Informativo Eletrônico – Mobilidade Elétrica nº 57 – publicado em 18 de maio de 2021.


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IFE: nº 57 – 18 de maio de 2021
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Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Europa: normas de emissões cada vez mais rigorosas incentivam a ME
2 Minnesota (EUA): programa de implementação de novos padrões de veículos “limpos”
3 EUA: Meta de zerar emissões em 2050 e potenciais desafios
4 Zero Emissions Urban Fleets Network e a eletrificação de frotas de alta quilometragem
5 Portugal: apoio para compra de VEs vai perdurar até o fim da legislatura

Inovação e Tecnologia
1
Protótipos de autônomos da Volkswagen e Argo AI entrarão em fase de testes

2 Projeto na Itália promete carregamento sem fio para veículos em movimento
3 Universidade de Cornell: estradas especiais prometem abastecer VEs em movimento
4 Sakku Corporation: bateria de estado sólido impressa em 3D
5 Xpeng registra elevado número de estações de recarga na China
6 Foxconn sela acordo com startup Fisker para fabricar VEs

Indústria Automobilística
1
Nissan: eletrificação deve ser consequência da escolha do consumidor

2 Hyundai anuncia mega investimentos para produzir VEs nos EUA
3 BNEF: produção de VEs será mais barata do que a combustão, em 2027

4 Renault: VEs se tornarão mais lucrativos

5 BMW expande produção de baterias para híbridos e elétricos

6 BMW reduzirá pela metade seus motores à combustão

7 Lighyning eMotors está alavancando seus negócios a fim de expandir sua produção

8 Renault 5 elétrico pode ‘reviver’ tecnologia de bateria removível
9 Bosch aposta em etanol nos VEs no Brasil

Meio Ambiente
1
Cewaste: baixo índice de reciclagem de materiais pode colocar indústria da ME em risco

2 Universidade de Birmingham: desafios das baterias descartadas
3 EUA: projeto que visa reduzir dependência do lítio estrangeiro terá forte impacto ambiental
4 Tesla consome mais lítio do que quatro fabricantes de VEs juntas

Outros Artigos e Estudos
1
World Economic Forum: perspectivas futuras para a eletrificação

2 Iberdrola acelera investimentos em ME
3 AES Brasil instala carregadores para VEs em prédio da BR Properties
4 Stellantis faz parceria com Estapar para recarga de VEs

5 Mobilidade elétrica e o novo paradigma na experiência de cliente


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Europa: normas de emissões cada vez mais rigorosas incentivam a ME

Com o estabelecimento de normas de emissões cada vez mais restritivas na Europa, os veículos limpos estão ganhando espaço aceleradamente. A norma mais recente, o Euro 6, estabelece que até carros a gasolina necessitam de um filtro de partículas. O padrão que deve entrar em vigor em 2025-2026, o Euro 7, será ainda mais exigente. Esse conjunto de normas, coloca os fabricantes de veículos em uma situação em busca por maneiras de tornar os automóveis a combustão cada vez mais limpos, ou até mesmo migrarem para o 100% elétrico. Além dessas normas, vale lembrar as proibições de veículos a combustão anunciados pelas principais nações europeias, por volta de 2030, apesar desses planos ainda não contarem com a votação oficial pelos parlamentos e estarem enfrentando oposição em uma escala relevante. (Inside EVs – 14.05.2021)

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2 Minnesota (EUA): programa de implementação de novos padrões de veículos “limpos”

No dia 10 de maio, foi determinado que o estado de Minnesota (EUA) pode prosseguir com a implementação dos novos padrões de carros “limpos”, o que irá melhorar o controle sobre a qualidade do ar e o progresso para atingir as metas de redução de GEEs do estado. As regras do “Clean car Minnesota” basicamente fazem duas coisas complementares. As regras exigem que os fabricantes de automóveis vendam VEs e caminhões em Minnesota a preços mais acessíveis, a fim de acelerar a transição para o transporte eletrificado. Além disso, as regras exigem que os fabricantes de automóveis reduzam as emissões de gases de efeito estufa de suas ofertas gerais de veículos em Minnesota, para que os habitantes tenham os veículos mais “limpos” disponíveis, independentemente do tipo de combustível. As regras aumentarão a disponibilidade e o número de modelos de carros de baixa emissão, incluindo VEs, para a população, que segundo pesquisas demonstram interesse na compra de VEs. Infelizmente, o estado falhou em atingir sua meta de redução de GEEs de 2015 de 15% em relação a 2005, e não está a caminho de cumprir as metas de 2025 ou 2050 de redução de 30% e 80% em relação a 2005. A análise do UCSUSA mostra que metade do progresso da redução de emissões desapareceria até 2030 se Minnesota não adotasse padrões de emissão de veículos mais rígidos do que o programa federal atual. (UCSUSA – 13.05.2021)

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3 EUA: Meta de zerar emissões em 2050 e potenciais desafios

Para atingir a meta interna de emissões líquidas zero, em 2050, quase toda a frota dos EUA deveria ser substituída por veículos mais limpos, carregados por fontes de energia renováveis ou de baixa emissão, por volta de 2035. Porém, o elevado tempo de operação dos veículos leves pode postergar a eletrificação da mobilidade. De acordo com a IHS Markit, o tempo de operação médio desses veículos chega a 12 anos, esse fator somado a um mercado interno de vendas e revendas de carros usados com grande peso, dificulta a “rotação da frota”. Medidas complementares, que visam impulsionar a transição, deveriam ser estabelecidas, como é defendido por alguns pesquisadores. Dentre essas, existe a estratégia para reduzir a dependência dos americanos em relação às viagens de carro, incentivando o transporte público e a mobilidade ativa. Focar em programas de compartilhamentos de VEs também poderia ser interessante, como atesta um estudo de Abdullah Alarfaj, estudante na Carnegie Mellon University. Outros projetos, como trazer de volta um programa conhecido como “Dinheiro em troca de latas velhas”, que ofereceria vouchers aos consumidores para realizarem a troca de seus veículos a combustão por elétricos, também poderia acelerar essa rotação, apesar de apresentar limitações, como coloca Christopher Knittel, economista de MIT. De acordo com Knittel, um imposto sobre emissão poderia ser mais eficaz, aumentando o preço da gasolina e consequentemente incentivando os motoristas a adotarem os elétricos. O economista também acredita ser concebível que a rotação da frota possa ocorrer mais rapidamente do que se é projetado, devido aos robustos investimentos que o setor de ME tem recebido. (O Estado de SP – 14.05.2021)

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4 Zero Emissions Urban Fleets Network e a eletrificação de frotas de alta quilometragem

Frotas de alta quilometragem, como táxis e carros alugados, têm uma influência muito maior nas emissões. Esse tipo de frota roda 4 vezes mais kms do que um carro normal, portanto, quanto mais rápido essa frota mudar para o elétrico, melhor será para o planeta. Eletrificar essas frotas deve, portanto, ser uma prioridade. A Zero Emissions Urban Fleets Network (ZEUF), fornece uma plataforma dedicada a centralizar esforços de parcerias público-privados para apoiar a descarbonização. A plataforma já realizou uma série de encontros em cidades como Madrid, Paris e Lisboa. Recentemente, foram reunidos legisladores e líderes empresariais para encontrar soluções para eletrificação de alta quilometragem. Embora essas três cidades sejam muito diferentes, alguns temas semelhantes surgiram, incluindo a necessidade de ambientes regulatórios que deem prioridade à eletrificação da frota urbana; a necessidade de maior variedade de veículos e a necessidade de facilitar o acesso a áreas de carregamento, estacionamento e melhorar a infraestrutura no geral. As soluções discutidas pelos líderes mostram as muitas maneiras pelas quais os recursos e capacidades precisarão ser agrupados, compartilhados e integrados entre os setores para superar as barreiras da eletrificação. (The European Sting – 13.05.2021)

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5 Portugal: apoio para compra de VEs vai perdurar até o fim da legislatura

De acordo com o ministro do Ambiente e da Ação Climática de Portugal, Matos Fernandes, em entrevista ao Negócios e Antena 1, o sistema de incentivos para apoio a aquisição de VEs, será mantido até o fim da legislatura. No Orçamento do Estado, esse incentivo está orçado em 4 mi de euros. O ministro se colocou em uma posição contrária ao estabelecimento de uma data para pôr fim aos veículos com motor à combustão interna. Matos Fernandes ressaltou que quando chegou ao posto de ministro apenas 1% dos veículos vendidos no país eram elétricos, já no primeiro trimestre desse ano, essa porcentagem subiu para 15%, demonstrando o crescimento da presença dos VEs, visto que, Portugal é um dos países que oferece apoios para a compra de elétricos. (pplware – 15.05.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Protótipos de autônomos da Volkswagen e Argo AI entrarão em fase de testes

Os primeiros protótipos autônomos, fabricados a partir da parceria entre Volkswagen e Argo AI, entrarão em funcionamento nos próximos meses. É um marco na colaboração do grupo, e faz parte do projeto da Volkswagen de desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma com capacidade de nível 4 para vans autônomas. Os testes começarão em veículos comerciais leves, para depois serem aplicados em vans ou veículos mais pesados. O protótipo (chamado de ID.BUZZ) é um comercial leve e, segundo o diretor da divisão do projeto, deve facilitar na implantação comercial da tecnologia em serviços de transporte e entrega a partir de 2025. Os protótipos comerciais da Volkswagen e o Argo AI consideram o uso de uma combinação de sensores – incluindo LIDAR (“Light Detection and Ranging”), radar e câmeras – essencial para uma capacidade de direção autônoma segura. A Argo AI revelou recentemente seu novo sensor LIDAR , Argo Lidar, que permite ver objetos a 400 metros de distância. O LIDAR Geiger-mode tem a capacidade de detectar a menor partícula de luz – um único fóton – que é a chave para detectar objetos com baixa refletividade. Em pouco tempo e com diversos testes, estas tecnologias poderão ser integradas em veículos comerciais da Volkswagen, segundo o diretor da área. (Fleet Point – 13.05.2021)

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2 Projeto na Itália promete carregamento sem fio para veículos em movimento

A iniciativa chamada ‘Arena do Futuro’ será implementada em área privativa da rodovia A35 que liga Brescia, Bergamo e Milão. A iniciativa visa desenvolver uma infraestrutura de carregamento capaz de realizar a recarga dos veículos sem fio e em movimento, através de um anel asfáltico de 1.050 m de comprimento, com um pavimento especial e resistente ao desgaste, com elevada carga indutiva. O sistema será alimentado com energia elétrica de 1 Mw e a partir do Dynamic Power Transfer, que também irá equipar o anel e será compatível com diferentes tipos de veículos, permitirá a recarga das baterias em ambientes estáticos e dinâmicos. Para garantir os altos padrões de segurança, a iniciativa também vai contar com conexões 5G e a Internet das Coisas. O projeto envolveu diversos segmentos da sociedade e do setor de ME, promovendo uma análise minuciosa da experiência, verificando todas as oportunidades e pontos críticos relacionados ao carregamento sem fio aplicado a veículos em movimento. (Inside EVs – 16.05.2021)

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3 Universidade de Cornell: estradas especiais prometem abastecer VEs em movimento

Na Universidade de Cornell, nos EUA, pesquisadores buscam uma inovação que seria capaz de solucionar um dos principais gargalos para a expansão do uso de VEs, a falta de infraestrutura de carregamento rápido, através de uma estrada inteligente que seria capaz de carregar os veículos que trafegam sobre ela em tempo real, por meio de campos elétricos alternados, dispensando a necessidade de cabos ou conectores. A estrada funcionaria com placas especiais de metal conectadas a uma linha de energia e a um inversor de alta frequência, instalados debaixo da superfície. Essas placas criam campos elétricos alternados que atraem e repelem outras placas fixadas na parte inferior do veículo. O intuito é livrar os motoristas das estações individuais de carregamento, onde o tempo médio de abastecimento varia de três a quatro horas. “Se a bateria estivesse acabando, você passaria para a pista de carregamento, seu carro seria identificado e depois você receberia a conta”, explica o professor Khurram Afridi. Em alguns locais já existem experiências semelhantes, como em Israel, em um trecho de 600 metros que conecta um campus universitário ao terminal rodoviário, ônibus da rede pública serão abastecidos enquanto transportam os passageiros. Na Coréia do Sul, uma rede composta por 24 km de estrada na cidade de Gumi, consegue distribuir energia para os veículos através de cabos instalados debaixo do asfalto, os veículos são equipados com uma bobina sintonizada na mesma frequência dos cabos, possibilitando o processo de recarga por meio de ressonância magnética. (Canal Tech – 13.05.2021)

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4 Sakku Corporation: bateria de estado sólido impressa em 3D

A empresa japonesa Sakuu Corporation anunciou que desenvolveu uma impressora 3D revolucionária especificamente para a produção de células de estado sólido a serem usadas em vários meios de transporte de emissão zero. A impressora funciona em camadas, depositando diferentes misturas umas sobre as outras, combinando lâminas de pós cerâmicos e metálicos e utilizando um material de suporte patenteado denominado PoraLyte que permite maior precisão de produção e agiliza os processos, também permite a adoção de camadas cerâmicas mais finas, aumentando a resistência à quebra e a densidade de energia, bem como, exigindo menos matéria-prima. Como se isso não bastasse, trabalhar com o pó também facilita o descarte e a reciclagem das células quando elas chegam ao fim de sua vida útil. A tecnologia permitirá que muitos agentes iniciem a produção local com investimentos significativamente menores. A Sakuu disse que as primeiras aplicações dessas inovadoras baterias de estado sólido impressas em 3D envolverão veículos elétricos de duas ou três rodas. Em seguida, passará para os quadriciclos leves e, mais tarde, para a indústria automotiva. (Inside EVs – 16.05.2021)

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5 Xpeng registra elevado número de estações de recarga na China

A Xpeng anunciou neste mês que sua rede de carregamento para VEs em todo território chinês, já possui um total de 1.140 estações, abrangendo 164 cidades chinesas, com 19.000 baias individuais, que inclui carregadores convencionais e rápidos e nesse ano ainda pretende expandir a rede para 200 cidades. Assim como funciona na rede da Tesla, o acesso a esses carregadores é gratuito para todos os clientes da Xpeng. A startup é a primeira chinesa a oferecer esse tipo de serviço no país. (Inside EVs – 15.05.2021)

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6 Foxconn sela acordo com startup Fisker para fabricar VEs

A Foxconn, uma das maiores fabricantes de componentes eletrônicos do mundo, e a startup Fisker selaram um acordo para um projeto de produção de um novo VE – que será vendido sob a marca da Fisker na América do Norte, China, Europa e Índia – que foi batizado de “Projeto PEAR”, acrônimo para Personal Electric Automotive Revolution, ou Revolução Automotiva Elétrica Pessoal, em tradução livre. A produção do veículo está prevista para iniciar no final de 2023 e será realizada nos Estados Unidos. Detalhes como o nome do veículo e a localização das futuras fábricas não foram anunciados, mas segundo o acordo, a meta é produzir 250 mil unidades por ano. (Olhar Digital – 14.05.2021)

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Indústria Automobilística

1 Nissan: eletrificação deve ser consequência da escolha do consumidor

Para diretor de operações da Nissan, Ashwani Gupta, a eletrificação será consequência da escolha dos consumidores, que irão optar pelo elétrico à medida que esse se tornar mais competitivo em termos de custo e desempenho. “Para a Nissan, a eletrificação não é o objetivo, mas deve ser a consequência da escolha do consumidor. Iremos eletrificar toda a nossa linha até o final de 2022, então é o cliente que decidirá qual é a melhor escolha de trem de força. Talvez não esperemos até 2030 porque os clientes vão para a eletrificação 100% na Europa até 2026. Nosso trabalho é trazer um carro elétrico competitivo em termos de custo e desempenho para o cliente, e então o cliente decidirá”, afirmou. O diretor também acredita que o Euro 7 irá acelerar a mudança para veículos com zero emissões no continente. (Inside EVs – 14.05.2021)

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2 Hyundai anuncia mega investimentos para produzir VEs nos EUA

O Hyundai Motor Group anunciou um plano de investimentos na cifra de US$ 7,4 bilhões nos EUA, para produzir localmente VEs das marcas Hyundai e Kia. O início de produção está previsto para 2022, a montadora ainda não divulgou quais modelos serão fabricados localmente, pois será uma decisão que dependerá das condições de mercado e política para VEs. O grupo também pretende investir no desenvolvimento e produção de células a combustível de hidrogênio, em colaboração com parceiros públicos e privados locais. Uma parte separada do investimento é a Urban Air Mobility (UAM), uma divisão dedicada a robótica e tecnologias autônomas. A Hyundai Motor Group adquiriu 80% da Boston Dynamics por US$ 1,1 bilhão para estabelecer sua presença no campo da robótica. “A Hyundai liderará o futuro da mobilidade nos Estados Unidos e em todo o mundo. Nossos esforços são uma prova positiva de que a Hyundai continuará a buscar a excelência em nossa linha de produtos atual e futura”, disse José Muñoz, diretor de operações globais da Hyundai Motor Company e presidente e CEO da Hyundai Motor North America. (Inside EVs – 13.05.2021)

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3 BNEF: produção de VEs será mais barata do que a combustão, em 2027

De acordo com estudo da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), encomendado pela ONG Transporte e Meio Ambiente, o custo de produção dos carros e utilitários elétricos custará menos do que veículos com motor a combustão de 2025 a 2027, e poderão representar 100% das vendas de automóveis novos na UE. Os sedãs e SUVs elétricos terão o mesmo custo dos movidos a gasolina a partir de 2026, e os carros pequenos a partir de 2027. No que diz respeito aos utilitários, os modelos leves serão mais baratos a partir de 2025 e os pesados a partir de 2026, indicam as projeções dos autores. Essa queda no custo de produção, também vai refletir na redução do preço dos VEs. A redução dos custos de fabricação será explicada pela “queda no preço das baterias, bem como pelo desenvolvimento de linhas de produção dedicadas exclusivamente aos veículos elétricos”, de acordo com este estudo. “Com a queda dos preços dos carros elétricos, o mercado automobilístico caminha naturalmente para o fim da venda dos térmicos em 2040”, diz Diane Strauss, diretora desta ONG na França. Confira o estudo neste link. (Isto É – 10.05.2021)

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4 Renault: VEs se tornarão mais lucrativos

Segundo o CEO da Renault, Luca De Meo, durante o evento Renault Talk, afirmou que apesar dos carros convencionais a gasolina ainda apresentarem maior rentabilidade do que o elétrico, as coisas estão mudando. Para o CEO, o equilíbrio do carro a combustão e a bateria se dará daqui a quatro ou cinco anos, entre 2025 e 2026, o elemento fundamental para essa trajetória será a bateria. Segundo a montadora o modelo que poderá dar a prova concreta dessas previsões será o Renault 5, que terá uma nova plataforma, novas baterias e nova motorização, que poderá apresentar uma rentabilidade mais elevada, “com certeza queremos estar entre os primeiros a ter uma rentabilidade maior dos veículos elétricos do que dos carros térmicos”, afirmou De Meo. (Inside EVs – 10.05.2021)

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5 BMW expande produção de baterias para híbridos e elétricos

Com foco na expansão de modelos híbridos e 100% elétrico, a BMW iniciou, nesse começo de maio, a produção de componentes para bateria em suas fábricas de Leipzig e Regensburg, na Alemanha, essa estratégia se encaixa dentro dos objetivos da empresa de que os VEs correspondam a, pelo menos, 50% das vendas globais da marca até 2030. Para tanto, a montadora informa que está investindo o equivalente a R$ 1,6 bi na infraestrutura para a fabricação desses componentes e, também, na ampliação das linhas de produção dos chamados trens de força (motores e transmissões) de quinta geração para VEs. Com a chegada das novas unidades, a BMW passa a produzir suas baterias e componentes em três plantas alemães, somando-se a produção realizada em outros países. (iCarros – 11.05.2021)

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6 BMW reduzirá pela metade seus motores à combustão

O BMW Group, vai reduzir em 50% as opções de motores a combustão oferecidos, em 2025. Essa estratégia está de acordo com o compromisso da fabricante em expandir a eletrificação em sua linha. Desse modo, reduzirá a quantidade de opções de conjuntos que oferece na linha atual. A BMW relatou que o ano de 2020 deu um verdadeiro impulso aos seus VEs. As vendas de veículos elétricos aumentaram 13%, enquanto os híbridos plug-in aumentaram 40%. (Motor1 – 16.05.2021)

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7 Lighyning eMotors está alavancando seus negócios a fim de expandir sua produção

A empresa americana Lightning eMotors, produtora de VEs comerciais, está a caminho de se tornar listada na bolsa. Segundo os dirigentes, o crescimento do capital da empresa decorrente deste processo, será destinado a acelerar o negócio e consequentemente aumentar a produção de VEs. A Lightning eMotors, fundada em 2008, tem estado em alta nos últimos anos, à medida que empresas, governos estaduais e locais se comprometem a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para enfrentar as mudanças climáticas. A Amazon disse que comprou 100.000 VEs de entrega. A IKEA planeja usar todos os veículos de entrega de emissões zero. Outras empresas estão aderindo este movimento de eletrificar a frota, isso inclui a DHL Express, que recentemente disse que usará cerca de 100 vans elétricas feitas pela Lightning eMotors. Em março, a Fluid Truck encomendou 40 caminhões de entrega da empresa. A companhia está expandindo muito através do mercado de VEs, o número de funcionários está crescendo de maneira acelerada e as projeções de lucro estão altas. (The Denver Post – 11.05.2021)

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8 Renault 5 elétrico pode ‘reviver’ tecnologia de bateria removível

A Renault está considerando adotar a solução de bateria removível no Renault 5, aposta da montadora como um carro acessível. A possibilidade de troca rápida da bateria, que pode ser muito prático e conveniente para donos de VEs, ainda é vista com cautela por boa parte da indústria automotiva, porém, já é uma prática em expansão na China, onde a startup NIO tem destaque, já que realizou mais de dois milhões de trocas de baterias. Essa tecnologia também beneficia as montadoras que podem aproveitar essas baterias com uma segunda e terceira vida útil após o uso em automóveis. A montadora francesa foi pioneira nessa tecnologia, em uma solução desenvolvida com a israelense Better Place desde 2008 e aplicada no Renault Fluence elétrico. A parceria durou até o pedido de falência da empresa israelense em 2013. Agora, é esperar os resultados dos testes de viabilidade e ver se a Renault voltará a adotar essa comodidade em seus carros elétricos. (Inside EVs – 12.05.2021)

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9 Bosch aposta em etanol nos VEs no Brasil

Um caminho para o Brasil alcançar a evolução dos veículos e participar do processo global de eletrificação, pode ser a partir do uso do etanol, que através de um processo químico, que ocorreria dentro do próprio veículo, gera hidrogênio capaz de produzir eletricidade. Esse processo ainda está em estudos, mas segundo Besaliel Botelho, presidente da Bosch na América Latina, seria uma oportunidade de o país recuperar seu protagonismo que foi apresentado com a tecnologia flex em 2003. A Bosch tem plano global para investir € 1 bilhão no projeto do hidrogênio entre 2021 e 2024. Para Botelho, no Brasil, enquanto esse tipo de tecnologia a partir do etanol não avança é possível compensar o tempo perdido no desenvolvimento do VE por meio da intensificação na produção de híbridos que possam ser abastecidos com etanol, seria uma espécie de “ponte”, para inserir o país no contexto mundial de eletrificação da mobilidade. Botelho ainda estima que em 2030, 60% dos veículos vendidos no mundo serão totalmente elétricos ou híbridos. (Valor – 11.05.2021)

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Meio Ambiente

1 Cewaste: baixo índice de reciclagem de materiais pode colocar indústria da ME em risco

Relatório da Cewaste, projeto financiado pela UE, como parte de seu programa de pesquisa e inovação Horizon 2020, mostra que o baixo índice de reciclagem de uma série de materiais, utilizados para a produção de baterias e componentes de VEs, podem se tornar protagonistas em uma crise de desabastecimento caso nada seja feito. Como os materiais, geralmente, são utilizados em pequenas quantidades, são pouco rentáveis para a indústria de reciclagem. Esse cenário precisa ser revertido devido ao papel estratégico que esses materiais apresentam no futuro e a incerteza com relação a novas fontes. Caso não aumente sua reutilização, o desenvolvimento da indústria verde pode ser prejudicado, e consequentemente a indústria de mobilidade elétrica. “Se deixarmos as coisas como de costume, vamos perder os materiais e em 20 anos teremos uma escassez”, diz Federico Magalini, o diretor-gerente da consultoria Sofies UK, uma das empresas envolvidas na elaboração do relatório. Como o volume usado desses materiais não é elevado, um pequeno número de centros poderia se encarregar de sua reciclagem. Para ler o relatório, clique aqui. (Época – 11.05.2021)

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2 Universidade de Birmingham: desafios das baterias descartadas

Em 2019, uma pesquisa da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, estimou que as baterias de lítio descartadas podem criar uma “enorme montanha de resíduos” e que a tecnologia usada para as reciclar não consegue acompanhar o ritmo de produção de veículos elétricos, mesmo sendo considerados uma opção mais sustentável. Para conhecer mais sobre o estudo, clique aqui. (CNN Brasil – 10.05.2021)

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3 EUA: projeto que visa reduzir dependência do lítio estrangeiro terá forte impacto ambiental

O projeto conhecido com Lithium Americas, que busca aliviar a dependência quase total dos EUA de fontes estrangeiras de lítio, vem gerando protestos de diversos segmentos da sociedade, devido a seu impacto ambiental. Segundo a previsão, a mina, que será localizada em Nevada, consumirá bilhões de litros de águas subterrâneas, potencialmente poluindo o líquido por 300 anos, deixando um rastro expressivo de dejetos. Esse impacto vem gerando preocupações em tribos indígenas locais e rancheiros, levando até mesmo a medidas judiciais para impedir a construção da mina. De acordo com Tim Crowley, um dos vice-presidentes da Lithium Americas, empresa operará de maneira responsável. Algumas montadoras já expressam preocupação com métodos extrativos que produzem impactos ambientais negativos. Segundo Sue Slaughter, diretora de compras da Ford, a empresa buscará usar sua influência, advinda do poder de compra que a indústria automobilística representa, para direcionar essas atividades extrativistas a produzirem de maneira responsável. Essa luta em torno da mina de Nevada simboliza uma tensão que surge por todo o mundo, em que se avalia que VEs e energias renováveis podem apresentar impactos negativos ao ambiente. (O Estado de São Paulo – 14.05.2021)

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4 Tesla consome mais lítio do que quatro fabricantes de VEs juntas

A Tesla consumiu mais lítio do que a BYD, Volkswagen, Renault e Audi juntas, segundo um estudo da consultoria Adamas Intelligence, colocando em circulação 18.700 toneladas de lítio nas ruas e estradas. As Américas responderam por 47% do consumo de lítio da Tesla, enquanto a região da Ásia-Pacífico foi responsável por 34%, a Europa por 19% e o restante do mundo por menos de 1%. Segundo a consultoria, durante os primeiros trimestres do ano passado, 100% do consumo do elemento químico da Tesla foi na forma de hidróxido de lítio. Mas, com o lançamento do Model 3, fabricado na China com baterias LFP, o consumo caiu para 84% no quarto trimestre de 2020. Para conhecer mais do estudo, clique aqui. (CNN Brasil – 10.05.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 World Economic Forum: perspectivas futuras para a eletrificação

Enquanto a venda global de carros, em geral, decaiu devido à pandemia, a venda de VEs se intensificou em 2020. De acordo com a IEA, a previsão é que essa tendência continue nessa próxima década. A seguir estão cinco fatos importantes sobre os VEs: i) no final de 2020, constavam em circulação 11 mi VEs e, dentre estes, 10 mi eram carros. Projeções apontam que dependendo dos incentivos dos programas climáticos, até 2030 podem chegar a 230 mi VEs (12% de toda a frota global); ii) durante o ano de 2020, apesar da pandemia, a compra de VEs aumentou em 46% no mundo; iii) gastos de consumidores e de governos com VEs aumentaram em 2020. Com diversos modelos novos de VEs e preços de baterias caindo, os consumidores gastaram 50% a mais em VEs em 2020 (US$ 120bi total gasto por consumidores no ano). Os governos continuam a aumentar seus incentivos e encorajar a compra de VEs; iv) os registros de ônibus e caminhões elétricos também aumentaram nos grandes mercados, principalmente na China em que, por exemplo, os registros de ônibus aumentaram 9% em 2020; e v) a adoção acelerada de VEs tem potencial para cortar em mais de um terço as emissões até 2030 com as polícias já aplicadas hoje. Com políticas mais ambiciosas e “agressivas” o corte de emissões pode chegar a dois terços. (World Economic Forum – 12.05.2021)

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2 Iberdrola acelera investimentos em ME

A Iberdrola segue apostando na eletrificação do transporte, com um plano de mobilidade sustentável, que prevê o investimento de 150 mi de euros, que busca intensificar o desenvolvimento de pontos de recarga para VEs nos próximos anos, com a previsão da instalação de 150.000 pontos de carregamento, em diversos locais e estabelecimentos. A aposta se dará em investimentos para estações de alta eficiência, com estações ultra-rápidas (350 kW), super-rápidas (150 kW) e rápidas (50 kW). A empresa vai acelerar seu programa com a concessão de contratos, no montante de 50 mi de euros, com 20 pequenas e médias empresas de 11 Comunidades Autônomas, para a instalação de pontos e soluções de recarga na Espanha, permitindo a instalação de 3.600, tanto para empresas como em vias públicas, o que, também, será capaz de gerar 200 vagas de emprego. (REVE – 11.05.2021)

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3 AES Brasil instala carregadores para VEs em prédio da BR Properties

Diante do cenário de crescimento do mercado de carros elétricos no País, a AES Brasil vai instalar carregadores em garagem de edifício comercial da BR Properties. Os equipamentos foram colocados na Torre Nações Unidas, em São Paulo, e fazem parte do projeto de eletromobilidade que a AES mantém junto com a Aneel, com duração de 30 meses e investimento previsto de R$ 5,4 milhões até 2022. (Broadcast – 10.05.2021)

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4 Stellantis faz parceria com Estapar para recarga de VEs

O Grupo Stellantis anunciou a criação de uma rede de recarga para veículos de mobilidade elétrica no Brasil, fruto de uma parceria com a Ecovagas, uma iniciativa entre Estapar e Enel X. Com o projeto, os clientes da Stellantis poderão recarregar seus veículos de maneira gratuita nos estacionamentos da rede Estapar. Serão disponibilizados ao todo 200 pontos de recarga para os clientes do Grupo Stellantis, que iniciam sua chegada ao país no segundo semestre deste ano com o Peugeot 208 e-GT e o Fiat 500e. Os equipamentos também apresentam a tecnologia da Enel X, capaz de abastecer 80% da bateria de um VE em aproximadamente 3 horas. Na primeira fase, as estações de recargas estão sendo instaladas em 23 cidades em 10 estados. (UOL – 13.05.2021)

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5 Mobilidade elétrica e o novo paradigma na experiência de cliente

O interesse dos consumidores em VEs continua a crescer e os principais drivers de mudança são o impacto no meio ambiente, a poupança estimada no ciclo de vida do carro e o desempenho em estrada. A queda dos preços das baterias ajudou a equilibrar o preço de compra de alguns VEs com os veículos de combustão interna. Em 2040, é estimado que a penetração de mercado global dos VEs seja de 33%, em comparação com os atuais 2%, e que o valor de mercado de ME atinja os $2 tri, nos EUA e Europa. Para as empresas de eletricidade, a ME é uma oportunidade de capturar valor, através de novos modelos de negócio. A venda de eletricidade para VEs é um caminho natural, mas requer a introdução de um novo modelo de pricing, diferente das tradicionais tarifas de eletricidade. Há espaço para uma nova oferta de serviços relacionados a ME que consigam cobrir toda a jornada de cliente, como por exemplo, apoio na decisão de compra do veículo elétrico, serviços de navegação para localizar pontos de carregamento, entre outros. O sucesso destes novos modelos vai depender da capacidade de entregar uma experiência de excelência ao cliente de ME. As empresas de eletricidade não conseguirão entregar sozinhas todos os serviços ao cliente ME, mas têm uma oportunidade única para coordenar e liderar esse processo. (Observador – 10.05.2021)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Vinicius José da Costa e Pedro Barbosa
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.

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