Segundo o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), a intensidade energética é um conceito importante que deve-se compreender melhor no contexto da jornada global em direção às emissões líquidas zero e ao desenvolvimento sustentável. Ela se refere à quantidade de energia utilizada para produzir uma unidade de produto interno bruto (PIB). Quanto maior a intensidade energética, mais energia é consumida no processo de produção. Medir a intensidade energética nos ajuda a entender como estamos utilizando a energia e identificar oportunidades para reduzi-la. A eficiência energética é uma maneira amplamente conhecida de reduzir a intensidade energética, o que significa que precisamos de menos energia para obter os mesmos benefícios. A eficiência energética é considerada o "primeiro combustível" pelo Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia e é fundamental para alcançar as metas de emissões líquidas zero. (WE Forum – 13.06.2023)

O relatório anual sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, produzido em conjunto pela IRENA, IEA, UNSD, Banco Mundial e OMS, acompanha o progresso global em direção a uma energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos. No entanto, os dados mais recentes indicam que o mundo está ficando para trás nas metas do ODS 7. Aproximadamente 675 milhões de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade, sendo que a maioria está na África Subsaariana. Além disso, 2,3 bilhões de pessoas não têm acesso a energia limpa. A implantação de energia renovável aumentou, mas ainda é insuficiente, especialmente nos setores de aquecimento e transporte. A melhoria na eficiência energética também está abaixo das metas, e os fluxos financeiros públicos internacionais para países em desenvolvimento diminuíram. Para alcançar o ODS 7 e metas relacionadas, é necessário um compromisso mais forte para fechar as lacunas de acesso à eletricidade e combustíveis limpos, uma transformação do sistema energético global e cooperação internacional e financiamento adequados. (IRENA – junho, 2023)

No final de 2020, o Líbano ficou aquém de sua meta nacional de 100 MW para capacidade solar, atingindo um total acumulado de 89,84 MW. Esse déficit do setor solar refletiu-se na desaceleração econômica geral. O atual impasse político e econômico do Líbano persiste, marcado por uma inflação crescente, um sistema bancário falido, colapso da moeda e a contínua incompetência e relutância das forças políticas libanesas em realizar reformas econômicas. Antes da crise, a concessionária estatal de energia elétrica, Electricité Du Liban (EDL), e geradores privados se combinavam para fornecer aproximadamente 24 horas de fornecimento de eletricidade. Atualmente, eles mal conseguem administrar de 12 a 14 horas por dia, deixando os cidadãos em apagões completos pelo resto do dia. Em maio, o Centro Libanês de Conservação de Energia (LCEC) afirmou que suas projeções indicam que o Líbano ultrapassará 1 GW de painéis solares nos primeiros dias de junho. (PV Magazine – 08.06.2023) 

A Comissão Europeia autorizou um esquema de auxílio estatal de € 150 milhões (US$ 160 milhões) para energia renovável e armazenamento de energia na Eslovênia. O braço executivo da União Europeia (UE) aprovou o programa de subvenções diretas no âmbito do Quadro Temporário de Crise e Transição de Auxílios Estatais, adotado em março deste ano para apoiar setores fundamentais para a transição energética. O programa irá promover subsídios de até 25 milhões de euros por beneficiário, embora os detalhes completos da decisão só sejam disponibilizados “uma vez que quaisquer questões de confidencialidade tenham sido resolvidas”. A Comissão Europeia afirmou que o dinheiro “acelerará a implantação de investimentos em produção de energia renovável e armazenamento de energia, com o objetivo de promover a transição para uma economia de baixo carbono”. (Energy Storage – 12.06.2023)

O relatório da Balance Power aponta que o sistema atual de armazenamento de eletricidade do Reino Unido não está alinhado com a meta de uma rede elétrica neutra em emissões. Segundo a empresa, os projetos existentes são predominantemente de curta duração, com 2 horas, devido aos retornos mais favoráveis. No entanto, projetos de 8 horas de duração oferecem um melhor equilíbrio entre flexibilidade operacional e custos de conexão, fornecendo maior capacidade de armazenamento. O relatório também destaca a necessidade de reorientar o mercado de armazenamento de eletricidade para se concentrar na capacidade, em vez da potência dos projetos. Com aproximadamente 118 GW de conexões no mercado saturado, o relatório aponta que é necessário direcionar os esforços para atingir metas técnicas de uma rede elétrica limpa. A análise sugere que as partes interessadas devem explorar a abordagem MWh/GWh e vincular todos os custos e receitas associados a ela para impulsionar o desenvolvimento direcionado. (Smart Energy – 14.06.2023)

O governo de Bangladesh e potenciais investidores em armazenamento de energia no país do sul da Ásia receberam um relatório financiado pela União Europeia para o desenvolvimento da tecnologia na semana passada. A delegação da União Europeia (UE) ao Bangladesh entregou o seu Roteiro de Armazenamento de Energia para o país num evento oficial na residência do embaixador da UE no dia 1 de junho. Estiveram presentes vários dignitários e funcionários do governo, bem como partes interessadas do setor de energia do governo, concessionárias de transmissão e distribuição e representantes de vários doadores, como o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento. Considerando três cenários futuros diferentes, o roteiro destaca casos de uso específicos para armazenamento de energia que podem ser eficazes e benéficos para o setor de energia de Bangladesh. (Energy Storage – 08.06.2023) 

A venda de carros híbridos e elétricos em maio atingiu um novo recorde. O total de 6,4 mil unidades representou o mais alto volume mensal da série histórica registrada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O volume de maio representou um aumento de 90% na comparação com o mesmo mês de 2022. O mercado desses veículos também registrou avanço de 59% entre janeiro e maio, em relação ao mesmo período de 2022, num total de 26 mil unidades. Com isso, o total de veículos leves eletrificados em circulação no Brasil, desde janeiro de 2012, soma 152,4 mil. Embora ainda pequena, a participação de mercado dos eletrificados leves continua a crescer. Em maio, atingiu o recorde de 3,86% sobre o total de vendas domésticas de veículos leves no Brasil, segundo a ABVE. Nos cinco primeiros meses de 2023, a participação de mercado foi de 3,4%. (Valor Econômico - 11.06.2023) 

O Governo de Santa Catarina e a companhia de energia Celesc anunciaram recentemente o maior investimento da história no setor de mobilidade elétrica. Serão R$ 4,5 bilhões aplicados em 2026 para ampliar a infraestrutura, o que inclui o aumento da rede de carregamento para carros elétricos nas rodovias catarinenses. Serão investidos R$ 3,5 bilhões na ampliação da capacidade energética do estado, com cerca de R$ 1 bilhão destinado a projetos estratégicos, incluindo o aumento da estrutura para a mobilidade elétrica no estado. Dentro do plano, o Governo do Estado e a Fundação Certi, parceira no projeto, também fizeram o lançamento da 3ª Etapa do Corredor Elétrico Catarinense. Com investimento aproximado de R$ 6 milhões, esta fase do projeto prevê a instalação de mais 10 estações de recarga de veículos elétricos em todas as regiões do estado. (Inside EVs - 09.06.2023)  

O crescimento da mobilidade elétrica abre muitas oportunidades de negócio, como o mercado de tecnologia para gerenciamento de plataformas para recarga de veículos elétricos, área que a Voltbras, uma startup brasileira sediada em Florianópolis (SC), vem ampliando sua participação, inclusive, com a expansão para mercados internacionais. Além do gerenciamento de plataformas de carregamento para Veículos Elétricos (VEs), a Voltbras desenvolve um aplicativo white label que as empresas oferecem para o consumidor final, facilitando o carregamento. E para expandir seus negócios, a empresa tem marcado presença em outros mercados da América Latina, como Bolívia, Panamá e Uruguai. Através de parceria com a EDP Brasil, uma das maiores empresas do setor elétrico no Brasil e no mundo, a Voltbras está presente também no Uruguai, apoiando o gerenciamento de recargas de veículos elétricos. (Inside EVs - 09.06.2023)  

Em todo o mundo, os ônibus estão se tornando elétricos mais rápido e silenciosamente. Até 2032, cerca de metade dos ônibus do mundo serão totalmente movidos a bateria, assim como quase três em cada quatro ônibus vendidos, de acordo com o sétimo relatório anual de VEs da BloombergNEF. Levará mais 10 anos para a frota global de veículos de passageiros atingir 50% de EVs, e o caminhão comercial está a décadas de distância desse limite. Maynie Yun Lin Yang, analista da BloombergNEF, diz que, em muitos lugares, os ônibus elétricos já são tão baratos para operar quanto às alternativas a diesel. As frotas não apenas evitam os custos de combustível, mas a manutenção é mínima. Os motores elétricos dispensam trocas de óleo, filtros de ar ou velas de ignição, por exemplo. O mercado também é impulsionado pelos governos municipais, que estão cada vez mais considerando os impactos na saúde e no meio ambiente em suas decisões de compra. (Valor Econômico - 09.06.2023) 

A Ford inaugurou o Cologne Electric Vehicle Center, que se tornará seu complexo de produção de veículos elétricos na Europa. A unidade é a primeira fábrica neutra em carbono da Ford e irá produzir os carros elétricos de próxima geração da marca, começando pelo SUV Explorer Electric. Fundada em 1930, a fábrica de montagem da Ford em Colônia, na Alemanha, já produziu quase 18 milhões de veículos ao longo de sua história. O novo anúncio contempla um investimento de US$ 2 bilhões para sua conversão elétrica e marca uma nova era para as operações da Ford. De acordo com a Ford, o centro de veículos elétricos de Colônia utiliza aprendizado de máquina, sistemas de transporte autônomos, robôs e realidade aumentada para aumentar a eficiência da produção enquanto melhora ao longo do tempo. Quando estiver com a produção a pleno vapor, a fábrica de Colônia terá capacidade de produção anual de 250 mil unidades, o que ajudará a Ford na meta global de produzir 2 milhões de carros elétricos por ano até o final de 2026. (Inside EVs - 13.06.2023)  

O ministro do MME, Alexandre Silveira, afirmou que, ao mesmo tempo em que o Brasil busca intensificar o processo de eletrificação da frota de veículos, também vai apostar no aumento de oferta de cargos flex e híbridos que “tendem a ser cada vez mais acessíveis” para a população. Ao iniciar sua fala, Silveira ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “conhece como ninguém a importância do setor automotivo” na geração de emprego e renda, desenvolvimento de tecnologias e para o resultado positivo da balança comercial do país. Ele lembrou que o governo adotou em pouco tempo “ações concretas” para o fortalecimento do setor. Aos principais executivos da indústria automotiva nacional, Silveira ressaltou que o Brasil tem posição de destaque no mundo, com 88% da matriz elétrica limpa. “Isso fortalece o protagonismo na eletrificação da frota”, disse, ao frisar que 80% da frota de veículos leves é composta pela modalidade flex. De acordo com o ministro, o governo aposta em estímulos para o desenvolvimento do setor por meio do PL do programa “Combustível do Futuro”. (Valor Econômico - 14.06.2023) 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo pretende transformar o Brasil em um hub de baterias. A proposta tem como objetivo explorar o potencial brasileiro na exploração de lítio, principal componente de baterias utilizadas em veículos elétricos. “Temos desenvolvido para nossa cadeia de produção o nosso lítio, fundamental para a eletrificação da frota. Tornaremos o nosso país um hub de produção de baterias, com geração de emprego e renda para nossa população”, disse o ministro durante participação em seminário de eletrificação de veículos organizado pela Anfavea. Silveira destacou a importância do Vale do Jequitinhonha (MG) para a concepção desse plano, por causa do alto potencial de exploração de lítio na região. Segundo ele, o país como um todo tem potencial para ser um dos maiores produtores de baterias de VEs do mundo e acelerar o processo de descarbonização da frota automotiva global. (Poder 360 - 14.06.2023)  

A Anfavea defende o fim da isenção do Imposto de Importação para carros elétricos. A entidade pede ainda a adoção de cotas para a entrada de veículos, que seriam, em grande parte, importados por suas próprias associadas e também trazidos por importadores de marcas sem fábricas no Brasil. Pela proposta, o veículo 100% elétrico, que está isento de Imposto de Importação desde 2015, passaria a recolher a alíquota máxima, de 35%, seguindo os demais carros importados de países fora das regiões com as quais o Brasil tem acordo de intercâmbio comercial livre de impostos – Mercosul e México. Já os veículos das cotas continuariam isentos do imposto de importação. A proposta da Anfavea estipula 2% da produção local como limite das cotas, sendo que os volumes seriam maiores para a empresa que produz no Brasil e menores para as que apenas importam. (Valor Econômico - 14.06.2023) 

A Vibra Energia inaugurou seis estações de carregamento ultrarrápido para veículos elétricos em postos de combustíveis Petrobras localizados em rodovias no interior de São Paulo e do Rio de Janeiro. A Vibra tem agora sete Postos Petrobras preparados para atender a demanda de recargas e contempla um corredor elétrico de 9 mil km. A empresa informou, ainda, que nos próximos meses três novos eletropostos serão inaugurados. Em nota, a companhia disse que tem como meta ter a maior e mais robusta rede de carregamento do Brasil. (Broadcast Energia - 14.06.2023)  

Um novo estudo realizado pela Global Insights Team, com sede em Londres, descobriu que os medidores inteligentes de eletricidade e gás tiveram um impacto maior no consumo de energia do que o governo havia previsto. Com base em uma meta-análise de sete estudos de quatro fornecedores, o estudo estimou reduções de consumo de 3,43% para eletricidade e 2,97% para gás. Esses números são estatisticamente significantes e diferem das estimativas anteriores do governo, que eram de 3% para eletricidade e 2,2% para gás. O estudo também destacou variações marcantes entre os fornecedores, com um fornecedor em particular (chamado de "Fornecedor A") apresentando impactos maiores do que os outros três fornecedores. (Smart Energy – 13.06.2023)

A distribuidora de energia estatal Hidrandina, no Peru, emitiu um pedido para cerca de 32.000 medidores inteligentes. Esses medidores serão instalados pela Hidrandina e outras empresas do grupo Distriluz, Electronoroeste, Electronorte e Electrocentro, que atendem mais de 12 milhões de pessoas nas regiões norte e centro do Peru. O contrato deve ser assinado em meados de julho e terá duração de 2,5 anos. Embora o Peru esteja um pouco atrasado em relação a outros países da América Latina, como Costa Rica e Uruguai, no que diz respeito à medição inteligente, o país está cada vez mais adotando essa tecnologia como parte da digitalização do setor de energia. Em junho de 2022, a Hidrandina anunciou a intenção de realizar um piloto com 10.650 medidores inteligentes em Trujillo, Huanchaco e Virú. (Smart Energy – 14.06.2023)

Até o final de 2023, o Edison Institute for Electric Innovation prevê a instalação de 128 milhões de medidores inteligentes nos EUA, alcançando uma penetração de cerca de 80%. A projeção para 2025 é de 135 milhões de metros inteligentes instalados, com aproximadamente 85% de penetração. Essa tecnologia é considerada importante para o setor elétrico, permitindo comunicações bidirecionais rápidas entre as empresas elétricas e os clientes, além de aumentar a resiliência da rede e oferecer novos serviços. Os medidores inteligentes permitem que os clientes residenciais participem de programas de preços flexíveis e de demanda variável. Embora a penetração geral seja alta, há diferenças entre os estados, com alguns estados ainda apresentando baixa penetração. (Smart Energy - 12.06.2023) 

Um relatório do National Audit Office (NAO) revelou que o programa de implantação de medidores inteligentes no Reino Unido enfrenta desafios, incluindo aumento de custos, atrasos e problemas técnicos. O relatório apontava para a retenção de habilidades, desentendimentos com fornecedores e medidores defeituosos que precisam ser corrigidos. A implantação do programa está avançando mais lentamente do que o planejado, e o Departamento de Segurança Energética e Zero Líquido (DESNZ) enfrentará novos desafios para cumprir as metas projetadas. O relatório, Atualização sobre a implementação de medidores inteligentes, conclui que, embora o governo e a indústria tenham superado alguns dos desafios mais prementes enfrentados pelo programa de medição inteligente, ainda existem diversos desafios para atingir as metas atuais. (Smart Energy - 14.06.2023) 

Quarenta e cinco governos de todo o mundo endossaram a meta de dobrar a taxa global média de melhorias em eficiência energética até o final da década para promover o crescimento econômico sustentável e ajudar a colocar o mundo em um caminho para emissões líquidas zero. A declaração ministerial foi divulgada após a 8ª Conferência Global da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) sobre Eficiência Energética em Versalhes, França. Segundo o comunicado, governos de toda a África, Américas, Ásia e Europa destacaram o papel crítico que a eficiência energética pode desempenhar na melhoria dos padrões de vida e segurança energética. E ainda, acelerar a transição de energia limpa para alcançar emissões líquidas zero até 2050. Isso significa aumentar o progresso anual dessas medidas de conservação de 2,2% para mais de 4% anualmente até 2030. (CanalEnergia - 09.06.2023) 

Nova York lançou um Programa de Eficiência Acelerada Comercial e Industrial de US$ 10 milhões para fornecer incentivos para grandes usuários de energia reduzirem emissões e eletrificarem o uso final de seus projetos. Os prêmios do programa variam de US$ 500 mil a US$ 5 milhões para projetos que podem ser concluídos e operacionais até o final de 2025. As medidas elegíveis incluem eficiência energética e melhorias de processo, bombas de calor, eletrificação de cargas térmicas e sistemas e controles de gerenciamento de energia. A Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA) diz que o novo programa foi projetado para reduzir as emissões de operações em setores difíceis de descarbonizar e com uso intensivo de energia, ajudando o estado a atingir suas metas climáticas definidas por lei. (Utility Dive - 14.06.2023) 

A Eneco, fornecedora holandesa de gás, eletricidade e calor, vai vincular todos os seus parques eólicos, parques solares, baterias e outros ativos menores e maiores à plataforma Myriad Virtual Power Plant (VPP) que desenvolveu. De acordo com o fornecedor, atualmente não há VPPs similares dessa escala em operação na Holanda. Na VPP Myriad, a Eneco combinará praticamente todos os seus ativos, permitindo que o fornecedor controle e otimize esses ativos a partir de um ponto central por meio de um software inteligente. A capacidade da Myriad de ligar ou desligar ativos em poucos segundos e, assim, oferecer flexibilidade para manter a rede elétrica holandesa em equilíbrio, torna mais fácil lidar com situações em que pouca ou muita eletricidade sustentável está sendo produzida. Desta forma, a capacidade da rede elétrica é utilizada da forma mais eficiente possível. (Smart Energy - 12.06.2023) 

As microrredes de armazenamento com energia solar substituirão em breve os geradores a diesel usados por um poço de água subterrânea e um projeto de tubulação no deserto de Mojave, na Califórnia. Os geradores a diesel atualmente apoiam o campo de poços fora da rede da Cadiz, empresa de soluções de água, no Projeto de Água, Conservação, Abastecimento e Armazenamento, que contará com mais de 25 poços individuais, uma vez totalmente construído. A empresa selecionou a Scale Microgrids para equipar cada poço com uma microrrede de energia limpa, a fim de reduzir os custos de energia e reduzir as emissões de carbono. As microrredes contarão com um sistema fotovoltaico, sistema de armazenamento de energia de bateria e geração de emissões ultrabaixas, ligados a controles inteligentes e um quadro de distribuição. As empresas disseram que as microrredes reduziriam os custos de energia do projeto em mais de 30% e reduziriam as emissões de carbono em 75%, garantindo 100% de confiabilidade de tempo de atividade. (Power Engineering International - 15.06.2023) 

Os Açores, arquipélago português no Oceano Atlântico, está buscando melhorar seu fornecimento de energia, que atualmente depende de combustíveis fósseis importados. Para enfrentar esse desafio, a concessionária portuguesa Electricidade dos Açores (EDA) contratou a Siemens para implementar um sistema autônomo de armazenamento de energia por bateria (BESS, na sigla em inglês) e um sistema de gerenciamento de microrrede inteligente na Ilha Terceira. Isso permitirá a otimização dos REDs renováveis na ilha, tornar o fornecimento de energia mais limpo e melhorar a independência energética. O BESS absorve o excesso de energia gerada na ilha e libera quando a produção é baixa, mantendo a estabilidade da rede. O sistema também permite o monitoramento e controle em tempo real da infraestrutura, com base em dados meteorológicos e de produção. No futuro, a ilha poderá expandir sua participação em energia renovável para cerca de 60% adicionando fontes como energia geotérmica. (Microgrid Knowledge - 14.06.2023) 

A Neoenergia desenvolveu um projeto inovador para a gestão da manutenção das pás de aerogeradores eólicos. Utilizando drones, robôs e software com Inteligência Artificial, o sistema realiza inspeções externas e internas das pás, identificando danos e oferecendo recomendações de reparo. A tecnologia é mais eficiente do que a prática convencional, reduzindo falhas humanas e o tempo de parada para inspeção. Com um investimento de R$ 1,6 milhão, a Neoenergia planeja expandir o projeto após o piloto, visando padronizar e aprimorar a manutenção de suas turbinas eólicas. O projeto tem o objetivo de aumentar a confiabilidade, produtividade e gestão precisa dos danos detectados. (Petronotícias – 12.06.2023) 

Uma empresa de tecnologia que opera nos EUA e na Finlândia desenvolveu uma plataforma de software para ajudar a melhorar a coleta de dados e o uso de drones que realizam inspeções de linhas de transmissão e distribuição de energia. A Sharper Shape, que desenvolve soluções de gerenciamento de linhas de transmissão para o setor de serviços públicos, assinou um contrato com o grupo de empresas Volatus Aerospace para lançar sua plataforma de gerenciamento de provedores de serviços de drones (DSP). A DSP fornece uma plataforma digital (CORE) para os provedores de serviços de drones coordenarem, gerenciarem e entregarem projetos de coleta de dados em um só lugar. De acordo com a Sharper Shape, o serviço é oferecido a empresas que usam Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs, na sigla em inglês) para inspecionar ou trabalhar em sistemas de transmissão e distribuição de serviços públicos. (Smart Energy - 14.06.2023) 

O Departamento de Energia dos EUA e várias outras agências federais foram comprometidos em um hack global de uma gangue russa de extorsão cibernética de um programa de transferência de arquivos popular entre corporações e governos, mas o impacto não deve ser grande, disseram autoridades da Segurança Interna do país. Embora várias agências federais, incluindo o Departamento de Energia, tenham sido comprometidas, as invasões parecem ter sido oportunísticas e de curta duração. “Não há risco sistêmico à segurança nacional ou às redes do país”, informaram as autoridades. O programa explorado, MOVEit, é amplamente utilizado por empresas para compartilhar arquivos com segurança, que podem incluir dados financeiros e confidenciais. O sindicato do ransomware Cl0p, por trás do hack, anunciou que os dados seriam roubados e divulgados online, mas não há comprovantes de coordenação com o governo russo. (Power Grid - 16.06.2023) 

O diretor cibernético nacional dos EUA, Kemba Walden, afirmou que uma infraestrutura de nuvem resiliente é crucial para uma estratégia nacional de segurança cibernética. Ele destacou a importância da transferência do ônus do risco cibernético para provedores de serviços em nuvem, mas destacou a necessidade de garantir que esses serviços sejam seguros por design. Walden mencionou a importância de elevar os requisitos mínimos de segurança cibernética em setores não regulamentados e sugeriu que isso poderia ser alcançado por meio de regulamentações ou orientações adicionais das agências reguladoras de gerenciamento de riscos setoriais. Segundo o diretor, a indústria da nuvem será fundamental na alavancagem dessas melhorias em vários setores. (CybersecurityDive - 12.06.2023)