Informativo Eletrônico – Geração de Energia com Hidrogênio nº 53 – publicado em 13 de outubro de 2021.

IFE: Informativo Eletrônico de Hidrogênio
– GESEL-UFRJ

<!–

l

IFE: nº 53 – 13 de outubro de 2021
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas e Financiamentos
1
Alemanha: Ministérios da Economia e da Pesquisa financiam projetos internacionais de hidrogênio
2 Argentina: Rumo a uma estratégia nacional de desenvolvimento de hidrogênio
3 Austrália: Ação do governo australiano é a chave para desvendar o valor do hidrogênio
4 Brasil: Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para R$ 30 bilhões de investimentos
5 Brasil: Assembleia Legislativa de Minas Gerais promove debate público sobre hidrogênio verde
6 Canadá: Escalonando hidrogênio limpo para mais do que apenas células a combustível
7 EUA: Governadora do Novo México promete implementar legislações de apoio ao hidrogênio
8 Reino Unido: Hidrogênio aparece na Conferência do Partido Trabalhista do Reino Unido
9 Reino Unido: Consórcio convoca governo para apoiar o desenvolvimento de hidrogênio e “nivelar” o país
10 “Maior” fundo para infraestrutura de hidrogênio limpo lançado por pesos pesados do hidrogênio
11 União Europeia: Ignacio Galán, nomeado presidente na Renewable Hydrogen Coalition

Produção
1
Áustria: Empresas assinam memorando de contrato para produzir hidrogênio verde

2 Espanha: Fusion Fuel e Exolum se unem para produzir hidrogênio verde em Madrid
3 Espanha: Repsol começa a produzir hidrogênio a partir de biometano
4 Exxonmobil e Rosneft se unem para desenvolver projeto que inclui produção do H2 azul
5 França: Lhyfe começa a produzir hidrogênio verde
6 Guiana Francesa: CEOD para produzir hidrogênio verde
7 Reino Unido: Empresas se juntam para desenvolver projeto que visa produção descentralizada de H2V

Armazenamento e Transporte
1
Alemanha: Baker Hughes e Primus Lines vão colaborar no reaproveitamento de dutos para hidrogênio

2 Armazenamento de hidrogênio em nanotubos de carboneto de silício
3 Fraunhofer IWM avalia materiais para sistemas de armazenamento tubular

4 Hexagon Purus se estende ao mercado de armazenamento de hidrogênio com nova aquisição

Uso Final
1
Estados Unidos: Califórnia ganhará mais cinco ônibus movidos a hidrogênio

2 Europa: Novo acordo entre empresas vai desenvolver 36 novas estações de hidrogênio até 2026
3 Mundo: Células a combustível do tipo PEM da Ballard alimenta veículos rodoviários por mais de 100 milhões de quilômetros
4 ‘O primeiro’ navio movido a hidrogênio líquido do mundo é premiado como o Navio do Ano

5 Reino Unido: MPA e Hanson UK experimentam com sucesso o hidrogênio em um forno de cimento
6 Suécia: Revelados planos de estação de hidrogênio para cidade do país

Tecnologia e Inovação
1
China: ABB e PERIC unem forças para desenvolver futuros eletrolisadores eficientes

2 Reino Unido: Teste de hidrogênio para aquecimento em residências e universidades foi um sucesso
3 Suíça-Canadá: Tecnologia inovadora pode produzir hidrogênio verde a partir de praticamente qualquer fonte de água

Eventos
1
Economia de hidrogênio: aspectos financeiros e regulatórios da economia australiana de hidrogênio

2 Armazenamento de hidrogênio para veículos pesados

Artigos e Estudos
1
Artigo GESEL: “Ciclo de Vida e o Hidrogênio”

2 Artigo GESEL: “O Brasil e as estratégias da Alemanha para o Hidrogênio Verde”
3 IEA: Global Hydrogen Review 2021
4 IEA: O papel dos combustíveis fósseis na transição energética do setor elétrico

5 Catálogo Green Hydrogen Compact
6 WEC: Hydrogen demand and cost dynamics
7 Equipe do KIST plataforma de benchmarking para LOHCs
8 Segurança nas exportações Austrália/Japão de hidrogênio produzido a partir do carvão

9 Molhabilidade de argilas em H2: as implicações para o armazenamento de hidrogênio subterrâneo.

10 Desenvolvimentos recentes na geração de hidrogênio em fase líquida nanocatalisado

11 Hidrogênio carbono-negativo: Explorando o potencial técnico-econômico da cogaseificação da biomassa com captura de CO2

12 Potencial de desempenho do aproveitamento da regaseificação de GNL para o processo de liquefação de hidrogênio: Perspectivas de energia e exergia

 

Políticas Públicas e Financiamentos

1 Alemanha: Ministérios da Economia e da Pesquisa financiam projetos internacionais de hidrogênio

O governo alemão apresentou uma diretriz de financiamento para o apoio de projetos internacionais de hidrogênio. Este é outro bloco de construção importante para que a economia do hidrogênio cresça com sucesso. As diretrizes de financiamento apoiam especificamente projetos para a produção e processamento de hidrogênio verde e para o armazenamento, transporte e uso de hidrogênio em países fora da UE por meio de uma subvenção de investimento para as usinas. Empresas e instituições de pesquisa também podem apresentar pedidos de financiamento para projetos de pesquisa, estudos e medidas de treinamento de acompanhamento. O objetivo das novas diretrizes de financiamento agora apresentadas é promover o uso de tecnologias alemãs no exterior, contribuir para o desenvolvimento oportuno e direcionado de um mercado global de hidrogênio verde e preparar estruturas para a importação de hidrogênio. Está disponível um financiamento de 350 milhões de euros para o período até ao final de 2024. Acesse o documento na íntegra aqui. (Ministério Federal de Economia e Energia da Alemanha – 05.10.2021)

<topo>

2 Argentina: Rumo a uma estratégia nacional de desenvolvimento de hidrogênio

O Conselho Econômico e Social (CES) argentino realiza um processo de contratação aberta para a realização de três grandes estudos, que posteriormente se tornarão insumos para o desenvolvimento de uma Estratégia Nacional de Hidrogênio. Os estudos devem ser enquadrados em três eixos: “Perspectivas para a Produção de Hidrogênio na Argentina”; “Perspectivas de Demanda de Hidrogênio na Argentina”; e “Normas e Regulamentos Técnicos Necessários para o Desenvolvimento do Hidrogênio na Argentina”. Podem ser inscritos instituições de pesquisa do sistema científico e tecnológico, da universidade e da iniciativa privada. O objetivo é estabelecer uma projeção da produção futura de hidrogênio na Argentina, levando em consideração o potencial energético, os custos e os investimentos necessários ao seu desenvolvimento, a partir dos diversos tipos de hidrogênio de baixo carbono. (Argentina.gob – 05.10.2021)

<topo>

3 Austrália: Ação do governo australiano é a chave para desvendar o valor do hidrogênio

Recentemente, o Australian Hydrogen Council (AHC) mergulhou fundo no debate sobre políticas de energia renovável com seu primeiro whitepaper, documento de referência que traça o caminho do país para alcançar emissões líquidas zero, com o auxílio da indústria no setor de hidrogênio. A indústria apresenta capacidade, intenções e matérias-primas em abundância, cabendo ao Governo Federal providenciar os planos e a disposição dos benefícios futuros. É preciso um órgão nacional para fornecer informações de planejamento e ajudar os governos estaduais, o setor privado e o público a tomar decisões adequadas sobre a indústria de hidrogênio da Austrália. O documento “Desbloqueando a oportunidade de hidrogênio da Austrália “ ressalta a importância e o papel do atual Operador do Mercado de Energia Australiano (AEMO), que realiza modelagem significativa e análise de cenário para formar visões sobre as necessidades futuras dos sistemas de eletricidade e gás. (H2 View – 04.10.2021)

<topo>

4 Brasil: Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para R$ 30 bilhões de investimentos

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou no último dia 06 da abertura do evento Proenergia 2021, em Fortaleza (CE), e destacou o potencial de investimentos em hidrogênio verde no país, para os próximos anos. Segundo ele, o Programa Nacional de Hidrogênio já aponta para cerca de R$ 30 bilhões de contratos relacionados à fonte. O Ceará tem despontado com um dos estados com maior potencial para atração de investimentos ao hidrogênio verde. O governo cearense anunciou a instalação de um projeto piloto para implantação de uma usina de hidrogênio verde em Pecém, que deve entrar em operação em 2022. “Podemos afirmar que o Nordeste será um grande exportador de energia, não só para o Brasil, mas também, com hidrogênio verde, para o mundo. Isso está em nosso Plano Nacional de Energia 2050 e balizou o nosso Plano Nacional de Hidrogênio, que foi aprovado em março no CNPE”, destacou Albuquerque. (Petronotícias – 06.10.2021)

<topo>

5 Brasil: Assembleia Legislativa de Minas Gerais promove debate público sobre hidrogênio verde

No dia 05 de outubro, a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais promoveu o debate público “Hidrogênio Verde Em Minas Gerais: a trilha do Hidrogênio Verde no Estado de Minas e Energias Gerais”, em Belo Horizonte. O Brasil tem todas as condições para se destacar na produção de hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro, mas, para isso, precisa entender as oportunidades que se abrem em meio ao processo de descarbonização da economia mundial e liderar o processo de transformação energética. Segundo o gerente de Inovação, Energia e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, Ansgar Pinkowski, os países desenvolvidos se comprometeram a descarbonizar suas economias até 2050, mas não têm fontes renováveis de energia em quantidade suficiente para fazer isso. Por esse motivo, na avaliação de Pinkowski, a rota da energia no mundo vai mudar radicalmente nos próximos anos. “Novos países vão se colocar como players na produção e comercialização de hidrogênio verde e o Brasil pode ser um desses atores”, afirmou. (H2 View – 05.10.2021)

<topo>

6 Canadá: Escalonando hidrogênio limpo para mais do que apenas células a combustível

A explosão de interesse pelo hidrogênio nos últimos anos atingiu as costas canadenses, onde nasceu a moderna indústria de células a combustível. Há muito tempo onde vive um vibrante setor de hidrogênio e células a combustível – que mesmo em 2017 registrou receitas acima de US$ 200 milhões – os governos nacionais e subnacionais do Canadá construíram pilares de política para elevá-lo a novos patamares. Em dezembro de 2020, o governo publicou sua Estratégia Nacional de Hidrogênio para o Canadá, estabelecendo que o hidrogênio poderia fornecer até 30% do consumo final de energia em um Canadá com zero emissões até o ano 2050. Isso é semelhante à estimativa da Estratégia de Hidrogênio do Reino Unido na qual o hidrogênio pode fornecer 20% – 35% do consumo de energia final do Reino Unido até 2050. No mesmo mês, o Canadá anunciou um Padrão de Combustível Limpo para reduzir progressivamente a intensidade das emissões de combustíveis líquidos usados em todo o país. (H2 View – 29.09.2021)

<topo>

7 EUA: Governadora do Novo México promete implementar legislações de apoio ao hidrogênio

A governadora democrática do Novo México, Michelle Lujan Grisham, está em busca de uma legislação para impulsionar a produção de hidrogênio no estado, a partir do gás natural. O processo que gera gases de efeito estufa, pode um dia ser aproveitado para fornecer benefícios ambientais. Ela se comprometeu a dar o pontapé inicial na indústria de combustíveis de hidrogênio no Novo México com a legislação, em fevereiro. O projeto de lei poderá incluir impostos e incentivos para produtores de energia produzirem hidrogênio, estruturas legais para facilitar a produção e armazenamento, corredores de reabastecimento para o tráfego de caminhões e programas de treinamento para trabalhadores da indústria. “O Hydrogen Hub Act continuará nos ajudando a alcançar nossa ambiciosa meta climática de diminuir as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 45% até 2030 – e impulsionar nossa economia no processo”, disse a porta-voz do Departamento de Meio Ambiente do Novo México, Kaitlyn O’Brien. (H2 View – 05.10.2021)

