l IFE: nº 58 – 25 de maio de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Regulatórias 1 IEA: mapeamento de políticas e medidas para implantação de VEs 2 Brasil: posicionamento no contexto das mudanças na mobilidade 3 Brasil: célula de etanol é alternativa sustentável para o país 4 Brasil: entrave para descarbonização do país via biocombustíveis 5 SP: novas construções terão ponto de recarga para elétricos 6 Corredor verde: Celpe e RioMar Recife inauguram estações de recarga para VEs 7 Argentina: Plano de mobilidade a hidrogênio 8 UE: apenas 23% da meta de pontos de carregamento para 2025 foi cumprido 9 EUA: Biden reforça importância dos gastos públicos na ME 10 Califórnia: Consumidores da BYD terão acesso a fundos de incentivo 11 Texas: donos de elétricos podem ter aumento de impostos 12 Índia: eletrificação do transporte e a evolução do transporte público Inovação e Tecnologia 1 Ford anuncia joint venture para produção de baterias 2 Audi: protótipo para “hub de recarga” de alta velocidade 3 Harvard: bateria antidesgaste para veículos elétricos 4 TomTom apresenta ferramenta para prever autonomia de VEs 5 Mahle apresenta motor para VEs que funciona por indução 6 Volkswagen: produção piloto de baterias de estado sólido 7 Senai Paraná: estudantes criam garagem solar para carros elétricos Indústria Automobilística 1 Webmotors: análise acerca do processo de eletrificação dos transportes 2 Volkswagen: carro a hidrogênio “não é a solução” 3 Volkswagen: célula de combustível a etanol pode ser opção no Brasil 4 BMW: montadora planeja expandir opções totalmente elétricas 5 Volvo: encerramento dos carros a combustão no Brasil até 2030 6 Volvo: expansão da rede própria de eletropostos 7 Hyudai: anúncio de investimentos em elétricos nos EUA 8 Voltz: startup de motos elétricas recebe aporte financeiro Meio Ambiente 1 Eletrificação e desafios para redução da pegada de carbono nos transportes 2 Empresas utilizam VEs para cumprimento de metas de redução de carbono Outros Artigos e Estudos 1 USP/Unicamp: projetos relacionados à célula de etanol 2 ITF: veículos comerciais leves devem ser prioridade na eletrificação 3 Sucesso da mobilidade elétrica depende de investimentos em infraestrutura
Políticas Públicas e Regulatórias
1 IEA: mapeamento de políticas e medidas para implantação de VEs A tabela elaborada pela IEA destaca as principais políticas e medidas que apoiam a implantação de VEs e veículos de emissão zero para modelos de veículos leves e veículos pesados. A tabela resume as medidas existentes, bem como as metas e ambições anunciadas por região e país. Estão disponibilizadas uma variedade de informações, como padrões de economia de combustível, padrões de emissões de CO2, roteiros de implantação e vendas de VEs ou metas de estoque e ambições. A tabela não inclui políticas fiscais como subsídios, impostos de carbono ou instrumentos de política semelhantes. As políticas e medidas são estruturadas em quatro categorias: i) legislação: compromissos legais, como regulamentos e normas; ii) metas: metas governamentais que fazem parte da legislação, compromissos orçamentários, contribuições nacionalmente determinadas para o Acordo do Clima de Paris ou planos nacionais do clima, como aqueles apresentados pelos estados membros à União Europeia; iii) ambições: metas ou objetivos do governo, conforme estabelecido em um documento de política, como um roteiro ou estratégia de implantação; e iv) propostas: objetivos do governo divulgados em documentos públicos ou incorporados em legislação destinada a estimular a discussão quanto à sua viabilidade. (IEA – 29.04.2021) <topo> 2 Brasil: posicionamento no contexto das mudanças na mobilidade Durante a reunião de 40 líderes mundiais na Cúpula dos Líderes sobre o Clima, foi destacado a importância dos mercados de carbono e os vastos investimentos em ME. Entretanto, o Brasil não apresentou medidas concretas, reforçando seu posicionamento sobre o avanço na produção e uso de biocombustíveis. O Brasil é um dos pioneiros no setor de bioenergia, no entanto as pressões mundiais regidas por metas de eletrificação e o redirecionamento estratégico das maiores fabricantes de veículos geram preocupações sobre um possível isolamento da cadeia produtiva nacional frente a um mercado global onde os VEs predominam. Por muito tempo, o mercado de VEs no Brasil teve um papel marginal na composição de ações e poli´ticas, seja no âmbito governamental, institucional ou do setor privado. Ainda, há muito o que fazer em relação às adequações do planejamento urbano, como infraestrutura de recarga e gerenciamento de resíduos, como baterias. É preciso o aprofundamento em estudos de viabilidade técnico-econômica, aspectos normativos e regulatórios, formulação de arcabouço jurídico, modelo de negócios e de financiamento, rearranjo da cadeia produtiva e aperfeiçoamento tecnológico. É importante uma agenda que incorpore cada vez mais tecnologias de propulsão eficientes e limpas, auxiliando na construção de modelos que deem escala ao mercado de VEs e que fomentem uma competição e cooperação saudável com biocombustíveis e suas rotas tecnológicas, identificando oportunidades inovadoras de coexistência dentro da cadeia produtiva, gerando facilidades e oferecendo novas escolhas para o consumidor brasileiro. (EPBR – 17.05.2021) <topo> 3 Brasil: célula de etanol é alternativa sustentável para o país De acordo com especialistas a célula de etanol seria uma opção sustentável para os VEs no Brasil, visto que os veículos movidos a baterias demandariam vultuosos investimentos para a estruturação de uma infraestrutura adequada. Um levantamento elaborado pela EPE, aponta que a estruturação da rede elétrica para abastecimento automotivo custaria ao País algo em torno de R$ 1,2 tri, ou 16% do PIB de 2020. Desse modo, como o Brasil é um produtor de etanol e já tem o setor bem estruturado, essa alternativa poderia ser mais interessante. Segundo o especialista em estudos energéticos do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp, Luiz Augusto Horta Nogueira, o VE a hidrogênio gerado a partir de célula de etanol apresenta uma série de vantagens para o Brasil, quando comparado ao modelo à bateria, tanto em aspectos técnicos, como em aspectos estratégicos. O engenheiro, consultor da Bright Consulting e especialista em bioenergia, Ricardo Simões de Abreu, afirma que nenhuma tecnologia de mobilidade deve ser descartada e que todas podem conviver e ser utilizadas de acordo com necessidades específicas. No caso do Brasil, Abreu destaca que os híbridos a etanol ou a célula de etanol são opções muito interessantes, sendo que a célula de etanol tem maior eficiência. O consultor ressalta que a rede de distribuição já está pronta, o País tem grandes pesquisadores na área e, havendo investimento, o resultado será uma tecnologia mais adequada à realidade nacional. (Broadcast Energia – 19.05.2021) <topo> 4 Brasil: entrave para descarbonização do país via biocombustíveis Responsável por 38% das emissões de CO2 do setor de energia no Brasil, a categoria de transportes emitiu 196 milhões de toneladas em 2019, e deve aumentar a emissão pelo uso de combustíveis fósseis. Estimativas da Ubrabio (associação do setor de biodiesel) apontam para um aumento de 1,14 milhão de toneladas de emissões CO2 apenas nos meses de maio a agosto de 2021, por conta da recente redução no percentual de mistura obrigatória de biodiesel no diesel. A motivação econômica para o corte de três pontos percentuais na mistura de biodiesel coloca em dúvida a capacidade de o governo seguir com a estratégia de promoção dos biocombustíveis na agenda de descarbonização. O governo brasileiro vem sendo pressionado por causa dos aumentos nos preços dos combustíveis – especialmente o diesel, combustível mais usado no Brasil. Os preços são influenciados principalmente por fatores externos como cotação do petróleo e desvalorização do real frente ao dólar, mas também sofrem influência do preço dos biocombustíveis. Para baratear a conta, o governo brasileiro está optando por um caminho que privilegia o fóssil. A pressão também chegou ao etanol, a Fecombustíveis (associação de postos de combustíveis e revenda) divulgou um ofício enviado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pedindo redução do percentual da mistura do etanol anidro à gasolina para 18%. Hoje a adição é de 27%. (EPBR – 18.05.2021) <topo> 5 SP: novas construções terão ponto de recarga para elétricos O projeto de lei municipal n° 17.336, de março de 2020, de autoria do vereador Camilo Cristófaro (PSB), entrou, no dia 30/03, em vigor na cidade de São Paulo, tornando obrigatório para novas edificações com projetos registrados a partir de 31 de março de 2021, tanto comerciais quanto residenciais, apresentar pontos de recarga para VEs. Se exclui da obrigatoriedade unidades de projetos habitacionais públicos ou que tenham subsídios públicos. A nova legislação estabelece que a energia consumida nessas recargas deve ser medida e cobrada individualmente a cada um dos proprietários dos automóveis. Segundo a lei, os novos edifícios podem oferecer um ponto de recarga por vaga ou somente um ou mais pontos específicos, as “vagas verdes”, que podem funcionar de forma rotativa, atendendo a vários condôminos/usuários. A estimativa é de que, neste momento, a mudança de regras já atinja mais de mil novas construções. A legislação busca mitigar uma das principais barreiras para a expansão da ME no Brasil, a falta de infraestrutura de carregamento acessível. Desse modo, o projeto pode estimular o consumo de VEs. (iCarros – 17.05.2021) <topo> 6 Corredor verde: Celpe e RioMar Recife inauguram estações de recarga para VEs Em parceria com a Celpe, distribuidora da Neoenergia, o RioMar Recife recebeu, na quinta-feira (20), dois pontos de recarga de veículos elétricos que integram o Corredor Verde, primeira eletrovia do Norte/Nordeste do Brasil. Os dois pontos de recarga instalados são do tipo Wallbox e possuem carga média com capacidade para um veículo por vez, com conector AC Tipo 2. Neste primeiro momento, as estações de abastecimento de VEs no shopping funcionarão de forma gratuita. No total, o Corredor Verde contará com 18 pontos de recarga. Doze estarão ao longo das vias que conectam seis estados no formato SuperChargers, o que permite uma carga rápida, cerca de 30 minutos. Após concluído, o Corredor Verde terá 1.200 quilômetros de extensão, cortará seis dos nove estados do Nordeste, passando por 70 municípios e contribuindo para que milhares de pessoas possam aderir à mobilidade elétrica de forma mais sustentável. O projeto sustentável estimula a descarbonização da economia, com o uso de automóveis que utilizam fontes renováveis de energia. (JC – 20.05.2021) <topo> 7 Argentina: Plano de mobilidade a hidrogênio O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou, no fórum “Rumo a uma Estratégia Nacional do Hidrogênio 2030”, que o país prepara plano que prevê a produção e exportação de hidrogênio para veículos. O presidente deve apresentar detalhes do plano até o fim do ano. De acordo com especialistas, os investimentos na cadeia de hidrogênio podem render à Argentina dividendos na casa dos US$ 15 bilhões até 2050, além de apresentar potencial para geração de 50 mil vagas de emprego e contribuir para alcançar metas globais para uso de matriz energética livre de carbono, colocando o país no centro de planos de fabricantes globais de VEs. “A Argentina tem um enorme potencial para a produção de hidrogênio verde, extraído, dessa forma, com auxílio de energia eólica ou solar. A energia limpa e livre de carbono é a energia do futuro”, disse Fernández. (Jornal do Carro – 21.05.2021) <topo> 8 UE: apenas 23% da meta de pontos de carregamento para 2025 foi cumprido O Observatório Europeu EAFO realizou um novo estudo e forneceu informações interessantes sobre a situação do desenvolvimento de infraestrutura de carregamento na Europa. Os dados publicados pela EAFO vão até o final de 2020 e mostram pouco menos de 287.000 pontos de carregamento públicos na Europa. Isso corresponde a um aumento de 4x em comparação com 2015 (67.000 pontos de carregamento), embora a distribuição dos pontos de carregamento esteja longe de ser uniforme: 5 dos 32 países pesquisados abrigam 73% de todos os pontos de carregamento públicos. A Holanda lidera com 66.400 pontos de carregamento públicos, seguida pela França (pouco mais de 46.000), Alemanha (cerca de 44.500), Reino Unido (cerca de 33.300) e Noruega (pouco mais de 18.500). O estudo também cita o número de VEs por ponto de carregamento como outro indicador: a Islândia tem o ratio mais baixo com 39 veículos elétricos por ponto de carregamento público, seguido por Portugal (26: 1), Malta (25: 1) e Noruega (24 : 1). Países como França, Espanha e Suíça variam de 9 a 11 carros elétricos por ponto de recarga público. Na outra ponta estão a Croácia, Letônia e Liechtenstein com uma proporção de 3: 1. O estudo reforça que a UE ainda tem muito trabalho a fazer para atingir a meta de um milhão de pontos de carregamento públicos até 2025, conforme estabelecido no Acordo Verde Europeu. O atual estado de expansão é de apenas 23% dessa meta. (Electrive – 05.05.2021) <topo>
9 EUA: Biden reforça importância dos gastos públicos na ME Na terça-feira (18/05), durante a apresentação da picape elétrica F-150 Lightning, o presidente dos EUA, Joe Biden, voltou a defender a ampliação de gastos públicos em VEs. O presidente quer investir US$ 174 bilhões no desenvolvimento desse segmento, buscando, além de aumentar a produção dos veículos, ampliar fábricas de baterias e construir de milhares de pontos de recarga. Do plano de Joe Biden, US$ 100 bilhões, seriam destinados para incentivar a venda de elétricos, excluindo “modelos de luxo”. Outros US$ 45 bilhões seriam destinados para troca de frotas de ônibus escolares e veículos de companhias de trânsito por modelos elétricos. Outros US$ 15 bilhões visariam a construção de pelo menos meio milhão de estações de recarga pelo país até 2030. (Jornal do Carro – 21.05.2021) <topo> 10 Califórnia: Consumidores da BYD terão acesso a fundos de incentivo A BYD anunciou que os compradores de sua linha de ônibus elétricos a bateria, ônibus e caminhões pesados estão qualificados para US$ 165 milhões em fundos por meio do Hybrid and Zero-Emission Truck and Bus Voucher Incentive Project (HVIP) do California Air Resources Board (CARB). O HVIP será aberto para novos pedidos de voucher no dia 8 de junho. Apenas metade dos fundos será liberada ao público quando o programa for inaugurado. A outra metade estará disponível dois meses depois no dia 10 de agosto. Os veículos no programa de voucher incluem toda a linha de ônibus elétricos a bateria da BYD, bem como caminhões elétricos Classe 8 e Classe 6, cada veículo terá um valor de incentivo específico, começando em US$85.000 e chegando a US$150.000. Os valores dos vouchers podem ser aumentados em 10% adicionais se os veículos estiverem domiciliados em uma comunidade carente. Os valores dos vouchers podem ser aumentados em mais 15% se os veículos forem adquiridos por uma agência de transporte público. O chassi de qualquer veículo que receba um voucher HVIP deve ser intitulado e licenciado na Califórnia, e o veículo deve ser registrado na Califórnia. (Charged Fleet – 21.05.2021) <topo> 11 Texas: donos de elétricos podem ter aumento de impostos No Texas, os donos de VEs podem ter que pagar uma taxa extra, que varia entre US$ 200 e US$ 400, para que possam utilizar os seus automóveis. O projeto de lei está em discussão no senado do estado. O faturamento desses impostos visa a manutenção das estruturas, o sistema americano atual realiza os reparos das ruas e estradas com a arrecadação dos impostos pagos, em parte, na compra do combustível. Como os elétricos não utilizam gasolina, seus donos não estariam pagando o imposto sobre o produto, devido a isso, o projeto visa aumentar as taxas pagas pelos proprietários de VEs para compensar as tributações não pagas na compra de combustível. A nova legislação exigiria um pagamento entre US$ 190 e US$ 240 para os VEs, além de uma taxa adicional no valor de US$ 150 para aqueles que dirigissem mais de 14,5 mil km em um ano. O projeto propõe, também, uma sobretaxa anual de US$ 10 para financiar um conselho consultivo de infraestrutura de carregamento. As taxas serão aplicadas a, aproximadamente, 300.000 veículos e arrecadarão quase US$ 38.000.000 para o Fundo Estadual de Rodovias. Embora o estado do Texas não seja o primeiro a buscar o aumento de impostos para esse segmento de veículos, as taxas parecem estar fora do padrão do imposto que é cobrado aos veículos movidos a combustível, indo em direção contraria as políticas de incentivo a utilização de carros sem emissão de gases poluentes. (Quatro Rodas – 18.05.2021) <topo> 12 Índia: eletrificação do transporte e a evolução do transporte público Segundo estudo indiano realizado sobre a Índia pelo CEEW, promover o transporte público é essencial ao mesmo tempo que se promove a ME. Intervenções políticas e mudanças comportamentais podem gerar mudanças no transporte e no modo de compartilhamento, podendo impactar o consumo de energia, a qualidade do ar, o congestionamento e a segurança na estrada. Segundo o estudo, as projeções para a Índia mostram que 30% das vendas de VEs no futuro combinadas com uma participação maior do transporte público levaria a uma redução de 31% nas importações de petróleo (USD 28,3 bilhões) em relação a um cenário de manutenção das condições de atividade atuais. Isso resultaria em uma redução de 36% nas emissões de monóxido de carbono (CO), 28% de óxido de nitrogênio (NOx), 29% em emissões de material particulado e 20% em emissões GEE, nesse mesmo cenário. (Ceew – 11.2020) <topo>
Inovação e Tecnologia
1 Ford anuncia joint venture para produção de baterias
A Ford anunciou a formação de uma joint venture, chamada BlueOvalSK, com a SK Innovation, da Coréia do Sul, com o objetivo de fabricar baterias para VEs em grande escala, além da construção de uma nova planta de produção nos EUA, a partir do desembolso de cerca de US$ 5,3 bilhões. A parceria será capaz de produzir baterias com capacidade agregada de 60 GWh até 2025, o suficiente para equipar 600 mil veículos. A SK Innovation espera aumentar o programa de produção para 125 GWh. Atualmente, a empresa produz baterias de tração com capacidade total de não mais que 40 GWh por ano. Porém, levando em consideração a capacidade da joint venture, a meta pode ser elevada para 190 GWh. Mesmo com a joint venture, a Ford não se recusa a cooperar com outros fornecedores e, paralelamente, a marca continuará investindo na Solid Power, desenvolvedora de baterias de estado sólido que entrarão em produção em meados da década. (Olhar Digital – 21.05.2021)
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2 Audi: protótipo para “hub de recarga” de alta velocidade
A Audi planeja, nos próximos cinco anos, o lançamento de até 20 modelos de VEs. A disponibilidade de uma infraestrutura confiável para carregar os veículos será um dos principais fatores de sucesso para a expansão do consumo desses veículos. Desse modo, a empresa planeja testar um conceito de estação de recarga na Alemanha no final do verão. A montadora propõe um conceito de hub de carregamento de alta velocidade premium que permitirá aos proprietários de VEs da Audi reservar recarga. Montado a partir de vários contêineres, vão abrigar baterias de íon-lítio usadas com capacidade total de até 2,45 MWh, o que permitirá a instalação de seis estações de carregamento de 300 kW no hub, eles também apresentam salas de espera para os motoristas, servindo bebidas e lanches leves. Os hubs poderiam ser rapidamente transportados, instalados e adaptados a locais específicos. (Avalanche Notícias – 21.05.2021)
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3 Harvard: bateria antidesgaste para veículos elétricos
Na universidade de Harvard foi desenvolvido uma nova versão de baterias de estado sólido, produzida em células do tipo metal de lítio que tem uma densidade muito alta e consegue minimizar a formação de dendritos, visto que, elas são construídas em camadas sobrepostas que integram eletrólitos de diferentes tipos, com estabilidade variável, separando o ânodo do cátodo. Sem dendritos, a bateria dura mais e não corre o risco de entrar em curtos-circuitos perigosos. A equipe de pesquisadores, conseguiu tornar esta bateria estável e durável. A bateria apresenta uma capacidade de retenção de energia de 82% após 10.000 ciclos a uma carga elétrica de 20 Coloumbs e uma capacidade de retenção de energia de 81,3% após 2.000 ciclos a uma carga elétrica de 1,5 Coloumb. Além disso, a estrutura projetada permite que a bateria tenha uma potência específica de 110,6 kW/kg e uma densidade energética de 631,1 Wh/kg. Por último, a nova bateria também tem a capacidade de se autorregenerar, já que, é capaz de preencher os buracos criados pelos dendritos para manter o desempenho. (Inside EVs – 22.05.2021)
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4 TomTom apresenta ferramenta para prever autonomia de VEs
A TomTom apresentou uma nova ferramenta que visa prever a autonomia de um VE de forma precisa. Esse projeto surge a partir de uma parceria com a Hubject e a Eco-Movement. “O novo TomTom Routing and Range vai estar disponível em modelos elétricos selecionados de parceiros, já no final deste ano”, revelou a empresa em um comunicado enviado às redações. A TomTom conseguiu demonstrar, através da ferramenta, a precisão de autonomia a nível de um dígito para uma viagem de 180 km. Os fatores de previsão de autonomia de VEs da TomTom estão relacionados com o nível de bateria atual e máximo, velocidade de condução, tipo de estrada e inclinação, bem como o histórico de dados de trânsito e trânsito em tempo real. Essa precisão na previsão, fornecida pelo sistema, é capaz de oferecer aos condutores dos veículos rotas otimizadas. Desse modo, é possível que o veículo prepare a sua bateria para um desempenho de carregamento rápido, aumentando a vida útil da bateria e reduzindo os custos totais de propriedade, concluiu a empresa. (MultiNews – 20.05.2021)
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5 Mahle apresenta motor para VEs que funciona por indução
A Mahle anunciou seu primeiro motor elétrico sem imãs e sem contato físico, de modo que, não necessita da comunicação física entre a parte fixa (o estator) e a parte móvel (o rotor, que move as rodas), funcionando por meio de indução. Por não ter conexões físicas, haveria menos desgaste nas peças, permitindo uma maior eficiência, que seria de 95%, segundo a própria fabricante. Como o motor não exige imãs, dispensa elementos do chamado grupo das “terras raras”, desse modo, tem uma pegada mais sustentável e mais barata para a produção. Esses dois aspectos somados serão muito úteis no mercado de VEs. (Automotive Business – 17.05.2021)
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6 Volkswagen: produção piloto de baterias de estado sólido
A Volkswagen, em parceria com a QuantumScape, anunciou um novo acordo para selecionar o local de produção e iniciar a linha de montagem de células de eletrólito sólido mais eficientes até o fim deste ano. Entre os prováveis locais para o novo empreendimento estaria Salzgitter, na Alemanha, cidade onde a montadora já possui uma fábrica. A QuantumScape ainda recebeu recentemente um empréstimo de mais 100 milhões de euros da Volkswagen para construir um laboratório e um centro de pesquisas na Alemanha. Se trata da instalação da linha piloto, QS-1, que será inicialmente uma planta de produção comercial de células de bateria de 1 GWh de capacidade para baterias de VEs. As duas empresas pretendem expandir a capacidade de produção em mais 20 GWh no mesmo local. Segundo a companha americana, até o momento tem sido a única empresa a superar os principais desafios de produzir células de eletrólito sólido, graças ao desenvolvimento de um novo separador de cerâmica de baixo custo. A promessa das baterias de estado sólido da empresa é de carregamento até 80% em 15 minutos e manter mais de 80% de sua capacidade original após 800 ciclos de carga/descarga, ou seja, uma longa vida útil com alta eficiência. (Inside EVs – 17.05.2021)
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7 Senai Paraná: estudantes criam garagem solar para carros elétricos
Em um projeto acadêmico que envolveu estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação da área automotiva do Senai Paraná e teve a parceria das empresas Renault, Weg, Brafer e ABR Energia, foi desenvolvido um protótipo de garagem fotovoltaica para a recarga de VEs. O projeto integra um conjunto de estudos de eletromobilidade que envolvem não apenas o desenvolvimento de VEs e seus componentes, mas a questão de infraestrutura de recarga e produção de energia limpa. A garagem está instalada no Complexo Industrial Ayrton Senna, sede da fábrica da Renault em São José dos Pinhais, e foi inaugurada na última semana. Pode gerar 8,67 MWh/ano, quantidade que permite a recarga de até 167 baterias de diversos veículos. Isso representa a possibilidade de rodar até 60 mil km ao ano, evitando a emissão de 1 tonelada de CO2 no meio ambiente. O professor do Senai e orientador do trabalho acadêmico, Rodrigo César Raimundo, explica que o tempo de recarga do carro é de duas horas e 40 minutos. Com a carga completa, o veículo percorre 385 km. A Renault informa que a garagem fotovoltaica é um primeiro protótipo e que o projeto segue em desenvolvimento. Ainda não há informações de quando a garagem poderá ser fabricada em escala comercial. (Gazeta do Povo – 22.05.2021)
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Indústria Automobilística
1 Webmotors: análise acerca do processo de eletrificação dos transportes
Em artigo publicado no jornal Mobilidade/O Estado de São Paulo, Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors, analisa os rumos do mercado de carros elétricos no Brasil e no mundo e se o processo de eletrificação do transporte teria um caráter “sem volta”. O autor afirmou que “… a indústria e o mercado automotivo vêm investindo forte em inovações alinhadas a essa demanda dos consumidores. E as inovações vêm em cadeia, pois envolvem vários fatores. Um deles é a disponibilidade de eletropostos para carregar (ou eletrificar) os veículos, e o outro é o preço das baterias de lítio que os equipam, que vêm caindo ao mesmo tempo em que a autonomia evolui”. Ele concluiu que “da nossa parte, deixo a mensagem que todo o ecossistema automotivo deve estar preparado para essa realidade e para atender aos anseios da atual e futuras gerações por outras formas de mobilidade. O mercado de elétricos e híbridos ainda irá crescer muito nos próximos anos e precisamos encontrar soluções para tornar esses modelos cada vez mais atrativos, reduzindo o custo geral para aumentar ainda mais a comercialização, além de buscar soluções cada vez mais sustentáveis para oferecer uma boa experiência ao cliente e também ao meio ambiente.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo – 21.05.2021)
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2 Volkswagen: carro a hidrogênio “não é a solução”
O CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, escreveu postagens no Twitter, alegando que os carros a hidrogênio não serão a solução para um futuro com mobilidade livre de emissões. “Está provado que o carro a hidrogênio NÃO é a solução para o clima. No transporte, a eletrificação prevaleceu. Debates falsos são uma perda de tempo. Por favor, ouça a ciência!” escreveu Diess. O executivo se baseia em estudo recente do Potsdam Institute – Climate Impact Research (PIK), onde se mostrou que o desenvolvimento de automóveis de passageiros à base de hidrogênio seria prejudicial ao clima, resultando em um aumento e não uma redução de emissões de GEEs em comparação com os atuais a combustão, ao menos por enquanto. Os combustíveis à base de hidrogênio seriam ineficientes, caros e a disponibilidade das matérias-primas necessárias não é confiável, desse modo, seria mais adequado que os VEs movidos a bateria sejam o foco de uma estratégia de mobilidade verde. Desse modo, a Volkswagen está mais focada nos VEs e não mostrou grande interesse em carros com células de hidrogênio. Há cerca de um ano, a montadora alemã chegou a publicar uma comparação entre os dois tipos de propulsão, concluindo que os veículos movidos a célula a combustível são muito ineficientes, tanto em termos de eficiência quanto de custos operacionais. (Inside EVs – 21.05.2021)
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3 Volkswagen: célula de combustível a etanol pode ser opção no Brasil
Em um movimento oposto, ao CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, o CEO da Volkswagen América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, tem se manifestado a favor da tecnologia ainda em desenvolvimento da célula de combustível a etanol. Se trata de uma opção que pode ser mais confortável do que a célula de combustível a hidrogênio convencional, pois não precisa de reabastecimento, já que o processo químico de transformação do etanol em hidrogênio ocorre no próprio automóvel. Outras grandes empresas nacionais e do setor de etanol apoiam o desenvolvimento desta tecnologia como uma solução que seria mais adequada ao nosso mercado e que poderia colocar o Brasil em papel de destaque no cenário da transição energética com o ‘carro elétrico a etanol’. (Inside EVs – 21.05.2021)
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4 BMW: montadora planeja expandir opções totalmente elétricas
O Grupo BMW terá quatro novos carros totalmente elétricos até o final deste ano. Em 2023, o grupo terá pelo menos um modelo 100% elétrico disponível em cerca de 90% de seus atuais segmentos de mercado, não haverá mais nenhum segmento em todo o portfólio de produtos onde a empresa não ofereça pelo menos um modelo 100% elétrico e alguns podem ter exclusivamente modelos elétricos. A montadora garantiu sua capacidade de produção para atender um eventual aumento da demanda por elétricos. Nos próximos dez anos, o BMW Group pretende colocar cerca de 10 milhões de veículos totalmente elétricos nas ruas. (Inside EVs – 18.05.2021)
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5 Volvo: encerramento dos carros a combustão no Brasil até 2030
Até 2030, a Volvo pretende abandonar os motores a combustão. Ainda que o Brasil esteja longe de ser um dos principais mercados de VEs do mundo, a montadora resolveu incluir o país em seus planos de eletrificação e confirmou na terça-feira (18/05) que não irá mais oferecer automóveis 100% a gasolina ou a diesel no país. Com a decisão, o Brasil, junto da Noruega, passa a ser uma das duas nações onde o fabricante sueco já decidiu abolir os carros 100% a combustão. Isso se dá em parte pelo sucesso de vendas dos veículos da empresa desde o lançamento do XC90 Plug-in Hybrid, com o seu lançamento em 2018, a Volvo foi ampliando suas fatias do mercado até garantir uma participação de 40% do mercado brasileiro dos veículos eletrificados. A marca pretende lançar um modelo de SUV totalmente elétrico, com previsão de comercializar 300 unidades do modelo neste momento inicial. (Motor Show – 18.05.2021)
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6 Volvo: expansão da rede própria de eletropostos
De acordo com a Volvo, a ausência de uma infraestrutura para a recarga de VEs ainda é o principal obstáculo para o crescimento na demanda por esse automóvel no Brasil. Diante desse cenário, a montadora pretende aumentar por conta própria, de 700 para 1.000 o número de eletropostos gratuitos em todo o país abertos para clientes Volvo e de carros de outros fabricantes. A Volvo lançará ainda uma plataforma com foco em síndicos profissionais, gestoras de condomínio e incorporadoras para a instalação de 300 carregadores em edifícios de escritórios corporativos e residenciais com subsídio de instalação Volvo. Na primeira fase, a marca pretende atingir cerca de 60 empreendimentos em todo o Brasil, instando, em média, cinco carregadores em cada um. A previsão é que a plataforma esteja funcionando a partir de julho. (Motor Show – 18.05.2021)
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7 Hyudai: anúncio de investimentos em elétricos nos EUA
O grupo Hyundai Motor anunciou um investimento de US$ 7,4 bilhões até 2025. Com esse valor, irá desenvolver novos modelos elétricos, assim como programas de mobilidade inteligente. Além de ampliar a rede de postos de recarga com hidrogênio nos Estados Unidos. O país é segundo maior mercado automotivo global e pretende consumir muito mais VEs com apoio do presidente Joe Biden. Em 2020, o grupo Hyundai já foi a principal fabricante a apostar no hidrogênio como fonte de energia para veículo. A fabricante entregou 70% dos automóveis com esta tecnologia no mundo. (Jornal do Carro – 21.05.2021)
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8 Voltz: startup de motos elétricas recebe aporte financeiro
A startup pernambucana de motos elétricas Voltz anunciou nesta segunda (24/05), que recebeu um aporte de R$ 100 mihões em rodada liderada pela Creditas e pelo Grupo Ultra, controladora dos postos Ipiranga, por meio do seu braço de investimentos, o UVC. “Esse é um investimento estratégico. A venda de motos no Brasil depende de crédito, e a Creditas aparece bem-posicionada para isso. Já o Grupo Ultra nos vê como uma janela para o futuro de seus negócios”, contou ao Estadão Renato Villar, fundador da empresa. A aproximação com o Grupo Ultra visa a uma eventual parceria para transformar os postos da rede Ipiranga em pontos de abastecimento elétrico para as motos. A curto prazo, a rede servirá como showroom dos equipamentos da Voltz. Atualmente, a empresa conta com duas ‘lojas-conceito’, em Recife e em São Paulo, e outros 33 showrooms de franqueados espalhados pelo País. Após o aporte, a Voltz espera implementar outros 40 showrooms, além de trabalhar a possibilidade de outras lojas próprias. Também há a possibilidade da Voltz trazer parte da produção das motos para Manaus, atualmente, elas são produzidas integralmente na China. O projeto de produção nacional ampliaria a capacidade para 15 mil veículos por mês. A Voltz ainda está desenvolvendo um projeto com o iFood para vender motos para entregadores do aplicativo. A empresa prepara para setembro o lançamento da versão profissional da EVS, sua moto, com maior autonomia de bateria. (O Estado de São Paulo – 24.05.2021)
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Meio Ambiente 1 Eletrificação e desafios para redução da pegada de carbono nos transportes De acordo com especialistas, apesar dos VEs produzirem apenas um terço das emissões de um carro a gasolina, não oferecem uma solução suficientemente necessária para reduzir a pegada de carbono nos transportes. Segundo Alexandre Milovanoff, pesquisador de transporte sustentável da Universidade de Toronto, a emissão de carbono dos VEs não é zero, já que as atividades de mineração, fabricação, transporte e reciclagem das peças que compõem cada veículo eletrificado, apresentam emissões de GEE. Além disso, a geração da eletricidade que será consumida pelo veículo, em grande parte, ainda depende de combustíveis fósseis. Dessa maneira, substituir a frota de veículos fósseis por elétricos apenas diminuirá o ritmo de poluição atmosférica, mas não é um meio eficaz para alcançar a emissão líquida zero. Sendo assim, a intensificação da mobilidade ativa poderia ser mais interessante. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, liderada por Christian Brand, mostrou que o aumento na mobilidade ativa traz benefícios significativos quando o assunto são as emissões de carbono, visto que, as pessoas que pedalaram diariamente tiveram 84% menos emissões de carbono em todas as suas viagens diárias do que aquelas que não o fizeram. Ademais, descobriram que as emissões de bicicletas podem ser mais de 30 vezes menores para cada viagem do que dirigir com um carro a combustão e cerca de dez vezes menor do que dirigir um elétrico. Esse estudo da Universidade de Oxford, pode ser encontrado por esse link. (Summit Mobilidade – 20.05.2021) <topo> 2 Empresas utilizam VEs para cumprimento de metas de redução de carbono Apesar de o carro elétrico ainda estar se inserindo no Brasil, o aumento das encomendas das versões comerciais por empresas tem animado os fabricantes. A explicação vem em parte da estratégia de muitas companhias em usar esse tipo de veículo para cumprir metas globais de operações neutras em carbono. A americana FedEx, por exemplo, escolheu esse caminho para cumprir sua meta até 2040. No Brasil, usa cinco furgões movidos a eletricidade para transportar encomendas. A Nestlé conta com 20 vans e um caminhão elétricos para entregas urbanas no país. E a seguradora Porto Seguro adota o compacto Twizy, da Renault, para levar seus técnicos aos locais de atendimento. (Valor Econômico – 18.05.2021) <topo> Outros Artigos e Estudos 1 USP/Unicamp: projetos relacionados à célula de etanol A célula de etanol para mobilidade já está em desenvolvimento no Brasil. A USP e a Unicamp estão participando do desenvolvimento dessa tecnologia em parceria com uma montadora japonesa, além de outras iniciativas. O modelo em desenvolvimento retira o hidrogênio do etanol e depois o utiliza para gerar energia elétrica, que aciona o motor elétrico e impulsiona o veículo. Toda a tecnologia necessária para a mobilidade vai embarcada. O abastecimento é feito com etanol nos postos de combustíveis. (Broadcast Energia – 19.05.2021) <topo> 2 ITF: veículos comerciais leves devem ser prioridade na eletrificação Segundo estudo do “International Transport Forum”, o mercado de veículos comerciais leves (VCL) elétricos, principalmente vans, cresceu nos últimos anos. Vários operadores logísticos globais introduziram um grande número de VCLs elétricos para entregas em áreas urbanas. Porém, enquanto a eletrificação no setor de veículos de passageiros está em alta, sua adoção no setor de veículos comerciais está ficando para trás, apesar de sua aplicação ter se mostrado viável. Os VCLs elétricos disponíveis têm preços elevados, no entanto, eles são bem econômicos pelos baixos custos de combustível e manutenção. O aumento da produção de veículos reduzirá preços, como foi o caso dos VEs elétricos de passageiros. Os VCLs têm a vantagem de uma quilometragem média anual maior do que carros de passageiros, o que maximiza a economia dos custos de combustível depois de eletrificados. Com os custos da bateria projetados para cair, os preços devem melhorar e isso terá um impacto principalmente em países com impostos baixos sobre os combustíveis. Algumas recomendações do estudo são: i) priorizar a eletrificação de veículos com alta quilometragem e atividade diária regular, incluindo VCLs; ii) promover veículos comerciais leves elétricos nas cidades e regular rigidamente os veículos com motor de combustão; iii) definir os requisitos regulamentares e esclarecer os custos para atualizações necessárias da rede elétrica para a ME; e iv) utilizar componentes de VEs de passageiro para reduzir o preço de VCLs e fortalecer a cooperação entre os stakeholders para reduzir os riscos de investimentos para a fabricação de VCLs. (International Transport Forum – 2020) <topo> 3 Sucesso da mobilidade elétrica depende de investimentos em infraestrutura Apesar de muitas grandes montadoras estarem priorizando os VEs, nos seus planejamentos de longo prazo, o sucesso da mobilidade elétrica e a expansão do uso dos elétricos, em larga escala, vai exigir mais infraestrutura voltada para esse segmento, principalmente, de carregamento. Essa necessidade de expansão da infraestrutura, só será atendida via investimentos, principalmente em postos e tomadas eficientes para recarga dos veículos, caso esses aportes não se concretizem, não existe a possibilidade da evolução desse modal, apesar de suas vantagens sustentáveis. Esse gargalo já e percebido nos EUA, mais precisamente na Califórnia, onde, de acordo com estudo da Universidade da Califórnia, 20% de proprietários de VEs voltaram aos modelos à gasolina, em grande parte devido a demora no tempo de carga das baterias dos veículos. Esse é o momento histórico de se investir pesadamente em postos e tomadas eficientes para recargas desses veículos. (Tecmundo – 17.05.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno Pesquisadores: Vinicius José da Costa e Pedro Barbosa Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |
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