Os países do G20 não têm políticas em vigor que sejam consistentes com o Acordo de Paris, compromisso de 2015 que estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global abaixo de 2⁰C e, idealmente não mais do que 1,5⁰C, em comparação com as condições pré-industriais. A análise é do projeto científico independente Climate Action Tracker. “O mundo está a caminho de um desastroso aquecimento de 3°C até o final do século. Esta é uma melhoria em comparação com há 10 anos, mas continua a ser drasticamente insuficiente para garantir um futuro habitável para as próximas gerações”, afirmou o pesquisador Leonardo Nascimento. Segundo ele, reduzir as emissões globais ao ritmo que o planeta necessita requer uma forte cooperação internacional e que todos os países, sem exceção, adotem políticas e metas nacionais cada vez mais fortes. “A hora de agir é agora. Quaisquer atrasos adicionais na melhoria das metas e políticas intensificam as mudanças climáticas e aumentam o esforço para reduzir as emissões mais tarde”, acrescentou. (Valor Econômico - 08.12.2023)

O compromisso de triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030 “exigirá um esforço monumental”, resume Francesco La Camera, diretor geral da Irena, a agência internacional de energias renováveis com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O compromisso, que ganha estatura na COP 28, em Dubai e pode ser incorporado ao acordo final, foi estimado pela Irena como fundamental para fechar a lacuna da transição energética e permitir o limite de aumento da temperatura em 1,5°C. “Isso significa sair da atual capacidade instalada de 3.400 GW para 11 mil GW em 2030. Ou sair de 3,4 TW e atingir 11 TW”, explica La Camera. O Acordo de Paris diz que se deve manter o aumento da temperatura bem abaixo de 2°C até o fim do século. Para chegar lá é preciso reduzir as emissões de CO2 em 43% até 2030 e chegar à neutralidade de carbono até 2050, recorda o diretor da Irena. Em termos de investimentos, isso significa sair do US$ 1,3 trilhão atuais para US$ 5,2 trilhões em renováveis. “Isso representa quadruplicar os investimentos na transição energética". (Valor Econômico - 12.12.2023)

Em cerimônia realizada em Dubai, durante a COP 28, o secretário de Economia Verde, Rodrigo Rollemberg, representou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na assinatura da “Declaração Conjunta para Apoio ao Financiamento da Transição Justa e Verde-energética”, documento firmado também por dois órgãos subsidiários da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e o Fundo de Desenvolvimento de Capital das Nações Unidas (UNCDF), e pelo Instituto Blend de Pesquisa e Gestão em Finanças Sustentáveis. A iniciativa tem o objetivo de colaborar com a promoção da transição energética verde e justa no Brasil e, também, criar uma força-tarefa encarregada de trabalhar junto a fundos soberanos, financiadores, universidades e sociedade civil para a implementação das medidas em áreas acordadas na parceria. O grupo será composto pelos signatários da declaração, por governos nacionais e regionais, e por bancos de desenvolvimento como o BNDES, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Corporação Andina de Fomento (CAF). (MDIC - 06.12.2023)

A China inaugurou o maior parque eólico de alta altitude do mundo, com capacidade instalada de 100 MW, informou hoje a imprensa local. Segundo a agência de notícias Xinhua, trata-se de um projeto na região autônoma sudoeste de Xizang, que conta com 25 turbinas eólicas capazes de fornecer aproximadamente 200 milhões de kWh de eletricidade por ano. Segundo o grupo CHN Energy Investment, o acima exposto representa uma poupança de cerca de 60 mil toneladas de carvão padrão e reduziria as emissões de dióxido de carbono em 160 mil toneladas. O projeto, construído a uma altitude média de 4.650 metros acima do nível do mar, foi concluído em cerca de 260 dias com um investimento de 640 milhões de yuans (cerca de 90,36 milhões de dólares). (Prensa Latina - 02.01.2024)

A Petrobrás assinou contrato para trabalhar com a tecnologia HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids), fornecida pela empresa Honeywell UOP. A estatal petrolífera vai produzir diesel 100% renovável (HVO) e Bioquerosene de Aviação - BioQav (SAF) a partir de produtos como óleo de soja e sebo bovino em Cubatão (SP), onde está a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC). A unidade HEFA da RPBC será inédita no parque de refino da empresa. O Plano Estratégico da companhia presidida por Jean Paul Prates estima investimentos de US$ 11,5 bilhões com foco na transição energética direcionados a iniciativas de baixo carbono. Entre os projetos, estão duas plantas dedicadas para a produção de BioQAV e Diesel 100% Renovável. (Brasil 247 - 30.12.2023)

