Informativo Eletrônico – Tecnologias Exponenciais nº 22 – publicado em 28 de outubro de 2020.

IFE: Informativo Eletrônico de Tecnologias Exponenciais
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 22 – 28 de outubro de 2020
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Transição Energética
1
Pacto Global da ONU sugere metas sustentáveis ao setor elétrico
2 UE: Energia hidrelétrica é a chave para um futuro renovável
3 IRENA no centro da geopolítica da transformação de energia
4 AES Tietê pesquisa geração de energia com hidrogênio
5 EUA: Grandes cidades têm desempenho abaixo do esperado em redução de carbono
6 IRENA e CIP: investimento em energia nos países em desenvolvimento
7 Capacidade de energia renovável aumentará na Ásia-Pacífico
8 Estudo indica caminhos para empresas de energia avançarem em descarbonização
9 Financiamento é desafio para economia verde
10 Japão quer alcançar neutralidade de carbono até 2050

Geração Distribuída
1
Wood Mackenzie: preço dos módulos solares deve cair em velocidade menor

Armazenamento de Eletricidade
1
Nant de Drance: uma bateria pronta para alimentar a rede

2 EUA: Custos de armazenamento diminuíram 70% entre 2015 e 2018
3 Governo australiano vai financiar grandes baterias

Mobilidade Elétrica
1
EDP e Unidas se unem em parceria para impulsionar VEs

2 GM revela fábrica sustentável de VEs
3 Projeto de P&D GESEL inaugura primeiro carregador ultrarrápido público do Brasil
4 Postos de carregamento da EDP abastecerão até 3 veículos simultaneamente

5 Primeiro ônibus rodoviário elétrico do país no ES
6 China: 1,41 milhão de estações de recarga para VEs
7 Padronização de carregamento sem fio para VEs
8 Baterias requerem eficiência na cadeia de suprimentos

Digitalização do Setor Elétrico
1
Neoenergia desenvolve concentrador para comunicação de redes elétricas

2 Electra pede atenção para digitalização de medição
3 DNV GL lança ferramenta digital de compra de energia
4 Eco Wave Power apresenta software de verificação de produção

Eventos
1
Webinar GESEL: “Perspectivas da Aplicação da Inteligência Artificial no Planejamento do Setor Elétrico”

2 MME, EPE, ONS e GIZ apresentam estudo sobre integração de fontes renováveis
3 GESEL no CBENS 2020
4 CPAMP realiza webinar para debater modelagem de fontes variáveis

Artigos e Estudos
1
Editorial do jornal O Estado de São Paulo: A pandemia pode redesenhar futuro da energia

2 Artigo de Paulo Gama (Versattus) sobre a MP 998 e o desmonte da pesquisa no setor elétrico
3 Artigo de Diego Cavalcante (Grupo Luminae) sobre tecnologia aplicada a eficiência energética
4 IEA: Power Systems in Transition – Desafios e oportunidades futuras para a segurança elétrica

5 IEA: Segurança elétrica nos sistemas de energia do futuro


 


 


Transição Energética


1 Pacto Global da ONU sugere metas sustentáveis ao setor elétrico

A Rede Brasil do Pacto Global da ONU divulgou um estudo com sugestões de metas e indicadores relacionados à integração dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) à estratégia de negócios das empresas do setor elétrico. Com relação ao ODS 7 (energia acessível e limpa), a iniciativa formada pelas entidades definiu como meta assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia até 2030. Outra meta estabelecida é, até 2030, manter elevada a participação de energias renováveis na matriz energética nacional. No que tange o ODS 9 (indústria, inovação e infraestrutura), a iniciativa sugere que, até 2025, sejam realizados diagnósticos socioeconômicos nas comunidades tradicionais impactadas pelas operações do setor elétrico para subsidiar a implementação de projetos voluntários. E também que seja atingido, até 2030, a marca de ao menos 80 mil eletropostos públicos instalados no país. Para conhecer as demais metas propostas e indicadores, acesso o estudo completo aqui. (Brasil Energia – 20.10.2020)

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2 UE: Energia hidrelétrica é a chave para um futuro renovável

Em setembro, a Comissão Europeia em Bruxelas propôs uma redução de 55% nos gases de efeito estufa até 2030 (em comparação com 1990) para colocar a Europa no caminho da neutralidade climática até 2050. Para manter um equilíbrio delicado entre oferta e demanda em áreas com alta dependência de energias renováveis, as usinas hidrelétricas reversíveis fornecem serviços de equilíbrio à rede, como os fornecidos por usinas fósseis, mas com ainda mais reatividade e de maneira sustentável, sem emissões de CO2. A Noruega e a região dos Alpes são exemplos de como a energia hidrelétrica pode ser uma fonte de estabilidade da rede, pois é renovável, responsiva à demanda e pode ser usada como uma forma de armazenamento de energia. Hoje, as usinas hidrelétricas fornecem cerca de 16% da geração anual de eletricidade do mundo, com uma capacidade instalada total de 1.300 GW, com quase 16 GW sendo adicionados no ano passado. (REVE – 20.10.2020)

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3 IRENA no centro da geopolítica da transformação de energia

Em reunião de todos os membros da IRENA, com acadêmicos e analistas do mercado de energia, os membros concordaram que a agência está posicionada de maneira única para ajudar a navegar pelas incertezas atuais e futuras, à medida que o aumento das energias renováveis reconfigura o mapa geopolítico. Os debatedores reforçaram a importância da liderança da IRENA sobre o assunto, enfatizando que o novo sistema de energia de baixo carbono apresenta oportunidades únicas para uma sociedade mais justa e inclusiva. No centro das discussões estava a necessidade de encontrar consenso sobre os tópicos de maior interesse para os membros, reconhecendo que qualquer trabalho futuro deve refletir um equilíbrio de interesses de todos os membros. (REVE – 21.10.2020)

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4 AES Tietê pesquisa geração de energia com hidrogênio

A AES Tietê, em parceria com a empresa Hytron e o Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), está investindo em um projeto de P&D Aneel para geração de energia com hidrogênio. Para tanto, será desenvolvido um kit de adaptação para uso de H2 em GMG (grupo motor gerador) e um eletrolisador nacional, que viabilizará a produção de hidrogênio a custos compatíveis com o diesel. “O projeto visa substituir parcialmente o combustível fóssil e diminuir consideravelmente as emissões atuais de gases de efeito estufa. Hoje, é comum a utilização de sistemas de GMG a diesel principalmente como backup de energia, em horários de pico, zonas rurais e, também, em sistemas isolados, gerando impacto ambiental muito alto”, explica Julia Rodrigues, coordenadora de P&D e Inovação da AES Tietê. (Agência CanalEnergia – 22.10.2020)

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5 EUA: Grandes cidades têm desempenho abaixo do esperado em redução de carbono

Um novo estudo divulgado na quinta-feira pela Brookings Institution examinou os compromissos climáticos das 100 cidades americanas mais populosas. Apenas 45 das 100 cidades têm uma meta concreta de redução de gases de efeito estufa e uma medição básica de suas emissões, concluiu o estudo. Outras 22 cidades têm um compromisso geral de redução de carbono, mas não medem suas emissões ou estabeleceram uma meta de redução específica. Mesmo entre as cidades com metas e linhas de base concretas, há variação na frequência com que realizam as contagens de emissões, tornando difícil avaliar o progresso. Alguns não realizaram um único inventário desde que fizeram seu plano. Para outros, a contagem mais recente tem uma década. Cerca de dois terços das cidades estavam atrás de suas metas na contagem de emissões mais recente. (GreenTechMedia – 21.10.2020)

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6 IRENA e CIP: investimento em energia nos países em desenvolvimento

Os parceiros da IRENA e da Plataforma de Investimento Climático (Climate Investment Platform – CIP) estão trabalhando em conjunto para promover a implantação de energias renováveis em países em desenvolvimento. A Plataforma de Investimento Climático lançada pela IRENA, juntamente com SEforAll, o PNUD e em cooperação com o Fundo Verde para o Clima (GCF), combina as capacidades e recursos das quatro organizações parceiras para atender – e desbloquear – as necessidades de investimento nos países em desenvolvimento, por sua vez iniciando uma mudança radical em sua busca por energia de baixo carbono. Os parceiros apoiam os países com o estabelecimento de metas, de um ambiente regulatório favorável e o desenvolvimento de medidas de mitigação de risco para estimular os fluxos de capital. Até o momento, os esforços IRENA resultaram em mais de 180 solicitações de financiamento de projetos e mais de 50 promessas de apoio de parceiros ativos. (REVE – 22.10.2020)

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7 Capacidade de energia renovável aumentará na Ásia-Pacífico

A capacidade instalada de energia renovável na região da Ásia-Pacífico deve ter um grande impulso nos próximos cinco anos, de 517 GW neste ano para 815 GW em 2025, mostra uma análise da Rystad Energy. A pioneira neste crescimento será a energia solar, cuja capacidade regional quase dobrará para 382 GW de 215 GW em 2020, superando até mesmo a capacidade instalada da energia eólica onshore. A capacidade instalada da energia eólica onshore também deve aumentar, de 266 GW para 341 GW nos próximos cinco anos, enquanto a energia eólica offshore deverá saltar de 9 GW atualmente para 51 GW. Por último, a capacidade de armazenamento, bateria e eletrolisador de hidrogênio provavelmente se expandirá para 42 GW de 26 GW. (Energy Global – 22.10.2020)

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8 Estudo indica caminhos para empresas de energia avançarem em descarbonização

Depois dos compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) ganharem importância no mercado financeiro, se tornando um dos parâmetros para decisões de investimentos, o Brasil deve voltar os olhos para outra sigla igualmente difundida no mundo inteiro: a SBT (Science Based Targets), ou metas baseadas na ciência, uma forma de garantir que as iniciativas ambientais tomadas pelas empresas sejam realmente eficientes para cumprir o Acordo de Paris. Com objetivo de elaborar metas claras para o setor elétrico brasileiro, a Rede Brasil do Pacto Global – órgão criado no ano 2000 por Kofi Annan, então secretário-geral das Nações Unidas – lançou o estudo “Integração dos ODS no Setor Elétrico Brasileiro: Indicadores e Metas”, que estabelece compromissos para as empresas assumirem responsabilidades locais de redução de emissões de gases efeito estufa (GEE). “A ambição desse estudo é que, até 2023, 15 empresas tenham essas metas baseadas na ciência aprovadas. Isso representa 40% da energia gerada no Brasil”, informa Pereira, destacando a urgência da adoção de medidas mais concretas. Hoje essa adesão representa 14% da energia gerada no País. “Não tem mais tempo para esperar, precisamos que essas ações gerem resultados”, completou. (O Estado de São Paulo – 23.10.2020)


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9 Financiamento é desafio para economia verde

A criação de instrumentos financeiros que levem em conta os benefícios de fontes renováveis em meio à transição energética serão um desafio, afirmou a diretora de estratégia da Enel, Rosana Santos, durante evento online promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nesta sexta-feira. “É um desafio pensar produtos financeiros que tenham a cara da economia verde”, afirmou a diretora. Rosana lembrou que a valoração das novas tecnologias deve levar em consideração não apenas a baixa emissão de carbono na geração de energia, como também benefícios sociais. Também presente ao evento, o CEO da AES Tietê, Ítalo Freitas, concorda que financiamento ainda é um grande desafio para o acesso às fontes renováveis. “O financiamento é crucial para que a gente leve energia competitiva. É preciso analisar riscos e trazê-los bem mitigados para o mercado financeiro”, explicou o CEO. (Valor Econômico – 23.10.2020)

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10 Japão quer alcançar neutralidade de carbono até 2050

O Japão pretende alcançar a neutralidade de carbono até 2050, ou seja, até lá zerar o nível de emissões líquidas dos gases do efeito estufa, anunciou nesta segunda-feira (26/10) o primeiro-ministro Yoshihide Suga, marcando uma mudança sobre as metas de redução de emissões que causam o aquecimento global. “Reagir às mudanças climáticas não é mais um obstáculo ao crescimento econômico”, afirmou Suga em seu primeiro discurso para o Parlamento desde que assumiu o cargo, no mês passado. Até então, o Japão vinha declarando que tentaria alcançar a neutralidade em carbono na segunda metade deste século, mas sem definir uma data específica. Alcançar o objetivo proposto por Suga não será fácil devido à dependência do país do carvão. O Japão é o quinto maior emissor mundial de dióxido de carbono. (DW – 26.10.2020)

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Geração Distribuída


1 Wood Mackenzie: preço dos módulos solares deve cair em velocidade menor


Relatório da Wood Mackenzie sobre o Mercado de Tecnologia de Módulo Solar mostra que os preços desses equipamentos continuarão a cair na década de 2020, porém em um ritmo mais lento. De acordo com o relatório, em lugar da queda, a melhoria na eficiência do módulo e na classe de energia impulsionará a tendência de declínio do capex e reduzirá o custo nivelado da energia solar. A pesquisa sugere que a década de 2020 será uma década com inovações rápidas da tecnologia do módulo solar, levando a aumentos significativos na classe de potência do módulo, melhor desempenho e aplicações mais versáteis. (Agência CanalEnergia – 19.10.2020)


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Armazenamento de Eletricidade


1 Nant de Drance: uma bateria pronta para alimentar a rede


Dois lagos azuis cristalinos na Suíça, Lac d’Emosson e Lac du Vieux Emosson são os componentes centrais de Nant de Drance, uma das baterias mais engenhosas do mundo, que entrou em fase de comissionamento em agosto. Esses projetos estão se tornando cada vez mais importantes à medida que os países começam a incluir cada vez mais fontes renováveis em suas matrizes energéticas. Ao contrário das usinas hidrelétricas reversíveis convencionais, onde a potência de cada bomba não pode ser ajustada, as turbinas-bomba e motores-geradores de velocidade variável de Nant de Drance permitem que os operadores bombeiem exatamente a quantidade de energia que a rede elétrica quer descarregar, para que as energias eólica e solar da região não sejam desperdiçadas. Além de tornar a rede mais eficiente, as próprias máquinas são mais eficientes do que suas primas de velocidade fixa, captando mais energia potencial ao produzir energia e usando menos eletricidade para bombear morro acima. (REVE – 20.10.2020)


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2 EUA: Custos de armazenamento diminuíram 70% entre 2015 e 2018


O custo médio da capacidade de energia do armazenamento de bateria em escala nos Estados Unidos diminuiu rapidamente de US$ 2.152 por kWh em 2015 para US $ 625 por kWh em 2018, de acordo com a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA). De acordo com os dados da EIA, os Estados Unidos adicionaram 152 MW de capacidade de armazenamento de bateria em 2019 e 301 MW adicionais em 2020 até julho de 2020. Com base nos dados planejados de adições de capacidade relatados ao EIA por desenvolvedores e proprietários de usinas de energia em julho de 2020, espera-se que o armazenamento da bateria aumente em mais de 6.900 MW nos próximos anos. Cerca de 2.300 MW dos 6.900 MW de capacidade planejada de armazenamento de bateria foram relatados à EIA entre abril e junho de 2020. (RenewablesNow – 26.10.2020)


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3 Governo australiano vai financiar grandes baterias


Em nome do governo australiano, a ARENA fornecerá até AUS$ 11,5 milhões em financiamento para a TransGrid construir uma bateria de íon de lítio conectada à rede em grande escala de 50 MWh à 75 MWh em sua subestação Wallgrove no oeste de Sydney. O governo de NSW também fornecerá AUS$ 10 milhões em financiamento para a bateria, como parte de seu Programa de Energia Emergente. A Wallgrove Grid Battery será projetada e construída pela Tesla usando seus Megapacks para demonstrar seu inovador produto de inércia sintética conhecido como ‘Modo de Máquina Virtual’. O CEO da ARENA, Darren Miller, disse que a Wallgrove Grid Battery da TransGrid tem como objetivo provar que o armazenamento de bateria em grande escala é a solução mais eficaz para gerenciar a inércia do sistema conforme a Austrália faz a transição para a energia renovável. (EnergyGlobal – 26.10.2020)


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Mobilidade Elétrica

1 EDP e Unidas se unem em parceria para impulsionar VEs

Com a ambição de impulsionar a indústria de VEs no país, a EDP Brasil e a Unidas se uniram para viabilizar uma parceria inédita no mercado. Pelo acordo, a locadora entrará com a compra da frota e disponibilização para locação, enquanto a companhia elétrica proverá a infraestrutura para carregamento. Na primeira fase do projeto, iniciado neste mês, 100 VEs estão disponíveis para aluguel nos segmentos corporativo e pessoa física, nas cidades de São Paulo, Brasília e Curitiba. Para 2021, a expectativa é que a frota da parceria chegue a 600 carros. Do lado da infraestrutura, os carregadores serão instalados pela EDP conforme a necessidade dos clientes. Para pessoa física, uma alternativa é disponibilizá-los nas próprias lojas da Unidas. No caso de frotas corporativas, a companhia pode até instalar uma pequena usina solar (no local ou remota) para atender a carga necessária. (Valor Econômico – 20.10.2020)

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2 GM revela fábrica sustentável de VEs

A GM anunciou que a Factory Zero, novo nome da planta de Hamtramck, localizada na cidade de Detroit, irá fabricar apenas VEs. Para a mudança, a fábrica recebeu um investimento de US$ 2,2 bilhões, o maior investimento feito pela marca em uma só planta. Para estar de acordo com a proposta sustentável, a GM afirma que precisou reconstruir o local a fim diminuir seu impacto ambiental. A “Fábrica Zero” fará reuso da água da chuva em sistemas de extintores de incêndio e em torres de resfriamento. A promessa é que até 2023, as instalações com uma garagem solar e painel solar fotovoltaico de montagem no solo estejam prontas. Até 2030, a montadora promete fabricar seus veículos com 100% de energia renovável e até 2040 tornar todas as suas instalações globais sustentáveis. (O Estado de São Paulo – 19.10.2020)

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3 Projeto de P&D GESEL inaugura primeiro carregador ultrarrápido público do Brasil

Na última quarta-feira, 21/10, o projeto Plug&Go, realizado pelo GESEL em parceria com a EDP e as montadoras Volkswagen, Audi e Porsche, lançou o primeiro carregador ultrarrápido público do Brasil, na cidade de Caraguatatuba (SP). O Projeto, aprovado na Chamada Pública da Aneel para o tema Mobilidade Elétrica Eficiente, objetiva o desenvolvimento de uma infraestrutura pública de recarga rápida que permita a difusão da modalidade elétrica em rotas de longa distância, servindo como laboratório para a criação de um operador nacional de mobilidade elétrica centrado no utilizador. O cronograma prevê o início da implantação de mais 10 novos postos ainda em 2020, que estarão na Rodovia Régis Bittencourt, Rodovia Fernão Dias, Rodovia dos Bandeirantes e Via Anhanguera. As empresas ABB, Electric Mobility Brasil e Siemens são as fornecedoras das soluções de carregamento. O primeiro local concluído fica no Shopping Serramar, litoral norte de São Paulo. Assista ao vídeo de divulgação do projeto: https://youtu.be/N9IWdHsda5I. (GESEL-IE-UFRJ – 23.10.2020)

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4 Postos de carregamento da EDP abastecerão até 3 veículos simultaneamente

A EDP inaugurou hoje o primeiro de 30 eletropostos públicos de carregamento ultrarrápido previstos em até três anos para o Estado de SP. Cada posto terá dois carregadores (aparelhos similares aos caixas eletrônicos de bancos), capazes de oferecer abastecimento rápido ou semirrápido (cerca de duas horas) para três veículos simultaneamente. Veículos elétricos e híbridos de qualquer marca podem ser abastecidos, desde que seus carregadores sejam compatíveis. As empresas ABB, Electric Mobility Brasil e Siemens são as fornecedoras das soluções de carregamento. (O Estado de São Paulo – 21.10.2020)

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5 Primeiro ônibus rodoviário elétrico do país no ES

O primeiro ônibus elétrico para rotas rodoviárias do Brasil será usado em serviços de fretamento pela empresa Vix Logística nas estradas do ES, em um projeto piloto coordenado pela EDP. O veículo possui chassi produzido pela BYD. O objetivo desta primeira operação é avaliar o modelo de negócio, as condições e o custo-benefício para uma possível ampliação futura, além de testar as funcionalidades do sistema. O projeto, com duração prevista de 18 meses e investimento total de R$ 6,6 milhões, é composto pelo ônibus elétrico e quatro estações de recarga, resultado da parceria entre as empresas EDP (responsável pela gestão do projeto, fornecimento dos serviços de mobilidade elétrica e pela operação dos carregadores), Vix Logística (operadora do ônibus), WEG (recarga rápida das baterias) e Certi (estudos de mercado e análise da viabilidade econômica). (Automotive Business – 22.10.2020)

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6 China: 1,41 milhão de estações de recarga para VEs

Um levantamento recente da China Electric Charging Infrastructure Promotion Alliance, mostra que em setembro de 2020 as empresas que fazem parte da aliança relataram um total de 606.000 estações de carregamento públicas para VEs ativas, um aumento de 14.000 pontos em setembro de 2020 na comparação com o mês anterior. Computando a quantidade de estações de carregamento privadas, em setembro deste ano, o número acumulado de infraestrutura de carregamento (pública + privada) em toda a China era de 1,418 milhão de eletropostos. Do ponto de vista do crescimento da infraestrutura de carregamento neste ano, de janeiro a setembro de 2020 o aumento no número de estações adicionais será de 199.000 unidades. (Inside EVs – 24.10.2020)

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7 Padronização de carregamento sem fio para VEs

Em um mundo onde a recarga de VEs representa um ponto chave para dar um novo impulso à transição energética, outras soluções também podem vir ao lado das estações de carregamento. Entre eles está o carregamento sem fio, que foi testado de forma fragmentada durante anos (especialmente na China e no norte da Europa) e agora pode evoluir para um desenvolvimento mais estruturado. Isso porque a SAE International, um órgão de padronização no campo da indústria automotiva e aeroespacial, decidiu acelerar a padronização dessa tecnologia.Especificamente, a SAE emitiu os padrões SAE J2954 e SAE J2846 / 7 que determinam como transferir energia da placa de carregamento para a bateria do carro e sobre os protocolos de comunicação para carregamento sem fio. (Inside EVs – 23.10.2020)

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8 Baterias requerem eficiência na cadeia de suprimentos

As células que compõem as baterias de VEs vêm de fornecedores especializados e o processo de entrega desse componente requer uma cadeia de suprimentos bastante eficiente, pois, as montadoras não podem armazenar grandes estoques de módulos de bateria, por conta de limitações como espaço físico, risco de incêndios e etc. Dessa forma, ao migrar para a produção de VEs a bateria, as montadoras terão que dominar novos processos de fabricação, como bobinamento, impregnação ou selagem de fiação e controle de qualidade para sistemas elétricos mais complexos. Tudo isso exige mão de obra especializada em grande quantidade para atender a estas novas demandas. (Inside EVs – 24.10.2020)

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Digitalização do Setor Elétrico

1 Neoenergia desenvolve concentrador para comunicação de redes elétricas

A Neoenergia está desenvolvendo em parceria com a Tecsys e o Lactec uma tecnologia de comunicação que desenvolve concentrador para comunicação de redes elétricas, compatível com equipamentos de diferentes fabricantes. O projeto adota um padrão aberto por redes de radiofrequência e integra o programa de P&D da Aneel. O concentrador Multilink serve como um elo entre equipamentos em campo e os centros de operação e data centers. Para isso, agregará dados dos chamados end devices, que são sensores e medidores inteligentes, além de medidores de balanço e equipamentos de Sistema de Medição Centralizada (SMC). Essas informações são criptografadas e enviadas, em seguida, para os sistemas de medição e operação das empresas. Com isso, é possível fazer desde a leitura remota do consumo de energia dos clientes até a análise em tempo real da rede elétrica para a melhoria do fornecimento. (Brasil Energia – 21.10.2020)

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2 Electra pede atenção para digitalização de medição

A digitalização da medição residencial, importante para a potencialização do mercado livre, não será um processo tão simples, na opinião do presidente da comercializadora Electra Energy, Claudio F. Alves. De acordo com ele, que participou de webinário realizado pela Cogen nesta quinta-feira, 22 de outubro, há desafios na infraestrutura que devem ser observados, por envolverem visitas casa a casa. “Não é só virar a chave e agora o consumidor pode comprar energia no mercado livre. Tem também uma questão de infraestrutura de dados”, avisa Alves. Segundo ele, parcerias com operadoras de telecomunicações e TV por assinatura, que já estão dentro das casas e tem a comunicação com o consumidor via modem, podem ser a porta de entrada para os primeiros consumidores livres residenciais. (Agência CanalEnergia – 22.10.2020)

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3 DNV GL lança ferramenta digital de compra de energia

A DNV GL lançou uma ferramenta de contrato de compra de energia digital (PPA) para ajudar compradores corporativos a obter suprimentos de eletricidade renovável. Um dos usuários da ferramenta Instatrust PPA é um grande provedor europeu de telecomunicações e tecnologia, que está obtendo com sucesso 100 GWh. A empresa de certificação disse que a ferramenta gerou “grandes níveis de interesse” com mais de 800 GWh de projetos apresentados em duas semanas. A ferramenta de demanda PPA foi desenvolvida para trazer mais transparência e liquidez para o mercado de PPA e entregar “abastecimento muito mais rápido e eficiente” do que os processos tradicionais de Solicitação de Proposta. (ReNews – 22.10.2020)

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4 Eco Wave Power apresenta software de verificação de produção

A empresa sueca de energia Eco Wave Power desenvolveu um novo software que realiza verificação da produção elétrica em tempo real. Segundo a empresa, além de garantir a eficiência, o software também permite a manutenção oportuna das usinas de energia. O software Wave Power Verification está sendo finalizado pelos engenheiros da empresa e terá seu primeiro teste no projeto EWP-EDF One, que é financiado pelo Ministério de Energia de Israel e pela EDF Renewables. O fundador e executivo-chefe da Eco Wave Power, Inna Braverman, disse: “Com este software, a Eco Wave Power vai pôr fim a alguns dos problemas prevalecentes na indústria de energia das ondas – que afetam significativamente os esforços de comercialização – verificando a produção, enquanto prevê as falhas. Acreditamos fortemente que a produção de eletricidade limpa a partir das ondas é um segmento importante para o combate às mudanças climáticas e esperamos contribuir para o rápido desenvolvimento e comercialização do setor.” (ReNews – 26.10.2020)

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Eventos

1 Webinar GESEL: “Perspectivas da Aplicação da Inteligência Artificial no Planejamento do Setor Elétrico”

O GESEL está disponibilizando os vídeos dos webinars “Sistema de Transmissão: Aspectos Econômicos Associados à Revitalização do Parque Instalado” e “Perspectivas da Aplicação da Inteligência Artificial no Planejamento do Setor Elétrico”. O primeiro teve como objetivo central analisar os impactos e relevâncias econômicas sobre a cadeia produtiva, a montante e a jusante, relacionados a reforços e melhorias em instalações de transmissão no setor elétrico brasileiro. Já o Webinar sobre Inteligência Artificial no Planejamento do Setor Elétrico compartilhou experiências em múltiplas visões dos diversos desafios científicos, técnicos e tecnológicos relacionados ao planejamento do setor elétrico enfatizando o potencial de soluções já disponíveis e futuras de ferramentas de inteligência artificial. Acesse aqui e aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.10.2020)

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2 MME, EPE, ONS e GIZ apresentam estudo sobre integração de fontes renováveis

No próximo dia 30 de outubro, de 10:00 às 12:00 horas, o MME, a EPE, o ONS e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) apresentarão, aos agentes do setor elétrico e ao público em geral, sob a forma de um webinar, o estudo “Integração de Fontes Renováveis Variáveis na Matriz Elétrica do Brasil”. O trabalho aborda a integração das fontes renováveis variáveis sob a óptica dos aspectos tecnológicos, de procedimento de rede, de estudos energéticos e elétricos, metodológicos e de ferramentas de planejamento para sistemas elétricos. O trabalho inclui ainda resultados de um estudo de caso hipotético que realizou uma análise eletroenergética do SIN para um horizonte futuro, sob a ótica da segurança e confiabilidade, utilizando metodologias e ferramentas analíticas de estado-da-arte sob o paradigma da massiva inserção de fontes renováveis variáveis na matriz elétrica. O estudo foi realizado no âmbito da “Cooperação Brasil Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável”, pelo “Programa Sistemas de Energia do Futuro”, que tem a coordenação do MME e do Ministério para Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ). Inscrições podem ser feitas pelo link: bit.ly/IntegracaoRenovaveis. (GESEL-IE-UFRJ – 26.10.2020)

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3 GESEL no CBENS 2020

O coordenador geral do GESEL, Nivalde de Castro, participou, na manhã desta segunda-feira, do Congresso Brasileiro de Energia Solar – CBENS VIII. Castro esteve na mesa de abertura, com o tema “Armazenamento e Eficiência de Energia”. O evento segue até o dia 30 de outubro. Saiba mais no site do evento: http://cbens2020.abens.org.br/home/. (GESEL-IE-UFRJ – 26.10.2020)

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4 CPAMP realiza webinar para debater modelagem de fontes variáveis

O crescimento da presença das fontes renováveis intermitentes na matriz energética brasileira traz o desafio de uma modelagem mais adequada ao planejamento, à operação do SIN e à formação de preço no MCP. Com objetivo de promover um ambiente de debates permanente e possibilitar a ampla participação do mercado e da sociedade no processo de construção desses avanços metodológicos, a CPAMP vai realizar na próxima quarta-feira (28) um webinar sobre o tema. No encontro, aberto a todos os públicos, haverá a participação de universidades, institutos de pesquisa e consultorias do setor, além da apresentação da linha de pesquisa metodológica pretendida pela CPAMP. O evento será realizado em formato totalmente online e sua programação se estenderá das 8h30 às 12h30. Para ter acesso entre pelo site: http://bit.ly/Webinar_GT_Metodologia, com a senha: webinar. (CCEE – 21.10.2020)

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Artigos e Estudos

1 Editorial do jornal O Estado de São Paulo: A pandemia pode redesenhar futuro da energia

Em editorial, o jornal O Estado de São Paulo fala sobre como a pandemia pode impactar o processo de transição energética. Segundo o jornal, “a crise pode ter ajudado a conscientizar o mundo sobre a necessidade de mudanças”. Ele conclui que “serão necessárias mudanças estruturais na forma como se produz e se consome energia para romper de maneira segura a tendência de aumento das emissões. A grande transformação de que o mercado necessita exige esforços conjuntos de governos, empresas, sistema financeiro e cidadãos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 20.10.2020)

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2 Artigo de Paulo Gama (Versattus) sobre a MP 998 e o desmonte da pesquisa no setor elétrico

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Paulo Gama, doutor em engenharia elétrica pela USP e CEO da Versattus Pesquisa e Consultoria em Energia, fala sobre os efeitos da MP 998 sobre a pesquisa e eficiência energética. O autor afirma, “A nova investida contra o financiamento da pesquisa, pela MP 998/2020, tem economia estimada pelo órgão regulador de 0,8% na tarifa ou, em média, R$ 0,50 (cinquenta centavos) na conta mensal de energia com consumo de 100 KWh e tarifa social. Por outro lado, despreza toda a cadeia de profissionais, empresas, fornecedores e desenvolvedores que se criou e é mantida com os recursos do P&D e do PEE no País, e que movimenta o pagamento de impostos, como ISS, ICMS, CSLL, INSS, PIS e Cofins. Na prática, significa dizer que, para que a conta de energia diminua em R$0,50, pelo menos R$ 4,6 bi deixarão de ser colocados em circulação para girar empresas, manter empregos e gerar impostos para estados, municípios e Distrito Federal. ” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.10.2020)

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3 Artigo de Diego Cavalcante (Grupo Luminae) sobre tecnologia aplicada a eficiência energética

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Diego Cavalcante, engenheiro ambiental e diretor do Grupo Luminae, fala sobre gestão energética eficiente e a aplicação de tecnologias de ponta, apoiadas em bancos de dados e Internet das Coisas para este fim. O autor afirma, “Hoje em dia, é possível conectar sensores em ambientes de todos os tamanhos, desde uma pequena loja a um hipermercado. Esses sensores colhem, continuamente, dados que podem ser checados a qualquer momento, mostrando, por exemplo, um aumento de consumo anormal na rede de iluminação, ou por algum dispositivo plugado à tomada. Já a implantação de detectores de presença, que ajudam a saber como está o fluxo de pessoas em determinado espaço, possibilita decidir a melhor hora de mudar a temperatura do ar condicionado, ou diminuir a iluminação”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.10.2020)

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4 IEA: Power Systems in Transition – Desafios e oportunidades futuras para a segurança elétrica

O setor de energia está passando por mudanças fundamentais: descarbonização, com rápido crescimento em fontes renováveis variáveis; digitalização, expandindo a superfície para ataques cibernéticos; e mudanças climáticas que levam a eventos climáticos mais extremos. Em resposta, governos, indústrias e outros agentes precisarão melhorar suas estruturas para garantir a segurança elétrica por meio de políticas, regulamentações e projetos de mercado. O relatório realizado pela Agência Internacional de Energia analisa as múltiplas transformações em curso no setor elétrico, que levam a um novo sistema no futuro. Pela primeira vez, três aspectos principais da segurança elétrica são tratados em um relatório: transições de energia com fontes renováveis mais variáveis, riscos cibernéticos e impactos climáticos. Além disso, os papéis das novas tecnologias, respostas do lado da demanda e eletrificação de outros setores são explorados. Exemplos e estudos de caso de todas essas mudanças em todo o mundo são citados. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2020)

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5 IEA: Segurança elétrica nos sistemas de energia do futuro

Os sistemas de eletricidade estão testemunhando uma transformação profunda, com um papel maior para as redes inteligentes, junto com o aumento da participação das energias solar e eólica. Redes de eletricidade – transmissão e distribuição – fornecem a base dos sistemas de energia, permitindo o fluxo da eletricidade. A expansão das redes deve acelerar na próxima década para conectar todas as novas fontes de eletricidade, incluindo energias renováveis, estendendo as redes em 16 milhões de quilômetros, 80% a mais do que na década passada. Aumentar o investimento para modernizar e digitalizar as redes será fundamental para manter sistemas de energia seguros, confiáveis e acessíveis em todas as transições para energia limpa. Neste artigo, com base nas conclusões do World Energy Outlook 2020, a Agência Internacional de Energia explora como os sistemas elétricos são configurados para evoluir em diferentes cenários, e o papel principal das redes. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2020)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara
Pesquisador: Mateus Amâncio
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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