Informativo Eletrônico – Mobilidade Elétrica nº 92 – publicado em 02 de fevereiro de 2022.

IFE: Informativo Eletrônico de Mobilidade Elétrica
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 92 – 02 de fevereiro de 2022
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
BNDES: Novos tipos de veículos habilitados para programa de financiamento de baixo carbono
2 EUA: Montadoras receberão financiamento especial para desenvolvimento de caminhões elétricos
3 Escócia: Plano de investimentos para expansão da rede pública de recarga de VEs

Inovação e Tecnologia
1
Riba Share: Novo aplicativo de scooters elétricas compartilhadas em São Paulo

2 CAES/CATL: Troca de módulos de bateria garante maior rapidez no abastecimento
3 StoreDot: Extensão da vida útil das baterias de VEs
4 BYD: Novo ônibus elétrico escolar contará com tecnologia V2G

Indústria Automobilística
1
Ricardo Gondo/Renault: Novas opções de VEs no mercado automotivo do Brasil

2 Carlos de Moraes/Anfavea: Perspectivas sobre os avanços da eletrificação no Brasil
3 Rafael Chang/Toyota: Estratégias de eletrificação e posicionamento no mercado

4 Renault: Novo VE confirmado para o mercado brasileiro

5 Bentley: Estratégia para o mercado de VEs de luxo

6 Renault/Nissan/Mitsubishi: Aliança visa investimentos para a difusão de VEs

7 Great Wall: Estratégia de eletrificação no mercado brasileiro

8 Chery: Nova fábrica de VEs na Argentina
9 GM: Novos investimentos na fabricação de células de bateria e caminhões elétricos
10 Tesla: Fábricas operam abaixo da capacidade por problemas na cadeia de suprimentos

Meio Ambiente
1
Volkswagen: Sucesso no cumprimento da meta de emissões na Europa em 2021

2 CBI: Cresce a procura por títulos verdes no setor de transporte
3 Composição da geração de energia elétrica e o abastecimento de VEs
4 ESG: Clientes tem buscado opções menos poluentes para transição de frotas

5 ESG: Acordo de Walmart e Ford visa a eletrificação de frotas nos EUA
6 ESG: Correios de Portugal adquire frota de veículos com emissão zero

Artigos e Eventos
1
ICCT: Eletrificação do transporte de passageiros pode apoiar metas de VEs em Massachusetts

2 Impactos do aumento no preço do lítio na produção de VEs
3 J.D. Power: Proprietários de primeira viagem aprovam mudança para os VEs
4 Raízen/Tupinambá Energia: Investimento em infraestrutura de carregamento no Brasil

5 Estapar/Zletric: Acordo para exploração de infraestrutura de carregamento de VEs


 


 


Políticas Públicas e Regulatórias


1 BNDES: Novos tipos de veículos habilitados para programa de financiamento de baixo carbono

Durante evento promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou as novas regras do “Finame Baixo Carbono”. O Finame Baixo Carbono é um programa voltado à aquisição de máquinas e equipamentos que contribuam para a redução da emissão de carbono. O financiamento se aplica a ônibus e caminhões elétricos (bateria ou célula de combustível), híbridos, a gás ou movidos exclusivamente a biocombustível, bem como veículos comerciais leves elétricos e híbridos. Com as novas regras, o programa incluirá outras classes de produtos de baixa emissão de carbono como aptos a financiamento. Esses novos veículos incluem: máquinas agrícolas, veículos para logística industrial e embarcações. O Banco também prorrogou a primeira fase de credenciamento para dezembro de 2024 e flexibilizou as regras de nacionalização de conteúdo, o que dá maiores possibilidades para os fabricantes desenvolverem seus produtos de baixo carbono e os habilitarem ao Finame.
(Inside EVs – 28.01.2022)

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2 EUA: Montadoras receberão financiamento especial para desenvolvimento de caminhões elétricos

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês) vai estimular a eletrificação do transporte no País. Em especial, os caminhões elétricos de uso rodoviário. O governo norte-americano vai investir US$ 127 milhões (cerca de R$ 704 milhões na conversão direta). Esses valores fazem parte do programa “SuperTruck 3”. A proposta é ajudar a acelerar projetos de cinco fabricantes, pelos próximos cinco anos. Essas montadoras terão a missão de desenvolver veículos com zero emissão de poluentes com atuação no transporte de longo alcance.
(O Estado de São Paulo – 30.01.2022)

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3 Escócia: Plano de investimentos para expansão da rede pública de recarga de VEs

O governo escocês publicou um novo projeto estabelecendo a meta de dobrar a disponibilidade de pontos públicos de recarga de VEs. O país pretende lançar um fundo destinado a atrair investimentos do setor privado e fornecer até £ 60 milhões às autoridades locais nos próximos quatro anos. O governo acredita que isso pode dobrar o tamanho da rede pública de carregamento, chamada ChargePlace Scotland, elevando-a para 4.200 pontos de carregamento e aproveitando as disposições existentes. O secretário de Transportes, Michael Matheson, disse: “Investimos mais de £ 50 milhões para criar uma rede com mais de 2.100 pontos de carregamento públicos em toda a Escócia. Com a demanda por veículos elétricos aumentando rapidamente graças aos incentivos e apoio do governo – as parcerias dos setores público e privado agora serão fundamentais para atrair investimentos e dimensionar a oferta em ritmo acelerado”.
(Electrive – 27.01.2022) .


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Inovação e Tecnologia


1 Riba Share: Novo aplicativo de scooters elétricas compartilhadas em São Paulo


Desde o dia 25 de janeiro, opera na capital paulista o Riba Share, novo app de scooters elétricas compartilhadas. O valor de locação é de R$ 5,90 pelos primeiros 10 minutos e de R$ 0,75 por minuto adicional. O banco Santander patrocina o serviço, que está inicialmente restrito a alguns bairros da Zona Sul – Campo Belo, Vila Olímpia, Itaim Bibi, Jardim Paulistano, Jardim Paulista e Cerqueira César. No ano passado, a instituição financeira já havia patrocinado um projeto-piloto da rede de pizzarias Domino’s que trouxe 36 motos elétricas para os entregadores da franquia. O desbloqueio das scooters Riba Share é feito pelo app mediante pagamento com cartão de crédito. Pelo app, também é possível localizar as scooters e efetuar a devolução. 50 veículos foram disponibilizados e estão em circulação das 6h às 23h. Eles podem ser estacionados em qualquer vaga pública para motos.
(Automotive Business – 27.01.2022)



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2 CAES/CATL: Troca de módulos de bateria garante maior rapidez no abastecimento


O Choco-SEB é o nome das baterias em formato de barra de chocolate criadas pela empresa CAES, subsidiária da chinesa CATL, a maior fornecedora de baterias no mundo. A gigante da área de tecnologia visa solucionar o problema de autonomia de carros elétricos por meio da troca rápida dos módulos das baterias em postos especializados. A empresa, inclusive, promete substituir um dos módulos descarregados por outro com carga completa em menos de 60 segundos, o que permitiria recuperar até 200 km de alcance de um veículo elétrico no intervalo de 1 minuto. A solução, batizada de Evogo, consiste em estações de troca rápida de baterias realizada por blocos ou módulos. A capacidade das estações de troca será de 48 células modulares, sendo que cada uma delas ocupará cerca de três vagas de estacionamento. As baterias poderão ser utilizadas desde automóveis de passeio até veículos comerciais.
(Mobi Auto – 25.01.2022)


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3 StoreDot: Extensão da vida útil das baterias de VEs


A desenvolvedora israelense de baterias StoreDot apresentou uma tecnologia que visa prolongar a vida útil das baterias em veículos elétricos – também com vistas ao uso em sistemas estacionários de armazenamento de energia. De acordo com a empresa, as baterias da StoreDot retêm 70% de sua capacidade original mesmo após 1.700 ciclos de carregamento – e 80% até 1.000 ciclos de carregamento. A tecnologia usa as células dominadas por silício da empresa, denominadas células “auto-reparáveis”. Apesar de, em um certo ponto, as baterias não sejam mais consideradas de nível automotivo, a StoreDot diz que elas ainda podem ser “altamente eficazes no uso de segunda vida para aplicações menos dinâmicas, como armazenamento de energia e sistemas de balanceamento de carga de rede”, mesmo com 70% de sua capacidade original.
(Electrive – 28.01.2022)



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4 BYD: Novo ônibus elétrico escolar contará com tecnologia V2G



Nos EUA, a BYD apresentou seu novo ônibus escolar elétrico “Type A” para transportar até trinta estudantes por vez. O novo ônibus de emissão zero pode viajar 140 milhas com uma única carga e contará com os recursos da tecnologia V2G (vehicle-to-grid, em inglês). De acordo com a BYD, seus ônibus movidos a bateria podem reduzir os custos de combustível escolar em até 60% em comparação com os veículos a diesel e os custos de manutenção em até 60%.
(Electrek – 28.01.2022)


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Indústria Automobilística


1 Ricardo Gondo/Renault: Novas opções de VEs no mercado automotivo do Brasil


Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil desde 2019, conversou com o Estadão sobre os desafios impostos pela pandemia e o futuro da indústria. Ricardo revelou ainda que a marca lançou na quarta (26/01), no mercado brasileiro, uma versão 100% elétrica da van Master, diante da expansão do mercado no setor de transporte de carga de última milha. De acordo com o executivo, “Como parte do plano de investimentos 2021/2022, lançamos o novo Zoe 100% elétrico e o novo (SUV) Captur com motor 1.3 turbo. Em 2022, já lançamos o novo Kwid, que tem mais tecnologia e ficou mais econômico. Nesta quarta-feira, vamos lançar a nova (van) Master, que, pelo oitavo ano consecutivo, foi líder de vendas do segmento. Ela tem motor 24% mais econômico que o anterior.” Ricardo ainda destaca que, “Com a Master elétrica, a Renault assume o protagonismo do setor no Brasil. Temos veículos para atender diferentes faixas do mercado. No setor de transporte de carga, onde já temos o Kangoo, passaremos a ter duas opções. Mas ainda não dá para oferecer um SUV elétrico. Seu preço ficaria muito fora da realidade do País.” A entrevista na íntegra pode ser acessada por este link. (CNN Brasil – 26.01.2022)


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2 Carlos de Moraes/Anfavea: Perspectivas sobre os avanços da eletrificação no Brasil


O economista Carlos de Moraes é um veterano quando o assunto é veículo. Ele ingressou no setor em 1978, na área contábil da Mercedes-Benz, empresa na qual trabalha há exatos 43 anos e 5 meses. Há pouco mais de uma década, virou responsável pela divisão de assuntos corporativos da companhia e, desde 2019, acumula a função de presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). A associação reúne 27 marcas de automóveis, caminhões e ônibus, além de tratores. Moraes falou sobre os resultados da indústria no ano passado, políticas industriais e as perspectivas para o segmento no País em 2022, incluindo o avanço da eletrificação. Segundo o economista, “Fizemos um estudo sobre o que vai influenciar a descarbonização no Brasil. Há o aspecto regulatório, que traz metas de emissões e eficiência energética. Isso vai promover a eletrificação da frota aos poucos. A sociedade também está mais preocupada com o tema.” Em seguida, Moraes apontou que: “Há dois cenários. No primeiro, em 2035 cerca de 32% dos veículos novos terão algum grau de eletrificação. Seja híbrido, meio híbrido, elétrico puro etc. Isso equivale a 1,13 milhão de veículos. No cenário que a gente chama de convergência global, adotado pela Europa e pela China, vamos ter até 2,5 milhões de elétricos. Estamos falando de, no mínimo 1,3 milhão de carros. Não dá para importar tudo isso. Vamos ter de produzir localmente.” Por fim, o presidente da Anfavea conclui que, “vamos precisar de 150 mil postos de recarga no Brasil nos próximos 12 anos. Para isso, serão necessários R$ 14 bilhões em investimentos.” A entrevista na íntegra pode ser acessada por este link. (Terra – 30.01.2022)


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3 Rafael Chang/Toyota: Estratégias de eletrificação e posicionamento no mercado


Rafael Chang ingressou na Toyota do Peru, seu país natal, em 1993. Trabalhou em marketing e vendas até 2011 e foi para o Japão atuar na mesma área. Regressou à América Latina para assumir o posto de presidente da empresa na Venezuela. Desde janeiro de 2017, é o presidente da Toyota do Brasil. Ele participou de momentos importantes, como o lançamento do Corolla híbrido flexível, primeiro carro do tipo no mundo. Bem como da Kinto, divisão focada em serviços de mobilidade. Em uma conversa com o Estadão, Rafael definiu as principais metas da montadora para os próximos anos, “Temos o compromisso de zerar nossas emissões até 2050. Esse plano inclui várias áreas e uma delas é o portfólio de produtos. Até 2025, todo Toyota vai ter ao menos uma opção eletrificada. Agora, se vai ser híbrida (convencional), híbrida flex, híbrida plug-in, elétrica ou a hidrogênio, vai depender das características de cada país e região”. Sobre a estratégia montada pela montadora, Rafael Chang afirmou, “primeiro, será global. Depois, em cada mercado”. Especificamente sobre o Brasil, Rafael não soube dizer quando isso iria acontecer ou qual tecnologia seria utilizada. A entrevista na íntegra pode ser acessada por este link. (O Estado de São Paulo – 28.01.2022)


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4 Renault: Novo VE confirmado para o mercado brasileiro


Logo após a apresentação da linha 2023 do Renault Master no Brasil, a Renault confirma a chegada da variante 100% elétrica Renault Master E-Tech, que será lançada por aqui no segundo semestre de 2022. A Renault ainda não divulgou as especificações das versões que serão lançadas por aqui, mas na Europa o Renault Master E-Tech é oferecido em variantes chassi-cabine, furgão ou van de passageiros com três opções de tamanho da carroceria. A autonomia pode chegar a 185 km com uma carga para o modelo de menor porte e o tempo de carregamento em um carregador do tipo wallbox de 7 kW é de seis horas para recuperar cerca de 120 km de alcance.
(Inside EVs – 28.01.2022)



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5 Bentley: Estratégia para o mercado de VEs de luxo


A Bentley colocou toda a sua maquinaria em funcionamento com um objetivo claro: tornar-se a marca de superluxo de referência no âmbito da mobilidade 100% elétrica. Nesse momento, a marca britânica lidera em sua elitista categoria as vendas de carros híbridos plug-in (PHEV). Recentemente foi apresentado o plano ‘Five-in-Five’, o qual constitui um ambicioso roteiro que se engloba dentro da estratégia Beyond100 e aponta para o lançamento de uma autêntica família de veículos elétricos. A chave principal deste plano estratégico é o compromisso da Bentley em lançar um carro elétrico a cada ano a partir de 2025. São modelos com os quais pretende ser líder na mobilidade elétrica de luxo. Para poder realizar esta estratégia, a Bentley fará um investimento por volta de 2,5 bilhões de libras esterlinas. O primeiro carro elétrico de produção da Bentley estará pronto para desembarcar nos concessionários no ano de 2025.
(Planet CarsZ – 30.01.2022)



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6 Renault/Nissan/Mitsubishi: Aliança visa investimentos para a difusão de VEs


A aliança formada por Renault, Nissan e Mitsubishi pretende triplicar investimentos para desenvolvimento de veículos elétricos em conjunto, informou o site Automotive News Europe. Em dezembro foi anunciado o aporte de US$ 23 bilhões para os próximos cinco anos. Até 2030, espera-se que a aliança apresente mais de 30 modelos elétricos distribuídos em cinco novas plataformas específicas para powertrain elétrico. Até hoje, segundo o site, a aliança já investiu mais de € 10 bilhões em eletrificação. Com o compartilhamento das plataformas, as montadoras esperam tornar acessíveis os VEs em termos de preço. Ao site informaram que não apenas chassis serão comuns entres os modelos Renault, Nissan e Mitsubishi, mas também baterias. Há expectativa de se produzir o componente em fábricas na Europa e na Ásia. A Nissan disse em novembro que planejava gastar cerca de US$ 18 bilhões em cinco anos para acelerar a eletrificação de veículos, lançando 23 VEs – incluindo híbridos – até 2030. Metade do mix de veículos da Nissan será eletrificado até 2030, segundo seu planejamento global. A Renault, por sua vez, informou que sua oferta será 100% elétrica na Europa até 2030.
(Automotive Business – 24.01.2022)



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7 Great Wall: Estratégia de eletrificação no mercado brasileiro


Ainda no ano passado, a chinesa Great Wall Motors anunciou a aquisição da fábrica de Iracemápolis (SP), que antes pertencia à Mercedes-Benz. Agora em 2022, a empresa começou a detalhar quais são seus planos para o mercado brasileiro, incluindo previsão de produção e em quais modelos deverá focar. Antes de operar como fabricante por aqui, a Great Wall deve começar a comercializar seus modelos importados, vindos da China. A empresa já confirmou que todos os veículos que comercializará no Brasil serão 100% elétricos ou eletrificados. A empresa confirmou que focará nos segmentos de utilitários esportivos e picapes, ao menos neste primeiro momento. Serão 10 modelos lançados nos próximos 3 anos, sendo que o primeiro estreará até o último trimestre de 2022 ainda importados. Os carros fabricados no Brasil devem começar a chegar na segunda metade de 2023, todos terão algum nível de eletrificação. Sobre a recém-adquirida fábrica de Iracemápolis, a Great Wall está trabalhando para adaptar a linha de montagem ao padrão industrial da empresa na China, além de estar desenvolvendo uma cadeia nacionalizada de fornecedores. A empresa investirá R$ 4 bilhões até 2025 no aprimoramento da fábrica brasileira, pesquisa e até o desenvolvimento de modelos de nova geração a serem comercializados por aqui. Entre 2026 e 2035, a marca deve completar um investimento de R$ 10 bilhões focado em ampliar ainda mais a capacidade da linha de montagem e a nacionalização de mais veículos. Além disso, até o final de 2022, a empresa promete ter concessionárias cobrindo 100% do território nacional. A meta é ter 130 lojas em 112 cidades dividas entre 25 a 30 grupos de distribuidores dentro de 18 meses.
(Motor1.com – 27.01.2022)



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8 Chery: Nova fábrica de VEs na Argentina


No início de maio de 2021, a Chery anunciou pela terceira vez sua intenção de instalar uma fábrica na Argentina. Na ocasião, o presidente da empresa automotiva Yin Tongyue, na província chinesa de Anhui, informou ao embaixador argentino Sabino Vaca Narvaja a intenção de avançar com um projeto industrial para a produção de VEs no país. Oito meses depois, Vaca Narvaja foi quem declarou em uma entrevista publicada pelo portal elDiarioAR, que a Chery construiria uma fábrica de veículos elétricos na Argentina e se estabeleceria em Santa Fé. O Congresso argentino se reunirá em fevereiro para discutir em sessões extraordinárias um conjunto de 18 projetos de lei (que o partido no poder espera aprovar em apenas um mês) entre os quais estão a chamada Lei da Eletromobilidade, que poderia definir o futuro da indústria automotiva argentina.
(Inside EVs – 27.01.2022)



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9 GM: Novos investimentos na fabricação de células de bateria e caminhões elétricos


A General Motors investirá mais de US$ 7 bilhões em quatro fábricas em Michigan, aumentando significativamente a capacidade de fabricação de células de bateria e caminhões elétricos. Este é o maior anúncio de investimento na história da GM. O investimento inclui a construção de uma nova fábrica de células de bateria Ultium Cells em Lansing com a LG e a conversão da fábrica de montagem da GM em Orion Township, Michigan, para a produção do Chevrolet Silverado EV e do elétrico GMC Sierra. A Orion será a segunda fábrica de montagem da GM programada para construir picapes elétricas em tamanho real. Os investimentos da Orion e Ultium Cells Lansing apoiarão um aumento na capacidade total de produção de caminhões elétricos de tamanho normal para 600.000 caminhões quando as instalações da Factory ZERO e da Orion estiverem totalmente em rampa.
(New York Times – 25.01.2022)



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10 Tesla: Fábricas operam abaixo da capacidade por problemas na cadeia de suprimentos


A Tesla disse na quarta-feira que seu lucro aumentou mais de seis vezes no ano passado, para US$ 5,5 bilhões, o maior total em seus 19 anos de história, à medida que as vendas dispararam ainda mais, especialmente na Europa e na China. Mas a montadora alertou que os problemas na cadeia de suprimentos decorrentes da pandemia restringiriam novamente a produção ao longo deste ano. “Nossas próprias fábricas estão funcionando abaixo da capacidade há vários trimestres, já que a cadeia de suprimentos se tornou o principal fator limitante, que provavelmente continuará até 2022”, disse a empresa. Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, disse que a empresa não anunciará nenhuma expansão de sua linha de produtos este ano para que possa se concentrar no aumento da produção. Adicionar modelos enquanto a demanda está superando a oferta “não faria sentido”, disse ele em uma teleconferência com analistas. “Se introduzíssemos novos veículos, nossa produção total diminuiria.” A empresa repetiu uma previsão anterior de que as vendas cresceriam cerca de 50% ao ano, em média, nos próximos anos. Musk disse que a Tesla cresceria “confortavelmente acima” desse número em 2022.
(New York Times – 26.01.2022)



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Meio Ambiente

1 Volkswagen: Sucesso no cumprimento da meta de emissões na Europa em 2021

Com base em números preliminares, a Volkswagen anunciou em comunicado oficial que conseguiu atingir a meta de emissões de CO2 da frota em 2021, ou seja, ficou abaixo do valor mínimo estipulado pela União Europeia para a emissão de gases nocivos. Segundo informado, a frota da Volkswagen produziu cerca de 5,5 milhões de gramas a menos de CO2 do que exigido por lei. No ano passado, a Volkswagen bateu seu recorde de vendas de VEs. Nesse cenário, a Volkswagen anuncia ampliação nos investimentos futuros para cerca de 18 bilhões de euros, sendo 14 bilhões destinados à mobilidade elétrica, transformação de fábricas e ao desenvolvimento de novos modelos.
(Inside EVs – 25.01.2022)

<topo>

2 CBI: Cresce a procura por títulos verdes no setor de transporte

A emissão de títulos verdes e outros instrumentos de dívida certificados pela Climate Bonds Standard – um programa da Climate Bonds Initiative (CBI) – atingiu US$ 53,9 bilhões no ano passado, com destaque para o financiamento da infraestrutura de transporte. Projetos classificados como transporte de baixo carbono tiveram a maior participação de certificações com 39% do volume total, seguido por projetos em 2 ou mais setores (28%), energia (17%) e construção (14%). Na América Latina, o destaque ficou para as emissões de títulos soberanos pelo Chile – único país a emitir papéis soberanos na América Latina.
(EPBR – 12.01.2022)

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3 Composição da geração de energia elétrica e o abastecimento de VEs

Na Conferência Global da ONU sobre o clima, a COP-26, veículos movidos a eletricidade foram escolhidos como um dos principais atores no processo de descarbonização, por não emitirem poluentes. Contudo, questões quanto ao abastecimento dos veículos elétricos surgiram no debate. Existem questionamentos em relação às emissões geradas no processo de geração da energia utilizada no carregamento e na produção dos VEs. Um estudo do grupo ambientalista Transport & Environment indica que os VEs apresentam maior grau de descarbonização que os modelos a diesel e a gasolina em todos os cenários, mesmo em países dependentes de energia fóssil, como a Polônia. Nesse exemplo, um modelo elétrico polui 30% menos que um a combustão, levando-se em conta o ciclo de vida do veículo. Para Diogo Lisbona, professor da Fundação Getúlio Vargas, além da procedência da energia, os países precisam avaliar o período em que os veículos são carregados. Ele cita o caso da Califórnia, que investiu em parques solares, mas a maioria das pessoas carrega os veículos quando chega em casa, no fim do dia, período em que a produção solar diminui, mas a demanda aumenta. À noite, explica ele, essa energia é recomposta por gás natural, outra fonte local. Desse modo, Lisbona defende que tenha “tarifas inteligentes, mais granulares no tempo e no espaço, que reflitam o custo de se carregar o veículo no horário de ponta”.
(O Estado de São Paulo – 31.01.2022)

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4 ESG: Clientes tem buscado opções menos poluentes para transição de frotas

Em 1980, o paulista João Braz Naves abriu uma pequena empresa de entregas na rodoviária de Ribeirão Preto (SP), onde trabalhou por dez anos vendendo bilhetes de ônibus. Pouco mais de 40 anos depois, o Grupo Rodonaves continua atuando fortemente no transporte de cargas, que representa 85% do faturamento. Também é dono de seis concessionárias de caminhões Iveco, corretora de seguros e locadora de veículos, entre outros negócios. Em 2021, o faturamento cresceu 20%, para R$ 1,7 bilhão. Em entrevista ao Estadão, João, falou de investimentos, veículos elétricos, parcerias e do plano de expansão para 2022. Quando perguntado sobre clientes buscando caminhões elétricos, o presidente do Grupo Rodonaves afirmou “Os clientes, principalmente de multinacionais, procuram por frotas mais novas, que poluem menos. É assustadora a diferença de preço do caminhão a diesel para o elétrico. Isso sem contar o custo da instalação dos pontos de recarga. Temos alguns caminhões elétricos em testes. Eles estão indo bem, mas não dá para contar o tempo todo, porque a recarga das baterias leva horas. Estamos trabalhando com eles por sete, oito horas por dia. Nossa frota tem, em média, quatro anos de uso. Tomamos todos os cuidados para que o caminhão polua o mínimo possível. Todo mundo tem de fazer a sua parte para ajudar o País a reduzir as emissões”. A entrevista na íntegra pode ser acessada por este link. (O Estado de São Paulo – 27.01.2022)

<topo>

5 ESG: Acordo de Walmart e Ford visa a eletrificação de frotas nos EUA

O grupo varejista norte-americano Walmart encomendou 1.100 unidades do modelo elétrico E-Transit da Ford. No total, a Ford diz que já tem 300 clientes para a van elétrica nos EUA, que fizeram encomendas de mais de 10.000 unidades. De acordo com a Ford, os 300 clientes incluem “negócios de todos os tamanhos” – de operações individuais a administrações municipais, como a cidade de Orlando e o Walmart. Quanto ao Walmart, o grupo varejista espera que a Ford entregue 1.100 vans E-Transit. No entanto, o pedido segue uma compra maior do Walmart, que reservou 5.000 unidades do EV600 da Brightdrop, uma marca da GM.
(Electrive – 27.01.2022)

<topo>

6 ESG: Correios de Portugal adquire frota de veículos com emissão zero

Os CTT – Correios de Portugal acabam de receber 73 novos carros elétricos, da marca Peugeot, com baterias 50 kWh e uma autonomia prevista de 200 quilômetros. Os veículos recém-adquiridos serão distribuídos por vários centros de entrega. Os CTT passam a contar com mais de 400 veículos movidos a eletricidade, dos quais cerca de 20 são híbridos. A empresa estima que os novos veículos possam percorrer cerca de 1,5 milhão de quilômetros movidos puramente a eletricidade e assim evitem a emissão de 320 toneladas de CO2. Além disso, a empresa já encomendou também 82 motocicletas de zero emissão para a distribuição de entregas.
(Sapo PT – 25.01.2022)

<topo>

 

 

Artigos e Eventos

1 ICCT: Eletrificação do transporte de passageiros pode apoiar metas de VEs em Massachusetts

Um estudo realizado por pesquisadores do International Council on Clean Transportation (ICCT) concluiu que os veículos elétricos podem se tornar a opção mais econômica para motoristas de aplicativos de transporte em Massachusetts entre 2023 e 2025. Devido às altas milhas percorridas, os motoristas em tempo integral acumulam maiores economias relativas de combustível e obtêm o retorno financeiro do investimento realizado em períodos mais curtos quando mudam para veículos mais econômicos. Essa tendência é impulsionada ainda pelo declínio contínuo esperado nos custos das baterias e avanços tecnológicos nas opções de carregamento rápido. Com base no número de motoristas ocupados em serviços de transporte de passageiros em Massachusetts, cerca de 12.500 condutores em tempo integral poderiam mudar de forma econômica para veículos elétricos no período de 2023-2025.
(ICCT – 28.01.2022)

<topo>

2 Impactos do aumento no preço do lítio na produção de VEs

Atualmente os VEs e uma parte dos híbridos usam o mesmo tipo de baterias: íons de lítio. Uma vantagem desse tipo de bateria é poder ser feita em diversos tamanhos e compacta. No entanto, com a crescente demanda por carros elétricos pelo mundo e as vendas sempre altas de smartphones e outros aparelhos eletrônicos, veio os aumentos nos preços das matérias primas. Segundo a Bloomberg, o preço das baterias para veículos elétricos cresceu em 2021. Além do lítio, as baterias usam cobalto, níquel e outros metais. O site Mining.com apontou que o preço do cobalto duplicou no mês de janeiro de 2022 quando comparado com janeiro do ano passado. O níquel ficou 15% mais caro no mesmo período. Ainda existe o desafio da mineração e refinamento do lítio, como a concentração geográfica desse elemento. Para baterias automotivas é preciso usar um tipo diferente de lítio, que é cinco vezes mais caro que o tradicional que pode ser encontrado nos smartphones. Todo esse aumento será traduzido em preços mais caros para os VES.
(Auto Papo – 25.01.2022)

<topo>

3 J.D. Power: Proprietários de primeira viagem aprovam mudança para os VEs

Os proprietários de primeira viagem que mudaram para veículos elétricos a bateria (BEVs, em inglês) estão descobrindo que é uma experiência positiva. A satisfação entre os proprietários que são novos em BEVs é em média 754 (em uma escala de 1.000 pontos), o que é comparável a 766 entre os veteranos de BEV (aqueles que possuíam um BEV antes do atual), de acordo com o JD Power 2022 US Electric Vehicle Estudo de Propriedade de Experiência (EVX). Além disso, a satisfação do fator entre os proprietários de BEV pela primeira vez é maior para a experiência de serviço (+48), prazer de dirigir (+15) e estilo (+8) do que entre os veteranos de BEV. Enquanto os proprietários de BEVs de primeira viagem têm uma curva de aprendizado para se familiarizar com o driving range, os veteranos de BEVs têm experiência e conhecimento com o alcance do veículo do mundo real que resulta em níveis mais altos de satisfação com o alcance da bateria (+78 pontos) e precisão do alcance da bateria declarado (+49). O estudo conclui que 96% dos proprietários de BEVs cuja satisfação geral com a propriedade excede 900 pontos dizem que comprarão outro BEV no futuro. Mais da metade (62%) desses proprietários dizem que “definitivamente vão” recomprar da mesma marca. Para saber mais sobre o estudo clique aqui. (Green Car Congress – 28.01.2022)

<topo>

4 Raízen/Tupinambá Energia: Investimento em infraestrutura de carregamento no Brasil

Após participar da rodada de investimentos voltada à mobilidade elétrica na Tupinambá Energia, a Raízen (joint venture nacional entre Shell e Cosan), anunciou que irá atuar junto a startup com o objetivo de acelerar o desenvolvimento de infraestrutura de carregamento para veículos elétricos no Brasil. A ideia da Raizen é fortalecer ainda mais o software e o aplicativo criados pela Tupinambá, criando uma parceria complementar entre as duas empresas no fornecimento de soluções em conjunto ao mercado de VEs. Fica aberta a possibilidade da Raízen converter o investimento em participação societária.
(Inside EVs – 27.01.2022)

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5 Estapar/Zletric: Acordo para exploração de infraestrutura de carregamento de VEs

A Estapar e sua controlada Ecovagas Carregadores Elétricos firmaram um Memorando de Entendimentos (MoU) com a Zletric Comercial Eletroeletrônica para uma combinação de estruturas, com vistas à exploração conjunta do mercado brasileiro de eletromobilidade. A atuação seria por meio da infraestrutura de recarga de VEs, tanto nos segmentos comerciais, como de frotistas, além do segmento residencial. O MoU prevê que, se a operação se concretizar, a Estapar passará a deter, direta ou indiretamente, participação societária relevante na combinação das estruturas da Ecovagas com a Zletric. Segundo a Estapar, a operação visa expandir a sua atuação no segmento de recargas através da Ecovagas, empresa que conta com mais de 200 carregadores instalados em mais de 100 locais em 29 cidades. A intenção da companhia é se tornar um dos maiores players do ecossistema de eletromobilidade do País.
(Broadcast Energia – 27.01.2022)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: João Pedro Gomes, Leonardo Gonçalves e Vinicius José da Costa
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

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