l IFE: nº 43 – 30 de julho de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Regime de Certificação de Carbono Zero do Smart Energy Council 2 Austrália: Governo de Vitória cria dois novos programas de subsídios para hidrogênio 3 Austrália: Projeto de certificação garante hidrogênio renovável em Queensland 4 Brasil: Presidente da Neoenergia comenta sobre iniciativa de hidrogênio verde 5 Coréia do Sul: Air Liquide fecha acordos para incentivar a cadeia de valor do hidrogênio no país 6 Estados Unidos: GreenStat revela desejo de expandir o alcance do hidrogênio 7 Estados Unidos: SoCalGas envia projetos de hidrogênio limpo para a iniciativa “Earthshot” 8 Reino Unido: Gen2 Energy e Element 2 desenvolverão cadeia de abastecimento de hidrogênio verde 9 União Europeia: Projeto da Advent Technologies é selecionado para a IPCEI Produção 1 Alemanha: Wenger Engineering utilizará eletrolisadores em contêiner para produzir H2V 2 Alemanha: Empresas irão realizar estudo de potencial de um parque de hidrogênio offshore 3 BayoTech e CabornFree se juntam para produzir H2 azul a partir de suas tecnologias 4 Estados Unidos: Empresas anunciam planos para produção de H2V 5 Mar do Norte: Projeto da Cerulean vai abastecer três usinas de hidrogênio verde Armazenamento e Transporte 1 Austrália-Japão: Transporte de hidrogênio líquido da Austrália para o Japão será adiado 2 Hyzon Motors apresenta novo sistema de armazenamento de hidrogênio Uso Final 1 Air Products e Cummins se unem para acelerar o desenvolvimento de veículos a hidrogênio 2 Empresas exploram cadeia de valor da amônia entre Sibéria e o Japão 3 EUA: Veículo movido a célula a combustível da Hyundai chega à Califórnia 4 Hexagon Purus expande aplicação do hidrogênio para transporte marítimo 5 Wärtsilä fornece motores funcionando com misturas de hidrogênio Tecnologia e Inovação 1 Europa: Johnson Matthey impulsiona desempenho da célula a combustível 2 Reino Unido: Rolls-Royce desenvolve novas tecnologias para hidrogênio 3 Saipem lança tecnologia para produção offshore de hidrogênio verde Eventos 1 Australian Carbon Capture, Utilisation & Storage Conference 2 Canadá: World Fuel Cell Conference (WFCC 2021) 3 Webinar: Políticas econômicas da transição energética, Brasil e África do Sul Artigos e Estudos 1 Alemanha: Novo estudo explorará o potencial do primeiro parque de hidrogênio verde offshore 2 Análise da tecnologia de ônibus com emissão zero 3 Brasil: Observatório de Hidrogênio 4 Escócia: Cluster pode ter capacidade de 1,3 GW para hidrogênio de baixo carbono 5 Rolls-Royce publica roteiro para neutralidade climática Políticas Públicas e Financiamentos 1 Austrália: Regime de Certificação de Carbono Zero do Smart Energy Council O primeiro-ministro do estado da Austrália Ocidental, Mark McGowan, reafirmou seu apoio à indústria de hidrogênio renovável, tendo anunciado no dia 21 de julho que é membro fundador do Regime de Certificação de Carbono Zero do Smart Energy Council. Lançado para acelerar o desenvolvimento e implantação de hidrogênio renovável, amônia verde e metais verdes, como aço e zinco, o regime foca tanto na Austrália quanto no resto do mundo. Por meio dele, o Smart Energy Council também certificará se o hidrogênio, a amônia ou o metal foram realmente produzidos a partir de fontes de energia renováveis e fornecerá uma classificação de carbono incorporada. O YURI Green Ammonia Product, um consórcio entre a Engie Renewables Australia e a Yara Pilbara Fertilizers, é o segundo projeto selecionado para certificação. A Yara também é membro fundador do Regime de Certificação. Como parte do seu papel como membro fundador, o Governo McGowan trabalhará com o Conselho de Energia Inteligente para explorar outros projetos no estado que possam ser candidatos ao esquema. (H2 View – 21.07.2021) <topo> 2 Austrália: Governo de Vitória cria dois novos programas de subsídios para hidrogênio O governo de Victoria dedicou US $ 7,2 milhões para fornecer testes, projetos pilotos e estudos de viabilidade para empresas que buscam fazer a transição para o hidrogênio, um combustível alternativo de energia limpa. A Ministra da Energia, Meio Ambiente e Mudança Climática, Lily D’Ambrosio, anunciou dois novos programas de subsídios na semana passada, para apoiar o setor industrial na