l IFE: nº 33 – 21 de maio de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Força-tarefa é criada para viabilizar hidrogênio limpo em projetos de larga escala 2 China lança novo programa de pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio 3 DOE vai investir em projetos para desenvolver o hidrogênio em turbina a gás 4 MME inicia elaboração das diretrizes para o Programa Nacional de Hidrogênio Mercado 1 Megaprojeto de hidrogênio de 25GW para Omã 2 Cingapura: Consórcio planeja estudar cadeia de abastecimento de hidrogênio liquefeito 3 Everfuel planeja eletrolisador para produção de hidrogênio verde na Dinamarca 4 VoltH2 e Virya irão construir usina de H2V no porto do Mar do Norte 5 CEO da Siemens elogia hidrogênio no Ceará 6 Estado australiano considera misturar hidrogênio verde na rede de gás 7 Mitsubishi Power & Texas Brine irão armazenar hidrogênio em cavernas de sal 8 Coreia do Sul: projeto eólica offshore para produzir hidrogênio verde 9 Produção de hidrogênio a partir da energia eólica pode ter um custo competitivo na China 10 Austrália: Oakajee é identificado como um local adequado para a produção de hidrogênio verde. 11 California: Executivos de empresas pedem novos investimentos na infraestrutura de hidrogênio 12 Finlândia: Vexve Armatury se junta a cluster para desenvolver economia do hidrogênio 13 GE visa usinas 100% movidas a hidrogênio até 2030 14 Austrália Ocidental busca grandes quantidades de energia eólica e solar para produção de hidrogênio verde 15 Austrália terá o primeiro vale de hidrogênio verde 16 Hidrogênio verde no Ceará, projetos e investimentos estrangeiros 17 Reino Unido: contradições na política do hidrogênio Tecnologia e Inovação 1 Produção de hidrogênio a partir de um novo sistema de catalisadores de baixo custo 2 Doosan Heavy Industries & Construction lança projeto para produção de hidrogênio a partir de plástico residual Mobilidade 1 Veículo elétrico de célula a combustível bate recorde de maior distância percorrida 2 Opel Vivaro-e Hydrogen: novo carro elétrico com célula a combustível Eventos 1 Webinar Panorama atual e potenciais para o hidrogênio verde no Brasil 2 Webinar sobre desafios e oportunidades para o hidrogênio verde no Brasil 3 Produção de hidrogênio carbono-negativo 4 Hydrogen Americas Summit 5 H2LAC abordou a visão de representantes de cinco países sobre o H2 Artigos e Estudos 1 Artigo GESEL: “Contextos e Estratégias do Programa Nacional de Hidrogênio do Brasil” 2 Afinal, quem regulará o hidrogênio verde? 3 Estudo indica 213,5 GW em projetos de eletrolisadores para entrega até 2040 4 Como maximizar produção de H2V com usinas solares 5 Estudo demonstra aceitação de hidrogênio para o uso residencial Políticas Públicas e Financiamentos 1 Força-tarefa é criada para viabilizar hidrogênio limpo em projetos de larga escala Uma força-tarefa está sendo realizada por mais de uma dezena de empresas com o objetivo de criar modelos para acelerar a implementação do hidrogênio limpo em projetos de larga escala. O movimento está crescendo vislumbrando alcançar a neutralidade das emissões globais dos gases do efeito estufa e a meta é apresentar esse plano de ação antes da Conferência sobre Mudança Climática da ONU (COP26), que vai acontecer em novembro deste ano em Glasgow, na Escócia. Os projetos de algumas das empresas como a Siemens Energy, Shell, Linde, entre outras que constituem a força-tarefa já estão recebendo destaque e sendo colocados em prática. As oportunidades estão em países que contam com matrizes elétricas predominantemente renováveis, como o Brasil. Esse ano a Enegix Energy anunciou um plano de investimento de 5,4 bilhões de dólares no projeto Base One para produção de 600 mil toneladas de hidrogênio verde anualmente no Ceará. Já a Equinor, Ørsted, Boskalis e outras sete empresas se juntaram ao projeto de hidrogênio verde do AquaVentus, um consórcio no Mar do Norte, que planeja instalar, até 2025, duas turbinas eólicas de 14 MW, cada uma com uma planta de eletrolisador em sua plataforma de fundação. (epbr – 11.05.2021) <topo> 2 China lança novo programa de pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio A China lançou um programa nacional de pesquisa e desenvolvimento, apresentado pelo diretor do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, em Pequim, em 29 de janeiro, chamado “Tecnologias-chave para pesquisa de máquinas e segurança na produção, armazenamento, transporte e abastecimento de hidrogênio líquido”. A Beijing Sino-Science FULLCRYO Co. Ltd. assumirá a liderança do projeto, apoiados por um total de 10 grupos de pesquisa do CAS e CSEI. O objetivo é eliminar o atual gargalo de tecnologia de segurança apropriada no campo de produção, armazenamento e abastecimento de hidrogênio líquido e promover a expansão dessa tecnologia. O governo espera ainda que esse projeto promova um crescimento da indústria na área de transporte de hidrogênio e postos de abastecimento. (China Certification – 13.05.2021) <topo> 3 DOE vai investir em projetos para desenvolver o hidrogênio em turbina a gás O Departamento de Energia dos EUA (DOE) está investindo massivamente no hidrogênio, pois sabe do seu potencial como um possível vetor energético para descarbonizar diversas áreas, incluído o sistema elétrico e assim avançar com a meta da administração de Biden para 100% de eletricidade limpa até o ano de 2035. Nesse sentido, oito projetos liderados por universidades nos Estados Unidos irão receber cerca de US$ 6,2 milhões (£ 4,4 milhões) em financiamento para pesquisa e desenvolvimento de turbinas a gás hidrogênio eficientes. Os projetos irão estudar desafios científicos fundamentais e questões de engenharia aplicada associadas ao avanço do desempenho e eficiência das turbinas de combustão alimentadas com hidrogênio puro, misturas de hidrogênio e gás natural e outros combustíveis contendo hidrogênio sem carbono. A secretária de Energia Jennifer M. Granholm disse: “Nossos concorrentes econômicos estão levando a sério o aproveitamento das emissões de carbono da energia livre do hidrogênio e, portanto, os EUA também devem fazer o mesmo”. As universidades beneficiadas são: Georgia Tech, The University of Central Florida, San Diego State University, Purdue University – foi financiada em dois de seus projetos, Ohio State University, University of California e University of Alabama. Para saber mais sobre os projetos, clique aqui. (Fuel Cells Works – 13.05.2021) <topo> 4 MME inicia elaboração das diretrizes para o Programa Nacional de Hidrogênio O Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou estudo para a elaboração das diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio. O estudo deverá ser realizado em 60 dias, juntamente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A determinação é do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de acordo com a Resolução nº6/21, publicada na segunda-feira (17). As diretrizes deverão levar em consideração o desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil e a inclusão como um dos temas prioritários, uma vez que é um relevante vetor energético para uma matriz de baixo carbono, para investimentos em pesquisa e inovação. Também deverá apreender o interesse na cooperação internacional para o desenvolvimento tecnológico e de mercado para a produção energética do hidrogênio. Além disso, outras questões devem ser consideradas, como a diversidade de fontes de energia disponíveis, as tecnologias associadas ao vetor energético desenvolvidas e em desenvolvimento no país, diversidade de aplicação do hidrogênio na economia, potencial de demanda interna e para exportação no contexto da transição energética. Acesse aqui a Resolução nº6/21. (MME – 17.05.2021) <topo> Mercado 1 Megaprojeto de hidrogênio de 25GW para Omã Diante da localização estratégica dos países do MENA, entre a Europa e a Ásia, além da excelente irradiância solar e recursos eólicos, os países têm se posicionado para assegurar o fornecimento seguro e confiável de combustíveis verdes, a um preço altamente competitivo, vislumbrando o mercado de exportação. Por isso, o novo consórcio internacional anunciou um megaprojeto integrado em Omã, para produzir hidrogênio. O consórcio é composto pela OQ, que é a empresa global de energia integrada do Sultanato de Omã, pela InterContinental Energy, desenvolvedora líder de combustíveis verdes, e pela EnerTech. O megaprojeto consistirá em eletrolisadores alimentados por fontes de energia renováveis, solar e eólica, em plena capacidade de 25 GW, e produzirá milhões de toneladas de hidrogênio verde com zero emissões de carbono por ano. O hidrogênio poderá ser usado localmente, exportado diretamente ou até mesmo ser convertido em amônia verde para viabilizar a exportação internacional. Os parceiros irão alavancar seus amplos relacionamentos e parcerias comerciais existentes para garantir acordos de vendas de longo prazo. (H2 VIEW – 18.05.2021) <topo> 2 Cingapura: Consórcio planeja estudar cadeia de abastecimento de hidrogênio liquefeito Cinco empresas se uniram e desenvolveram um consórcio com objetivo de estudar a cadeia de abastecimento de hidrogênio liquefeito em Cingapura. As empresas irão estudar conjuntamente, através de um Memorando de Entendimento (MoU) que concordaram em assinar hoje (12/05), o desenvolvimento de uma infraestrutura de fornecimento para importar hidrogênio liquefeito (LH2). Os parceiros também pretendem estudar a viabilidade de manter uma planta de produção e liquefação de hidrogênio, bem como um terminal de importação e exportação, embarque de LH2 por meio de tanques, unidades de armazenamento e instalações de regaseificação em Cingapura. O LH2 possui 800 vezes menos volume do que o hidrogênio em estado gasoso, o que o torna uma opção mais eficiente para armazenamento e transporte. A expectativa é que o estudo continue até o final de 2021. (H2 Bulletin – 12.05.2021) <topo> 3 Everfuel planeja eletrolisador para produção de hidrogênio verde na Dinamarca A Everfuel, nova empresa produtora de hidrogênio, planeja viabilizar um projeto de um eletrolisador de 300MW, adjacente à refinaria de Fredericia, na Dinamarca, com objetivo de fornecer hidrogênio verde à usina e para o transporte local. A planta, denominada HySynergy Fase II, enviará 80% do hidrogênio produzido para a refinaria e os 20% restantes serão utilizados para aplicações na mobilidade. O hidrogênio será produzido utilizando energia solar e eólica, o que contribuirá para o equilíbrio da rede. Além disso, a empresa candidatou o projeto para receber financiamento através do Projetos Importantes de Interesse Europeu Comum (IPCEI). Após a conclusão, a instalação cortará 214.000 toneladas / ano de emissões de CO2, o que contribuiria para o objetivo da Dinamarca de reduzir as emissões de CO2 em 70% até 2030. (S&P Global – 11.05.2021) <topo> 4 VoltH2 e Virya irão construir usina de H2V no porto do Mar do Norte O Mar do Norte possui um grande potencial para produção de hidrogênio verde usando a energia de parques eólicos offshore. Dessa forma, duas empresas, VoltH2 e Virya Energy irão aproveitar esse potencial para construir uma usina de hidrogênio verde no porto do Mar do Norte e assim contribuir para a sustentabilidade do local. O projeto prevê a construção de um eletrolisador de 25 MW, podendo produzir até 3600 toneladas de hidrogênio verde anualmente e terá seu uso final em postos de abastecimentos, com um investimento estimado entre € 35 e 40 milhões (o equivalente a $ 42 a 48 milhões) para a primeira fase. (H2 View – 11.05.2021) <topo> 5 CEO da Siemens elogia hidrogênio no Ceará A última reunião do Conselho de Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CN) abordou o uso das energias renováveis na produção de hidrogênio. A reunião foi presidida pelo vice-presidente do CN, Jorge Parente Frota Júnior, que comentou aos participantes que o presidente e CEO da Siemens Energy, André Clark, citou o Ceará na linha de frente de um projeto que mudará radicalmente a economia do Estado e colocará o Brasil numa posição de destaque mundial. O projeto de produção de hidrogênio verde no Ceará também foi elogiado pelo consultor da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Luciano Oliveira. (Diário do Nordeste – 11.05.2021) <topo> 6 Estado australiano considera misturar hidrogênio verde na rede de gás Na Conferência de Energia Limpa em Sidney, a Ministra do Meio Ambiente de Victoria, Lily D’Ambrosio declarou que o governo está comprometido a substituir o gás natural por alternativas com baixa emissão de carbono, embora ainda esteja em dúvida sobre quais alternativas adotará. Em comentário, D’Ambrosio declarou que haviam duas alternativas: o hidrogênio e a eletrificação. “Sabemos que o hidrogênio tem potencial para ser transportado via rede de distribuição de gás e há uma série de projetos-piloto que sendo discutidos e testados, para analisar a viabilidade de quão viável isso é”, disse D’Ambrosio. Fazer isso traria algumas vantagens, a rede de gás continuaria a ser utilizada e não teria a necessidade de substituir os equipamentos de aquecimento e cozinha em todas as residências, mas isso seria uma seria um perspectiva de longo prazo. (Renew Economy – 13.05.2021) <topo> 7 Mitsubishi Power & Texas Brine irão armazenar hidrogênio em cavernas de sal A Mitsubishi e a Texas Brine fizeram uma parceria para desenvolver soluções de armazenamento de hidrogênio em cavernas de sal