Usinas solares e eólicas representaram mais de 90% da capacidade adicionada de energia elétrica no Brasil em 2023, mostra levantamento do MME. As duas tecnologias renováveis foram responsáveis por 7,6 GW dos 8,4 GW acrescentados ao longo do ano. Com essa expansão, a matriz elétrica do país atingiu 196,6 GW. As fontes renováveis, incluindo ainda hidráulicas e biomassa, representam 83,6% desse total. Conforme a pasta, no ranking de estados com maior participação no crescimento, destacam-se o Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Bahia. O MME também destacou o crescimento da MMGD. Esse tipo de geração, de pequeno porte e predominantemente solar, já representa cerca de 11% da geração de energia elétrica no país. Conforme dados da Aneel, esse mercado, mais conhecido como geração distribuída, superou a marca de 25 GW em dezembro de 2023. (Portal Solar - 27.12.2023)

A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao SIN cresceu 64,7% na primeira quinzena de dezembro, para 2.987 MWm, ante 1.814 MWm no mesmo período de 2022, mostra análise preliminar da CCEE. Conforme o boletim, as usinas eólicas e térmicas apresentaram avanço de 48,9% e 7,4%, respectivamente, no mesmo período. Já as hidrelétricas tiveram redução de 5,4%. No total, a geração de energia no SIN registrou 75,582 MW médios, crescimento de 4,1 % em relação ao igual período anterior. (Portal Solar - 26.12.2023)

Os preços dos painéis solares em 2023 no Brasil sofreram uma queda média de 40%, o que aumentou a atratividade da instalação de sistemas fotovoltaicos em telhados, mesmo com a entrada em vigor das novas regras de cobrança pelo uso da rede elétrica na geração distribuída. Os dados são de um mapeamento realizado pelo Portal Solar, franqueadora com mais de 200 unidades espalhadas pelo País e cerca de 20 mil sistemas fotovoltaicos instalados. Essa redução no valor final aos consumidores tem sido puxada pelo aumento da capacidade produtiva chinesa, que detém 90% da produção mundial de painéis solares. Esse fator diz a empresa, melhorou o payback (tempo de retorno do investimento) entre 10% e 20% aos brasileiros que adotaram a geração própria de energia solar em 2023. Segundo simulações na tabela de preço do Portal Solar, uma residência no Brasil que gasta uma média de R$ 500 na conta luz mensal, a instalação de energia solar no telhado ficaria em torno de R$ 15 mil e com um payback da ordem de 45 meses. O preço final varia de acordo com a região onde o painel solar será instalado. (Canal Energia - 02.04.2023)

Para Mário Viana, diretor comercial e de marketing da Sou Energy, as perspectivas para 2024 são promissoras, pois há a tendência de queda da taxa básica de juros. “O susto da mudança de governo já passou e os bancos estão começando voltar a dar crédito para o consumidor final. Penso que 2024 será o melhor ano da geração solar no Brasil, pois o mercado está mais profissionalizado e mais enxuto agora”, destacou. Luiz Scagnolato, CEO da TenBrasil, acrescenta que os projetos em andamento são reflexo da confiança e dos elevados investimentos no setor: "Temos uma boa expectativa para o ano que vem com muitas usinas de investimento sendo construídas. Há ainda muitos projetos que o pessoal está correndo contra o tempo por causa da própria data de homologação, contratos de CUSD (Contrato do Uso do Sistema de Distribuição) já assinados. Então, vemos que até a metade de 2024 haverá ainda projetos na GD que vão alimentar esse volume de vendas”, frisou. (Canal Solar - 29.12.2023)

Seis fabricantes lançaram uma iniciativa conjunta para padronizar o formato de painéis solares com potência acima de 700W. O grupo, batizado de Aliança Ecológica Fotovoltaica de 700W+ de Inovação Aberta, reúne a Astronergy, Canadian Solar, Risen Energy, TCL Zhonghuan, Tongwei e a Trina Solar. A expectativa é que a ação impulsionará o setor em direção à industrialização de módulos fotovoltaicos dessa potência. Os seis fabricantes propuseram que os painéis de 700W em todas as empresas fotovoltaicas devem aderir às dimensões já acordadas pelo setor (tamanho do módulo: 2384 mm x 1303 mm; distância entre orifícios verticais no lado longo do módulo: 400 mm/1400 mm) e uma distância de orifício de 790 mm foi adicionada ao padrão. (Portal Solar - 22.12.2023)

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Roberto Brandão (GESEL-UFRJ), Djalma Falcão (COPPE/UFRJ), Glauco Taranto (COPPE/UFRJ), Lillian Monteath (GESEL-UFRJ), Henrique Reis (L.O. Baptista Advogados) e Paulo Esmeraldo (State Grid Brasil) argumentam por um sandbox regulatório para armazenamento na transmissão. Segundo os autores, “a necessidade de um quadro regulatório adequado para a tecnologia é evidente, o que faz com que a proposta pela ANEEL de um sandbox regulatório ganhe sentido. Este ambiente experimental poderia funcionar como um laboratório para superar as barreiras técnicas e regulatórias existentes, promovendo um terreno fértil para a inovação e colaboração entre os diversos atores do Setor Elétrico Brasileiro”. (GESEL - 18.12.2023)

A Intelbras anunciou entrada no mercado de armazenamento de energia, com o lançamento de uma bateria de lítio de 48V e 100Ah, destinada para aplicações de telecomunicações, comércios, indústrias e energia solar. Conforme a empresa, o produto pode servir como backup em momento de interrupção do fornecimento de energia e atender locais remotos, sem acesso a rede elétrica. O equipamento conta com a tensão de 48V, capacidade de 100Ah e vida útil de mais de 8 anos. A Intelbras afirma que a solução é resistente a altas variações de temperatura e podem ser conectadas até 10 baterias em paralelo. Além disso, uma placa BMS autogerencia a bateria, faz o balanceamento entre as células e protege contra sobrecargas e temperaturas extremas, garantindo a segurança e o funcionamento das células de lítio. (Portal Solar - 21.12.2023)

A APsystems lançou para o mercado o APstorage, uma solução de armazenamento com funcionalidade de backup. O produto confere aos usuários a capacidade de gerenciar seu consumo de energia. Para áreas propensas a frequentes falhas no fornecimento de eletricidade pela concessionária, a função de backup permite que a bateria entre em ação quando a rede elétrica convencional não está disponível. “A solução APstorage é especialmente relevante para regiões do Brasil que sofrem com a falta de energia elétrica. Durante o dia, quando a rede se desconecta, o APstorage, com sua função de backup off-grid, supre a carga com a produção do sistema, garantindo a operação de cargas essenciais”, destacou a engenheira Mariani Pereira, gerente nacional da APsystems. (Canal Solar - 29.12.2023)

A Tesla, conhecida por seus avanços no setor automotivo elétrico, agora está revolucionando o setor de energia residencial com a iniciativa de Bairros Solares e o Powerwall, seu sistema de armazenamento de energia. Esta abordagem abrangente envolve a colaboração com construtoras para desenvolver 600 bairros solares, fornecendo uma solução completa de energia solar para casas novas. O conceito central por trás da iniciativa é equipar novas casas com um ecossistema de energia completo da Tesla. Isso inclui telhados solares, Powerwalls e carregadores de VEs. A ideia é que os proprietários possam gerar, armazenar e utilizar energia solar de maneira contínua, reduzindo a dependência da rede elétrica tradicional e promovendo um estilo de vida mais sustentável. O Powerwall da Tesla, uma bateria elegante e montada na parede, permite que os proprietários armazenem energia solar excedente ou carreguem da rede quando as tarifas estão baixas. Com uma capacidade de 13.5 kWh, um único Powerwall pode alimentar aparelhos domésticos essenciais por um dia. (Click Petróleo e Gás - 01.01.2024)

Um estudo feito pela consultoria Clean Energy Latin America (Cela) apontou que o mercado de sistemas de armazenamento energético no Brasil deve atingir crescimento de 12,8% ao ano até 2040, com incremento de até 7,2 GW de capacidade instalada no período. Isso representa movimentação financeira anual de cerca de US$ 12,5 bilhões – aproximadamente R$ 60 bilhões. No entanto, o avanço do mercado de baterias a serem incorporadas na infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no país depende de incentivos adequados, regulamentações e metas estabelecidas. (Valor Econômico - 26.12.2023)

O governo federal lançou o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), nova política automotiva que substituirá o Rota 2030. Criada por medida provisória, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a iniciativa prevê R$ 19 bilhões em incentivos fiscais entre 2024 e 2028. Idealizado pelo MDIC, o novo programa visa promover a expansão de investimentos em eficiência energética, incluir limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrar menos imposto de quem polui menos, criando o IPI Verde. O incentivo fiscal para que as empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa será de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros. (Portal Solar - 02.01.2023)

Nas últimas semanas de dezembro, a Vibra inicia a operação de mais oito eletropostos dentro de sua rede Petrobras. Os pontos de recarga ultrarápida e rápida de elétricos foram instalados principalmente no estado do Rio de Janeiro. São cinco equipamentos, um na capital - em um posto Petrobras na Lagoa, zona sul carioca - e os demais em Tanguá, Campos dos Goytacazes, Petrópolis e Búzios. Ao todo, a Vibra encerra 2023 com 15 pontos de recarga para carros elétricos em postos Petrobras em todo o país e um corredor elétrico com 2 mil km. A meta da empresa é chegar a uma cobertura de 9 mil km e conectar sete estados brasileiros - toda as regiões Sudeste e Sul, além do Distrito Federal e partes do Nordeste. A longo prazo, o objetivo é oferecer pontos de recarga de veículos elétricos em 25% da rede Petrobras até 2030. (Automotive Business - 22.12.2023)

A BYD Energy no Brasil anunciou que irá comercializar carregadores rápidos e ultrarrápidos de veículos elétricos no país. Dessa forma, a companhia atuará no mercado de mobilidade elétrica com soluções desde a geração de energia, com painéis solares, até o produto final, o veículo eletrificado. Um dos principais nichos que a empresa pretende atender é representado pelos hubs de recarregamento, principalmente em postos de combustível, shoppings, aeroportos e estacionamentos. “A ideia é dar suporte e atender essa demanda emergente no mercado, com produtos de alta tecnologia, eficientes e confiáveis, que possibilitem o rápido carregamento da bateria do veículo. Nosso foco principal é melhorar a experiência do usuário de carros eletrificados”, disse o gerente de P&D da BYD Energy, Rodrigo Garcia. (Portal Solar - 29.12.2023)

A Rede Graal revelou um projeto para aumentar o número de aparelhos de recarga de carros elétricos nas principais rodovias do país. A empresa de postos de serviço e conveniência promete investir R$ 15 milhões para mais que triplicar o número de pontos de carregamento em suas lojas. Pelos planos da empresa, a ideia é fechar 2024 com 50 pontos de recarga ultra rápidas e semi rápidas para veículos elétricos - atualmente, são 13 eletropostos. Os carregadores serão instalados em 37 das 50 lojas do Graal no primeiro semestre de 2024 em estradas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os aparelhos foram adquiridos de empresas como ABB, WEG e BYD. De acordo com a Rede Graal, os equipamentos têm capacidade de recarga para carros elétricos em apenas 20 minutos, em média. (Automotive Business - 19.12.2023)

O Canadá exigirá que todos os veículos vendidos no país até 2035, dentre modelos leves e pesados, sejam apenas do tipo emissão zero (ZEV, na sigla em inglês). A medida faz parte do plano geral do governo federal para combater as mudanças climáticas. Os ZEVs devem representar pelo menos 20% de todos os carros vendidos até 2026 e, no mínimo, 60% até 2030, de acordo com os regulamentos divulgados pelo estado canadense. Os VEs representam atualmente cerca de 12,1% das vendas de veículos novos no Canadá. Os transportes são responsáveis por cerca de 22% das emissões de gases de efeito estufa no país norte-americano. A indústria automotiva canadense, por outro lado, considerou que as regulamentações são muito ambiciosas, observando o custo mais elevado dos VEs. (Automotive Business - 22.12.2023)

Atendendo ao prazo que consta no Aviso da 2ª Chamada Pública de Sandboxes Tarifários, 8 distribuidoras encaminharam 14 propostas de temas de projetos-pilotos de tarifas e faturamento de energia elétrica. As propostas estão alinhadas às expectativas apresentadas pela ANEEL na Nota Técnica e Voto da Diretoria condutora desta 2ª Chamada Pública. Assim, de forma harmoniosa e complementar com os projetos já em execução no âmbito da 1ª Chamada Pública. De acordo com o cronograma, as distribuidoras têm até 5 de março de 2024 para envio do Plano de Projeto, que será avaliado pelo Comitê de Governança com o apoio de um Comitê Consultivo, formados no âmbito do Projeto de Governança de Sandboxes Tarifários. Após a avaliação deste Comitê de Governança, complementada pela avaliação das áreas técnicas da Aneel, a Diretoria deverá autorizar cada projeto, juntamente com a criação do ambiente experimental temporário afastando regulamentos e estabelecendo regras específicas que permitam a realização do projeto-piloto. (Aneel - 02.01.2024)

O Governo de São Paulo assinou o decreto que regulariza o FAAE (Fundo de Aval para Desenvolvimento da Eficiência Energética no Estado de São Paulo) e constitui o Conselho Estadual de Orientação de Eficiência Energética. O FAAE, ligado à SEMIL (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), é uma ferramenta na busca pela neutralidade de carbono no estado, que tem como objetivo a redução de requisitos para pequenas e médias empresas no financiamento de projetos de eficiência energética e modernização de processos, além da redução de custo para as beneficiárias. “Com a regulamentação desse fundo, demos mais um importante passo para impulsionar a descarbonização em São Paulo, reduzindo custos operacionais de pequenas e médias empresas e promovendo a geração de emprego e renda”, afirma Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Inicialmente, o aporte do FAAE é de 8 milhões de euros, captados juntos à GIZ, visando à cobertura de financiamentos no contexto do PotencializEE (Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria). No total, trata-se de uma ação com potencial de alavancar cerca de R$ 420 milhões em carteira da Desenvolve SP. Planeja-se até 2025 uma economia de mais de 7 TWh no consumo de energia. O PotencializEE busca diminuir a emissão de CO2 em mais de 1 milhão de toneladas. (Canal Solar - 29.12.2023)

Foi aberta recentemente a chamada pública da Copel que estimula as empresas, indústrias e consumidores a desenvolverem projetos de eficiência energética, atendendo as resoluções da Aneel. As propostas para indústrias, comércio e serviços, residências, propriedades rurais e órgãos de poder público e iluminação pública podem ser inscritas até 21 de março de 2024. Os projetos devem apresentar ações de melhoria de instalações envolvendo a troca ou redução de consumo de equipamentos por meio de automação, além da inclusão de geração de energia elétrica a partir de geração solar. Segundo as regras da Aneel, a Copel deve priorizar os recursos para as duas maiores classes consumidoras da distribuidora de energia, que são indústrias e residências – neste caso representados por condomínios residenciais já que há a exigência de um CNPJ vinculado à proposta para a inscrição na chamada pública. (Bem Paraná - 26.12.2023)

O grande vencedor do Prêmio Paepe Unicamp 2023 foi o trabalho Projetos de Eficiência Energética, da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (Depi). A proposta vencedora consiste em três projetos, descreve Adriana Botelho Dieguez, da equipe primeira colocada: 100% Led, Sustentabilidade no Ar e Mais Fotovoltaica. O 100% Led, já em execução, propõe a troca das lâmpadas internas fluorescentes dos edifícios por lâmpadas Led. O Sustentabilidade no Ar, que está em fase inicial, vai trocar todos os equipamentos anteriores ao ano 2000 por equipamentos mais eficientes. E o projeto Mais Fotovoltaica deverá instalar sistemas fotovoltaicos na Unicamp. (Unicamp - 12.12.2023)

O Innovation French Tech Summit São Paulo, realizado em parceria entre a Câmara de Comércio França-Brasil, a French Tech São Paulo e Business France, teve como destaque a premiação para empreendimentos promissores. A vencedora do Prêmio de Colaboração com Startups foi a Helexia, uma plataforma voltada à gestão do consumo de energia. Segundo Aurélien Maudonnet, diretor executivo, a Helexia alia economia e ecologia ao fazer o controle integrado do uso de energia elétrica, água, gás, vapor e outros recursos. O equipamento, 100% digital, trabalha com análise de dados e inteligência artificial. “A plataforma avalia o padrão de consumo e envia alertas quando algo sai do normal. Assim, conseguimos identificar se algum aparelho está desregulado e, se for o caso, indicamos outro que seja mais eficiente e econômico”, explica Maudonnet. Segundo o executivo, é possível reduzir até 40% em sistemas de iluminação, climatização e refrigeração e até 30% em sistemas de bombeamento, ar comprimido e motores. (CCFB - 11.12.2023)

Tornar residências mais eficientes em termos de energia é a melhoria domiciliar mais popular de acordo com 86% dos consumidores em uma nova pesquisa da Schneider Electric, líder na transformação digital da gestão de energia e automação. De acordo com os resultados da pesquisa anual "The rise of home energy efficiency", o impacto nos preços da recente crise energética global fez com que surgisse um comportamento de economia de energia dentro dos lares. Dos entrevistados, 75% afirmaram que reduziram o uso de energia durante o inverno de 2022-2023, com 72% desses fazendo isso para diminuir contas elétricas, enquanto um terço fez para reduzir as emissões de carbono. A pesquisa, que contabilizou mais de 9.000 consumidores na Austrália, França, Alemanha, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos, também questionou como os consumidores reduziram o uso de energia nesses últimos 12 meses. Dos entrevistados, 45% disseram que tiveram que mudar para lâmpadas LED, 24% começaram a medir o uso da energia em casa e 16% instalaram um termostato inteligente. (TI Inside - 04.12.2023)

Nos últimos quatro anos, o número de microrredes nos EUA aumentou 11%. Consideradas importantes ativos para garantia da segurança energética, muitas são operadas a partir de fontes renováveis de energia. "As microrredes são uma ótima maneira de neutralizar parte do risco associado à infraestrutura da rede elétrica", disse James Potach, vice-presidente sênior de serviços de energia e sustentabilidade da Schneider Electric. "Também é uma ótima maneira de aproveitar vários dos recursos de energia renovável que estão entrando em operação. Com o tempo, porém, ainda precisamos aumentar nossa infraestrutura de rede elétrica para torná-la mais confiável", destacou o executivo. (Fox News - 28.12.2023)

A Southern California Gas (SoCalGas) e a Bloom Energy implementaram a produção e mistura de hidrogênio na rede da Caltech. O projeto, que utiliza um eletrolisador de óxido sólido e células de combustível da Bloom Energy, visa demonstrar o potencial do hidrogênio para a criação de uma microrrede, bem como uma solução de energia limpa para armazenamento de energia de longa duração e geração de energia despachável. No projeto, a água é retirada da linha de serviço da Caltech, que é então executada através do eletrolisador alimentado por energia da rede para criar hidrogênio. O hidrogênio resultante é injetado na infraestrutura de gás natural da Caltech a montante das células de combustível, criando até 20% de mistura de hidrogênio e gás natural. (PEi - 20.12.2023)

Os reguladores do Texas querem expandir um projeto-piloto de microrrede de 80 MW lançado em 2022, reconhecendo que as usinas virtuais de energia (VPP, na sigla em inglês) estão ajudando a melhorar a confiabilidade da rede e ao passo em que mais sistemas de armazenamento devem ser aproveitados todo o mercado do Conselho de Confiabilidade Elétrica do Texas. O projeto foi aprovado pela Comissão de Utilidade Pública do Texas em novembro de 2023 e tem sido "um sucesso significativo para o Texas", disse o comissário Will McAdams. Mudanças propostas para o projeto incluem atualizações em sua metodologia de validação de telemetria e esclarecimentos aos procedimentos para verificar se os recursos já estão inscritos em outros programas ERCOT. McAdams também disse que gostaria de ver uma maior participação no programa de cooperativas elétricas e concessionárias municipais. (Utility Dive - 15.12.2023)

Depois de receber aproximadamente US$ 14 milhões em financiamento este ano, o Escritório de Energia das Ilhas Virgens (VIEO, na sigla em inglês) está prevendo ainda mais apoio federal para resolver os problemas de energia do território. A VIEO diz que pretende usar os mais de US$ 150 milhões esperados em 2024 em uma série de programas projetados para aumentar a resiliência energética e a acessibilidade. Subvenções substanciais do Departamento de Energia dos EUA sob o IRA apoiarão iniciativas, incluindo descontos de eficiência energética e projetos de resiliência da rede. Além disso, uma doação de US$ 100 milhões da Agência de Proteção Ambiental dos EUA financiará a implementação da iniciativa "Solar para Todos" no território. Os principais projetos previstos incluem a implantação de microrredes compostas por usinas solares fotovoltaicas e armazenamento de baterias. (Viconsortium - 02.01.2024)

A EDP Brasil, uma das principais empresas do setor elétrico, anunciou um investimento expressivo de R$ 59,3 milhões na construção de duas subestações de energia totalmente digitalizadas. As instalações serão implantadas nas cidades de Ibitirama e Muniz Freire, localizadas na região do Caparaó, no Espírito Santo. A subestação em Ibitirama, que atenderá aproximadamente 28 mil pessoas, contará com dois níveis de tensão, incluindo um transformador de 12,5 MVA distribuídos em quatro alimentadores de média tensão. Além disso, serão construídos 32 quilômetros de linhas de distribuição. Já a subestação em Muniz Freire, atendendo cerca de sete mil habitantes, terá dois níveis de tensão e um transformador de 2,5 MVA, distribuídos em dois alimentadores de média tensão. Ambos os empreendimentos se destacam pela utilização de tecnologia de comando digitalizado. (Monitor do Mercado - 02.01.2024)

A Celesc se prepara para iniciar, no dia 2 de janeiro de 2024, o processo de instalação de medidores inteligentes para clientes de Florianópolis. A operação terá início no bairro Coqueiros, com base em questões logísticas, e ao longo de 36 meses será expandida para todas as demais regiões da Capital. Ao todo, o investimento será de R$ 116 milhões. Os medidores antigos serão trocados por equipamentos modernos, que fornecerão informação em tempo real do fornecimento de energia e maior agilidade no religamento da luz. “Isto possibilita maior agilidade no atendimento de ocorrências e melhor dimensionamento do sistema de distribuição. Além disso, futuramente a Celesc disponibilizará o acesso aos dados de consumo no aplicativo, para que o consumidor possa analisar seu perfil de consumo e tomar ações para reduzi-lo ou até mesmo aderir a alguma modalidade de faturamento mais vantajosa financeiramente, a exemplo da tarifa branca”, afirma o presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa. (Celesc - 28.12.2023)

Os municípios de Irati e Rio Azul, no Paraná, foram contemplados pela nova fase do programa de modernização da Copel que permitirá o acompanhamento do consumo em tempo real pelos clientes. De acordo com a companhia, o Programa Rede Elétrica Inteligente agora está presente em 81 cidades paranaenses. Além dos medidores inteligentes presentes em cada unidade consumidora – residências, estabelecimentos comerciais, fábricas e propriedades rurais –, a Copel está investindo em dispositivos de comunicação e automação instalados na rede de distribuição. Eles enviam informações às centrais de controle da Companhia, agilizando, por exemplo, a localização do ponto de origem de uma interrupção na rede. O programa está prestes a finalizar a instalação de 600 mil medidores, nas regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná. (Governo do Paraná - 21.12.2023)

Os clientes da CPFL Santa Cruz que ainda recebam a conta em papel e optarem pelo recebimento da conta de energia no formato digital, irão receber um crédito de R$10 reais na primeira fatura. A iniciativa faz parte do “Cadastrou e Ganhou”, ação criada pela empresa para incentivar a mudança para o recebimento digital da conta e reforçar os benefícios que essa modalidade pode proporcionar aos consumidores. “A CPFL acredita na digitalização de sua operação como forma de oferecer mais praticidade aos clientes. A fatura digital é um bom exemplo disso. A adesão às contas digitais pode ser um grande aliado na organização financeira dos consumidores, pois permite acesso rápido e fácil ao documento para consultas, análises e pagamentos”, explica Rafael Lazzaretti, diretor comercial da CPFL Energia. “Além disso, a versão digital evita perdas dos boletos, reduzindo chances de atrasos ou esquecimentos, e ainda pode servir como comprovante de endereço, caso haja necessidade”, conclui. (Cidade de Itapetininga - 01.01.2024)

O Centro de Excelência em Redes Inteligentes Sem Fio e Serviços Avançados com alcance nacional e internacional (Cerise) começa a ser implantado em Goiás. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) vai investir, nos próximos três anos, um total de R$ 24 milhões para viabilizar este projeto estratégico para PD&I. O convênio de cooperação técnica e acadêmica para implementação das ações foi publicado no Diário Oficial do Estado em setembro, e firmado entre a Fapeg, a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e UFG. O Cerise permitirá estruturar projetos de pesquisa aplicada a setores estratégicos de Goiás e do Brasil com utilização de redes de comunicações avançadas e inteligentes, ampliando e popularizando pesquisas e projetos com empresas e instituições públicas e privadas em áreas que demandem técnicas computacionais inteligentes, aumentando a produtividade e eficiência. O Centro nasce com os objetivos de fortalecer e acelerar a inserção da tecnologia 5G e pós-5G e de aplicações relacionadas a estes temas como tecnologias imersivas e máquinas inteligentes por meio de projetos de PD&I, criação de startups e desenvolvimento de recursos humanos. (Agência Cora - 02.01.2024)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) para orientar a atividade de segurança cibernética no Brasil. Entre os objetivos da PNCiber estão o fortalecimento da atuação diligente na internet, especialmente das crianças, adolescentes e idosos, a contribuição para o combate aos crimes cibernéticos e o desenvolvimento da educação em segurança cibernética na sociedade. Além disso, a Política deverá desenvolver mecanismos de regulação, fiscalização e controle para aprimorar a segurança cibernética e garantir a confidencialidade, a integridade, a autenticidade e a disponibilidade das soluções e dos dados utilizados para o processamento, o armazenamento e a transmissão eletrônica ou digital de informações. (Conjur - 01.01.2024)

O Governo Federal deve propor ao Congresso projeto de lei para criar uma agência reguladora de cibersegurança. A proposta será uma das primeiras medidas tomadas pelo comitê nacional (CNCiber) instituído no mesmo decreto que estabeleceu uma política nacional sobre o tema. Inicialmente, a criação da Agência Nacional de Cibersegurança também seria por decreto presidencial, mas o governo optou por um projeto de lei. De acordo com integrantes do governo, ao regular o tema o Brasil segue tendência do que já ocorre em países desenvolvidos. Entre as funções da CNCiber, estará a regulamentação dos padrões de segurança cibernética para aumentar a proteção tanto em órgãos públicos quanto organizações privadas, como bancos. (CNN Brasil - 28.12.2023)

Os ataques cibernéticos às empresas de energia eléctrica estão aumentando. De 2020 a 2022, os ataques semanais mais que duplicaram. Um ataque que explora uma vulnerabilidade em dispositivos eletrônicos inteligentes (IEDs), como unidades de distribuição de energia, relés e disjuntores, pode desligar as luzes de um bairro ou de uma cidade inteira. Neste sentido, a CPFL Energia implementou recentemente novas ferramentas de segurança cibernética visando aumentar a proteção das redes e subestações. “A CPFL alcançou ambos os objetivos – avaliação de vulnerabilidades e modernização da rede – com uma solução: os switches industriais da Cisco. Incluído nos switches está o Cisco Cyber Vision, um software que identifica automaticamente todos os ativos industriais e de TI conectados à rede, incluindo características detalhadas e atividades de comunicação", afirma Fabien Maisl, gerente sênior de Marketing de Segurança de IoT da Cisco. Os analistas de segurança da CPFL agora recebem alertas em tempo real sobre eventos críticos porque a CPFL integrou o Cyber Vision ao seu sistema de gerenciamento de informações e eventos de segurança (SIEM). (Inforchannel - 02.01.2024)

Hackers acessaram o sistema judicial do estado de Victoria, na Austrália, e, além de interromper a rede de tecnologia audiovisual do tribunal, podem ter roubado algumas gravações de audiências do dia 1º de novembro e 21 de dezembro de 2023. Segundo a Reuters, autoridades do país garantiram, no entanto, que nenhum outro sistema foi afetado, como dados financeiros ou de funcionários. O ataque corrobora com um recente relatório do governo australiano que apontou que grupos cibernéticos e hackers intensificaram suas ações às infraestruturas, empresas e residências da Austrália. De acordo com o documento, por exemplo, organizações do país sofrem um ataque a cada seis minutos. (Olhar Digital - 02.01.2024)

A cidade de Aliquippa, no oeste da Pensilvânia, foi atingida pelo que as autoridades federais norte-americanas dizem ser hackers apoiados pelo Irã visando um equipamento especificamente porque era de fabricação israelense. A invasão da autoridade municipal de água de Aliquippa está provocando novos alertas de autoridades de segurança dos EUA, em um momento em que estados e o governo federal estão lutando para endurecer as concessionárias de água contra ataques cibernéticos. O perigo, dizem as autoridades, é os hackers ganharem o controle de equipamentos automatizados para desligar bombas que fornecem água potável ou contaminar a água potável reprogramando tratamentos químicos automatizados. Além do Irã, outros rivais geopolíticos potencialmente hostis, incluindo a China, são vistos por autoridades americanas como uma ameaça. (Reuters - 02.01.2024)