Illinois juntou-se a outros seis estados do meio-oeste ao anunciar o desenvolvimento da Midwest Hydrogen Coalition, um acordo que impulsionará os esforços de descarbonização do estado. Além de Illinois, a coalizão inclui Michigan, Minnesota, Wisconsin, Kentucky, Ohio e Indiana. O acordo baseia-se na Lei Climate and Equitable Jobs do estado, que estabeleceu um padrão nacional para metas agressivas de descarbonização, prometendo ser completamente dependente de energia limpa até 2050. A criação dessa coalizão permite que uma abordagem multiestadual e multissetorial para alavancar os ativos exclusivos de cada estado seja adotada para garantir o desenvolvimento da indústria de produção de hidrogênio em todo o Centro-Oeste. (Governo de Illinois - Setembro de 2022)

A Parceria de Células a Combustível da Califórnia, uma colaboração entre o governo e a indústria californiana, revelou que se tornou uma organização nacional e renomeada como Parceria de Células a Combustível Hidrogênio (HFCP). A mudança ocorre em paralelo com o lançamento da estratégia nacional de mobilidade de hidrogênio pela HFCP. A nova estratégia busca acelerar a produção e distribuição de hidrogênio para apoiar caminhões pesados ​​e o lançamento de serviços leves nos EUA. Além disso, planeja permitir as conexões necessárias entre portos, centros comerciais e urbanos importantes e hubs de hidrogênio em todo o país e na América do Norte. De acordo com o HFCP, a estratégia será alavancada em roteiros e visões anteriores para veículos movidos a hidrogênio, bem como em modelos nacionais de transporte estadual e laboratorial, ao mesmo tempo em que se baseia na política e na experiência de investimento da Califórnia que criaram um mercado para veículos de emissão zero. (HFCP - 20.09.2022)

A Universidade de Oklahoma, localizada no estado de Iowa, recebeu US$ 4 milhões de subsídio federal para pesquisa de hidrogênio limpo com tecnologias alternativas de produção através do metano e da biomassa. Essa questão é objeto de um novo estudo, que está sendo explorado por pesquisadores da Universidade de Oklahoma e da Universidade Estadual de Iowa. O projeto de quatro anos também investigará os subprodutos potenciais e as aplicações relacionadas do carbono sólido que podem resultar da geração efetiva de energia de hidrogênio carbono neutro ou carbono negativo. A pesquisa é financiada pela National Science Foundation e é liderada por Steven P. Crossley, o professor Sam A. Wilson da Escola de Engenharia Química, Biológica e de Materiais, Gallogly College of Engineering, e um pesquisador de energia no Instituto OU para Sistemas Ambientais e Energéticos Resilientes. (Universidade de Oaklahoma - 14.09.2022)

A AES Brasil, uma empresa que atua na geração e armazenamento de energia elétrica, avançou com seu projeto, que tem como objetivo a construção de uma planta de hidrogênio verde (H2V) no Complexo de Pecém, Brasil, ao assinar o pré-contrato e assim avançar nos estudos de viabilidade da planta produtora. A unidade de produção contará com a tecnologia de eletrólise, com capacidade de produção de 2 GW e será alimentada a partir de energias renováveis. Em termos de uso final, a AES pretende utilizar diretamente o hidrogênio e/ou utilizá-lo para produzir amônia e exportar principalmente para países europeus. Até o momento, 22 Memorandos de Entendimento (MoU) já foram assinados no Porto de Pecém, todos com o objetivo de produzir e também exportar H2V. (Valor Econômico - 22.09.2022) 

A Everfuel, uma empresa que atua no desenvolvimento da economia do hidrogênio verde (H2V), avançou com seu projeto, que está sendo desenvolvido em Herning, Dinamarca, e é denominado por “HySynergy 2.0”. O projeto visa desenvolver uma unidade de produção de H2V, na qual contará com eletrolisadores e uma fonte de alimentação de energias renováveis. O avanço ocorreu após a Comissão Europeia conceder o status de Important Projects of Common European Interest (IPCEI) ao projeto, isto é, o projeto está disponibilizado para receber financiamento público e não reembolsável. Agora que o HySynergy 2.0 recebeu o status IPCEI, a capaciade de 300MW do eletrolisador será ampliada. A Fase II do projeto consistirá em três etapas de 100 MW cada. O financiamento público, que segue o estatuto do IPCEI, está ligado à construção dos primeiros 100 MW da segunda fase. (Everfuel - 21.09.2022) 

A Air Products, empresa internacional americana de gases e produtos químicos para uso industrial, anunciou planos para o desenvolvimento de uma planta de hidrogênio de baixo carbono em Roterdã, Holanda. Esta nova planta será um complemento à uma unidade produtora já existente na região, visando duplicar a capacidade total de produção de hidrogênio na Europa. Espera-se que a unidade já esteja operacional no ano de 2025. Por fim, no que concerne ao uso final, o hidrogênio líquido produzido na planta será usado para atender às crescentes demandas das indústrias de alta tecnologia e do mercado de mobilidade, contribuindo para a descarbonização dos veículos pesados ​​no caminho da Europa para a neutralidade climática até 2050. (Air Products - 21.09.2022) 

A NextChem, uma empresa de tecnologia limpa, avançou com o projeto Hydrogen Valley of Rome, que está sendo desenvolvido em Milão, Itália. O projeto representa o primeiro centro de produção em escala industrial, que busca desenvolver toda a cadeia nacional de abastecimento de hidrogênio. O centro de produção contará com uma usina de hidrogênio que vai produzir o gás a partir de resíduos plásticos. Espera-se que, em sua fase inicial, a planta deverá produzir 1,5 mil toneladas de hidrogênio e 55 mil toneladas de etanol por ano, com ambições de aumentar a capacidade para até 20 mil toneladas de hidrogênio anualmente, à medida que a demanda aumentar. (NextChem - 22.09.2022)  

A CGG (empresa de tecnologia) e a Universidade de Edimburgo iniciaram um projeto para realizar pesquisas sobre o armazenamento subterrâneo de hidrogênio em campos de gás esgotados. O hidrogênio tem uma densidade de energia muito baixa, o que significa que grandes volumes são necessários para substituir o metano, tornando o armazenamento na superfície mais difícil. O armazenamento subterrâneo de hidrogênio em campos de gás esgotados pode oferecer uma solução crítica. A CGG e o grupo de pesquisa GeoEnergy da Universidade de Edimburgo irão modelar a heterogeneidade dos reservatórios geológicos subterrâneos para determinar os locais potenciais mais favoráveis ​​para o armazenamento de hidrogênio. O projeto recebeu um financiamento do Net Zero Technology Centre (NZTC) 2021 Call for Ideas. (CGG - 16.09.2022) 

A Provaris Energy e a Total Eren assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para cooperar em projetos de hidrogênio verde usando soluções de armazenamento e transporte de hidrogênio comprimido para alcançar os mercados asiáticos e europeus. As empresas disseram que o MoU fornece uma estrutura para trabalhar, em conjunto, na identificação e avaliação de projetos de hidrogênio verde, atualmente em desenvolvimento pela Total Eren e para usar os transportadores GH2 da Provaris para o transporte de hidrogênio comprimido. (Proactive - 15.09.2022) 

A Amogy, desenvolvedora de soluções de energia de amônia densa em energia, e a Trafigura, um dos maiores grupos de comércio de commodities físicas do mundo, estão se unindo para estudar o uso de amônia como transportador de hidrogênio limpo. A amônia é vista como um transportador de hidrogênio promissor devido à sua alta densidade volumétrica de hidrogênio, permitindo o transporte econômico e de longa distância de hidrogênio. A Trafigura implanta infraestrutura, logística e financiamento para conectar produtores e consumidores globais de petróleo e derivados, metais e minerais e energia e energias renováveis. A plataforma de amônia para energia da Amogy apresenta a tecnologia de craqueamento proprietária da empresa que converte amônia de volta em hidrogênio. (Amogy - 20.09.2022) 

A Autoridade do Porto de Roterdã concedeu um contrato para a construção de uma nova faixa de dutos para a capacidade adicional de transporte de hidrogênio e dióxido de carbono (CO2). Concedida à Swietelsky Rail Benelux, a faixa destina-se a acomodar tubos pertencentes à HyTransPort.TRM e Porthos para a circulação de hidrogênio e CO2. O gasoduto de hidrogênio está planejado para ser de acesso aberto para qualquer empresa que queira consumir ou fornecer hidrogênio. De acordo com a Autoridade do Porto de Roterdã, a Shell já se inscreveu para usar o gasoduto, que retirará hidrogênio do eletrolisador Holland Hydrogen I. (Port of Rotterdam - 19.09.2022) 

A Alstom, empresa atuante no setor de transporte ferroviário, disse que seu trem movido a hidrogênio, o Coradia iLint, percorreu 1.175 km (730 milhas) por toda a Alemanha sem reabastecimento. Partindo de Bremervöde, na Baixa Saxônia, o trem viajou por Hesse até a Baviera, parando finalmente em Munique. De lá, entende-se que o trem seguirá agora para a capital alemã, Berlim. Espera-se que a corrida histórica solidifique o caso do uso de hidrogênio para impulsionar trens do futuro, em um esforço para descarbonizar o transporte aéreo. O primeiro trem Coradia iLint foi lançado na Alemanha em 2018, desde então, o trem foi testado com sucesso na Áustria, Holanda, Polônia e Suécia. O veículo utilizado para a viagem pertence à LNVG (Landesnahverkehrsgesellschaft Niedersachsen), a autoridade de transporte da Baixa Saxônia, que atualmente tem um contrato com a Alstom para 14 dos trens movidos a hidrogênio. (Alstom - 16.09.2022) 

A ENGIE anunciou que tomou a Decisão Final de Investimento (FID) para desenvolver seu projeto de hidrogênio renovável em escala industrial em Pilbara, Austrália Ocidental. Espera-se que o projeto abasteça a fábrica de amônia da Yara. A primeira fase do projeto produzirá até 640 toneladas de hidrogênio por ano, que serão usadas como matéria-prima para a unidade de produção de amônia da Yara Austrália em Karratha. Com a construção prevista para começar em novembro de 2022, o projeto incluirá um eletrolisador de 10 MW, que será alimentado por 18 MW de energia solar fotovoltaica. O projeto recebeu financiamento federal e estadual. Em 2021, recebeu uma doação de AUD 47,5 milhões do ARENA Renewable Hydrogen Deployment Fund do governo australiano, além de uma doação de AUD 2 milhões do Renewable Hydrogen Fund do governo da Austrália Ocidental. (ARENA - 16.09.2022)  

DAT, Everfuel e Universal Hydrogen assinaram um acordo que pretende que os voos de passageiros sejam zero emissões na Dinamarca até o final de 2025, para isso pretende-se abastecer as aeronaves com hidrogênio. No dia 20 de setembro, as empresas revelaram um acordo de colaboração a fim de colocar em serviço uma aeronave regional ATR 72-600 movida a hidrogênio, que será usada em rotas selecionadas da DAT. Espera-se que toda a frota da DAT seja convertida para funcionar com este vetor energético até 2030. A iniviativa planeja converter a aeronave ATR 27, usando a tecnologia Universal Hydrogen. Por outro lado, a Everfuel produzirá hidrogênio verde para abastecimento, usando cápsulas modulares, sem a necessidade de alterações na infraestrutura aeroportuária existente. (Hydrogen Central- 21.09.2022) 

A Topsoe e a First Ammonia firmaram um acordo para impulsionar o mercado global de amônia verde. As células eletrolisadoras de óxido sólido (SOEC) da Topsoe serão instaladas nas plantas de amônia verde da First Amonia nos próximos anos. O contrato prevê uma compra inicial de 500 MW de unidades SOEC, a capacidade do eletrolisador poderá ser expandida até 5 GW durante a vigência do contrato. A fábrica SOEC da Topsoe será construída em Herning, Dinamarca, e recebeu recentemente o FID do conselho. Os projetos da First Ammonia serão as primeiras instalações de produção de amônia verde em escala comercial do mundo, com operação planejada para 2025. (Topsoe - 14.09.2022) 

Com US$ 3,5 milhões de financiamento da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), a Hyundai revelou que implantará cinco de seus caminhões elétricos XCIENT Fuel Cell movidos a hidrogênio na Califórnia, EUA. Entende-se que o operador de estação de reabastecimento de hidrogênio, o First Element Fuel, implantará os caminhões pesados ​​Classe 8 para entregar hidrogênio liquefeito na estação de reabastecimento pelos próximos cinco anos. O financiamento da EPA dos Estados Unidos é proveniente do Targeted Airshed Grant (TAG) 2021, que visa reduzir a poluição do ar na área dos EUA, onde os níveis de ozônio e poluição por partículas finas são os mais altos. (Hyundai - 15.09.2022) 

A Verdagy, anunciou marcos no desenvolvimento do que diz ser a 'maior' célula eletroquímica baseada em membrana para geração de hidrogênio em escala industrial. A start-up sediada na Califórnia, lançou seu módulo eletrolisador comercial de três células de 500 kW em sua planta piloto de Moss Landing, Califórnia. As três células podem produzir hidrogênio a 3 kg/hora por célula, o que, segundo a Verdagy, representa operações de densidade de corrente mais altas do que os eletrolisadores alcalinos tradicionais. Antes do lançamento da célula comercial, a empresa realizou uma operação de mil horas em uma célula de 20kW em um ambiente de produção, demonstrando durabilidade e minimizando riscos à medida que aumentava. (Verdagy - 20.09.2022) 

Para o dia 19 de outubro de 2022, a Women In Green Hydrogen organizou um evento online para debater a descarbonização da indústria siderúrgica com o Hidrogênio Verde. O hidrogênio verde é um caminho para descarbonizar a produção global de aço. Este webinar apresentará aos participantes as principais características do uso de hidrogênio na produção de aço e onde essa tecnologia está hoje em comparação com outras alternativas. Durante a segunda metade do webinar, os palestrantes se aprofundarão nas implicações da descarbonização da indústria siderúrgica global com hidrogênio verde para a competitividade industrial. (LinkedIn - Outubro de 2022)

A International Energy Agency publicou um relatório, que faz uma revisão global sobre a economia do hidrogênio tendo como base o ano de 2021. As análises são apresentadas ao longo de sete capítulos. O primeiro avalia de forma abrangente o status da demanda e produção de hidrogênio, além de fornecer análises sobre os avanços recentes e explorar as tendências de curto e médio prazo. Os capítulos sobre infraestrutura e comércio avaliam o progresso nessas áreas, a necessidade de desenvolvê-los mais rapidamente e as oportunidades de curto prazo para implantar a infraestrutura de hidrogênio. Por fim, o documento aborda o progresso feito por governos na adoção de políticas relacionadas ao hidrogênio. (IEA - 2022) 

O relatório, publicado pelo Hydrogen Council, destaca que 680 propostas de projetos de hidrogênio em grande escala foram anunciadas, totalizando US$ 240 bilhões em investimentos diretos até 2030 – um aumento de 50% desde novembro de 2021. Com a aceitação substancial nos anúncios de projetos de energia de hidrogênio, o próximo passo da indústria, investidores e governos é acelerar rapidamente as decisões finais de investimento (FIDs) para iniciar a construção e as operação do projeto o mais rápido possível. Além disso, o relatório também destaca que US$ 22 bilhões, ou 10% dos investimentos propostos, chegaram ao FID, estão em construção ou já estão em operação; a implantação real de hidrogênio está crescendo, indicada pelo aumento de 80% no número de eletrolisadores instalados, a tendência é que continue crescendo. (Hydrogen Council - 2022) 

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) publicou um relatório preliminar, que estabelece a “Estratégia e Roteiro Nacional de Hidrogênio Limpo do DOE”. O Departamento obterá feedback das partes interessadas por meio de oportunidades, como workshops e sessões de escuta, e usará esse feedback para finalizar o relatório e, em seguida, desenvolver atualizações. O relatório preliminar fornece um instantâneo da produção, transporte, armazenamento e uso de hidrogênio nos Estados Unidos hoje e a oportunidade que o hidrogênio limpo pode oferecer ao contribuir para as metas nacionais em todos os setores. Os caminhos para o hidrogênio limpo para descarbonizar as aplicações são informados pelos cenários de demanda para 2030, 2040 e 2050 – com oportunidades estratégicas para 10 milhões de toneladas métricas (MMT) de hidrogênio limpo anualmente até 2030, 20 MMT anualmente até 2040 e 50 MMT anualmente até 2050 (DOE - 2022)