em larga escala, para apoiar a descarbonização no leste dos Estados Unidos. Essa colaboração irá expandir o portfólio da Mitsubishi de turbinas a gás prontas para o hidrogênio, permitindo o acesso ao armazenamento econômico de energia renovável. Os depósitos de sal são características geológicas únicas nas quais as cavernas podem ser mineradas para fornecer armazenamento seguro, confiável e econômico de gás natural. O hidrogênio foi armazenado em cavernas de sal por décadas na costa do Golfo dos Estados Unidos. Expandir o uso de cavernas de sal para armazenamento de energia de hidrogênio em outras regiões oferece uma oportunidade significativa para criar uma infraestrutura para recursos de energia limpa em todo o Estados Unidos. (Green Car Congress – 13.05.2021) <topo> 8 Coreia do Sul: projeto eólica offshore para produzir hidrogênio verde A Coreia do Sul está planejando desenvolver um projeto para construção de usina eólica offshore e instalação de um eletrolisador que será alimentado a partir da energia produzida pelas turbinas. O país irá investir um total de US $32 bilhões em uma usina de capacidade de 6 gigawatts, que vai abastecer 5,76 milhões de residências. Na primeira fase , o governo sul-coreano investirá mais de KRW1.4 trilhões (US $ 12,5 bilhões) na construção de uma turbina eólica offshore flutuante em Ulsan, que de acordo com Moon Jae-in, é o melhor local para o projeto por causa de sua ampla plataforma continental e profundidade de 100-200 metros. Dessa usina, 20% da energia eólica será destinada a produção de 84.000 toneladas de hidrogênio. (Pisent masons – 13.05.2021) <topo> 9 Produção de hidrogênio a partir da energia eólica pode ter um custo competitivo na China Pesquisas realizadas pela Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard John A. Paulson (SEAS), junto com o Projeto Harvard China, mostram que o hidrogênio verde produzido a partir da energia eólica pode proporcionar uma fonte de energia alternativa, de custo competitivo aos sistemas de manufatura de hidrogênio dominados pelo carvão na China, contribuindo assim para redução da emissão de CO2. Os pesquisadores concluíram que em um cenário de investimento de 50 gigawatts em energia eólica, com uma taxa de redução de 8,1%, toda a demanda industrial de hidrogênio na Mongólia Interior Ocidental poderia ser atendida pela produção de energia gerada pelo vento a um custo de $ 1,52/ kg. (Havard SEAS – 11.05.2021) <topo> 10 Austrália: Oakajee é identificado como um local adequado para a produção de hidrogênio verde. A ARUP, em conjunto com Fulcrum 3D, tem monitorado dados locais de recursos eólicos e solares em Oakajee SIA desde janeiro de 2021. O monitoramento continuará até completar o período de um ano, no entanto, os resultados preliminares já foram bastante positivos. As velocidades médias mensais do vento e de irradiância solar ficaram acima da média estabelecida pelas agências de energia eólica e solar. Os resultados sugerem que a região forneceria bases sólidas para a produção de hidrogênio verde, despertando interesse de empresas para desenvolver o local industrial estratégico de greenfields em uma produção de hidrogênio renovável e área de exportação globalmente competitiva. O governo local tem analisado 65 manifestações de interesse e comprometeu mais de US $ 35 milhões para o desenvolvimento de uma indústria de hidrogênio renovável que cria empregos em WA. (Renew Economy – 14.05.2021) <topo> 11 California: Executivos de empresas pedem novos investimentos na infraestrutura de hidrogênio Executivos de 25 empresas multinacionais assinaram carta ao governador da Califórnia pedindo novos investimentos na infraestrutura de hidrogênio como parte do plano de veículos com zero emissão na Califórnia, Estados Unidos. Em carta, os executivos pediram para aumentar o financiamento do programa de transporte limpo do estado e direcionar a Comissão de Energia da Califórnia a dedicar US $ 500 milhões de US $ 1 bilhão da securitização à infraestrutura de combustível de hidrogênio para atender o mercado de veículos ligeiros, de trânsito e pesados. Eles também observaram que, para se tornar mainstream, a economia do hidrogênio não pode ser baseada apenas em subsídios e que mercados sustentáveis devem ser criados. Para ler a carta na íntegra, clique aqui. (H2 View – 14.05.2021) <topo> 12 Finlândia: Vexve Armatury se junta a cluster para desenvolver economia do hidrogênio O Vexve Armatury Group, empresa finlandesa fornecedora de soluções para válvulas para energia, reconheceu o hidrogênio com forte potencial descarbonizador do sistema energético e como um vetor que pode elevar a economia local. Nesse sentido, a empresa se juntou a um cluster de hidrogênio, om o objetivo de abrir portas para redes europeias, promover a economia do hidrogênio e exportar soluções relacionadas ao hidrogênio. O grupo já vendeu algumas válvulas para hidrogênio, mas com base no estudo, espera-se que sejam encontrados mais produtos adequados para hidrogênio, bem como um incentivo para projetos de desenvolvimento de novos produtos. Nesse momento, o cluster está voltado às pesquisas em projetos que estão em preparação ou lançados recentemente na Finlândia. (H2 View – 14.05.2021) <topo> 13 GE visa usinas 100% movidas a hidrogênio até 2030 A União Europeia acordou objetivos climáticos mais rígidos para 2030 e 2050, como parte dos planos para se tornar neutro até meados do século. Dentro desse contexto, a GE Gas Power vê o gás de baixo carbono como “uma tecnologia de destino” com potencial para converter usinas de energia para funcionarem 100% com hidrogênio limpo até 2030. Martin O’Neil, vice-presidente da GE Gas Power, disse que atualmente a empresa tem a capacidade de 50% de hidrogênio para combustão nas maiores turbinas a gás de carga de base da empresa, usado para geração de energia. Porém, a meta é que, em 2030, a capacidade seja 100%, o que o leva a afirmar que essa marca só será possível de atingir se várias fontes de hidrogênio de baixo carbono forem adicionadas à mistura, incluindo o hidrogênio azul. Martin O’Neill, vice presidente da GE Gas Power da UE, espera que os gases de baixo carbono substituam gradualmente o gás fóssil até 2050, com o consumo permanecendo em níveis semelhantes. (Euractiv – 12.05.2021) <topo> 14 Austrália Ocidental busca grandes quantidades de energia eólica e solar para produção de hidrogênio verde Em discurso realizado na semana passada, a ministra da indústria de hidrogênio da Austrália Ocidental (WA), Alannah McTiernan disse que o estado pode abrigar 100 GW de energia solar e eólica para a produção de hidrogênio verde até 2030. Atualmente a WA tem menos de 1 GW de capacidade eólica e solar e o país tem pouco mais de 10 GW. McTiernan disse que a capacidade de 100MW pode ser alcançada com os projetos atuais e os que estão em consideração, podendo dobrar a capacidade de energia renovável até 2040. A ministra acrescentou que o estado já hospeda 30 projetos e propostas de hidrogênio, incluindo projetos de energia renovável. No entanto, os detalhes sobre os projetos ainda são vagos ou tem muito trabalho a ser feito, o que indica um aumento massivo e rápido de oportunidades. (Renew Economy – 17.05.2021) <topo> 15 Austrália terá o primeiro vale de hidrogênio verde Buscando tornar a Hunter, região da Austrália, uma grande exportadora de energia renovável e conhecendo o potencial do hidrogênio como um grande vetor energético verde, quando produzido por fontes renováveis, a Energy Estate, uma empresa de consultoria e aceleradora de negócios, focada em impulsionar a transformação do setor global de energia, criou o projeto Hunter Hydrogen NetWork (H2N). O projeto tem como objetivo criar o primeiro vale de hidrogênio verde na Austrália. Ele será dividido em duas etapas: a primeira etapa irá produzir o hidrogênio para utilização no setor industrial e na mobilidade, e a segunda fase utilizará o transporte do hidrogênio por meio de gasodutos, exportando para diversos locais. (H2 View – 17.05.2021) <topo> 16 Hidrogênio verde no Ceará, projetos e investimentos estrangeiros A Enegix Energy, empresa australiana que está investindo no Complexo do Pecém, na segunda-feira 17 de maio, foi ao Brasil para cumprir uma agenda de reuniões com a diretoria da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A) e da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE). As reuniões possuem a finalidade de definir a localização que a usina de hidrogênio verde ocupará na ZPE, elaborar o contrato para a sua aquisição e tratar a respeito do licenciamento ambiental do empreendimento. O secretário da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do governo cearense, revelou que outras empresas estrangeiras também apresentaram interesse em construir usinas de H2V na região do Pecém. Afirmou ainda que, com a produção de hidrogênio verde, a energia eólica será mais requisitada, e dentro dessa perspectiva, anunciou mais quatro grandes projetos de geração de energia eólica offshore, a serem localizados no litoral cearense e se encontram em análise no Ibama. (Diário do Nordeste – 14.05.2021) <topo> 17 Reino Unido: contradições na política do hidrogênio A maior parte dos investimentos do Reino Unido até agora foi direcionada ao hidrogênio azul, apoiados pelas indústrias de gás, que lideram apelos para que o governo se concentre no hidrogênio azul, obrigando o Reino Unido a usar infraestruturas de combustíveis fósseis. Contudo, a produção desse hidrogênio, devido a vazamentos de metano e limitações das tecnologias de captura e armazenamento de carbono, está longe de não emitir gases de efeito estufa. Diante desse contexto, os principais grupos climáticos alertaram o secretário de negócios Kwasi Kwarteng, sobre o vício que o hidrogênio azul pode ocasionar em insistir na utilização de combustíveis fósseis. Por isso, os grupos alertam e pedem ainda para que o governo não misture hidrogênio na rede de gás natural, já que consideram o movimento um ‘Cavalo de Tróia’. Esses grupos apoiam o investimento no hidrogênio verde, em centros industriais estrategicamente localizados para se beneficiar da energia eólica offshore no Mar do Norte, ajudando assim a garantir uma transição energética equitativa. (Fuel Cells Works – 16.05.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 Produção de hidrogênio a partir de um novo sistema de catalisadores de baixo custo A TFP Hydrogen, diante do aumento do preço do irídio que consequentemente, eleva o custo dos catalisadores anódicos ocasionando um significativo aumento do custo da tecnologia de produção do hidrogênio por eletrólise, está lançando um sistema de catalisadores de baixo custo. Com elevado desempenho e eficiência, o catalisador é baseado em uma combinação de irídio (Ir) e rutênio (Ru) para permanecer econômica e apoiar o crescimento de uma indústria competitiva de hidrogênio. Destaca-se ainda, o fato dessa nova linha poder ser usada para gerar hidrogênio verde, de modo a reduzir o custo de produção de eletrolisadores e aumentar a eficiência a longo prazo. (H2 View – 13.05.2021) <topo> 2 Doosan Heavy Industries & Construction lança projeto para produção de hidrogênio a partir de plástico residual A Doosan Heavy Industries & Construction embarcou no desenvolvimento de tecnologias de produção de hidrogênio utilizando plástico residual, e espera que essa produção de hidrogênio contribua para a circulação de recursos e a neutralidade de carbono. A Doosan está trabalhando no desenvolvimento de um reformador de hidrogênio com capacidade para produzir 0,3 toneladas de hidrogênio por dia até 2021 e planeja instalá-lo para operação na RevoTech, empresa a qual a Doosan anunciou sua parceria no dia 06 de maio. A RevoTech aplicará sua tecnologia de pirólise contínua para converter resíduos de plástico em gás, enquanto a Doosan desenvolverá os principais equipamentos e processos para transformar o produto gasoso em hidrogênio. (Doosan – 06.05.2021) <topo> Mobilidade 1 Veículo elétrico de célula a combustível bate recorde de maior distância percorrida O Hyundai Nexo bateu o recorde para a maior distância percorrida por um veículo movido a hidrogênio em único tanque. O piloto de rally da Hyundai, Brendan Reeves, pilotou o Nexo percorrendo uma distância total de 887,5 km de acordo com o computador de bordo do veículo. Após percorrer 807 km, Reeves chegou a Broken Hill, na Austrália, com o computador de bordo mostrando que poderia ter um alcance maior. A viagem então continuou até Silverton e cerca de 60km a mais, antes que o tanque de hidrogênio se esgotasse. O Nexo consumiu um total de 6,27kg de hidrogênio ao longo de toda a viagem, a uma taxa de 0,706 kg/ 100km. O alerta de nível baixo acendeu primeiro em 686 km, com mais de 200 km de alcance restantes daquele ponto. A luz do combustível começou a piscar após 796 km, com 90 km de autonomia restante. (H2 View – 13.05.2021) <topo> 2 Opel Vivaro-e Hydrogen: novo carro elétrico com célula a combustível A Opel revelou um novo veículo comercial elétrico, eficiente, durável e compacto, que permitirá mobilidade sem emissões para usuários que necessitem proceder a reabastecimentos rápidos: o Opel Vivaro-e HYDROGEN. Trata-se de um veículo elétrico plug-in equipado com célula a combustível (fuel cell), que garante capacidade máxima de transporte de 6.1 metros cúbicos (a mesma das versões com motor diesel ou motorização elétrica a bateria), permitindo o reabastecimento com hidrogênio feito em apenas três minutos, praticamente o mesmo tempo necessário para abastecer um veículo convencional com motor a combustão. A autonomia é superior a 400 quilômetros (WLTP1). A Opel disponibilizará o Vivaro-e HYDROGEN em dois comprimentos de carroceria: 4.95 e 5.30 metros. A entrega das primeiras unidades a clientes de frota está agendada para o próximo outono europeu. (Planet Cars Z – 19.05.2021) <topo> Eventos 1 Webinar Panorama atual e potenciais para o hidrogênio verde no Brasil Acontecerá no dia 25 de maio, das 11:00 às 14:00 (BRT), o webinar abordando um portal que trará informações, oportunidades de negócios e muito mais sobre essa fonte de energia inovadora e renovável, que vai mexer com o futuro em todo o mundo! Pensando em trazer informação e oportunidade para o Brasil – um dos países com maior potencial de renováveis do mundo -, a Aliança Brasil-Alemanha de Hidrogênio Verde, composta pelas Câmaras de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro e São Paulo, convidam para o lançamento do Portal Hidrogênio Verde. Inscreva-se aqui. (AHK – maio de 2021) <topo> 2 Webinar sobre desafios e oportunidades para o hidrogênio verde no Brasil Acontecerá no dia 24 de maio às 10h, o webinar sobre os desafios e oportunidades para o Brasil com o hidrogênio verde. Após a Cúpula do Clima, o hidrogênio tem ganhado mais holofotes, já que o combustível surge como um potencial elo de uma transição energética para uma matriz energética sustentável. O Brasil tem uma matriz elétrica composta por 80% de fontes renováveis e por isso apresenta oportunidade de ser importante protagonista nesse assunto. Sendo assim, o webinar realizado pela Fundação Heinrich Böll, tem como objetivo aprofundar as discussões sobre hidrogênio no Brasil. Inscreva-se aqui. (Heinrich Böll Stiftung – maio de 2021) <topo> 3 Produção de hidrogênio carbono-negativo O webinar, realizado em parceria com a World Hydrogen Leaders, ocorreu no dia 18 de maio. O evento teve como objetivo explorar o processamento de plasma de microondas para a produção de hidrogênio. O fabricante de produtos químicos verdes Transform Materials e desenvolvedor de sistemas industriais de microondas e plasma Muegge GmbH revelou o processo de produção de hidrogênio. (World Hydrogen Leaders – maio de 2021) <topo> 4 Hydrogen Americas Summit O Programa da Cúpula das Américas do Hidrogênio acontecerá entre os dias 8 e 11 de junho de 2021. O evento reunirá representantes do governo, partes interessadas em hidrogênio e energia, provedores de serviços e usuários finais para discutir oportunidades para o hidrogênio em todo o continente. O Americas Hydrogen Summit oferece uma plataforma para ouvir tomadores de decisão, especialistas mundiais em produção, tecnologia e aplicação de hidrogênio. (Hydrogen Americas Summit – maio de 2021) <topo> 5 H2LAC abordou a visão de representantes de cinco países sobre o H2 O Congresso anual do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe (H2LAC) teve sua primeira realização entre os dias 14 e 15 do mês de abril. O primeiro evento teve como objetivo avaliar a visão e compreender o hidrogênio como potencial descarbonizador e como ele pode elevar a economia local, convocando um painel de formuladores de políticas para avaliar sua visão e compreender sua abordagem. O evento teve cinco palestrantes, representando Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e Uruguai, e todos os palestrantes concordaram que o hidrogênio deve ser incluído no planejamento nacional e regional. (New Energy – 15.05. 2021) <topo> Artigos e Estudos 1 Artigo GESEL: “Contextos e Estratégias do Programa Nacional de Hidrogênio do Brasil” Em artigo publicado no Broadcast Energia da Agência Estado de São Paulo, Nivalde Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL) e Vitor Santos (professor do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa), analisam as possibilidades de implementação do Programa Nacional de Hidrogênio do Brasil em um cenário de transição energética focada na descarbonização. Para os autores, “este novo cenário energético é uma grande oportunidade de se posicionar na constituição do novo mercado mundial da commodity H2V”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2021) <topo> 2 Afinal, quem regulará o hidrogênio verde? No artigo publicado por Clarisse Galvão, a advogada traz uma questão bastante pertinente ao lembrar da ausência de previsão sobre um órgão com competência para regulamentar a produção de hidrogênio verde. Na verdade, não há uma previsão transversal que alcance etapas da cadeia que possam compreender o hidrogênio obtido a partir de diferentes fontes – a exemplo de seu transporte, regulação de qualidade e comercialização. Neste caso, o CNPE possui competência geral estabelecida na Lei nº 9.478/97 em matéria de energia, bem como o MME, na forma da Lei nº 3.782/1960. Por isso, em breve, com a regulamentação pelo MME das diretrizes que guiarão o mercado brasileiro para “alcançar níveis de competitividade que abram caminho para o uso em grande escala”, talvez surjam algumas respostas sobre, afinal, quem regulará o hidrogênio verde. (EPBR – 18.05.2021) <topo> 3 Estudo indica 213,5 GW em projetos de eletrolisadores para entrega até 2040 Desde a definição de metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), os governos em todo o mundo e principalmente na Europa voltaram-se significativamente para o potencial do hidrogênio com baixo teor de carbono, que pode ser produzido a partir da eletrólise da água (‘hidrogênio verde’) ou do gás natural com captura de CO2 (‘hidrogênio azul’). O processo tem sido evidenciado pelos investimentos em eletrolisadores, uma vez que o banco de dados da Aurora indica 213,5 GW de projetos neste setor planejados para entrega até 2040, indicando um aumento de mil vezes em relação ao 0,2 GW em operação atualmente. A grande maioria dos projetos de eletrolisadores estão localizados na Europa (85%); com a Alemanha na vanguarda, com 23% da capacidade planejada globalmente. Além disso, o país continua sendo o mercado mais atraente para o investimento em hidrogênio de baixo carbono na Europa, apesar de políticas e estratégias promissoras recentemente lançadas pela Itália, Polônia e Reino Unido. (Fuel Cells Works – 13.05.2021) <topo> 4 Como maximizar produção de H2V com usinas solares As usinas solares devem ser as principais produtoras de hidrogênio verde (H2V), pois diversas regiões no mundo contém um elevado potencial da energia solar, para alimentar os eletrolisadores para a produção de hidrogênio verde. Estima-se que hidrogênio verde, seja ele produzido a partir de fontes hidrelétricas, eólicas ou solares, irá contribuir em até 20% para toda a energia global. Existem enormes esforços de P&D em andamento para aprimorar os eletrolisadores de hidrogênio. Eles certamente resultarão em reduções de custos de investimento e manutenção resultantes de materiais de construção mais baratos e permitindo a seleção de metais mais fáceis de processar. No entanto, romper o teto de cerca de 80% de eficiência de conversão de energia está se revelando um verdadeiro desafio. Dessa forma, é de grande necessidade saber os principais fatores que podem maximizar a produção do hidrogênio de parques solares fotovoltaicos. Para um parque solar, isso significa focar no básico, como a limpeza adequada dos painéis solares, e considerar opções mais sofisticadas, como ajustar o ângulo dos painéis para rastrear o movimento do sol ao longo do dia. (H2 View – 11.05.2021) <topo> 5 Estudo demonstra aceitação de hidrogênio para o uso residencial O hidrogênio pode ser utilizado empregado em diversos usos, dentre eles está a produção de calor para usuários residenciais, comerciais e industriais. Quando produzido por fontes renováveis, descarbonizará as residências, podendo ser comumente utilizado para essa aplicação, em um futuro próximo. Nesse sentido, para saber o que as pessoas pensam no hidrogênio e se vale investir nele, A GHD, uma empresa de serviços profissionais, realizou um estudo e divulgou os seus resultados. A pesquisa visava saber se os consumidores de energia utilizariam o hidrogênio em sua residência e demonstrou, após ter entrevistado 8000 pessoas, que aproximadamente metade do público alvo considera usar uma caldeira de hidrogênio, em vez de gás natural, para aquecer água para uso doméstico. Por fim, também foi divulgado que pessoas mais jovens, entre 18 a 35 anos, têm duas vezes mais probabilidade de adotar uma caldeira a hidrogênio do que aqueles que contém mais de 55 anos. Essa pode ser uma boa informação, uma vez que o hidrogênio será utilizado mais constantemente em um futuro próximo e a nova geração deve aceitar o seu uso. (H2 View – 17.05.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas e Kalyne Silva Brito Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ. POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |