l IFE: nº 59 – 01 de junho de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Regulatórias 1 Brasil: potencial de eletrificação de frotas de médio e grande porte 2 Brasil: projeto de lei visa redução de impostos para incentivar a venda de VEs 3 África do Sul: plano de longo prazo para mobilidade elétrica 4 Alemanha: legislação permitirá expansão da rede de carregamento rápido 5 Reino Unido: busca por investidores para instalação de gigafábricas de VEs 6 Indonésia: perspectivas para a cadeia de valor da mobilidade elétrica 7 Índia: promoção da mobilidade elétrica apresenta resultados positivos 8 EUA: desigualdades sociais e a promoção da mobilidade elétrica Inovação e Tecnologia 1 Equatorial fará projeto de recarga para VEs em capitais brasileiras 2 Itaú: desenvolvimento de programa de compartilhamento de VEs no Brasil 3 Solid Power: lançamento de plataforma compatível com vários tipos de bateria 4 Nissan: projeto piloto de V2G em desenvolvimento na Europa 5 Storedot: bateria que carrega em 5 minutos será produzida até o fim do ano 6 ElectReon: desenvolvimento da primeira rodovia com carregamento de VEs 7 LG: joint venture para baterias de veículos elétricos na Indonésia Indústria Automobilística 1 Revolução na indústria automobilística: novos investimentos, estratégias e metas 2 Previsões para vendas de veículos elétricos nos próximos anos 3 Brasil: mercado de VEs deve crescer em 2021 4 Brasil: etanol pode ajudar montadoras na transição para carros elétricos 5 GM: perspectivas para mobilidade elétrica no Brasil 6 Montadora de carros elétricos promete investir em fábrica em MG 7 UE: exportação de carros elétricos e híbridos apresenta crescimento 8 UE: 30% dos veículos importados foram elétricos ou híbridos 9 BYD amplia presença no mercado do norte da Europa 10 Hyundai: investimento em VEs deve se tornar prioridade 11 Ford: investimento bilionário em eletrificação até 2025 12 Nissan avança no projeto de gigafábrica de baterias no Reino Unido 13 Lexus comemora vendas de carros elétricos Meio Ambiente 1 PIK: Perspectivas futuras para os diferentes usos do hidrogênio 2 Demanda de lítio por ano pode aumentar em mais de 10 vezes até 2030 Outros Artigos e Estudos 1 BNEF: preços de VEs devem se tornar mais competitivos em 2024 2 Mega produção de VEs nos EUA e posicionamento do Brasil no fornecimento de matérias-primas 3 Empresas necessitam de planejamento e logística para se adequar a ME 4 Potencial de economia nos custos de funcionamento do veículo elétrico
Políticas Públicas e Regulatórias
1 Brasil: potencial de eletrificação de frotas de médio e grande porte Uma área na qual o Brasil é um dos países pioneiros e mais bem-sucedidos, os biocombustíveis, principalmente o etanol, funcionam como alternativas renováveis aos combustíveis fósseis no transporte, assim como a geração de energia elétrica. Dessa forma, a tendência, segundo especialistas, é que as montadoras adotem a chamada tecnologia híbrida, de modo que o Brasil deve ser uma das últimas fronteiras para os VEs puros porque já conta com o álcool, um combustível menos poluente e competitivo. Os dois segmentos que devem puxar a eletrificação dos veículos são os de transporte de carga e de passageiros, como ônibus e caminhões. Como esses veículos são empregados em rotas definidas, é possível montar com mais rapidez a infraestrutura adequada à recarga desses veículos. A Volkswagen, por exemplo, inicia neste semestre a produção em série do e-Delivery, primeiro caminhão elétrico desenvolvido e produzido no Brasil, com zero emissão de CO2. O Grupo Traton, que pertence à Volks, vai investir cerca de € 1,6 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de VEs comerciais até 2025. Algumas empresas já estão eletrificando suas frotas comerciais de grande e médio porte, algumas a partir da tecnologia do retrofit, como a Protege. (O Globo – 26/05/2020) <topo> 2 Brasil: projeto de lei visa redução de impostos para incentivar a venda de VEs O Projeto de Lei 1980/2021, de autoria do Deputado Federal Beto Rosado (PP/RN), estabelece que os VEs produzidos no Brasil sejam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), desde que os motores sejam puramente elétricos. Além disso, o texto isenta do Imposto de Importação as partes, peças, componentes, conjuntos e subconjuntos, acabados e semiacabados, que não tenham semelhante produzido no Brasil, desde que destinados à produção de elétricos. O deputado destacou que um dos maiores impeditivos à compra dos VEs pela maior parte da população é o custo elevado. “Para possibilitar a transição da indústria automobilística nacional para a mobilidade elétrica é necessária a concessão, por parte do Estado, de incentivos fiscais que possam, ao menos em parte, compensar o custo de produção mais elevado desse tipo de veículo”, disse o deputado. (Blog do Caminhoneiro – 28/05/2020) <topo> 3 África do Sul: plano de longo prazo para mobilidade elétrica Exportador de carros para a UE, a África do Sul não quer perder mercado. O país anunciou seus primeiros planos de transição energética para os automóveis elétricos. O Departamento de Comércio, Indústria e Concorrência (DTIC) da África do Sul publicou o relatório “Automotive Green Paper on the Advancement of New Energy Vehicles”. O documento demonstra o objetivo de estabelecer uma estratégia de longo prazo que permita ao país acompanhar seus concorrentes no mercado de exportação. A indústria automotiva local responde por cerca de 4,9% do PIB e, só no ano passado, respondeu por 19% da produção total da indústria. Um número importante, que teria sido ainda maior se não houvesse a pandemia. Dos veículos construídos na África do Sul, 64% cruzam as fronteiras do país. Destes, quase 3 em cada 4 são destinados ao Velho Continente, com Japão e Austrália logo em seguida. Com os países europeus planejando o fim dos veículos a combustão no continente, a perspectiva de perder o melhor cliente já seria suficiente para fazer a África do Sul acelerar a sua transição energética. O “Relatório Verde” estabelece sete linhas de ação para eletrificar e manter a vantagem nas exportações, entre elas: criar uma estrutura fiscal e regulatória apropriada para o desenvolvimento automotivo verde, apoiar instalações de produção novas e existentes, investir em novas tecnologias, requalificar trabalhadores e melhorar as habilidades, usar tecnologias mais sustentáveis, tornar a produção sustentável e analisar se a pesquisa e o desenvolvimento são suficientes. (Inside EVs – 29.05.2021) <topo> 4 Alemanha: legislação permitirá expansão da rede de carregamento rápido O Conselho Federal da Alemanha aprovou uma lei que concede base legal para que o Ministério Federal de Transporte e Infraestrutura Digital (BMVI), promova a expansão direcionada de uma rede de pontos de carregamento rápido. Com 1.000 hubs de carregamento rápido adicionados em todo o país, até 2030, uma rede de infraestrutura bem interligada deve ser criada, garantindo que a demanda possa ser atendida mesmo em horários de pico e em locais anteriormente antieconômicos conforme o número de registros de VEs tenha aumentado. Cerca de 2 bilhões de euros estão previstos para a construção e operação da infraestrutura de carregamento rápido. A infraestrutura de carregamento de alta potência terá capacidade de pelo menos 150 kW nos respectivos pontos de carregamento. (Green Car Congress – 29/05/2020) <topo> 5 Reino Unido: busca por investidores para instalação de gigafábricas de VEs O Reino Unido negocia com vários potenciais investidores em gigafábricas, sendo um projeto da Nissan, o mais avançado, disseram duas fontes. “Estamos empenhados em garantir gigafábricas e continuamos trabalhando de perto com investidores e fabricantes de veículos para levar adiante planos de produção de baterias em massa no Reino Unido”, disse um porta-voz do departamento de negócios do governo, que não quis comentar sobre planos específicos. Com o Reino Unido desativando gradualmente até 2030 a produção de novos modelos movidos unicamente a gasolina e diesel e com as montadoras deparando-se com regras mais rigorosas sobre a emissão de gás carbônico na Europa, as vendas de modelos elétricos deverão decolar nesta década. (Valor Econômico – 26/05/2020) <topo> 6 Indonésia: perspectivas para a cadeia de valor da mobilidade elétrica A Indonésia é o maior exportador de níquel do mundo, um metal que terá grande demanda na era de transição ativa para a mobilidade elétrica, pois é utilizado na produção de cátodos para baterias de tração. As autoridades indonésias já deixaram claro que estão interessadas em organizar instalações de produção envolvendo o processamento de níquel, e não na exportação banal de matérias-primas. Em 2030, o país pretende produzir baterias com uma capacidade agregada de até 140 GWh. A Indonésia pretende desenvolver seu próprio mercado de VEs, principalmente por meio de motocicletas e bicicletas. (Avalanche Notícias – 26/05/2020) <topo> 7 Índia: promoção da mobilidade elétrica apresenta resultados positivos A adoção da ME na Índia será impulsionada por novos produtos a serem lançados por montadoras e fornecedores de componentes nos próximos anos e pela eficácia das políticas governamentais, como o esquema de incentivo à produção e outras iniciativas. As montadoras globais já têm uma ampla gama de produtos, que estão sendo introduzidos diretamente ou por meio de colaborações. Além disso, todos os fabricantes domésticos e startups (ex. a Ather Energy), também estão desenvolvendo e lançando produtos de forma autônoma. Esses lançamentos devem impulsionar a evolução do perfil do consumidor de “adotantes iniciais” e “compradores entusiastas” para “compradores em massa” no médio a longo prazo. É esperado na Índia que a penetração de elétricos seja conduzida por normas de emissão rigorosas, esquemas de incentivos, políticas de longo prazo bem definidas, padronização da infraestrutura de carregamento e uma abordagem estruturada para reduzir a dependência das importações. O governo tem incentivado os fabricantes de veículos a desenvolver e fabricar VEs para reduzir as emissões e restringir as importações de petróleo. O governo também tem incentivado a compra desses veículos por meio da segunda fase do projeto “FAME” de adoção e produção de elétricos. (Livemint – 24/05/2020) <topo> 8 EUA: desigualdades sociais e a promoção da mobilidade elétrica À medida que os EUA atingem um ponto de inflexão no uso de VEs, a construção de estações de recarga de VEs e como as comunidades de renda baixa a moderada, bem como as comunidades negras e indígenas, serão incluídas nesta discussão, torna-se um ponto crítico. Segundo o CEO da EVHybridNoire, uma organização sem fins lucrativos que trabalha na interseção de transporte, energia e igualdade ambiental, a adoção de veículos de emissão zero para comunidades negras e pardas é necessária. Em relação a desigualdade na infraestrutura de carregamento, ao olhar para cidades como Nova York, Los Angeles, Chicago e Oakland, Califórnia, nota-se uma tendência de certos bairros que foram priorizados em relação a outros. Bairros de renda média inferior, como o Bronx e o East Harlem, possuem respectivamente 17 e 4 estações de recarga, enquanto bairros com uma renda média alta são privilegiados, como Upper East Side que possui cerca de 70 estações de recarga. Segundo os representantes, essas desigualdades representam um impedimento significativo para fazer uma transição mais forte para a energia limpa. Para eles, a equidade realmente começa com a remoção de quaisquer noções preconcebidas de que as comunidades de baixa renda, negras ou indígenas não estão interessadas na sustentabilidade. (Greenbiz – 25/05/2020) <topo>
Inovação e Tecnologia
1 Equatorial fará projeto de recarga para VEs em capitais brasileiras
A Equatorial Energia deu início a um programa de eletromobilidade no qual vai investir R$ 19 milhões para instalar estações de carregamento para carros e bicicletas elétricas em capitais onde a empresa atua no segmento de distribuição de energia elétrica. A entrega das estações de recarga acontecerá em Teresina, São Luís, Belém, Maceió e Campo Grande. A expectativa da empresa é que as estruturas estejam em funcionamento até outubro deste ano, e o prazo do projeto é até 2023, quando os equipamentos e bicicletas poderão ser utilizados gratuitamente, com o uso no aplicativo. A empresa tem focado em colocar os aparelhos em parques ou locais públicos de grande circulação de pessoas. Além disso, a companhia pretende instalar painéis solares junto aos eletropostos para gerar parte da energia que será consumida no projeto. A empresa assinou um memorando de entendimento com a prefeitura de Teresina, no Piauí, para viabilizar a instalação da infraestrutura no Parque da Cidade. No local, serão disponibilizados dois carregadores para veículos e uma estação com 10 bicicletas elétricas. O próximo memorando de entendimento será assinado em junho, com o município de São Luís, no Maranhão. (Broadcast Energia – 27/05/2020)
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2 Itaú: desenvolvimento de programa de compartilhamento de VEs no Brasil
O Itaú Unibanco, em parceria com diversas empresas, como a Jaguar Land Rover, está desenvolvendo um programa de compartilhamento de VEs que pode representar um marco na eletromobilidade no Brasil, ajudando na popularização dos automóveis elétricos. Denominado Veículo Elétrico Compartilhado (VEC), o novo programa está em fase de testes, e o objetivo é que entre em operação ainda neste ano. A ideia segue o conceito do programa de compartilhamento de bicicletas, o Bike Itaú. “Optamos por um sistema One Way, ou seja, você retira o carro numa estação e devolve em outra”, explica Paulo André Domingos, do Itaú Unibanco. Por meio de um aplicativo específico, o usuário vai poder saber onde estão as estações mais próximas, quais modelos estão disponíveis e a carga da bateria dos carros que estão ali. Escolhido o veículo, basta reservá-lo pelo aplicativo. Com relação aos valores, eles ainda estão sendo definidos, mas é certo que o preço vai depender do modelo do veículo. O objetivo é que o programa conte com dez tipos de veículos à disposição. Mas, para ser acessível, a ideia é que o preço seja intermediário entre o de um serviço de transporte por aplicativo e o de uma corrida de táxi. O aplicativo do VEC ainda será aberto permitindo a integração com outros apps de mobilidade. Paulo Manzano, da Jaguar Land Rover, diz que o programa será uma oportunidade para que as pessoas possam usufruir a experiência de conduzir um Jaguar elétrico. Manzano ainda espera que muita gente também perceba que o receio de ficar sem bateria durante um trajeto é infundado. Ainda não foi definida a cidade onde o VEC vai estrear, mas os testes seguem. (O Estado de São Paulo – 28.05.2021)
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3 Solid Power: lançamento de plataforma compatível com vários tipos de bateria
A Solid Power anunciou o lançamento da estrutura All-Solid-State, uma plataforma totalmente nova que é compatível com vários tipos de bateria. A estrutura é uma base para a construção de baterias que também podem ser utilizadas pela área automotiva e que podem acomodar diferentes tipos de células. Além das baterias com eletrólito sólido fabricado pela própria empresa, também é compatível com baterias de íon-lítio tradicionais com estrutura de níquel-manganês e cobalto ou com outros tipos de baterias sem cobalto e sem níquel que podem reduzir os custos em até a 90%.”A inovação tecnológica por trás da plataforma Solid Power nos permite oferecer um tipo de bateria de estado sólido que atenderá aos requisitos de desempenho de vários fabricantes automotivos, incluindo parceiros Solid Power como Ford e BMW”, explicou Doug Campbell, CEO e cofundador of Solid Power. (Inside EVs – 30/05/2020)
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4 Nissan: projeto piloto de V2G em desenvolvimento na Europa
Entre muitos projetos em desenvolvimento na Europa, que visam o uso dos VEs como fonte de energia, a Nissan, em conjunto com a Bosch.IO, além dos Institutos Fraunhofer de Engenharia Industrial (IAO) e Tecnologia de Manufatura e Materiais Avançados (IFAM), tem conseguido resultados animadores com o ‘i-rEzEPT’, que visa integrar carros com as redes públicas e privadas de energia. Realizado na Alemanha, a iniciativa também conta com o apoio do Ministério dos Transportes e Infraestrutura Digital do país. O projeto proporcionou aos participantes usarem um Nissan Leaf, equipado com a tecnologia V2G, durante um ano não apenas para satisfazer suas necessidades de mobilidade, mas também como um sistema residencial para armazenagem de energia, produzindo sua própria eletricidade e reduzindo o custo de propriedade do carro. Como parte do teste, a Nissan também forneceu uma estação de recarga compatível para 13 moradores de toda a Alemanha, que já possuíam um sistema de energia solar fotovoltaica. Um software da Bosch assegura que a autonomia do veículo seja minimamente afetada, pois é utilizada no máximo 10 a 30% da capacidade da bateria para fornecer energia para a residência. De acordo com Vincent Ricoux, da Nissan Center Europe, se acredita que o interesse por esta tecnologia continue aumentando no futuro e o objetivo do projeto é promover ainda mais a expansão e aceitação dos VEs, além de destacar o papel desses em estabilizar as redes públicas e privadas de energia. No entanto, até que um sistema V2G seja acessível para os usuários se torne realidade, ainda é preciso vencer alguns desafios. (Inside EVs – 29/05/2020)
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5 Storedot: bateria que carrega em 5 minutos será produzida até o fim do ano
A StoreDot, famosa pelas baterias de carregamento ultrarrápido XFC (Extreme Fast Charge), anunciou um acordo com a chinesa EVE Energy para uma parceria estratégica com o objetivo de chegar rapidamente à produção dessa bateria, que poderia começar até o final de 2021 e alcançar uma capacidade de atingir altos volumes de produção até 2024. Nesse sentido, a experiência da EVE Energy, um dos principais fabricantes de baterias do mundo, será fundamental. A bateria representa o futuro porque permite à empresa apresentar um produto com grande velocidade de carregamento, ampla autonomia e custos compatíveis com as necessidades do mercado de carros elétricos. A tecnologia revolucionária da StoreDot redefine a química das baterias de íon-lítio, reduzindo o tempo de carregamento de VEs de horas para minutos, através da substituição do grafite no ânodo da célula por nanopartículas não metálicas, como o silício, para superar os principais problemas de segurança, ciclo de vida e dilatação da célula durante o processo de carregamento. “O XFC é a chave para acelerar a adoção de VEs e, finalmente, alcançar uma transição completa para a mobilidade elétrica”, disse Doron Myersdorf, CEO da StoreDot, uma visão que é compartilhada pela EVE Energy. (Inside EVs– 28.05.2021)
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6 ElectReon: desenvolvimento da primeira rodovia com carregamento de VEs
A ElectReon Wireless, empresa de Israel focada em tecnologias de energia limpa, está construindo, na Itália, um trecho de 1 km para testar a sua tecnologia de carregamento de VEs. A tecnologia israelense permite que os veículos sejam carregados enquanto dirigem no trecho da rodovia que possui o sistema. Quando os elétricos passarem na rodovia, as baterias serão carregadas usando bobinas de cobre que ficam sob a estrada. A energia seria transferida por indução magnética, sendo o processo totalmente sem fio. Um receptor é instalado no chassi dos veículos, que participarão do teste. A ElectReon está trabalhando com vários parceiros neste teste. A ideia da empresa é saber como o sistema irá se sair no meio de uma entrada com pedágios, com fluxo de carros intenso e diferentes tipos de VEs. No futuro, quando a tecnologia provavelmente estará mais avançada e difundida, acredita-se que os veículos poderão dirigir sem a necessidade de parar para carregar. A tecnologia já está em um estado mais avançado na Suécia. O país inaugurou, em 2021, a sua primeira estrada, com capacidade de recarregar. A ferramenta ainda está em crescimento. O seu uso a nível global certamente irá demorar muitos anos. (Click Petróleo e Gás – 25/05/2020)
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7 LG: joint venture para baterias de veículos elétricos na Indonésia
O Grupo LG organizado junto a Indonésia Battery Corp. abrirá uma joint venture para fabricar baterias de tração para VEs. Junto com a LG, a IBC construirá uma fábrica de baterias de 33 hectares na Indonésia com 1.000 funcionários. Os investimentos na fase inicial serão de US $ 1,2 bilhão, no futuro crescerão para US $ 9,8 bilhões. O empreendimento terá capacidade para produzir baterias com capacidade agregada de 10 GWh. As baterias produzidas localmente serão fornecidas para os automóveis elétricos Hyundai montados próximo. (Avalanche Notícias – 26/05/2020)
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Indústria Automobilística
1 Revolução na indústria automobilística: novos investimentos, estratégias e metas
A indústria automobilística global vive uma de suas maiores revoluções e dá os primeiros passos para produzir carros elétricos em massa, implicando em uma reinvenção das montadoras. Trata-se de uma indústria totalmente diferente que demanda investimentos e estabelecimento de estratégias e metas. Neste ano, a General Motors anunciou que pretende encerrar a produção de caminhões e carros a gasolina e diesel até 2035 no âmbito de seu plano emissão zero até 2040. Nessa jornada, vai investir US$ 27 bilhões. A Nissan também anunciou que todos os seus veículos lançados nos EUA, Japão e China serão elétricos ou híbridos a partir de 2030. A Volvo, controlada pelos chineses da Geely, fez a mesma promessa. A Stellantis, fruto da fusão entre Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e PSA (Citröen e Peugeot) terá 39 modelos elétricos até o fim de 2021. A Volkwagen acaba de lançar uma linha de SUVs elétricos em seu plano de liderar o segmento no longo prazo. Para impulsionar essa transformação, as montadoras buscaram parcerias no Vale do Silício. A GM já trabalha com a Microsoft. A Hyundai teve conversas com a Apple, em 2020, para o desenvolvimento de um VE, mas esfriaram com o avanço do Projeto Titan, da fabricante do iPhone, que prevê o lançamento de um carro da marca. A Geely se juntou à Baidu e Tencent, big techs da China, que não esconde o interesse em assumir a liderança desse mercado, visto que, o país quer produzir 8 milhões de VEs por ano a partir de 2028. (O Globo – 26/05/2020)
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2 Previsões para vendas de veículos elétricos nos próximos anos
De acordo com a consultoria britânica IDTechEx, estima-se que VEs (inclusive híbridos) serão 20% do mercado global até 2030 e 80% até 2040. Já a Roland Berger prevê que, até 2027, pelo menos um quarto das vendas globais de veículos será de elétricos. Hoje, em mercados como EUA e Europa, esse percentual é de 10%. No Brasil, os elétricos ainda representam 1% das vendas. Mas a consultoria MegaDealer vem notando o aumento do interesse. Em 2017, foram vendidos 3.296 automóveis elétricos. Em 2020, mesmo com a crise da pandemia, foram 19.745, alta de 499% em relação a três anos atrás. O preço ainda é um limitador. (O Globo – 26/05/2020)
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3 Brasil: mercado de VEs deve crescer em 2021
O incipiente mercado brasileiro de veículos eletrificados teve desempenho recorde no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), as vendas do segmento cresceram 29,4% nos primeiros quatros meses, com 7.290 unidades emplacadas, na comparação com o mesmo período de 2020. Para este ano, a entidade prevê aumento de 42% em relação aos 19.745 veículos emplacados em 2020, quando a quantidade de unidades vendidas superou em 66% a de 2019. Apesar da expansão, o mercado ainda é pequeno comparado com outros mercados pelo resto do mundo. O grande obstáculo às vendas está no preço. “O carro elétrico hoje só se viabiliza com 25% de subsídio, como ocorre no caso da Alemanha e da China”, diz Paulo Cardamone, CEO da Bright Consulting. Para 2030, sua empresa prevê que os elétricos respondam por 16,5% do mercado mundial e 4,8% do brasileiro. Já a parcela dos híbridos deve ser maior: 48,0% no mundo e 10,6% no Brasil. (Valor Econômico – 26/05/2020)
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4 Brasil: etanol pode ajudar montadoras na transição para carros elétricos
No Brasil, o etanol pode funcionar como ponte para os VEs. A partir da tecnologia de célula de combustível – que transforma o etanol em hidrogênio para alimentar a bateria elétrica e emite apenas vapor d’água – já existente no país. Algumas empresas, como Bosch, Nissan e Volkswagen já desenvolveram protótipos dessa novidade. “Se essa tecnologia ganhar força, o Brasil na verdade poderia ser o primeiro em uso de células bicombustível”, avaliou Marcus Ayres, sócio-diretor da consultoria Roland Berger. (O Globo – 26/05/2020)
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5 GM: perspectivas para mobilidade elétrica no Brasil
A GM apresenta planos ambiciosos no que se refere a transição para um futuro de VEs, com meta global de chegar em 2035 com um portfólio composto 100% de VEs, o que também inclui o Brasil, se inserindo no objetivo de zerar as emissões nocivas em 2040. De acordo com a montadora, o Brasil também avançará na mobilidade elétrica, como já é percebido na Europa, China e nos EUA, conforme disse a vice-presidente da GM para a América do Sul, Marina Willisch, em entrevista ao gaúcho Jornal do Comércio. “No Brasil, não será diferente, um dos pontos chaves para a adoção em massa dos VEs são as políticas públicas”, afirmou. Marina Willisch afirma que a transição energética requer o engajamento de governos, sindicatos, fornecedores e consumidores, cada um desempenhando o seu papel de conscientização sobre o futuro elétrico e trabalhando na ampliação da infraestrutura para a mobilidade elétrica, reforçando que, assim como em outros países que avançaram com a eletrificação, as políticas públicas têm papel fundamental para facilitar a popularização desses veículos. No Brasil não será diferente: governo e consumidores conscientes envolvidos nesse processo serão a base da mudança. Por fim, a vice-presidente destacou quatro pilares fundamentais para a adoção em massa dos automóveis elétricos: conscientização do consumidor, redução contínua do custo das baterias, políticas públicas e expansão da infraestrutura. (Inside EVs – 27/05/2020)
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6 Montadora de carros elétricos promete investir em fábrica em MG
A prefeitura de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte-MG, assinou um plano de intenção junto à montadora argentina Bravo Motor para instalação de uma fábrica de VEs e baterias no município. A empreitada deve gerar cerca de 10 mil empregos no estado sob o investimento de R$ 25 bilhões. O prefeito da cidade, Marcelo Dieguez, afirmou à CNN que a parceria representa um marco na história do estado e envolve um pacote tributário que “passa pela isenção do IPTU nas fases de construção, implantação e ramp-up e isenção de ITBI. Além disso o ISS será de 0% a 5% por dez anos”. Dieguez também disse que existe uma proposta de isenção do IPVA para incentivar a venda de VEs no município. Ainda segundo ele, “a expectativa é de que de 10% a 13% das baterias elétricas do planeta sejam produzidas em Nova Lima”. O início das obras do novo parque industrial está previsto para o quarto trimestre de 2021, enquanto o começo da produção deve ocorrer a partir do primeiro trimestre de 2023. (CNN Brasil – 25/05/2020)
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7 UE: exportação de carros elétricos e híbridos apresenta crescimento
Em 2020, o bloco europeu exportou por volta de 5,2 milhões de carros. Desse total, 14% foram totalmente elétricos ou híbridos, segundo os dados divulgados na segunda-feira (24/05) pelo Eurostat, gabinete de estatística europeu. Apesar de ainda não representarem a maioria, e o setor tenha sido impactado pela pandemia, é possível observar uma crescente aposta dos consumidores europeus no que respeita aos carros mais sustentáveis. O gabinete europeu informou que desde 2017 as exportações de VEs ou híbridos registaram um aumento de cerca de cinco vezes, passando de 150 mil para 750 mil em 2020. O Eurostat nota ainda que entre os 725 mil elétricos ou híbridos exportados na UE, 49% eram híbridos não plug-in, enquanto 27% eram elétricos e 24% híbridos plug-in. (Jornal Economico – 24/05/2020)
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8 UE: 30% dos veículos importados foram elétricos ou híbridos
Em 2020, a União Europeia importou três milhões de carros. Deste total, 30% foram de automóveis elétricos e híbridos elétricos, segundo dados divulgados na segunda-feira (24/05) pelo Eurostat, gabinete de estatística europeu. As importações passaram de 301 mil carros importados em 2017 para 892 mil no ano passado. Desses carros elétricos ou híbridos elétricos importados pelo bloco comunitário, 50% eram híbridos não plug-in, 34% eram elétricos e os híbridos plug-in representavam os 16% restantes. (Eco – 24/05/2020)
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9 BYD amplia presença no mercado do norte da Europa
A fabricante de ônibus elétricos BYD está ampliando sua presença no mercado sueco. A empresa acabou de receber uma encomenda de 79 novos ônibus 100% elétricos da operadora de transporte público Bergkvarabuss, do condado da Escânia, na Suécia. Os veículos começarão a ser entregues no final deste ano. A maior parte deles será produzida na fábrica da BYD em Komárom, Hungria. Com a compra da operadora Bergkvarabuss, a BYD se torna a fornecedora líder de VEs na Suécia e em toda a região nórdica. Atualmente mais de 250 ônibus elétricos BYD operam na Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia, percorrendo 25 milhões de km rodados e reduzindo as emissões de CO2 em mais de 27.000 toneladas. O Diretor Executivo da BYD na Europa, Isbrand Ho, afirmou que a BYD tem uma presença crescente na Escandinávia, cooperando de forma muito positiva com as operadoras de transporte público em toda a região. “A região nórdica está liderando o caminho para a eletrificação na Europa, com a presença da BYD agora estabelecida em toda a Noruega, Suécia e Finlândia, incluindo o extremo norte, onde é extremamente frio”, disse Isbrand Ho. (Diario do Transporte – 27/05/2020)
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10 Hyundai: investimento em VEs deve se tornar prioridade
A Hyundai vai reduzir pela metade o número de carros equipados com motores a gasolina e a diesel em sua linha. A informação apurada pela Reuters diz que o corte de 50% nos motores a combustão tem como objetivo liberar recursos para o investimento na expansão de VEs, que apresentam um alto custo nos projetos. Caso venha a ser confirmado oficialmente, será um anúncio importante na trajetória da Hyundai rumo a um futuro elétrico. De acordo com a Reuters, a Hyundai foi questionada e não respondeu diretamente sobre o corte nos modelos a combustão, mas disse que está acelerando os lançamentos de veículos verdes, com o aumento de opções de elétricos a bateria e movidos a células de combustível de hidrogênio – o objetivo é atingir a marca de 100% de carros ecológicos em 2040. O objetivo do Hyundai Motor Group é colocar no mercado 1 milhão de automóveis elétricos por ano em 2025 e atingir a participação de 10% do mercado global no segmento. Essa mudança de rumo é uma tendência entre as grandes montadoras globais, considerando as regras de emissões cada vez mais rígidas na Europa e também na China, os principais mercados globais para VEs, e um aumento na demanda pelos carros verdes nos Estados Unidos, que agora têm uma estratégia governamental para a transição energética. (Inside EVs – 27/05/2020)
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11 Ford: investimento bilionário em eletrificação até 2025
A Ford anunciou que irá investir US $ 30 bilhões em eletrificação até 2025. A montadora também prometeu que 40% de seus veículos vendidos até 2030 serão elétricos. A montadora já havia anunciado anteriormente planos de investimentos em eletrificação e recentemente revelou planos para construir duas novas fábricas de baterias em uma joint venture com a fabricante coreana SK Innovation. A Ford também revelou em maio, uma versão totalmente elétrica da picape F-150, o veículo mais vendido nos EUA. A montadora tem planos de alcançar a fabricante de VEs Tesla e também as montadoras tradicionais, como sua parceira Volkswagen e a rival General Motors (GM). Ambos têm ofertas de VEs mais extensas e metas de eletrificação mais agressivas. A GM afirma que pretende vender apenas veículos zero emissões até 2035. Praticamente todas as montadoras estão aumentando os planos de produção de VEs para atender às regulamentações ambientais cada vez mais rígidas e à crescente demanda dos compradores de automóveis. O CEO Jim Farley previu que os custos de construção de VEs cairão conforme a produção aumenta, especialmente de baterias (previsão de que os custos diminuirão em 40% até o meio desta década). Segundo o CEO, os investidores estão mais interessados em apoiar as montadoras com planos ambiciosos de eletrificação, em vez das montadoras tradicionais. (CNN – 26/05/2020)
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12 Nissan avança no projeto de gigafábrica de baterias no Reino Unido
A Nissan está em negociações com o governo britânico para construir uma gigafábrica de baterias, como parte de um plano pós-Brexit para tornar o Reino Unido o maior centro de produção de VEs da empresa fora do Japão. A nova fábrica, que ficará no mesmo local da que a empresa já possui em Sunderland, será gerenciada pela Envision AESC, e prevê a produção de 200 mil baterias por ano. Durante a primeira fase deste novo projeto, com início previsto para o fim de 2024, as instalações deverão produzir baterias com uma capacidade total de 6 GWh por ano, aumentando para 18 a 20 GWh quando o plano estiver finalizado. A atual fábrica de baterias tem capacidade produtiva de 1,9 GWh. A Nissan quer receber um grande apoio financeiro do governo britânico para o projeto, de pelo menos dezenas de milhões de libras esterlinas, incluindo uma maneira de reduzir seus custos energéticos para produzir as baterias, disseram duas das fontes. Conseguir o investimento para a gigafábrica é crucial para garantir o futuro das fábricas automotivas no Reino Unido, em meio a competição dos governos europeus para atrair os fabricantes de baterias. A associação setorial britânica Society of Motor Manufacturers and Traders considera “essencial” a necessidade de garantir investimentos para as fabricas de baterias. (Valor Econômico – 26/05/2020)
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13 Lexus comemora vendas de carros elétricos
A Lexus, marca de luxo da Toyota, está comemorando a marca de dois milhões de elétricos vendidos em todo o mundo. Desde o lançamento do RX400h em 2005, a Lexus foi pioneira na eletrificação no mercado de SUVs. Em 2020, 33% das vendas globais da Lexus foram de modelos eletrificados. O mercado brasileiro foi um dos primeiros em que a Lexus passou a oferecer um portfólio 100% eletrificado, desde o lançamento do RX 450h, em março do ano passado. Até 2025, a Lexus espera apresentar 20 modelos novos ou aprimorados, incluindo mais de 10 híbridos, híbridos plug-in e elétricos. (Auto ON – 26/05/2020)
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Meio Ambiente 1 PIK: Perspectivas futuras para os diferentes usos do hidrogênio O instituto alemão PIK – Instituto de Pesquisa sobre Impacto Climático, publicou um estudo que destaca os prós e contras do hidrogênio. Com base nas análises realizadas, concluiu-se que esta fonte de energia pode ter aplicação em vários campos, mas não é adequada para a mobilidade sobre quatro rodas. De acordo com os pesquisadores, os combustíveis à base de hidrogênio podem ser um excelente vetor de energia limpa, mas também apresentam grandes riscos e grandes custos associados a eles. Apesar de serem maravilhosamente versáteis, não apresentam capacidade de substituir os combustíveis fósseis, pelo menos no curto prazo. Os combustíveis à base de hidrogênio provavelmente serão produzidos em pequenas quantidades e a preços não competitivos por pelo menos mais uma década. Apostar no uso em larga escala do hidrogênio, acabaria mantendo o sistema de transporte dependente de petróleo e gasolina, pois os combustíveis fósseis são necessários para ter energia suficiente para produzir o hidrogênio. Portanto, seria decididamente melhor usar hidrogênio e combustíveis sintéticos em setores específicos onde eles podem realmente conceder vantagens na limitação de emissões, como a indústria aeronáutica, siderúrgica ou química, e focar em baterias e eletricidade para transportes terrestres, automóveis e veículos comerciais. “Um carro movido a hidrogênio requer 5 vezes mais energia do que um elétrico” – observa Falko Ueckerdtl autor do estudo. Aliado ao fato de ainda estarmos longe de produzir 100% de energias renováveis, o relatório conclui que essencialmente uma difusão do hidrogênio sem um critério como o indicado não traria benefícios do ponto de vista climático. O relatório conclui que apesar das incertezas sobre os custos futuros, os combustíveis à base de hidrogênio têm potencial para se tornar uma tecnologia de apoio para substituir todos os combustíveis fósseis restantes por volta de 2040-50, mas para isso políticas adequadas são necessárias para apoiar essa estratégia. (Inside EVs – 29/05/2020) <topo> 2 Demanda de lítio por ano pode aumentar em mais de 10 vezes até 2030 O transporte é um dos setores mais poluentes e com emissões de GEEs. Dessa forma, o uso de VEs é uma abordagem promissora para reduzir seu impacto ambiental e limitar as mudanças climáticas. No entanto, o crescimento do mercado de VEs se traduz em pressão pelo lítio como matéria-prima para baterias elétricas. As baterias de íon de lítio são as mais amplamente utilizadas hoje e provavelmente dominarão o mercado na próxima década. Em comparação com seus concorrentes, as baterias de lítio podem armazenar grandes quantidades de energia com menor massa e peso, têm alta eficiência energética, bom desempenho em altas temperaturas e baixa autodescarga. O Serviço Geológico dos EUA (USGS) relata que, em 2020, 71% do uso final global de lítio foi para baterias. A IEA estimou que a demanda de lítio poderia aumentar até 185.000 toneladas por ano até 2030, em comparação com as 17.000 toneladas por ano em 2019. As cadeias de suprimento de lítio enfrentam desafios geográficos, políticos, sociais e ambientais para acompanhar a demanda global. Uma abordagem sustentável é necessária para enfrentar os desafios da extração dessa matéria-prima crítica. (Allianz – 26/05/2020) <topo> Outros Artigos e Estudos 1 BNEF: preços de VEs devem se tornar mais competitivos em 2024 Com a proibição da venda de novos veículos a gasolina e diesel recentemente antecipada para 2030, as empresas que gerenciam frotas de veículos logo serão atingidas por mudanças fundamentais. Com os recentes desenvolvimentos tecnológicos no setor, aumento da infraestrutura de carregamento e com mais investimentos e desenvolvimentos de infraestrutura por vir, os VEs mostraram que podem competir com veículos tradicionais. O custo da bateria colocou os VEs acima dos veículos tradicionais em termos de preço. No entanto, esses custos caíram 87% entre 2010 e 2019 devido às economias de escala e à melhor química das células, de acordo com o relatório da Bloomberg New Energy Finance. É previsto que por volta de 2024, o preço dos VEs se tornará competitivo com os veículos tradicionais. Na questão da autonomia, é previsto que as novas baterias de lítio e enxofre podem potencialmente dobrar a capacidade das baterias, mas ainda faltam alguns anos (talvez uma década) para serem comercializadas. (Airqualitynews – 06/05/2020) <topo> 2 Mega produção de VEs nos EUA e posicionamento do Brasil no fornecimento de matérias-primas O presidente dos EUA, Joe Biden, contará com países aliados para fornecer a maior parte dos metais necessários para construir VEs, para assim fabricar internamente peças de bateria. Isso é parte de uma estratégia projetada para acalmar os ânimos de ambientalistas. Em vez de se concentrar em permitir mais minas nos EUA, a equipe de Biden está mais focada na criação de empregos que processem minerais internamente em peças de baterias de VEs. O Departamento de Comércio dos EUA está organizando uma conferência em junho para atrair mais fabricantes de VEs ao país. O plano de infraestrutura proposto por Biden de US $ 1,7 trilhão destina cerca de US $ 174 bilhões para impulsionar o mercado doméstico de VEs com créditos fiscais e subsídios para fabricantes de baterias, entre outros incentivos. Segundo a matéria, os EUA irão depender principalmente do Canadá, Austrália e Brasil (entre outros) para produzir a maior parte das matérias-primas essenciais necessárias, enquanto focam em gerar empregos de maior valor que transformem esses minerais em chips de computador e baterias. (Reuters – 25/05/2020) <topo> 3 Empresas necessitam de planejamento e logística para se adequar a ME Muitas funções podem ser preenchidas de forma confiável e eficaz por VEs, mas claramente existem limitações impostas pelo alcance do veículo e pelo tempo de carregamento. As empresas podem escolher desde um único carregador de parede de 7 kW que um indivíduo pode instalar em casa até uma instalação mais robusta, com várias tomadas e carregamento rápido que requer sua própria subestação de eletricidade para funcionar. Dessa forma, qualquer empresa que esteja pensando em aderir aos VEs precisa considerar profundamente os requisitos de carregamento desses veículos e os hábitos de seus motoristas. Uma empresa com veículos raramente ociosos se beneficiará de carregadores rápidos, enquanto os operadores com veículos parados durante a noite podem ser supridos por carregadores de menor potência. Os motoristas de VEs usados principalmente para deslocamento e quilometragem pessoal podem desejar ter um carregador instalado em sua casa, enquanto os motoristas empregados em campo e dirigindo distâncias comerciais podem precisar de instalações adequadas no estacionamento do escritório. Em suma, um bom planejamento e previsão, além do compromisso planejado para aumentar a capacidade de carga ao longo do tempo conforme as necessidades dos negócios e/ou dos funcionários aumentam. (Driving Electric – 26/05/2020) <topo> 4 Potencial de economia nos custos de funcionamento do veículo elétrico Dirigir um VE não elimina todos os custos de funcionamento, e os veículos que percorrem quilometragem mais alta são capazes de gerar contas de energia consideráveis. No entanto, acarreta boas economias em comparação com os combustíveis tradicionais. Os VEs possuem altos custos de aquisição, porém uma maneira de contornar o alto preço inicial de compra de um VE é considerar o leasing como uma alternativa à compra imediata. Outra área que é possível comparar custos é no abastecimento. Os custos de manutenção são outra área de economia potencial para os operadores de VEs. As estimativas do governo sugerem que os VEs são em média 70% mais baratos para manutenção do que as alternativas tradicionais. Menos peças móveis, lubrificantes e itens de serviço para substituir é a chave para os menores custos. (Driving Electric – 26/05/2020) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno Pesquisadores: Vinicius José da Costa e Pedro Barbosa Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |
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