Informativo Eletrônico – Usinas Termoelétricas nº 31 – publicado em 11 de dezembro de 2020.

IFE: Informativo Eletrônico de Geração Termelétrica
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 31 – 11 de dezembro de 2020
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gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Mercado
1
3R Petroleum e Eneva na disputa pelo Polo Urucu
2 Abegás: Consumo de gás está 14,15% abaixo neste ano
3 Abegás: Consumo de gás natural em setembro cai 29,2%
4 PDE 2030: EPE lança caderno de preços de gás
5 Blocos de petróleo e gás em oferta na Amazônia fazem fronteira com 47 terras indígenas
6 BP: Indústria de óleo e gás será relevante na transição energética
7 Projeto do Gasoduto Sudoeste da Bahia volta a avançar

Regulação
1
CMSE mantém operação plena do parque térmico

2 MME dará diretrizes de monitoramento de mercado à ANP
3 Shell: Integração de gás do pré-sal na matriz elétrica exige aperfeiçoamento regulatório
4 Aneel define CVU da UTE Uruguaiana
5 Petrobras: Revisão de tarifas de transporte da TBG está parada na ANP
6 Aneel autoriza operação de UTEs no AM e SP
7 Aneel libera operação de UTEs no PA e AM
8 Aneel libera operação comercial de UTE no RS

9 Setor de gás natural já vive transformação, diz ministro

10 Nova Lei do gás não avança

11 Geração com gás natural depende de novas regras

12 Casa Civil nomeia diretor de Gás Natural

13 MME: Térmicas incluídas em calendário de leilões

Empresas
1
Equinor renova aposta em gás na Bacia de Campos

2 Equinor quer construir cadeia de valor de gás natural no Brasil
3 SC: Segurança regulatória impulsiona crescimento do gás natural

4 Neoenergia vence leilão de privatização da CEB Distribuição por R$ 2,5 bi

5 Rio Grande do Sul pretende leiloar CEEE-D e Sulgás em 2021

6 Açu prevê entrada em operação de primeira térmica no segundo tri de 2021

Internacional
1
Preço do gás natural no mercado americano

2 Preço do gás natural no mercado asiático
3 Trump isenta análises ambientais do transporte marítimo de GNL
4 Obras de conclusão do gasoduto Nord Stream 2 podem ser retomadas

5 Braskem Idesa suspende operações após interrupção do transporte de gás natural
6 Rússia e Paquistão chegam a um acordo para gasoduto ligando os dois países

Artigos e Estudos
1
Artigo de Daniela Santos (PUC-RIO) sobre a estrutura de preço da UPGN Guamaré



 


 


Mercado


1 3R Petroleum e Eneva na disputa pelo Polo Urucu

A 3R Petroleum fez a maior oferta pela compra do Polo de Urucu, na Bacia do Solimões, informou a Petrobras, nesta sexta (4), com uma proposta de cerca de US$ 1 bilhão. A Eneva fez a segunda maior oferta, de cerca de US$ 600 milhões. As informações foram antecipadas na imprensa, levando a Petrobras a publicar um fato relevante. “A Petrobras informa ainda que leva em consideração na análise das ofertas todas as componentes de valor e demais condições refletidas nas propostas, incluindo pagamentos firmes, pagamentos contingentes e outras condições contratuais relevantes, de tal forma que os valores veiculados na mídia não proporcionam uma base suficiente para comparação das ofertas recebidas”, diz o comunicado. (Agência Epbr – 04.12.2020)

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2 Abegás: Consumo de gás está 14,15% abaixo neste ano

O consumo de gás natural no país em nove meses está 14,15% abaixo do volume consumido de janeiro a setembro de 2019, informou nesta terça-feira, 8 de dezembro, a Abegás. Em nove meses, foram consumidos 53,2 milhões de metros cúbicos dia da molécula neste ano, contra 62 milhões m³/dia em igual período em 2019. Considerando a mesma base de comparação, olhando para o consumo da geração termelétrica, principal consumidor de gás natural, a queda é de 15,51%. Em setembro, foram consumidos 52,1 milhões m³/dia de gás natural, valor 29,56% menor do que em setembro de 2019. A retração mais expressiva de consumo no mês, frente ao mesmo mês de 2019, foi na geração termelétrica: 55,1%, caindo de 30,88 milhões de metros cúbicos/dia para 13,85 milhões de metros cúbicos/dia. (Agência CanalEnergia – 08.12.2020)

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3 Abegás: Consumo de gás natural em setembro cai 29,2%

O consumo de gás natural no Brasil em setembro foi de 52,19 milhões de m³/d, 29,2% abaixo do mesmo mês em 2019, de acordo com os dados da Abegás. A queda ainda reflete os impactos da pandemia de covid-19 no setor. Em relação ao mês de agosto, o volume permaneceu estável. “A alta tímida da indústria e do segmento automotivo sinaliza que a recuperação da atividade tende a ser mais gradual, descontadas as sazonalidades”, explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon. Durante setembro, houve queda de 55,1% na demanda de gás para geração termelétrica e retração de 25,6% no consumo do setor automotivo, na comparação anual. Além disso, a demanda industrial caiu 5% em relação a setembro de 2019. (Abegás – 10.11.2020)

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4 PDE 2030: EPE lança caderno de preços de gás

A EPE anunciou o novo caderno do PDE 2030. Nesse caderno constam as previsões de preços e demanda de gás natural no horizonte decenal, considerando os resultados observados e os aprimoramentos esperados com o programa Novo Mercado de Gás, bem como a retomada do crescimento do setor industrial brasileiro após a pandemia. De acordo com a EPE, os preços de gás natural deverão migrar nos próximos anos de uma lógica de precificação indexada ao óleo para uma lógica de competição gás-gás com negociação em hubs, levando a uma maior competição entre agentes e promovendo liquidez nos contratos. Ainda segundo a EPE, a demanda total por gás natural terá crescimento de 5% ao ano em média, podendo chegar a 8% ao ano caso sejam viabilizados novos projetos-âncora com demanda por gás natural no âmbito do Novo Mercado de Gás. (Agência CanalEnergia – 02.12.2020)

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5 Blocos de petróleo e gás em oferta na Amazônia fazem fronteira com 47 terras indígenas

Um relatório técnico contratado pela organização internacional 350.org aponta que os blocos de petróleo e gás incluídos pela ANP em seu leilão permanente fazem fronteira com 47 terras indígenas, todas localizadas na região amazônica. Segundo o estudo, os blocos também estão próximos de 22 unidades de conservação, florestas protegidas por lei, para fins de preservação ambiental. O levantamento da 350.org identificou 22 florestas “potencialmente afetadas”, sendo 19 de gestão federal e outras três geridas por Estados. As preocupações estão mais concentradas na possível utilização do método de fraturamento hidráulico (fracking), no qual o poço perfurado recebe a injeção de uma mistura química, formada por água, areia e aditivos sob altas pressões. Essa pressão é o que provoca o fraturamento da rocha, permitindo que o gás natural seja recuperado pelas fissuras criadas, são utilizados aproximadamente 700 tipos diferentes de aditivos químicos no processo, como metano, benzeno, naftaleno e ácido sulfúrico, entre outros. (O Estado de São Paulo – 02.12.2020)

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6 BP: Indústria de óleo e gás será relevante na transição energética

O petróleo e o gás vão continuar a fazer parte da matriz energética global por um tempo e essa indústria vai ter um papel importante na transição energética, afirmou a gerente de exploração da BP no Brasil, Shira Paulson, durante a Rio Oil&Gas nesta terça-feira (1º). “Todos os cenários [futuros] mostram uma matriz mais diversificada”, acrescentou a executiva. De acordo com o vice-presidente de estratégia da Organização Oil and Gas Climate Initiative (OGCI), Julien Perez, as empresas de óleo e gás têm vantagens na transição, como a capacidade de conduzir projetos complexos, a escala global e o acesso a financiamento. Também presente à discussão, o professor da UFRJ e especialista em energia Alexandre Szklo ressaltou, no entanto, que para alcançar as metas do Acordo de Paris será necessário que a indústria invista em novas tecnologias, como a captura de carbono. (Valor Econômico – 01.12.2020)

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7 Projeto do Gasoduto Sudoeste da Bahia volta a avançar

O Gasoduto do Sudoeste da Bahia, peça-chave na expansão da rede da BahiaGás finalmente começa a sair do papel. Com extensão total de 307 km e dutos de 10 polegadas, o projeto de R$ 400 milhões terá vazão total para até 600 mil m³/dia. As obras haviam sido paralisadas por uma demanda judicial. Isso obrigou a companhia a relicitar parte do primeiro trecho, atrasando sua conclusão, mas, segundo a distribuidora, os primeiros 76 km da obra, conectando o city gate da TAG, em Itagibá, até a cidade de Jequié, devem entrar em operação em 2021. (Brasil Energia – 04.12.2020)

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Regulação


1 CMSE mantém operação plena do parque térmico


O CMSE decidiu manter as medidas adotadas desde outubro para enfrentar a degradação do volume dos reservatórios das hidrelétricas do SIN. Atualmente, estão sendo estão acionadas todas as termelétricas disponíveis no sistema, independentemente de preço, e importada energia da Argentina e do Uruguai. Em reunião extraordinária na última segunda-feira, 7 de dezembro, o CMSE destacou a importância da permanência dessas ações excepcionais, para mitigar o processo de redução dos armazenamentos dos reservatórios equivalentes e garantir a governabilidade das cascatas hidráulicas. Além de manter a geração fora da ordem de mérito, o CMSE decidiu prorrogar até abril de 2022 a Portaria 504/2018, que trata do reconhecimento de custos fixos de termelétricas sem contratos, conhecidas como usinas Merchant. (Agência CanalEnergia – 08.12.2020)


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2 MME dará diretrizes de monitoramento de mercado à ANP


O secretário-executivo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, José Mauro Coelho, disse ontem que a pasta apresentará em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na próxima semana uma série de diretrizes que inclui o monitoramento em tempo real do mercado de combustíveis no país pela ANP. “No mundo pós-alienação dos ativos de refino, a Petrobras não conseguirá mais olhar esse mercado de combustíveis como um todo. E nenhum outro agente que estará no refino também verá esse mercado como um todo. Isso é uma grande preocupação do governo com relação à política pública: quem vai ter essa função?”, questionou o secretário-executivo do MME , durante participação no painel “Downstream brasileiro no pós-abertura do refino”, na feira Rio Oil & Gas. (Valor Econômico – 02.12.2020)


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3 Shell: Integração de gás do pré-sal na matriz elétrica exige aperfeiçoamento regulatório


Aperfeiçoamentos regulatórios são necessários para permitir maior participação de projetos termelétricos de gás do pré-sal em leilões do governo, avalia Guilherme Perdigão, gerente geral de Novas Energias da Shell. “A usina de Marlim Azul tem vários elementos que demonstram que é possível integrar o gás do pré-sal na matriz elétrica através da geração termelétrica, mas ela não tem todos. Para uma nova rota, precisamos de novos aperfeiçoamentos”, diz Perdigão, em painel no Rio Oil & Gas. “Tem outros aperfeiçoamentos que precisam ser feitos na própria regulamentação para os projetos poderem participar dos leilões. Hoje, você tem que demonstrar as reservas do gás: é o ovo e a galinha, você não tem o gás ainda, precisa do leilão para ter o cliente, mas para participar do leilão você precisa da reserva. Outro entrave é a comprovação do caminho do gás”, exemplifica. (Valor Econômico – 02.12.2020)


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4 Aneel define CVU da UTE Uruguaiana



A Aneel aceitou o pedido da AES Uruguaiana Empreendimentos, agora controlada pela empresa argentina San Atanasio Energía (Saesa), determinando o valor do CVU da térmica Uruguaiana a partir do PMO de dezembro até 30 de abril de 2021, e pela CCEE, para a contabilização da energia gerada no período. O NOS e a CCEE deverão aplicar os novos valores, fixados em R$ 606,28/MWh incluindo os custos e de R$ 427,34/MWh sem a incidência, informa o despacho nº 3.370, publicado no DOU desta quarta-feira, 2 de dezembro. Já o montante de geração à recuperação dos custos fixos, ficou em 175.770 MWh. (Agência CanalEnergia – 02.12.2020)


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5 Petrobras: Revisão de tarifas de transporte da TBG está parada na ANP


O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, fez críticas nesta quinta-feira ao trabalho da ANP na revisão da tarifa de transporte do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Segundo ele, o órgão regulador tem demorado na revisão da base referencial de ativos, o que pode implicar uma redução de 30% das tarifas da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG). A Petrobras assumiu compromisso com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para venda da TBG até o fim de 2021, mas vem aguardando a revisão das tarifas da transportadora antes de iniciar o desinvestimento. (Valor Econômico – 03.12.2020)


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6 Aneel autoriza operação de UTEs no AM e SP


A Aneel deliberou nesta quinta-feira, 3 de dezembro, a operação comercial da termelétrica Maraã – CGA, d a Aggreko Energia, com 12 unidades geradores perfazendo 4,2 MW de capacidade instalada no município de Maraã (AM). Outra solicitação foi concedida para a Raízen Biogás, com vistas a operação de uma unidade térmica de 2,9 MW de potência da UTE Biogás Bonfim, localizada em Guariba (SP). (Agência CanalEnergia – 03.12.2020)


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7 Aneel libera operação de UTEs no PA e AM


A Aneel aprovou nesta sexta-feira, 4 de dezembro, a operação comercial da termelétrica Muaná – CEPA, de posse do consórcio Guascor do Brasil e Soenergy, conferindo 826 kW de capacidade instalada no município de Muaná (PA). Por fim, a VP Flexgen (Brazil) teve 12 unidades liberadas para teste pelo órgão regulador, referente a UTE Humaitá- VPTM, somando 21,2 MW de capacidade no município de Humaitá (AM). (Agência CanalEnergia – 04.12.2020)


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8 Aneel libera operação comercial de UTE no RS


A Aneel aprovou nesta quarta-feira, 2 de dezembro, o início da operação comercial da termelétrica Forespel – Energia Renovável de Pellets, envolvendo duas unidades geradoras num total de 3,7 MW de capacidade instalada em São José dos Ausentes (RS), e outorgado a empresa de leva o nome da usina. A Aneel também deu provimento para a Apungu Agroindustrial, liberando para testes as unidades UG1 e UG2 da UTE Japungu, totalizando 4,8 MW de potência instalada no município de Santa Rita (PB). (Agência CanalEnergia – 02.12.2020)


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9 Setor de gás natural já vive transformação, diz ministro


O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o mercado de gás natural já vive uma transformação, mesmo antes da aprovação do novo marco legal, e que o governo quer derrubar barreiras para incentivar a participação de usinas térmicas a gás nos leilões de energia. “O novo mercado de gás, no nosso entendimento, já está acontecendo”, disse na abertura de evento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) nesta sexta-feira. (Valor Econômico – 04.12.2020)


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10 Nova Lei do gás não avança


O Brasil discute uma nova lei para avançar na regulação de abertura do mercado de gás natural, mas o atraso no debate traz diversos riscos que podem comprometer a desverticalização do setor e reduzir a sua competitividade. “A discussão sobre a nova lei do gás está paralisada no Senado, o que leva a uma questão: o futuro da indústria está ficando velho? Os impactos da liberalização não são imediatos. No Reino Unido e em outros países da Europa, eles levaram de 12 a 20 anos para ocorrer”, observa Ieda Gomes, pesquisadora sênior visitante do Oxford Institute for Energy Studies. (Valor Econômico – 07.12.2020)


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11 Geração com gás natural depende de novas regras


As usinas termelétricas têm potencial de viabilizar a expansão do mercado de gás natural produzido no Brasil e, ao mesmo tempo, proporcionar segurança ao sistema elétrico do país. A forma como o gás será integrado ao sistema elétrico, porém, ainda é uma discussão em aberto entre investidores, agentes do mercado e órgãos reguladores. O novo marco legal do gás, em discussão no Senado, não traz respostas. O principal entrave vem do fato que o gás natural proveniente do pré-sal e de outras bacias petrolíferas brasileiras depende de demandas firmes de consumo, para viabilizar o escoamento da produção. Produtores de energia térmica defendem uma política de contratação de energia que privilegie essas características, por meio da realização de leilões específicos na Aneel. Mas o sistema elétrico privilegia cada vez mais a oferta flexível, capaz de reagir conforme a demanda e aproveitar oportunidades de um sistema de precificação, denominado preço/horário, redefinido não mais a cada semana, como agora, mas a cada hora, como será em 2021 na comercialização via mercado livre de energia. (Valor Econômico – 07.12.2020)


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12 Casa Civil nomeia diretor de Gás Natural


A Casa Civil decidiu nomear Aldo Barroso Cores Junior para exercer o cargo de diretor do Departamento de Gás Natural da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, ficando exonerado do cargo que atualmente ocupa. (Diário Oficial – 08.12.2020)


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13 MME: Térmicas incluídas em calendário de leilões


O governo pretende retomar no ano que vem os leilões de energia que foram suspensos este ano com a retração de mercado causada pela pandemia de Covid-19. Para 2021, estão previstos quatro leilões de energia existente e quatro de energia nova. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Paulo César Domingues, em junho deve ser realizado os leilões A-4 e A-5 exclusivo para térmicas, a fim de substituir usinas a óleo que terão contratos encerrados a partir de 2023, como forma de modernizar e baratear o custo de operação termelétrica. (Brasil Energia – 07.12.2020)


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Empresas


1 Equinor renova aposta em gás na Bacia de Campos


A petroleira norueguesa Equinor espera construir uma cadeia de valor no mercado de gás no Brasil a partir do bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, onde ocorreu a descoberta de Pão de Açúcar. Durante painel online da conferência Rio Oil&Gas ontem, o presidente global da companhia, Anders Opedal, elogiou as mudanças regulatórias em curso no setor no país. “É importante ver a abertura do mercado de gás no Brasil, especialmente para um projeto como o BM-C-33, onde temos muito condensado e gás. Diz respeito à criação de um mercado mais aberto, no qual poderemos vender gás em termos competitivos. Isso vai permitir que possamos tomar a decisão final de investimento no bloco”, disse. Caso o projeto de Pão de Açúcar seja aprovado, será a estreia da Equinor no mercado de gás no Brasil. (Valor Econômico – 02.12.2020)


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2 Equinor quer construir cadeia de valor de gás natural no Brasil


A petroleira norueguesa Equinor espera construir uma cadeia de valor no mercado de gás no Brasil a partir do bloco BM-C-33, na Bacia de Campos (RJ), onde ocorreu a descoberta de Pão de Açúcar, disse o presidente global da companhia, Anders Opedal, durante a Rio Oil&Gas nesta terça-feira (01/12). Opedal acrescentou que espera “em breve” ver um progresso no processo de abertura do mercado. A Nova Lei do Gás está em discussão no Senado. No momento, a descoberta de Pão de Açúcar, de 2012, em águas profundas na Bacia de Campos (RJ), está em fase de avaliação. A Equinor opera o ativo com 35% de participação, em parceria com a Petrobras, com 30%, e com a Repsol, com 35%. “Estamos trabalhando com renováveis e soluções de baixo carbono, mas óleo e gás continuarão a ser parte do nosso portfólio”, acrescentou. (Valor Econômico – 01.12.2020)


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3 SC: Segurança regulatória impulsiona crescimento do gás natural


A SCGÁS lançou, em fevereiro, o maior pacote de obras da sua história, com foco na expansão da infraestrutura e na interiorização da oferta do gás natural até 2024. A consolidação dos mecanismos regulatórios, promovidos pela Aresc, agência reguladora, e pelo Governo do Estado, concessionário do serviço, tem garantido estabilidade à companhia e transparência ao mercado catarinense para que os projetos se concretizem. Santa Catarina tem atualmente um ambiente favorável devido ao estabelecimento da conta gráfica em 2016 (mecanismo que define a periodicidade e os percentuais dos reajustes de acordo com a variação do custo do gás e do seu transporte) e da margem bruta de distribuição no final de 2019 (prevista na concessão para suportar os custos operacionais da distribuidora e possibilitar investimentos em infraestrutura), ambas reguladas pela Aresc e alinhadas conforme o que estabelece o contrato de concessão do serviço. (Abegás – 08.12.2020)


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4 Neoenergia vence leilão de privatização da CEB Distribuição por R$ 2,5 bi


A Bahia Geração de Energia S.A., controlada pela Neoenergia, venceu o leilão de privatização da CEB Distribuição, do Distrito Federal. A empresa ofereceu lance de R$ 2,515 bilhões pela aquisição de 100% das ações da companhia. O lance mínimo estipulado para a compra era de R$ 1,423 bilhão. O valor era quase igual aos passivos de curto prazo da empresa, que somam R$ 1,453 bilhão, segundo avaliação feita para o leilão, com participação do BNDES. Já os passivos de longo prazo somam R$ 924 milhões. A aquisição da CEB Distribuidora ainda está sujeita à aprovação pelo Cade e a anuência da Aneel. A assinatura do contrato de compra e venda está prevista para ocorrer em 25 de fevereiro. (Agência Epbr – 04.12.2020)


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5 Rio Grande do Sul pretende leiloar CEEE-D e Sulgás em 2021


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta sexta (4) que o edital de privatização da distribuidora de energia CEEE-D será publicado na próxima terça-feira, 8 de dezembro. De acordo com o governador, que participou de evento da ABDIB, o leilão da companhia deve ser agendado para o início de fevereiro do próximo ano. Leite também mencionou a previsão de publicação em março dos editais de privatização da Sulgás e da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) – com leilão da companhia de geração previsto para ocorrer entre maio e junho. A CEEE-GT tem potência total de geração de 1.253,71 MW. (Agência Epbr – 04.12.2020)


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6 Açu prevê entrada em operação de primeira térmica no segundo tri de 2021


O Porto do Açu planeja para o segundo trimestre de 2021 o início das operações da termelétrica GNA 1. A planta, atualmente em processo de comissionamento, que faz parte de um investimento de R$ 9 bilhões, que envolve também um terminal de regaseificação de GNL e a construção de uma segunda termelétrica, GNA 2, que deve consumir cerca de R$ 4,5 bilhões do orçamento total. A previsão para entrada em operação da térmica foi anunciada em coletiva na manhã desta quarta-feira (9) por José Firmo, CEO do Porto do Açu. A previsão para início das obras da usina GNA 2 foi postergada para 2021 por conta do aumento de casos de Covid-19 na região. (Agência Epbr – 09.12.2020)


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Internacional

1 Preço do gás natural no mercado americano

O preço do gás natural fechou na sexta (08/12) em $2.399/MMBtu (Dólares por milhão de Btu) no mercado americano. Em comparação a semana anterior houve uma subida de $0.033 e em comparação ao mesmo período no ano passado houve queda de $0.716. (EIA – 08.12.2020)

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2 Preço do gás natural no mercado asiático

Os preços spot asiáticos de GNL subiram para uma alta de quase dois anos esta semana, já que a demanda continuou firme para aquecimento durante o inverno e os compradores enfrentaram problemas de abastecimento, disseram fontes comerciais. O preço médio do GNL para entrega em janeiro no Nordeste da Ásia LNG-AS foi estimado em cerca de US $ 8,10/MMBtu, um aumento de 70 centavos em relação à semana anterior. (Reuters– 04.12.2020)

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3 Trump isenta análises ambientais do transporte marítimo de GNL

O Departamento de Energia dos EUA emitiu na quinta-feira uma regra para excluir análises ambientais para o transporte marítimo de gás natural liquefeito (GNL), enquanto a administração Trump lança regras de última hora para apoiar a indústria de combustíveis fósseis. A regra, que o Departamento de Energia emitiu em um aviso de pré-publicação no Registro Federal, isenta os pedidos de licença de transporte de GNL de incluir análises ambientais que foram exigidas por uma lei ambiental fundamental, a Lei de Política Ambiental Nacional. A exigência tem sido apenas sobre embarques de GNL para países com os quais Washington não tem acordo de livre comércio, como a China. A administração Trump tem seguido uma política de “domínio energético” para aumentar a produção e as exportações de combustíveis fósseis. Ele elogiou as exportações de GNL para a Ásia e para a Europa como uma alternativa ao gás canalizado da Rússia. (Reuters– 03.12.2020)

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4 Obras de conclusão do gasoduto Nord Stream 2 podem ser retomadas

A empresa Nord Stream 2 AG que opera a construção do oleoduto Nord Stream 2 planeja retomar o trabalho de colocação de tubos neste mês de dezembro. A construção do gasoduto que vai ligar a Rússia com a Alemanha pelo mar Báltico, está parado a 150 quilômetros do território alemão, devido a pressões norte americanas, que não quer que a Europa receba uma quantidade maior de gás da Rússia. Em um comunicado, a empresa diz que “Estamos planejando retomar o trabalho de assentamento de tubos usando um navio ancorado na zona econômica exclusiva da Alemanha este ano. Mais tarde iremos nomear o navio que está planejado para ser usado.” (Petronotícias – 01.12.2020)

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5 Braskem Idesa suspende operações após interrupção do transporte de gás natural

NA Braskem Idesa, petroquímica controlada pela Braskem, foi informada pelo governo do México sobre a interrupção dos serviços de transporte de gás natural ao complexo e iniciou os procedimentos de parada imediata de suas operações, informou a companhia brasileira em fato relevante encaminhado na manhã desta quarta-feira à CVM. Conforme a Braskem, a interrupção do transporte do gás, que é usado como insumo energético para funcionamento do complexo petroquímico e matéria-prima para a produção de polietileno, foi comunicada pela agência do governo mexicano responsável pelo sistema de dutos e transporte de gás natural na região onde está instalada a Braskem Idesa, o Centro Nacional de Control del Gas Natural (Cenagas). A agência informou a suspensão, “de forma unilateral”, do transporte do gás. (Valor Econômico – 02.12.2020)

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6 Rússia e Paquistão chegam a um acordo para gasoduto ligando os dois países

O Paquistão concordou em conceder o controle de gestão do projeto do Pakistan Stream Gas Pipeline (PSGP) à Rússia por meio de uma empresa de propósito específico. Os paquistaneses dizem que fazem um grande esforço para fomentar a parceria estratégica. O presidente russo, Vladimir Putin, também expressou grande interesse no projeto que fornecerá gás importado para Punjab, já que ambos os lados consideraram o esquema uma oportunidade para impulsionar o relacionamento econômico e estratégico. Este projeto marcará o surgimento da entrada russa no Paquistão após décadas. OI primeiro passo fundamental foi a criação da Oil and Gas Development Company (OGDC) e da Pakistan Steel Mills (PSM), a maior siderurgia do Paquistanesa. A dependência do Paquistão do GNL está aumentando à medida que ajuda a atender à crescente demanda por gás. A produção local de gás está caindo 6,5% ao ano e precisa suprir o déficit na temporada de inverno. (Petronotícias – 03.12.2020)

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Artigos e Estudos

1 Artigo de Daniela Santos (PUC-RIO) sobre a estrutura de preço da UPGN Guamaré

Em artigo publicado pela Agência Epbr, Daniela Santos, advogada e mestre pela PUC-Rio, fala sobre a necessidade de acesso às UPGNs para fomentar o novo mercado de gás. A autora afirma, “O mercado de gás natural aguarda, com muita ansiedade, a apresentação da estrutura de preço que será considerada para o acesso à Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Guamaré, localizada no Rio Grande do Norte, pela Petrobras, sua proprietária. Para tanto, porém, é fundamental a realização de uma combinação de ajustes, entre os quais, tributário, técnico, regulatório, prazo e de conhecimento da estrutura de preço de acesso.” Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL – IE – UFRJ – 09.12.2020)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Marcello Matz
Pesquisadora: Cinthia Valverde
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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