe Comercial (PPH Comercial 2023), realizada no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Apresentada em um workshop com a EPE, uma pesquisa atualiza o perfil de consumo de energia no setor comercial e abrange dados de mais de 16 mil estabelecimentos em todo o país. O estudo revelou que 7% das instalações comerciais utilizam geração própria de energia, sendo a solar a principal fonte. A pesquisa é a primeira do PROCEL que inclui baixa e alta tensão e fornece informações essenciais para o planejamento energético e desenvolvimento de políticas públicas de eficiência energética. (GovBR - 12.09.2024) 
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IBRAM: Lançamento de Guia de Eficiência Energética

Durante a EXPOSIBRAM 2024, o IBRAM lançou a primeira edição do Guia de Eficiência Energética IBRAM, com o objetivo de consolidar a agenda ESG da mineração no Brasil, focando em sustentabilidade, segurança, responsabilidade e ética. A publicação, disponível no site do IBRAM, oferece diretrizes para melhorar a eficiência energética em empresas de mineração e promover práticas inovadoras. Aline Leite Nunes, gerente de Assuntos Minerários do IBRAM, destacou que o guia é resultado de uma colaboração com a Grid Energia e visa ajudar empresas de diferentes portes a adotar soluções eficientes. O guia inclui uma visão abrangente da eficiência energética, com aspectos técnicos e sociais, além de estudos três de caso. Para ter acesso ao guia completo na integra, clique aqui. (Brasil61 - 12.09.2024) 
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UFPB: Credenciamento para empresas em projetos de eficiência energética

A UFPB lançou um edital para credenciar empresas interessadas em desenvolver propostas de eficiência energética para suas instalações. Esta etapa antecede a submissão ao Programa de Eficiência Energética (PEE) 2024 da Energisa Paraíba, que possui um orçamento de R$ 3,5 milhões e visa selecionar projetos de eficiência energética. As empresas têm até 29 de setembro para enviar suas documentações para o e-mail agr@reitoria.ufpb.br . Após a verificação dos documentos, os proponentes serão convidados para visitas técnicas entre 2 e 4 de outubro. As propostas deverão ser enviadas à Energisa até 25 de outubro, após a assinatura do termo de compromisso pela UFPB. (UFPB - 12.09.2024) 
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Fórum de Eficiência Energética abre Smart Energy 2024

A cidade de Curitiba sediará a Smart Energy 2024 – Conferência Internacional de Energias Inteligentes, de 24 a 26 de setembro, no Campus da Indústria do Sistema Fiep. O evento, realizado pela Rede Paraná Tecnologia e Metrologia e promovido pelo Tecpar, contará com a presença de especialistas, órgãos governamentais e representantes do setor privado para discutir temas como transição energética, eficiência energética e energias renováveis. O Fórum de Eficiência Energética, que abre a conferência, apresentará experiências e práticas sustentáveis. As inscrições estão abertas pelo link: https://doity.com.br/smart-energy-conferencia-internacional-de-e. (Parana shop - 11.09.2024) 
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Microrredes e VPP

EUA: Encorp implantará um novo conjunto de seis microrredes na Califórnia

A Encorp, empresa de tecnologia de controle, vai implantar seis microrredes no condado de Alameda, Califórnia, para apoiar serviços essenciais, incluindo prédios governamentais e a prisão de Santa Rita. Esses projetos, com custo estimado de US$ 45,3 milhões e financiados parcialmente pela Lei de Redução da Inflação de 2022, visam fornecer energia limpa e reduzir emissões de gases de efeito estufa. As microrredes combinam energia solar, armazenamento de baterias e geradores, reforçando a resiliência energética e criando empregos. A Encorp, responsável pela tecnologia e construção, já liderou outros projetos semelhantes nos EUA e internacionalmente. (Microgrid Knowledge - 12.09.2024) 
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Tesla: Venda da primeira usina virtual de energia na Austrália

A Tesla anunciou a venda de sua primeira usina virtual de energia no sul da Austrália, que atualmente abrange cerca de 7.000 residências e tem uma capacidade de 35 MW, com 70% dos sistemas integrados à energia solar. O projeto, iniciado há seis anos, buscava reduzir os altos custos de eletricidade para famílias de baixa renda, mas não atingiu a meta original de 50.000 residências. A Tesla já está em negociações com possíveis compradores, mas pretende continuar fornecendo seus Powerwalls e o software Autobidder para gerenciar a usina. A empresa também pode estar focando no lançamento de seu próprio varejista de eletricidade, a Tesla Electric. (Electreck - 13.09.2024) 
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GoodLeap: Lançamento de solução de usina virtual de energia

A GoodLeap, plataforma de tecnologia de financiamento sustentável, lançou sua Usina de Virtual de Energia (da sigla em inglês, VPP) chamada GoodGrid, que otimiza o uso de baterias e dispositivos domésticos para beneficiar tanto os proprietários de imóveis quanto a rede elétrica. O GoodGrid permite que os participantes ganhem recompensas em dinheiro para ajudar a estabilizar a rede, que enfrenta uma demanda crescente. A plataforma já aliviou seis eventos de sobrecarga de energia no programa da California Energy Commission. Ao conectar proprietárias e concessionárias, a GoodLeap busca uma rede mais confiável e sustentável, evitando pagamentos e custos elevados com combustíveis fósseis. (Solar Power World Online - 16.09.2024) 
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Tecnologias e Soluções Digitais

CPFL investirá R$ 28,5 bi até 2028 para digitalização e modernização das redes

A CPFL Energia, controlada pela State Grid, planeja investir R$ 28,5 bilhões entre 2024 e 2028 para fortalecer sua posição como uma das principais holdings do setor de energia no Brasil. O investimento focará em distribuição, onde a empresa detém 15% do mercado e pretende aplicar R$ 23,4 bilhões para digitalizar e melhorar serviços. A CPFL também investirá R$ 580 milhões em inovação, incluindo redes inteligentes e medidores, e em transmissão, com R$ 3,5 bilhões destinados à modernização até 2028. A companhia visa atingir 100% de geração renovável até 2030 e se tornar carbono neutro a partir de 2025. Em 2023, a empresa registrou receita líquida de R$ 39,7 bilhões e lucro líquido de R$ 5,5 bilhões. (Valor Econômico - 16.09.2024) 
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Artigo de Ricardo Bassoi: "Por uma cultura data-driven para transpor desafios no setor elétrico"

Em artigo publicado no IT Forum, Ricardo Bassoi, diretor de planejamento estratégico e operacional da Wisebyte, afirma que o mercado de energia elétrica no Brasil está prestes a passar por grandes mudanças com a possível abertura total do setor até 2030, permitindo que todos os consumidores escolham seus fornecedores de energia. A digitalização, a transição energética e a eficiência operacional são aspectos centrais dessa transformação. A adoção de uma cultura orientada por dados (data-driven) será crucial para enfrentar desafios como a integração de fontes renováveis e a otimização das redes de distribuição. A centralização da governança de dados, a criação de catálogos acessíveis e a disseminação do uso de Inteligência Artificial (IA) são essenciais para essa transformação digital. Atualmente, o setor tem gestão de dados fragmentada, dificultando uma visão integrada e exigindo novos investimentos para aumentar a eficiência e resiliência. As empresas que abraçarem uma cultura data-driven estarão mais bem posicionadas para enfrentar um mercado em expansão e altamente competitivo. A IA e o uso de dados podem otimizar desde a manutenção preditiva até a gestão de redes inteligentes (smart grids), mas ainda há pouca adesão dessas tecnologias no setor. Exemplos de sucesso, como o uso de dados pela TV Globo para otimizar custos, demonstram o potencial de eficiência que pode ser alcançado. (IT Forum - 12.09.2024) 
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Segurança Cibernética

Eletrobras: Parceria com o Inatel para elevação da segurança cibernética

A Eletrobras e o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) fecharam uma parceria para aperfeiçoar ainda mais a segurança cibernética da companhia. O convênio, que tem duração de dois anos, inclui o uso dos laboratórios e outras estruturas do instituto para o teste de técnicas avançadas de proteção cibernética nos ativos da empresa. Segundo o presidente da ex-estatal, Ivan Monteiro, a colaboração garante a excelência na proteção das informações e portfólio da companhia, em linha com a prioridade da empresa, que é a segurança operacional, bem como reafirma o lugar da Eletrobras como uma das principais empresas inovadoras do setor elétrico. (Agência CanalEnergia - 13.09.2024) 
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Brasil: Presidência destina R$ 4,8 milhões para enfrentar hackers após ataques

A Presidência da República brasileira vai investir R$ 4,8 milhões para melhorar sua segurança cibernética após um aumento de ataques aos seus sistemas. O investimento inclui a compra de um novo firewall de aplicação web, o F5 Big IP R4800, por R$ 4,5 milhões, além de custos de instalação e configuração (R$ 113,5 mil) e treinamento de pessoal (R$ 139 mil). O novo sistema visa substituir equipamentos com garantia vencida e fortalecer a proteção contra ataques cibernéticos, como SQL Injection e fraudes administrativas. O reforço na segurança vem após incidentes recentes, incluindo falhas no Sistema Eletrônico de Informações e instabilidades nos sites do governo. (Metrópoles - 13.09.2024) 
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UIT: Brasil é o segundo país em maturidade de segurança cibernética nas Américas

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgou a quinta edição do Índice Global de Segurança Cibernética 2024 (GCIv5), destacando o avanço do Brasil, que agora é o segundo país da América Latina mais comprometido com a Agenda Global de Segurança Cibernética. A classificação do Brasil melhorou em relação às edições anteriores (sexto em 2018 e terceiro em 2021), refletindo os avanços em cinco áreas-chave: medidas legais, técnicas e procedimentais, governança, capacitação e cooperação internacional. A classificação agora é por grupos, e o Brasil está no Grupo 1 como modelo, graças a iniciativas como a Política Nacional de Cibersegurança, o Comitê Nacional de Cibersegurança, a adesão à Convenção de Budapeste, e outros programas e regulamentações. Para ter acesso ao relatório na íntegra, clique aqui. (CISO Advisor - 13.09.2024) 
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Senac: Lançamento de curso técnico em Segurança Cibernética no CE

Segundo levantamento da Fortinet, o Brasil enfrentou um déficit de 750 mil profissionais na área de cibersegurança. Com base no Fortinet 2024 Cybersecurity Skills Gap Global Research Report, que revelou que mais de 97% dos gestores veem a cibersegurança como prioridade, o Senac Ceará lançou o curso Técnico em Segurança Cibernética na unidade Aldeota, Fortaleza. Com duração de um ano, o curso foca na ciberdefesa e na implementação de sistemas de segurança para proteção contra ataques cibernéticos. O curso inclui simulações práticas e estudos baseados em cenários reais, preparando os alunos para o mercado de trabalho. Mais informações disponíveis estão neste link. (Portalin - 16.09.2024) 
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Austrália: País terá novas leis de segurança cibernética

Em resposta ao aumento de golpes digitais e desafios cibernéticos, a Austrália implementará novas leis rigorosas para a regulamentação da segurança cibernética, incluindo a Lei do Código Malicioso. Esta legislação obrigará plataformas digitais, bancos e operadoras de telecomunicações a denunciar imediatamente qualquer golpe detectado, com prejuízos de até 50 milhões de dólares por omissões. Além disso, a Comissão Australiana de Consumidores e Concorrência (ACCC) terá poderes para definir regras obrigatórias para esses setores. A nova lei inclui critérios como verificação de anunciantes, notificação sobre transferências fraudulentas, e medidas para evitar golpes via SMS. (Jornal Jurid - 13.09.2024) 
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