<topo>

8 Reino Unido: Hidrogênio aparece na Conferência do Partido Trabalhista do Reino Unido

O hidrogênio foi destaque em uma série de discursos proferidos na Conferência do Partido Trabalhista do Reino Unido. Discutindo o potencial que o hidrogênio tem para apoiar a economia britânica, Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, ressaltou o progresso que a Airbus está fazendo em relação aos voos com emissão zero. O discurso se concentrou principalmente no trabalho que está sendo feito para apoiar a revolução verde, instigando os ouvintes que o hidrogênio está no centro da ação climática. Rachel Reeves, chanceler sombra do tesouro, também falou sobre o potencial que o hidrogênio tem para garantir empregos para o futuro, referindo-se ao desenvolvimento de uma “próspera indústria de hidrogênio” na Grã-Bretanha. Ao discutir o hidrogênio, Reeves disse que investirá em empregos verdes e bons no futuro, que também garantam uma indústria e um ecossistema mais limpo, para a nação – isso inclui o hidrogênio. (Australian Hydrogen Council – 01.10.2021)


<topo>

9 Reino Unido: Consórcio convoca governo para apoiar o desenvolvimento de hidrogênio e “nivelar” o país

A necessidade de modelos de negócios de hidrogênio competitivos e passíveis de investimento e mudanças nas regulamentações locais de energia – essas são os dois pontos de ação que vários líderes da indústria de hidrogênio estão solicitando ao governo do Reino Unido. Revelada por Andy Carter, deputado por Warrington South, na quinta-feira (30 de setembro), a ação é definida para turbinar a revolução industrial verde, conforme planejada pelo primeiro-ministro Boris Johnson, para “nivelar” o país. O Noroeste do país é um grande foco no manifesto, detalhando como o local poderia se tornar a primeira região zero líquida do Reino Unido até 2040, turbinando a economia do país em £285 bilhões e criando mais de 660.000 empregos. (H2 View – 01.10.2021)

<topo>

10 “Maior” fundo para infraestrutura de hidrogênio limpo lançado por pesos pesados do hidrogênio

Um consórcio de pesos pesados do hidrogênio uniu forças para acelerar o movimento do hidrogênio limpo, com a formação de um novo fundo para infraestrutura de hidrogênio com o objetivo de levantar € 1,5 bilhão para apoiar tanto o desenvolvimento de projetos quanto os participantes do mercado. A Air Liquide, TotalEnergies e VINCI estão por trás do esforço que já garantiu € 800 milhões iniciais, segundo confirmação do trio no dia 01 de outubro. A gestão do fundo será da Hy24, uma joint venture 50/50 totalmente nova na casa de investimento privado Ardian e a Five T Hydrogen, um fundo de investimento para hidrogênio limpo lançado em abril (2021). Com a gestão do fundo sendo liderada pela Hy24, oferecendo grandes oportunidades para fusão de empresas as quais são investidores fundamentais na Five T Hydrogen. (H2 View – 01.10.2021)

<topo>

11 União Europeia: Ignacio Galán, nomeado presidente na Renewable Hydrogen Coalition

A Renewable Hydrogen Coalition fortaleceu sua liderança com a nomeação do presidente da aliança, Ignacio Galán, presidente e CEO do grupo Iberdrola, e do vice-presidente Nils Aldag, fundador e CEO da Sunfire. Nos próximos 18 meses a nova presidência irá ajudar a moldar o quadro regulamentar necessário na União Europeia. Galán e Aldag combinarão sua experiência em energias renováveis e eletrolisadores para coordenar os esforços da coalizão e garantir que, com as políticas certas, o hidrogênio renovável se torne uma alternativa competitiva ao hidrogênio convencional durante esta década. O CEO da Iberdrola disse que “a Renewable Hydrogen Coalition tem um trabalho importante pela frente, à medida que a Europa molda suas políticas para alcançar a neutralidade climática até 2050. Temos uma oportunidade única de garantir que a Europa seja líder mundial em desenvolvimento de tecnologia e fabricação associada ao hidrogênio renovável”, explicou ele. (Iberdrola – 29.09.2021)

<topo>

Produção

1 Áustria: Empresas assinam memorando de contrato para produzir hidrogênio verde

A ADX Energy, uma empresa de exploração e produção de petróleo e gás, e a Windkraft Simonsfeld, um dos maiores produtores de energia eólica da Áustria, realizaram um memorando de acordo para desenvolver um projeto de produção de hidrogênio na bacia do norte de Viena, Áustria. O projeto consiste em uma usina de H2 que será alimentada por energia eólica, produzindo assim o hidrogênio verde (H2V). As empresas irão adotar a estratégia de gerar o combustível em momentos que a produção de energia eólica for excedente, armazená-lo no subsolo e usá-lo quando a demanda de energia na Áustria for elevada, o que chamamos de horário de pico. Dessa forma, o H2V vai regular a oferta e demanda de energia da região. (ADX Energy – 05.10.2021)

<topo>

2 Espanha: Fusion Fuel e Exolum se unem para produzir hidrogênio verde em Madrid

A Fusion Fuel, produtora de eletrolisadores para hidrogênio verde acessível, e a Exolum, uma empresa de petróleo e energia, se uniram para produzir hidrogênio verde em Madrid, Espanha. O projeto vai construir um novo parque de energia solar e uma planta de hidrogênio. A planta contará com eletrolisadores do tipo PEM com uma capacidade eletrolítica total de 0,42 MW. Ademais, a planta será alimentada pela energia solar do parque. Por fim, o combustível produzido vai ser destinado ao uso no setor da mobilidade, principalmente para transportes pesados e de difícil eletrificação, como ônibus e caminhões. (Fusion Fuel – 06.10.2021)

<topo>

3 Espanha: Repsol começa a produzir hidrogênio a partir de biometano

A Repsol, a 15ª maior petroleira do mundo, também maior companhia energética privada hispano-americana, realizou um grande feito na área da inovação ao produzir hidrogênio verde (H2V) a partir de biometano. O H2V foi produzido na refinaria da Repsol em Cartagena, Espanha. Em termos de quantidade, foi produzido uma quantia de 10 toneladas do combustível. Já, no que tange à destinação, o hidrogênio vai estar sendo utilizado para reduzir a pegada de carbono dos processos e produtos da própria empresa. O projeto, que teve como intuito produzir o vetor energético de forma demonstrativa, obteve um grande sucesso e agora tem uma grande influência na propagação de novos projetos de produção do H2 a partir do biometano. (H2 View – 04.10.2021)

<topo>

4 Exxonmobil e Rosneft se unem para desenvolver projeto que inclui produção do H2 azul

A Exxonmobil, multinacional de petróleo e gás, e a Rosneft, empresa membro do Pacto Global da ONU, realizaram um memorando de entendimento (MoU), para produzir hidrogênio e amônia de baixo carbono, ou seja, azul. Além da produção do H2 e do NH3, o projeto também vai desenvolver tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS), a fim de aprimorar e tornar esse processo viável economicamente. As duas empresas estão buscando reduzir as emissões de CO2 em seus processos, a fim de contribuir com o meio ambiente. (H2 View – 04.10.2021)

<topo>

5 França: Lhyfe começa a produzir hidrogênio verde

A Lhyfe, que já atua no segmento do hidrogênio verde (H2V), concluiu sua usina e agora está produzindo o H2V em Vendée, na França. A usina está sendo alimentada por energia eólica e contém uma capacidade para a produção de 300 kg do combustível por dia, com possível aumento de capacidade, podendo chegar até a produzir 1000 kg de hidrogênio renovável por dia. Por fim, em termos de destinação, o combustível produzido será destinado ao âmbito industrial e ao transporte, notadamente para os veículos de grande porte, como os ônibus e veículos de carga pesada, descarbonizando este setor de difícil eletrificação. (Lhyfe – 21.09.2021)

<topo>

6 Guiana Francesa: CEOD para produzir hidrogênio verde

O projeto denominado como “Central Elétrica da Guiana Francesa Ocidental” (CEOD), localizado na Guiana Francesa, tem como intuito produzir hidrogênio. O projeto, que já está próximo de entrar em fase de operação, realizou a contratação do eletrolisador alcalino da McPhy. O equipamento contém uma capacidade eletrolítica de 16 MW e será alimentado por energia solar, produzindo hidrogênio verde (H2V). O projeto também irá contratar um equipamento de armazenamento de energia. Em termos de uso final, o hidrogênio produzido será inicialmente armazenado e, depois, utilizado para regular a oferta de energia. Na ausência do sol, à noite, haverá a produção de energia a partir do hidrogênio armazenado. Dessa maneira, a usina produzirá eletricidade todo o momento do dia. (McPhy – 29.09.2021)

<topo>

7 Reino Unido: Empresas se juntam para desenvolver projeto que visa produção descentralizada de H2V

A Octopus Hydrogen, a Innova Renewables, e a Novus Renewable Services, realizaram uma parceria para desenvolver um projeto de hidrogênio verde (H2V) no Reino Unido. Juntas, as empresas querem produzir uma quantidade de até 25.000 kg de H2V por dia. No entanto, não se trata do desenvolvimento de uma mega usina e sim, de diversas usinas descentralizadas. As empresas pretendem produzir hidrogênio em diversas regiões. A Innova e a Novus irão trabalhar em conjunto para desenvolver 4GW de energia solar, eólica e baterias, que fornecerão energia para as usinas de H2V. Enquanto a Octopus Hydrogen irá projetar, construir e operar a produção de hidrogênio em vários locais, sendo cada usina com uma capacidade eletrolítica de 2MW a 20MW. A produção descentralizada é uma maneira de baratear o custo. As instalações combinadas de energia renovável e hidrogênio estarão entre os primeiros projetos de hidrogênio verde co-localizados no Reino Unido. (Innova – 05.10.2021)

<topo>

 

 

Armazenamento e Transporte

1 Alemanha: Baker Hughes e Primus Lines vão colaborar no reaproveitamento de dutos para hidrogênio

Com os dutos vistos como um método chave para transportar o portador de energia limpa por longas distâncias, a Baker Hughes e a Primus Line assinaram um memorando de entendimento (MoU) para reaproveitar os dutos existentes para o hidrogênio. A colaborarão consiste também em desenvolver modelos comerciais e ofertas conjuntas de clientes para impulsionar o crescimento do oleoduto não metálico. O projeto também apoiará a implementação de dutos prontos para transportar o gás para vários locais industriais. Ao reaproveitar os dutos, o hidrogênio pode muito bem ser utilizado nessa infraestrutura para permitir o seu transporte em massa. Isso pode oferecer suporte a desafios de infraestrutura, como abastecer postos de abastecimento de hidrogênio, oferecendo um meio de receber o gás. (Primus Line – 29.09.2021)

<topo>

2 Armazenamento de hidrogênio em nanotubos de carboneto de silício

Pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão (JAIST) desenvolveram uma nova metodologia para avaliar a viabilidade técnica do armazenamento de hidrogênio usando nanotubos de carbono. Os cientistas concentraram suas análises em nanotubos de carbono feitos de carboneto de silício, um substrato amplamente utilizado na indústria de veículos elétricos (EV) e no setor fotovoltaico, que usa o carboneto de silício em inversores de última geração. Por meio da análise de difusão Monte Carlo (DMC), os acadêmicos criaram um modelo que considera as forças de Van der Waals na simulação. Os pesquisadores descobriram que a análise DFT sem as forças de Van der Waals estimou erroneamente a energia necessária para o armazenamento de hidrogênio em 4-14%. A análise que incluiu as forças de Van der Waals, por outro lado, revelou que a energia de armazenamento foi estimada em 9-29%, uma faixa de porcentagem que os cientistas definiram como “dificilmente insignificante”. (JAIST – 27.09.2021)

<topo>

3 Fraunhofer IWM avalia materiais para sistemas de armazenamento tubular

O Fraunhofer IWM desenvolverá critérios de avaliação de materiais e componentes para os sistemas de armazenamento tubular no projeto conjunto H2Wind. As descobertas contribuirão para a operação durável e à prova de acidentes de uma infraestrutura real de armazenamento de hidrogênio. Junto com sete parceiros especialistas de pesquisa e indústria, o Fraunhofer IWM passará os próximos quatro anos focando em materiais confiáveis e de alto desempenho para a produção sustentável e segura de hidrogênio offshore. (Fraunhofer IWM – 28.09.2021)

<topo>

4 Hexagon Purus se estende ao mercado de armazenamento de hidrogênio com nova aquisição

A Hexagon Purus adicionará soluções de armazenamento de hidrogênio ao setor de mobilidade com a sua nova aquisição, a Wystrach. Ao adquirir a Wystrach, o grupo fornecerá capacidade significativa de montagem de sistemas de armazenamento e know-how para complementar as capacidades da Hexagon Purus. Isso ajudará a melhorar a extensão da cadeia de valor que a Hexagon possui e a empurrar a empresa para a frente do mercado de hidrogênio. O preço de compra totalizou € 43,3 milhões ($ 50 milhões). A Hexagon Purus e a Wystrach são parceiras desde 2008, fornecendo ao mercado soluções de armazenamento de hidrogênio de alto desempenho para uso em aplicações que variam de transporte a armazenamento estacionário e soluções de reabastecimento. A combinação das duas colocará a Hexagon Purus na pole position para capitalizar sobre o forte crescimento do mercado esperado para soluções de armazenamento de hidrogênio. (Hexagon Purus – 30.09.2021)

<topo>

Uso Final

1 Estados Unidos: Califórnia ganhará mais cinco ônibus movidos a hidrogênio

A Califórnia está ampliando suas soluções de mobilidade a hidrogênio com a New Flyer of America. A empresa está pronta para fornecer cinco novos ônibus a hidrogênio, do modelo Xcelsior CHARGE. Os ônibus com células a combustível de 40 pés ajudarão a descarbonizar o setor de transporte público da Califórnia, fornecendo uma solução que não produz emissões. O modelo Xcelsior CHARGE H2 ™ é um veículo elétrico a bateria que usa hidrogênio comprimido como fonte de energia, junto com a tecnologia de célula a combustível da Ballard Power Systems. Os veículos serão entregues ao Departamento de Serviços Gerais da Califórnia, uma vez que a agência pretende cumprir seu plano de lançamento do ônibus com emissão zero, com a esperança de ter uma frota 100% com emissão zero até 2040. (H2 View – 04.10.2021)

<topo>

2 Europa: Novo acordo entre empresas vai desenvolver 36 novas estações de hidrogênio até 2026

Trinta e seis novas estações de hidrogênio devem ser desenvolvidas em toda a Europa até 2026 como parte de um acordo recém-assinado entre Gaussin e Hydrogen-Refueling-Solutions (HRS). A dupla disse na quinta-feira (30 de setembro) que deseja desenvolver a infraestrutura para apoiar o lançamento das soluções de mobilidade de hidrogênio da Gaussin para aplicações on e off-road. A HRS fornecerá as estações como parte do negócio e também investirá 7 milhões de euros em ações da Gaussin. Estima-se que as primeiras quatro estações a serem fabricadas na área metropolitana de Grenobloise da HRS, serão entregues em 2021/22. (H2 View – 01.10.2021)

<topo>

3 Mundo: Células a combustível do tipo PEM da Ballard alimenta veículos rodoviários por mais de 100 milhões de quilômetros

A Ballard Power Systems atingiu um marco significativo, pois o grupo revelou, no último dia 05, que suas células a combustível de membrana de troca de prótons (PEM) alimentaram veículos por mais de 100 milhões de quilômetros nas estradas em todo o mundo. Este é um número significativo, pois em apenas 12 meses a Ballard mais que dobrou seus quilômetros rodados em serviço e, com o ritmo em que está crescendo, destaca o rápido crescimento da indústria de células a combustível em mobilidade. As células a combustível da empresa atualmente abastecem aproximadamente 3.500 ônibus e caminhões em todo o mundo em uma dezena de países. (H2 View – 05.10.2021)

<topo>

4 ‘O primeiro’ navio movido a hidrogênio líquido do mundo é premiado como o Navio do Ano

O navio movido a hidrogênio líquido da LMG Marin, indicado pela empresa como o primeiro do mundo, foi premiado como Navio do Ano pela Skipsrevyen. Batizado de Hydra, o navio possui um tanque de hidrogênio de 80 metros cúbicos que permite navegar 24 horas por dia, 7 dias por semana, por até três semanas entre Hjelmeland, Nesvik e Skipavik. O layout da sala de passageiros do navio atende às regras de segurança de uso e armazenamento de hidrogênio. Comentando sobre o reconhecimento em uma rede social digital, LMG Marin disse que está orgulhosa deste resultado e espera que a Hydra abra caminho para mais inovações no transporte marítimo. Além de hidrogênio líquido, o navio também pode navegar com grupo gerador a diesel. (H2 View – 04.10.2021)

<topo>

5 Reino Unido: MPA e Hanson UK experimentam com sucesso o hidrogênio em um forno de cimento

Um forno de cimento do Reino Unido operou com sucesso com hidrogênio para se tornar o primeiro do mundo na utilização dessa tecnologia para energia de cimento, disse a Associação de Produtos Minerais (MPA) no dia 29 de setembro. Liderado pela MPA e pela Hanson UK e apoiado com £ 3,2 milhões ($ 4,32 milhões) pelo Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS), o teste abre com sucesso o caminho para a operação zero emissões líquidas usando hidrogênio. Ao utilizar hidrogênio para a fabricação de cimento em escala comercial, a mistura no teste consistia em hidrogênio, entregue por caminhão-tanque, bem como farinha de carne e ossos (MBM) e glicerina. Se o hidrogênio for totalmente implementado para todo o sistema do forno, estima-se que cerca de 180.000 toneladas de dióxido de carbono poderiam ser economizadas a cada ano apenas em Ribblesdale. (Broadcast Energia – 29.09.2021)

<topo>

6 Suécia: Revelados planos de estação de hidrogênio para cidade do país

A rede de estações de hidrogênio da Suécia está programada para expandir, com planos de uma nova instalação em Borlänge, revelada no dia 30 de setembro. A Nel Hydrogen Fueling fornecerá a estação, tendo recebido um pedido do transportador e construtor sueco MaserDrakt como parte dos objetivos de descarbonização da empresa e para apoiar veículos pesados. Para estar operacional no quarto trimestre de 2022, o H2Station ™ será capaz de reabastecer veículos pesados em menos de quinze minutos. O preço da estação não foi divulgado. No pedido, Christian Vinther, Gerente de Contas Principais da Nel Hydrogen Fueling, disse: “Estamos muito felizes por termos sido escolhidos pela MaserFrakt para ser o fornecedor de sua primeira estação de abastecimento de hidrogênio. (H2 View – 30.09.2021)

<topo>

 

