l IFE: nº 50 – 17 de setembro de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Alemanha: F-cell Stuttgart 2021 destaca a capacidade e o potencial do hidrogênio no país 2 Austrália: US$ 45 milhões para impulsionar a economia de hidrogênio da Austrália Ocidental 3 Coreia do Sul: Lançamento do Conselho de Hidrogênio 4 Estados Unidos: Nova York se junta à Califórnia para definir a meta de 2035 5 Financiando a revolução do hidrogênio limpo 6 IRENA e o Conselho de Hidrogênio se unem para expansão da tecnologia 7 Reino Unido: partidos pedem a Boris Johnson agilidade na entrega de ônibus com emissão zero Produção 1 Alemanha: Sunfire e Enertrag assinam acordo para produzir hidrogênio verde 2 Alemanha: Enapter inicia construção de uma fábrica de eletrolisador 3 Coreia do Sul: Sk Group e Ministério se unem para desenvolver projeto de H2 4 EUA: Linde revela planos para construção de planta de H2 movida a energia hidrelétrica 5 EUA: Projeto vai produzir hidrogênio branco e verde na Califórnia 6 Itália: Empresas se unem para desenvolver três usinas de hidrogênio verde 7 Reino Unido: Essar Oil avança com planos de desenvolver usina de H2 azul Armazenamento e Transporte 1 Austrália Ocidental: Governo apoia a pesquisa de transporte de hidrogênio em dutos 2 EUA: Empresas apresentam soluções de armazenamento estacionário em hidreto metálico 3 EUSTREAM faz parceria internacional para a produção e fornecimento de hidrogênio verde Uso Final 1 China: Hyzon fornecerá 500 caminhões movidos a hidrogênio para empresa chinesa de logística 2 Coreia do Sul: Novo grupo no mercado impulsionará a rede de estações de abastecimento de hidrogênio 3 Estados Unidos: Califórnia pode ter 100 estações de hidrogênio até o final de 2023 4 Holanda: Construção em andamento na estação de hidrogênio 5 Regulamentações de segurança são exigidas antes da adoção mais ampla do hidrogênio no transporte marítimo 6 Rússia: Empresas fornecerão motores a hidrogênio para veículos comerciais 7 Rússia: Kamaz lança ônibus elétrico movido a hidrogênio Tecnologia e Inovação 1 Hydrogenious LOHC Technologies levanta € 50 milhões para implantar tecnologia de armazenamento 2 GenH2: novo campo em Titusville, Flórida 3 Ballard lança novo motor de célula a combustível para veículos comerciais Eventos 1 Accelerating Hydrogen 2 Mission Hydrogen promove webinar com Head de hidrogênio verde da ThyssenKrupp 3 Hydrogen: Project Perception Change with H2 View Artigos e Estudos 1 Pesquisadores desenvolvem eletrodo mais barato, tornando a eletrólise da água mais eficiente 2 Pesquisadores produzem hidrogênio a partir do sulfeto de hidrogênio 3 Pesquisadores do Technion descobriram um método eficiente e barato para produção de hidrogênio a partir da água 4 Economia do hidrogênio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: análise e visão política 5 Impacto dos Fatores Econômicos, Energéticos e Ambientais no Desenvolvimento da Economia do Hidrogênio 6 Cátodo composto de três componentes para otimizar o desempenho de células a combustível Políticas Públicas e Financiamentos 1 Alemanha: F-cell Stuttgart 2021 destaca a capacidade e o potencial do hidrogênio no país O evento F-cell Stuttgart 2021 foi aberto na manhã do dia 14 de setembro por Sibyelle Hepting-Hug, chefe de departamento do Ministério do Meio Ambiente, Proteção Climática e Setor de Energia de Baden-Württemberg. Com 55 palestrantes no evento, Hepting-Hug destacou a significativa força de mercado que o hidrogênio possui na Alemanha e o apoio que estão dando através do seu roteiro. “O roteiro define 29 medidas para apoiar as dimensões relevantes da economia do hidrogênio, desde a produção até o desenvolvimento de tecnologia e o estabelecimento de uma infraestrutura por meio de vários campos de aplicação” disse ele. Kurt-Christoph Von Knobelsdorff, da NOW GmbH, também se pronunciou destacando que 65,2% da frota de veículos alemã, contendo 250 milhões de carros de passeio, é baseada em combustíveis fósseis. Sendo assim, será necessário um aumento significativo da tecnologia de células a combustível hidrogênio para reduzir as emissões de carbono de 2019 pela metade, até 2030. (H2 View – 14.09.2021) <topo> 2 Austrália: US$ 45 milhões para impulsionar a economia de hidrogênio da Austrália Ocidental O Premier da Austrália Ocidental, Mark McGowan, no dia 07 de setembro, anunciou que US$ 45,3 milhões serão destinados a apoiar a indústria de hidrogênio, que se encontra em crescimento. Impulsionando um futuro zero carbono e criando mais empregos, o financiamento apoiará uma série de projetos como o desenvolvimento de um novo centro de hidrogênio renovável. A repartição financeira indicou que US$ 50 milhões serão usados para estimular a demanda local por hidrogênio renovável, nos setores de transporte e industriais, e impulsionar investimentos. Seguindo estudos recentes, os quais destacaram a Austrália Ocidental como um local privilegiado para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio, a BP Austrália também receberá US$ 300.000 para desenvolver uma instalação de hidrogênio verde e combustível limpo. A APT Management Services e a Global Energy Ventures foram anunciadas como outras empresas que se beneficiarão com o anúncio do financiamento. (H2 View – 08.09.2021) <topo> 3 Coreia do Sul: Lançamento do Conselho de Hidrogênio A Coréia do Sul já havia anunciado os planos de lançar seu Conselho de Hidrogênio em paralelo ao evento H2 Mobility + Energy Show 2021 no Centro de Convenções KINTEX em Goyang, província de Gyeonggi. Seguindo os planos, o Conselho foi lançado no dia 8 de setembro motivado por um grupo de empresas buscando desenvolver a cadeia de valor do hidrogênio e apoiar seu crescimento. De acordo com a acordo com a Agência de Notícias Yonhap, um total de 15 empresas sediadas na Coreia se juntaram com o objetivo de expandir a cadeia de valor do hidrogênio, concentrando-se na produção, transporte, armazenamento e uso do hidrogênio. Entre aqueles incluídos como membros fundadores estão a Hyundai Motor, SK, POSCO, Lotte e Hanwha. Com a fundação deste conselho de hidrogênio, espera-se que os grupos ajudem a apoiar os tomadores de decisão na expansão da cadeia de valor do hidrogênio na Ásia. (H2 View – 08.09.2021) <topo> 4 Estados Unidos: Nova York se junta à Califórnia para definir a meta de 2035 Nova York se tornou o segundo estado dos Estados Unidos a assinar uma legislação exigindo que carros de passeio e caminhões leves tenham emissões zero a partir de 2035, abrindo caminho para a aceleração dos veículos elétricos movidos à célula a combustível (FCEVs, em inglês). Seguindo os passos da Califórnia, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, na quarta-feira (8), assinou o projeto de lei que proíbe a venda de veículos movidos a diesel ou gasolina. A ideia é favorecer o mercado de veículos de emissão zero como a hidrogênio (FCEVs), bateria e híbrido plug-in. A legislação também exige que os veículos médios e pesados tenham emissões zero até 2045. Uma estratégia de veículos com emissões zero também está definida para ser desenvolvida até 2023, que será liderada pela Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Energético do Estado de Nova York (NYSERDA, sigla em inglês) para acelerar a implementação das políticas e programas estaduais necessários para atingir as novas metas da lei. (H2 View – 10.09.2021) <topo> 5 Financiando a revolução do hidrogênio limpo À medida que nos aproximamos da próxima COP26, em Glasgow, conforme afirma o último relatório do IPCC, nos convencemos que o hidrogênio terá um papel importante na descarbonização da indústria e, em última instância, no cumprimento das metas climáticas. A tecnologia está pronta, há apoio político como nunca visto antes e mais de 350 projetos de grande escala estão em andamento globalmente. No entanto, ainda existem grandes desafios para a revolução do hidrogênio limpo acontecer. Uma combinação inteligente de instrumentos financeiros públicos e privados é possível, proporcionando benefícios e impactos únicos. Enquanto subsídios podem apoiar a inovação ou projetos de demonstração em estágio inicial, os contratos públicos devem ajudar a expandir a cadeia de valor por meio do investimento do setor público e instrumentos como a participação acionária permitirão que os capitais de risco desempenhem um papel de liderança, investindo em empresas em estágio inicial com alto potencial de crescimento. Se apoiadas por estruturas regulatórias adequadas de longo prazo, essas ferramentas financeiras podem ajudar a desbloquear projetos de grande escala e o crescimento da indústria. (H2 View – 14.09.2021) <topo> 6 IRENA e o Conselho de Hidrogênio se unem para expansão da tecnologia A IRENA e o Hydrogen Council, uma coalizão global de CEOs, assinaram um Acordo de Parceria para promover conjuntamente o hidrogênio verde em todo o sistema de energia e fazer uma contribuição significativa para alcançar as metas globais de Net zero. O Acordo marca um novo marco na história da colaboração entre as duas organizações, combinando a experiência em energia renovável da IRENA com a rede diversificada do Hydrogen Council, de mais de 120 empresas membros em toda a cadeia de valor do hidrogênio. Com foco na aceleração global do hidrogênio, as duas organizações trocarão conhecimento, melhores práticas e dados, particularmente informações sobre custos e volumes para eletrolisadores, estruturas de políticas, projetos de mercado, sistemas de certificação e padrões técnicos e de segurança. (H2 View – 08.09.2021) <topo> 7 Reino Unido: partidos pedem a Boris Johnson agilidade na entrega de ônibus com emissão zero “Vá mais rápido na entrega dos 4.000 ônibus de emissão zero prometidos”, foi a mensagem que líderes entregaram no dia 13 de setembro ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O grupo de parlamentares de vários partidos entregaram em mãos uma carta na 10 Downing Street, residência oficial do poder legislativo britânico. Quando o primeiro-ministro anunciou, em março, uma nova estratégia para a frota de ônibus, o projeto foi visto como o mais ousado na rede de transporte da Grã-Bretanha em décadas. Nos planos estavam previstos 4.000 ônibus elétricos a bateria ou a hidrogênio fabricados na Grã-Bretanha, apoiados por um investimento de £ 3 bilhões (US $ 4,15 milhões). Mas, desde então, um lento progresso foi feito e o grupo de parlamentares de vários partidos, incluindo o ex-ministro dos transportes e Presidente do Grupo Parlamentar Multipartidário para a Indústria de Ônibus (APPG), Robert Goodwill, estão pedindo a Johnson para agir mais rápido no cumprimento de sua promessa. (H2 View – 13.09.2021) <topo> Produção 1 Alemanha: Sunfire e Enertrag assinam acordo para produzir hidrogênio verde A Sunfire, empresa de engenharia, e a Enertrag, empresa independente de energia, assinaram um acordo para produzir hidrogênio em Prenzlau, na Alemanha. A produção do hidrogênio será alimentada por energia renovável com capacidade eletrolítica de 15 MW, produzindo então o combustível de forma limpa. Com o intuito de ser uma planta teste, as empresas também utilizarão um sistema inovador de eletrólise de alta temperatura, baseado na tecnologia de célula eletrolítica de óxido sólido (SOEC). O hidrogênio será produzido de maneira estratégica: a partir do excedente de energia produzido em horário de pico do parque eólico. Em termos de uso final, o combustível será utilizado na região de produção, no segmento de transporte, para descarbonizar os veículos. (Enertrag – 09.09.2021) <topo> 2 Alemanha: Enapter inicia construção de uma fábrica de eletrolisador A Enapter, uma empresa fabricante de eletrolisador do tipo Anion Exchange Membrane (AEM), iniciou a construção de uma nova fábrica para produção de eletrolisadores, na Alemanha. A fábrica produzirá a tecnologia tradicional da empresa, os “AEM”. Com um investimento de US $ 124,2 milhões, a Enapter espera que sua instalação esteja operacional já no ano de 2022, e já comece a produzir as suas tecnologias no ano de 2023. A empresa espera, a partir da produção massiva dos seus eletrolisadores, que a geração de hidrogênio verde seja mais comum na Alemanha, bem como o preço desse combustível produzido de forma renovável diminua consideravelmente. (Enapter – 14.09.2021) <topo> 3 Coreia do Sul: Sk Group e Ministério se unem para desenvolver projeto de H2 O SK Group, o terceiro maior conglomerado da Coreia do Sul, se juntou com o Ministério dos Oceanos e Pesca para desenvolver um projeto de hidrogênio. Revelado no dia 14 de setembro, o projeto vai construir um ecossistema de H2, que deve conter um complexo portuário, um sistema de mobilidade portuária e uma usina de hidrogênio azul no porto de Yeosu Gwangyang, Coreia do Sul. A usina, quando estiver operacional, terá uma capacidade de produção de 200.000 a 300.000 toneladas de hidrogênio de baixo carbono por ano. Em termos de destinação, o H2 será liquefeito e fornecido a regiões próximas do local de produção. O ministério deixa claro que não poupará esforços para que os projetos de hidrogênio nos portos sejam viabilizados, a fim de desenvolver a infraestrutura do combustível nesses locais estratégicos. (H2 View – 14.09.2021) <topo> 4 EUA: Linde revela planos para construção de planta de H2 movida a energia hidrelétrica A Linde, empresa multinacional que atua no segmento químico, revelou planos para a construção de uma planta de hidrogênio nas Cataratas do Niágara, Estados Unidos (EUA). A planta contará com eletrolisadores de membrana de troca de prótons (PEM) que serão alimentados por energia hidrelétrica, produzindo assim o hidrogênio verde (H2V). Os eletrolisadores PEM são da própria empresa e esse tipo de tecnologia será o primeiro da Linde na América do Norte A construção da usina está sendo apoiada pelo Empire State Development, que ofereceu créditos fiscais de até US $ 671.000 e doação do fundo de Capital do Conselho Regional de US $ 250.000. A planta está sendo construída a fim de desenvolver a infraestrutura de hidrogênio no país, além de descarbonizar os setores de difícil eletrificação, bem como reduzir os gases de efeito estufa emitidos na região. (H2 View – 13.09.2021) <topo> 5 EUA: Projeto vai produzir hidrogênio branco e verde na Califórnia A empresa de hidrogênio verde SG H2 Energy, a cidade de Lancaster, e a empresa Iwatani estão unidas em um projeto que foi estabelecido em prol do meio ambiente e da produção do hidrogênio na Califórnia. O projeto pretende produzir o H2 por meio de resíduos, assim como o papel; além de meios convencionais, como a eletrólise alimentada por energia renovável, dessa forma, produzindo o hidrogênio branco e verde, respectivamente. Essas são duas maneiras de produzir o H2 de forma que não emita gases de efeito estufa. O projeto visa estabelecer uma produção de 11.000 kg por dia. Em termos de uso final, o combustível será utilizado para abastecer diversas estações de hidrogênio presentes na Califórnia, a fim de contribuir com a descarbonização dos transportes no estado. (SG H2 Energy – 10.09.2021) <topo> 6 Itália: Empresas se unem para desenvolver três usinas de hidrogênio verde A Snam, uma empresa italiana de infraestrutura de energia, a Edison, uma empresa de eletricidade e gás natural, a Alboran, e, por fim, a Saipem, uma empresa de serviços de campos petrolíferos, se uniram e realizaram planos para o desenvolvimento de um projeto que tem como intuito construir de três usinas de hidrogênio na Itália. As três usinas contêm algumas características em comum: elas vão possuir eletrolisadores que serão alimentados por energia renovável e assim produzir o hidrogênio verde (H2V). Quando combinada a capacidade eletrolítica das 3 plantas de H2V, será somada uma capacidade de até 220 MW, que conseguirá produzir cerca de 300 milhões de metros cúbicos do combustível por ano. As empresas estão realizando este projeto com o intuito de desenvolver a infraestrutura do hidrogênio no país, elevando o percentual do produto na matriz energética. (Snam – 14.09.2021) <topo> 7 Reino Unido: Essar Oil avança com planos de desenvolver usina de H2 azul A Essar Oil, uma empresa líder na indústria química e que produz mais de 16% dos combustíveis de transporte do Reino Unido avançou com os planos de desenvolver o primeiro hub de hidrogênio azul no país. Trabalhando em conjunto com a Progressive Energy, a Essar pretende, inicialmente, desenvolver uma usina de H2 de baixo carbono com capacidade de produzir 3 TWh do combustível por ano. A usina será desenvolvida na refinaria de Stanlow, em Ellesmere Port. As empresas esperam que a usina esteja operacional no ano de 2025. Ademais, com o passar dos anos, a usina será expandida e chegará a ter uma capacidade de produção de 9 TWh de hidrogênio por ano. Em termos de uso final o combustível produzido será utilizado para o próprio consumo da empresa e para diversos outros usos finais. (H2 View – 13.09.2021) <topo> Armazenamento e Transporte 1 Austrália Ocidental: Governo apoia a pesquisa de transporte de hidrogênio em dutos O governo da Austrália Ocidental está apoiando um projeto de pesquisa liderado pelo Grupo APA que visa testar até 100% de hidrogênio em 43km do Gasoduto Parmelia, para estudar sua viabilidade e seu potencial na descarbonização em residências. Se o projeto for bem-sucedido, poderá abrir outro caminho para o transporte de hidrogênio por longas distâncias, além de fornecer uma ampla gama de clientes. Com os resultados positivos da primeira rodada de testes, o governo da Austrália Ocidental está fornecendo um aumento de A$300.000 ($ 220.000) para auxiliar nos esforços de pesquisa na segunda rodada de testes. A primeira fase dos testes confirmou a viabilidade técnica dos dutos para transporte de hidrogênio. A segunda fase está sendo realizada no laboratório de teste de hidrogênio e está definida para testar a capacidade operacional de transporte no duto de gás já existente para o hidrogênio na forma pura ou em mistura. (APA – 08.09.2021) <topo> 2 EUA: Empresas apresentam soluções de armazenamento estacionário em hidreto metálico Com uma necessidade urgente de expandir as soluções de armazenamento de energia para a evolução do setor de hidrogênio, a Schlumberger New Energy e a EnerVenue irão explorar soluções de armazenamento estacionário em hidretos metálicos. As duas empresas identificaram uma lacuna no mercado de soluções de armazenamento estacionário e buscarão fornecer uma que seja econômica, sustentável e confiável para energia limpa. A colaboração terá o investimento da Schlumberger para implantar a tecnologia exclusiva de bateria de níquel-hidrogênio (NiH2) da EnerVenue, para aprimorar a revolução da energia limpa. As baterias de hidretos metálicos da EnerVenue trazem vantagens financeiras e de desempenho atraentes em relação ao íon de lítio e outras alternativas existentes de armazenamento de energia renovável. Isso poderia aumentar a esfera do hidrogênio com energia limpa, sendo utilizada nos momentos em que é necessária, como quando as fontes de energia intermitentes, eólica e solar, estão com baixa capacidade de produção. (Schlumberger – 08.09.2021) <topo> 3 EUSTREAM faz parceria internacional para a produção e fornecimento de hidrogênio verde O operador de rede de gás eslovaco EUSTREAM tornou-se parte de uma parceria internacional para a produção e fornecimento de hidrogênio verde através do “H2EU+Store”. A parceria internacional composta também por outras empresas industriais preparou o projeto “H2EU+Store” em um esforço para acelerar e aumentar a produção de hidrogênio verde na Europa, que é vital para o futuro fornecimento de energia neutra para o clima. Com o acordo, o hidrogênio será produzido na Ucrânia usando energia solar e eólica, transportado pela rede de gás da Eustream para a Áustria e Alemanha e armazenado, de acordo com a demanda sazonal na Europa Central. A iniciativa se concentra em toda a cadeia de abastecimento de hidrogênio. A “H2EU+Store” criará a capacidade necessária para produção através de eletricidade renovável bem como expandirá os volumes de armazenamento na Áustria e na Alemanha e as adaptações na rede de transporte de gás para a Europa Central. A Eustream também planeja dedicar uma das principais linhas de sua rede de transmissão de gás para transportar 100% de hidrogênio. (EUSTREAM – 09.09.2021) <topo> Uso Final 1 China: Hyzon fornecerá 500 caminhões movidos a hidrogênio para empresa chinesa de logística Em uma tentativa de expandir a mobilidade do hidrogênio na China, a Shanghai Hydrogen HongYun Automotive assinou um memorando de entendimento (MoU) com a Hyzon Motors para a compra de 500 caminhões movidos a hidrogênio. Ao oferecer uma oportunidade de descarbonizar a logística chinesa por meio de caminhões movidos a hidrogênio, espera-se que o negócio forneça um grande impulso às aspirações asiáticas. Com isso, os caminhões farão parte de uma nova frota de emissão zero que ajudará a descarbonizar as operações dos clientes da HongYun, que oferece uma gama de serviços de operação, locação e manutenção. Como parte do acordo, a Hyzon fornecerá alguns dos seus caminhões tratores movidos a hidrogênio de 49 toneladas com previsão de atendimento ao pedido, antes que finalize o ano de 2021, com 400 caminhões encomendados para 2022. (H2 View – 09.09.2021) <topo> 2 Coreia do Sul: Novo grupo no mercado impulsionará a rede de estações de abastecimento de hidrogênio A rede de estações de abastecimento de hidrogênio da Coreia do Sul recebeu, no dia 10 de setembro, um grande impulso com a formação de uma nova empresa no mercado. A empresa foi formada para construir e operar estações de abastecimento de hidrogênio no país para frotas de ônibus públicos. Batizada de HyStation, o novo grupo é formado pelas empresas KOGAS, Fundo de Energia Hidrogênica, Samsung C&T, Banco Industrial da Coréia, Hyundai Rotem e Woodside, e essa união já manifestou interesse em desenvolver o primeiro ônibus operacional até o final do próximo ano (2022). O Banco de Desenvolvimento da Coreia concordou em fornecer apoio financeiro para a empresa estabelecida. (H2 View – 10.09.2021) <topo> 3 Estados Unidos: Califórnia pode ter 100 estações de hidrogênio até o final de 2023 A Califórnia pode cumprir sua meta de ter 100 estações de hidrogênio até o final de 2023, afirma o California Air Resources Board (CARB) em seu relatório anual. Além disso, a Califórnia deve ter mais de 176 postos de hidrogênio abertos até 2026, o que seria uma capacidade de abastecimento suficiente para cerca de 250.000 veículos elétricos a célula a combustível (FCEVs) no estado. “Os planos de implantação de veículos com emissão zero dos fabricantes de automóveis resultariam em 61.100 FCEVs nas estradas até o final de 2027, após contabilizar as aposentadorias estimadas de veículos poluidores. Isso seria aproximadamente um quarto dos 250.000 FCEVs que a rede de abastecimento planejada poderia suportar ”, disse o CARB no relatório. “As metas iniciais para a rede de abastecimento e o mercado de FCEV podem estar ao nosso alcance. Com a conclusão dos 176 postos de abastecimento de hidrogênio e aceleração da implantação de FCEVs, a Califórnia estará no bom caminho para desenvolver um mercado como um componente estratégico para cumprir as metas de emissão zero do estado”, disse o CARB. (H2 View – 13.09.2021) <topo> 4 Holanda: Construção em andamento na estação de hidrogênio A construção de uma nova estação de hidrogênio em Breda, na Holanda, está em andamento, confirmou a TotalEnergies. Com previsão de conclusão em novembro, a estação multicombustível fornecerá hidrogênio a 700 e 350 bar, bem como combustíveis fósseis para carros convencionais e carregamento rápido para veículos elétricos a bateria. A TotalEnergies disse que está trabalhando para expandir uma rede de postos de abastecimento verdes para combustíveis limpos, como hidrogênio, GNL e eletricidade. “A Holanda tem grandes ambições no campo da sustentabilidade. A infraestrutura certa de reabastecimento e recarga facilitará a transição para um transporte mais limpo e sustentável ”, acrescentou Geert Houbrechts, diretor de Varejo da TotalEnergies na Holanda. (H2 View – 13.09.2021) <topo> 5 Regulamentações de segurança são exigidas antes da adoção mais ampla do hidrogênio no transporte marítimo A União Internacional de Seguros Marítimos (IUMI) afirmou que as disposições adequadas de gerenciamento de risco devem ser implementadas para a adoção mais ampla do hidrogênio e da amônia na indústria naval. Acredita-se que o principal requisito antes que o hidrogênio seja considerado opção no transporte marítimo é a necessidade de ser adequadamente gerenciado e assegurado pelos regulamentos. Para tal efeito, duas apresentações recentes à Organização Marítima Internacional (OMI) propuseram o desenvolvimento de diretrizes de segurança para os novos tipos de combustível. Dessa forma, os Estados-Membros da UE e a Comissão devem propor a sua inclusão no novo plano de legislação de segurança. “Como esses novos tipos de combustível ainda não foram testados, a indústria de seguros não tem histórico ou registros de perdas para ajudá-la a avaliar os riscos potenciais envolvidos”, disse Helle Hammer, presidente do Fórum de Apólices da União Internacional de Seguros Marítimos. (H2 View – 08.09.2021) <topo> 6 Rússia: Empresas fornecerão motores a hidrogênio para veículos comerciais A Loop Energy desenvolverá soluções em motores de propulsão em veículos a hidrogênio para OEMs (Fabricantes de Equipamento Original) em toda a Rússia, por meio de uma nova parceria com a METTEM-M. Segundo o acordo, a METTEM usará os módulos de célula a combustível movidos a eFlow da Loop Energy. A empresa irá desenvolver e fornecer subsistemas a hidrogênio, motores de propulsão e soluções completas para uma variedade de aplicações que incluem ônibus, veículos logísticos e transporte ferroviário. Um dos primeiros projetos, o desenvolvimento de um ônibus elétrico a hidrogênio para o Grupo GAZ, utilizará o novo trem de força a hidrogênio e está programado para entrar em operação no início de 2022. (H2 View – 09.09.2021) <topo> 7 Rússia: Kamaz lança ônibus elétrico movido a hidrogênio A empresa Kamaz apresentou recentemente o primeiro ônibus elétrico de piso baixo com célula a combustível Kamaz-6290, usando como base seu ônibus elétrico de modelo Kamaz-6282. A empresa planeja testar o protótipo do ônibus elétrico a hidrogênio nas ruas de Moscou em condições reais de operação. Há um posto de abastecimento de hidrogênio autônomo apenas em Chernogolovka, perto de Moscou, por isso o ônibus não poderia ser testado em outro lugar. Prevê-se que as unidades de teste sejam concluídas em 2023. Andrey Savinkov, designer-chefe adjunto da Kamaz, disse: “Comparado com um ônibus elétrico rodando 70 km com carga total, um ônibus elétrico a hidrogênio pode viajar 250 km, o que o torna adequado até mesmo para o transporte interurbano.” (H2 Bulletin – 08.09.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 Hydrogenious LOHC Technologies levanta € 50 milhões para implantar tecnologia de armazenamento A empresa alemã de tecnologia limpa Hydrogenious LOHC Technologies levantou € 50 milhões para desenvolver sua tecnologia de transporte de hidrogênio em líquido orgânico (LOHC). A tecnologia LOHC fornece um meio seguro e de baixo custo de armazenamento e transporte de hidrogênio. Com a tecnologia, o hidrogênio é ligado a um líquido não tóxico e não inflamável, à base de benziltolueno, do qual pode ser liberado conforme necessário. Ele permite que o hidrogênio seja gerado e transportado em grande escala para qualquer lugar do mundo. A empresa disse ter tido excesso de assinaturas na rodada de financiamentos, na qual a JERA Americas e Temasek lideraram a rodada, juntando-se à Chevron Technology Ventures e Pavilion Capital, para investir na empresa pela primeira vez. Os investidores existentes AP Ventures, Royal Vopak e Winkelmann Group também contribuíram para a rodada. A JERA está procurando usar hidrogênio em seu portfólio de geração de energia nos EUA como parte dos esforços de descarbonização. Já a Chevron investiu por meio de seu Fundo de Energia do Futuro II, que se concentra em tecnologias de baixo carbono com potencial para desempenhar um papel crítico no futuro sistema de energia. (FuelcellWorks – 13.09.2021) <topo> 2 GenH2: novo campo em Titusville, Flórida A GenH2 é desenvolvedora líder de soluções de infraestrutura para hidrogênio e produção de hidrogênio líquido e pretende construir um campus para sua nova sede global. O fundador e CEO da GenH2, Cody Bateman, e sua equipe escolheram a cidade de Titusville e especificamente o norte do condado de Brevard como sua nova sede, após uma parceria colaborativa entre Rocket City Commercial e North Brevard Economic Development Zone. Espera-se que a Fase I do projeto seja concluída no início de 2022. A propriedade passará por uma renovação e reconstrução que irá gastar US$ 35 milhões para acomodar as necessidades da GenH2, já que a economia de hidrogênio continua a crescer exponencialmente. O novo campus vai abrigar um laboratório avançado de pesquisa, um centro de manufatura, salas de aula educacionais e de treinamento para o envolvimento da comunidade, um mirante e trilhas para caminhada ao ar livre, além de escritórios e salas de conferências para os funcionários. O campus GenH2 também incluirá um centro de visitantes de tecnologia de hidrogênio e uma galeria, que será aberta ao público. (Yahoo Finance – 10.09.2021) <topo> 3 Ballard lança novo motor de célula a combustível para veículos comerciais A Ballard Power Systems lançou o FCmove ™ -HD +, projetado para ônibus e caminhões médios e pesados, o mais recente produto em seu portfólio de módulos de potência para serviços pesados de 8ª geração. O novo FCmove ™ -HD + tem 100 kW de potência e pode ser instalado no compartimento do motor e no telhado. É 40% mais compacto e 30% mais leve do que o módulo anterior de 100 kW, com 50% menos componentes. Ele também tem potência de alto desempenho e uma ampla faixa de operação e pode ser operado entre -30C e + 50C. É o segundo motor da família de produtos FCmove, apresentando a tecnologia patenteada de célula a combustível PEM da empresa. Com seus atributos menores, mais leves, eficientes e de menor custo, ele está melhorando a integração do veículo. Em comparação com os modelos anteriores, resulta em uma redução de 40% no custo total do ciclo de vida. A vida útil estimada da pilha chega a 25k horas. (H2 Bulletin – 17.09.2021) <topo> Eventos 1 Accelerating Hydrogen Diante da Estratégia de Hidrogênio recentemente lançada pelo governo do Reino Unido, a Universidade de Sheffield está promovendo em suas instalações o evento Accelerating Hydrogen, de 21 a 22 de setembro. A conferência reunirá líderes da indústria, investidores, inovadores, pesquisadores acadêmicos e formuladores de políticas para entender os desafios e oportunidades que surgem a partir da Estratégia e do aumento da demanda global por hidrogênio. A instituição e seus principais setores de P&D: o AMRC (Advanced Manufacturing Research Centre), NAMRC (Nuclear Advanced Manufacturing Research Centre) e o Centro de Pesquisa de Energia Translacional, estão trabalhando em colaboração com a indústria e os legisladores para acelerar a economia do hidrogênio e maximizar o benefício econômico do Reino Unido. O evento tem como objetivo identificar os principais desafios e oportunidades de P&D que precisam ser enfrentados para impulsionar o progresso da indústria do Reino Unido no fornecimento de novos produtos e tecnologias que irão sustentar uma economia de hidrogênio bem-sucedida. Inscreva-se aqui. (Energy Institute of The University of Sheffield – 14.09.2021) <topo> 2 Mission Hydrogen promove webinar com Head de hidrogênio verde da ThyssenKrupp O hidrogênio verde é um elemento-chave no caminho para o net zero. No último ano, medidas e iniciativas importantes foram tomadas para dar início à economia do hidrogênio verde. Mas, à medida que o mercado ganha impulso e acelera para uma dinâmica nunca vista, um aumento da escala para projetos de Gigawatt será necessário para acomodar a demanda cada vez maior. Com mais de 20 anos de experiência em negócios internacionais na indústria de engenharia de plantas químicas, Dr. Christoph Noeres está conduzindo os negócios de hidrogênio verde da ThyssenKrupp desde o início de 2020. Ele está convencido de que ganhar escala industrial na produção de hidrogênio verde é a chave para transformar a indústria em direção à neutralidade de carbono. O evento ocorrerá de forma online no dia 22 de setembro. Inscreva-se aqui. (Mission Hydrogen – 14.09.2021) <topo> 3 Hydrogen: Project Perception Change with H2 View Se o movimento do hidrogênio for realmente realizado na velocidade e escala exigidas, uma das principais barreiras a ser superada será a percepção aos olhos do público – da segurança à facilidade de uso. Neste webinar, H2 View aborda o desafio de percepção à frente com o patrocinador, Green Hydrogen Systems e outros convidados especiais. O evento ocorrerá de forma online no dia 24 de setembro. Inscreva-se aqui. (Gasworld.tv – 14.09.2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Pesquisadores desenvolvem eletrodo mais barato, tornando a eletrólise da água mais eficiente A produção por meio da eletrólise da água, utilizando energia renovável é vista como um método com alto potencial de descarbonização. As reações químicas envolvidas no processo necessitam de eletrodos catalíticos para tornar a reação mais rápida e eficiente. No entanto, o alto custo, abundância limitada e baixa estabilidade são desafios enfrentados no desenvolvimento eletrodos. Nesse contexto, pesquisadores desenvolveram um novo material multifuncional e barato baseado em cobalto (Co) e níquel (Ni) para a produção eficiente de hidrogênio eletrocatalítico. O novo material pode ser utilizado tanto como ânodo, quanto como cátodo e é chamado de nanopartículas de casca de gema feito de sulfeto de cobalto-níquel dopado com fósforo (P-CoNi2S4). São esferas minúsculas com um núcleo compacto e uma casca porosa com um espaço no meio – muito parecido com um ovo cuja gema é cercada pela clara e, portanto, não toca a casca. A dopagem com fósforo permite a transferência de carga mais rápida, fazendo com que as reações eletrocatalíticas ocorram mais rapidamente. Conceitos de eletrólise híbrida também foram pesquisados, por exemplo, em vez de ser acoplada à produção de oxigênio, a produção de hidrogênio poderia ser acoplada à oxidação da ureia, que requer significativamente menos energia. Segundo os resultados da pesquisa, as novas partículas bimetálicas de casca de gema são superiores aos mais conhecidos eletrocatalisadores à base de sulfeto de níquel e até mesmo de metais preciosos. Eles apresentam uma abordagem promissora para a produção eletroquímica de hidrogênio, bem como para o tratamento de águas residuais contendo uréia. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Wiley Online Library – 05.08.2021) <topo> 2 Pesquisadores produzem hidrogênio a partir do sulfeto de hidrogênio Pesquisadores descobriram um novo método para a síntese do hidrogênio utilizando sulfeto de hidrogênio (H2S) – popularmente chamado de gás de esgoto- como matéria-prima. Os resultados da pesquisa foram publicados no jornal American Chemical Society ACS Sustainable Chemical Engineering em um artigo científico. O sulfeto de hidrogênio é um gás emitido a partir de estercos, esgotos e é um subproduto importante das atividades industriais, incluindo refino de petróleo e gás, produção de papel e mineração. O processo utilizado para sua conversão em hidrogênio utiliza pouca energia com materiais relativamente baratos. Os materiais utilizados são o sulfeto de ferro com uma pequena quantidade de molibdênio como aditivo. O estudo foi baseado em pesquisas anteriores que utilizaram um processo chamado loop químico. O loop químico envolve a adição de partículas de óxido metálico em reatores de alta pressão para queimar combustíveis sem contato direto entre o ar e o combustível. A equipe, primeiramente, testou o processo no carvão e gás de xisto para converter combustíveis fósseis em eletricidade sem emitir dióxido de carbono na atmosfera. O conceito foi, posteriormente, aplicado ao sulfeto de hidrogênio, inventando o processo SULGEN, que converte o sulfeto de hidrogênio em hidrogênio. Para este estudo mais recente, os pesquisadores descobriram que o molibdênio melhora a degradação do sulfeto de hidrogênio, dividindo-o em duas partes – combustível de hidrogênio e enxofre. O estudo foi realizado apenas em escala laboratorial, mas testes em nível industrial estão em andamento. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Ohio State news – 09.09.2021) <topo> 3 Pesquisadores do Technion descobriram um método eficiente e barato para produção de hidrogênio a partir da água A produção de hidrogênio limpo a partir da eletrólise água exige alto potencial elétrico, alto pH e, na maioria dos casos, catalisadores baseados em rutênio e outros metais caros. Nesse contexto, tendo em vista o potencial de descarbonização do hidrogênio, pesquisadores do Technion desenvolveram um sistema único para a produção de hidrogênio a partir da água usando pouca energia e materiais baratos. Os resultados da pesquisa foram divulgados em um artigo científico publicado no The Journal of American Chemical Society. O método de síntese desenvolvido opera com catalisadores provenientes de metais disponíveis, como o cobre. Os pesquisadores projetaram e desenvolveram um sistema de eletrólise homogêneo, ou seja, um sistema em que o catalisador é solúvel em água, de forma que todos os componentes do sistema fiquem no mesmo meio. O sistema inovador e original é baseado em (1) íons de cobre; (2) um oligômero semelhante a um peptídeo (molécula pequena) que se liga ao cobre e mantém sua estabilidade; e (3) um composto denominado borato, cuja função é manter o pH em uma faixa limitada. A principal descoberta deste estudo é o mecanismo único que os pesquisadores demonstraram: o composto de borato ajuda a estabilizar o cobre metálico e participa ajudando na catálise do processo. Os pesquisadores estão relatando o sucesso na criação de um sistema de eletrólise muito eficiente e rápido. O sistema estável oxida a água em hidrogênio e oxigênio em condições desejadas: baixo potencial elétrico, pH próximo a 9 e catalisadores baratos. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Technion Israel Institute of Technology – 09.09.2021) <topo> 4 Economia do hidrogênio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: análise e visão política O hidrogênio como um vetor de energia limpa, confiável e potencialmente sustentável tem atraído um interesse crescente para a promoção do desenvolvimento sustentável da indústria e da sociedade em todo o mundo. O hidrogênio tem um papel revolucionário no sistema energético, favorecendo uma transição multissetorial em direção a uma economia de baixo carbono baseada em fontes de energia renováveis. No entanto, tendo em vista a falta de literatura que investigue cientificamente as relações entre uma economia de hidrogênio e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), um artigo publicado visa argumentar essa relação. O estudo indica que o novo papel do hidrogênio entra em vigor como um divisor de águas e revisa a estrutura política para uma economia de hidrogênio no que diz respeito às perspectivas de sucesso e ao seu papel de apoiar o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), e mais especificamente no apoio para atingir o ODS 7, ‘energia acessível e limpa’. (Current Opinion in Green and Sustainable Chemistry – 2021) <topo> 5 Impacto dos Fatores Econômicos, Energéticos e Ambientais no Desenvolvimento da Economia do Hidrogênio O artigo tem como objetivo modelar a interdependência entre fatores econômicos, energéticos e ambientais com dados selecionados que caracterizam o desenvolvimento da economia do hidrogênio. O estudo foi realizado em nove países e aplicou a correlação de Spearman e um modelo de regressão linear para estimar a influência do produto interno bruto, população, consumo final de energia, energia renovável e emissão de CO2 em indicadores de hidrogênio escolhidos – produção, patentes, pesquisa de tecnologia de energia, desenvolvimento e orçamentos de demonstração. A seleção dos países estudados foi realizada com base nas ações em direção a uma economia do hidrogênio, como análise das estratégias nacionais, políticas, programa de pesquisa e desenvolvimento e roadmaps. Os resultados da pesquisa confirmam o impacto estatisticamente significativo dos indicadores escolhidos, que são os motores do desenvolvimento da economia do hidrogênio de 2008 a 2018. Além disso, os resultados empíricos mostram que características diferentes em cada país contribuem para o desenvolvimento da visão da economia do hidrogênio. (Energies – 2021) <topo> 6 Cátodo composto de três componentes para otimizar o desempenho de células a combustível O cátodo de uma célula a combustível de cerâmica protônica (PCFC, Protonic Ceramic Fuel Cell) deve ser capaz de facilitar a transferência de íons e elétrons, ao mesmo tempo que possui uma alta atividade catalítica para a geração de vapor e a dissociação de moléculas em fase gasosa. Neste estudo, o desempenho de um cátodo para células a combustível de cerâmica protônica é otimizado através do emprego de um cátodo composto de três componentes, que integra condutores de prótons, condutores eletrônicos-iônicos mistos e uma camada catalítica. Além disso, dois outros cátodos compostos são fabricados para comparação. O estudo compara o desempenho dos cátodos produzidos, avaliando a condutividade elétrica, atividade catalítica, resistência ôhmica. O cátodo de componente triplo é fabricado infiltrando BCFZY em um cátodo composto de BLFZ e cerâmica protônica, e ambas as resistências ôhmica e não ôhmica do cátodo são otimizadas em combustíveis CH4 e H2. Em particular, o desempenho do combustível CH4 é significativamente melhorado com a adoção de um cátodo de componente triplo. Esses resultados sugerem uma possível contribuição da reação de redução de oxigênio no cátodo para a reforma do CH4 no ânodo. (International Journal of Hydrogen Energy – 2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ | |