l IFE: nº 22 – 04 de março de 2021 https://gesel.ie.ufrj.br/ gesel@gesel.ie.ufrj.br Editor: Prof. Nivalde J. de Castro Índice Políticas Públicas e Financiamentos 1 Governo do Rio quer atrair investimentos para produção de hidrogênio com gás natural Mercado 1 Rosatom considera a criação de cluster de hidrogênio em Sakhalin 2 Empresas globais de gás buscam ‘clusters’ industriais como primeiros clientes de hidrogênio 3 Hidrogênio verde para alimentar a primeira usina de aço carbono zero 4 A CE propõe 10 novas parcerias europeias e € 10B para a transição verde e digital 5 Austrália: O primeiro gasoduto 100% hidrogênio pode ser uma realidade a curto prazo 6 Cingapura em busca de hidrogênio verde na América Latina 7 ITOCHU anuncia a construção de uma produtora local de hidrogênio 8 Espanha: Nortegas pretende descarbonizar os seus gasodutos e ser referência no país 9 Maior instalação de produção de hidrogênio verde da América do Norte localizada em Nova York 10 Bolívia planeja adicionar hidrogênio verde à sua matriz energética 11 Projeto de hidrogênio verde Deep Purple garante apoio da Innovation Norway 12 Hydra Energy: hidrogênio mais barato que diesel para caminhões Chemtrade 13 Chile lança empreendimento para produção de amônia verde 14 INEOS lança projeto piloto de hidrogênio na Bélgica 15 Snam e Hera entram em colaboração para produção de hidrogênio verde Tecnologia e Inovação 1 Austrália: Território do Norte testará hidrogênio feito com “água do ar” 2 Atos e HDF Energy criam o primeiro data center verde para hidrogênio verde 3 PSI e Empa lançam projeto para produzir querosene com hidrogênio verde 4 Shell atualizará instalação de hidrogênio existente para desenvolver combustíveis de aviação sustentáveis 5 Hyzon construirá a maior instalação de componentes de célula a combustível nos EUA Mobilidade 1 Air Liquide colabora com a Itochu para expandir mercado de mobilidade no Japão Eventos 1 Hidrogênio é tema de debate no Fórum de Energia e Clima 2 1ªEdição: O contributo do hidrogênio no caminho para a neutralidade carbónica Artigos e Estudos 1 IEA: A captura de carbono é muito cara? 2 O hidrogênio está morto, vida longa à amônia 3 EPE lança Nota Técnica: “Bases para a Consolidação da Estratégia Brasileira do Hidrogênio” 4 Forbes: Captura de carbono, hidrogênio, fissão ou fusão, o que pode nos levar a zero líquido até 2050? Políticas Públicas e Financiamentos 1 Governo do Rio quer atrair investimentos para produção de hidrogênio com gás natural O governo do Rio de Janeiro quer atrair investimentos para produção de hidrogênio azul no estado, a partir do gás natural, e reuniu nesta terça-feira representantes do governo, da Prefeitura de Maricá, do Porto do Açu e da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) para debater o potencial de produção. Para o secretário do estado, é fundamental inserir outras fontes de energia como componente estratégico da matriz de energia fluminense. Soares ressaltou que o estado do Rio de Janeiro é o principal produtor nacional de gás natural, e que “isso reforça o gás natural como vetor de desenvolvimento do estado nos próximos anos e vetor para a reindustrialização do estado a partir do insumo”, avaliou. (Broadcast Energia – 23.02.2021) <topo> Mercado 1 Rosatom considera a criação de cluster de hidrogênio em Sakhalin A Rosatom, estatal russa, responsável pelo complexo energético nuclear do paí, disse que a instalação de um centro de produção de hidrogênio em Sakhalin possibilitaria atender 40% da demanda no Japão, até 2030. “Se o estudo de viabilidade for bem-sucedido, poderemos falar sobre o início de um projeto para organizar uma rede global, para fornecer hidrogênio no futuro – com a criação de um cluster único de hidrogênio de baixo carbono”, disse a Rosatom em um comunicado. A companhia disse que é de seu interesse buscar cooperação tecnológica com empresas japonesas e suas tecnologias exclusivas. Como parte do desenvolvimento do cluster de hidrogênio, os planos apontam para o desenvolvimento do primeiro trem movido a hidrogênio do país, com conclusão em 2023. (Global Energy Prize – 19.02.2021) <topo> 2 Empresas globais de gás buscam ‘clusters’ industriais como primeiros clientes de hidrogênio As empresas de gás na Europa e na América pretendem usar a rede de gás existente para atender “clusters” industriais de usuários de hidrogênio, em setores como produtos químicos, cimento e siderurgia, adotando uma “abordagem em fases”, endossada pela Comissão Europeia. Adotar o objetivo de neutralidade climática da UE é “uma verdadeira mudança de paradigma para a indústria do gás” que implicará no fornecimento de “quantidades decrescentes de gás natural” de origem fóssil, de acordo com Pierre Duvieusart, vice-CEO da GRTgaz, a empresa francesa de infraestrutura de gás. Mas, à medida que a indústria reduz o gás fóssil, está simultaneamente abrindo caminho para quantidades crescentes de gases renováveis e descarbonizados, como biometano e hidrogênio, disse ele em um evento EURACTIV, na semana passada. Embora alguma infraestrutura precise ser construída em torno desses clusters industriais, não se espera que esse seja o principal problema no momento do investimento, observou ele. (Euractiv – 24.02.2021) <topo> 3 Hidrogênio verde para alimentar a primeira usina de aço carbono zero Uma nova iniciativa industrial, apoiada pela EIT InnoEnergy, construirá a primeira planta de produção de aço em larga escala movida a hidrogênio verde, no norte da Suécia. A iniciativa industrial H2 Green Steel, que mobilizará € 2,5 bilhões em investimentos, visa criar um novo produtor de aço verde desde o início. O case de negócios, impulsionado pela demanda para a iniciativa, inclui energia renovável barata, produção de hidrogênio verde para processar o ferro, bem como tecnologias inovadoras de fabricação de produtos a jusante neste segmento, reunindo atores chave na região. A produção em grande escala começará já em 2024 e uma produção anual de cinco milhões de toneladas de aço, de alta qualidade, está planejada para ser alcançada até 2030. (Renews – 23.02.2021) <topo> 4 A CE propõe 10 novas parcerias europeias e € 10B para a transição verde e digital A Comissão Europeia propôs a criação de dez novas parcerias europeias entre a União Europeia, os Estados-Membros e/ou a indústria. O objetivo é acelerar a transição para uma Europa verde, ecológica e digital, e tornar a indústria europeia mais resiliente e competitiva. A UE disponibilizará quase 10 bilhões de euros de financiamento para os parceiros equipararem com um montante de investimento pelo menos equivalente. Espera-se que essa contribuição combinada mobilize investimentos adicionais em apoio às transições e crie impactos positivos a longo prazo sobre empregos, meio ambiente e a sociedade. As parcerias incluem a Clean Hydrogen Partnership, que terá como base o sucesso da Fuel Cells and Hydrogen Joint Undertaking (FCH JU), com um orçamento proposto de € 1 bilhão de financiamento público complementado por um investimento privado equivalente. Esta parceria será organizada em três pilares: produção, distribuição e uso de hidrogênio no transporte, indústria e edifícios. Seis outras parcerias setoriais também apoiarão tecnologias de hidrogênio – transporte rodoviário, ferroviário, marítimo, aviação, aço limpo e indústrias de processos limpos. (Green Car Congress – 24.02.2021) <topo> 5 Austrália: O primeiro gasoduto 100% hidrogênio pode ser uma realidade a curto prazo O Grupo APA, especializado em infraestrutura de energia, espera converter os 43 Km do Gasoduto Parmelia, no oeste da Austrália, em um duto de transmissão para hidrogênio. Para tornar o projeto realidade, o Future Fuel Cooperative Research Center e a Wollongong University fizeram uma parceria com o APA. Avaliado em US $3 milhões, o projeto consistirá em três fases, incluindo: pesquisa e teste de fragilização do material em laboratório, desenvolvimento de diretrizes de operação segura e teste final em escala real no local do duto. O piloto é o primeiro desenvolvimento da APA no âmbito do Programa Pathfinder – uma nova iniciativa que ajudará a desbloquear soluções de energia no futuro. (H2 View – 24.02.2021) <topo> 6 Cingapura em busca de hidrogênio verde na América Latina Cingapura é o último país a explorar o potencial do hidrogênio verde, visualizando a América Latina. O país pode alavancar sua rota de transporte para integrar a crescente cadeia global de abastecimento de hidrogênio. Na semana passada, Cingapura e Chile praticamente assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para colaborar em tecnologias de hidrogênio verde. O Ministro de Minas e Energia do Chile, Juan Carlos Jobet, e o Segundo Ministro do Comércio e Indústria, Dr. Tan See Leng, assinaram o acordo em 15 de fevereiro. Este foi o primeiro acordo sobre combustível limpo assinado pelo ministério de energia do Chile. O governo chileno espera ajudar a desenvolver sua indústria de hidrogênio verde mais amplamente. O Dr. Tan disse que Cingapura está empenhada em apoiar o desenvolvimento de fontes alternativas de energia, como o hidrogênio, como parte de seus esforços de descarbonização a longo prazo. Ela continuará a trabalhar com o Chile e outros países no avanço da economia do hidrogênio. (H2 Bulletin – 23.02.2021) <topo> 7 ITOCHU anuncia a construção de uma produtora local de hidrogênio ITOCHU, a terceira maior empresa do Japão, concordou em implementar uma pesquisa de operacionalização em um negócio de hidrogênio com base na produção local e para o modelo de consumo local no norte de Kyushu. O projeto será realizado de forma conjunta, com a apresentação do subproduto de hidrogênio da Nippon Coke e o motor a hidrogênio da Compagnie Maritime Belge BV, tendo o objetivo de construir rapidamente uma cadeia de suprimentos baseada na produção local para auxiliar na realização de uma sociedade livre de carbono. Nas estratégias de crescimento verde do Japão, o hidrogênio é visto como uma tecnologia-chave para alcançar a neutralidade do carbono. Na indústria naval em particular, a aplicação prática de motores capazes de queimar hidrogênio e amônia diretamente é considerada uma questão urgente. Por isso, a ITOCHU vê o projeto como grande oportunidade e aproveitará suas redes no Japão para concluir rapidamente o projeto e implantá-lo em outras regiões. (Fuel Cells Works – 24.01.2021) <topo> 8 Espanha: Nortegas pretende descarbonizar os seus gasodutos e ser referência no país A Nortegas, a segunda distribuidora de gás na Espanha, lançou um projeto estratégico e inovador, com o objetivo de ser uma referência no setor de energia. O projeto H2SAREA pretende impulsionar a injeção segura de hidrogênio nas infraestruturas de distribuição de gás natural, por meio da pesquisa sobre soluções tecnológicas avançadas. A plataforma H2Loop possibilitará pesquisar o comportamento de materiais e componentes em contato com hidrogênio e misturas de gás natural-hidrogênio. Inicialmente os testes irão usar uma mistura com o gás natural de 20% na primeira fase, e na segunda, será utilizado apenas hidrogênio. Se o projeto tiver sucesso, mais de 8.000 km de gasodutos serão descarbonizados em um futuro próximo, e assim, a Nortegas será uma referência para todas as empresas na Espanha consolidando o papel do hidrogênio no país. (Fuel Cells Works – 24.01.2021) <topo> 9 Maior instalação de produção de hidrogênio verde da América do Norte localizada em Nova York A Plug Power, empresa de sistemas de células a combustível alimentadas por hidrogênio, está desenvolvendo a maior instalação para produção de hidrogênio verde da América do Norte, em sua terra natal, Nova York. Produzido a partir de uma hidrelétrica da própria região de Nova York, 45 toneladas métricas de hidrogênio verde por dia estarão disponíveis, quando a usina estiver concluída. O local irá contar com 120 MW em eletrolisadores PEM, da Plug Power. O investimento está estimado em US $ 290 milhões. A empresa vê uma oportunidade de sair lucrando após um certo período, pois a usina servirá como ponto de partida para a criação da primeira rede nacional de instalações de produção de hidrogênio verde nos Estados Unidos. (H2 View – 26.02.2021) <topo> 10 Bolívia planeja adicionar hidrogênio verde à sua matriz energética O ministro da Energia da Bolívia, Franklin Molina, disse na sexta-feira (26 de fevereiro) que seu ministério planeja desenvolver uma estratégia de produção de hidrogênio verde, afim de diversificar a matriz energética do país e reduzir as emissões. Molina também destacou que, além do hidrogênio, seu governo também promoverá outras energias limpas, como a solar, eólica, hídrica, geotérmica e de biomassa. Isso mostrará os compromissos com a descarbonização e a redução dos gases de efeito estufa. (H2 Bulletin – 01.03.2021) <topo> 11 Projeto de hidrogênio verde Deep Purple garante apoio da Innovation Norway Deep Purple é um projeto que usa energia eólica offshore para liberar hidrogênio da água do mar. O hidrogênio é então armazenado para posteriormente fornecer energia renovável. O Deep Purple supera um dos desafios de armazenamento de energia gerada por fontes renováveis. O projeto começou em 2016 e recebeu apoio do Conselho de Pesquisa da Noruega. O consórcio é formado pelos principais parceiros industriais Vattenfall, Repsol, ABB, NEL, DNV GL, UMOE e Slåttland, e é apoiado por universidades, empresas de pesquisa e clusters. O piloto permitirá que os parceiros do consórcio preparem o sistema para uso comercial offshore em larga escala. O escopo inclui o desenvolvimento e teste de um sistema avançado de controle e consultoria e um simulador de processo dinâmico. (Energy Global – 26.02.2021) <topo> 12 Hydra Energy: hidrogênio mais barato que diesel para caminhões Chemtrade A Hydro Energy do Canadá assinou um contrato de longo prazo com a empresa química Chemtrade Logistics Income Fund para oferecer hidrogênio verde para suas frotas de caminhões comerciais a um preço fixo e 5% abaixo do preço que o parceiro normalmente pagaria pelo diesel. O contrato faz parte do modelo de negócios do Hydrogen-as-a-Service da Hydra e incluirá a captura, limpeza e compressão do hidrogênio pela empresa. A Hydra instalará kits de conversão de co-combustão de hidrogênio-diesel nos caminhões existentes e fornecerá a infraestrutura de abastecimento para o hidrogênio verde. A empresa diz que obtém o hidrogênio de produtores de produtos químicos, como a Chemtrade, sem nenhum custo para os proprietários de frotas. O projeto terá início em 2021, com fornecimento previsto para o próximo ano. (Renewables Now – 24.02.2021 ) <topo> 13 Chile lança empreendimento para produção de amônia verde A Mainstream Renewable Power, sediada na Irlanda, e a norueguesa Aker Clean Hydrogen estão fazendo parceria na produção de hidrogênio verde e amônia de baixo custo no Chile. Sob uma carta de intenções, as duas empresas irão colaborar no desenvolvimento de uma cadeia de valor verde completa e comercialmente viável no Chile, aproveitando as capacidades de desenvolvimento de projetos de hidrogênio da Aker e o portfólio da Mainstream de projetos de parques eólicos e solares no país. A Aker Clean Hydrogen é uma subsidiária recém-criada pelo investidor em energia limpa, Aker Horizons, que foi criada para desenvolver instalações de produção de hidrogênio verde em escala industrial, em todo o mundo. A iniciativa com a Mainstream faz parte de um portfólio de nove projetos. Entre seu extenso portfólio de desenvolvimento de projetos adicionais, mais de 1 GW está reservado para esta colaboração de hidrogênio verde e amônia. (Power International Engineering – 01.03.2021) <topo> 14 INEOS lança projeto piloto de hidrogênio na Bélgica Nesse período primário de transição energética, a substituição do hidrogênio pelo gás natural já é uma tecnologia desenvolvida e madura. Pela primeira vez na Bélgica, o hidrogênio será usado em uma usina de cogeração em escala comercial projetada para gerar eletricidade e calor a partir do gás natural. Sendo assim, a INEOS e a ENGIE, se juntaram para lançar um projeto piloto onde irão substituir o gás natural pelo hidrogênio, usado na turbina a gás INEOS. O objetivo do projeto é substituir inicialmente 10% da alimentação de gás e, se tudo correr bem, o feed será aumentado para 20%, e assim, por conseguinte. ENGIE e INEOS também estão unindo forças no projeto Power-to-Methanol no Porto de Antuérpia. Ambas as empresas fazem parte do consórcio com outros parceiros para produzir metanol verde. (Power Engineering International- 01.03.2021) <topo> 15 Snam e Hera entram em colaboração para produção de hidrogênio verde Snam e Hera anunciaram que assinaram uma carta de intenções (LOI) para uma colaboração tecnológica com o objetivo de desenvolver hidrogênio para áreas de atividade próprias das empresas. O objetivo é testar e posteriormente implementar um conjunto de soluções capazes de responder às necessidades de descarbonização da região da Emilia-Romagna, na Itália, de forma transversal. Na área industrial, as empresas vão estudar a aplicação do hidrogênio para fins térmicos, nos setores mais intensivos em energia, e com processos de difícil eletrificação. Outras opções de estudo incluem a criação de plantas para extrair hidrogênio verde da água, usando a energia renovável gerada pelas plantas de energia de resíduos do Grupo Hera. (Energy Global – 26.02.2021) <topo> Tecnologia e Inovação 1 Austrália: Território do Norte testará hidrogênio feito com “água do ar” O governo do Território do Norte da Austrália testará a tecnologia de hidrogênio verde fora da rede que usa água extraída do ar do deserto, como parte de sua estratégia de hidrogênio renovável. O projeto estará localizado na região de Tennant Creek, 500 quilômetros ao norte de Alice Springs, usará energia solar e a “tecnologia da água do ar” da Aqua Aerem. A matéria-prima do hidrogênio verde é a água, que é dividida em hidrogênio e oxigênio por meio da eletrólise movida a energia renovável. Para regiões com muito sol, mas pouca água, isso representa uma oportunidade e um enigma. O governo do Território do Norte tentará superar isso usando a tecnologia Aqua Aerem, que retira água diretamente da atmosfera. (Renew Economy – 24.02.2021) <topo> 2 Atos e HDF Energy criam o primeiro data center verde para hidrogênio verde A Atos e a HDF Energy anunciaram o plano de desenvolver uma solução completa a longo prazo, de ponta a ponta, para fornecer hidrogênio verde gerado por energia renovável, para data centers. A nova solução da Atos e HDF será a primeira disponível no mercado, com o objetivo de demonstrar, até 2023, um primeiro centro de produção completo operado com hidrogênio verde. A Atos fornecerá uma solução ponta a ponta completa para data centers verdes, projetando e fornecendo hardware, software e serviços de integração que permitem que a eletricidade produzida pelo hidrogênio verde seja aproveitada. Isso inclui o uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) avançadas, para otimizar o consumo de energia. A HDF Energy fornecerá uma usina de energia com eletricidade previsível e estável graças às células a combustível, de alta potência. Essas células serão alimentadas por hidrogênio verde derivado de parques fotovoltaicos ou eólicos. (El periódico de la energía – 25.02.2021) <topo> 3 PSI e Empa lançam projeto para produzir querosene com hidrogênio verde Pesquisadores do Instituto Paul Scherrer (PSI) e do Instituto de Pesquisa Empa iniciaram um projeto conjunto chamado SynFuels. O objetivo é desenvolver um processo de produção de querosene a partir do dióxido de carbono e hidrogênio verde. Nos próximos três anos, os dois institutos de pesquisa suíços buscarão, em conjunto, maneiras práticas de ligar o dióxido de carbono e o hidrogênio para formar moléculas de cadeia mais longa e, assim, produzir combustíveis sintéticos. O Conselho dos Institutos Federais de Tecnologia da Suíça (ETH) está financiando o programa SynFuels com US $ 6,9 milhões. “Os combustíveis para aviação são os combustíveis da mais alta qualidade. Se conseguirmos produzi-los a partir de recursos renováveis, também seremos capazes de sintetizar todos os outros tipos de combustível”, disse Thomas J. Schmidt, chefe da Divisão de Energia e Meio Ambiente da PSI. (Green Car Congress – 26.02.2021) <topo> 4 Shell atualizará instalação de hidrogênio existente para desenvolver combustíveis de aviação sustentáveis A Shell busca produzir combustíveis sustentáveis para aviação em sua refinaria na Renânia com a ajuda de uma nova planta de bioenergia para obtenção de combustível líquido e uma instalação de eletrólise para produção de hidrogênio. A empresa de petróleo e gás anunciou, na semana passada, seus planos de aumentar a capacidade da planta de hidrogênio, de 10-megawatts para 100 megawatts, com a ajuda de ITM Power, ITM Linde Electrolysis GmbH e Linde. Ambos os projetos são partes integrantes da transformação planejada do local no “Shell Energy and Chemicals Park Rhineland”, incluindo um Campus de Energia, para o qual a empresa está procurando parceiros. (H2 View – 01.03.2021) <topo> 5 Hyzon construirá a maior instalação de componentes de célula a combustível nos EUA A Hyzon Motors revelou, no primeiro dia de março, os principais planos para desenvolver uma linha de produção de montagem de conjuntos eletrodos-membrana (MEA) para células a combustível de veículos comerciais. A instalação do seu novo Centro de Inovação Hyzon estará localizada em Bolingbrook, Illinois, e será capaz de cobrir as necessidades de produção de até 12.000 caminhões movidos a hidrogênio. Considerada a maior instalação do tipo nos Estados Unidos, ostentando 28.000 pés quadrados de espaço de fabricação, a Hyzon disse que espera que o investimento crie até 50 posições de tempo integral e pretende expandí-lo em uma segunda fase, para 80.000 pés quadrados. O MEA é um componente crítico de uma célula a combustível e é responsável por cerca de 70% do seu custo. (Fuel Cells Works- 01.03.2021) <topo> Mobilidade 1 Air Liquide colabora com a Itochu para expandir mercado de mobilidade no Japão A Air Liquide Japan e a Itochu Corporation (Itochu) assinaram um Memorando de Entendimento para colaborar no desenvolvimento do mercado de mobilidade a hidrogênio no Japão. O objetivo é expandir a infraestrutura e desenvolver uma oferta competitiva de fornecimento de hidrogênio para passageiros e usuários finais comerciais, em colaboração com as autoridades públicas, permitindo um rápido aumento da mobilidade a hidrogênio no Japão. As duas empresas irão investigar mais globalmente as oportunidades de ampliar a cadeia de abastecimento a hidrogênio. A colaboração irá alavancar a experiência e as tecnologias da Air Liquide em toda a cadeia de abastecimento e a grande pegada do Grupo Itochu em vários setores de energia, desde negócios no mercado de varejo de combustíveis até as plantas de produção de energia renovável. (Energies AirLiquide- 25.02.2021) <topo> Eventos 1 Hidrogênio é tema de debate no Fórum de Energia e Clima O Fórum de Energia e Clima, criado em Portugal, é uma organização que nasceu a partir da sociedade civil dos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa de discutir questões relacionadas às mudanças climáticas, como: sustentabilidade, economia circular, meio ambiente, energias renováveis e transição energética. No dia 24 de fevereiro, foi realizado uma conferência digital via facebook. O evento debruçou-se sobre a temática do Hidrogénio e contou com a participação de Paulo Brito, professor e investigador do Politécnico de Portalegre e responsável pela BioBIP Energy, Ana Ferreira (Portugal), Marcos Vieira (Angola), Sérgio Oliveira (Brasil), Paulo Ferrão (Portugal) e Roberto Grilo (Portugal), numa sessão moderada por Ricardo Campos.É possível conferir na íntegra no link abaixo. (Fórum de Energia e Clima – 24.02.2021) <topo> 2 1ªEdição: O contributo do hidrogênio no caminho para a neutralidade carbónica No dia 8 de março será realizado, de forma virtual, o Workshop de Energias Renováveis, NOVA Energia, organizado por alunos do Mestrado em Engenharia de Energias Renováveis (MEER) da Faculdade de Ciências e Tecnologia NOVA. O objetivo do evento é abordar os desafios colocados para a sociedade em geral, como a diminuição da dependência dos combustíveis fósseis para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A mudança de paradigma, consubstanciada na descarbonização da economia, ou Transição Energética, assenta em distintos vetores, de que sobressaem a integração massificada de fontes renováveis no sistema de energia elétrica, o aumento da eficiência energética, ou o fortalecimento da resiliência e flexibilidade da rede. É este o contexto do Workshop, que acontecerá em sua primeira edição, no qual o hidrogénio foi eleito como tema central, um vetor energético rico em potencialidades e desafios e pleno de atualidade. As inscrições são realizadas no site de forma gratuita. (Universidade Nova de Lisboa – 01.03.2021) <topo> Artigos e Estudos 1 IEA: A captura de carbono é muito cara? As tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) são essenciais para colocar os sistemas de energia em todo o mundo em um caminho sustentável. Apesar da importância do CCUS para alcançar a transição para energia limpa, a implantação demorou a decolar – existem apenas cerca de 20 operações comerciais de CCUS em todo o mundo. Vários fatores podem explicar a lenta absorção do CCUS, mas o alto custo é um dos mais citados, juntamente com a incapacidade de competir com a eletricidade eólica e solar, devido à queda significativa nos custos destas tecnologias na última década. Enquanto as políticas climáticas – incluindo o preço do carbono – não forem fortes o suficiente para impulsionar e tornar o CCUS economicamente atraente, a prática não ganhará espaço na indústria. O artigo destaca que descartar a tecnologia por motivos de custo seria ignorar seus pontos fortes únicos, sua competitividade em setores-chave e seu potencial para entrar no fluxo principal de soluções de baixo carbono. (IEA – 17.02.2021) <topo> 2 O hidrogênio está morto, vida longa à amônia O El Periodico de la energia publicou um artigo de Juan González de la Cámara falando das diversas vantagens do hidrogênio para a descarbonização da economia, mas ressaltando que ainda há muitos obstáculos quanto ao seu armazenamento, uma vez que o mesmo requer a compressão de 700 vezes a pressão atmosférica ou resfriamento a -253ºC. Por outro lado, o fundador da Comunidade de Energia Local acredita que a amônia (NH3) pode ser a solução para a transição verde. Produzida com eletricidade, água e ar, não sendo muito inflamável e com uma densidade de energia por volume maior que o hidrogênio, a amônia se mostra mais fácil de armazenar (o líquido pode ser obtido a uma pressão de 11,72 bar ou 33 graus abaixo de zero) e transportar, embora seja altamente tóxico. Tudo isso pode ser uma vantagem para o mercado de hidrogênio, uma vez que este pode ser convertido em amônia. (El periódico de la energía – 24.02.2021) <topo> 3 EPE lança Nota Técnica: “Bases para a Consolidação da Estratégia Brasileira do Hidrogênio” O hidrogênio é visto como um recurso com capacidade de promover o acoplamento dos mercados de combustíveis, elétrico, industrial e outros. Para subsidiar o Ministério de Minas e Energia, os agentes de mercado e a sociedade como um todo, a EPE elaborou uma Nota Técnica com objetivo de abordar aspectos conceituais e fundamentais para construção de uma estratégia brasileira para o hidrogênio. O informe busca conceituar o panorama do mercado de hidrogênio, as rotas tecnológicas e processos de geração, drivers determinantes da competitividade e os principais desafios para desenvolvimento do mercado e uso energético do hidrogênio. O texto destaca a necessidade de consolidar e formalizar a estratégia nacional em um plano de ação específico do governo federal neste tema e destaca as vantagens competitivas do Brasil. (Empresa de Pesquisa Energética – fevereiro de 2021) <topo> 4 Forbes: Captura de carbono, hidrogênio, fissão ou fusão, o que pode nos levar a zero líquido até 2050? Não é à toa que Bill Gates argumenta em seu novo livro que as “tecnologias inovadoras” são essenciais para alcançar emissões líquidas zero. Sob o Acordo de Paris, diversos países estão substituindo os combustíveis fósseis, clusters industriais como o Porto de Rotterdam, o Vale do Ruhr e outros ao redor do mundo devem aposentar as usinas movidas a carvão até o início de 2030. Emissões líquidas zero até 2050 é um sonho enorme, a menos que respondamos a essa pergunta inconveniente: Qual é a alternativa? Quais tecnologias podem neutralizar 40% a 50% das emissões, tão difíceis de abater, a um custo aceitável? Wal van Lierop comenta, em artigo publicado na Forbes, quatro das muitas tecnologias existentes que podem neutralizar as emissões de carbono. O artigo as opções que mais atraíram sua atenção: captura de carbono, hidrogênio, fissão nuclear e fusão nuclear. (Forbes – 26.02.2021) <topo>
Equipe de Pesquisa UFRJ Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br) Subeditores: Fabiano Lacombe, Luiza Masseno e Sayonara Andrade Elizário Pesquisadores: Allyson Thomas e Kalyne Silva Brito Assistente de pesquisa: Sérgio Silva As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ. Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails, Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing. Copyright UFRJ |