preparação para o hidrogênio renovável, financiando uma variedade de projetos. De acordo com os subsídios, o governo investirá US $ 6,2 milhões por meio do Fundo de Caminhos de Comercialização de Hidrogênio Renovável e um adicional de US $ 1 milhão para ajudar as empresas a desenvolver planos de negócios para usar hidrogênio por meio do Fundo para Negócios de Hidrogênio Renovável. Os subsídios são financiados por meio do pacote Accelerating Victoria’s Hydrogen Industry de US $ 10 milhões e são parte de uma série de atividades identificadas no Plano de Desenvolvimento da Indústria de Hidrogênio Renovável. (H2 View – 26.07.2021) <topo> 3 Austrália: Projeto de certificação garante hidrogênio renovável em Queensland Em evento, o Ministro de Energia, Renováveis e Hidrogênio e Ministro de Obras Públicas e Aquisições de Queensland, Mick de Brenni, afirmou ter firmado uma parceria com o esquema de certificação zero-carbono do Smart Energy Council. A parceria trará maior confiança dos investidores para com o Estado e faz parte do Plano de Recuperação Econômica COVID-19. O esquema de certificação irá garantir a origem do hidrogênio renovável, bem como da amônia e metais. Dessa forma, a iniciativa mostra a liderança do governo de Queensland em desbloquear o potencial de tais recursos. A certificação segue o compromisso de US $ 2 bilhões do governo de Palaszczuk, para apoiar os empregos de energia renovável e hidrogênio. (Renew Economy – 20.07.2021) <topo> 4 Brasil: Presidente da Neoenergia comenta sobre iniciativa de hidrogênio verde Depois de assinar um memorando de entendimentos em junho com o Porto de Suape (PE), a Neoenergia já avalia outras parcerias para projetos nesse segmento. O acordo visa desenvolver um projeto piloto de uma usina de hidrogênio verde, no Brasil, mais precisamente em Pernambuco. Inicialmente, a ideia do projeto é gerar hidrogênio para consumo da Termopernambuco, usina térmica operada pela Neoenergia no Estado, mas Mário Ruiz-Tagle, presidente do grupo, disse que o projeto pode ser estendido para atender ao consumo de outras indústrias em Suape. “O hidrogênio verde se enquadra na política global do grupo Iberdrola”, afirmou. O executivo acrescentou que a empresa vai focar seu crescimento no Brasil na área de geração de energias renováveis e disse que vê perspectivas para geração de energia eólica em alto mar no país. Além disso, Ruiz-Tagle destacou que o segmento de linhas de transmissão segue no radar da Neoenergia. (Valor Econômico – 21.07.2021) <topo> 5 Coréia do Sul: Air Liquide fecha acordos para incentivar a cadeia de valor do hidrogênio no país A Air Liquide anunciou, no dia 27 de julho, três novos acordos assinados para acelerar o desenvolvimento de uma sociedade de baixo carbono na Coréia do Sul. Dentre os novos acordos, o primeiro é com a fornecedora global de energia limpa e soluções SK E&S para fornecer o que se acredita ser a maior planta de liquefação de hidrogênio do mundo, com capacidade de 90 toneladas por dia de LH2, para atender aos mercados de mobilidade. Além disso, o grupo também firmou um Memorando de Entendimento (MoU) com a LOTTE Chemical para co-investir em novos centros de abastecimento de alta pressão e estações de hidrogênio. Matthieu Giard, membro do Comitê Executivo do Grupo Air Liquide, que supervisiona as atividades de hidrogênio do Mercado Industrial, disse que a estratégia do Grupo na Coreia do Sul ilustra a ambição do desejo de ser líder no fornecimento de hidrogênio de baixo carbono para a indústria e os mercados de mobilidade. (H2 View – 27.07.2021) <topo> 6 Estados Unidos: GreenStat revela desejo de expandir o alcance do hidrogênio A GreenStat revelou que recebeu investimento do AVG Group para apoiar o alcance da empresa na área de hidrogênio, nos Estados Unidos e outros mercados globais. A empresa, sediada na Noruega, pretende fazer parte de uma ampla transição da indústria de petróleo e gás na Noruega, para um centro de energia renovável. O grupo agora tem como objetivo se estabelecer como líder em energia renovável no mercado norueguês e além. A maior parte do foco da GreenStat tem sido em investimentos em tecnologia e infraestrutura de hidrogênio para apoiar o objetivo coletivo norueguês. Karl Andersen, CEO da AVG, disse que a empresa tem prazer