Tecnologia e Inovação

1 China: ABB e PERIC unem forças para desenvolver futuros eletrolisadores eficientes

A ABB e a PERIC, fabricante líder de eletrolisadores de hidrogênio na China, assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para acelerar a adoção generalizada do hidrogênio como fonte de energia. Ambas as empresas irão explorar como a integração das soluções digitais, de automação e eletrificação da ABB em eletrolisadores PERIC podem ajudar a reduzir os custos de geração do hidrogênio no futuro. A colaboração entre a ABB e a PERIC incluirá consultoria contínua relacionada ao desenvolvimento de soluções conjuntas e / ou integração de tecnologias complementares que irão otimizar a geração eficiente do hidrogênio verde. O objetivo é que um plano de ação detalhado e um acordo específico sejam definidos dentro de três meses após a assinatura do MoU. (Green Car Congress – 04.10.2021)

<topo>

2 Reino Unido: Teste de hidrogênio para aquecimento em residências e universidades foi um sucesso

A mistura de hidrogênio está se tornando uma tecnologia cada vez mais popular para alimentar sistemas domésticos e eletrodomésticos. Dentro desse contexto, na rede da Keele University uma mistura de 20% de hidrogênio com 80% de metano foi testada e obtido sucesso. O projeto HyDeploy de 18 meses, entregou mais de 42.000 m3 de hidrogênio a 130 casas e prédios de professores. Os técnicos mediram o desempenho de eletrodomésticos comuns, como fogões e aquecedores de parede, quando alimentados com uma mistura de hidrogênio e gás natural. Fornecer uma mistura de 20% de hidrogênio para 23 milhões de casas e edifícios que são aquecidos a gás em todo o Reino Unido evitaria cerca de 6 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono – ou 7% de suas emissões atuais. (Royal Society of Chemistry – 13.09.2021)

<topo>

3 Suíça-Canadá: Tecnologia inovadora pode produzir hidrogênio verde a partir de praticamente qualquer fonte de água

EBH2 Systems, em conjunto com a HPQ Silicon Resources estão avançando no desenvolvimento de uma nova tecnologia de eletrólise. Os reatores de hidrogênio EBH2 Green podem extrair hidrogênio de forma eficiente de qualquer fonte de água, incluindo água salgada, adicionando como vantagem um sistema de baixo custo. Essa tecnologia pode revolucionar o mercado de hidrogênio, já que com a abundância de água salgada, o hidrogênio poderia ser produzido em escala para atender à crescente demanda em todo o mundo. Com o potencial da tecnologia, o EBH2 entrou com uma patente provisória para o inovador processo sob a demanda de produção de hidrogênio verde por US $1 o quilo. Uma vez que o EBH2 tenha concluído o processo de patente, a HPQ pode adquirir uma licença perpétua mundial para vender ou implantar os sistemas de gerador EBH2 em qualquer lugar do mundo. (H2 View – 01.10.2021)

<topo>

 

Eventos

1 Economia de hidrogênio: aspectos financeiros e regulatórios da economia australiana de hidrogênio

A 2ª sessão de uma série de três discute o compromisso do NEM (Mercado Nacional de Eletricidade da Austrália) de reduzir as emissões globais e criar oportunidades de tecnologia de baixo carbono; o financiamento de $ 70 milhões da ARENA para dar início a projetos de eletrolisadores; o financiamento concessional de US $ 300 milhões do CEFC por meio de um novo Fundo Avançado de Hidrogênio. Durante o fórum, será discutido como desempenhar um papel ativo na participação neste setor por meio do desenvolvimento, construção, fabricação, produção e distribuição. Ele será embalado com percepções acionáveis para investidores internacionais e locais, profissionais de energia (reguladores e governamentais) e cobrirá todos os aspectos-chave da tecnologia de hidrogênio – técnicos, logísticos, de compras, econômicos e regulatórios – com foco em modelos de negócios, fluxos de receita e estudos de caso. O evento ocorrerá de forma online e gratuita no dia 13 de outubro às 12:00. Inscreva-se aqui. (Cornwall Insight Australia – 04.09.2021)

<topo>

2 Armazenamento de hidrogênio para veículos pesados

A SoCalGas® realizará um webinar com a Sandia National Laboratories sobre hidretos metálicos obtidos em nanoescala para armazenamento eficiente de hidrogênio, em veículos pesados como tratores Classe 7 ou Classe 8 (HDV). Esses materiais têm o potencial de atender às metas do DOE (Departamento de Energia dos Estados Unidos) de fornecer hidrogênio na pressão e densidade de energia adequadas para alimentar um veículo com célula a combustível. Os veículos movidos a células a combustível podem ajudar a descarbonizar o setor de transporte e reduzir as emissões em corredores de alto tráfego, como o South Coast Air Quality Management District (SCAQMD). Neste webinar, será discutido o desenvolvimento de materiais baseados em hidretos metálicos que podem permitir o uso de ligas leves para construir tanques de armazenamento que operam a uma pressão relativamente baixa (máximo de 100 bar). O evento baseia-se na pesquisa conduzida pelo Consórcio de Pesquisa Avançada de Materiais de Hidrogênio do DOE (HyMARC), uma equipe de cinco laboratórios nacionais focada em acelerar a descoberta de novos materiais para armazenamento de hidrogênio em transportes e aplicações estacionárias. O evento ocorrerá de forma online e gratuita no dia 14 de outubro às 14:00. Inscreva-se aqui. (SoCalGas – 04.10.2021)

<topo>

 

Artigos e Estudos

1 Artigo GESEL: “Ciclo de Vida e o Hidrogênio”

Em artigo publicado pelo GESEL, Luana Oliveira (Pesquisadora Júnior do GESEL), José Vinícius (Pesquisador Júnior do GESEL), Nivalde de Castro (Coordenador do GESEL), Sayonara Eliziário (Pesquisadora Associada do GESEL) e Marta Célia Dantas (Departamento de Engenharia de Energias Renováveis, Universidade Federal da Paraíba) tratam da importância e os benefícios que o estudo do ciclo de vida do hidrogênio pode agregar para o desenvolvimento da tecnologia disruptiva. Segundo os autores, “Diante do alto potencial do hidrogênio, a busca pela adoção de novas tecnologias é de extrema importância, por meio de ferramentas que possibilitem o controle de variáveis que influenciam o estado dos impactos econômicos, sociais e ambientais”. Eles concluem “Portanto, o mercado do hidrogênio, com seu crescimento gigantesco previsto para os próximos anos, pode ser beneficiado por estudos do ciclo de vida, com maior segurança dos investimentos, mais cuidados ambientais e uma maior eficiência de estudos econômicos”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 05.10.2021).

<topo>

2 Artigo GESEL: “O Brasil e as estratégias da Alemanha para o Hidrogênio Verde”

Em artigo publicado no Broadcast Energia, Nivalde de Castro (coordenador do GESEL), Vitor Santos (Professor da Universidade de Lisboa e Pesquisador Associado do GESEL) e Thereza Aquino (Professora da UFRJ e Pesquisadora Associada do GESEL) tratam do cenário brasileiro frente às estratégias da Alemanha para o Hidrogênio Verde. Segundo os autores, “os países com elevado potencial de recursos energéticos renováveis, como o Brasil, podem se tornar exportadores de hidrogênio verde, porém não existe, ainda, um mercado global deste recurso. O atual momento está na fase da negociação de acordos de parceria bilaterais”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.09.2021)

<topo>

3 IEA: Global Hydrogen Review 2021

O relatório Global Hydrogen Review 2021, publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA) traça o progresso da produção e demanda de hidrogênio, bem como políticas públicas, regulação, investimentos, inovações e desenvolvimento de infraestrutura. Este relatório é um resultado da iniciativa Clean Ministerial Hydrogen e tem como objetivo informar aos participantes do setor de energia o status e as perspectivas futuras para o hidrogênio. O documento examina o progresso internacional e o que é necessário para ajudar a minimizar os impactos das mudanças climáticas. Também compara os desenvolvimentos do mundo real com as ambições declaradas do governo e da indústria e com as principais ações no âmbito da Agenda de Ação Global lançada em 2019. A revisão visa contribuir para que os tomadores de decisões ajustem as estratégias para atrair investimentos e facilitar a implantação de tecnologias de hidrogênio, ao mesmo tempo que cria demanda por hidrogênio e combustíveis à base de hidrogênio. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (IEA – 04.10.2021)

<topo>

4 IEA: O papel dos combustíveis fósseis na transição energética do setor elétrico

O processo de transição energética aumenta a inserção das energias renováveis na matriz elétrica. As fontes de energias renováveis são fontes de energia intermitentes e, portanto, para alcançar um sistema elétrico descarbonizado recursos para aumentar a flexibilidade do sistema são necessários. Isso inclui usinas de energia despacháveis de baixo carbono, armazenamento de energia, resposta à demanda e expansão da transmissão. A possibilidade de queimar grandes quantidades de hidrogênio de baixo carbono e amônia em usinas de combustível fóssil fornece aos países uma ferramenta adicional para descarbonizar o setor de energia, ao mesmo tempo em que mantém todos os serviços da frota existente. As tecnologias relevantes estão progredindo rapidamente. A co-combustão de até 20% de amônia e mais de 90% de hidrogênio ocorreu com sucesso em pequenas centrais elétricas, e projetos de teste em larga escala com taxas mais altas estão em andamento. Em última análise, o uso de grandes volumes de hidrogênio com baixo teor de carbono e amônia no setor de energia ajudará a estabelecer cadeias de abastecimento e reduzir os custos por meio de economias de escala e melhorias tecnológicas, complementando e reforçando mutuamente o uso de combustíveis com baixo teor de carbono em setores hard-to-abate, como o transporte de longa distância e indústria. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (IEA – 06.10.2021)

<topo>

5 Catálogo Green Hydrogen Compact

Para estabilizar as temperaturas globais nas próximas duas a três décadas, será necessário uma redução drástica das emissões de gases do efeito estufa, o que exigirá uma transformação profunda na matriz energética global. O hidrogênio verde (H2V) pode desempenhar um papel essencial nessa transformação. Para atingir as metas de emissões líquidas zero, aumentar a absorção de H2V será crítico, especialmente em setores com uso intensivo de energia, onde as emissões são mais difíceis de abater. Setores como indústria pesada, transporte marítimo e aviação. Habilitar o hidrogênio requer compromissos mais fortes, tanto do setor público quanto privado. Nesse cenário, o catálogo Green Hydrogen Compact tem como objetivo catalisar compromissos de governos nacionais e subnacionais, empresas, organizações internacionais e outras partes interessadas em objetivos comuns e ações colaborativas, para facilitar a expansão do hidrogênio verde e acelerar o desenvolvimento de uma cadeia de valor do hidrogênio verde. Para acessar o documento na íntegra, clique aqui. (Green Hydrogen Compact – Setembro de 2021)

<topo>

6 WEC: Hydrogen demand and cost dynamics

O World Energy Council (WEC), em parceria com o Electric Power Research Institute (EPRI) e a PwC, publicou um relatório que analisa diferentes trajetórias da demanda e custos de hidrogênio até 2050. A demanda de hidrogênio depende do desenvolvimento de tecnologias complementares, tais como eficiência energética, eletrificação, captura de carbono e a das próprias tecnologias de hidrogênio. Os custos de distribuição de hidrogênio para armazenamento e transporte são possivelmente significativos, podendo limitar o crescimento do mercado. A distribuição do hidrogênio na forma líquida na forma de amônia pode permitir o reaproveitamento de algumas infraestruturas de petróleo existentes para reduzir custos, enquanto os dutos de gás natural poderiam ser reaproveitados para distribuir o hidrogênio na forma gasosa. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (WEC – 28.09.2021)

<topo>

7 Equipe do KIST plataforma de benchmarking para LOHCs

Os métodos tradicionais de armazenar hidrogênio requerem uma grande quantidade de energia para aumentar a capacidade de armazenamento e infraestrutura de distribuição cara. O transporte de hidrogênio feito através de líquidos orgânicos transportadores de hidrogênio (LOHCs) e amônia podem ser alternativas para superar essas barreiras. Nesse contexto, uma equipe de pesquisa do Korea Institute of Science and Technology (KIST) desenvolveu um protocolo de benchmarking com alta produtividade para adotar LOHCs promissores e seus catalisadores. A equipe do KIST desenvolveu um sistema de avaliação semiautomático para desidrogenação em condições de reação bem definidas e padronizadas. O sistema realiza análises comparativas para extrair soluções ideais para a implantação comercial bem-sucedida de LOHCs. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Energy Conversion and Management. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Green Car Congress – 28.09.2021)

<topo>

8 Segurança nas exportações Austrália/Japão de hidrogênio produzido a partir do carvão

Este artigo aborda a modernização de sistemas de energia transnacionais para geração de hidrogênio a partir do carvão marrom. Cadeias de suprimento de energia adaptadas, da geração ao produto final, abrangem geração de energia a partir de combustível fóssil com captura e armazenamento de carbono (CCS), para produção de energia limpa [hidrogênio]. Nesse contexto, o artigo identificou um quadro modificado, contribuindo como uma ferramenta útil para acelerar a análise de segurança energética global. Ao aplicar o quadro, as descobertas ilustram as principais oportunidades na diversificação de energia da Austrália / Japão, segurança de abastecimento e relações comerciais bilaterais de segurança estratégica. Os principais riscos incluem emissões e custos econômicos, riscos no processo de produção, complexidades de transporte e dúvidas em relação ao CCS. Os interesses da política conservadora e os influenciadores pró-carvão / CCS dominam a forma como a segurança é enquadrada, desprezando as preocupações com a justiça energética e privilegiando os interesses do carvão e empregos de mineração em detrimento de caminhos e empregos de energia renovável potencialmente mais resilientes. A pesquisa tem implicações para pesquisas futuras, desenvolvimento de políticas e planejamento de sistemas de energia. (Energy – 2021)

<topo>

9 Molhabilidade de argilas em H2: as implicações para o armazenamento de hidrogênio subterrâneo.

O artigo, publicado no International Journal of Hydrogen Energy, analisa a capacidade do hidrogênio de aumentar a molhabilidade nas superfícies de argilas na presença de salmoura, com implicações para o armazenamento subterrâneo de hidrogênio em reservatórios. O artigo analisou e interpretou matematicamente a molhabilidade da argila a partir dos ângulos de contato formados entre uma gota de água e a superfície das amostras na presença de gaes. As argilas analisadas foram caulinita, ilita e montmorilonita. As três mostraram comportamento de umedecimento em água com ângulos de contato de 40° em todas as configurações experimentais estudadas. Os autores concluíram que a presença de argila no reservatório é propícia ao aprisionamento capilar e/ou residual do gás. Outra inferência positiva é que qualquer gás testado, particularmente o gás nitrogênio, é adequado como gás de amortecimento para manter a pressão de formação durante o armazenamento de hidrogênio durante a injeção/produção. (International Journal of Hydrogen Energy – 2021)

<topo>

10 Desenvolvimentos recentes na geração de hidrogênio em fase líquida nanocatalisado

O hidrogênio é o transportador mais eficaz e sustentável de energia limpa e os materiais para armazenamento com boa reversibilidade, alto teor de hidrogênio e boa cinética de desidrogenação são promissores para a “economia do hidrogênio”. No entanto, a geração de hidrogênio eficiente, de baixo custo, segura e seletiva e o armazenamento na forma de compostos químicos ou em outros materiais continua sendo um desafio. Neste artigo uma revisão geral é realizada, abordando a nanocatálise na produção de hidrogênio a partir de materiais de armazenamento de hidrogênio em fase líquida. Os materiais incluem hidretos de metal-boro, compostos de borano-nitrogênio e líquidos orgânicos. Os catalisadores de última geração variam de nanocatalisadores de alto desempenho baseados em nanopartículas de metais nobres e não nobres (NPs) a catalisadores emergentes de um único átomo. Os principais aspectos que são discutidos incluem insights sobre os mecanismos de desidrogenação, regenerações dos hidretos químicos líquidos gastos e reações em tandem usando o hidrogênio gerado in situ. Finalmente, desafios, perspectivas e direções de pesquisa para esta área são considerados. (Chemical Society Reviews – 2021)

<topo>

11 Hidrogênio carbono-negativo: Explorando o potencial técnico-econômico da cogaseificação da biomassa com captura de CO2

A economia do hidrogênio está recebendo cada vez mais atenção como complemento da eletrificação na transição energética global. A produção limpa de hidrogênio é frequentemente vista como uma competição entre a reforma do gás natural com captura de CO2 e a eletrólise usando eletricidade renovável. No entanto, a gaseificação de combustível sólido com captura de CO2 apresenta outra alternativa viável, especialmente quando se considera o potencial da biomassa para atingir emissões negativas de CO2. O artigo, publicado na revista Energy Conversion and Management, investiga o potencial técnico-econômico da produção de hidrogênio a partir de usinas de cogaseificação de carvão / biomassa em grande escala com captura de CO2. Com o preço do CO2 de 50 € / tonelada, a planta de referência usando tecnologias disponíveis comercialmente alcançou um custo de produção de hidrogênio atraente de 1,78 € / kg, enquanto com preços de CO2 mais elevados a redução de custo pode ser considerável. Em conclusão, a gaseificação de combustíveis sólidos disponíveis localmente deve ser seriamente considerada, juntamente com o gás natural e a eletrólise para suprir a economia emergente de hidrogênio. (Energy Conversion and Management – 2021)

<topo>

12 Potencial de desempenho do aproveitamento da regaseificação de GNL para o processo de liquefação de hidrogênio: Perspectivas de energia e exergia

O hidrogênio atua como um vetor de energia; no entanto, seu armazenamento e transporte são desafiadores devido ao seu baixo conteúdo de energia por unidade de volume. Semelhante ao gás natural liquefeito (GNL), o hidrogênio puro é liquefeito antes do transporte – principalmente para transporte em longas distâncias. A liquefação, envolve pré-resfriamento com consumo elevado de energia. No presente estudo, um esquema integrado simples foi proposto, em que a baixa temperatura do GNL é usada para facilitar a liquefação do hidrogênio eliminando o ciclo de refrigeração do pré-resfriamento. O projeto do processo foi otimizado por meio da metodologia de descida por coordenadas modificadas. Os resultados indicaram que a quantidade total de refrigerante foi reduzida em aproximadamente 50%, o que resultou em aproximadamente 40% no consumo específico de energia, ou seja, 7,64 kWh / kgLH. A eficiência exergética do processo foi de 42,25%, o que é significativamente superior ao relatado para plantas comerciais (21%), enquanto o coeficiente de desempenho do foi 40,2% superior. Espera-se que o processo proposto mude a dinâmica da cadeia de valor de GNL e liquefação de hidrogênio, promovendo uma mudança em direção a uma economia de hidrogênio. (Applied Energy – 2021)

<topo>


Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Allyson Thomas,
José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto
de Economia da UFRJ.

POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO

Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber
nossos e-mails,  Clique
aqui
e envie-nos uma mensagem solicitando
o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