l IFE: nº 08 – 21 de julho de 2020 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Transição Energética 1 PNE 2050: avanço de eólicas e solares 2 Projeto de lei cria mecanismos para viabilizar waste-to-energy 3 Investimento global em renováveis aumenta 5% no semestre 4 Energy Policy Tracker: painel monitora políticas de apoio ao setor energético 5 Sobreoferta favorece ‘limpeza’ da matriz energética 6 Biden tem plano de investir US$ 2 tri em energia limpa 7 Climate TRACE irá medir emissões de carbono em tempo real 8 Eficiência no uso de ar condicionado pode economizar 87,9 TWh até 2035 Geração Distribuída 1 3,1 GW de capacidade instalada em GD 2 Discussão de GD travou reforma do setor elétrico, diz senador 3 Isenção pode impulsionar GD no RJ 4 Abradee: avanço da GD pode encarecer ACR 5 Casa dos Ventos fecha parceria com Grupo Moura Armazenamento de Eletricidade 1 Califórnia: US$ 2,9 mi para validar a aplicação de segunda vida de baterias 2 Enel revela plano para adicionar 1 GW de baterias até 2022 3 MIT realiza estudo sobre valor do armazenamento no longo prazo Mobilidade Elétrica 1 Canadá investimento US $ 770.000 em infraestrutura de recarga 2 Parsley Energy: mobilidade vem sendo drasticamente repensada e haverá novas inovações 3 Hitachi ABB lança sistema de recarga de veículos pesados 4 EUA: estados fazem parceria para acelerar a eletrificação de ônibus e caminhões 5 EUA: US $ 139 milhões em financiamento para tecnologias inovadoras em veículos 6 Nova York: Programa para acelerar a eletrificação de transporte Digitalização do Setor Elétrico 1 Cepel lança ferramenta para integração dos modelos de planejamento de operação 2 Engie procura start ups para inovação no setor 3 Eletronorte adota sistema de monitoramento em tempo real 4 Aveva vê oportunidades na transformação digital 5 Usinas utilizam drones para identificar falhas em painéis 6 SMS criará centro de competência em digitalização industrial 7 Cemig desenvolve projeto de inspeção por drones 8 SolarAPP facilita processos de GD Artigos e Estudos 1 Artigo de Danilo Barbosa (Way2 Tecnologia) sobre modernização do setor elétrico 2 Artigo de Plinio Nastari (DATAGRO): “Em busca de eficiência energética e ambiental” 3 Artigo de Monica Saraiva Panik: “Hidrogênio Verde – Oportunidades de Negócios”
Transição Energética 1 PNE 2050: avanço de eólicas e solares Parques eólicos, que atualmente somam cerca de 15 GW em capacidade em operação, poderiam atingir entre 110 GW e 195 GW nas próximas décadas, segundo a maior parte das simulações, de acordo com o estudo. Já as usinas solares poderiam chegar a entre 27 GW e 90 GW nos principais cenários considerados pelo PNE 2050, contra pouco menos de 3 GW atuais. (UOL/Reuters – 13.07.2020) <topo> 2 Projeto de lei cria mecanismos para viabilizar waste-to-energy O projeto Lei nº 513/2020, de autoria dos deputados federais Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e Geninho Zuliani (DEM-SP), visa aprimorar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que no próximo dia 2 de agosto completa 10 anos. Um dos aprimoramentos é conferir incentivos econômicos para desenvolver a recuperação energética de resíduos no Brasil. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), Yuri Tisi, a incineração de resíduos para geração de energia elétrica é uma das práticas mais modernas, seguras e utilizadas no mundo na gestão de resíduos. Conhecida como Waste-to-Energy, essa tecnologia é classificada como quarta opção dentro da hierarquia de tratamento de resíduos, que começa com a redução do lixo, reciclagem dos materiais e tratamento biológico. (Agência CanalEnergia – 13.07.2020) <topo> 3 Investimento global em renováveis aumenta 5% no semestre O investimento total em nova capacidade de energia renovável (excluindo grandes barragens hidrelétricas de mais de 50 MW) foi de US$ 132,4 bilhões no primeiro semestre de 2020, um aumento de 5% em relação aos US$ 125,8 bilhões revisados no mesmo período de 2019. O investimento geral em energia limpa, incluindo financiamento de capacidade renovável e acordos de ações em nível corporativo, atingiu US$ 137 bilhões no primeiro semestre de 2020, um aumento de 4% em relação aos US$ 131,9 bilhões registrados no mesmo período de 2019. Os dados constam de um levantamento feito pela BloombergNEF (BNEF) e mostra que o investimento em capacidade de energia renovável mostrou grande resiliência diante do choque econômico. (Agência CanalEnergia – 13.07.2020) <topo> 4 Energy Policy Tracker: painel monitora políticas de apoio ao setor energético A pandemia está fazendo o planeta repensar, de fato, sua relação com o meio ambiente? Em busca dessa resposta, uma rede internacional composta por 14 organizações de diferentes países se uniram para anunciar o lançamento do Energy Policy Tracker – um banco de dados para unificar informações sobre como os Governos do G20 vêm apoiando o setor energético neste cenário de crise da Covid-19. Coordenado pelo centro de pesquisa canadense International Institute for Sustainable Development (IISD), esse termômetro internacional tem como objetivo saber se as decisões quanto às políticas energéticas e seus comprometimentos financeiros tornaram-se ou não mais aderentes às diretrizes de sustentabilidade. “Por enquanto, a maioria das ações em prol de um Green New Deal – como estão sendo chamadas as tentativas de recuperação verde pelo mundo – ainda não passa de um discurso, pelo menos no setor energético”, afirma Livi Gerbase, assessora política do Inesc. No Brasil, o Instituto de Estudos Socioeconômicos, em parceria com a Universidade de Columbia, será o responsável pelo monitoramento e inserção das informações sobre o País no Tracker. Os primeiros resultados mostram que, entre o começo da pandemia no início de 2020 até 1º de julho, os países do G20 comprometeram US$ 135 bilhões em combustíveis fósseis, contra US $68 bilhões, ou metade dos investimentos, em energia limpa na criação de estímulos e pacotes de recuperação na economia. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2020) <topo> 5 Sobreoferta favorece ‘limpeza’ da matriz energética O cenário de sobreoferta de energia, causado pelos impactos da pandemia, deve durar aproximadamente cinco anos e permitirá a adoção de medidas para tornar a matriz energética mais limpa, entre elas a antecipação da desativação do parque de geração a carvão. A conclusão é de estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS), liderado pelos pesquisadores da USP José Goldemberg e Roberto Kishinami. De acordo com o documento, há sobreoferta estrutural de energia contratada no SIN estimada entre 12% e 15% ao fim deste ano. Se a atividade econômica for retomada ao ritmo médio de 2% ao ano a partir do segundo semestre de 2020, a demanda de energia poderá voltar aos níveis de dezembro de 2019 no início de 2024. (Valor Econômico – 15.07.2020) <topo> 6 Biden tem plano de investir US$ 2 tri em energia limpa O candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, anunciou ontem um novo plano ambiental de US$ 2 trilhões (R$ 10,7 trilhões) em quatro anos para aumentar o uso de energia limpa nos setores de transporte, eletricidade e construção civil. Segundo Biden, a proposta tem o objetivo de criar oportunidades econômicas e combater as mudanças climáticas. O democrata prometeu que o plano revitalizará a economia após a crise do coronavírus, aprimorará a infraestrutura e colocará os EUA no caminho para reduzir o uso de combustíveis fósseis. O ponto principal do plano do candidato é a criação de empregos, e as medidas incluem a criação de um milhão de vagas no setor de veículos elétricos e mais um milhão em eficiência energética de construções. Há também o objetivo de tornar a matriz energética americana 100% livre de emissões de carbono até 2035. (Wood Mackenzie – 17.07.2020) <topo> 7 Climate TRACE irá medir emissões de carbono em tempo real Há um velho truísmo no mundo dos negócios: o que é medido é gerenciado. Um dos desafios no gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa que aquecem a atmosfera é que elas não são medidas muito bem. Atualmente, a maioria dos países não sabe de onde vem a maior parte de suas emissões”, diz Kelly Sims Gallagher, professora de política energética e ambiental da Fletcher School da Universidade Tufts. “Mesmo em economias avançadas como os Estados Unidos, as emissões são estimadas para muitos setores.” Sem essas informações, “você não pode elaborar políticas inteligentes e eficazes para mitigar os níveis de carbono”, diz ela, e “você não pode rastreá-las para ver se está progredindo em relação às suas metas”. A falta de bons dados também complica as negociações internacionais sobre o clima. Agora, uma nova aliança de grupos de pesquisa climática chamada Climate TRACE (Tracking Real-Time Atmospheric Carbon Emissions) Coalition lançou uma nova coalizão usando IA, satélites, machine learning e outras tecnologias para criar a primeira ferramenta do mundo para rastrear toda a poluição causada por seres humanos até a fonte em tempo real. Eles pretendem tê-la pronta para a COP26, as reuniões climáticas em Glasgow, Escócia, em novembro de 2021. Se eles conseguirem, isso pode mudar completamente o teor e a direção das negociações internacionais sobre o clima. Mais informações sobre o Climate TRACE podem ser obtidas aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2020) <topo> 8 Eficiência no uso de ar condicionado pode economizar 87,9 TWh até 2035 Estudo elaborado pelo Instituto Escolhas indica que é possível alcançar 87,9 TWh em energia economizada com ar condicionado, ou R$ 68,5 bilhões em valor de energia evitada até 2035, considerando um crescimento de 3% ao ano nas vendas de aparelhos no Brasil. Esse valor corresponde a 64% de todo o consumo residencial brasileiro em 2019, ou ao consumo de 56 milhões de residências em 2020, e significa 6,7 milhões de toneladas de CO2 equivalentes evitadas durante um ano. O trabalho considerou três cenários de crescimento anual de vendas de equipamentos. No Cenário A, o aumento seria de 1%, o ganho de eficiência de 2% e a economia de energia ficaria em 74,6TWh. No Cenário B, o crescimento seria de 2%, o ganho de eficiência de 1,75% e a economia de energia de 81 TWh. Já no Cenário C, com 3%, o ganho de eficiência ficaria 1,25% ao ano nos próximos 15 anos. (Agência CanalEnergia – 13.07.2020) <topo>
Geração Distribuída 1 3,1 GW de capacidade instalada em GD O Brasil superou a marca de 6 GW de capacidade instalada em usinas solares fotovoltaicas, mediante investimento total acumulado de R$ 31 bilhões e criação de 180 mil empregos, segundo divulgou a Absolar na segunda-feira (13/7). Até 2025, os investimentos previstos para projetos já contratados em leilões de energia ultrapassam R$ 25,8 bilhões. No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 2,9 GW de potência, equivalente a 1,7% da matriz elétrica do país. Para geração distribuída, são 3,1 GW e mais de R$ 15 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões nacionais. A tecnologia é utilizada atualmente em 99,8% de todas as conexões distribuídas no país. (Brasil Energia – 13.07.2020) <topo> 2 Discussão de GD travou reforma do setor elétrico, diz senador A discussão sobre a revisão das regras de geração distribuída atrapalhou a tramitação do PL 232/19, que trata da reforma do setor elétrico, confirmou senador Marcos Rogério (DEM-RO). No ano passado, uma articulação organizada por diversas entidades movimentou os parlamentares e a sociedade sobre a taxação da energia solar, como a campanha ficou conhecida. O PLS 232 foi aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado e estava pronto para ser encaminhado para Câmara dos Deputados quando um grupo de senadores entraram com pedido de votação em plenário, travando a pauta. Além do debate envolvendo geração distribuída, alguns segmentos do mercado de energia também entendem que algumas mudanças regulatórios propostas serão prejudiciais para os seus negócios. (Agência CanalEnergia – 15.07.2020) <topo> 3 Isenção pode impulsionar GD no RJ O Rio de Janeiro deve dobrar sua capacidade instalada em sistemas de microgeração e minigeração em 2021. Se essa projeção se confirmar, o estado assumirá a quarta posição no ranking de geração distribuída (GD) do País. A avaliação é da Associação Brasileira de Geração Distribuída que acredita nessa perspectiva depois que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro isentar projetos de até 5 MW da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A entidade destaca que além disso, essa isenção será válida para todas as modalidades de GD, seja local, remota, compartilhada e MUC. A lei que determina o benefício foi aprovada e sancionada pelo governador Wilson Witzel (PSC-RJ) no início do mês. Atualmente o estado ocupa a oitava posição do País em potência instalada, com 138 MW. (Agência CanalEnergia – 16.07.2020) <topo> 4 Abradee: avanço da GD pode encarecer ACR A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica estima que o avanço da geração distribuída poderá chegar ao final do ano com 4 GW de capacidade instalada. E que se esse volume se confirmar, representará um custo adicional de rede para os consumidores do mercado regulado de R$ 2 bilhões. A previsão da entidade é de que em 10 anos esse custo adicional fique em R$ 20 bilhões. Segundo o presidente executivo da associação, Marcos Madureira, o volume de subsídios repassados até o momento somam R$ 1,5 bilhão ao alcançar os 3,5 GW de potência instalada nessa modalidade de geração. Madureira voltou a defender que o segmento apoia a abertura do mercado de energia brasileiro, mas ressaltou a necessidade de que o governo deve tomar cuidados para que no processo de migração, o ACR não seja inviabilizado. (Valor Econômico – 17.07.2020) <topo> 5 Casa dos Ventos fecha parceria com Grupo Moura A Casa dos Ventos fechou parceria com o Grupo Moura, fabricante de baterias. O acordo prevê transformar a matriz energética da Moura em 100% renovável, atendendo o total de consumo de eletricidade da organização a partir de 2022 com energia eólica, através do complexo Rio do Vento (504 MW), no Rio Grande do Norte. O projeto terá 120 turbinas V150-4.2 MW da dinamarquesa Vestas, e está localizado nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes. A operação comercial está prevista para o segundo semestre de 2021. O Grupo Mouro entra como sócio da usina, e, consequentemente, autoprodutor de energia renovável. Com a parceria, o grupo evitará a emissão de 60 mil toneladas de CO2. (Brasil Energia – 17.07.2020) <topo> Armazenamento de Eletricidade 1 Califórnia: US$ 2,9 mi para validar a aplicação de segunda vida de baterias A Comissão de Energia da Califórnia concedeu uma doação de aproximadamente US $ 2,9 milhões à CleanSpark, Inc., uma empresa diversificada de software e serviços, e à ReJoule, uma empresa de diagnóstico e otimização de baterias. Os fundos serão distribuídos para a parceria de vários grupos de empresas de energia limpa e tecnologia. A proposta de concessão da Comissão de Energia da Califórnia destinava-se à solicitação de validação da capacidade de baterias de segunda vida para integrar de maneira econômica e eficiente a energia solar em aplicações de pequenas e médias construções comerciais. O objetivo subjacente é implantar a segunda vida baterias de veículos elétricos para o uso em aplicações de micro-redes. À medida que os VEs atingem o fim da vida útil, as baterias geralmente retêm de 70 a 90% de sua capacidade original. Isso apresenta oportunidades para o reaproveitamento de baterias como armazenamento estacionário de baixo custo em uma aplicação de segunda vida. A extensão da vida útil das baterias torna as baterias como uma solução mais sustentável. (Green Car Congress – 10.07.2020) <topo> 2 Enel revela plano para adicionar 1 GW de baterias até 2022 A Enel anunciou um aumento dramático em seus planos de armazenamento de energia nos EUA na terça-feira, dizendo que adicionará 1 GW de capacidade de armazenamento à sua frota de energias renováveis até 2022. Esse é um grande salto a partir do final de 2019, quando o grupo italiano de concessionárias e centrais de energia renovável prometeu construir outros 14,1,1 GW de capacidade de energia renovável globalmente até 2022 através da Enel Green Power, juntamente com 300 MW de armazenamento de energia de sua unidade Enel X. Embora o Enel X se concentre em baterias menores, o novo compromisso de 1 GW se aplica aos negócios de desenvolvimento de energias renováveis da Enel. “A América do Norte está na vanguarda dos planos da Enel de implantar armazenamento com sua frota de geração renovável”, disse Ryan Prescott, chefe de estratégia de crescimento e desenvolvimento de armazenamento de energia da Enel Green Power, em entrevista no dia 20 de julho. (Greentech Media – 21.07.2020) <topo> 3 MIT realiza estudo sobre valor do armazenamento no longo prazo Mais baterias podem significar menos ativos de geração e novas linhas de transmissão, mas as regras do mercado precisam mudar para isso. A matriz está caminhando na direção de mais fontes renováveis, com ou sem políticas de incentivo. Há um consenso geral de que a capacidade de armazenamento de eletricidade se tornará mais valiosa à medida que isso acontece, mas é difícil determinar o valor exato do armazenamento de energia em um sistema elétrico em constante evolução. Um novo estudo do MIT tenta quantificar isso. Em vez de examinar o valor de um único projeto de bateria ou o papel do armazenamento de energia em uma matriz totalmente descarbonizada, como estudos anteriores haviam contemplado, os pesquisadores testaram o valor do armazenamento de energia à medida que a participação eólica e solar na rede aumenta para 50% e além, e à medida que a implantação de capacidade de armazenamento de energia aumenta, o que deve ocorrer em muitos lugares nos próximos 15 ou 20 anos. Essa abordagem, publicada na revista Applied Energy, captura as interações dinâmicas entre fontes renováveis, armazenamento, usinas de gás natural e redes de transmissão, e permite que os autores quantifiquem quais usos para armazenamento produziram o maior benefício para o sistema. “A capacidade é o que define o valor para armazenamento de energia no longo prazo. O armazenamento, como um ativo, permite que você faça melhor uso de outros ativos fixos no sistema”, disse o co-autor Jesse Jenkins, professor na Universidade de Princeton. Para ler o estudo, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2020) <topo> Mobilidade Elétrica 1 Canadá investimento US $ 770.000 em infraestrutura de recarga Seamus O’Regan, ministro de Recursos Naturais do Canadá, anunciou um investimento de US $ 770.000 para ajudar a Terra Nova e a Labrador a construir 28 carregadores de veículos elétricos em toda a província. O financiamento federal, que se baseia em US $ 1.289.400 que o Governo de Terra Nova e Labrador está investindo no projeto, é fornecido através da Iniciativa de Implantação de Infraestrutura de Veículos Elétricos e Combustíveis Alternativos (EVAFIDI) e do Programa de Infraestrutura de Veículos de Emissão Zero. Esse investimento se apoia a meta do governo do Canadá de atingir 100% das vendas de veículos de passageiros com zero emissão até 2040. Para atingir esse objetivo, o governo do Canadá forneceu mais de US $ 300 milhões para apoiar o estabelecimento de uma rede nacional de costa a costa de abastecimento de combustíveis mais limpos, que incluem carregadores rápidos para veículos elétricos, que abrangem estações de carregamento em prédios residenciais, locais públicos e locais de trabalho. (Green Car Congress – 12.07.2020) <topo> 2 Parsley Energy: mobilidade vem sendo drasticamente repensada e haverá novas inovações A produção de petróleo nos Estados Unidos já deixou seu pico para trás, alertou um dos principais executivos do país no setor de xisto, depois do forte impacto da queda dos preços nos produtores. O executivo-chefe da Parsley Energy, Matt Gallagher, uma das maiores produtoras independentes de petróleo do Texas, disse que o recorde de produção alcançado neste ano não deverá voltar a ser superado. Por um breve período em abril, o petróleo chegou a ser negociado abaixo de zero nos Estados Unidos. Foi a pior queda dos preços do petróleo na história recente, segundo Gallagher, e o impacto no setor será duradouro. Para ele, sua indústria é a indústria da mobilidade e do conforto, referindo-se aos combustíveis para viagens de carro e aviões e para calefação e ar-condicionado, e a mobilidade vem sendo drasticamente repensada e haverá novas inovações quanto ao conforto. O chefe da Parsley Energy ganhou a reputação de ser uma voz progressista na indústria petrolífera do Texas. O executivo recentemente comprou um carro elétrico da Ford. Em sua entrevista ao Financial Times, ele falou sobre sua admiração pelas grandes europeias que recentemente anunciaram metas de neutralidade nas emissões de carbono. (Valor Econômico – 14.07.2020) <topo> 3 Hitachi ABB lança sistema de recarga de veículos pesados A Hitachi ABB Power Grids lançou globalmente hoje (15/7) um sistema de recarga de veículos elétricos pesados – ônibus e caminhões – em corrente contínua, o que permite maior eficiência na operação de carregamento em comparação com os sistemas convencionais, em corrente alternada. Batizado de Grid-eMotion Fleet, o sistema se diferencia da tecnologia de recarga convencional, que demanda uma estação para cada veículo. Centralizado em apenas um contêiner para toda uma frota, que recebe a energia da rede e se conecta aos veículos via cabos de corrente contínua e plugs, o novo sistema, segundo a empresa, reduz o espaço necessário para carregamento em larga escala em 60% e o cabeamento na garagem em 40%. (Brasil Energia – 15.07.2020) <topo> 4 EUA: estados fazem parceria para acelerar a eletrificação de ônibus e caminhões Quinze estados dos EUA e o Distrito de Columbia anunciaram um memorando de entendimento conjunto (MOU), comprometendo-se a trabalhar em colaboração para avançar e acelerar o mercado de veículos elétricos médios e pesados. O objetivo é garantir que 100% de todas as novas vendas de veículos médios e pesados sejam veículos de emissão zero até 2050, com uma meta provisória de 30% das vendas de veículos com emissão zero até 2030. Os estados que assinam o MOU são: Califórnia, Connecticut, Colorado, Havaí, Maine, Maryland, Massachusetts, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Vermont e Washington. O MOU chega a um ponto de transição importante para a indústria, à medida que o investimento em tecnologia de veículos com zero emissões para o setor de serviço médio e pesado continua aumentando. Ao promover e investir em caminhões e ônibus elétricos e na infraestrutura de carregamento necessária para atender a esses veículos, as jurisdições signatárias apoiarão a criação de empregos e ajudarão a construir uma economia limpa e resiliente. (Green Car Congress – 15.07.2020) <topo> 5 EUA: US $ 139 milhões em financiamento para tecnologias inovadoras em veículos O secretário de energia dos EUA, Dan Brouillette, anunciou US $ 139 milhões em financiamento federal para 55 projetos em todo o país que apoiarão novas tecnologias de veículos. Financiados pelo Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável (EERE) do Departamento de Energia dos EUA (DOE), os projetos conduzirão pesquisas em baterias avançadas, eletrificação e fabricação em apoio ao Energy Storage Grand Challenge do DOE. Anunciado pela secretária Brouillette em janeiro de 2020, o Energy Storage Grand Challenge foi criado para criar e sustentar a liderança global dos EUA em tecnologia, utilização e exportação de armazenamento de energia. Os projetos selecionados sob esta oportunidade de financiamento serão gerenciados pelo Gabinete de Tecnologias de Veículos (VTO). Os caminhos de pesquisa da VTO concentram-se na diversificação de combustível, eficiência do veículo, armazenamento de energia, materiais leves e novas tecnologias de mobilidade para melhorar a eficiência energética geral e a acessibilidade do sistema de transporte. (Green Car Congress – 17.07.2020) <topo> 6 Nova York: Programa para acelerar a eletrificação de transporte O governador de Nova York, Andrew M. Cuomo, anunciou um pacote de grandes iniciativas de transporte limpo, incluindo um pedido de preparação (EV Make-Ready Program), aprovado pela Comissão de Serviço Público do Estado de Nova York (PSC), para avançar no compromisso de acelerar sua transição para uma mobilidade mais limpa. O EV Make-Ready Program será financiado por empresas de serviços públicos pertencentes a investidores no Estado de Nova York. Ele cria um programa de compartilhamento de custos que incentiva empresas de serviços públicos e desenvolvedores de estações de carregamento a instalar a infraestrutura de recarga para veículos elétricos em locais que proporcionem um benefício máximo aos consumidores. A ordem do PSC limita o orçamento total em US $ 701 milhões e será executada até 2025, com US $ 206 milhões alocados benefícios equitativos para comunidades socioeconomicamente menos favorecidas, que também serão elegíveis para um incentivo mais alto, apoiando até 100% dos custos para preparar um local para o carregamento do VE. (Green Car Congress – 17.07.2020) <topo> Digitalização do Setor Elétrico 1 Cepel lança ferramenta para integração dos modelos de planejamento de operação O Cepel lançará, neste mês de julho, a primeira versão da ferramenta pyencad, uma interface programável, em linguagem Python, para tratamento, análise de dados e execução integrada dos modelos de otimização energética desenvolvidos pelo Centro e usados no planejamento da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Uma das grandes vantagens da nova ferramenta é permitir que os usuários destes modelos customizem suas aplicações, por meio de comandos programáveis ou scripts, para atender às suas necessidades. O pesquisador Juan Colonese, principal desenvolvedor do pyencad, assinala que a ferramenta foi apresentada e muito bem recebida pelos participantes do último curso de previsão de vazões oferecido pela equipe do projeto PREVIVAZ, em novembro de 2019. Saiba mais aqui. (Cepel – 14.07.2020) <topo> 2 Engie procura start ups para inovação no setor A Engie anunciou o lançamento de desafios para startups: o objetivo é buscar empresas inovadoras que possam ajudar a empresa no desenvolvimento de projetos voltados às áreas de inteligência de mercado e marketing e operação. A empresa quer se conectar com startups que tenham soluções que contribuam com o seu negócio, trazendo eficiência, introduzindo novas tecnologia ou melhorando os processos da empresa. Por meio da parceria com as startups, a Engie pretende buscar inovação em quatro elementos da companhia: realidade virtual/ ambiente virtual, processamento de linguagem natural para Customer Experience, reconhecimento automático de texto e interpretação semântica e Inteligência Artificial na Operação de Sistemas Elétricos de Potência. (Agência CanalEnergia – 14.07.2020) <topo> 3 Eletronorte adota sistema de monitoramento em tempo real A Eletronorte já está usando o sistema de monitoramento Voith OnCare.Health Hydro na UHE Belo Monte, localizada em Altamira, no estado do Pará. Comissionado em 2019, o sistema oferece análises de dados e diagnósticos altamente precisos de todo o maquinário, além do monitoramento em tempo real de diferentes componentes da usina. O sistema abre caminho tanto para a detecção precoce de problemas como a manutenção baseada na condição. A Voith é parceira de longa data da Eletronorte. Como parte de um contrato de serviços, a Voith se responsabilizou pelo monitoramento contínuo dos dados das máquinas da usina baseado em seu sistema OnCare.Health Hydro. (Agência CanalEnergia – 14.07.2020) <topo> 4 Aveva vê oportunidades na transformação digital Considerando os setores de manufatura e industrial brasileiros como essenciais para os seus negócios, Schneider Electric e Aveva buscam aumentar o número de clientes no país. Em coletiva realizada em junho, o CEO da Aveva, Craig Hayman, lembrou que a indústria de energia, assim como as outras do mundo estão produzindo e usando grande quantidade de dados, o que vai exigir tecnologias robustas para a execução das operações. “A transformação digital está impulsionando aplicativos pesados de dados, como a Internet das Coisas e a nuvem, e como resultado, servindo como um ponto de interseção vital para os dados de indivíduos, empresas e economias. O mundo mudou e a maneira como fazemos negócios já está mudando”, avisa o executivo. (Agência CanalEnergia – 14.07.2020) <topo> 5 Usinas utilizam drones para identificar falhas em painéis No campo da energia solar, o drone foi um grande achado para identificar falhas nos painéis por meio de inspeção visual, projetar instalação do sistema e até encontrar a origem dos problemas, usando-se os modelos mais sofisticados que analisam dados termográficos. Essas aeronaves tripuladas remotamente mitigaram significativamente o tempo para a identificação de problemas, mantendo o sistema em plena operação. Para uma análise mais complexa, há drones com inspeção visual e mapeamento 2D e 3D. Esse equipamento, por meio do uso combinado com softwares, consegue transformar imagens simples em 3D, ou seja, em fotos vivas, georreferenciadas. Assim, é possível medir distâncias de áreas e volumes de forma precisa. (Petronotícias – 15.07.2020) <topo> 6 SMS criará centro de competência em digitalização industrial O grupo alemão SMS adquiriu participação no capital social da Viridis Soluções em Energia e a Vetta Technologies que agora atuarão juntas criando um centro de competência em digitalização industrial e ênfase em tecnologias de eficiência e sustentabilidade. O novo empreendimento irá operar com o nome Vetta em conjunto com a SMS digital, especializada em soluções digitais. A Viridis, empresa sediada em Belo Horizonte(MG), é a criadora de uma plataforma para gestão de energia e sustentabilidade em indústrias de processo e grandes consumidores de energia que promete entregar eficiência energética, menor impacto ambiental além de melhorias em seus recursos de gestão operacional e planejamento. Por sua vez, a Vetta fornece soluções digitais para diferentes segmentos industriais desde 2001. Destaque para sua presença nos setores de metais e mineração. (Agência CanalEnergia – 16.07.2020) <topo> 7 Cemig desenvolve projeto de inspeção por drones A Cemig aderiu aos drones. A empresa iniciou um projeto de P&D para inspecionar a rede elétrica por meio desses veículos. O fato de ter um sistema de distribuição e transmissão de energia caracterizado por circuitos que percorrem longas distâncias, desde a fonte até os clientes foi um dos motivos para essa iniciativa. A capilaridade dessa rede torna complexa a sua inspeção, bem como a identificação de problemas que possam causar danos ao sistema. As soluções, explica a empresa, serão obtidas por meio do desenvolvimento de um algoritmo de rotas inteligentes, que guiará o drone na extensão das linhas e redes para coleta de imagens usando geoprocessamento e visão computacional e de um software, integrado ao Centro de Operações, que interpreta as imagens e gera relatórios para inspeções em campo. (Agência CanalEnergia – 17.07.2020) <topo> 8 SolarAPP facilita processos de GD A mudança digital repentina provocada pelas medidas de distanciamento social necessárias para enfrentamento da pandemia do COVID-19 fez muitos governos locais considerarem reformas muito necessárias em seus sistemas. Para atender a essa necessidade urgente, o Rocky Mountain Institute está ajudando as comunidades a fazer a transição para a plataforma on-line SolarAPP (Solar Automated Permit Processing) recentemente lançada pela NREL. O SolarAPP tem como objetivo padronizar o processo de permissão instantânea nos Estados Unidos para se alinhar às melhores práticas nos países que lideram o caminho em energia solar residencial. Ao mudar para a plataforma, os governos locais podem apoiar empregos locais em energia solar, atrair negócios para suas comunidades, aliviar os departamentos de licenciamento sobrecarregados e aumentar a receita de impostos e taxas. Além disso, o SolarAPP pode economizar dinheiro para os residentes e permitir que a energia solar distribuída finalmente realize seu potencial como uma importante solução de clima e resiliência nos Estados Unidos. (Rocky Mountain Institute – 16.07.2020) <topo> Artigos e Estudos 1 Artigo de Danilo Barbosa (Way2 Tecnologia) sobre modernização do setor elétrico Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Danilo Barbosa, diretor de Marketing e Produtos da Way2 Tecnologia, sobre tecnologia e regulamentação para modernização do setor elétrico. O autor afirma que “a depender da regulamentação e mesmo das implementações que habilitarão os Comercializadores Varejistas em larga escala, por exemplo, podemos passar a próxima década rumo à modernidade de ontem, ou nos colocar na frente de batalha pela transformação energética, habilitando Recursos Energéticos Distribuídos e a competitividade necessárias para o Setor Elétrico de amanhã.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.07.2020) <topo> 2 Artigo de Plinio Nastari (DATAGRO): “Em busca de eficiência energética e ambiental” Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Plinio Nastari, presidente da DATAGRO, fala sobre a crescente preocupação de consumidores a respeito da qualidade dos produtos consumidos. O autor analisa especialmente os veículos à combustão e a qualidade do ar, e como novas tecnologias de veículos elétricos podem melhorar a situação. Segundo Plínio, “não adianta pretender controlar em níveis inatingíveis a emissão dos canos de escape, e deixar sem controle a emissão relacionada à geração, armazenamento e distribuição de energia, que precisa ser considerada de forma conjunta”. Ele conclui que “o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias utilizando sistemas de elevada eficiência energética e baixo impacto ambiental devem ser estimulados e fomentados, usando a régua correta”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 20.07.2020) <topo> 3 Artigo de Monica Saraiva Panik: “Hidrogênio Verde – Oportunidades de Negócios” AHK Rio, como parceira oficial na transição energética brasileira, lança uma Série Informativa sobre a Estratégia Nacional Alemã para o Hidrogênio, que consiste em um conjunto de artigos semanais explorando os potenciais da fonte energética. No primeiro, lançado no dia 20 de julho, a autora Monica Saraiva dá uma introdução à inserção do hidrogênio na Transição Energética alemã, destacando seu papel como armazenador de energia flexível. Ela conclui dizendo que “a Alemanha procurará fazer parcerias com outros países para abrir sistematicamente novas cadeias de geração de hidrogênio verde, através de um planejamento para futuros fornecedores, consumidores e investidores nacionais e internacionais, criando efeitos econômicos positivos a longo prazo para todos os envolvidos”. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2020) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Lorrane Câmara Pesquisador: Mateus Amâncio Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |
|