Informativo Eletrônico – Mobilidade Elétrica nº 13 – publicado em 15 de junho de 2020.


IFE: Informativo Eletrônico do Setor Elétrico
– GESEL-UFRJ

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IFE: nº 13 – 15 de junho de 2020
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Índice

Políticas Públicas e Regulatórias
1
USP: Compartilhamento de carros elétricos: Análise de incertezas em iniciativas públicas de mobilidade urbana
2 Intelligent Transport: Governos parecem estar afirmando seus compromissos com a mobilidade elétrica
3 Delta-EE: Setores público e privado do Reino Unido e a infraestrutura de recarga
4 Departamento de Energia dos EUA: Visão geral das Clean Cities Coalitions
5 Alemanha: Rede pública de carregamento de carros elétricos cresce 60%
6 Alemanha: Carregadores para VEs podem ser obrigatórios em todos os postos
7 Low-or No-Emission: Financiamento de ônibus e instalações de baixa e zero emissão nos EUA
8 Green Cities da Electrify America: Ônibus elétricos públicos no sul de Sacramento
9 Grécia: Plano decenal e subsídio de compra para VEs
10 Grécia: Plano decenal impulsiona infraestrutura de recarga de VEs
11 Aliança de Frotas Elétricas do Reino Unido: Uma mudança mais rápida para VEs

Inovação e Tecnologia
1
Intelligent Transport: Estações de carregamento de VEs e IoT

2 UK Power Networks: Compartilhamento de dados para instalação de novos pontos de recarga
3 Copel: P&D prevê gestão inteligente para mobilidade elétrica
4 Roskill: Demanda por baterias de íons de lítio aumentará mais de dez vezes até 2029

Indústria Automobilística
1
Cairn Energy Research Advisors: Vendas globais de VEs saltarão 36% em 2021

2 Intelligent Transport: Como a China ultrapassou a Europa em VEs
3 CNBC: Liderada pela Tesla, vendas de VEs devem aumentar em 2021

4 GM: Projeções apontam que volume de VE irá mais do que dobrar de 2025 a 2030

5 Brasil e México: Importação de carros elétricos cai após tratado

6 EV100: Compromissos de eletrificação da frota

7 Exelon Corporation quer eletrificar 50% da frota de veículos utilitários até 2030

8 Montadoras investem na eletrificação de caminhões
9 Lockdown impulsionará a adoção de VEs

Meio Ambiente
1
Global Battery Alliance: Como os agentes de transporte podem contribuir para alcançar uma economia de baixo carbono

2 Europa: Montadoras estão mais perto de cumprir metas de redução de emissões

Outros Artigos e Estudos
1
Universidade de Fortaleza: Modelos de Negócios Aplicados a Compartilhamento de Veículos Elétricos

2 Transport Policy: Um modelo de utilidade para serviços de estacionamento e compartilhamento de carros e a preferência pura por veículos elétricos
3 Carregamento de VE está removendo os obstáculos restantes para a eletrificação da frota
4 Delta-EE: Mercado de pontos de carregamento de VEs no Reino Unido deve crescer 29% ao ano


 


 


 


 


Políticas Públicas e Regulatórias


1 USP: Compartilhamento de carros elétricos: Análise de incertezas em iniciativas públicas de mobilidade urbana

O objetivo da dissertação é entender como os gestores lidam com as incertezas presentes no projeto de implantação de serviços públicos de compartilhamento de carros elétricos (carsharing) no Brasil, focando àquelas ambientais. A pesquisa empírica foi realizada por meio do mapeamento das incertezas e da análise dos modos como os gestores têm as considerando na gestão dos projetos públicos. Percebe-se que os gestores têm se apoiado em esforços de comunicação; desenvolvimento de estudos por meio de Procedimentos de Manifestação de Interesses (PMIs); alianças com outros atores envolvidos no desenvolvimento do sistema; e relações contratuais, ora rígidas, ora flexíveis. Ainda admite e discute, nesta dissertação, o fato dos planos serem construídos embasados em suposições por vezes não explícitos dentre os stakeholders. Por fim, aponta-se para as implicações que o reconhecimento das suposições e dos objetivos dos projetos podem trazer a progressão das iniciativas. (Universidade de São Paulo – 2017)

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2 Intelligent Transport: Governos parecem estar afirmando seus compromissos com a mobilidade elétrica

Os governos parecem estar afirmando seus compromissos com a mobilidade elétrica e enfrentando desafios, incluindo a abordagem da lacuna na infraestrutura de carregamento. A State Grid da China, por exemplo, anunciou recentemente a construção de 78.000 novos pontos de carregamento em 2020, e analistas estimam que cerca de 200.000 pontos de carregamento públicos e 400.000 pontos de carregamento privados possam ser construídos na China este ano, com um investimento total de US $ 1,4 bilhão. Também estão em andamento esforços no Reino Unido, que pretende proibir a venda de carros novos a gasolina, diesel ou híbridos até 2035, com extensas redes residenciais de banda larga disponíveis para uso como pontos de carregamento. Também encorajador é o Acordo Verde da UE, que, como parte de um plano mais amplo de recuperação e sustentabilidade, implica uma duplicação do investimento da UE em infraestrutura de recarga de carros elétricos, com o objetivo de atingir 2 milhões de postos de recarga pública e estações de reabastecimento alternativas até 2025. (Intelligent Transport – 01.06.2020)

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3 Delta-EE: Setores público e privado do Reino Unido e a infraestrutura de recarga

A BP revelou recentemente através de pesquisas na França, Alemanha, Espanha e Reino Unido que a disponibilidade de pontos de carregamento ficou atrás apenas do preço como a barreira mais significativa à adoção de VE. Eles também declararam que a recarga ultrarrápida será a chave para a captação de veículos elétricos pelo público. John Murray, chefe de veículos elétricos da Delta-EE, afirma que os setores público e privado precisarão colaborar e implementar políticas necessárias para tornar isso realidade. Relatórios recentes sugeriram que o aumento do financiamento para infraestrutura de recarga de VE poderia ser um dos principais componentes do iminente pacote de recuperação verde do governo do Reino Unido, juntamente com os planos para aumentar os subsídios de VE e adiar a data de eliminação progressiva da venda de carros a gasolina e diesel. (Business Green – 09.06.2020)

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4 Departamento de Energia dos EUA: Visão geral das Clean Cities Coalitions

Esta ficha técnica fornece uma visão geral das Coalizões de Cidades Limpas (Clean Cities Coalitions) do Departamento de Tecnologias de Veículos do Departamento de Energia dos EUA (DOE), que promovem combustíveis e tecnologias de transporte doméstico acessíveis em todo o país. Quase 100 coalizões servem como base para Cidades Limpas, trabalhando em comunidades em todo o país para ajudar os tomadores de decisão e frotas locais a entender e implementar combustíveis alternativos e renováveis, medidas de redução de ociosidade, melhorias na economia de combustível, novas opções de mobilidade e novas tecnologias de transporte. No nível nacional, a VTO desenvolve e promove publicações, ferramentas e outros recursos exclusivos para apoiar os coordenadores. No nível local, as coalizões aproveitam esses recursos para criar redes de partes interessadas. (Departamento de Energia dos EUA – Junho de 2019)

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5 Alemanha: Rede pública de carregamento de carros elétricos cresce 60%

A rede pública alemã de carregamento de veículos elétricos expandiu-se em 10.000 pontos de carregamento, um aumento de quase 60% no ano passado, informou o lobby de eletricidade do país. A contagem subiu para 27.730 pontos em maio, ante 17.400 um ano atrás, informou a associação da indústria BDEW. Os pontos de carregamento rápido representavam cerca de 14%, segundo o relatório. Os dados vêm na esteira de novos investimentos para expandir a infraestrutura de veículos elétricos na Alemanha, que demorou a adotar a mudança. Como parte do pacote de estímulo do país apresentado na semana passada, 2,5 bilhões de euros (US $ 2,8 bilhões) foram destinados especificamente para criar pontos de carregamento para VEs e tecnologia de células de bateria. Atualmente, cerca de 280.000 veículos elétricos ou híbridos plug-in estão registrados na Alemanha. A infraestrutura pública existente pode acomodar 440.000 carros. (Automotive News Europe – 09.06.2020)

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6 Alemanha: Carregadores para VEs podem ser obrigatórios em todos os postos

De acordo com a agência de notícias Reuters, a Alemanha planeja forçar todas as empresas que operam postos de gasolina no país a fornecer também pontos de carregamento para veículos elétricos em todos os locais. O objetivo desta medida é aumentar a demanda por veículos elétricos, em conjunto com um subsídio de € 6.000 (R$ 33.700) para a compra de um novo VE. Atualmente, a Alemanha tem pouco menos de 28.000 estações de carregamento espalhadas por seu território, mas a maioria não oferece capacidade de carregamento rápido. Para incentivar a compra de mais carros elétricos, o país precisa de pelo menos 70.000 pontos de recarga no curto prazo (atualmente existem apenas 28.000), dos quais pelo menos 7.000 precisam ser aptos a carregar de forma rápida. Em 2019, a chanceler Angela Merkel, anunciou a meta de ter até um milhão de estações de carregamento em todo o país até o ano 2030. (Inside EVs – 06.06.2020)

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7 Low-or No-Emission: Financiamento de ônibus e instalações de baixa e zero emissão nos EUA

A Administração Federal de Trânsito (FTA) do Departamento de Transportes dos EUA (USDOT) anunciou aproximadamente US $ 130 milhões em seleções de subsídios por meio do programa Low-or No-Emission, que financia a implantação de ônibus e infraestrutura para a compra ou locação de ônibus com emissão zero e baixa emissão e instalações de apoio. Quarenta e um projetos em 40 estados e no Distrito de Columbia receberão financiamento através do programa. Projetos elegíveis incluem a compra ou locação de ônibus movidos por tecnologias modernas e eficientes. Isso inclui motores elétricos a bateria e investimentos em infraestrutura relacionados, como estações de carregamento. (Green Car Congress – 05.06.2020)

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8 Green Cities da Electrify America: Ônibus elétricos públicos no sul de Sacramento

O primeiro dos três novos ônibus elétricos GreenPower EV Star entrarão em serviço a partir do dia 15 de junho de 2020, como parte dos investimentos de mais de US $ 40 milhões do programa Green Cities da Electrify America em Sacramento (California, EUA). Os veículos estão sendo integrados ao programa de micro-ônibus SmaRT Ride sob demanda da SacRT, a agência responsável pelo transporte público na área de Sacramento. Os ônibus espaciais GreenPower EV Star foram montados em Porterville, Califórnia e adaptados com uma configuração de porta lateral exclusiva adicionada para facilitar o acesso ao ônibus para pessoas com necessidades especiais. A Electrify America subsidiou totalmente os custos dos ônibus, a infraestrutura de carregamento rápido DC para apoiá-los e os custos de modernização. (Green Car Congress – 12.06.2020)


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9 Grécia: Plano decenal e subsídio de compra para VEs

O governo grego anunciou extensos subsídios para promover a mobilidade elétrica no país. A meta é que um em cada três novos veículos na Grécia seja elétrico em 2030. Na primeira fase, a Grécia mantém um orçamento de 100 milhões de euros para prêmios de compra por um período de 18 meses. Especificamente, carros elétricos e veículos comerciais leves serão subsidiados com 15% do preço de compra. No caso dos táxis elétricos, o estado cobrirá até 25% dos custos. Juntamente com os incentivos fiscais, os veículos elétricos devem ficar 10.000 euros mais baratos. Além disso, os carros elétricos ficarão isentos de taxas de estacionamento por dois anos. As medidas de mobilidade eletrônica fazem parte de um plano decenal de proteção climática que o governo já anunciou. Além de carros elétricos, motocicletas e bicicletas também devem ser promovidas. Segundo um relatório da agência de notícias Reuters, a proporção de carros elétricos na Grécia atualmente é de apenas 0,3%. (Electrive – 08.06.2020)

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10 Grécia: Plano decenal impulsiona infraestrutura de recarga de VEs

Na Grécia, o plano decenal de proteção climática prevê o estabelecimento de estações de carregamento em todo o país. O fornecedor de energia grego PPC, juntamente com empresas privadas, instalará 1.000 estações de carregamento em toda a Grécia nos próximos dois a três anos e, a médio prazo, outras 10.000 estações de carregamento. Segundo o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, o plano também estipula que todo novo prédio deve ter infraestrutura para carregar veículos elétricos. Dois memorandos de entendimento já foram assinados para esse fim, os quais, segundo um portal especializado grego, provavelmente serão anunciados em breve. No entanto, ainda não há detalhes sobre a expansão da infraestrutura de carregamento. (Electrive – 08.06.2020)

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11 Aliança de Frotas Elétricas do Reino Unido: Uma mudança mais rápida para VEs

A Aliança de Frotas Elétricas do Reino Unido, uma nova parceria entre o Climate Group e o BT Group, foi lançada para promover uma mudança mais rápida para VEs. A Aliança deseja vendas de 100% de VEs em todo o país até 2030, combinada com políticas para permitir que as empresas façam a troca. A organização diz que pretende pressionar os ministros a apresentar a meta do Reino Unido de encerrar as vendas de veículos a gasolina e diesel em 2040 e fazer do transporte rodoviário limpo uma prioridade para a cúpula da COP26 do próximo ano. O ministro dos Transportes, Grant Shapps, já havia dito que o governo poderia estar aberto a antecipar a possível proibição. A Aliança publicará em breve uma posição política. A meta para 2030 se aplica a carros e vans, mas reconhece a necessidade de uma consideração cuidadosa de veículos especializados, em que as opções elétricas ainda não estão disponíveis. (Fleet News – 01.06.2020)

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Inovação e Tecnologia


1 Intelligent Transport: Estações de carregamento de VEs e IoT


Os avanços nas tecnologias de bateria fizeram dos veículos elétricos (VEs) uma proposta mais convencional, com carros como o Tesla Model S e o Chevrolet Bolt sendo exemplos excelentes. Enquanto as vendas mundiais ainda representam apenas 0,86% do mercado total de veículos, muitos governos (China, Califórnia) estão exigindo o uso de veículos elétricos para mitigar os problemas de poluição. A principal preocupação que impede a aceitação em massa tem sido a autonomia da bateria ou, mais especificamente, como carregar com eficiência um veículo. O carregamento doméstico requer equipamento especializado ou tempos de carregamento mais longos, utilizando tomadas convencionais. Fora de casa, as estações de carregamento são poucas e distantes, com poucas exceções, como o Vale do Silício. (Intelligent Transport – 03.12.2018)


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2 UK Power Networks: Compartilhamento de dados para instalação de novos pontos de recarga


A operadora de rede UK Power Networks iniciou duas novas iniciativas em apoio ao crescente setor de carregamento de veículos elétricos. A empresa lançou um novo “Desafio de Carregamento” (Charge Challenge), convidando as pessoas a compartilharem seus dados para prever quando e onde a próxima geração de pontos de recarga de VE deve ser localizada. Os especialistas em dados da empresa previram um aumento de mais de 10 vezes na captação de VEs nos próximos 10 anos, com até 3,6 milhões de VEs nas estradas de Londres, sul e sudeste da Inglaterra até 2030. A empresa também lançou uma série de aconselhamentos gratuitos para ajudar os conselhos locais a identificar onde implantar pontos de cobrança de VE para atender à demanda futura e minimizar custos. (Business Green – 09.06.2020)


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3 Copel: P&D prevê gestão inteligente para mobilidade elétrica


Em parceria com o Senai e a empresa Motiva Mobilidade, a Copel está desenvolvendo um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) para criar um sistema de gestão inteligente e integrada de dados entre distribuidoras de energia e plataformas de gestão de recargas na mobilidade elétrica. O objetivo é que este módulo permita acionar operações de gerenciamento pelo lado da demanda (GLD) – conceito que significa controlar as cargas de energia do lado do consumidor para operar o sistema de maneira mais eficiente. “A ideia é criar uma solução que viabilize a troca de informações de maneira segura e eficiente. A conversa entre os dois sistemas vai permitir incrementar tanto a gestão das distribuidoras quanto a gestão nas recargas de veículos”, destaca o diretor-geral da Copel Distribuição, Maximiliano Orfali. (Agência CanalEnergia – 10.06.2020)


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4 Roskill: Demanda por baterias de íons de lítio aumentará mais de dez vezes até 2029



A Roskill prevê que a demanda por baterias de íon de lítio aumentará mais de dez vezes até 2029, atingindo mais de 1.800GWh de capacidade. No final da década de 2020, as tecnologias de íons de lítio podem aumentar a concorrência de outras tecnologias de baterias, embora as células de íons de lítio devam manter sua posição dominante, de acordo com a Roskill. Em 2019, a capacidade da bateria de íons de lítio atingiu 180GWh, conforme o mercado mudou com o aumento da demanda da indústria automotiva. Formando aproximadamente 60% da demanda de baterias de íons de lítio em 2019, as demandas da indústria automotiva estão mudando o design e a química das tecnologias de íons de lítio. (Green Car Congress – 09.06.2020)


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Indústria Automobilística


1 Cairn Energy Research Advisors: Vendas globais de VEs saltarão 36% em 2021


Um novo relatório da Cairn Energy Research Advisors, uma empresa de pesquisa focada nas indústrias de baterias e VEs, prevê um aumento nas vendas de VEs em 2021, à medida que países ao redor do mundo lançam novos programas para incentivar os consumidores a comprar esses veículos. A Cairn estima que as vendas globais de VEs em 2021 saltarão 36%. Sam Jaffe, diretor da empresa, acredita haver uma demanda reprimida por VEs, e que 2021 seria um ponto de inflexão nas vendas desses carros. O relatório prevê que os dois maiores fatores que estimularão a demanda são os mercados da Europa e da China, sendo na Europa o maior crescimento das vendas de VEs no próximo ano, principalmente porque os governos da UE estão comprometidos em reduzir as emissões de dióxido de carbono. Esse compromisso está levando países como a França a lançar novos incentivos para convencer os moradores a comprarem VEs. Entretanto, Jaffe também aponta que a desaceleração da economia em todo o mundo pode diminuir a demanda por carros elétricos. (CNBC – 29.05.2020)


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2 Intelligent Transport: Como a China ultrapassou a Europa em VEs


Marcus Vass, parceiro da Osborne Clarke, afirma que os motivos para o mercado de VEs da China ter se movido tão à frente do da Europa são numerosos, mas principalmente porque a China é um mercado fechado, fazendo com que os VEs chineses tenham um mercado de vendas existente tão significativo que não precisam passar pela dor de cabeça de procurar um mercado fora do país. Eles estão acompanhando a demanda doméstica basicamente por conta própria. Algumas startups emergentes que existem há apenas alguns anos já estão progredindo para o lançamento de seu terceiro e quarto modelo de veículos. A mudança significativa que ocorreu na China para permitir esse tipo de crescimento é que os fabricantes não estão mais usando a propriedade intelectual pertencente a empresas ocidentais para fabricar carros. Além disso, na China há muito pouco legado ou herança para muitas das marcas automotivas; portanto, os consumidores não se importam em usar uma nova marca. A outra coisa que ajuda o mercado de VE do país é o planejamento central, em que há um grande incentivo econômico para o uso de VEs – além disso, o fato de a infraestrutura estar presente também para apoiar adequadamente a adoção. (Intelligent Transport – 08.04.2020)


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3 CNBC: Liderada pela Tesla, vendas de VEs devem aumentar em 2021


Estima-se que a produção de VEs suba para pelo menos 1,3 milhões de unidades e possa chegar a 1,5 milhões, dependendo das condições do mercado este ano, segundo Mark Newman, analista da Sanford C. Bernstein. O analista da Wedbush, Dan Ives, elevou sua meta de preço para a Tesla de US $ 600 para US $ 800, pois acredita que a demanda por VEs na China está começando a acelerar, com a Tesla competindo com vários concorrentes nacionais e internacionais por essa participação de mercado. Sam Jaffe, diretor da Cairn Energy Research Advisors, diz que há uma onda de produção de VEs vindo da Europa que estimulará maiores vendas. Segundo ele, as montadoras europeias e a Tesla estão adicionando capacidade e isso realmente terá um impacto a partir do próximo ano. Quanto aos EUA, as vendas de veículos elétricos devem crescer no próximo ano, à medida que mais modelos forem lançados. Embora o Tesla Model 3 e o Modelo Y provavelmente obtenham participação nas vendas no mercado de massa, existem vários modelos novos, incluindo o Ford Mustang Mach-E e o Hummer EV SUV da GM. Além disso, várias picapes elétricas estão programadas para serem lançadas até o final de 2021. (CNBC – 29.05.2020)


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4 GM: Projeções apontam que volume de VE irá mais do que dobrar de 2025 a 2030


Projeções de mercado divulgadas pela GM apontam que o volume de carros elétricos irá mais do que dobrar de 2025 até 2030, atingindo um número em torno de 3 milhões de unidades. A GM acredita que esta aceleração se dará naturalmente com o aumento da oferta de veículos elétricos em segmentos mais populares, com a expansão dos pontos de recarga e com a contínua redução do custo de propriedade deste tipo de veículo. (Inside EVs – 10.06.2020)


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5 Brasil e México: Importação de carros elétricos cai após tratado


Um ano após assinado, o acordo de livre comércio no setor automotivo entre Brasil e México resultou em queda no comércio bilateral. Levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que as importações de automóveis e peças mexicanos pelo Brasil recuaram 27% de março de 2019 a fevereiro de 2020 ante os 12 meses anteriores. As exportações avançaram 5%. Os produtos exportados no âmbito do acordo precisam ter 40% de itens fabricados no país. É um índice menor do que o exigido no Mercosul, por exemplo, onde é de 60%. No entanto, a indústria mexicana tem dificuldade em cumpri-lo. No período, o Brasil deixou de importar 15 produtos do México, como automóveis com motor elétrico. (Valor Econômico – 08.06.2020)


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6 EV100: Compromissos de eletrificação da frota


A iniciativa global do Climate Group, EV100, já assumiu compromissos combinados de eletrificação da frota, que verão mais de 2,5 milhões de veículos mudarem para zero de emissões até 2030, além de compromissos com a implementação de pontos de recarga de VE em toda a empresa para funcionários e clientes que verão pontos implantados em mais de 3.000 localizações. O BT Group já é membro da iniciativa EV100 do Climate Group e se comprometeu a converter seus veículos comerciais em elétricos, onde é a melhor solução técnica e econômica como parte de sua estratégia líder mundial para alcançar zero emissões líquidas até 2045. O transporte é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no Reino Unido e a poluição do ar na estrada causa milhares de mortes prematuras a cada ano. Uma rápida transformação do estoque de veículos do Reino Unido de motor de combustão interna (ICE) em elétrico é uma parte vital da solução para a saúde pública e a emergência climática. (Fleet News – 01.06.2020)


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7 Exelon Corporation quer eletrificar 50% da frota de veículos utilitários até 2030


A Exelon Corporation anunciou hoje que suas seis concessionárias de energia elétrica e gás continuarão avançando na eletrificação de transporte para beneficiar clientes e comunidades, adotando medidas importantes para eletrificar sua frota de veículos. As concessionárias da Exelon, que atendem a aproximadamente 10 milhões de clientes em Delaware, no Distrito de Columbia, Illinois, Maryland, Nova Jersey e Pensilvânia através de suas subsidiárias Atlantic City Electric, BGE, ComEd, Delmarva Power, PECO e Pepco, eletrificarão 30% de seus veículos frota até 2025, aumentando para 50% até 2030. Essa transição será alcançada por meio de uma combinação de veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in. (Green Car Congress – 08.06.2020)


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8 Montadoras investem na eletrificação de caminhões


Historicamente, a falta de caminhões elétricos médios e pesados impede que muitas frotas sejam eletrificadas o mais rápido possível. Essa barreira à entrada está desmoronando rapidamente. Enquanto a Tesla levantou as sobrancelhas no ano passado com seu Cybertruck não convencional, há muitos caminhões de emissão zero de mais trabalho feito. A Ford lançará a versão elétrica a bateria de sua popular picape F-150 no próximo ano e a General Motors anunciou recentemente planos de investir 2,5 bilhões de libras (US $ 3 bilhões) em seu próprio programa de caminhões elétricos. Os novos fabricantes totalmente elétricos também veem um futuro nos caminhões, incluindo Rivian, Lordstown e Bollinger Motors – que planejam lançar veículos médios nos próximos dois anos. As Semis totalmente elétricas da Tesla e da Xos também estão no horizonte. As frotas de entrega, em particular, devem se beneficiar de mais opções nos veículos e na infraestrutura de carregaemento, pois os consumidores confiam mais nas entregas em domicílio durante a crise atual. (Fleet Point – 01.06.2020)


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9 Lockdown impulsionará a adoção de VEs


O transporte é responsável por 80% das emissões nocivas no Reino Unido. A poluição do ar está ligada a uma série de doenças e condições, incluindo muitas doenças respiratórias, certos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e diabetes – todas as quais colocam as pessoas em maior risco de obter maus resultados de saúde com o COVID-19. Os VEs são melhores para o clima, melhores para a saúde humana e, com incentivos, mais baratos para comprar e operar do que os veículos ICE. Até 2,6 bilhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono foram evitadas devido aos lockdowns – um registro histórico – que levou muitas pessoas a imaginar um mundo sem poluição atmosférica e sonora. Também inspirou muitas empresas a buscar uma recuperação verde e instigou a ONU a pedir aos governos que melhorem a recuperação. Mesmo antes da crise atual, algumas das maiores frotas de entrega do mundo já estavam pensando em verde. Com o aumento das entregas devido ao lockdown, as frotas determinarão, em grande parte, o roteiro para o futuro do transporte. Para muitas frotas, esse mundo será elétrico. (Fleet Point – 01.06.2020)


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Meio Ambiente

1 Global Battery Alliance: Como os agentes de transporte podem contribuir para alcançar uma economia de baixo carbono

Quando adquiridas de forma sustentável, as baterias podem reduzir as emissões globais do setor de transporte e energia em 30% até o final da década. Um dos objetivos da Global Battery Alliance (GBA) é garantir que os VEs sejam alimentados por baterias sustentáveis. Isso pode fortalecer ainda mais a mobilidade elétrica entre os operadores de transporte e as cidades. Através dos esforços do GBA, prevê-se que a cadeia de valor da bateria se torne mais circular, socialmente inclusiva e socioeconômica benéfica. Até 10 milhões de empregos sustentáveis e seguros podem ser criados até 2030, como resultado, mais da metade dos quais se enquadram nos mercados emergentes, de acordo com pesquisa do GBA. A colaboração extensiva, dentro do GBA e em toda a cadeia de valor, será essencial para obter esses resultados, e as contribuições de entidades e negócios relevantes são amplamente incentivadas e valorizadas. Órgãos públicos, associações, governos podem se envolver com a plataforma e podem querer retransmitir sua opinião ou feedback e explorar possíveis sinergias. (Intelligent Transport – 01.06.2020)

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2 Europa: Montadoras estão mais perto de cumprir metas de redução de emissões

Os carros elétricos e híbridos ganharam força entre os compradores europeus em abril, apesar dos bloqueios por coronavírus terem parado o mercado. Veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in representaram 17% das vendas em todos os mercados europeus em abril, de acordo com dados coletados pelos analistas da Jato Dynamics. Isso foi mais do que o dobro da participação de mercado de 7% alcançada em abril de 2019. Os dados sugerem que – se os ganhos de participação de mercado forem sustentados quando as salas de exposição no Reino Unido e na Europa forem reabertas – as montadoras estão progredindo no sentido de cumprir as metas de redução de emissões que entraram em vigor no início do ano. As montadoras estão pressionando por subsídios para carros a combustão e veículos elétricos, o que atraiu protestos de ativistas ambientais e políticos que querem que modelos elétricos sejam priorizados, pois os consumidores são incentivados a evitar o transporte público por razões de saúde. (The Guardian – 02.06.2020)

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Outros Artigos e Estudos

1 Universidade de Fortaleza: Modelos de Negócios Aplicados a Compartilhamento de Veículos Elétricos

Esta pesquisa objetiva apresentar a caracterização dos modelos de negócios de compartilhamento de carros elétricos executados pelo mundo por meio da análise de dados secundários dos cases observados, utilizando o modelo de Weiller e Neely (2013) adaptado. A presente pesquisa, do tipo descritiva e de natureza qualitativa, caracteriza-se como um estudo de casos múltiplos. A população compreende 20 modelos de compartilhamento de veículos elétricos executados em 14 países. Constatou-se que a redução do custo da bateria é acompanhada da redução do custo de propriedade do veículo, além de que os modelos de negócio não viabilizam a inovação tecnológica. Constatou-se ainda que predominantemente os riscos e os custos de eletricidade ficam a cargo dos prestadores do serviço (embutidos nas taxas); que os modelos incentivam a mudança no comportamento do cliente; e que os modelos não são vantajosos para longas distâncias, dada a baixa autonomia dos veículos e restrições de alcance das empresas. (Universidade De Fortaleza – 20.12.2017)

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2 Transport Policy: Um modelo de utilidade para serviços de estacionamento e compartilhamento de carros e a preferência pura por veículos elétricos

A maioria dos modelos de negócios de carsharing existentes depende principalmente de veículos a gasolina e diesel, mas nos últimos anos houve um aumento significativo nos veículos elétricos híbridos (HEVs) e um ressurgimento nos veículos elétricos (VEs). Dentro dessa estrutura, este artigo investiga e modela a escolha de mudar de uma viagem particular de carro para um serviço de compartilhamento de carros disponível em parques periféricos, bem como a propensão para escolher um veículo elétrico para esse serviço. Os resultados permitem uma interpretação dos principais determinantes da escolha a curto prazo dos serviços de compartilhamento de carros (ou seja, sem alterações na propriedade do carro), fornecem informações comportamentais gerais, possibilitam quantificar a “preferência pura” por VE e a elasticidade da demanda em relação à diferentes estratégias de preços dos serviços de compartilhamento de carros. (Science Direct – Maio de 2016)

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3 Carregamento de VE está removendo os obstáculos restantes para a eletrificação da frota

De acordo com um novo relatório da Polaris Market Research, até 2026, o mercado global de infraestrutura de carregamento de veículos elétricos valerá £ 46,5 bilhões (US $ 56,9 bilhões). Melhorias na tecnologia da bateria e uma proliferação de pontos de carregamento rápido devem finalmente repousar a noção de ansiedade de alcance. Recentes parcerias de roaming e integrações de redes de carregamento na Europa e na América do Norte oferecerão às frotas muito mais acesso ao carregamento com muito menos atritos. Incentivos generosos do governo reduzem significativamente o custo da infraestrutura de recarga, o que coloca o combustível ao alcance de muitas frotas. As frotas elétricas são mais confiáveis, mais baratas de operar e oferecem mais flexibilidade para os gerentes de frota do que os veículos tradicionais. (Fleet Point – 01.06.2020)

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4 Delta-EE: Mercado de pontos de carregamento de VEs no Reino Unido deve crescer 29% ao ano

Uma nova análise divulgada ontem pela empresa de pesquisa de mercado Delta-EE prevê que, o mercado de vendas de pontos de carregamento do Reino Unido terá um crescimento anual de 29% até 2030, mesmo com a desaceleração das vendas de veículos novos. A nova análise da Delta-EE sugere que, com base nas tendências atuais, os carregadores rápidos ainda serão responsáveis por menos de 2% dos carregadores de rua até 2030, enquanto os carregadores rápidos em locais de destino, como shoppings e hotéis, passarão de uma fatia de mercado de 18% hoje para 6% em 2030 devido ao crescimento esperado no número de carregadores mais lentos. John Murray, chefe de veículos elétricos da Delta-EE, disse que havia preocupações dentro da indústria de que uma falha em fornecer um número suficiente de carregadores rápidos capazes de recarregar baterias de VEs em menos de meia hora poderia prejudicar a aceitação de veículos plug-in. (Business Green – 09.06.2020)

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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles e Fabiano Lacombe
Pesquisadoras: Lara Moscon e Luiza Masseno
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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