em fazer parte da família GreenStat, a fim de expandir a mais recente tecnologia de hidrogênio para mercados dos EUA e da Ásia. (H2 View – 23.07.2021) <topo> 7 Estados Unidos: SoCalGas envia projetos de hidrogênio limpo para a iniciativa “Earthshot” A Southern California Gas (SoCalGas) revelou, no dia 26 de julho, a submissão de várias de suas iniciativas de P&D de hidrogênio ao Programa de Hidrogênio “Earthshot”, do Departamento de Energia dos EUA (DOE). As inscrições têm como objetivo ajudar o programa de hidrogênio do DOE a priorizar projetos que acelerem as inovações em hidrogênio limpo que podem reduzir as emissões, criar empregos e facilitar uma economia com emissões zero carbono até 2050. A SoCalGas está trabalhando com vários colaboradores nessas iniciativas, incluindo a University of California Irvine, a University of California Los Angeles e a Green Hydrogen Coalition, entre outras. As iniciativas que foram submetidas, com solicitação ao DOE, incluem HyDeal LA, Renewable Hydrogen Ecosystem e os projetos Direct Solar Methane Conversion. A conversão solar direta de metano é uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) que usa energia solar para separar os átomos de carbono e hidrogênio do gás natural com emissão zero ou negativa. (H2 View – 26.07.2021) <topo> 8 Reino Unido: Gen2 Energy e Element 2 desenvolverão cadeia de abastecimento de hidrogênio verde A Gen2 Energy e a Element 2 uniram forças para desenvolver uma cadeia de fornecimento “plug and play” (ligar e usar) para hidrogênio verde certificado. A Gen2 Energy irá produzir o hidrogênio que será fornecido às instalações de abastecimento da Element 2 no Reino Unido. A dupla afirmou que assinou um acordo no qual a Element 2, irá comprar uma quantidade definida de hidrogênio para as estações e vende-lo a um preço competitivo. O Element 2 receberá seus primeiros volumes comerciais de hidrogênio da Gen2 Energy em 2023. Comentando sobre a notícia, Andrew Hagan, Diretor de Desenvolvimento da Element 2, disse que o acordo com a Gen2 Energy é outro passo promissor, à medida que a empresa estabelece a infraestrutura de hidrogênio no Reino Unido. Os planos divulgados no dia 22 de julho, ajudarão a Element 2 a atingir sua meta de implantar 800 bombas de hidrogênio em todo o Reino Unido até 2027. (H2 View – 22.07.2021) <topo>
9 União Europeia: Projeto da Advent Technologies é selecionado para a IPCEI A Advent Technologies revelou que foi indicada pelo Ministério grego de Desenvolvimento e Investimento para fazer parte da primeira rodada de Projetos Importantes de Interesse Comum Europeu (IPCEI) sobre hidrogênio. Além disso, o grupo também foi selecionado pelo Ministério para ser o Coordenador do Campo de Tecnologia Dois dedicado às células a combustível e tecnologias associadas. Além de coordenar o Campo de Tecnologia Dois, as novas responsabilidades da Advent incluem a preparação de um documento conjunto delineando os requisitos e objetivos das células a combustível em mercados de mobilidade e estacionários, para atingir metas de custo em um ecossistema de hidrogênio viável. A empresa também liderará o projeto Green HiPo como parte do projeto conjunto White Dragon. A iniciativa irá desenvolver, projetar e fabricar células a combustível com membrana polimérica de alta temperatura (HT-PEM), totalmente escalonáveis e altamente eficientes, para a produção de energia e calor. (H2 View – 23.07.2021) <topo> Produção 1 Alemanha: Wenger Engineering utilizará eletrolisadores em contêiner para produzir H2V A Wenger Engineering, uma empresa de engenharia que tem como objetivo contribuir significativamente para a expansão das energias renováveis, está realizando um projeto que visa produzir hidrogênio em um contêiner de 1,3 MW de capacidade, na Alemanha. O contêiner contará com eletrolisadores alcalinos da Green Hydrogen Systems e terá a energia eólica como fonte primária de alimentação, produzindo hidrogênio verde. A Wenger, vai realizar diversos testes com este projeto, que servirão para relatar dados experimentais, entre eles: conectar os eletrolisadores a uma rede elétrica virtual para determinar quais efeitos estabilizadores a conexão de várias unidades de geração descentralizadas tem na rede; aplicar o produto final – H2 – e entender sua logística, utilizar no transporte e na indústria de alimentos. Todos esses testes são necessários para assim contribuir com o avanço do hidrogênio, contribuindo para que este vetor energético seja utilizado em larga escala no futuro. (Fuel cells Works – 21.07.2021) <topo> 2 Alemanha: Empresas irão realizar estudo de potencial de um parque de hidrogênio offshore A RWE, Shell, Gasunie e Equinor assinaram um acordo de declaração de intenção para colaborar no projeto AquaSector. Os parceiros irão realizar um estudo para fornecer informações sobre as condições que o parque de hidrogênio pode funcionar, para produção em grande escala. O estudo também informará os desafios técnicos e comerciais que precisam ser superados em relação a produção de hidrogênio offshore. O projeto pretende instalar um eletrolisador com capacidade de 300 MW aproximadamente para produzir até 20 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. O hidrogênio produzido posteriormente será transportado por meio de um oleoduto para Heligoland a partir de 2028. (RWE – 23.07.2021) <topo> 3 BayoTech e CabornFree se juntam para produzir H2 azul a partir de suas tecnologias Com o intuito de descarbonizar a matriz energética, para colaborar com a transição energética, a CarbonFree se juntou a BayoTech com o objetivo de desenvolver um projeto para produzir o hidrogênio azul a partir de um conjunto de equipamentos. O conjunto será composto pelo gerador de hidrogênio da BayoTech e a tecnologia de captura de carbono da CabornFree. A partir deles, as empresas irão produzir o hidrogênio em uma baixa intensidade de carbono e custo bastante viável. Dito isto, as empresas esperam conseguir desenvolver o mercado de hidrogênio limpo, uma vez que essa é uma solução acessível ao consumidor final. Não foi mencionado em quais setores será utilizado o hidrogênio, mas em relação ao carbono capturado foi deixado explícito que o mesmo será utilizado na criação de produtos para venda ou armazenamento seguro. (H2View – 26.07.2021). <topo> 4 Estados Unidos: Empresas anunciam planos para produção de H2V Sabendo que o hidrogênio verde (H2V) é o elemento que descarbonizará o sistema energético, a Heliogen, uma empresa de tecnologia de energia renovável, e a Bloom Energy, uma empresa pública de células a combustível de óxido sólido, anunciaram planos para o desenvolvimento de uma planta de H2V na Califórnia, EUA. A planta contará com o eletrolisador de óxido sólido que entrará em operação a partir da utilização do vapor produzido por energia solar. O projeto aponta que a planta será em torno de 30% mais eficiente que aquelas utilizando eletrolisadores de baixa temperatura. No mais, em termos de destinação, o hidrogênio será aplicado em segmentos comerciais e industriais. As empresas esperam impulsionar a economia e a infraestrutura do hidrogênio verde no país, uma vez que este projeto demonstrará uma forma de produção eficiente. (Heliogen – 22.07.2021) <topo> 5 Mar do Norte: Projeto da Cerulean vai abastecer três usinas de hidrogênio verde A Cerulean Winds, uma empresa que desenvolve projetos eólicos flutuantes com financiamento independente, assinou um contrato com o Px Group, um grupo de empresas que atua em diversos mercados. O acordo visa implementar 200 aerogeradores no Mar do Norte. Quando a implementação dos aerogeradores estiver concluída, o projeto terá uma capacidade de 3GWh de geração de energia. Dentre o montante, 1,5 GWh do total de energia será utilizada para abastecer três usinas de hidrogênio que estarão localizadas no norte da Inglaterra, nordeste da Escócia e na ilha escocesa de Shetland. O projeto está buscando não apenas descarbonizar o setor elétrico, mas sim o energético, uma vez que o hidrogênio verde que será produzido, vai ser utilizado também na indústria. (Power Engineering International – 21.07.2021) <topo> Armazenamento e Transporte 1 Austrália-Japão: Transporte de hidrogênio líquido da Austrália para o Japão será adiado O Hydrogen Energy Supply Chain (HESC) é um projeto desenvolvido entre Austrália e Japão com objetivo de desenvolver uma cadeia de abastecimento de hidrogênio. O projeto visa a produção de hidrogênio a partir da gaseificação do carvão. Após o refino do hidrogênio, o mesmo será liquefeito e transportado para o Japão no transportador Suiso Frontier, construído pela Kawasaki Heavy Industries Ltd. Inicialmente o transporte do hidrogênio estava previsto para ocorrer entre julho e agosto, mas devido à pandemia houveram atrasos no comissionamento do transportador. Assim, o primeiro transportador de hidrogênio liquefeito (LH2) do mundo, o Suiso Frontier, chegará à Austrália na segunda metade do ano fiscal japonês – entre outubro de 2021 e março de 2022. Será uma rara demonstração de transporte de hidrogênio liquefeito a menos 253 graus Celsius a longa distância, para o Japão. (S&P Global – 23.07.2021) <topo> 2 Hyzon Motors apresenta novo sistema de armazenamento de hidrogênio A Hyzon Motors Inc. (NASDAQ: HYZN) anunciou no dia 22/07 que desenvolveu uma nova tecnologia de sistema de armazenamento de hidrogênio, capaz de reduzir peso e custo de fabricação dos veículos comerciais movidos a células a combustível. Além de reduzir o peso e os custos, o sistema de armazenamento pode ser configurado para conter vários tanques de hidrogênio. O desenvolvimento desta tecnologia foi uma colaboração transatlântica entre a Hyzon Europe e a Hyzon US, com a empresa planejando produzir este novo sistema nas instalações de Rochester, NY e Groningen, Holanda. A nova tecnologia já foi instalada em caminhões piloto na Europa e está planejada para ser produzida nas instalações de Hyzon em Rochester, N.Y. A tecnologia será implementada nos veículos da Hyzon em todo o mundo. A Hyzon também espera licenciar este novo sistema para outras empresas de veículos comerciais. (Hyzon Motors – 22.07.2021) <topo> Uso Final 1 Air Products e Cummins se unem para acelerar o desenvolvimento de veículos a hidrogênio As empresas assinaram um memorando de entendimento (MoU) para cooperarem e acelerar a integração de caminhões com células a combustível na América, Europa e Ásia. A Cummins irá fornecer motores elétricos movidos a células a combustível hidrogênio integrados a caminhões pesados para a Air Products. A Air Products pretende converter sua frota de aproximadamente 2 mil caminhões em veículos de emissão zero. Os parceiros esperam que a fase de demonstração comece em 2022 e trabalharão juntos para aumentar a acessibilidade do hidrogênio renovável, incluindo oportunidades de infraestrutura de hidrogênio que promovem a adoção do hidrogênio para a mobilidade. (Cummins – 26.07.2021). <topo> 2 Empresas exploram cadeia de valor da amônia entre Sibéria e o Japão A Jogmec, Irkutsk Oil Company (IOC), Toyo Engineering Corporation e Itochu Corporation irão realizar a segunda fase de um estudo de viabilidade conjunto da cadeia de valor da amônia azul. O estudo será centrado no leste da Sibéria e o Japão, trabalhando em estreita colaboração, usando a experiência de cada empresa de forma que seja possível introduzir amônia azul como combustível para usinas elétrica, navio e outros usos. Através do estudo os parceiros irão estabelecer um plano de comercialização, com a Jogmec oferecendo suporte financeiro e técnico para garantir locais adequados para captura e armazenamento de carbono (CCS). (H2 Bulletin – 26.07.2021) <topo> 3 EUA: Veículo movido a célula a combustível da Hyundai chega à Califórnia A Hyundai Motor Company anunciou o plano de implantar os caminhões pesados movidos a células a combustível da empresa na Califórnia. Os veículos foram desenvolvidos com base no XCIENT Fuel Cell. O modelo dos EUA oferece um alcance de cerca de 800 km, pois o hidrogênio será armazenado em maior quantidade no veículo em tanques com 700 bar de pressão. A empresa pretende implantar 30 caminhões no norte da Califórnia no início de 2023. O XCIENT Fuel Cell já foi estreado na Suíça ano passado, provando sua viabilidade comercial. Além disso, a Hyundai já recebeu financiamento do California Air Resources Board (CARB) e da California Energy Commission (CEC), bem como de um consórcio liderado pelo Center for Transportation and the Environment (CTE). (Hyundai – 26.07.2021). <topo> 4 Hexagon Purus expande aplicação do hidrogênio para transporte marítimo O transporte marítimo está entre um dos setores difíceis de descarbonizar. Para descarbonizar o setor, a Hexagon Purus acredita que o hidrogênio pode desempenhar um papel importante e, por isso, desenvolveu uma nova divisão marítima de hidrogênio, Hexagon Purus Maritime. O estabelecimento da nova divisão aplicará a tecnologia de hidrogênio na empresa na indústria marítima, com a Noruega sendo o ponto inicial. Com a expectativa de que as soluções a hidrogênio na indústria naval crescerão nos próximo anos, a Hexagon pretende ocupar a vanguarda da transição e ser capaz de atender à demanda da indústria, focando em soluções voltadas ao hidrogênio. (H2 View – 22.07.2021) <topo> 5 Wärtsilä fornece motores funcionando com misturas de hidrogênio O grupo Wärtsilä irá fornecer motores que funcionam com mistura de hidrogênio e gás natural para o projeto Floating Living Lab (FLL) da Keppel Offshore & Marine (Keppel O&M). Os motores fornecidos pela Wärtsilä terão uma potência combinada de 11,6 MW e são capazes de operar a gás com até 3% de hidrogênio ou, quando modificados podem operar com até 25% de hidrogênio. A entrega dos motores está prevista para o terceiro trimestre de 2021. O projeto FLL consiste em uma balsa com instalações de abastecimento de GNL para embarcações portuárias. O projeto também conterá um sistema de geração de embutido, para alimentar a Keppel O&M, e o excesso de eletricidade será exportado para a rede nacional ou armazenado nos sistemas de armazenamento de energia. (Wärtsilä – 22.07.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 Europa: Johnson Matthey impulsiona desempenho da célula a combustível A Johnson Matthey (JM), como parte do consórcio europeu GAIA, ajudou a desenvolver uma célula a combustível que fornece densidade de energia de 1,8 W/cm2 a 0,6 V. Isso representa um aumento de 20% em relação à tecnologia de ponta, encontrada atualmente. Este resultado torna a marca, líder de mercado, com um avanço significativo para a tecnologia de células a combustível e as aspirações para o zero líquido em emissões da JM. O aumento da densidade de potência reduzirá o custo geral da pilha, ajudando a promover a comercialização de veículos movidos a células a combustível. Dessa forma, a JM ajudará a cumprir a proposta Fit for 55 da EU, que se compromete a reduzir as emissões de CO 2 na UE em 55% até 2030, bem como o roteiro de transporte de descarbonização do Reino Unido, que propõe eliminar gradualmente os veículos poluentes com peso entre 3,5 e 26 toneladas a partir de 2035. (Johnson Matthey – 27.07.2021) <topo> 2 Reino Unido: Rolls-Royce desenvolve novas tecnologias para hidrogênio A Rolls -Royce está testando novas tecnologias para uso de hidrogênio em motores de alta eficiência, de olho no segmento de mercado crescente, em busca da descarbonização. Uma das pesquisas prevê a mistura deste combustível com o gás natural para melhorar a eficiência dos motores. A Rolls-Royce concluiu que um resultado eficiente envolveria um grau de mistura de 20% a 40% do hidrogênio ao gás natural (ou biogás). Neste caso, seriam necessárias adaptações em motores com a tecnologia atual. Outros estudos incluem o desenvolvimento de uma célula a combustível, com uso de etanol, em parceria com a Daimler, e um projeto piloto de um motor com 2 MW de potência que utilize 100% de hidrogênio, com alto desempenho. (Brasil Energia – 22.07.2021) <topo> 3 Saipem lança tecnologia para produção offshore de hidrogênio verde A Saipem, plataforma tecnológica e de engenharia avançada, lançou uma tecnologia para a produção de hidrogênio verde. A tecnologia, denominada SUISO, combina várias fontes de energias renováveis, como eólica e solar flutuante e energia oceânica, em um único sistema. O objetivo da tecnologia é alimentar os eletrolisadores instalados nas plataformas offshore existentes, para a produção de hidrogênio verde. A marca foi registrada no European Union Intellectual Property Office (EUIPO). O SUISO será aplicado no projeto AGNES, um hub de energia offshore. (Saipem – 19.07.2021) <topo> Eventos 1 Australian Carbon Capture, Utilisation & Storage Conference Projetos de hidrogênio e Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) agora são partes fundamentais da transição energética da Austrália, que caminha para uso de energia limpa e neutralidade de carbono. Uma das tecnologias prioritárias no Roteiro de Investimento em Tecnologia da Austrália, a tecnologia CCUS foi identificada pela Agência Internacional de Energia (IEA) como a única opção de mitigação em grande escala disponível que pode fornecer as reduções adicionais de emissões de CO2 que seriam necessárias para cumprir as metas climáticas em 2050. Em agosto, líderes do setor irão explorar a história do CCUS em desenvolvimento em um evento que apresentará estudos de caso sobre o desenvolvimento mais recente de tecnologias, incluindo Direct Air Capture (DAC), na Austrália e ao redor do mundo. O evento australiano acontecerá nos dias 18-19 de agosto de 2021. (Informa Connect– julho de 2021) <topo> 2 Canadá: World Fuel Cell Conference (WFCC 2021) O WFCC acontecerá, com o apoio da Associação Internacional para Energia de Hidrogênio (IAHE), como um evento guarda-chuva para liderar e coordenar a disseminação de informações relacionadas a hidrogênio e atividades de P&D focadas em células a combustível – desenvolvimento, avanço e educação. A conferência é organizada pela IAHE Fuel Cell Division, patrocinada pelo Waterloo Institute for Nanotechnology (WIN) e pela Canadian Hydrogen and Fuel Cell Association (CHFCA). O WFCC é uma conferência multidisciplinar sobre os últimos desenvolvimentos e avanços de hidrogênio e células a combustível, que acontece entre os dias 16 a 20 de agosto deste ano, de foma virtual. O evento tratará das mais recentes informações científicas e técnicas, para a divulgação de resultados de pesquisa de alta qualidade e para o debate e formação de direções e prioridades futuras em ciência, tecnologia, engenharia, aplicação e comercialização de células a combustível movidas a hidrogênio. (IAHE – julho de 2021) <topo> 3 Webinar: Políticas econômicas da transição energética, Brasil e África do Sul A transição energética é intrinsecamente um tópico político, uma vez que envolve escolhas sociais sobre como a energia será produzida e usada no longo prazo. No entanto, o debate sobre a transição energética no Brasil ainda está centrado em um cluster de tomadores de decisão e se enquadra numa narrativa muito tecnológica, levantando questões sobre processos institucionais e políticos que sustentarão as decisões do país. O debate sobre a transição energética está evoluindo rapidamente e para lançar luz sobre os trade-offs sociais, econômicos e climáticos desse processo, é necessário compreender a economia política dele. A situação na África do Sul representa um paralelo interessante para o Brasil. Seu perfil de matriz energética é muito diferente e as questões sociais e políticas estão diretamente relacionadas nos debates sul-africanos sobre a transição energética. Nesse contexto, o Instituto E + Transição Energética irá realizar um webinar, no dia 05/08 às 10h, para abordar os desafios que o Brasil e a África do Sul devem enfrentar para a formação do diálogo sobre energia. Inscreva-se aqui. (E+ Transição Energética – julho de 2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Alemanha: Novo estudo explorará o potencial do primeiro parque de hidrogênio verde offshore Apoiado por empresas como RWE, Shell, Gasunie e Equinor, um novo estudo no intuito de investigar o potencial de um parque de hidrogênio offshore, será iniciado. Os grupos declararam que o projeto localizado no Mar do Norte alemão será o primeiro parque offshore de hidrogênio em grande escala da Alemanha. O objetivo é utilizar um eletrolisador com capacidade de aproximadamente 300 MW até 2028, o qual está sujeito a um estudo de viabilidade, que deverá produzir até 20.000 toneladas de hidrogênio verde por ano. O hidrogênio será então transportado por meio de um oleoduto, denominado AquaDuctus, para Heligoland a partir do ano de 2028. Os parceiros consideram o projeto como uma prova de conceito para a realização da produção de 10 GW de hidrogênio verde offshore até 2035, que poderia então ser transportado para a Alemanha Continental por meio de um oleoduto estendido. (H2 View – 26.07.2021) <topo> 2 Análise da tecnologia de ônibus com emissão zero O Alameda-Contra Costa Transit District (AC Transit), o terceiro maior sistema de ônibus público da Califórnia, está realizando um estudo denominado “Zero Emission Transit Bus Technology Analysis” (ZETBTA). Trata-se de uma análise comparativa das tecnologias predominantes em usos em companhias de trânsito em todo o mundo: ônibus elétricos movidos a células a combustível (FCEBs) e ônibus elétricos a bateria (BEBs), híbrido a diesel e sistemas de propulsão a diesel convencional. “A AC Transit atualmente opera todas as cinco tecnologias de propulsão e está exclusivamente posicionada para apoiar este estudo rigoroso. As métricas de propulsão não são remendadas de várias fontes, mas sim de uma agência, com testes de estradas nas mesmas rotas”, disse o gerente geral Michael Hursh. O estudo contribuirá para a tomada de decisão dos líderes das agências de trânsito, uma vez que fornece informações como custos e desempenhos das tecnologias. De acordo com um estudo realizado pela autoridade de transporte público de São Francisco, os FCEBs e BEBs ainda são um pouco mais caros para operar do que seus equivalentes a diesel. Os ônibus elétricos tiveram uma maior quilometragem de julho de 2020 a dezembro de 2020, embora tenham apresentado maior custo por milha (CPM). Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Renew Economy – 20.07.2021) <topo> 3 Brasil: Observatório de Hidrogênio Considerando a evolução exponencial da economia do hidrogênio, o Gesel lança seu primeiro observatório de Hidrogênio, um relatório que tem como objetivo central apresentar um estudo analítico do acompanhamento sistemático do setor. Atentando para as principais políticas públicas, diretrizes, projetos, inovações tecnológicas e regulatórias de toda cadeia de valor, o documento faz um acompanhamento sistemático do desenvolvimento da economia do hidrogênio por meio do Informativo Setorial de Hidrogênio. O IFE H2 – GESEL demonstrou a necessidade de avaliações analíticas periódicas, capazes de identificar diretrizes da economia do hidrogênio, notadamente a partir de desenvolvimentos concretos de políticas públicas, projetos, inovações, dentre outras questões relacionadas. Assim, de forma conclusiva, este relatório mensal pode identificar a quantidade de projetos sendo anunciados ao redor do mundo, não estando somente nos principais polos de desenvolvimento da economia do hidrogênio. Para ler o documento, clique aqui. (GESEL – julho de 2021) <topo> 4 Escócia: Cluster pode ter capacidade de 1,3 GW para hidrogênio de baixo carbono Em um novo relatório da Element Energy, o potencial de produção de hidrogênio na Escócia, país do Reino Unido, é abordado. Um grupo intersetorial composto por líderes de petróleo e gás, incluindo indústrias-chave como produtores de uísque, transporte, infraestrutura, tecnologia e energia, se uniram na intenção de produzir hidrogênio de baixo carbono. O grupo concluiu que poderia ser responsável por 1,3 GW de produção de hidrogênio com baixo teor de carbono até 2030 e 3,7 GW até 2050. Entre 2025 e 2030, o Cluster deve incluir nove fontes diferentes de dióxido de carbono no Reino Unido, abrangendo uma variedade de setores de alta emissão, incluindo instalações industriais e usinas de geração de energia, bem como novas usinas de geração de hidrogênio e a implantação de tecnologia de captura direta de ar (DAR). O hidrogênio azul será produzido a partir do gás natural com o CO2 criado sendo capturado e armazenado. (H2 View – 21.07.2021) <topo> 5 Rolls-Royce publica roteiro para neutralidade climática A Rolls-Royce Power Systems esboçou o roteiro para a neutralidade climática, a meta é que até 2030 a empresa reduza as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 35% em comparação com as emissões de 2019. Para isso, a empresa irá apostar tecnologias de zero carbono, como: sistemas de células a combustível, motores a hidrogênio e metanol. Os engenheiros também estão desenvolvendo conceitos para sistemas Power-to-X descentralizados. Outras soluções sustentáveis serão consideradas, como sistemas de armazenamento de energia a bateria, sistemas de propulsão híbridos para aplicações marítimas e ferroviárias, sistemas de energia para soluções descentralizadas e ecologicamente corretas. Independentemente do princípio ou combinação de tecnologias escolhidas, a empresa irá considerar o equilíbrio completo de GEE, através do ciclo de vida do produto. Para acessar o documento, clique aqui. (Green Car Congress – 22.07.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas, José Vinícius S. Freitas, Kalyne Silva Brito e Luana Oliveira Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |