l IFE: nº 44 – 05 de agosto de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Governo expande as funções da ARENA com foco no hidrogênio 2 Austrália e Reino Unido: Países incluirão hidrogênio dentre soluções para baixas emissões 3 Brasil: MME apresenta ao CNPE proposta de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) 4 Brasil: Engie se une à ABH2 para acelerar as tecnologias de hidrogênio verde no país 5 Emirados Árabes Unidos: Empresas fecham um acordo de distribuição exclusivo para o Oriente Médio 6 Estados Unidos: Hidrogênio apoiado no novo acordo bipartidário de infraestrutura 7 Eslováquia: Projetos de infraestrutura de hidrogênio entram no IPCEI 8 Reino Unido: Midlands garante financiamento para veículos pesados movidos a hidrogênio 9 Rio Tinto e Komatsu firmam parceria para soluções de mineração com emissão zero 10 União Europeia: Parceria do BEI e da Hydrogen Europe impulsiona o financiamento verde 11 União Europeia: Projetos de hidrogênio devem receber uma parte do Fundo de Inovação Produção 1 Alemanha: Air Liquide planeja desenvolver planta de H2V de 30 MW 2 Alemanha: MAN Energy e ANDRITZ firmam parceria para produção de hidrogênio 3 Índia: Fortescue planeja realizar projetos de hidrogênio verde 4 Nova Zelândia: FFI avalia construir uma usina de H2V com elevado potencial de produção 5 Portugal: Fusion-Fuel produzirá hidrogênio para avaliar seus usos finais 6 Suíça: Empresas planejam concluir usina de hidrogênio verde em 2022 Armazenamento e Transporte 1 Hungria: Projeto inclui produção e armazenamento do H2 Uso Final 1 EUA: Hyzon Motors faz parceria com empresa para desenvolver postos de abastecimento 2 EUA: SoCalGas e Sierra Northern Railway firmam parceria para financiar locomotiva a hidrogênio 3 Empati pretende explorar a produção descentralizada de hidrogênio para abastecimento de veículos Tecnologia e Inovação 1 Australia: Deakin University realiza pesquisas ‘inovadoras’ sobre hidrogênio 2 Estados Unidos: JERA Americas avançando com projetos de mistura de hidrogênio 3 Estados Unidos: Nova tecnologia de membrana para produção de hidrogênio recebe prêmio 4 Estônia: Desenvolvimento de células a combustível de cátodo fechado 5 Índia: Pesquisadores desenvolvem catalisador capaz de produzir hidrogênio mais rápido e com menor custo Eventos 1 Fórum Internacional Hidrogênio 2 Websérie Novas Energias | Rotas de Hidrogênio: Energia do Futuro e Oportunidades para o Rio Artigos e Estudos 1 Análise do mercado de hidrogênio 2 Reino Unido: O caminho para se tornar líder mundial em hidrogênio 3 Relatório sobre oportunidades e opções para transporte de hidrogênio 4 World Energy Council publica documento sobre hidrogênio Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Governo expande as funções da ARENA com foco no hidrogênio As novas regulamentações trazidas pelo governo australiano no dia 30 de julho, através da Agência Australiana de Energia Renovável (ARENA), apoiarão tecnologias de nova geração, como hidrogênio limpo e captura e armazenamento de carbono, para reduzir as emissões no país. Como resultado, a partir de hoje, a ARENA desempenhará um papel importante no estímulo ao investimento para alcançar o Roteiro de Investimento em Tecnologia, estabelecido pelo governo australiano, e estender as metas e medidas de eficiência energética. O roteiro prioriza cinco tecnologias novas e emergentes para o governo investir. As tecnologias identificadas são hidrogênio limpo, armazenamento de energia de longa duração, materiais com baixo teor de carbono, captura e armazenamento de carbono e novas tecnologias de medição. Comentando sobre a mudança para a ARENA, Angus Taylor, Ministro da Energia e Redução de Emissões, disse: “Conseguir novas tecnologias de baixas emissões à paridade econômica o mais rápido possível é a única maneira de reduzir as emissões sem impor novos custos às famílias, empresas ou economia.” (H2 View – 30.07.2021) <topo> 2 Austrália e Reino Unido: Países incluirão hidrogênio dentre soluções para baixas emissões A Austrália e o Reino Unido assinaram, no dia 29 de julho, um acordo para tornar as tecnologias de baixas emissões, como hidrogênio limpo e captura de carbono, globalmente escaláveis e comercialmente viáveis. Hidrogênio limpo, captura e uso de carbono (CCU), captura e armazenamento de carbono (CCS), pequenos reatores modulares, incluindo projetos nucleares avançados e tecnologias capacitadoras, materiais de baixa emissão e medição de carbono em velas são os seis know-how escolhidos. O Ministro de Redução de Emissões e Energia, Angus Taylor, disse que a parceria está alinhada com a abordagem baseada na tecnologia da Austrália para reduzir as emissões e ajudará a cumprir as metas do Roteiro de Investimento em Tecnologia. (H2 View – 29.07.2021) <topo> 3 Brasil: MME apresenta ao CNPE proposta de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou, nesta quarta-feira (04/08), proposição de diretrizes para o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) aos membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O estudo foi realizado em cooperação com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Desenvolvimento Regional (MDR), com apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em atendimento à Resolução nº 6/2021 do CNPE. A proposta apresentada pela chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME, Agnes M. da Costa, foi concebida num prazo de 60 dias, com reuniões com diversos stakeholders e participações em eventos nacionais e internacionais. Isso possibilitou a incorporação de uma visão abrangente sobre desafios e oportunidades que deverão ser considerados no desenvolvimento da indústria e do mercado de hidrogênio no Brasil. Para acessar o relatório com a proposta de diretrizes para o PNH2, clique aqui. (Gov.br -04.08.2021) <topo> 4 Brasil: Engie se une à ABH2 para acelerar as tecnologias de hidrogênio verde no país A Engie anunciou o seu ingresso na Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), tornando-se a primeira empresa do setor de energia a se filiar à entidade. De acordo com a Engie, seu objetivo é avançar no segmento de hidrogênio verde, um dos principais focos de crescimento do grupo no mundo e no Brasil. Entrar na associação e fomentar parcerias e estudos nessa área reforça a meta da Engie de zerar suas emissões líquidas até 2045, bem como diversificar sua atuação para novos combustíveis renováveis. Outro foco da parceria com a associação é, além da colaboração tecno-científica, a capacitação profissional, proporcionando oportunidades de alavancar marcos normativos e regulatórios no país, estabelecendo um ambiente de negócios competitivo e atraente para investidores. Como metas, a Engie projeta desenvolver capacidade instalada de fabricação de hidrogênio verde de 4 GW, implantar 700 km de redes dedicadas ao hidrogênio e operar mais de 100 postos de abastecimento, até 2030. (CanalEnergia – 03.08.2021) <topo> 5 Emirados Árabes Unidos: Empresas fecham um acordo de distribuição exclusivo para o Oriente Médio A PowerTap Hydrogen Capital Corp fez parceria com a Viridian Hydrogen UAE para desenvolver um ecossistema de hidrogênio nos Emirados Árabes Unidos (UAE) e em todo o Oriente Médio, para atender à crescente demanda por combustíveis alternativos. A Viridian fornece soluções renováveis integradas com foco no desenvolvimento de hidrogênio nos Emirados Árabes Unidos e na região do MENA. Ela oferecerá sua experiência para maximizar o potencial do hidrogênio por meio da implantação da próxima geração de estações de abastecimento de hidrogênio PowerTap. A iniciativa segue a UAE Vision 2021, cujas diretrizes incluem o apoio a planos de energia limpa e de crescimento renovável. A PowerTap planeja implantar cerca de 100 postos de abastecimento de hidrogênio com vários governos do Oriente Médio e multinacionais públicas / privadas nos próximos 24 meses, sujeito à conclusão do protótipo da PowerTap Gen3 e testes bem-sucedidos. A tecnologia PowerTap permite que o hidrogênio seja produzido no local e seja preenchido no ponto de produção e instalado nos locais de postos de gasolina tradicionais. (H2 Bulletin – 02.08.2021) <topo> 6 Estados Unidos: Hidrogênio apoiado no novo acordo bipartidário de infraestrutura O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e um campo bipartidário assinaram um novo acordo que verá US $ 550 bilhões investidos na infraestrutura americana, incluindo o hidrogênio. Desse montante, US $ 73 bilhões irão para a transmissão de energia limpa, tornando-se o maior investimento individual da história americana. Significativamente, uma parte do fundo também apoiará projetos de demonstração e centros de pesquisa para tecnologias de nova geração, como reatores nucleares avançados, captura de carbono e hidrogênio limpo. Os fundos também criarão uma nova autoridade reguladora que apoiará a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias avançadas de transmissão e distribuição de eletricidade, promovendo tecnologias de rede inteligente que proporcionam flexibilidade. (H2 View – 29.07.2021) <topo> 7 Eslováquia: Projetos de infraestrutura de hidrogênio entram no IPCEI Dois projetos de infraestrutura de hidrogênio da Eslováquia (H2I) foram bem-sucedidos no processo seletivo de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI). Os dois incluem o projeto da Eustream para transporte de hidrogênio e o projeto do Nafta com a SPP-distribúcia, que tem como foco o armazenamento e distribuição de hidrogênio. A avaliação do IPCEI inclui projetos nomeados de “matchmaking”, o que oferece espaço no futuro para uma potencial cooperação em projetos do IPCEI, sendo que a decisão final sobre os projetos deverá ser tomada até o final de 2021. A primeira fase do P&D H2I tem especialistas do Nafta buscando um local apropriado para armazenar hidrogênio misturado com gás natural. A segunda fase do envolve a construção de um teste piloto do conjunto de tecnologia a ser utilizado para gerar hidrogênio por meio da eletrólise da água. O hidrogênio seria então misturado ao gás natural nas concentrações definidas na primeira fase do projeto, com a mistura armazenada em instalações subterrâneas. (H2 View – 03.08.2021) <topo> 8 Reino Unido: Midlands garante financiamento para veículos pesados movidos a hidrogênio A licitação denominada H2GVMids, desenvolvida pela Energy Research Accelerator com apoio da EDF, Midlands Engine e CENEX, atraiu financiamento do programa Zero Emissions Road Freight do Departamento de Transporte do Reino Unido. A licitação visa o desenvolvimento de veículos pesados movidos a hidrogênio. Agora que o financiamento foi obtido, os parceiros irão preparar o terreno para um programa de demonstração de caminhões de 44 toneladas movidos a hidrogênio verde em Midlands. O projeto H2GVMids envolve a identificação de toda a infraestrutura necessária, incluindo estações de abastecimento de hidrogênio, desenvolvimento do caso de negócios e sistema de entrega e estabelecimento de um sistema de arrendamento experimental para operadores de caminhões. (Midlands Engine – 27.07.2021) <topo>
9 Rio Tinto e Komatsu firmam parceria para soluções de mineração com emissão zero A Rio Tinto e a Komatsu firmaram uma parceria para desenvolver e implementar soluções de transporte de mineração com emissão zero, incluindo caminhões de transporte. Nesse sentido, a Rio Tinto conduzirá um teste de pré-produção do novo equipamento em uma unidade sua e terá a opção de comprar alguns dos primeiros caminhões da Komatsu assim que forem comercialmente viáveis. Alf Barrios, o CCO da Rio Tinto, deixou claro que as intenções da empresa são de colaborar ativamente no planejamento, desenvolvimento, teste e implantação de produtos da próxima geração de equipamentos e infraestrutura de mineração com emissão zero, enquanto busca descarbonizar os negócios. A Rio Tinto também é uma das primeiras empresas a se juntar à recém-lançada aliança Greenhouse Gas (GHG) da Komatsu, que tem como objetivo inicial promover o conceito de caminhão agnóstico da Komatsu para um veículo de transporte que pode funcionar com uma variedade de fontes de energia, incluindo bateria e hidrogênio. (H2 Bulletin – 02.08.2021) <topo> 10 União Europeia: Parceria do BEI e da Hydrogen Europe impulsiona o financiamento verde O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Hydrogen Europe, uma associação que representa a indústria, pesquisa e associações europeias no setor de hidrogênio e células a combustível, assinaram um acordo para serviços de consultoria. Nos termos do acordo, o BEI prestará apoio financeiro e consultivo a projetos de hidrogênio lançados pela Hydrogen Europe. Além disso, cooperará em iniciativas de desenvolvimento de mercado e conduzirá uma divulgação conjunta e ajudará a desenvolver produtos de financiamento do BEI dedicados ao hidrogênio verde. A atual participação do hidrogênio na matriz energética da Europa deverá aumentar para 14% em meados deste século, especialmente à luz do Acordo Verde Europeu, que visa permitir o uso generalizado de hidrogênio até 2050. De acordo com a estratégia, o hidrogênio verde será produzido em escala sistemicamente relevante entre 2030 e 2050, aumentando a necessidade de investimentos em hidrogênio renovável ou de baixo carbono. (Power Engineering International – 30.07.2021) <topo> 11 União Europeia: Projetos de hidrogênio devem receber uma parte do Fundo de Inovação O Fundo de Inovação da União Europeia está investindo € 118 milhões (US $ 139 milhões) em 32 pequenos projetos inovadores, relacionados a tecnologias de baixo carbono, como hidrogênio, localizados em 14 Estados-Membros da UE, Islândia e Noruega. Além dessas doações, 15 projetos localizados em 10 Estados-Membros da UE e na Noruega se beneficiarão de assistência ao desenvolvimento de projetos no valor de até € 4,4 milhões (US $ 5,2 milhões) com o objetivo de antecipar sua maturidade. As concessões apoiarão projetos que visam trazer tecnologias de baixo carbono para o mercado em indústrias de uso intensivo de energia, com o hidrogênio definido para desempenhar um papel fundamental nesse sentido. Frans Timmermans, Vice-Presidente Executivo do Acordo Verde Europeu, disse que o aumento do Fundo de Inovação proposto no Pacote Fit for 55 permitirá à UE apoiar ainda mais projetos no futuro, acelerá-los e colocá-los no mercado o mais rápido possível. (H2 View – 28.07.2021) <topo> Produção 1 Alemanha: Air Liquide planeja desenvolver planta de H2V de 30 MW A Air Liquide, empresa que atua no segmento de gases industriais, está planejando desenvolver uma planta de hidrogênio verde que terá, inicialmente, 20 megawatts (MW) de capacidade eletrolítica. A planta pretende desenvolver os primeiros 20 MW até 2023, o que posteriormente será aumentado para 30 MW. O eletrolisador, equipamento que irá produzir a energia, será desenvolvido no âmbito da parceria entre a Air Liquide e a Siemens Energy, um eletrolisador de Proton-Exchange Membrane (PEM). O projeto está sendo construído na Alemanha, um dos países que mais está inserido no contexto do hidrogênio verde. As empresas esperam apoiar a descarbonização dos setores de aço, produtos químicos, refino, e, para além da indústria, a mobilidade. (Fuel Cells Works – 30.07.2021) <topo> 2 Alemanha: MAN Energy e ANDRITZ firmam parceria para produção de hidrogênio As empresas MAN Energy e ANDRITZ concluíram um acordo estratégico para desenvolver conjuntamente projetos internacionais para a produção de hidrogênio verde a partir de energia hidrelétrica, na Alemanha. Um projeto piloto marcará o início da cooperação que pode ser lançada antes do final de 2021. Através do projeto elas planejam produzir cerca de 650 toneladas de hidrogênio verde com capacidade de até 4MW, por meio de eletrólise. Inicialmente o hidrogênio será destinado para uso local, em projetos posteriores será destinado para exportação e a capacidade da eletrólise irá aumentar para 100MW nos próximos anos. (MAN Energy Solutions – 29.07.2021) <topo> 3 Índia: Fortescue planeja realizar projetos de hidrogênio verde A Fortescue Future Industries (FFI), empresa australiana líder global na indústria de minério de ferro, com o objetivo de se tornar a empresa líder mundial em energia renovável e produtos verdes, tem a intenção de realizar mais projetos de hidrogênio verde (H2V), agora se localizando também na Índia. Os projetos visam o desenvolvimento de usinas de H2V. Em termos de destinação, o uso do hidrogênio será para o setor industrial, destinados à produção de amônia e aço verdes, além de destinar o hidrogênio ao transporte. Para conseguir realizar um projeto a este nível, a FFI se juntou com uma empresa denominada JSW Energy, uma empresa de energia líder na Índia. As empresas esperam colaborar com as metas de descarbonização do país, atingindo a proposta do Acordo de Paris. (Fortescue Future Industries – 29.07.2021) <topo> 4 Nova Zelândia: FFI avalia construir uma usina de H2V com elevado potencial de produção A Fortescue Future Industries (FFI) está comprometida a se tornar a empresa líder mundial em energia renovável, e, com esse objetivo, está se unindo com a Murihiku Hapu de Ngãi Tahu, para avaliar o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio em Southland, Nova Zelândia. O projeto visa construir a maior usina de hidrogênio verde já existente em todo o mundo. Ademais, as empresas esperam que o primeiro protótipo da usina esteja operacional no ano de 2025, com potencial de elevar a produção nos anos seguintes. O projeto tem como intuito desenvolver o potencial e a infraestrutura do hidrogênio, atrelado ao crescimento econômico e a criação de diversos empregos na região de Southland. (Fortescue Future Industries – 03.08.2021) <topo> 5 Portugal: Fusion-Fuel produzirá hidrogênio para avaliar seus usos finais A Fusion-Fuel, empresa que tem como missão fornecer ao mundo soluções inovadoras de hidrogênio verde, está realizando um projeto de P&D para avaliar diversos usos finais do hidrogênio, como na eletricidade, misturado ao gás natural nos gasodutos e compressão e engarrafamento de hidrogênio para aplicações industriais. Para produzir hidrogênio, o projeto localizado em Portugal, utilizará uma planta de energia solar como fonte primária para alimentar o eletrolisador HEVO desenvolvido pela própria empresa. O eletrolisador produzirá um total de 15 toneladas de hidrogênio verde por ano. Para converter a energia química do hidrogênio em energia elétrica e avaliar o uso deste vetor energético na eletricidade, a Fusion-Fuel precisou fazer parceria com uma empresa fornecedora de células a combustível, a Ballard Power Systems. (Ballard – 27.07.2021) <topo> 6 Suíça: Empresas planejam concluir usina de hidrogênio verde em 2022 A Alpiq, empresa líder em energia na Suíça, a EW Höfe, empresa provedora de serviços de telecomunicações, e a SOCAR Energy Switzerland, outra empresa líder no segmento de energia da suíça, realizaram uma parceria para desenvolvimento de um projeto que visa construir uma planta de hidrogênio. O projeto, que será construído na Suíça, tem uma previsão para entrar em operação no final de 2022. A usina será alimentada por eletricidade renovável, logo, será produzido hidrogênio verde (H2V). A usina terá uma capacidade eletrolítica de 10 megawatts (MW) e conseguirá produzir em torno de 1100 toneladas de H2V por ano. Em termos de destinação, o combustível produzido será utilizado no setor da mobilidade, para alimentar veículos pesados, e também será injetado em uma rede de gasodutos. (Alpiq – 28.07.2021) <topo> Armazenamento e Transporte 1 Hungria: Projeto inclui produção e armazenamento do H2 A Hungarian Gas Storage, já vem desenvolvendo um projeto de armazenamento subterrâneo de hidrogênio há algum tempo. O projeto, denominado de Aquamarine, pretende implementar um sistema de eletrólise de aproximadamente 2,5 MW e misturar o hidrogênio ao gás natural, no local do armazenamento subterrâneo. O objetivo é conduzir um experimento em escala industrial para o armazenamento subterrâneo de longo prazo do hidrogênio na forma gasosa a pressões acima de 100 bar, para reduzir o volume de armazenamento. Para apoiar o projeto, a Burckhardt Compression fornecerá o sistema de compressor de diafragma que será usado para comprimir o hidrogênio de 30 a 250-300 bar. O compressor está sendo fabricado na Burckhardt Compression em Shenyang, China, e será enviado para a GanzAir Compressortechnics na Hungria. (Fuel Cells Works –29.07.2021) <topo> Uso Final 1 EUA: Hyzon Motors faz parceria com empresa para desenvolver postos de abastecimento A Hyzon Motors assinou um memorando de entendimento (MoU) com RenewH2, empresa de produção de hidrogênio renovável. Através do MoU a RenewH2 irá reformar o gás metano biogênico para gerar hidrogênio. O hidrogênio será liquefeito e entregue às estações de abastecimento de hidrogênio que serão desenvolvidas pela Hyzon. As estações podem ser localizadas perto do clientes Hyzon para ajudar no fornecimento de demanda consistente para o combustível. Espera-se que a RenewH2 comece a produzir hidrogênio em sua instalação em Wyoming em 2023, com capacidade final de 300 toneladas por dia. (Hyzon Motors – 29.07.2021) <topo> 2 EUA: SoCalGas e Sierra Northern Railway firmam parceria para financiar locomotiva a hidrogênio A SocalGas anunciou parceria com a Sierra Northern Railway, Gas Technology Institute (GTI) e outros especialistas para desenvolver e testar um motor de célula a combustível movido a hidrogênio para locomotivas do tipo switcher. Locomotivas switcher são um tipo de motor para trens que transportam mercadorias dos portos aos armazéns próximos. O projeto já recebeu financiamento da California Energy Commission e da SoCalGas. A Sierra pretende substituir os motores a diesel por um motor que integrará uma célula a combustível e um tanque de armazenamento de hidrogênio, além de baterias. Os testes do motor serão realizados em conjunto com a GTI nas operações de linha curtas da Sierra, que atendem ao pátio ferroviário e ao porto de West Sacramento. (SoCalGas – 28.07.2021) <topo> 3 Empati pretende explorar a produção descentralizada de hidrogênio para abastecimento de veículos A Empati, uma empresa de inteligência artificial, contratou a Black & Veatch para fornecer uma avaliação econômica, logística e técnica da produção de hidrogênio sob demanda no local como combustível para operadores de frotas. Com os resultados que serão obtidos, a Black & Veatch espera confirmar a viabilidade da produção de hidrogênio distribuído em pequena escala no ponto de uso para alcançar preços competitivos. O estudo será realizado junto com um projeto colaborativo para integrar a plataforma de Inteligência Artificial da Empati com a plataforma Asset 360 da Black & Veatch. (Black&Veatch – 29.07.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 Australia: Deakin University realiza pesquisas ‘inovadoras’ sobre hidrogênio A Deakin University tem estudado aplicações inovadoras em hidrogênio limpo e armazenamento de energia nuclear, e uma nova gama de materiais biomédicos. Os pesquisadores têm trabalhado a reação de fusão entre os núcleos de hidrogênio e boro que pode fornecer uma forma de energia nuclear altamente eficiente e livre de radioatividade, com reservas de combustível praticamente ilimitadas, quando comparada à geração de energia nuclear tradicional. Compartilhando suas ambições, no dia 30 de julho, a universidade recebeu duas novas bolsas Linkage do Australian Research Council (ARC) para apoiar o esforço, liderado pelo professor Ying (Ian) Chen. O esquema de bolsas incentiva a colaboração entre pesquisadores, indústrias e comunidades para encontrar soluções para problemas e desafios reais do dia a dia. Anteccipando expectativas, a universidade disse que um novo nanomaterial H11B (fusão próton-boro 11) com capacidade de armazenamento de hidrogênio consideravelmente alta e um novo método para a síntese de nanofolhas BN com conteúdo de hidrogênio controlado, podem trazer resultados promissores para seus trabalhos. (Deakin University – 30.07.2021) <topo> 2 Estados Unidos: JERA Americas avançando com projetos de mistura de hidrogênio JERA Americas revelou planos para misturar hidrogênio em duas fábricas, como forma de apoiar a redução das emissões de carbono. A Linden Cogeneration, da qual a JERA Americas tem 50% de participação, assinou um acordo com a Phillips 66. A Linden Cogen misturará o gás hidrogênio produzido na Refinaria Bayway e o ao gás natural usado para abastecer a unidade de 172 MW da Linden Cogen, que possui seis turbinas a gás. A modificação permitirá o uso da mistura gasosa contendo até 40% de hidrogênio. Com previsão de conclusão em 2022, o projeto deve melhorar a eficiência operacional geral da refinaria e da Linden Cogen e reduzirá as emissões atmosféricas em aproximadamente 10% ao ano a partir da unidade seis, principalmente por meio da melhoria da eficiência do forno e do queimador. (JERA – 28.07.2021) <topo> 3 Estados Unidos: Nova tecnologia de membrana para produção de hidrogênio recebe prêmio A Celadyne Technologies recebeu o prêmio Nicor Gas Multicultural Innovator por sua nova tecnologia de membrana que permite a produção de hidrogênio. A nova tecnologia permite que a produção, armazenamento e uso de hidrogênio sejam mais eficientes e menos intensivos em capital, reduzindo potencialmente as emissões de dióxido de carbono em 30% em armazenamento em rede, transporte pesado e outras indústrias pesadas. Revelado no dia 28 de julho, o prêmio inclui um subsídio de participação e inclusão de US $ 25.000 que apoia o desenvolvimento de uma start-up de tecnologia de energia limpa com um fundador ou CEO minoritário. O prêmio inaugural é parte da iniciativa Diversity Equity and Inclusion da Clean Energy Trust e do compromisso da Nicor Gas em permitir oportunidades de impacto econômico equitativo em Illinois. John Hudson III, presidente e CEO da Nicor Gas, disse: “A tecnologia de hidrogênio da Celadyne tem potencial para avançar na descarbonização entre transporte pesado e usos de energia industrial. Temos orgulho de apoiar este negócio de Illinois e seu impacto econômico em um futuro de energia limpa.” (H2 View – 28.07.2021) <topo> 4 Estônia: Desenvolvimento de células a combustível de cátodo fechado A PowerUP Energy Technologies desenvolverá uma pilha de células a combustível de cátodo fechado resfriada por líquido de 1kW para os navios de carga lunares. A empresa assinou um novo contrato com a Agência Espacial Européia para esse esforço. A start-up de tecnologia limpa da Estônia no dia 02/08 ressaltou que, assim como os navios de carga lunares, a pilha de células a combustível hidrogênio também pode ser usada para rovers. Em sua mais recente colaboração com células a combustível, o Dr. Ivar Kruusenberg, CEO da PowerUP Energy Technologies, disse: “Normalmente, as células a combustível são de cátodo aberto. Isso significa que eles retiram oxigênio do ar circundante, mas no caso das missões de Marte e Lua, não há oxigênio. “Para resolver isso, com a ajuda da ESA, iremos desenvolver células a combustível de cátodo fechado, formando uma pilha de 1kW, que poderão funcionar em tais missões espaciais. Esta pilha servirá como fonte de energia adicional que será integrada com painéis solares e baterias. A PowerUP Energy Technologies espera ter a primeira pilha de protótipos completa até 2023. (H2 View – 02.08.2021) <topo> 5 Índia: Pesquisadores desenvolvem catalisador capaz de produzir hidrogênio mais rápido e com menor custo O Instituto Indiano de Tecnologia de Bombaim (IIT Bombay) publicou um artigo científico apresentando um catalisador magnetizado que pode acelerar a produção de hidrogênio e reduzir o custo total de energia. Através do artigo, os pesquisadores do IIT Bombay demonstraram como o catalisador selecionado tornou isso possível. Segundo o estudo, a eletrólise consumiu 19% menos energia em um período de tempo estipulado. Os pesquisadores utilizaram um composto de cobalto e oxigênio para acelerar o processo a um custo menor. No entanto, o uso do cobalto requer uma grande quantidade de energia para ser eficiente e ainda produz hidrogênio em baixa velocidade. Para contrariar o fato, os pesquisadores usaram campos magnéticos para aumentar a velocidade da reação em cerca de três vezes.”O catalisador que projetamos pode sustentar a magnetização por períodos prolongados, sendo a chave o desenvolvimento de uma interface sinérgica de óxido de carbono-metal.ma única exposição do campo magnético é suficiente para atingir a alta velocidade de produção de hidrogênio por mais de 45 minutos”, disse Jayeeta Saha, uma das autoras do estudo. Para ler o estudo, clique aqui. (IIT Bombay – 03.08.2021) <topo> Eventos 1 Fórum Internacional Hidrogênio O evento contará com a participação dos principais players, especialistas do setor de geração de energia, ícones do setor de hidrogênio no Brasil e no mundo e representantes da academia. Será discutido sobre os principais desafios e oportunidades que terão para o setor no Brasil e no mundo. Assim permitindo o compartilhamento dos conhecimentos, exibindo apresentações ao vivo, vídeos, e interação com os participantes. As possibilidades de interação, geração de oportunidades e novos negócios são as principais características do evento. O evento ocorrerá nos dias 24 e 25 de novembro, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Fortaleza. Esta edição será realizada de forma híbrida, ou seja, será presencial e transmitida ao vivo. (Fórum Internacional de Hidrogênio – julho de 2021) <topo> 2 Websérie Novas Energias | Rotas de Hidrogênio: Energia do Futuro e Oportunidades para o Rio No evento, realizado no dia 03/08, foi enfatizado o potencial do Brasil em liderar o mercado de hidrogênio verde com um preço competitivo devido sua grande oferta de energia limpa. Os especialistas reunidos pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) avaliaram o cenário de forma positiva. “Até 2025 as estratégias estarão definidas e o hidrogênio verde vai entrar com força no mercado global, e vai mudar toda a forma de negociação da energia no mundo inteiro”, disse Ansgar Pinkowski, gerente de Inovação e Sustentabilidade da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Segundo ele, grandes consórcios já estão sendo formados na Europa para entrar no mercado de hidrogênio verde e os olhos da Alemanha estão atentos ao Brasil. A estimativa é de que o mercado de hidrogênio verde possa movimentar cerca de 40 bilhões de euros até 2030. No Brasil, até o momento, dois grandes projetos estão sendo desenvolvidos, no Ceará e no Porto do Açu (RJ), informou o consultor técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luciano Oliveira, que não vê barreiras para o início da produção de hidrogênio verde no País. Para Filipe Segantine, gerente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Porto do Açu, o hidrogênio verde que será produzido no Brasil poderá se tornar o mais competitivo do mundo, atingindo o preço de US$ 0,55 por quilo, à frente dos vizinhos, Argentina e Chile. (FIRJAN – 03.08.2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Análise do mercado de hidrogênio Diversos acordos foram firmados para o desenvolvimento da economia de hidrogênio em escala industrial em diferentes países e áreas de aplicação, que envolvem a produção de hidrogênio verde e como utilizá-lo no processo de produção do aço, amônia verde e outras aplicações industriais, além da mobilidade. A Europa se destaca no desenvolvimento de tais iniciativas. O Reino Unido irá cooperar com a Austrália, ambos os países irão trabalhar com tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCUS), hidrogênio limpo e aço verde. A iniciativa faz parte do plano de US $ 565,8 milhões do governo australiano, que também está desenvolvendo soluções de armazenamento de hidrogênio e projetos de hidrogênio verde na Índia. O projeto HyDeploy, no Reino Unido, recebeu luz verde da Health and Safety Executive (HSE). Polônia, Noruega, Irlanda, Escócia, Alemanha também deram seguimento em projetos visando a produção de hidrogênio verde. (H2 Bulletin – 02.08.2021) <topo> 2 Reino Unido: O caminho para se tornar líder mundial em hidrogênio A Xodus, lançou um relatório intitulado “The UK – The Global Hydrogen Center”, o relatório aponta que o Reino Unido está localizado geograficamente, tecnologicamente, tecnicamente, financeiramente e politicamente de forma favorável para ser um centro global de baixo carbono, incluindo a produção e exportação de hidrogênio verde e azul. O relatório estimula empresas a adotar uma abordagem mais ousada no que se refere ao hidrogênio e encoraja o governo a não apenas focar no hidrogênio verde, mas sim no hidrogênio de baixo carbono que é comercialmente acessível. O relatório será apresentado na conferência virtual SPE offshore Europe, no dia 9 de setembro de 2021 na seção técnica de hidrogênio. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (Xodus – 02.08.2021) <topo> 3 Relatório sobre oportunidades e opções para transporte de hidrogênio O relatório foi lançado com o objetivo de acompanhar o início da Global Energy Ventures (GEV), empresa de transição energética que fornece soluções para o transporte de energia. O relatório utiliza dados do Hydrogen Council e outras fontes e analisa a demanda potencial por hidrogênio verde (H2V) na Coreia do Sul e no Japão. Os autores avaliam as vantagens e desvantagens de várias tecnologias de transporte. Segundo o relatório, a implementação de um mercado de H2V exigirá apoio político, principalmente no curto prazo, para estimular a demanda e redução dos custos, dentre as medidas que podem ser adotadas inclui subsídios, metas de implantação, taxação do carbono e o desenvolvimento de uma infraestrutura adequada. A adoção se concentrará em aplicações, onde as propriedades do hidrogênio permitem fornecer valor de sistema, vantagens em alcance ou funcionalidade que não podem ser fornecidas por outras alternativas de baixo carbono. No entanto, os custos ainda apresentam o principal desafio para o setor. Para ler o relatório na íntegra, clique aqui. (Fuel Cell Works – 03.08.2021). <topo> 4 World Energy Council publica documento sobre hidrogênio O World Energy Council (WEC), em conjunto com a PwC e o U.S. Electric Power Research Institute (EPRI), publicou um briefing de inovação sobre hidrogênio, intitulado “Hydrogen on the horizon: rady, almost set, go?”. O documento visa fornecer informações sobre o desenvolvimento do hidrogênio no mundo para a comunidade que atua no setor energético e fomentar o diálogo comunitário com vários stakeholders e diferentes níveis sobre o papel do hidrogênio nas transições de energia. Segundo o documento, a visão dos países sobre o papel do hidrogênio na transição é diferente, enquanto a Ásia e a Europa parecem mais focadas na demanda, o Oriente Médio e o Norte da África se concentram no fornecimento de energia. Uma avaliação comparativa dos cenários da demanda mundial de hidrogênio estimou que o hidrogênio pode ser responsável por 6 a 25% do consumo global de energia até 2050. O documento também mostra que o desenvolvimento do mercado de hidrogênio enfrenta desafios, mas os fatores ambientais e políticos têm despertado o interesse de países ou governos. Para acessar o documento completo, clique aqui. (World Energy Council – 27.07.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ | |