l IFE: nº 09 – 08 de julho de 2020 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Mercado 1 Preço do gás natural no mercado americano 2 ANP: Produção de petróleo e gás cai em maio 3 “Visão liberal” para Lei do Gás terá oposição na Câmara, diz Maia 4 Marco do saneamento eleva potencial do biogás Regulação 1 ANEEL classifica UTE como produção independente em SP 2 Térmica a biogás é aprovada para testes em SP 3 PL define metas para redução de emissões por UTE´s 4 UTE entra em operação em Eirunepé Empresas 1 ENEVA obtém enquadramento ao REIDI para produção de gás no AM 2 Eletrobras quer aumentar capital da Eletronuclear 3 ENEVA entra no mercado de petróleo 4 Golar Power firma parceria em GNL 5 Novo conselho eleito da ABEGÁS 6 Setor de O&G investe mais de R$ 20 milhões no combate à Covid-19 7 Jorge Camargo: Não há vantagens no modelo de partilha no setor de O&G Inovação 1 Roteiro da Siemens para turbinas a 100% de hidrogênio a gás Internacional 1 Investimento do Japão em GNL corre risco de azedar 2 EUA autorizam primeiro terminal de exportação de gás da Costa Oeste 3 Exportadores de gás reservam 90% da capacidade da principal conexão de gasoduto da Rússia via Polônia Artigos e Estudos 1 Artigo de Edmar Almeida (UFRJ): “Impactos da Covid na liberalização do mercado de gás” 2 Artigo sobre otimização em instalações usando gás de qualidade variável
Mercado 1 Preço do gás natural no mercado americano O preço do gás natural fechou na última sexta (03/07) em $1.734/MMBtu (Dólares por milhão de Btu) no mercado americano. Em comparação a semana anterior houve uma subida de $0.252 e em comparação ao mesmo período no ano passado houve queda de $0.556. (EIA – 03.07.2020) <topo> 2 ANP: Produção de petróleo e gás cai em maio A produção de petróleo e gás no Brasil durante o mês de maio caiu 6,5% em relação a abril, chegando a 3,485 milhões de barris equivalente por dia, sendo 2,765 MMbbl/d de óleo e 114 MMm3/d de gás natural, informa a ANP nessa quinta-feira, 2 de julho, por meio do seu boletim mensal, que indica leve aumento de 1,3% da produção na comparação anual. Em relação ao gás natural, o levantamento aponta redução de 7,8% na comparação com abril e de 3% com o mesmo mês do ano anterior. A queda é explicada principalmente à parada das FPSOs Mangaratiba e Cidade de Angra dos Reis e à restrição na produção das plataformas P-67, P-74 e P-76. O aproveitamento foi de 97,6%, sendo 48,7 MMm³/dia disponibilizados ao mercado. Já a queima do insumo no mês foi de 2,782 MMm³/d, incremento de 2,1% ao mês anterior e queda de 43,3% na comparação anual. (Agência CanalEnergia – 02.07.2020) <topo> 3 “Visão liberal” para Lei do Gás terá oposição na Câmara, diz Maia A “visão liberal” para a nova Lei do Gás, que é a do governo federal, enfrentará oposição entre os deputados federais, na avaliação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), que defendeu a necessidade de melhoria na infraestrutura do gás natural no país. “O governo quer votar a Lei do Gás [e] eu acho bom. No ano passado, em maio, o ministro Paulo Guedes [da Economia] disse que o valor do gás ia cair pela metade e não caiu”, comentou em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, nesta terça (30). Maia dividiu a atuação dos parlamentares que acompanham o projeto em dois grupos. Os mais liberais, que acreditam que o mercado, com uma nova regulação, vai realizar os investimentos necessários. Essa é a posição do governo, definiu o presidente da Câmara. O segundo grupo, ainda de acordo com Maia, defende que será necessária a injeção de recursos públicos para que o desenvolvimento de projetos de infraestrutura de gás aconteçam no país. (Agência Epbr – 01.07.2020) <topo> 4 Marco do saneamento eleva potencial do biogás O novo marco legal do saneamento básico, aprovado pelo Senado na semana passada, eleva a produção potencial de biometano em 2,9 milhões de m3/dia, oriundo do biogás gerado nas estações de tratamento de esgoto (ETEs). O volume corresponde a 10% da meta da Abiogás, que estima ser possível entregar 30 milhões de m³/dia a partir do biocombustível em 2030. “A partir da atual rede de esgoto, temos um potencial de geração de biometano de mais de 1,5 milhão de m³/dia. Volume suficiente para o abastecimento de quase 80 mil veículos dia. Com a nova legislação, se atingirmos toda a população, a gente iria praticamente dobrar a capacidade”, explica Gabriel Kropsch, vice-presidente da Abiogás. (Agência Epbr – 01.07.2020) <topo> Regulação 1 ANEEL classifica UTE como produção independente em SP A diretoria da ANEEL autorizou a empresa LD Celulose a implantar e explorar sua central termelétrica de 202,7 MW de potência sob o regime de Produção Independente de Energia Elétrica (PIEE). A usina está localizada no município de Indianópolis (MG). A decisão foi publicada no DOU dessa quinta-feira, 2 de julho. (Agência CanalEnergia – 03.07.2020) <topo> 2 Térmica a biogás é aprovada para testes em SP A empresa Raízen Biogás recebeu parecer positivo da Aneel nessa quinta-feira, 2 de julho, e já pode testar a termelétrica Biogás Bomfim, com sete unidades geradoras de 2,9 MW, totalizando cerca de 20,9 MW de potência instalada no município de Guariba (SP). (Agência CanalEnergia – 02.07.2020) <topo> 3 PL define metas para redução de emissões por UTE´s Usinas termelétricas poderão ser obrigadas a cumprir metas de redução ou de compensação de emissões de gases de efeito estufa (GEE). É o que propõe o Projeto de Lei 290/2020, em tramitação na Câmara, de autoria do deputado Léo Moraes (PODE-RO). Segundo o texto, as termelétricas ficarão obrigadas a reduzir a taxa de emissão por unidade de energia fornecida em 1,2% ao ano. Caso contrário, deverão compensar essa diferença com projetos de recuperação ambiental certificados ou com a aquisição de créditos de carbono equivalentes. Moraes explica que o objetivo é fazer com que o aumento da demanda por energia seja compensado pela geração a partir de fontes renováveis e não pelo uso de termelétrica, que poluem mais e contribuem para o aquecimento global. (Agência Câmara – 03.07.2020) <topo> 4 UTE entra em operação em Eirunepé Entrou em operação na tarde deste domingo, dia 5, a nova Usina Termelétrica de Eirunepé – UTE. De acordo com Carlos Eduardo, engenheiro da empresa AGGREKO, responsável pela implantação da indústria, a usina já está com 90% da obra concluída, restando apenas acabamentos da parte civil. A nova usina passa a gerar o triplo da capacidade de fornecimento para 8MW. (BNC Amazonas – 06.07.2020) <topo> Empresas 1 ENEVA obtém enquadramento ao REIDI para produção de gás no AM O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, enquadrou o projeto de produção de gás natural do Campo de Azulão (AM) junto ao Regime Especial para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI). A decisão, publicada no DOU dessa segunda-feira, 29 de junho, por meio da Portaria nº 257, envolve a implementação de estruturas como poços, linhas e equipamentos auxiliares e pela Unidade de Tratamento de Gás Natural de Azulão (UTG – Azulão), tudo para conferir o combustível para a termelétrica Jaguatirica II, que irá operar com duas unidades geradoras, uma de 82,4 MW e outra de 43,8 MW, num total de 126,2 MW de capacidade instalada em Boa Vista (RR). (Agência CanalEnergia – 29.06.2020) <topo> 2 Eletrobras quer aumentar capital da Eletronuclear O conselho de administração da Eletrobras aprovou a conversão de contratos de adiantamento para futuro aumento de capital (AFAC) em novas ações da Eletronuclear no valor total de R$ 850 milhões, informou a holding em comunicado à CVM na segunda-feira (29/06). Também foi aprovada a capitalização de contratos de financiamento da controlada em que a Eletrobras é credora, sob o montante de R$ 1,035 bilhão. (Brasil Energia – 29.06.2020) <topo> 3 ENEVA entra no mercado de petróleo Única empresa privada no Brasil a produzir energia elétrica a partir do gás natural extraído por ela mesma no Maranhão, a Eneva ingressou também no mercado de petróleo. A segunda descoberta de indício de óleo foi informada ontem à ANP e é encarada como uma nova oportunidade de geração de receita. O passo seguinte será avaliar melhor o projeto de viabilidade econômica. (O Estado de São Paulo – 03.07.2020) <topo> 4 Golar Power firma parceria em GNL A Golar Power e a Galileo Technologies – empresa argentina que fornece soluções de produção e transporte de gás natural – firmaram parceria para aumentar o fornecimento de GNL e BIOGNL (biogás liquefeito) no interior do Brasil, via transporte rodoviário. O anúncio da colaboração foi feito na quinta-feira (2/7). Pelo acordo, a Galileo fornecerá soluções de acondicionamento de gás (confinamento de gás natural na forma gasosa, líquida ou sólida para o transporte ou consumo), produção distribuída de GNL, bombas de GNL e plantas regaseificadoras para a Golar Power. Os projetos iniciais envolvem a instalação de dois clusters de MICRO-GNL: um na Bahia, cuja produção virá de um poço maduro de gás natural, e outro em São Paulo, que funcionará captando e liquefazendo o biometano originado em aterro sanitário. Esses clusters fornecerão, respectivamente, 30 t/d de GNL e até 15 t/d de BIOGNL, que serão comercializados pela Golar. (Brasil Energia – 02.07.2020) <topo> 5 Novo conselho eleito da ABEGÁS O diretor-presidente da distribuidora Algás (Alagoas), Arnóbio Cavalcanti Filho, foi eleito nesta quarta (1º) para a presidência do Conselho da Abegás. A associação elegeu o novo colegiado para a gestão 2020-2023. A vice-presidência é do diretor-presidente da Compagas (Paraná), Rafael Lamastra Junior, que destaca a necessidade de ampliação em investimentos. (Agência Epbr – 01.07.2020) <topo> 6 Setor de O&G investe mais de R$ 20 milhões no combate à Covid-19 O IBP lançou, no seu site, o relatório digital de Ações Humanitárias da Indústria de Óleo e Gás. O documento apresenta iniciativas que somam mais de R$ 20 milhões em investimentos em projetos e programas no combate à Covid-19, desenvolvidas entre março e abril de 2020 pelo Instituto e 21 associadas. O download é gratuito e pode ser realizado em na parte de “Publicações” da página Coronavírus. (IBP – 01.07.2020) <topo> 7 Jorge Camargo: Não há vantagens no modelo de partilha no setor de O&G No webinar promovido pelo IBP, “Concessão X Partilha e a Competitividade do setor de O&G”, que ocorreu no dia 1º de julho, Jorge Camargo, Ex-Presidente e Conselheiro do IBP, acredita que transformar os contratos de partilha em concessão pode ser uma medida para análise em médio prazo. “Esta ação já proporciona injeção de capital imediata para o Governo Federal”, analisou. O executivo reforçou que o modelo de partilha não promove vantagens, como uma maior proporção de receita para a União, além de gerar amplos custos com estrutura para auditagem e maior risco para o investidor. Ele citou o exemplo da Noruega que administra seus recursos offshore no modelo de concessão e consegue gerar retorno em benefícios para a sociedade. (IBP – 01.07.2020) <topo> Inovação 1 Roteiro da Siemens para turbinas a 100% de hidrogênio a gás O alinhamento com uma meta estabelecida pela associação europeia EUTurbines, a Siemens Gas and Power em janeiro de 2019 lançou um ambicioso roteiro para aumentar a capacidade de hidrogênio em seus modelos de turbinas a gás para pelo menos 20% até 2020 e 100% até 2030. Foi ecoado em graus variados por todos os principais fabricantes de turbinas a gás, que afirmam que a capacidade de hidrogênio pode oferecer aos geradores de energia em todo o mundo mais opções nos mercados de baixo carbono e impedir ativos ociosos devido a regulamentos e restrições de emissões. O roteiro da Siemens se destaca especificamente porque se estende por todo o seu portfólio – desde as menores turbinas a gás aeroderivativas até as gigantescas turbinas a gás para serviços pesados – e busca atingir o salto de 100% em apenas 10 anos. Como a empresa explicou em um paper recente, a iniciativa ambiciosa está enraizada na confiança de que vários modelos de turbinas a gás já podem operar com altas porcentagens de combustível de hidrogênio, com a capacidade específica de uma unidade dependendo do modelo e do tipo de sistema de combustão. (Power Magazine – 01.07.2020)
<topo> Internacional 1 Investimento do Japão em GNL corre risco de azedar Os bancos e agências públicas do Japão canalizaram quase US $ 25 bi em projetos de GNL desde 2017, mas os investimentos podem azedar com a queda dos preços da pandemia do COVID-19 e com o aumento dos riscos das mudanças climáticas, mostra um novo estudo. Estimulados pelo governo a aumentar a segurança energética desde o desastre de Fukushima em 2011, os investimentos do Japão em GNL rivalizam com o carvão. O apoio a projetos de alto risco que exigem décadas de vendas para retornar investimentos parece questionável, com alguns enfrentando o risco de atrasos ou serem descartados, mostrou o estudo do Global Energy Monitor (GEM) divulgado à Reuters. (The New York Times – 01.07.2020) <topo> 2 EUA autorizam primeiro terminal de exportação de gás da Costa Oeste Na segunda-feira, o governo Trump autorizou formalmente as exportações de um proposto terminal de gás natural do Oregon, o primeiro na costa oeste dos EUA. O secretário de Energia Dan Brouillette assinou o pedido para o terminal de GNL em Coos Bay, Oregon. A aprovação de segunda-feira para o projeto, que terá como alvo os mercados da Ásia, faz parte de um esforço do governo para promover a produção e exportação de petróleo e gás dos EUA. De propriedade da Pembina Pipeline Corp. do Canadá, o terminal teria autorização federal para exportar até 1,08 bi de pés cúbicos por dia de GNL, dos Estados Unidos e do Canadá. (The New York Times – 06.07.2020) <topo> 3 Exportadores de gás reservam 90% da capacidade da principal conexão de gasoduto da Rússia via Polônia Exportadores de gás reservaram quase 90% da capacidade da seção polonesa do gasoduto Yamal-Europa no período de 1º de outubro deste ano a 30 de setembro de 2021, mostraram dados divulgados na segunda-feira, sugerindo que a Rússia continuará bombeando gás para a Europa através da conexão. Um acordo de trânsito de gás entre a Rússia e a Polônia, datado da década de 1990, expirou em 17 de maio, quando Varsóvia alinhou seus regulamentos de energia com as regras da União Européia e passou a restringir sua dependência de combustível russo. Desde então, o operador da rede de gás da Polônia começou a vender capacidade no oleoduto de Yamal, que transporta gás russo da península de Yamal, no norte, para a Polônia e para a Alemanha através de leilões. Os resultados do leilão em maio mostraram que cerca de 92% da capacidade foi contratada para junho e aproximadamente 80% para o trimestre a partir de 1º de julho. (Reuters – 06.07.2020) <topo> Artigos e Estudos 1 Artigo de Edmar Almeida (UFRJ): “Impactos da Covid na liberalização do mercado de gás” Em artigo publicado na Editora Brasil Energia, o professor da UFRJ Edmar Almeida e a doutoranda Yanna Clara avaliam os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus na abertura do mercado de gás no Brasil. Segundo os autores, “impactos macroeconômicos nos estados e a pressão da concorrência do GNL deveriam incentivar o processo de abertura no plano federal e estadual”. Eles concluem que “em princípio a crise do COVID não desestruturou o processo que continua andando. Entretanto, o ritmo lento da reforma passou a ser um risco importante para a indústria brasileira de gás”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 01.07.2020) <topo> 2 Artigo sobre otimização em instalações usando gás de qualidade variável Em artigo publicado pela Power Magazine, Marc Buttler, diretor de inovação de aplicações de petróleo e gás da Emerson, fala sobre o uso de um medidor Coriolis para medir a intensidade do fluxo de gás e otimizar a geração de energia. O autor afirma” a composição e os valores de aquecimento do gás combustível podem variar de um momento para outro. O uso de um medidor de vazão Coriolis para obter uma medição de vazão mássica, em vez de depender de uma medição de vazão volumétrica padrão, permite um controle mais preciso da relação ar / combustível, o que melhora a eficiência, reduz as emissões, minimiza o tempo de inatividade e aumenta a segurança.”Leia o artigo na íntegra aqui. (Power Magazine – 01.07.2020) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Marcello Matz Pesquisadora: Cinthia Valverde Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |