Informativo Eletrônico – Mobilidade Elétrica nº 56 – publicado em 11 de maio de 2021.


IFE: Informativo Eletrônico de Mobilidade Elétrica
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 56 – 11 de maio de 2021
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
Impulsionadores do crescimento mundial do mercado de veículos elétricos
2 Rússia: processo de transição para a mobilidade elétrica até 2030
3 EUA: desafios para a construção da infraestrutura de recarga nacional
4 EUA: investimento público e privado e a expansão da infraestrutura de recarga
5 EUA: projeto de lei visa financiamento para veículos elétricos e estações de recarga
6 Chicago: 100% da frota de ônibus elétrica em 2040

Inovação e Tecnologia
1
Mobilize: novo serviço de compartilhamento de VEs da Renault

2 Uber vai começar a produzir veículos elétricos
3 BMW e Ford lideram investimento na Solid Power
4 Sono Motors/MAN: aplicações de tecnologia solar em VEs comerciais
5 Tesla: Rede de supercarregadores chega a 25.000

Indústria Automobilística
1
Artigo GESEL: A eletrificação da indústria automobilística do Brasil

2 Artigo GESEL: Experiência na eletrificação de frotas comerciais
3 Perspectivas para o mercado de veículos elétricos em 2040

4 Atuação da Tesla e futura concorrência no mercado de veículos elétricos

5 Volkswagen apresenta metas de eletrificação

6 Índia: potencial do mercado de e-bus pode superar o mercado chinês

Meio Ambiente
1
IEA: energia para alimentar VEs emitiu metade de CO2

2 IEA: transição energética e a dependência por alguns minerais
3 Volkswagen investe em projetos de energia renovável
4 Honda: nova meta de descarbonização pode beneficiar o Brasil

5 Veículos elétricos poluem menos em seu ciclo de vida

Outros Artigos e Estudos
1
Artigo: Vale a pena investir em um carro elétrico?

2 EUA: infraestrutura de carregadores rápidos precisa ser expandida
3 Com planos de estímulo a ME, preço do Lítio vem aumentando
4 Nature Energy: estudo acerca da experiência do usuário de VE

5 Universidade de Graz: baterias de VEs ficam mais seguras conforme envelhecem


 

 

Políticas Públicas e Regulatórias

1 Impulsionadores do crescimento mundial do mercado de veículos elétricos

No final de 2020, 10 milhões de Veículos Elétricos (VEs) transitavam no mundo. No 1º tri de 2021, as vendas globais de VEs aumentaram cerca de 140% em comparação com o mesmo período de 2020, impulsionadas pela China e Europa. Segundo a IEA, a resiliência das vendas no período de pandemia teve como base os seguintes pilares: i) estruturas regulatórias de apoio; ii) incentivos adicionais para proteger vendas de VEs da crise econômica; iii) expansão no número de modelos de VEs; e iv) queda contínua no custo da bateria. Apesar dos governos terem aumentado seus gastos para apoiar as vendas de VEs, a parcela dos incentivos do governo no gasto total com VEs diminuiu nos últimos cinco anos, sugerindo que os VEs estão se tornando cada vez mais atraentes para os consumidores. Mas, segundo a IEA, governos também precisarão implementar políticas para promover veículos com emissão zero nos segmentos de médios e pesados e a infraestrutura de carregamento rápido correspondente. Em relação ao Brasil, 2019 foi relevante para o mercado nacional da Mobilidade Elétrica (ME). O registro de VEs leves de passageiros e comerciais foi três vezes maior, na comparação com 2018, passando para 11.205 unidades. Embora o mercado aponte que a transição da frota para a ME já é viável economicamente, a expansão do uso de elétricos ainda esbarra em questões como políticas públicas e infraestrutura. (EPBR – 05.05.2021)

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2 Rússia: processo de transição para a mobilidade elétrica até 2030

O ministro da Indústria da Federação Russa, Denis Manturov, garantiu que uma série de medidas serão implementadas no país para garantir que uma certa parcela de carros verdes, que incluem VEs a bateria e a hidrogênio, e carros a gás natural, seja incluída na gama de modelos de todas as montadoras, até 2030. De acordo com o ministro, a eliminação dos carros movidos a combustível fósseis, será gradual e suave. (Inside EVs – 07.05.2021)

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3 EUA: desafios para a construção da infraestrutura de recarga nacional

Os desafios relacionados à ME vão além do preço de aquisição, os motoristas precisam ser capazes de recarregar seus VEs de maneira conveniente e rápida. O plano do novo governo prevê um gasto de US $ 15 bi em 500 mil estações de carregamento. Segundo especialistas, o número de VEs acumulado até 2030 pode chegar a 35 milhões nos EUA demandando um grande upgrade na rede de carregadores. Custos não serão a única barreira, a regulação local e o fornecimento de energia também devem ser analisados de perto. O carregamento pode se tornar um grande problema devido à falta de carregadores rápidos, o que gera um desconforto e ansiedade para os motoristas. Um estudo estimou que para se chegar a uma estrutura aceitável em 2030, será necessária a instalação diária de cerca de 380 estações de carregamento (tipo 2 e ultra rápidas) por dia nos próximos 9 anos, atualmente estão sendo instaladas cerca de 30/dia. O custo será alto e ainda não está claro quem deverá arcar com isso, mas tanto o governo Biden quanto o setor privado estão cientes destas barreiras. (Forbes – 05.05.2021)

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4 EUA: investimento público e privado e a expansão da infraestrutura de recarga

Os americanos precisarão de 26 milhões de novas tomadas de recarga instaladas em suas casas e prédios de apartamentos na próxima década, exigindo cerca de US $ 39 bilhões em investimentos, segundo estudo do Atlas, se a indústria automobilística do país for totalmente elétrica até 2035. A ansiedade relacionada à recarga está se mostrando uma barreira. Além da falta de recarga em estados rurais, o carregamento doméstico ainda é um desafio. A instalação da infraestrutura de recarga doméstica custa entre US $ 1.000 e US $ 2.500 e é inacessível para o grande público, sendo uma razão para a não adesão dos elétricos. Para mudar totalmente para os VEs, o país precisará de outros US $ 39 bilhões em investimentos em infraestrutura até 2031. A administração Biden tem planos de investimento que somados chegam a US $ 174 bilhões em gastos que serão destinados a VEs. Porém, segundo o estudo, o setor privado precisará contribuir. (Bloomberg – 10.04.2021)

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5 EUA: projeto de lei visa financiamento para veículos elétricos e estações de recarga

Parlamentares dos EUA estão pressionando por financiamentos voltados ao estímulo a VEs em oposição aos movidos por combustão, além de verba para construção de centenas de milhares de estações de recarga de baterias. Os deputados Andy Levin e Alexandria Ocasio-Cortez divulgaram na quarta-feira (05/05) uma versão revisada do projeto de lei, apelidado de “Lei pela Liberdade dos Veículos Elétricos”, que visa a construção de uma rede de estações de recarga de alta velocidade em cinco anos, ao longo das vias públicas do sistema nacional rodoviário do país. Para conhecer mais o projeto de lei, acesse aqui. (Isto É – 05.05.2021)

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6 Chicago: 100% da frota de ônibus elétrica em 2040

A Chicago Transit Authority (CTA) começou a realizar testes com passageiros em seis protótipos de ônibus elétricos, se a experiência for satisfatória, a CTA vai autorizar a produção de mais modelos desses VEs. De acordo com o presidente da gerenciadora, Dorval R. Carter, “Assim que esses veículos protótipos passarem pela fase de testes e adquirirmos ônibus elétricos adicionais, a CTA estará um passo mais perto de sua meta de ter uma frota 100% elétrica até o ano de 2040 ”, afirmou. A CTA já tem um contrato com a Proterra, líder da indústria de fabricação de ônibus elétricos, para comprar um total de 23 ônibus do tipo a um custo de aproximadamente US$ 900.000 por veículo. Os coletivos carregam em cinco estações de recarga elétrica rápida nas paradas de Chicago, além de um equipamento alocado na garagem. (Via Trolebus – 03.05.2021)

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Inovação e Tecnologia

1 Mobilize: novo serviço de compartilhamento de VEs da Renault

O novo serviço de compartilhamento de VEs da Renault, chamado Mobilize, começa a ser implantando na cidade de Bérgamo na Itália, com 45 unidades do Renault Zoe e custa 10 euros por hora com 50km incluídos, a ideia é proporcionar que o cliente não precise recarregar o carro, mas aproveite os 400km de autonomia. A iniciativa vai objetivar uma fórmula em que a gestão direta ficará a cargo de uma concessionária local. O serviço será totalmente administrado por uma plataforma digital, um aplicativo que permitirá reservar o carro, verificar a carga e autonomia, estabelecer a duração do aluguel e até mesmo abri-lo e dar partida. O motorista será livre para se deslocar para onde quiser, desde que devolva o veículo em uma das 20 estações para a devolução do carro, após o fim do período de aluguel. O Mobilize estará ativo a partir de junho. (Inside EVs – 07.05.2021)

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2 Uber vai começar a produzir veículos elétricos

A Arrival, fabricante britânica de vans e ônibus elétricos, desenvolverá um carro elétrico para a Uber Technologies Inc (UBER.N) que entrará em produção no final de 2023. O novo VE terá um conceito focado na prestação de serviços de carona e terá um preço acessível, priorizando o conforto, a segurança e a conveniência do motorista, ao mesmo tempo garantindo uma experiência de qualidade dos passageiros. O VE se encaixa dentro do planejamento da Uber para se tornar uma plataforma de mobilidade elétrica na maioria dos centros globais, até 2030. (Click Petróleo e Gás – 04.05.2021)

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3 BMW e Ford lideram investimento na Solid Power

A BMW e Ford estão liderando um investimento de US$ 130 mi na Solid Power, startup americana de baterias de estado sólido, esse tipo de bateria apresenta uma densidade energética mais alta do que as demais baterias de ion-lítio, permitindo uma duração em distâncias maiores e uma recarga mais rápida. Esse movimento acompanha uma tendência que também é apresentada pela Toyota, Nissan Motors e Volkswagen, em uma espécie de “corrida” para comercializar baterias do estado sólido. A Solid Power planeja começar a fabricar baterias de 100 Ah que podem ser usadas para alimentar VEs em uma linha de produção piloto em 2022, a serem fornecidas à BMW e à Ford para fins de teste a partir daquele ano. A startup já produz baterias de estado sólido de 20 Ah. A BMW pretende iniciar os testes de estrada de veículos movidos a baterias de estado sólido até 2025 e trazê-los ao mercado até 2030. Ambas as montadoras terão representação no conselho da startup. (Valor Econômico – 05.05.2021)

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4 Sono Motors/MAN: aplicações de tecnologia solar em VEs comerciais

Segundo carta de intenção, assinada pela MAN Truck & Bus e Sono Motors, as empresas buscaram investigar a viabilidade da implementação da tecnologia da Sono Solar Technology no veículo eTGE, da MAN. Estão sendo investigados pelas companhias três aplicações para a Sono Solar technology: no painel da van, em um sistema de ar-condicionado no teto da van e no sistema de refrigeração do veículo. Nos três conceitos, o foco é que a energia solar adquirida, possa ser utilizada para suprir uma faixa adicional de energia ou até mesmo garantir a autossuficiência desses serviços auxiliares. Desse modo, o foco é na redução da energia exigida para os VEs, com o intuito de reduzir o número de paradas necessárias para o carregamento. (Green Car Congress – 08.05.2021)

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5 Tesla: Rede de supercarregadores chega a 25.000

A rede de supercarregadores da Tesla alcançou a marca de 25.000 carregadores globalmente, sendo a primeira rede global de estações com carregadores rápidos. Esse êxito começou a ser construído em 2012, quando a empresa trouxe ao mercado o Model S e percebeu que basicamente não existiam estações de carregamento rápido, resolvendo optar pela estratégia de desenvolver sua própria rede. Apesar de dificuldades na construção de estações de carregamento, o que resultou em alguns atrasos na estruturação da rede, a partir do lançamento da versão V3 do Supercharger, que apresenta uma maior potência, o estabelecimento da rede se acelerou. No final de 2020, a Tesla apresentava 20.000 baias de carregamento em suas 2.100 estações. Agora, a rede já é composta por 25.000 baias de carregamento em 2.700 estações de recarga. (Electrek – 07.05.2021)

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Indústria Automobilística

1 Artigo GESEL: A eletrificação da indústria automobilística do Brasil

Em artigo publicado no Valor Econômico, Nivalde de Castro (coordenador do Gesel), Roberto Brandão (pesquisador sênior do Gesel) e Mauricio Moszkowicz (pesquisador sênior do Gesel) abordam a transformação da indústria automobilística no contexto da transição energética mundial. Segundo os autores, “a difusão dos veículos elétricos é irreversível, tendo em vista os compromissos internacionais assumidos com a descarbonização”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.05.2021)

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2 Artigo GESEL: Experiência na eletrificação de frotas comerciais

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Lucca Zamboni (pesquisador associado do Gesel), Luiza Masseno Leal (pesquisadora do Gesel), Vinícius José da Costa (pesquisador júnior do Gesel), Bianca Castro (pesquisadora associada do Gesel) analisaram a experiência na eletrificação de frotas comerciais, seus motivadores, beneficiadores e as condições de implementação. Os autores afirmam que “o processo de transição energética atualmente vigente está em linha com a necessidade de descarbonização da economia. Neste sentido, busca-se estabelecer uma matriz elétrica com maior participação de fontes renováveis, juntamente à eletrificação de atividades econômicas essencialmente poluidoras.” O artigo também traz um panorama dos aspectos da eletrificação das frotas de distribuidoras de energia elétrica. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.05.2021)

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3 Perspectivas para o mercado de veículos elétricos em 2040

Dados recentes do estudo “Drivetrain in Transition” mostram que em 2040, cerca de 45% dos veículos leves vendidos em todo o mundo serão VEs. A participação dos carros a combustão cairá 16% no setor. Isso terá um impacto significativo na criação de valor e no investimento nos principais mercados automotivos. O estudo ainda projeta cenários mais extremos, devido à legislação mais rígida sobre poluentes e emissões de CO2 existe a possibilidade de automóveis novos com motores a combustão deixarem de ser vendidos na Europa até 2040. Isto pode resultar num declínio de 80% nas tecnologias de combustão convencionais. Em relação a empregos na indústria automotiva, o estudo afirma que se as oportunidades forem aproveitadas no setor de engenharia mecânica, juntamente a novos serviços e tecnologias é possível manter o nível de empregos atual do setor e até mesmo gerar mais empregos devido às novas áreas de negócio que serão criadas. Levando diversos fatores em consideração, o estudo aponta que um volume de investimento anual ajustado pela inflação de cerca de 11,5 bilhões de euros é esperado na Europa para expandir o mercado de VEs. (Transport Engineer – 06.05.2021)

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4 Atuação da Tesla e futura concorrência no mercado de veículos elétricos

A Tesla parece ser envolta em uma aura futurista que gera fascínio em investidores do mundo todo. Toda essa roupagem vem de promessas da companhia, como a de popularizar os VEs – mercado em que a Tesla foi pioneira e tem praticamente um ‘micro monopólio’. Entretanto, há novos players entrando nesse segmento. “Até o ano que vem, a Volkswagen e a General Motors devem ultrapassar a Tesla em número de vendas de carros elétricos”, diz o especialista Castiglione, da EWZ. Essa também é a visão de Alberto Amparo, analista internacional da Suno Research. “A Tesla vai ter muita competição. Todas as montadoras famosas europeias vão competir com a empresa de Musk, além da chinesa Nio, entre outras. Não há uma vantagem competitiva clara”, afirma. “Se você olha para as evidências, para os fundamentos da empresa, os preços da Tesla não fazem sentido algum, são praticamente obscenos.” A tendência, portanto, é que essas vendas fiquem cada vez mais diluídas, paralelamente ao acirramento da concorrência no mercado de VEs. (O Estado de São Paulo – 05.05.2021)

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5 Volkswagen apresenta metas de eletrificação

A estratégia da Volkswagen visa eletrificar totalmente a nova frota, com a meta de 70% de todas os veículos vendidos na Europa sendo totalmente elétricos, o que representaria mais de um milhão de veículos, superando as exigências do Acordo Verde da União Europeia. Na América do Norte e China, a participação do segmento nos negócios deverá ser de pelo menos 50%. Além disso, a ideia é lançar pelo menos um novo VE a cada ano. Os planos foram anunciados durante o Way To Zero, primeira convenção para detalhar as novas metas de sustentabilidade ambiental. (CanalEnergia – 03.05.2021)

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6 Índia: potencial do mercado de e-bus pode superar o mercado chinês

O mercado do e-bus já está na curva de crescimento e cerca de 57.000 e-buses foram vendidos em 2020, com tendências indicando que 1 em cada 2 ônibus vendidos poderá ser elétrico até 2030. Os VEs leves tiveram uma penetração de apenas 1,4% no mercado global de veículos leves, o que significou 11,41 milhões de unidades vendidas. A China é atualmente o maior mercado de ônibus mundial, porém o pequeno mercado de ônibus da Índia, seu tamanho populacional semelhante ao da China e a falta de infraestrutura de transporte público destacam que o país tem grande potencial de crescimento para ônibus e e-buses. Projeções apontam que o mercado de e-buses e VEs leves podem aumentar 49x em relação aos níveis atuais até 2030 na Índia. O maior desafio do comércio de e-bus é o custo total do veículo que pode ser de 3 a 5 x superior aos convencionais. (Forbes – 06.05.2021)

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Meio Ambiente

1 IEA: energia para alimentar VEs emitiu metade de CO2

Em pesquisa divulgada recentemente pela IEA, foi apontado que a energia produzida para abastecer a frota global de automóveis elétricos foi responsável pela emissão de 51 megatoneladas de carbono, o que correspondeu a 53 megatoneladas a menos, em relação a energia demandada pela frota semelhante dos veículos a combustão. O relatório mostra que é preciso diminuir a intensidade das emissões de CO2 na produção de energia, para que seja possível o aproveitamento integral do potencial dos VEs na mitigação da mudança climática. (Inside EVs – 07.05.2021)

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2 IEA: transição energética e a dependência por alguns minerais

No relatório “O papel dos Minerais Críticos nas Transições de Energia Limpa”, publicado pela IEA, foi estimado que a dependência por minerais, como níquel, cobalto, lítio, cobre, entre outro, pode aumentar seis vezes até 2040. Isso vai ocorrer, em parte, devido a expansão das renováveis e da eletrificação das frotas dos veículos. Uma central eólica exige nove vezes mais recursos minerais do que uma central tradicional a gás, dessa maneira, a expansão das fontes renováveis somada a eletrificação dos veículos, levará a um aumento significativo da demanda por recursos minerais. (Multi News – 07.05.2021)

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3 Volkswagen investe em projetos de energia renovável

A Volkswagen anunciou que contratos, com a energética RWE, já foram assinados para o projeto de uma fotovoltaica de 420 mil módulos e capacidade para produzir 170 milhões de Kw/h, por ano, na Alemanha, e está planejando reunir 7 TWh de eletricidade verde, em todos os projetos reunidos, até 2025. Essa ação vai de encontro com o projeto da montadora de tornar-se neutra em emissões até 2050, reduzindo em um primeiro momento 40% da liberação de gases por veículo na Europa até 2030, essa estratégia inclui toda a cadeia de produção, fornecimento e operação de VEs e reciclagem sistemática das baterias de alta voltagem. Os planos foram anunciados durante o Way To Zero, primeira convenção para detalhar as novas metas de sustentabilidade ambiental. (CanalEnergia – 03.05.2021)

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4 Honda: nova meta de descarbonização pode beneficiar o Brasil

A Honda revisou sua meta de descarbonização, mirando a neutralidade de carbono até 2050, antes a meta era apenas de reduzir as emissões pela metade. Essa estratégia pode beneficiar o Brasil, no que diz respeito a investimentos em geração renovável. De acordo com o vice-presidente industrial da Honda Automóveis e presidente da Honda Energy no Brasil, Otavio Mizikami, “Quando a matriz lança o desafio precisamos correr atrás de soluções”, disse ao EnergiaHoje. Com a meta anterior, a Honda já havia implementado no país, em 2015, um parque eólico em Xangri-lá, no RS, o parque apresenta 31,7 MW de potência com 10 torres, atendendo toda a demanda de energia de suas duas fábricas de carros, em Sumaré (SP) e Itirapina (SP) e dos prédios administrativos na capital paulista, pelo sistema de equivalência do SIN. Desse modo, o executivo não descarta a possibilidade futura de investimentos na energia eólica, tendo em vista o know-how já adquirido, porém, ressalta que ainda não houve tempo para estruturar ações que ajudem na meta global de neutralização do grupo. (Brasil Energia – 06.05.2021)

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5 Veículos elétricos poluem menos em seu ciclo de vida

Em webinário promovido pela Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME), foi destacado que o nível de emissões do ciclo de vida dos VEs é sempre menor que o de veículos com motores a combustão. O presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) e diretor de marketing e sustentabilidade da BYD, Adalberto Maluf, ressaltou que a maior parte dos estudos mostra que a bateria tem um saldo positivo, no que diz respeito ao nível de emissões. (Inside EVs – 07.05.2021)

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Outros Artigos e Estudos

1 Artigo: Vale a pena investir em um carro elétrico?

Em artigo publicado pelo Estadão, Diego Fischer, CEO da Carupi, avaliou que apesar do investimento alto, os VEs apresentam custos operacionais e de manutenção mais vantajosos, em relação aos veículos de combustão, emanando uma economia no longo prazo. O autor afirma, “o mercado de carros elétricos e híbridos está gradativamente ganhando força, seja pela atração à inovação, seja pela economia operacional, ou pelo objetivo de sustentabilidade. No entanto, esse é um investimento inicial alto, tanto para modelos novos, quanto para seminovos – que são poucos, quando se compara aos modelos tradicionais de combustão.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 04.05.2021)

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2 EUA: infraestrutura de carregadores rápidos precisa ser expandida

Segundo um estudo realizado na Universidade da Califórnia em San Diego, é recomendado a expansão de estações de carregadores rápidos de VEs para o mundo pós pandemia. O estudo realizado no campus aponta que durante a pandemia a utilização dos carregadores diminuiu drasticamente com a universidade operando remotamente, refletindo uma tendência nacional. Viagens de carro diminuíram cerca de 40% nos EUA desde o começo da pandemia. Porém, carregadores rápidos (carga completa em meia hora) foram menos afetados, com uma queda inicial de 67%, mas rapidamente retornando aos níveis usuais. O estudo aponta alguns desafios relacionados ao carregamento nos EUA. Apenas uma pequena fração dos carregadores é rápida e a maioria destes carregadores rápidos é exclusivo para veículos Tesla. Segundo o estudo, o fluxo de recargas não deve retornar ao normal logo após a pandemia. E isso pode ser positivo, pois a atual infraestrutura de carregamento precisa ser melhorada para suportar um boom no mercado. (EurekAlert! – 06.05.2021)

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3 Com planos de estímulo a ME, preço do Lítio vem aumentando

Os índices de preços do lítio, um importante suprimento para a produção de bateria, saltaram 59% desde abril de 2020. De acordo com dados da Benchmark Mineral Intelligence, essa trajetória acompanha a expansão dos pacotes de incentivos a ME, implementados em diversos países, como também o aumento nos investimentos de montadoras na produção de VEs. Espera-se que a demanda por lítio supere a oferta em 2025, quando muitas montadoras planejam o lançamento de novas frotas de VEs, o que exigiria uma alta ainda maior dos preços para estimular a construção de mais minas, o que impactaria os preços que os consumidores pagam pelos carros. De acordo com Paul Graves, presidente-executivo da Livent, fornecedora da Tesla, “será um desafio para a indústria de lítio produzir material qualificado suficiente no médio prazo”. Segundo Chris Berry, consultor independente da indústria de lítio, “os próximos anos serão fundamentais para sabermos se há oferta suficiente de lítio disponível”. (Isto É Dinheiro – 07.05.2021)

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4 Nature Energy: estudo acerca da experiência do usuário de VE

Um novo estudo publicado na revista Nature Energy pelos pesquisadores Scott Hardman e Gil Tal da University of California Davis, investigou se os consumidores de VEs permaneciam com o elétrico ou se retornavam para o veículo a gasolina. A questão foi analisada sob o ponto de vista de quem comprou um VE na Califórnia entre 2012 e 2018. A pesquisa revelou que o tempo de recarga é o principal motivo pelo qual 1 a cada 5 donos de VEs retornou para os carros a gasolina. A pesquisa destacou ainda que entre os que ‘desistiram’ dos VEs, mais de 70% não tinham acesso ao carregamento doméstico ‘Nível 2’, conexões de energia de 240 volts, e tampouco tinham à disposição esse tipo de conexão nos locais de trabalho, o que dificultava a recarga dos veículos. O estudo também mostrou que 2/3 desses donos de carros eletrificados nunca utilizaram uma estação de carregamento por motivos que não ficaram claros. “Se você não tiver um Nível 2, é quase impossível”, disse Tynan, que testou uma ampla gama de marcas e modelos de carros elétricos ao longo dos anos em suas pesquisas. “O que está claro é que isso pode desacelerar o crescimento do mercado de elétricos e híbridos plug-in e dificultar a meta de 100% das vendas de veículos eletrificados.” A pesquisa na integra pode ser acessada através deste link. (Inside EVs – 04.05.2021)

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5 Universidade de Graz: baterias de VEs ficam mais seguras conforme envelhecem

Os estudos feitos por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria, demonstraram que quanto mais antiga é a bateria, menor é o perigo que ela apresenta. Os pesquisadores examinaram todos os cenários possíveis que uma bateria pode enfrentar ao longo de sua vida útil. Durante os testes, os pesquisadores descobriram que as acelerações e vibrações que ocorrem no dia a dia, não afetam o comportamento nem o desempenho das baterias ao longo do seu ciclo de utilização. No entanto, os carregamentos e descarregamentos constantes causam mudanças mecânicas e elétricas significativas, diminuindo o seu tempo de vida útil. Isso mostra que as baterias com capacidade energética reduzida possuem menor fuga térmica em caso de curto-circuito interno, representando uma probabilidade menor de incêndios acidentais do que as baterias mais novas. Com os resultados desse estudo, a indústria automobilística poderá prever o comportamento das baterias durante sua vida útil, permitindo a implantação de projetos mais econômicos e com uma eficiência energética muito maior. Para conhecer mais esse projeto, clique aqui. (CanalTech – 04.05.2021)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Vinicius José da Costa e Pedro Barbosa
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.

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