Em uma definição ampla, a transição energética consiste no processo descarbonização da matriz energética, através da substituição de fontes fósseis por fontes limpas e de ganhos de eficiência energética. Portanto, possui um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. A transição energética é singular de cada país e conta com processos distintos de acordo com a individualidade de cada região. No caso do Brasil, a transição energética é caracterizada pela abundância de recursos energéticos. A elevada participação de renováveis implica em uma vantagem na trajetória de descarbonização e que precisa se manter elevada nos próximos anos. Ainda que o país possua essa vantagem, é necessário que no decorrer do processo, a transição energética brasileira incorpore objetivos sociais, caracterizando uma transição energética justa. (Ensaio Energético - 17.10.2022)

Dados recentes da Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que as emissões globais de dióxido de carbono (CO₂) pela queima de combustíveis fósseis devem aumentar pouco menos de 1% em 2022, em relação ao ano passado. Neste ano, o crescimento das emissões deve ser de 300 milhões de toneladas, fechando em 33,8 bilhões de toneladas em dezembro, isto é apenas uma fração do aumento de quase 2 bilhões de toneladas em 2021, quando a IEA registrou o nível de emissões relacionado ao setor energético mais alto de todos os tempos. Segundo a agência, a diminuição da intensidade de carbono vem na esteira da expansão das energias renováveis e da implementação de veículos elétricos. Somente as energias solar fotovoltaica e eólica correspondem a dois terços do crescimento em geração de energia renovável, registrando um aumento de mais de 700 TWh. (epbr – 20.10.2022) 

A Comissão Europeia (CE) divulgou seu plano de ação para digitalizar o setor de energia da região para melhorar a eficiência e a integração das energias renováveis. A digitalização, um dos quatro 'D's da transição energética, é o 'facilitador' central para a sua realização, transversal a empresas, consumidores e tecnologias. O plano de ação da CE, com mais de um ano de elaboração, tem seis objetivos principais, a saber: promover conectividade, interoperabilidade e intercâmbio contínuo de dados de energia; impulsionar e coordenar os investimentos na rede elétrica inteligente; fornecer melhores serviços baseados em inovações digitais para engajar os consumidores; reforçar a segurança cibernética do sistema energético; assegurar que as crescentes necessidades energéticas do setor de TIC estejam alinhadas com o Green Deal; desenhar governança efetiva e apoio contínuo à pesquisa e inovação. (Smart Energy - 20.10.2022) 

A visão da ENTSO.E para o futuro sistema elétrico tem a eletricidade como o principal e mais eficiente transportador de energia e acoplada a outros setores energéticos. O novo documento de visão, que se baseia nos planos de desenvolvimento de rede em andamento e nos roteiros de inovação da organização, afirma que três elementos são fundamentais para o sistema de energia do futuro. Dentre eles: fontes de energia neutras em carbono que fornecem a maior parte da geração de energia, recursos de flexibilidade do sistema para complementar a variabilidade de geração e consumo, bem como para lidar com o aumento da complexidade geral do sistema, e uma rede elétrica conectando geradores, consumidores e recursos de flexibilidade em toda a Europa, permitindo um mercado de energia totalmente integrado. Assim, o futuro sistema de energia será um 'sistema de sistemas', que precisará de uma forte cooperação entre transmissão e distribuição. Ao mesmo tempo, será mais europeu e mais local, com os operadores de transmissão (TSOs) fornecendo uma interface crítica entre essas duas dimensões, diz ENTSO.E. (Smart Energy - 19.10.2022)

Segundo relatório da BloombergNEF (BNEF), a maior usina de energia a carvão da Europa pode substituir a maior parte de sua geração de lignito por energias renováveis, combinadas com baterias ou capacidade térmica de baixo carbono. Essa transição reduziria os custos gerais do sistema de energia na região de Łódź da Polônia, onde a usina está localizada, mantendo a segurança energética. A central elétrica de Belchatow desempenha hoje um papel vital na rede energética da Europa Central e é a sexta maior central elétrica a carvão do mundo. A BNEF descobriu que a implantação de 11 GW de energia eólica e solar na região, para substituir 80% da geração de carvão “marrom” de Belchatow é possível. Alternativamente, cerca de 6 GW de energia eólica e solar combinados com uma usina de gás, biomassa ou energia de resíduos podem atingir uma produção semelhante. Sua análise examina a viabilidade da implantação de tecnologias de baixo carbono e oferece um possível roteiro de transição para fazê-lo. O relatório foi divulgado no dia 20 de outubro pela Bloomberg Philanthropies e BNEF em parceria com o Forum Energii. (BNEF - 20.10.2022)

A Indonésia é fundamental para a transição energética, pois o país tem o maior consumo de energia entre os Estados Membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), e o seu uso de energia deve aumentar significativamente à medida que sua economia e população crescem nas próximas décadas. Com uma abundância de recursos renováveis, a Indonésia está em uma posição única para desenvolver um sistema de energia sustentável, que pode apoiar o desenvolvimento econômico e lidar com as mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que alcança metas de segurança energética, universalização e acessibilidade. Essa perspectiva fornece um caminho energético abrangente, focado em energias renováveis e de longo prazo para a transição para um sistema de energia mais limpo e sustentável na Indonésia. (IRENA - 20.10.2022)

A Caixa Econômica Federal assinou uma parceria com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) para ampliação da oferta de linhas de crédito com condições diferenciadas para o setor fotovoltaico brasileiro. Os recursos e serviços bancários disponibilizados visam viabilizar novos investimentos em geração de energia própria em todo território nacional, além de buscar estimular a criação de mais empregos e renda para a população. O acordo também tem como objetivo o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio para empreendedores, além de expandir o acesso à tecnologia de energia solar aos consumidores residenciais, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos. O presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, destaca que desde 2012 a autogeração já trouxe mais de R$ 73,9 bilhões em novos aportes ao Brasil, gerando mais de 405 mil empregos e proporcionando a arrecadação de mais de R$ 17,2 bilhões aos cofres públicos. (CanalEnergia – 17.10.2022)  

Menos de um mês após atingir a última marca, a geração distribuída (GD) de energia solar ultrapassou os 14 GW de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a associação, são mais de 1,3 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1,7 milhão de unidades consumidoras. Com essa marca, a GD atingiu a mesma potência instalada da usina de Itaipu, a maior hidrelétrica em operação no Brasil, responsável por cerca de 10% da energia consumida no país. O relatório da associação aponta que a tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.509 municípios e em todos os estados brasileiros, sendo os estados líderes em potência instalada, respectivamente: Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina. (CanalEnergia – 19.10.2022)  

Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Paraná possui 738,3 megawatts (MW) de energia solar em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Paraná a atração de mais de R$ 4 bilhões em investimentos, geração de mais de 22,1 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 890,8 milhões aos cofres públicos. O Estado tem hoje quase 60 mil conexões operacionais. (ABSOLAR – 16.10.2022) 

A demanda por instalação de painéis de energia solar em residências e estabelecimentos comerciais em Minas Gerais já atraiu R$ 11,1 bilhões em investimentos, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). A quantia é 14,43% maior que o último balanço divulgado em agosto, quando os investimentos estavam na ordem de R$ 9,7 bilhões. Com a realidade do aumento na conta de luz elétrica, que tem elevado o custo de vida dos mineiros nos últimos anos, a economia garantida pela geração de energia solar, tem sido a melhor alternativa em vários municípios do Estado. Além disso, a energia solar tem permitido mais consciência em relação ao cuidado e preservação do meio ambiente. Atualmente, Minas Gerais preenche sozinho por 15,5% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade e possui mais de 190,4 mil conexões operacionais, espalhadas por 853 municípios em todas as regiões estaduais. (ABSOLAR – 15.10.2022) 

A agência de energia da Polônia Rynku Energii (ARE) informou que o país atingiu 11,03 GW de capacidade fotovoltaica instalada acumulada no final de agosto. De acordo com os números divulgados pela agência, o país implantou cerca de 3,36 GW nos primeiros oito meses deste ano, em comparação a cerca de 3,71 GW em 2021. “O mercado fotovoltaico polonês é dominado pelo segmento prosumidores, que inclui todos os sistemas que não excedem 50 kW”, disse Piotr Pająk, repórter de energias renováveis do site Gramwzielone. De acordo com Pająk, as recentes mudanças na regulamentação do país para o segmento de geração distribuída não interromperam sua forte trajetória de crescimento. Ele também destacou que o aumento dos preços da energia também é um impulsionador dos investimentos fotovoltaicos em empresas, que desejam reduzir suas contas de energia. (PV Magazine - 20.10.2022)

Uma nova unidade de energia eólica, patenteada pela Aeromine Technologies, está enfrentando o desafio de competir com a energia solar do telhado como uma fonte local de energia limpa, que pode ser integrada ao ambiente construído. A unidade de energia eólica escalável e “imóvel” pode produzir 50% mais energia do que a energia solar no telhado com o mesmo custo, disse a empresa. A tecnologia aproveita a aerodinâmica semelhante aos aerofólios em um carro de corrida para capturar e amplificar o fluxo de ar de cada edifício. A unidade requer cerca de 10% do espaço exigido pelos painéis solares e gera energia 24 horas por dia. A Aeromine disse que, ao contrário das turbinas eólicas convencionais que são barulhentas, visualmente intrusivas e perigosas para as aves migratórias, o sistema patenteado é imóvel e praticamente silencioso. (PV Magazine - 17.10.2022)

A implementação de armazenamento de energia residencial tem crescido de maneira atrelada a implementação de energia solar fotovoltaica nas residências. Nos últimos anos, uma massa crítica de energia solar e armazenamento foi obtida de tal forma que as empresas podem agregar esses recursos energéticos distribuídos (RED) e usá-los para ajudar a manter a rede estável durante os períodos de pico de demanda ou para manter o fornecimento de energia durante as interrupções. A Sunrun, empresa de energia solar, em parceria com a New England ISO, empresa de transmissão, foi um dos primeiros agregadores de RED a entrar no mercado atacadista. Em 2019, a empresa licitou 20 MW de capacidade solar residencial e armazenamento no mercado de capacidade futuro da ISO New England. Na época, o diretor de política e estratégia de mercado de armazenamento da Sunrun disse que achava que este anúncio era a “ponta da lança” em termos de uso do RED para fornecer serviços de rede e garantir a resiliência da rede. (Power Grid - 20.10.2022)

Foram anunciados os contemplados com subsídios do governo dos EUA no valor total de US$ 2,8 bilhões para apoiar e desenvolver a fabricação nacional de baterias para veículos elétricos (VEs) e a rede elétrica. O financiamento é resultado da Lei de Infraestrutura Bipartidária aprovada pela Administração Biden-Harris no final do ano passado como parte da Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura. Os primeiros financiamentos, anunciados no dia 19 de outubro, foram para 20 empresas de manufatura e processamento em 12 estados dos EUA. Eles foram selecionados por meio de concurso entre mais de 200 candidatos em um processo que começou em fevereiro. Em um discurso, o presidente Biden falou sobre sua estratégia industrial “para trazer de volta a indústria manufatureira e as indústrias do futuro: semicondutores e energia limpa”. (Energy Storage - 20.10.2022)

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma doação de US$ 2,5 milhões ao governo de Moçambique para estudos de viabilidade de um parque solar fotovoltaico flutuante e até 10 sistemas de armazenamento de energia. O financiamento é do Fundo de Energia Sustentável para África (SEFA), que o BAD administra, e será usado para ajudar a implementar o Programa de Integração de Energias Renováveis de Moçambique (MREP). O dinheiro vai permitir à empresa nacional de electricidade EDM apoiar o financiamento de um estudo de viabilidade de sistemas de armazenamento de energia a bateria em até 10 locais. (Energy Storage - 20.10.2022)

Em meio a um aumento global de recursos de armazenamento de energia, a Lei de Redução da Inflação impulsionará o desenvolvimento de 30 GW/111 GWh adicionais de 2022 a 2030, de acordo com a BloombergNEF, empresa de pesquisa. A lei, aprovada em agosto, prevê o incentivo de US$ 369 bilhões para energia limpa, incluindo incentivos para armazenamento, energia eólica e solar. Analistas alertam, no entanto, que pode haver barreiras ao desenvolvimento imediato. Globalmente, a capacidade de armazenamento de energia atingirá um acumulado de 411 GW/1.194 GWh até o final de 2030, ou cerca de 15 vezes a capacidade instalada no final de 2021, disse a BNEF. Suas perspectivas de mercado de armazenamento para o segundo semestre de 2022, incluíam cerca de 13% a mais de capacidade em relação às estimativas anteriores, “impulsionadas por desenvolvimentos recentes de políticas”, sendo a lei de gastos com energia limpa dos EUA a mais significativa. (Utility Dive - 18.10.2022)

A fabricante de veículos chinesa BYD anunciou a inauguração de sua primeira concessionária, que irá vender carros elétricos e híbridos na região Nordeste. Trata-se da Carmais BYD, que iniciou as atividades em Fortaleza. Esta é a sétima loja a compor a rede de concessionárias BYD no país. Ainda em outubro entram também em operação as concessionárias Saga BYD, em Brasília (DF), e a DVA BYD em Itajaí (SC). Ao todo são 31 nomeações da marca nas principais cidades do país, a meta da empresa é encerrar o ano com presença em 45 cidades e encerrar 2023 em 100 localidades do país. (Inside EVs - 14.10.2022)  

O Brasil vai receber mais 350 pontos de recarga para veículos elétricos (VEs) até 2025, fruto de uma parceria entre a GreenV, empresa de mobilidade elétrica brasileira, e a Indigo Brasil, uma das maiores operadoras de estacionamentos do país. De acordo com as empresas, as novas instalações devem começar ainda neste ano, sobretudo no Sul e Sudeste. Inicialmente, as cidades que vão receber os pontos são Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Entre os locais contemplados estarão hospitais, shoppings e aeroportos, edifícios comerciais, concessões públicas, entre outros. Assim, os usuários de VEs poderão contar com 700 pontos de recarga de veículos elétricos ao todo. Para usar as estações de recarga da GreenV nos estacionamentos da Indigo Brasil, será preciso baixar um aplicativo. A ferramenta permitirá ao usuário conferir a localização dos carregadores mais próximos e selecionar a forma de pagamento desejada. (Mobilidade Estadão - 14.10.2022)  

A SPTrans, empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade de São Paulo, determinou a proibição da compra de ônibus movidos a diesel para integrar a frota que realiza o transporte público de passageiros na capital paulista. O objetivo, segundo a SPTrans, é aumentar o número de veículos elétricos que compõem a frota da cidade para cumprir a meta estabelecida pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de que até 2024, fim do mandato, serão 2,6 mil veículos movidos a energia elétrica circulando por São Paulo. A adoção deste tipo de transporte impactaria diretamente no cumprimento das metas de redução de emissão de poluentes da prefeitura. Em nota, a empresa de transportes esclareceu que a medida não se aplica aos "miniônibus", uma vez que "o mercado ainda não oferece a tecnologia elétrica para veículos de menor capacidade e dimensão", portanto, um cronograma específico será disponibilizado para que as empresas possam se planejar para a substituição desses veículos. (G1 - 17.10.2022) 

O Santander Brasil anunciou uma parceria para alavancar a aquisição de automóveis elétricos da marca BYD, empresa chinesa líder global em vendas de veículos elétricos. Com a iniciativa, os clientes ganham em soluções financeiras para todas as etapas do financiamento do carro. O Santander vai atender também às necessidades da rede de concessionárias BYD por intermédio da modalidade Floor Plan, uma linha de crédito rotativa de utilização exclusiva 100% digital, com condições atrativas para aquisição de veículos da BYD Brasil pela concessionária. Além dos automóveis, as concessionárias da marca oferecerão aos clientes a solução completa para a geração de energia limpa por módulos fotovoltaicos fabricados pela BYD, que também são financiados pelo Santander. (Monitor do Mercado - 18.10.2022)  

A Siemens Smart Infrastructure e a Volta Trucks, fabricante de veículos comerciais totalmente elétricos e prestadora de serviços, estão em parceria para fornecer e dimensionar a infraestrutura de carregamento de mobilidade elétrica, visando simplificar a transição para a eletrificação da frota. As empresas buscarão em conjunto fornecer soluções prontas para a transição de frotas para o transporte urbano de zero emissão por meio de um conjunto de recursos integrados de ponta a ponta em soluções de carregamento, atualização de instalações e gerenciamento de energia. A oferta foi projetada para exigir um mínimo de investimento inicial ou conhecimento técnico. Com isso, espera-se apoiar os clientes da Volta Trucks fornecendo infraestrutura para eletrificação completa alinhada às necessidades operacionais. Por meio da plataforma de gerenciamento de desempenho da Siemens, a parceria terá como objetivo otimizar a operação, impulsionada por modelos analíticos e de simulação, considerando fatores como ciclos de trabalho da frota, tempos de carregamento, vida útil da bateria, utilização e custos ideais de energia, bem como gerenciamento de ativos. (Smart Energy International - 19.10.2022)

O grupo BMW planeja investir US$ 1,7 bilhão em suas operações nos EUA para construir veículos elétricos e baterias. O investimento incluirá US$ 1 bilhão para preparar a produção de VEs na fábrica existente da montadora em Spartanburg, na Carolina do Sul, e US$ 700 milhões para uma nova instalação de montagem de baterias de alta tensão nas proximidades de Woodruff. A montadora alemã espera produzir pelo menos seis modelos totalmente elétricos nos EUA até 2030. A BMW também anunciou um acordo para comprar células de bateria da japonesa Envision AESC, que construirá uma nova fábrica de células de bateria na Carolina do Sul para abastecer as fábricas da BMW. Espera-se que a instalação da Envision AESC tenha capacidade de produção anual de 30 GWh. (CNBC - 19.10.2022)  

A Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA) anunciou US$ 9,1 milhões em financiamento para a Shell Energy Australia para implementar o controle de carga de energia em pelo menos 40 locais de clientes comerciais e industriais (C&I) para demonstrar capacidade de demanda flexível. O projeto de US$ 31,6 milhões, conhecido como Comercialização de Hubs de Energia Inteligente, envolve a construção de uma solução em todo o local para otimizar o sistema de energia. A flexibilidade da demanda oferece uma maneira de reduzir a carga na rede durante os períodos de maior movimento, reduzindo os custos de energia, diminuindo a demanda de pico e movendo as cargas de energia para quando há grandes quantidades de energia renovável. Ele pode ser implementado em tempo real em resposta a sinais de mercado, deficiências de geração ou restrições de rede. Se for bem-sucedido, o projeto abordará as barreiras regulatórias e comerciais para uma adoção e entrega mais ampla de serviços de demanda flexível, com a Shell Energy visando desbloquear diretamente 417 MW de demanda flexível e ser um catalisador para realizar 1 GW de capacidade de demanda flexível de C&I em todo o país. (Electric Energy Online - 18.10.2022)

Os americanos querem que sua eletricidade seja barata, limpa e confiável, mas essa tríade está se tornando mais incerta, graças às mudanças climáticas. De acordo com um relatório de 2021 da organização de pesquisa sem fins lucrativos Climate Central, mais de 80% das grandes interrupções relatadas nos EUA de 2000 a 2021 foram causadas por extremos climáticos, como ondas de calor, incêndios florestais e tempestades tropicais. As concessionárias estão começando a combinar medidores inteligentes com outras novas tecnologias, incentivos de preços e incentivando a população a fazer uso consciente da eletricidade. É possível gerenciar ainda mais o uso de energia introduzindo preços dinâmicos – mudanças de preços em tempo real que se refletem diretamente nas contas de eletricidade dos consumidores. A introdução de preços de pico críticos para eletricidade reduz essa necessidade de energia de origem fóssil. Evitar apagões de energia também reduzirá a dependência de geradores domésticos, que geralmente emitem partículas nocivas de poluição do ar (Power Grid - 19.10.2022).

A CPFL Energia e a concessionária Allegra Pacaembu firmaram parceria para o projeto de eficiência energética do estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo, que terá investimentos de R$ 70 milhões. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que a execução do projeto está prevista para começar no primeiro trimestre de 2023, com conclusão esperada ao final do mesmo ano. O projeto contará com duas usinas solares fotovoltaicas de 250kWp no total, uma usina de cogeração a gás natural, dois bancos de baterias, com um total de 1 GVA, para estabilidade no fornecimento, central de climatização para todo o complexo, quatro geradores de emergência para geração própria em caso de falta da rede externa, painéis de média tensão com transformadores para distribuir a energia recebida da rede pelo complexo, sistema de monitoramento inteligente e carregadores de veículos elétricos. (BroadCast Energia – 14.10.2022)  

O Ministério da Transição Ecológica, Combate às Alterações Climáticas e Planejamento Territorial do Governo das Canárias concedeu subsídios no valor de € 4,7 milhões para a melhoria da eficiência energética e a utilização de energias renováveis em empresas e edifícios residenciais. No total, foram recebidas 412 candidaturas, das quais 209 do setor empresarial e 203 do setor residencial, sendo que 78 foram concedidas a empresas no valor de cerca de € 4,0 milhões, e 89 a particulares, no valor de 800 mil euros. O diretor responsável pela Área, José Antonio Valbuena, salientou que estas medidas contribuem para reforçar os esforços do Governo das Canárias em reduzir a pegada de carbono nas ilhas e conseguir a descarbonização da economia do arquipélago no prazo fixado para 2040, dez anos antes do prazo estabelecido pela Europa e pelo governo nacional. (Energias Renovables – 19.10.2022) 

A Comunidade de Massachusetts está trabalhando com a Veolia North America, fornecedora de soluções ambientais, a fim de analisar seus edifícios e identificar oportunidades de redução de carbono e economia de energia e custos. A empresa anunciou que fechou um contrato de três anos no valor de US$ 8 milhões para fornecer sistemas e serviços de informações de energia para a Divisão de Gerenciamento e Manutenção de Ativos de Massachusetts (DCAMM). A DCAMM é uma divisão do governo do estado dedicada a ajudar as instalações a planejar projetos de construção sustentáveis e eficientes em termos energéticos e hídricos. Como parte dos esforços do estado para construir edifícios de alto desempenho que priorizem a redução de energia e emissões, essa parceria envolverá a análise de 460 edifícios públicos em todo o estado. O contrato ajuda o estado a cumprir a Ordem Executiva 594, apelidada de “liderar pelo exemplo”, que orienta as instalações do governo a procurar oportunidades de economia de energia. (Power Grid– 21.0.02022) 

O Aeroporto Internacional de Denver lançou um Contrato de Desempenho Energético (EPC) plurianual de US$ 83 milhões com a McKinstry Essention, fornecedora de serviços de engenharia, para reduzir o uso de energia, água e pegada de carbono no aeroporto. O processo de implementação começou em outubro de 2022 e continuará por um período de sete anos. A auditoria identificou mais de 60 possíveis oportunidades de sustentabilidade em todo o aeroporto. Dessas foram priorizadas sete medidas de alto valor para implementação. O projeto inclui melhorias nos submedidores de iluminação, água e torre de resfriamento, com a maior parte do trabalho focado em sistemas de gerenciamento de controles de energia para melhorar a eficiência energética. O contrato garante 19,6% de economia de energia, 28,3% de redução de água e 30.278 toneladas de redução anual de CO2. Uma vez que o projeto seja implementado, a economia total é projetada em cerca de US$ 5 milhões por ano. (Power Grid– 21.10.2022) 

A Iberdrola, empresa espanhola de distribuição de eletricidade e gás natural, lançou uma campanha informativa com o objetivo de ajudar seus clientes a reduzir o consumo de energia em suas casas. Com a campanha, a empresa espera enviar um total de 90 milhões de comunicados com conselhos personalizados sobre eficiência energética aos seus mais de 11 milhões de clientes da Espanha durante os meses de outono e inverno, quando o consumo de energia é mais elevado devido às temperaturas mais baixas. A Iberdrola já divulgou seis milhões de comunicados e constatou que os clientes, que receberam essas notificações reduziram seu consumo em cerca de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa é capaz de fazer recomendações personalizadas graças a um algoritmo inteligente que estima o gasto energético de eletrodomésticos, aquecimento e iluminação, comparando esse uso com o de outros domicílios com características semelhantes, permitindo detectar hábitos de uso ineficientes. (Smart Energy– 16.10.2022) 

A Sunrun, fornecedora de serviços de energia solar e armazenamento dos EUA, completou sua primeira temporada de sucesso executando uma Usina de Energia Virtual (VPP) residencial em um mercado atacado de capacidade, apresentada como a primeira do tipo no país. Nos meses de verão, a VPP da Sunrun na Nova Inglaterra, região nordeste dos Estados Unidos, compartilhou mais de 1,8 GWh de energia de volta à rede. Milhares de sistemas solares domésticos Sunrun em toda a região exportaram energia solar em excesso durante o período de pico de demanda das 13h às 17h, com o objetivo de reduzir a demanda geral de energia e aliviar o estresse na rede de energia da região. A VPP também ajudou a minimizar o uso de usinas caras e poluentes, reduzindo os custos de energia e garantindo uma fonte confiável de energia. Além disso, espera-se que as VPPs forneçam maior flexibilidade de demanda, o que é crítico à medida que a Nova Inglaterra muda para um sistema de pico de inverno e os clientes eletrificam ainda mais seu transporte e aquecimento. (Smart Energy– 18.10.2022) 

A Marine Corps Base (MCB) Camp Lejeune, Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Camp Lejeune, anunciou que a Duke Energy, empresa do setor energético americano, projetará e construirá uma microrrede de US$ 22 milhões na instalação militar. Localizado na Carolina do Norte, a Camp Lejeune abriga a 2ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, a 2ª Divisão de Fuzileiros Navais, o 2º Grupo de Logística de Fuzileiros Navais, entre outros, e corresponde a maior instalação marítima do mundo. Com financiamento proveniente do Programa de Investimento em Conservação de Resiliência Energética, a microrrede incluirá infraestrutura elétrica e de iluminação atualizada, 5 MW de geração a gás natural no local e um sistema de armazenamento de energia por bateria de 5,4 MW, além da base já possuir um sistema solar fotovoltaico que também será integrado à microrrede. Autoridades disseram que o projeto reduzirá a demanda, o consumo, os custos de energia e as emissões de gases de efeito estufa na instalação. (Microgrid Knowledge– 21.10.2022) 

À medida que as mudanças climáticas ameaçam mais interrupções na rede, empresas e organizações sem fins lucrativos estão buscando sistemas de backup que possam fornecer energia durante essas interrupções. Este ano, a Xcel Energy, empresa americana de eletricidade, está instalando sistemas de resiliência comunitária, com três microrredes em organizações sem fins lucrativos de Minneapolis que lhes permitem gerar e armazenar eletricidade. Agora, a Xcel pediu aos reguladores permissão para operar microrredes em nome de clientes comerciais e organizações sem fins lucrativos que, segundo a concessionária, não as instalarão agora devido ao seu custo e complexidade. A proposta, que visa 15 projetos até 2028, atraiu críticas da Minnesota Solar Energy Industries Association e de um importante instalador solar, All Energy Solar. Eles dizem que a Xcel poderia usar informações indisponíveis para outras empresas para comercializar o programa e usar seu status de monopólio para competir com outras empresas, além da Xcel ter uma vantagem injusta ao conectar sistemas de resiliência de clientes à rede porque a concessionária opera o processo de interconexão. (Renewable Energy World– 20.10.2022) 

A empresa de tecnologia de rede Reactive Technologies lançou o Tradenergy, uma ferramenta de software e plataforma de análise com o objetivo de fornecer aos comerciantes de energia de curto prazo insights em tempo real sobre eventos de rede. Ao otimizar a capacidade dos comerciantes de energia de adequar o fornecimento de eletricidade à demanda, a ferramenta Tradenergy visa ajudar a manter a resiliência e a confiabilidade das operações da rede elétrica. “Nos últimos cinco anos, temos trabalhado no aperfeiçoamento de uma tecnologia que permita que outras partes interessadas, além dos operadores de rede, se beneficiem dos insights da rede”, disse Marc Borrett, CEO e cofundador da Reactive Technologies. A plataforma facilita transações mais eficientes nos mercados de eletricidade de curto prazo, que ajudam a garantir a estabilidade da rede, um benefício cada vez mais importante à medida que as redes integram ativos de energia mais diversificados e de baixo carbono. (Smart Energy– 20.10.2022)

A Australian Energy Market Operator (AEMO), operador de energia australiano planeja o lançamento de uma ferramenta online de simulação de conexões, que ajudará os desenvolvedores de novos projetos de armazenamento e de instalações solares a prepararem com mais eficiência seus projetos e reduzir o tempo necessário para conectá-los ao Mercado Nacional de Eletricidade (NEM). Atualmente, na Austrália esses desenvolvedores são obrigados a enviar modelos de teste à AEMO, em que descrevam o impacto que o projeto proposto poderia ter na rede. Se essa modelagem for atrasada ou negada, o desenvolvedor é obrigado a “ajustar” seu modelo, o que pode ser um processo caro e lento. A AEMO disse que a ferramenta de simulação de conexão permitirá que desenvolvedores testem e refinem rapidamente seus projetos usando as mesmas simulações detalhadas de sistemas de energia que são usadas pelo operador do mercado para avaliar as aplicações de conexões. (PV Magazine – 19.10.2022) 

A 1:network (1:n), solução que possibilita que vários medidores sejam conectados em um único gateway de medidor inteligente, visa aumentar a sua maturidade no mercado. A solução foi desenvolvida pela empresa de medição alemã EMH Metering e, em conjunto, com a Netze BW, empresa de rede de Baden-Württemberg e outras empresas de rede, a Stromnetz Hamburg e a Stadtwerke Karlsruhe Netzservice, formam os membros fundadores da 1:network. O objetivo subjacente à solução 1:n era superar as limitações nas conexões dos medidores aos gateways e reduzir a complexidade de conectar os medidores sem cabos e, assim, reduzir os custos para o operador do ponto de medição. Com a nova solução, a comunicação entre o medidor e o gateway ocorre via rádio usando o protocolo M-BUS sem fio Open Metering System (OMS). (Smart Energy - 18.10.2022)

O distribuidor britânico National Grid lançou o novo projeto Smart Meter Innovations and Test Network (SMITN). O projeto visa investigar novas formas de usar dados de medidores inteligentes para ajudar a equipar a rede elétrica para a conexão em massa de tecnologias de baixo carbono, como carregadores de veículos elétricos e bombas de calor. Com a nova tecnologia de medidores inteligentes, a National Grid pretende monitorar a qualidade da energia fornecida pela rede e usar esses dados para ajudar a identificar quais clientes estão conectando tecnologias de baixo carbono e onde pode ser necessária capacidade extra. Em seguida, a concessionária espera desenvolver ferramentas de autoatendimento e simplificar o processo de conexões para os clientes que desejam conectar essas tecnologias. (Smart Energy - 17.10.2022)

Os recursos energéticos distribuídos (REDs) representam desafios emergentes de segurança cibernética para a rede elétrica e devem ser projetados com a segurança como um componente central, concluiu o Departamento de Energia dos EUA em relatório. Um ataque aos recursos distribuídos de armazenamento solar ou de bateria teria impacto insignificante na confiabilidade da rede hoje, disse o DOE, mas a capacidade dos REDs no sistema elétrico deve quadruplicar até 2025 e a agência alertou que cada um desses sistemas pode ser hackeado. A Federal Energy Regulatory Commission (FERC) está considerando desenvolver novas regras de segurança cibernética para REDs no sistema elétrico, mas especialistas dizem que a proteção da rede exigirá exceder quaisquer padrões básicos. (Utility Dive - 18.10.2022)

As organizações gastarão US$ 188,3 bilhões em produtos e serviços de segurança da informação e gerenciamento de riscos em 2023, e o mercado aumentará nos anos seguintes, gerando quase US$ 262 bilhões em gastos globais em 2026, projeta a empresa de pesquisa Gartner. A Gartner identificou três fatores que estão impulsionando este crescimento: um aumento contínuo no trabalho remoto e híbrido, uma transição de VPNs para acesso à rede de confiança zero e uma mudança para modelos de entrega baseados em nuvem. A empresa prevê que as organizações gastarão quase US$ 6,69 bilhões em segurança na nuvem em 2023, aumentando quase 27% ano a ano. Com relação à segurança de aplicativos, deve aumentar cerca de 25% e capturar US$ 7,5 bilhões em gastos em 2023. A Gartner espera que os serviços de segurança atinjam US$ 76,5 bilhões em gastos em 2023, e prevê que até 2025 pelo menos 70% das novas implantações de acesso remoto serão atendidas por acesso à rede de confiança zero em vez de serviços VPN. (Cybersecurity Dive - 18.10.2022)

A sétima edição do Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2022), o maior evento de geração distribuída (GD) do país, está confirmada para os dias 09 e 10 de novembro e será sediado na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. A escolha se deu pelo grande momento que o estado mineiro está vivendo com micro e minigeração de energia. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) destacam que Minas Gerais é hoje o líder no ranking nacional da fonte, com mais de 2GW de produção. O CBGD é um evento realizado anualmente pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, assim como promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), instituição oficial das empresas do setor. Segundo a organização, o congresso foi o primeiro evento oficial no Brasil realizado para tratar exclusivamente dos interesses das empresas de GD no Brasil e vem agora debater o futuro do setor com a entrada da Lei 14.300, bem como os impactos do exterior sobre o mercado GD brasileiro. (ABGD – 17.10.2022) 

Acontece no dia 27 de outubro, o evento online organizado pela Future Leaders Portugal. O evento reunirá especialistas para debater quais os desafios para a operação do setor elétrico com o avanço da transição energética. (Future Energy Leaders Portugal - 26.10.2022)