l IFE: nº 81 – 03 de novembro de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Regulatórias 1 Goiás: Comissão da assembleia legislativa debate a mobilidade elétrica 2 EUA: Projeto de Biden mantém crédito aos veículos elétricos 3 EUA: Financiamento para pesquisas ligadas a mobilidade elétrica 4 Espanha/Portugal: Cluster ibérico de VEs 5 França: Adiamento da redução do subsídio aos veículos elétricos 6 País de Gales: Plano de ação de carregamento de veículos elétricos 7 África do Sul: Veículos elétricos serão prioridade nos planos de ação climática 8 Austrália: Especialistas defendem a obrigatoriedade de pontos de recarga de VEs em residências e locais de trabalho 9 China: Lançamento de programa de troca de baterias 10 Índia: Incertezas e desafios na difusão da mobilidade elétrica Inovação e Tecnologia 1 CBMM adquire 20% de startup norte-americana de baterias 2 SK Innovation/Solid Power: Parceria para o desenvolvimento de baterias do estado sólido 3 Hyundai/Kia: Parceria para a fabricação de bateria 50% mais potente 4 Xpeng: Carregador super rápido 5 BPEI/Wolfspeed: Estudo para desenvolvimento de chips mais eficientes para VEs Indústria Automobilística 1 Artigo: O carro do futuro: ‘smartcar’ é a extensão de onde moramos, trabalhamos e nos divertimos 2 Great Wall Motors: Presença de híbridos e elétricos em sua estreia no Brasil 3 Volkswagen: Novos caminhões 100% elétricos têm condições de compra facilitadas 4 Stellantis: Meta de produção mundial e posicionamento estratégico 5 Stellantis: Expansão da eletrificação de veículos comerciais 6 Stellantis/TheF Charging: Rede europeia de 15 mil carregadores rápidos até 2025 7 GM: Instalação de carregadores em locais carentes de infraestrutura nos EUA 8 Tesla abre primeiro centro de P&D fora dos EUA em Xangai 9 Grandes montadoras chinesas olham com otimismo para mercado europeu de VEs 10 Nidec concentrará investimentos em motores de VEs 11 Toyota revela seu primeiro carro 100% elétrico Meio Ambiente 1 Os desafios da COP26 no setor automotivo 2 Iniciativa global cria padrão para avaliar e precificar baterias usadas de VEs 3 Energy Source aposta em economia circular para reciclar baterias de VEs 4 Alemanha: Rotas e metas para descarbonização do setor de transportes Outros Artigos e Estudos 1 Tupinambá: Novo aplicativo interliga pontos de recarga no país 2 Locadora Hertz: Estratégia de eletrificação e mega compra de VEs da Tesla 3 EUA: Uber faz parceria com Hertz para aluguel de VEs da Tesla 4 Dois terços das frotas comerciais esperam usar VEs dentro de 5 anos 5 EIA: Elétricos serão 30% da frota mundial de veículos em 2050 6 BYD: Preços das baterias aumentarão em 20% devido aos custos de matéria-prima 7 Copel/Renault lançam novo programa de compartilhamento de VEs
Políticas Públicas e Regulatórias
1 Goiás: Comissão da assembleia legislativa debate a mobilidade elétrica Em debate que marcou a 35ª reunião da Comissão de Minas e Energia do Poder Legislativo estadual de Goiás, no dia 28 de outubro de 2021, especialistas discutiram a importância e urgência de apoio governamental para o incentivo da eletrificação na mobilidade e transportes no estado. Conduzido pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania) de forma virtual, o evento reuniu dois representantes do Mova-se Fórum de Mobilidade, movimento permanente que reúne um grupo de especialistas, professores e técnicos do Estado. Os especialistas eram Miguel Ângelo Pricinote e Adriano Paranaíba. O primeiro é geógrafo e mestre em Transportes pela Universidade de Brasília (Unb) e coordenador do Mova-se. Já o segundo, economista e professor do Instituto Federal de Goiás (IFG). Além deles, estavam também Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), membro dos conselhos da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Associação Brasileira da Geração Distribuída (ABGD), e Eloir Pagnan, gerente do Departamento de Estações de Recarga para Veículos Elétricos da WEG. Dentre as várias abordagens, Pricinote apontou para duas excelentes oportunidades para se iniciar o processo de eletrificação do transporte, citando os BRT do Eixo-Anhanguera e do Corredor Norte-Sul, cujo primeiro trecho deve ser inaugurado nos próximos dias. Para Miguel Pricinote, o exemplo está na evolução dos casos chileno e colombiano, que caminham rapidamente para a totalização de 100% para veículos elétricos de emissão zero. Tais veículos compõem os BRT TransSantigo (Santiago-Chile) e TransMilenio (Bogotá-Colômbia). (Diário do Transporte – 29.10.2021) <topo> 2 EUA: Projeto de Biden mantém crédito aos veículos elétricos O presidente Biden anunciou a última versão do enorme projeto de lei de gastos sociais, o chamado Build Back Better, em 28 de outubro, que inclui investimentos em iniciativas de energia limpa, totalizando 555 bilhões de dólares. A grande notícia para os entusiastas dos VEs é que o projeto inclui o crédito fiscal de 12.500 dólares para os veículos. Agora, ainda há muitos detalhes a serem resolvidos, já que esta é uma estrutura que precisa ser aprovada pelas duas casas do Congresso antes que Joe Biden possa convertê-la em lei. Se a conta for aprovada, o importante a saber para os compradores de VEs é que eles podem se qualificar para um crédito fiscal de 5.000 dólares a mais, em comparação aos 7.500 dólares atuais. Uma das principais medidas do plano é “oferecer descontos substanciais ao consumidor e garantir que as famílias da classe média economizem dinheiro à medida que mudam para energia limpa e eletrificação”. Mais especificamente, a administração Biden afirma que os descontos e créditos ao consumidor incluídos na estrutura Build Back Better “economizarão para a família americana média centenas de dólares por ano em custos de energia”. (Inside EVs – 29.10.2021) <topo> 3 EUA: Financiamento para pesquisas ligadas a mobilidade elétrica O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) está concedendo US $ 209 milhões em financiamento para 26 novos projetos de laboratórios nacionais com foco em veículos elétricos, baterias avançadas e veículos conectados. Os EUA atualmente dependem fortemente da importação de componentes avançados de bateria do exterior, o que expõe o país a vulnerabilidades da cadeia de suprimentos que ameaçam interromper a disponibilidade e o custo dessas tecnologias. (Green Car Congress – 28.10.2021) <topo> 4 Espanha/Portugal: Cluster ibérico de VEs Um cluster ibérico de automóveis elétricos e um programa de baterias sustentáveis que inclui toda a cadeia de valor industrial. Estas são duas das iniciativas energéticas que os dois governos anunciaram no quadro da trigésima segunda Cimeira Hispano-Lusa, que aconteceu em Trujillo (Cáceres). Nesse fórum, abordaram também a implantação de instalações de produção de energias renováveis “em áreas transfronteiriças e em águas continentais”, e iniciativas no domínio do “armazenamento de energia e sua indústria associada”. Desse modo, em Trujillo, a mobilidade elétrica teve um papel de destaque “e o estabelecimento de instrumentos de apoio para promovê-la, junto com o desenvolvimento da infraestrutura de recarga de veículos elétricos e de toda a cadeia de valor industrial”. Assim, foi acordada uma plataforma de trabalho para o desenvolvimento de um cluster ibérico de automóveis elétricos, que contará com instrumentos de apoio à promoção de “projetos industriais integrados, com base em produtos e serviços inovadores”. Ambos os países também concordaram em cooperar na promoção de uma rede de carregamento de veículos elétricos e sua interoperabilidade, garantindo sua implantação em corredores rodoviários em ambos os lados da fronteira. Adicionalmente, será criado um “programa ibérico de baterias sustentáveis” que inclui medidas de promoção (1) a mineração sustentável; (2) do refino de matérias-primas e seus produtos; (3) de projeto, produção e montagem de baterias de nova geração, (4) de reciclagem e (5) de treinamento profissional. (Energías Renovables – 29.10.2021) <topo> 5 França: Adiamento da redução do subsídio aos veículos elétricos O governo francês está estendendo seus subsídios para veículos elétricos e híbridos plug-in no nível atual até 1º de julho de 2022. O plano original era reduzir ainda mais os subsídios atualmente concedidos a partir de 1º de janeiro de 2022. À semelhança da Alemanha, a França decidiu aumentar as taxas de subsídio em maio de 2020 como parte de um plano de reestruturação da indústria automotiva. O principal motivo foi a queda nas vendas devido à pandemia da COVID-19. O governo francês adotou uma abordagem mais moderada do que seus homólogos alemães: na França, a taxa máxima de subsídio só aumentou de 6.000 para 7.000 euros. Ao mesmo tempo, a demanda foi impulsionada por um esquema de sucateamento para compradores privados. Já naquela época, o governo manifestou a intenção de reduzir aos poucos as taxas de subsídio novamente. Em meados de 2021, a taxa máxima foi reduzida de 7.000 para 6.000 euros. No entanto, o governo francês está suspendendo a redução adicional originalmente planejada em 1.000 euros na virada do ano. Os compradores podem, portanto, contar com as taxas de subsídio atualmente aplicáveis até meados de 2022 – segundo nota do ministro da Economia, Bruno Le Maire. De acordo com o comunicado, os compradores privados continuarão a receber 6.000 euros de apoio à compra de um VE à bateria ou célula de combustível com um preço máximo de compra de 45.000 euros e 2.000 euros para VEs com um preço entre 45.000 e 60.000 euros. Para veículos comerciais, aplicam-se taxas de subsídio análogas de 4.000 e 2.000 euros. (Electrive – 26.10.2021) <topo> 6 País de Gales: Plano de ação de carregamento de veículos elétricos O governo galês lançou uma nova estratégia de mobilidade elétrica e apresentou o EV Charging Action Plan (Plano de Ação de Carregamento de VEs). Ele prevê investimentos em infraestrutura, incluindo o setor privado, para instalar pontos de recarga a cada 20 milhas que cruzam o País de Gales até 2025. A nova estratégia se baseia nos anúncios de dezembro de 2020, quando o governo galês afirmou que garantiria que, até 2025, todos os usuários de carros e vans elétricas no País de Gales estivessem confiantes de que poderiam acessar a infraestrutura de carregamento de VEs quando e onde precisassem. Na atualização de hoje, o País de Gales confirmou ter mais de 1.000 pontos de carregamento públicos e contando um para cada seis VEs a bateria. Os planos agora estabelecem uma abordagem para garantir que os pontos de recarga continuem a crescer para atender à crescente demanda, à medida que os veículos movidos a combustíveis fósseis são eliminados. No entanto, o governo não informou quantos pontos de carregamento serão necessários, nem com quais parceiros privados ele pode trabalhar. No entanto, o País de Gales, em comunicações anteriores, identificou a necessidade de entre 30.000 e 50.000 carregadores rápidos e 2.000 a 3.500 carregadores rápidos/ultrarrápidos a serem instalados na próxima década. (Electrive – 30.10.2021) <topo> 7 África do Sul: Veículos elétricos serão prioridade nos planos de ação climática O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, disse que o país identificou três prioridades principais no combate às mudanças climáticas, incluindo o aumento da produção de VEs como um deles. O país também se concentrará na redução das emissões de carbono da concessionária de energia Eskom e nos planos acelerados para uma economia verde, disse o presidente na terça-feira (26) em uma cerimônia para marcar o início da produção de carros híbridos em uma fábrica da Toyota. O governo publicou um documento preliminar sobre um roteiro para o aumento da produção de veículos totalmente elétricos que será apresentado a potenciais investidores, disse ele. “Apelamos aos líderes internacionais para apoiar os esforços da África do Sul para tornar nossa economia mais ecológica e atender às nossas ambiciosas metas de mudança climática por meio de doações e apoio financeiro”, disse Ramaphosa. (Bloomberg – 26.10.2021) <topo> 8 Austrália: Especialistas defendem a obrigatoriedade de pontos de recarga de VEs em residências e locais de trabalho Na Austrália, todos os novos prédios residenciais e de escritórios com estacionamento privado devem ser forçados a incluir cabeamento elétrico para carregamento de veículos no futuro, dizem os especialistas do setor. A demanda por VEs a bateria está prestes a aumentar rapidamente na próxima década, à medida que os governos oferecem milhares de dólares em incentivos e subsídios e os países mais populosos pretendem que os VEs representem 50 por cento de todas as vendas de carros novos até 2030 como parte dos seus esforços para reduzir as emissões de carbono no setor de transporte. No entanto, os defensores dos VEs argumentam que o maior fator que desencoraja suas compras continua sendo a incerteza do motorista sobre o acesso a estações de recarga e a falta de investimento em infraestrutura de recarga devido à lenta aceitação da Austrália. Os VEs representaram apenas 0,7 por cento das vendas na Austrália no ano passado, em comparação com 2 por cento nos Estados Unidos, 3 por cento na Nova Zelândia, 11 por cento na Grã-Bretanha e 75 por cento na Noruega. O governo federal lançará sua Estratégia de Combustível do Futuro, voltada para a eliminação progressiva de veículos a gasolina e diesel, nas próximas semanas, como parte de seus esforços de redução de emissões para cumprir suas obrigações internacionais. A maioria das viagens de carro na Austrália permanece curta, com 99 por cento do deslocamento diário das pessoas dentro do alcance de uma bateria típica de VE. Isso significa que a maioria dos motoristas de veículos elétricos a bateria pode carregar seu carro em casa, ou possivelmente no trabalho, se um espaço para recarga for fornecido, em vez de depender de estações de recarga públicas generalizadas. Mas os proprietários em potencial que moram em apartamentos, que alugam ou não têm estacionamento privado têm dificuldade para carregar um veículo elétrico a bateria em casa. As previsões de grupos de motoristas sugerem que, a menos que esses problemas de acesso sejam resolvidos, os VEs podem ter dificuldade para crescer além de cerca de 60 por cento da frota. (The Sydney Morning Herald – 16.10.2021) <topo>
9 China: Lançamento de programa de troca de baterias O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China (MIIT) anunciou o lançamento de um programa piloto governamental de substituição de baterias para VEs. Isso envolve não apenas carros elétricos, mas também caminhões. As primeiras onze cidades a serem incluídas no piloto são Pequim, Nanjing, Wuhan, Sanya, Chongqing, Changchun, Hefei, Jinan, Yibin, Tangshan e Baotou, com as três últimas se concentrando em aplicações em caminhões. O projeto piloto visa construir mais de 1.000 estações de troca de bateria e colocar nas estradas mais de 100.000 VEs compatíveis com a troca de bateria adicional, de acordo com o anúncio do ministério. Espera-se que a rede de troca de bateria ajude a economizar mais de 700.000 toneladas de combustível e mais de dois milhões de toneladas de CO2 por ano. De acordo com o documento, um “mecanismo de trabalho coordenado” será estabelecido para implementar o projeto. Como o anúncio atualmente permanece em tais declarações gerais, nenhum dado técnico importante sobre o sistema de troca planejado é conhecido ainda. Em abril, o MIIT e a Administração Nacional de Energia anunciaram que testariam a troca de bateria para Veículos de Nova Energia como parte de um projeto piloto. Posteriormente, várias cidades e províncias manifestaram interesse, algumas das quais estão agora a ser selecionadas. (Electrive – 29.10.2021) <topo> 10 Índia: Incertezas e desafios na difusão da mobilidade elétrica A Índia vendeu mais veículos elétricos em setembro do que em qualquer mês anterior. As vendas vêm subindo desde abril, e já se aproximam do total do ano anterior. Contudo, as vendas de veículos elétricos – 121.900 neste ano financeiro – representam apenas 1,66% das vendas de 20 milhões de automóveis na Índia, de acordo com o Conselho de Energia, Meio Ambiente e Água (CEEW). Os desafios nesse processo variam de poucas estações de recarga (a Índia tem menos de 2.000 em comparação com cerca de 900.000 na China) até o descarte de baterias e o valor de revenda (a Índia tem um enorme mercado de carros usados). Além disso, o preço médio de um carro na Índia é de cerca de 700.000 rúpias – o carro elétrico mais barato disponível começa em 1,2 milhão de rúpias. Em 2017, o Ministro dos Transportes da Índia, Nitin Gadkari, disse que queria apenas veículos elétricos nas estradas indianas até o final de 2030 – uma meta impossível que ele revisou desde então. Agora, o plano é que 30% dos carros particulares, 70% dos comerciais, 40% dos ônibus e 80% dos veículos de duas e três rodas sejam elétricos até 2030. Algumas empresas de veículos elétricos, especialmente fabricantes de veículos de duas rodas, estão apostando alto, mas a demanda é morna por carros e veículos comerciais, como caminhões. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi está tentando mudar isso com um esquema de US $ 3,5 bilhões (£ 2,5 bilhões) em investimentos para impulsionar a manufatura. Cabe ressaltar que a Índia ainda depende de baterias importadas, principalmente da China. (BBC – 25.10.2021) <topo>
Inovação e Tecnologia
1 CBMM adquire 20% de startup norte-americana de baterias
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder mundial na produção e comercialização de produtos de nióbio, anunciou na segunda-feira (25) a aquisição de 20% da startup norte-americana Battery Streak. Com o investimento, a companhia tem a expectativa de impulsionar o desenvolvimento em materiais para baterias em aplicações de mobilidade, equipamentos eletrônicos e drones. Desde 2019, a companhia investe estrategicamente em startups relacionadas à inovação de materiais e conectadas com a tendência global de eletrificação. Todas as startups investidas utilizam nióbio em suas tecnologias. A Battery Streak, também conhecida como BSI, é uma startup ligada à Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos. A tecnologia patenteada da BSI usa óxido de nióbio nanoestruturado como ânodo das baterias de íons de lítio. A startup foi fundada em 2017 para comercializar tecnologias que permitem que as baterias de íons de lítio sejam carregadas rapidamente, em aproximadamente 10 minutos. As baterias que utilizam materiais patenteados da Battery Streak também contam com ciclo de vida mais longo e superam desafios térmicos em comparação com as baterias convencionais. Com a parceria, CBMM e BSI pretendem oferecer os primeiros produtos ao mercado em 2023. Os valores que envolvem o acordo não foram divulgados pelas empresas. (Revista Mineração – 25.10.2021)
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2 SK Innovation/Solid Power: Parceria para o desenvolvimento de baterias do estado sólido
Em um recente comunicado à imprensa da Solid Power, a empresa anunciou um memorando de entendimento com a SK Innovation para desenvolver conjuntamente baterias de estado sólido usando o eletrólito sólido à base de sulfeto patenteado. A Solid Power substituiu o eletrólito líquido inflamável em uma bateria de íon de lítio convencional com seu próprio eletrólito proprietário. A empresa de baterias com sede no Colorado diz que o resultado são células de bateria totalmente em estado sólido que são mais estáveis em uma faixa de temperatura mais ampla e fornecem melhor densidade de energia em comparação com as melhores células de bateria recarregáveis disponíveis. Ambas as partes pretendem trabalhar juntas no desenvolvimento, validação e produção de células de estado sólido, com o objetivo de fornecer baterias de estado sólido pré-comerciais para clientes da montadora de veículos elétricos Solid Power para testes de qualificação. (Electrek – 28.10.2021)
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3 Hyundai/Kia: Parceria para a fabricação de bateria 50% mais potente
A dupla sul-coreana de montadoras de carros, Hyundai e Kia, anunciou uma parceria com a Factorial Energy, uma empresa de Woburn, Massachussets, para o desenvolvimento conjunto de uma bateria de estado sólido a ser implementada em seus veículos elétricos. O produto, de acordo com a fornecedora norte-americana, é uma descoberta que promete “lidar com problemas-chave que impedem a adoção dos VEs em larga escala pelos consumidores: autonomia e segurança”. As vantagens, informa a Hyundai no release, são baseadas no padrão FEST (Factorial Eletrolyte System Technology) da empresa, que constitui um material eletrolítico sólido de maior estabilidade. Esta condição faz com que eletrodos de maior voltagem e capacidade processem a energia em células de 40 Ah em temperatura ambiente. “[O padrão] FEST é mais seguro que a tecnologia convencional de íon-lítio, estende o alcance de direção de 20 até 50%, e é imediatamente compatível para fácil integração entre as infraestruturas de fabricação de baterias ion-lítio já existentes”, afirma a empresa. No entanto, as empresas sul-coreanas não informaram uma prazo para implementação desta nova bateria, nem uma estimativa das novas autonomias das frotas de elétricos atuais. Também não há menção se o produto será utilizado em um novo protótipo, ou em uma adaptação das linhas de carros atuais — como os Ioniq, da Hyundai. (Olhar Digital – 28.10.2021)
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4 Xpeng: Carregador super rápido
A XPeng, uma das startups chinesas que invadiu o mercado de veículos elétricos, realizou recentemente seu “1024 Tech Day” anual, anunciando várias novas tecnologias e ramos de negócios, como condução autônoma, ‘carros voadores’ e robótica. Os dois destaques são a próxima plataforma com arquitetura de 800 volts e o carregamento de alta potência. A XPeng Motors anunciou a introdução da primeira plataforma dedicada de produção em massa de alta tensão de 800 volts da China, que aumenta ainda mais a eficiência e o carregamento rápido. Os novos carros elétricos da XPeng serão capazes de recuperar até 200 km de alcance em apenas 5 minutos. Simultaneamente, a empresa lançará novos carregadores de alta tensão de 480 kW que serão capazes de fornecer até 670 A. Os carregadores desenvolvidos internamente também serão equipados com o sistema próprio de armazenamento de energia de bateria da Xpeng para diminuir o pico de demanda. O carregador promete ser capaz de carregar 30 carros. “O ecossistema de mobilidade inteligente em evolução depende de uma infraestrutura de energia altamente eficiente e de cobertura completa. Para cumprir esse objetivo, a XPeng apresentará a primeira plataforma SiC de produção em massa de alta tensão de 800V da China, com supercarregadores “X-Power” de nova geração capazes de carregar por um alcance de até 200 km em apenas 5 minutos. (Inside EVs – 29.10.2021)
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5 BPEI/Wolfspeed: Estudo para desenvolvimento de chips mais eficientes para VEs
O Biophysical Economics Institute (BPEI), uma organização sem fins lucrativos dedicada a trazer as ciências naturais para a análise econômica e tomada de decisão, fez uma parceria com a Hedgerow Analysis para avaliar a implementação de chips SiC no uso de veículos elétricos em nome do líder em tecnologia de carboneto de silício, a Wolfspeed Inc. O estudo usa a métrica de energia economizada na energia investida (ESOI) da BPEI. Ao quantificar o “retorno de energia do ciclo de vida sobre a energia investida”, o ESOI fornece uma análise comparativa de tecnologias alternativas de economia de energia. O estudo estimou que, ao longo de uma vida útil estimada de 200.000 milhas de uso pessoal de um VE, a substituição de transistores bipolares de porta isolada de silício (IGBTs) por transistores de efeito de campo semicondutores de óxido metálico de carboneto de silício (MOSFETs) produz economia de energia muitas vezes maior do que a energia incremental necessária para produzir os dispositivos de carboneto de silício. O ganho de ESOI é ainda maior para veículos da frota, como táxis e vans de entrega, com ciclos de trabalho mais elevados e 500.000 milhas vitalícias estimadas. “Os resultados deste estudo reforçam a superioridade do carboneto de silício e o impacto direto de uma tecnologia mais eficiente em termos energéticos na redução das emissões de carbono, o que tem um impacto positivo no meio ambiente. À medida que o mundo muda para um futuro mais sustentável, ele precisará de materiais eficientes para alimentá-lo”, afirmou John Palmour, diretor de tecnologia da Wolfspeed. (Green Car Congress – 26.10.2021)
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Indústria Automobilística
1 Artigo: O carro do futuro: ‘smartcar’ é a extensão de onde moramos, trabalhamos e nos divertimos
Em artigo publicado pelo jornal Valor Econômico, os jornalistas Marli Olmos e João Luiz Rosa, analisaram os cenários internacional e nacional diante da revolução tecnológica derivada dos “smart-cars”. Segundos os autores, “à medida que evolui, o automóvel assume funções que o tornam muito mais que um meio de transporte. A bordo, já é possível agendar compromissos, ouvir audiolivros, pedir comida, reservar restaurante – e as transformações só começaram. É uma rota irreversível: o ‘smart-car’ será uma extensão de onde moramos, trabalhamos e nos divertimos”. Por fim, ressaltam que essa transformação demandará uma profunda capacidade de adaptação das companhias hegemônicas do segmento, e concluem, “os criadores do automóvel sabem que precisam das alianças com as ‘big techs’, mas não querem perder o domínio da sua criatura […] É a diferença vital entre oportunidade e ameaça”. Para ler o artigo na íntegra acesse aqui.
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2 Great Wall Motors: Presença de híbridos e elétricos em sua estreia no Brasil
Dentro do planejamento que vai definir quais veículos serão vendidos no Brasil, a chinesa Great Wall Motors já decidiu que dentro da sua futura linha de produtos haverá modelos eletrificados logo na sua estreia. “Teremos híbridos e elétricos já no começo da nossa operação no Brasil”, confirmou Pedro Betancourt, diretor de relações externas e governamentais da GWM, em entrevista a Automotive Business. Embora ainda não possa revelar quais serão os modelos e em que segmento eles atuarão, Betancourt diz que a oferta de veículos eletrificados será tanto no portfólio de importados quanto entre os veículos que serão produzidos na sua fábrica em Iracemápolis (SP), dentro do investimento anunciado de R$ 4 bilhões. Segundo Betancourt, o lançamento de modelos da GWM começará no primeiro semestre de 2022, possivelmente no segundo trimestre, apenas com modelos importados. Já os primeiros veículos fabricados localmente chegarão no início de 2023, se tudo correr como o planejado, já que os trâmites burocráticos têm sido até agora o maior desafio para a estreia da marca chinesa no Brasil. (Automotive Business – 26.10.2021)
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3 Volkswagen: Novos caminhões 100% elétricos têm condições de compra facilitadas
Uma forma de comprar os novos caminhões 100% elétricos é pelo consórcio a partir de condições de compra facilitadas. A administradora Maggi, parceira da Volkswagen Caminhões e Ônibus, oferece para aquisição dos modelos e-Delivery planos de 80 meses e parcelas a partir de R$ 9.814,35. O valor dessa prestação é válido para a versão de 11 toneladas com três pacotes de baterias, mas também é possível parcelar as outras três opções. “O consórcio responde atualmente por cerca de 5% das vendas de caminhões, mas essa participação tende a subir por causa dos aumentos nas taxas de financiamento por outras modalidades”, afirma Sérgio Pugliese, diretor de Vendas da montadora. O executivo conta que a opção está atraindo o interesse de pequenas, médias e grandes empresas, que se mostram desde já empenhadas em implementar ações concretas para reduzir a pegada de carbono. E uma forma eficiente para atingir metas como essa é substituir veículos a combustão por elétricos. A aquisição por consórcio tem crescido no País por causa das vantagens que a modalidade oferece. De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac), a venda de novas cotas para veículos pesados aumentou quase 80% no acumulado do ano (dados de janeiro a agosto) na comparação com igual período de 2020. Outra forma de adquirir os caminhões 100% elétricos é a linha de crédito Finame de Baixo Carbono do BNDES. (O Estado de São Paulo – 25.10.2021)
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4 Stellantis: Meta de produção mundial e posicionamento estratégico
A Stellantis declarou que suas quatro novas plataformas elétricas terão capacidade para suportar uma produção de até 2 milhões de unidades por ano em cada uma, totalizando assim 8 milhões de carros elétricos anualmente. Trata-se de um volume bem elevado de produção para a Stellantis, que assim terá capacidade para enfrentar a transição para a eletricidade com eficiência e redução de custos. Santo Ficili, CEO da empresa na Itália, revelou que o grupo pretende investir € 30 bilhões em eletrificação de seus carros até 2025. Ficili explicou: “As quatro plataformas são projetadas com um alto nível de flexibilidade e compartilhamento de peças, para criar economias de escala”. Nesse caso, o executivo fala em uma economia de escala de € 5 bilhões por ano com o compartilhamento de peças e componentes. Ainda que essas plataformas (STLA Small, Medium, Large e Frame) possam carregar motores a combustão, a ideia é que após 2030, a Stellantis tenha 70% de seus carros vendidos com 100% de energia na Europa. Ele também falou que existe uma necessidade maior de prover financiamento para os consumidores aderirem ao carro elétrico e uma extensa rede de recarga para dar suporte à demanda. A Stellantis ainda terá uma parte de sua gama global movida por combustíveis. Esse é o caso da América do Sul, onde a hibridização é o caminho que boa parte dos fabricantes estão apostando, dada a oferta de etanol, ainda que os carros elétricos virão de uma forma ou de outra, já que nem todos terão produtos seguindo essa linha por muito tempo, como é o caso da GM, por exemplo. (Notícias Automotivas – 27.10.2021)
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5 Stellantis: Expansão da eletrificação de veículos comerciais
A Stellantis planeja expandir a eletrificação de seus veículos comerciais para todos os produtos e regiões nos próximos três anos (ou seja, até 2024), diz o grupo em seu comunicado à imprensa. Também estão nos planos veículos comerciais com células de combustível de hidrogênio como o Peugeot Expert ou o Opel Vivaro correspondente. Até 2030, a Stellantis espera que os veículos com baixas emissões respondam por mais de 70% de suas vendas na Europa e mais de 40% nos EUA. A Fiat anunciou que produzirá exclusivamente carros elétricos a partir de 2030. (Inside EVs – 28.10.2021)
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6 Stellantis/TheF Charging: Rede europeia de 15 mil carregadores rápidos até 2025
Criar uma rede europeia de carregamento elétrico. Este é o objetivo da parceria entre a Stellantis e a TheF Charging, que se comprometem a desenvolver uma infraestrutura de carregamento até 2025. As duas empresas acordaram que vão criar uma rede de 15 mil postos de carregamento – localizados nos centros das cidades, em instituições públicas como hospitais ou escolas, em aeroportos, estações de comboios ou portos e em recintos desportivos, hotéis ou restaurantes, sem esquecer centros comerciais. Stellantis e TheF Charging dizem que os clientes, os detentores e os operadores dos postos de carregamento selecionados vão estar ativamente envolvidos com vista a proporcionarem soluções específicas para cada tipo de local e cliente. A Stellantis diz que embora a rede esteja disponível para todos os utilizadores de veículos elétricos, haverá condições exclusivas para os clientes Stellantis. (Fleet Magazine – 27.10.2021)
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7 GM: Instalação de carregadores em locais carentes de infraestrutura nos EUA
A GM anunciou nesta terça-feira (26) uma nova e ampla iniciativa para ampliar a infraestrutura de recarga e instalar até 40.000 carregadores para veículos elétricos nível 2 distribuídos pelos Estados Unidos e Canadá. De acordo com o ambicioso plano chamado “Dealer Community Charging Program”, a GM e seus revendedores trabalharão juntos para expandir o acesso ao carregamento em comunidades locais, incluindo áreas carentes, rurais e urbanas, onde o acesso de infraestrutura para veículos elétricos é muitas vezes limitado. Envolver os revendedores neste programa é uma abordagem lógica, visto que quase 90% da população dos Estados Unidos vive a no máximo 16 km de uma concessionária da GM, de acordo com os dados fornecidos pela montadora. A GM dará a cada um de seus revendedores de carros elétricos até 10 estações de carregamento Ultium Nível 2 e trabalhará junto com a rede para definir os pontos-chave para instalação dos mesmos nas comunidades locais. Isso inclui locais de trabalho, conjuntos habitacionais, locais de esportes e entretenimento e faculdades e universidades, entre outros. Vale destacar que essas estações de carregamento estarão disponíveis para todos os clientes de VEs, não apenas para os donos de carros elétricos da GM. Além disso, a GM auxiliará os revendedores a solicitar incentivos e outros financiamentos e acesso a programas para acelerar a implantação de uma infraestrutura de carregamento local para veículos elétricos. Prevista para começar em 2022, a iniciativa faz parte do recém-anunciado compromisso da GM de investir cerca de US$ 750 milhões na expansão da infraestrutura doméstica, em locais de trabalho e carregamento público por meio de seu ecossistema Ultium Charge 360. (Inside EVs – 26.10.2021)
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8 Tesla abre primeiro centro de P&D fora dos EUA em Xangai
A Tesla concluiu seu novo centro de pesquisa e desenvolvimento na Gigafactory em Xangai. A instalação é o primeiro centro de P&D da montadora elétrica fora dos Estados Unidos. Paralelamente, a Tesla levantou um data center em Xangai e abriu um grande centro de entrega. As novas instalações significam uma localização adicional das atividades da Tesla na China. Relatórios da mídia indicam que o centro de P&D e o data center separado foram concluídos esta semana e devem estar operacionais “em um futuro próximo”. O centro de P&D emprega equipes de engenheiros em software, hardware, eletrônica, materiais e engenharia de energia. Entre outras coisas, eles devem desenvolver produtos e serviços fortemente adaptados às necessidades dos consumidores chineses. No total, o centro terá 28 laboratórios, incluindo um laboratório de eletrônica de baixa tensão, um laboratório de firmware e um laboratório de materiais. O novo data center, por sua vez, tem a tarefa de armazenar os dados operacionais da Tesla no local. A instalação é a resposta da empresa norte-americana aos requisitos do Ministério da Indústria da China, que exige que as empresas armazenem dados importantes relacionados ao setor localmente. (Electrive – 26.10.2021)
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9 Grandes montadoras chinesas olham com otimismo para mercado europeu de VEs
A Europa é um mercado notoriamente difícil para as montadoras estrangeiras. As tentativas anteriores das montadoras chinesas de entrar na Europa fracassaram. Em 2013, a Qoros, uma marca chinesa start-up, anunciou planos para uma rede de concessionárias na Europa, mas abriu apenas uma. O momento pode ser melhor desta vez. Cerca de 9% dos carros novos vendidos na Europa Ocidental até agosto, ou 644.000 veículos, eram movidos a bateria. A MG já possui 350 concessionárias em 16 países europeus e ainda está em expansão. Duas outras montadoras chinesas, Nio e BYD, estão se mudando para a Europa por meio da Noruega, o mercado de carros de grande porte mais eletrificado do mundo. A Polestar, que tem sede na Suécia, mas pertence à Geely Holding da China, vende um modelo movido a bateria de fabricação chinesa na Europa e nos Estados Unidos desde 2020. E muitos dos Teslas nas estradas europeias foram importados da fábrica da empresa em Xangai. Embora a China seja o maior mercado automotivo do mundo, suas marcas têm apenas uma fatia do mercado internacional. Ainda assim, o aparecimento de automóveis chineses na Europa é outro sinal sinistro para as montadoras estabelecidas que estão tendo problemas suficientes para fazer a transição de motores de combustão interna para baterias. As montadoras chinesas também têm os Estados Unidos na mira, embora seu impacto até agora tenha sido mínimo. (New York Times – 31.10.2021)
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10 Nidec concentrará investimentos em motores de VEs
A fabricante japonesa de motores elétricos Nidec se concentrará nas vendas de motores para veículos elétricos menores, já que a intensificação da competição de preços força mais montadoras a adquirir componentes vitais de fornecedores externos, disse o fundador e presidente da Nidec, Shigenobu Nagamori, na terça-feira. O ano de 2025 será um “ponto de virada”, no qual a demanda por motores de carros elétricos começará a aumentar, acrescentou ele, com algumas montadoras começando a adquirir motores de outras empresas em vez de construir seus próprios devido à pressão para cortar custos. A Nidec fabrica motores de carros elétricos desde 2018. Seu objetivo é abocanhar 40% a 45% do mercado global para esses motores até 2030, investindo pesadamente na China, um mercado grande e em rápido crescimento para veículos elétricos. A Nidec pretende produzir motores para 3,5 milhões de veículos elétricos até o ano fiscal de 2025 e pretende aumentar para 10 milhões de unidades até o ano fiscal de 2030, disse ele. A Nidec é o maior fornecedor mundial de motores para eletrodomésticos, discos rígidos de computador, robôs e peças automotivas, como bancos e direção hidráulica. (Valor Econômico – 27.10.2021)
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11 Toyota revela seu primeiro carro 100% elétrico
A Toyota revelou hoje seu primeiro carro 100% elétrico, o bZ4X (o bz significa “beyond zero”). O modelo já havia sido anunciado em abril durante o evento Shanghai Motor Show, mas suas características técnicas permaneciam segredo. Ainda sem preço divulgado, o carro deve chegar ao mercado na metade de 2022. O SUV vai ter uma versão japonesa e uma americana e, por enquanto, apenas os detalhes da japonesa foram revelados. A Toyota também está prestando atenção a novas tendências do mercado. O bZ4X é um carro V2G (vehicle-to-grid), capaz de fornecer a energia de sua bateria para um domicílio por meio de uma conexão com cabo, o que é uma opção interessante para lugares sujeitos a redes oscilantes. Além disso, também é possível pedir o opcional de teto solar, que gera energia adicional para a bateria (1.800 km por ano, segundo a montadora). Esse é o primeiro de 15 modelos elétricos que a Toyota promete lançar até 2025. (Automotive Business – 29.10.2021)
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Meio Ambiente 1 Os desafios da COP26 no setor automotivo Tornar os transportes verdes exigirá grandes mudanças na sociedade e nos negócios. O transporte rodoviário é responsável por mais de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, com as emissões aumentando mais rapidamente do que em muitos setores. Na corrida para a conferência climática COP26 de novembro, o primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson fez dos carros uma das quatro áreas de foco da Presidência do Reino Unido, conclamando os governos a abandonar o uso do motor de combustão interna e incentivar a transição para VEs. O Comitê de Mudanças Climáticas do Reino Unido, um órgão consultivo do governo, argumenta que as emissões globais do transporte rodoviário devem cair a zero até 2050 para atender às metas do Acordo de Paris e a transição para uma frota de VEs completa em todo o mundo é necessária até então, juntamente com outras ações, incluindo o aumento do uso do transporte público, caminhada e ciclismo. A ambição da Presidência do Reino Unido para a COP26 no que diz respeito ao setor automotivo é: para que os governos garantam que todas as vendas de carros e vans novos sejam de veículos de emissão zero até 2035 em mercados avançados ou 2040 em todos os outros mercados; para que os fabricantes se comprometerem a vender apenas veículos de emissão zero até 2035; para que as empresas proprietárias de frotas se comprometam a alcançar frotas com emissão zero até 2030 e se juntem à iniciativa EV100; e para que a sociedade civil crie apoio para as medidas acima. Para evitar um choque agressivo quando a proibição de veículos começar, os países precisam adotar políticas complementares que promovam as vendas da veículos de emissão zero antes das datas de eliminação. As políticas incluem a implantação de infraestrutura de carregamento de VEs, adotando zonas de baixa emissão em áreas urbanas e exigindo que os desenvolvedores de novos edifícios instalem pontos de carregamento de VEs. (Lexology – 21.10.2021) <topo> 2 Iniciativa global cria padrão para avaliar e precificar baterias usadas de VEs Mais de 100 empresas e grupos de negócios, incluindo Ford, BMW e a fabricante de peças japonesa Denso, concordaram com padrões comuns para avaliar e precificar baterias de VEs usadas. A mudança pode ser um marco na direção de criar um mercado efetivo de segunda mão para baterias de VEs e, por extensão, VEs usados. Isso, por sua vez, poderia encorajar a adoção de VEs em escala maior. Os padrões foram desenvolvidos pela Mobility Open Blockchain Initiative (Mobi) e estão programados para estar disponíveis para uso comercial em 2022. Até agora, não havia padrões amplamente aceitos para avaliar baterias de VEs usadas. Os membros do Mobi também incluem a Honda e a trading japonesa Itochu, bem como a Comissão Europeia, levantando a possibilidade de que as regras da iniciativa se tornem padrões globais. As opções atuais para baterias de VEs usadas incluem deixá-las no carro quando forem revendidas, usá-las em outros veículos ou reaproveitá-las para armazenamento de energia em casa. (Valor Econômico – 26.10.2021) <topo> 3 Energy Source aposta em economia circular para reciclar baterias de VEs Os veículos elétricos ganham força ao redor do mundo como solução para a reduzir a pegada de carbono dos transportes. No entanto, ainda existem alguns desafios para que, de fato, a tecnologia cumpra essa promessa zero emissão desde a cadeia produtiva até a recarga – incluindo a geração da energia elétrica. A reciclagem das baterias de íons de lítio é parte importante desse desafio. O componente tem vida útil entre 10 a 15 anos nos veículos, depois disso, fica o impasse sobre o que fazer com ele. Atualmente, os processos mais utilizados, de incineração ou descarte em aterros e lixões, são pouco sustentáveis. Durante o 10º Simpósio da SAE Brasil, a Energy Source apresentou suas apostas para promover a economia circular das baterias na indústria automobilística, com foco em garantir uma segunda vida e a reciclagem do componente. Atualmente, as soluções da empresa são utilizadas pela Audi, BMW e Renault. O cofundador e CEO da Energy Source, David Noronha, conta que a empresa trabalha com o processo de reciclagem de baterias por hidrometalurgia, ou seja, sem queima. “É um problema global. Não é mais aceitável que todos os envolvidos da cadeia produtiva não pensem na economia circular das baterias. Toda a cadeia produtiva, desde a manufatura, distribuição, consumo e o pós-consumo, precisa pensar na logística reversa para o processo de reuso e reciclagem”, reforça Noronha. E a questão não é apenas ambiental, mas também econômica, por causa da escassez da matéria-prima. (Automotive Business – 26.10.2021) <topo> 4 Alemanha: Rotas e metas para descarbonização do setor de transportes A Prognos, em pesquisa encomendada pela Transport & Environment Deutschland, mostra que a única maneira de descarbonizar o transporte rodoviário de maneira justa e a tempo de cumprir a ambiciosa meta climática da Alemanha para 2030 é implementar uma combinação de políticas progressivas, que garanta uma maioria de carros novos 100% elétricos até 2025. Para atingir a meta climática da Alemanha de redução de 65% do CO2 até 2030, o setor de transporte terá que cortar suas emissões pela metade em menos de nove anos. Mais de 60% dos novos registros precisarão ser elétricos até 2025 e 92% até 2030, de acordo com o estudo. Para chegar a isso de forma justa, os veículos elétricos (VEs) precisam ser acessíveis. O estudo aponta para duas formas principais de o conseguir. Em primeiro lugar, padrões de emissões ambiciosos para carros novos a nível europeu serão cruciais para garantir que os fabricantes de automóveis produzam veículos elétricos em grande escala hoje. Em segundo lugar, a Alemanha deve priorizar a eletrificação de veículos comerciais, que representam 63% dos novos registros no país. O estudo mostra que, à medida que os carros da empresa são trocados com mais regularidade, eletrificá-los acelera a aceitação de VEs ao colocar milhões de VEs baratos usados no mercado. Mas VEs acessíveis por si só não serão suficientes para descarbonizar o transporte rodoviário da Alemanha a tempo. O novo governo também precisará introduzir outras medidas, como uma taxa de registro de veículos para veículos movidos a combustíveis fósseis, zonas de emissão zero em áreas urbanas e investir significativamente em transporte ferroviário e público para reduzir a demanda por carros a gasolina e diesel. (Transport & Environment – 28.10.2021) <topo> Outros Artigos e Estudos 1 Tupinambá: Novo aplicativo interliga pontos de recarga no país A startup Tupinambá foi pioneira ao lançar o primeiro aplicativo brasileiro de interligação de pontos de recarga do País. Pela plataforma, os donos de carros elétricos podem buscar por carregadores ao longo de sua rota, em um mapa de simples visualização que mostra quais carregadores estão em uso e quais estão disponíveis. Além de consultar a disponibilidade de mais de 750 pontos de recarga em tempo real, com o App Tupinambá você pode reservar sua vaga com antecedência. Com isso é só dirigir até o local sabendo que o carregador esperará por você. O app Tupinambá se conecta aos postos de carregamento para liberar o uso, e através dele é possível acompanhar quanto tempo ainda resta para finalizar a carga. O aplicativo ainda mostra o histórico de recargas e permite o cadastro de cartões para pagamentos via app. Em um futuro próximo o app vai oferecer benefícios exclusivos para seus usuários, como descontos e ofertas especiais de empresas que querem promover a sustentabilidade e incentivar a mobilidade elétrica no Brasil. Os usuários também podem sugerir novos pontos e enviar opiniões sobre sua experiência. (Veículo Elétricos – 28.10.2021) <topo> 2 Locadora Hertz: Estratégia de eletrificação e mega compra de VEs da Tesla A Hertz encomendou 100 mil veículos da Tesla, na primeira etapa de um plano ambicioso para eletrificar sua frota de carros de aluguel, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto. É a maior compra individual para veículos elétricos e representa cerca de US$ 4,2 bilhões de receita para Tesla Inc., de acordo com as fontes. Embora as locadoras de automóveis normalmente exijam grandes descontos das montadoras, o tamanho do pedido implica que a Hertz está pagando algo próximo aos preços de tabela. Os carros serão entregues nos próximos 14 meses, enquanto os sedãs Modelo 3 da Tesla estarão disponíveis para aluguel nas lojas da Hertz — nos principais mercados dos EUA e partes da Europa — a partir do início de novembro, disseram as fontes. Os clientes terão acesso à rede de carregamento de baterias da Tesla, e a Hertz também está construindo sua própria infraestrutura de carregamento, disseram eles. O plano de eletrificação, que irá abranger quase todos os meio milhão de carros e caminhões da Hertz em todo o mundo, é a primeira grande iniciativa da empresa desde que saiu da falência em junho. Ao travar grande parte da produção da Tesla — a encomenda é equivalente a cerca de 1/10 do que a montadora pode produzir atualmente em um ano –, a Hertz pode impedir que rivais imitem a estratégia. A Hertz também está quebrando a tradição ao pagar o preço total por carros bem equipados, em vez do modelo básico. A ideia é que a Tesla, com zero emissões de escapamento, atraia clientes de locação que desejam uma opção verde ou aqueles que desejam experimentar um veículo movido a bateria. Além disso, a estratégia da Hertz em eletrificar a frota se dá porque os veículos elétricos são menos caros para manter e reabastecer, sem falar que normalmente não perdem tanto valor de mercado de revenda quanto os veículos com motores de combustão interna. (Valor Econômico – 25.10.2021) <topo> 3 EUA: Uber faz parceria com Hertz para aluguel de VEs da Tesla A Uber anunciou nesta quarta-feira (27) uma parceria com a locadora de automóveis Hertz para oferecer 50 mil veículos Tesla como opção de aluguel para seus motoristas até 2023. Os motoristas poderão alugar um carro elétrico Tesla através da Hertz a partir de 1º de novembro em Los Angeles, São Francisco, San Diego e Washington DC. O programa será expandido ainda este ano para cidades em todo o país, disse a empresa. O aluguel do Tesla, que consiste principalmente no sedã Model 3, custará a partir de US$ 334 por semana, incluindo seguro e manutenção. O Uber disse que o custo do aluguel cairá para US$ 299 por semana ou menos conforme o programa se expandir no ano que vem. O anúncio do Uber veio poucos dias após a Hertz na segunda-feira dizer que encomendará 100 mil veículos Tesla até o fim de 2022. A notícia do maior pedido da Tesla de todos os tempos levou a uma alta do preço das ações, fazendo o valor de mercado da empresa ultrapassar US$ 1 trilhão. O anúncio desta quarta-feira é o passo mais significativo da Uber até agora na expansão do uso de carros elétricos. A empresa prometeu operar apenas veículos elétricos em sua plataforma nos EUA, Canadá e Europa até 2030 e, em todo o mundo, até 2040. Mas apenas alguns motoristas de aplicativos podem pagar os preços mais altos dos carros elétricos. Em 2019, apenas 0,15% de todas as milhas Uber nos EUA e Canadá foram dirigidas em veículos elétricos, mostraram dados da empresa. (CNN Brasil – 27.10.2021) <topo> 4 Dois terços das frotas comerciais esperam usar VEs dentro de 5 anos Dois terços (67%) dos operadores de frotas esperam adicionar veículos elétricos (VEs) às suas frotas dentro de cinco anos, de acordo com um estudo da The AA e da Rivus Fleet Solutions. O quinto Relatório de Insight Operacional da Frota, encomendado pelas duas organizações, destaca que apenas um quarto (26%) das frotas atualmente usam VEs. No entanto, os VEs parecem estar cada vez mais nos radares diários dos gerentes de frota. A pesquisa, envolvendo mais de 500 gerentes de frota, descobriu que 82% sentem que a qualidade dos VEs em oferta melhorou desde o ano passado e 84% acreditam que a gama de fabricantes melhorou. A positividade em torno dos VEs também se estendeu aos benefícios de custo de longo prazo, com quase dois terços (65%) acreditando que os VEs têm custos de vida melhores do que os veículos a diesel ou gasolina. Porém, ainda existem barreiras quando se trata dos elementos práticos da adoção de VEs. Um terço dos entrevistados (32%) identificou a falta de pontos de carregamento em todo o país e no local de trabalho como as principais barreiras. (FleetNews – 09.09.2021) <topo> 5 EIA: Elétricos serão 30% da frota mundial de veículos em 2050 Um novo estudo da EIA (Energy Information Administration), a agência de planejamento energético dos EUA, aponta que a frota de veículos leves elétricos vai saltar de 0,7% em 2020 para 30% em 2050. A quantidade de carros nas ruas, tanto elétricos quanto a combustão, também deve subir bastante, saltando de 1,31 bilhão em 2020 para 2,21 bilhões em 2050. A frota dos veículos a combustão deve atingir seu ápice em 2038 e depois começar a declinar por causa dos elétricos. A EIA divide seu estudo em dois grupos de países: os dentro da OCDE e os fora. “Nós projetamos que a população dos países não-OCDE vai crescer mais de três vezes em relação à taxa de crescimento dos países OCDE, e também que a motorização dos países não-OCDE irá saltar de 92 veículos por mil pessoas em 2020 para 173 veículos por mil pessoas em 2050”, diz o texto. Com isso, em 2050, os países OCDE terão 34% da frota de leves composta por elétricos, ao passo que os demais terão apenas 28%, incluindo o Brasil e a China. Esse estudo, vale dizer, é feito em cima das atuais condições tecnológicas e políticas. A projeção não leva em conta novos incentivos para a adoção de elétricos, sejam eles tecnológicos ou por meio de ações governamentais. (Automotive Business – 26.10.2021) <topo> 6 BYD: Preços das baterias aumentarão em 20% devido aos custos de matéria-prima Um relatório recente da China cita que uma das principais fornecedoras de baterias do país, a BYD, pretende aumentar os preços de suas células de bateria de lítio em pelo menos 20% a partir de 1º de novembro. Com as cadeias de suprimentos globais sufocadas, a BYD precisará aumentar o preço de suas células de bateria para compensar seus próprios aumentos de preços abrangentes. A BYD Co. LTD, abreviação de Build Your Dreams, é uma empresa de manufatura chinesa fundada em 1995. Além de produzir eletrônicos, a empresa fundou a BYD Auto em 2003. Desde então, a empresa se tornou uma das maiores fabricantes de VEs plug-in no mundo. Além disso, a BYD fabrica tecnologias de células de bateria e atualmente se posiciona como o segundo maior fornecedor de baterias na China, atrás da CATL. A BYD atualmente desenvolve tecnologias de bateria para uso em todo o mundo, possuindo o layout completo da cadeia de abastecimento, desde mineral a células de bateria e pacotes de bateria para armazenamento de energia. Isso inclui suas novas baterias de Lâmina de Fosfato de Ferro de Lítio (LFP), que a Tesla recentemente esteve interessada em comprar para seus VEs. Com retrocessos no fornecimento global na esteira de uma pandemia global, a BYD está aumentando os preços das baterias para compensar os custos adicionais de matéria-prima que enfrenta como resultado. De acordo com o relatório, o preço dos materiais do cátodo da bateria de lítio aumentará mais de 200%, enquanto o preço do eletrólito e dos materiais do ânodo aumentará mais de 150%. (Electrek – 26.10.2021) <topo> 7 Copel/Renault lançam novo programa de compartilhamento de VEs A Companhia Paranaense de Energia lançou na tarde desta segunda-feira (25) o programa Carsharing Copel, de compartilhamento de carros elétricos e locação de curta duração, em parceria com a Renault do Brasil. O presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, entregou para o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, as chaves de dois veículos Zoe 100% elétricos que estão à disposição para uso pessoal ou profissional dos copelianos no polo Km3 da Copel, no bairro Mossunguê, em Curitiba – se dará mediante pagamento de aluguel por hora ou diária. Para a Copel, o programa é mais um passo rumo à consolidação da mobilidade elétrica na empresa, iniciativa que começou em 2018 na implantação da maior eletrovia do País, com 12 postos de recarga ao longo de 730 quilômetros da rodovia BR-277, ligando o extremo leste ao extremo oeste do Estado. A Renault do Brasil já implantou o serviço de carsharing na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), para uso pessoal dos colaboradores do Lactec, um dos maiores centros de ciência e tecnologia do Brasil. O agendamento é realizado por meio do aplicativo Mobilize Share (ex-Renault Mobility), que adota a nova nomenclatura global da Mobilize, uma das quatro unidades de negócio do Renault Group, que tem como foco os clientes que desejam adotar formas de mobilidade mais sustentáveis e compartilhadas. (Governo do Estado do Paraná – 25.10.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno Pesquisadores: João Pedro Gomes, Leonardo Gonçalves e Vinicius José da Costa Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |
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