Informativo Eletrônico – Geração de Energia com Hidrogênio nº 12 – publicado em 02 de dezembro de 2020.

IFE: Informativo Eletrônico de Mobilidade Elétrica
– GESEL-UFRJ

<!–

l

IFE: nº 12 – 02 de dezembro de 2020
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Políticas Públicas
1
Governo da Tasmânia avança com um futuro movido a hidrogênio
2 Comissão da UE apoia mercado global de hidrogênio tendo o euro como moeda principal

Mercado
1
Arábia Saudita pretende se tornar grande player de hidrogênio

2 LKAB se une a mudança da indústria do aço em direção ao hidrogênio
3 Europa: Organizações comerciais se unem para desenvolver o setor de hidrogênio verde
4 France Hydrogène une forças com o banco climático da UE para acelerar projeto de hidrogênio
5 Snam aumentará capex em 14% com foco ‘pronto para hidrogênio’
6 Spic e Cepel: parceria para projetos de células a hidrogênio e armazenamento de energia no Brasil
7 Países da UE se enfrentam por causa do hidrogênio
8 Grã-Bretanha criará uma “cidade do hidrogênio”
9 Iberdrola e Ingeteam formam nova empresa de eletrolisadores Iberlyzer

10 A Austrália receberá primeira microrrede remota usando geração de hidrogênio renovável
11 Primeiro projeto mundial de hidrogênio verde para aquecimento de casas tem aprovação

Tecnologia e Inovação
1
Mitsubishi Heavy apoia a Monolith Materials na produção de “hidrogênio turquesa”

2 Eletrocatalisador altamente eficiente e de longa duração aumenta a produção de hidrogênio.
3 Produção fotossintética de hidrogênio

4 Tecnologia Hydrogenious LOHC é selecionada para projeto europeu

5 Ásia pode surpreender com início precoce dos fluxos de comércio de hidrogênio

Mobilidade
1
Europa: Pesquisa revela crescente apoio ao transporte público movido a hidrogênio

2 Alemanha operará trens movidos a hidrogênio a partir de 2024
3 Suécia: Solaris fornecerá dois ônibus a hidrogênio para Transdev
4 Trens italianos e alemães aderem ao hidrogênio verde

5 Toyota almeja um aumento de 10 vezes nas vendas globais do Mirai
6 Riversimple aposta nos automóveis a hidrogênio

Eventos
1
Veículo movido a hidrogênio criado por brasileiros ganha destaque em competição mundial

2 Inovadores aceleram o sucesso europeu de células a combustível
3 Futuro do hidrogênio em discussão no Fórum Online da Europa

Artigos e Estudos
1
Euractiv: Qual é o custo real do hidrogênio verde?

2 S&P Global: A era do hidrogênio não é mais uma miragem


 

Políticas Públicas

1 Governo da Tasmânia avança com um futuro movido a hidrogênio

O governo da Tasmânia divulgou um relatório sobre o Plano de Ação do Hidrogênio Renovável da Tasmânia, nessa quarta-feira (25/11), além de descrever o local como promessa para se tornar o estado epicentro de hidrogênio renovável da Austrália. O relatório também pontua quatro pilares principais para o plano: explorar as oportunidades de usar hidrogênio renovável produzido localmente e para exportação; fornecer apoio financeiro para projetos de hidrogênio renovável para exportação e uso doméstico e continuar as atividades de atração de investimentos; garantir uma estrutura regulatória robusta e suporte para infraestrutura. (H2 View 27.11.2020)

<topo>

2 Comissão da UE apoia mercado global de hidrogênio tendo o euro como moeda principal

A Europa quer instalar o euro como moeda de referência para o comércio de hidrogênio, mas acredita que um mercado global com padrões bem estabelecidos, de forma harmoniosa, precisa ser primeiramente adequado para atender à uma demanda. “O que estamos propondo é um mercado global baseado em regras para o hidrogênio e, no centro desse mercado, padrões ambientais e de segurança, harmoniosos”, disse Kadri Simson, a comissária de energia da UE, na quinta-feira (26 de novembro). “Vemos um grande potencial para o papel do euro como moeda de referência no comércio internacional de energia sustentável”, disse ela aos delegados no Fórum Europeu do Hidrogênio. A Europa é atualmente o líder mundial no desenvolvimento de tecnologia de hidrogênio, com estratégias legislativas e financiamento para apoiar isso. Das 10 estratégias de hidrogênio em todo o mundo, cinco delas estão na Europa. (Euractiv – 26.11.2020)

<topo>

Mercado

1 Arábia Saudita pretende se tornar grande player de hidrogênio

A Arábia Saudita tem reservas de gás natural suficientes para permitir a produção de hidrogênio. Em setembro, já fez seu primeiro embarque de “hidrogênio azul” para o Japão. O player, atualmente o mais importante no mercado mundial de petróleo, não se limita à produção de hidrocarbonetos – ele pretende se tornar um grande produtor de hidrogênio, segundo o ministro saudita da Energia, Abdulaziz bin Salman. O ministro disse também, em uma entrevista coletiva em Riad, que a Arábia Saudita “não será contestada em seu histórico de maior exportador de hidrogênio do planeta”. O reino, disse ele, tem planos “ambiciosos” para o hidrogênio. (The Global Energy Association – 23.11.2020)

<topo>

2 LKAB se une a mudança da indústria do aço em direção ao hidrogênio

A mineradora estatal sueca LKAB planeja desenvolver a produção de ferro com redução direta para reduzir as emissões na indústria do aço, destacando aumentos maciços de capacidade em energia renovável e hidrogênio necessário para permitir que as operações atinjam emissões zero em 15 anos. LKAB, o segundo maior produtor global de pelotas de minério de ferro, disse que vai investir US$ 1,15 bilhões- US$ 2,3 bilhões / ano ao longo de 15-20 anos em digitalização, automação, eletrificação, novos métodos operacionais e produção, livre de dióxido de carbono. “Além disso, haverá investimentos na expansão das energias renováveis e do hidrogênio para viabilizar a conversão”, afirmou a mineradora. (S&P Global Platts – 24.11.2020)

<topo>

3 Europa: Organizações comerciais se unem para desenvolver o setor de hidrogênio verde

A chamada de Renewable Hydrogen Coalition, foi uma iniciativa lançada em reconhecimento ao fato de que mais de 90% do hidrogênio produzido globalmente, em 2019, usou combustíveis fósseis. Embora o hidrogênio seja considerado uma forma fundamental de lidar com as emissões, nos setores de aviação, transporte marítimo e aquecimento, é necessário que esta produção seja classificada como uma solução robusta. A Coalizão construirá uma rede de acadêmicos, pesquisadores, empresários, entidades comerciais e grandes empresas, bem como o apoio do comissário de energia da UE, Kadri Simson, que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da estratégia de hidrogênio do bloco. A estrutura inclui uma meta de produzir 10 milhões de toneladas de hidrogênio renovável até 2030. (Euractiv – 24.11.2020)

<topo>

4 France Hydrogène une forças com o banco climático da UE para acelerar projeto de hidrogênio

A France Hydrogène (AFHYPAC) e o Banco Europeu de Investimento (EIB) firmaram um acordo para acelerar o apoio a projetos de hidrogênio. O acordo, que visa facilitar o acesso às soluções de financiamento, insere-se no programa de consultoria InnovFin do BEI, que é apoiado pela Comissão Europeia. Espera-se que os recursos disponibilizados por este programa ajudem a acelerar o financiamento de projetos de hidrogênio, por meio do estabelecimento de aconselhamento e apoio personalizados, em paralelo com uma completa exploração das possibilidades de financiamento. “Este acordo com a France Hydrogène é um marco no desenvolvimento de projetos de hidrogênio na França”, disse o vice-presidente do BEI, Ambroise Fayolle. (H2 View – 24.11.2020)

<topo>

5 Snam aumentará capex em 14% com foco ‘pronto para hidrogênio’

A operadora italiana de infraestrutura de gás Snam disse em 25 de novembro que aumentaria suas despesas de capital em 14% até 2024, enquanto continua a mudar seu foco, se preparando para uma economia de hidrogênio e outros projetos de descarbonização. A empresa disse que o investimento total será de EUR 7,4 bilhões no período 2020-2024, dos quais EUR 6,7 bilhões serão gastos em infraestrutura de energia regulada. A empresa está focada em projetos de substituições prontas para hidrogênio, digitalização, descarbonização e fornecimento de gás para a ilha da Sardenha. Cerca de 50% desse total será para a criação de uma infraestrutura “pronta para hidrogênio” ou a substituição e desenvolvimento de novos ativos com padrões prontos para hidrogênio, disse a empresa. (S&P Global Platts – 25.11.2020)

<topo>

6 Spic e Cepel: parceria para projetos de células a hidrogênio e armazenamento de energia no Brasil

O braço brasileiro da State Power Investment Corporation of China (SPIC) assinou dia 26 um Memorando de Entendimentos com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), da Eletrobrás, mirando a troca de experiências na criação de projetos de energia, sobretudo em energia inteligente integrada, células a combustíveis de hidrogênio e armazenamento de baterias de lítio e grafeno. Especificamente sobre a parceria na questão de armazenamento, o diretor do CEPEL declarou que se trata de um tema fundamental na transição energética. “Estamos falando de armazenamento para administrar a oferta de energia de uma forma mais aderente à forma de consumo. O armazenamento de hidrogênio é um dos caminhos de pesquisa em nível mundial, que é bastante promissor”, afirmou. (Petronotícias – 26.11.2020)

<topo>

7 Países da UE se enfrentam por causa do hidrogênio

Os Estados membros da UE estão lutando para decidir que tipo de hidrogênio apoiar, com dois campos opostos se enfrentando, aqueles que apoiam o hidrogênio verde, produzido exclusivamente a partir de eletricidade renovável, e aqueles a favor de uma definição mais ampla de “baixo carbono”, que também inclui a energia nuclear e gases descarbonizados. A Comissão admitiu, dizendo que o hidrogênio com baixo teor de carbono, derivado de gás fóssil – com sequestro e armazenamento de carbono – também será apoiado, somente a fim de aumentar a produção a curto prazo. O grupo pró-nuclear e de gás inclui a Tcheca, Finlândia, França, Hungria, Holanda, Polônia e Romênia. No campo oposto estão Áustria, Dinamarca, Irlanda, Letônia, Luxemburgo, Portugal e Espanha, que sustentam que o hidrogênio deve ser produzido exclusivamente a partir de fontes renováveis. (Euractiv – 27.11.2020)

<topo>

8 Grã-Bretanha criará uma “cidade do hidrogênio”

A Grã-Bretanha planeja criar uma “cidade do hidrogênio” até 2030, introduzindo um sistema de aquecimento baseado em hidrogênio em dezenas de milhares de residências em uma das regiões do país. A proposta constava em um plano de dez anos apresentado este mês pelo primeiro-ministro Boris Johnson, apelidado de “revolução industrial verde”. A primeira fase, a ser concluída até 2023, prevê que as residências em um único distrito usem hidrogênio para aquecimento e cozinha. Em 2025, o plano se estenderá a um número de residências equivalente a uma aldeia inglesa média e em 2030 até 10.000 residências serão incluídas – o equivalente a uma pequena cidade. (The Global Energy Association – 27.11.2020)

<topo>

9 Iberdrola e Ingeteam formam nova empresa de eletrolisadores Iberlyzer

A Espanha terá sua primeira usina eletrolisadora de grande escala, que será construída pela multinacional espanhola de energia Iberdrola em parceria com a basca Ingeteam. Através dessa parceria pretende-se atingir a integração de mais de 200 MW, até 2023, mais de 50% da meta de capacidade de eletrolisadores na Espanha. Enquanto ao destino, o eletrolisador deve seguir para o segundo projeto da aliança Iberdrola-Fertiberia, que produzirá hidrogênio verde na planta de Palos de la Frontera, na Espanha. (Power Engineering International – 27.11.2020)

<topo>

10 A Austrália receberá primeira microrrede remota usando geração de hidrogênio renovável

A Horizon Power terá US $ 2,6 milhões em financiamento para construir a primeira microrrede remota da Austrália, usando geração de hidrogênio verde. A planta terá um sistema de 704kW de energia solar para alimentar um único eletrolisador de 348 kW que produzirá H2. A partir dessa produção, o hidrogênio será armazenado, para assim ser utilizado na célula a combustível, fornecendo eletricidade quando for necessário, o que traz uma segurança energética de alto potencial. A Horizon Power quer ampliar a capacidade de geração e usar o projeto como referência para outros estados e territórios e, para isso acontecer, só será necessário que esse projeto inicial seja bem-sucedido. (Fuel Cells Works – 30.11.2020)

<topo>

11 Primeiro projeto mundial de hidrogênio verde para aquecimento de casas tem aprovação

O regulador do mercado de gás Ofgem, além dos acionistas da SGN e as três outras redes de distribuição de gás da Grã-Bretanha estão fornecendo financiamento para o projeto pioneiro H100Fife, que tem como objetivo demonstrar o aquecimento com 100% de hidrogênio verde em residências. O projeto fornecerá evidências convincentes do desempenho do hidrogênio em um ambiente doméstico, do mundo real, como fonte de energia com zero carbono. O hidrogênio será produzido por uma planta local de eletrólise alimentada por uma turbina eólica offshore. (Fuel Cells Works – 30.11.2020)

<topo>

 

 

Tecnologia e Inovação

1 Mitsubishi Heavy apoia a Monolith Materials na produção de “hidrogênio turquesa”

Monolith Materials é o primeiro fabricante dos EUA a produzir o “hidrogênio turquesa”, que é produzido a partir de gás fóssil usando a tecnologia de “pirólise de metal fundido”. O processo não produz apenas hidrogénio como também carbono sólido, denominado negro de fumo, uma matéria-prima crítica nos setores automotivo e industrial. Neste momento, a empresa está atualmente no estágio operacional de Olive Creek 1 (OC1), sua primeira instalação de produção livre de emissões em escala comercial, projetada para fabricar aproximadamente 14.000 toneladas métricas/ano de negro de fumo junto com hidrogênio limpo. Em meio a tantos apoiadores, como Cornell Capital LLC, Imperative Ventures, a Mitsubishi Heavy também se torna mais um. (Green Car Congress – 30.11.2020)

<topo>

2 Eletrocatalisador altamente eficiente e de longa duração aumenta a produção de hidrogênio.

Pesquisadores liderados pelo Diretor Associado, LEE Hyoyoung, do Center for Integrated Nanostructure Physics, do Institute for Basic Science (IBS), localizado na Sungkyunkwan University, na Coreia do Sul, desenvolveram um eletrocatalisador altamente eficiente e de longa duração para oxidação de água usando cobalto, ferro e uma quantidade mínima de rutênio. A equipe avaliou a eficiência catalítica para a reação de evolução de oxigênio, onde o eletrocatalisador demonstrou uma exigência de apenas 180 mV (milivolt), para atingir uma densidade de corrente de 10 mA/cm2 (miliampère por centímetro quadrado de catalisador), enquanto o óxido de rutênio precisava de 298 mV para a mesma área. Além disso, a liga bimetálica mostrou estabilidade a longo prazo, por 100 horas, sem qualquer mudança de estrutura. (Green Car Congress – 22.11.2020)

<topo>

3 Produção fotossintética de hidrogênio

Pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e do Harbin Institute of Technology na China, construíram pequenas fábricas de algas imobilizadas em gotículas que produzem hidrogênio, em vez de oxigênio, quando expostas à luz solar em condições aeróbias. Normalmente, as células de algas fixam dióxido de carbono e produzem oxigênio por fotossíntese, mas ao usar micro-gotículas de emulsão de dextran em PEG, as algas, através de micro-nichos, geram hidrogênio em vez de oxigênio, por fotossíntese hipóxica. Para aumentar o nível de evolução do hidrogênio, a equipe revestiu os microrreatores com uma fina casca de bactéria, que foi capaz de limpar o oxigênio e, portanto, aumentar o número de células de algas preparadas para a atividade da hidrogenase. Embora ainda em um estágio inicial, o trabalho fornece um passo em direção ao desenvolvimento de energia verde fotobiológica em condições aeróbias naturais. (Green Car Congress – 26.11.2020)

<topo>

4 Tecnologia Hydrogenious LOHC é selecionada para projeto europeu

O projeto europeu de hidrogênio, Green Hydrogen on the Blue Danube, prevê o estabelecimento de uma cadeia de abastecimento pan-europeia de hidrogênio verde na região do Danúbio. Com uma capacidade de eletrólise de cerca de 1,5 GW, mais de 80.000 toneladas de hidrogênio verde por ano serão produzidas a partir de cerca de 2 GW de energia renovável. O transporte deste hidrogênio, através de uma das rotas comerciais mais antigas da Europa, agora será econômico e simples, com a implantação da tecnologia LOHC, um Transportador de Hidrogênio Orgânico Líquido. (H2 View – 30.11.2020)

<topo>

5 Ásia pode surpreender com início precoce dos fluxos de comércio de hidrogênio

A Ásia pode ver seus primeiros fluxos de comércio de hidrogênio muito mais cedo do que o esperado, já que a Austrália está acelerando o desenvolvimento da infraestrutura para exportação. Os importadores potenciais no Norte da Ásia neste momento providenciam a formulação de políticas para abraçar o combustível livre de carbono, segundo delegados na primeira Cúpula de Hidrogênio da Ásia-Pacífico. “Acreditamos que podemos ter uma demonstração de exportação de hidrogênio verde em operação até 2025 – em apenas cinco anos a partir de agora- e a Austrália do Sul tem uma vantagem neste sentido”, disse Dan van Holst Pellekaan, ministro australiano do Estado de Energia e Mineração. (S&P Global Platts – 24.11.2020)

<topo>

Mobilidade

1 Europa: Pesquisa revela crescente apoio ao transporte público movido a hidrogênio

A Cummins, durante a Semana Europeia do Hidrogênio, compartilhou uma nova pesquisa mostrando que mais da metade dos passageiros do Reino Unido (RU) estariam dispostos a viajar a trabalho em um trem ou ônibus movido a hidrogênio, para diminuir sua pegada de carbono e reduzir as emissões. Quase metade dos passageiros na Bélgica e na Alemanha expressou a mesma opinião. Esta pesquisa foi conduzida por meio do Google Surveys em outubro de 2020 e comissionada pela Cummins, 6.000 consumidores foram entrevistados na Bélgica, Alemanha e Reino Unido. (Green Car Congress – 24.11.2020)

<topo>

2 Alemanha operará trens movidos a hidrogênio a partir de 2024

A empresa alemã Siemens e a operadora ferroviária nacional Deutsche Bahn (DB) estão desenvolvendo um trem regional movido a hidrogênio, com testes que começarão em 2024. Os planos prevêem também a expansão da produção de hidrogênio verde- usando água e fontes de energia renováveis – bem como um sistema de postos de abastecimento. O objetivo do projeto é avançar para o uso de trens movidos a hidrogênio ecologicamente limpos e eliminar gradualmente as locomotivas a diesel. A Deutsche Bahn opera cerca de 1.300 trens a diesel em serviço regional e cerca de 40% de sua rede ferroviária de 33 mil quilômetros ainda não foi eletrificada. O trem a hidrogênio projetado pela Siemens será baseado no modelo ferroviário Mireo da empresa, uma nova geração de trens elétricos em uso desde o verão de 2020. (The Global Energy Association – 26.11.2020)

<topo>

3 Suécia: Solaris fornecerá dois ônibus a hidrogênio para Transdev

A operadora Transdev assinou um contrato com a Solaris Bus & Coach para fornecer dois ônibus a hidrogênio. Os veículos serão lançados nas ruas da cidade sueca de Sandviken no outono de 2021, como resultado da estratégia de transporte a longo prazo da região. Sandviken é uma cidade com quase 25.000 habitantes localizada na região sueca de Gävleborg, que recentemente tem apostado em soluções ecológicas. Os ônibus a hidrogênio Solaris Urbino 12 encomendados serão os primeiros ônibus a hidrogênio operados pelo transporte público sueco. (Green Car Congress – 26.11.2020)

<topo>

4 Trens italianos e alemães aderem ao hidrogênio verde

Operadores ferroviários na Itália e Alemanha estão se voltando para a energia do hidrogênio na tentativa de tornar suas redes ferroviárias mais ecológicas, com a Deutsche Bahn, em parceria com a Siemens, entre os pioneiros. A operadora regional Ferrovie Nord Milano, a segunda maior empresa ferroviária da Itália, anunciou na semana passada que encomendou seis trens movidos a hidrogênio, a fabricante francesa Alstom, em um investimento de mais de € 160 milhões. Com previsão de entrada em serviço em 2023, os trens substituirão as locomotivas a diesel na linha de 100 km entre Brescia e Iseo, que não é eletrificada. Os trens serão construídos pela Alstom na Itália. (Euractiv – 27.11.2020)

<topo>

5 Toyota almeja um aumento de 10 vezes nas vendas globais do Mirai

Toyota tem como meta um aumento de 10 vezes nas vendas globais do Mirai e para isso desenvolve uma nova geração do carro, que leva a tecnologia FCEV a um nível mais alto e oferece um apelo mais emocional ao cliente em termos de estilo contemporâneo, dinâmica e desempenho de direção. Um sistema de célula a combustível totalmente redesenhado, sendo o fator mais significativo, a possibilidade de instalação de três tanques de hidrogênio de alta pressão, aumentando a capacidade de combustível e a autonomia do carro. Maior potência e capacidade de combustível de hidrogênio, maior eficiência e melhor aerodinâmica, tudo contribui para estender a autonomia de condução em 30% para cerca de 400 milhas. (H2 View – 30.11.2020)

<topo>

6 Riversimple aposta nos automóveis a hidrogênio

Apesar dos veículos abastecidos a hidrogênio não estarem tão desenvolvidos como os carros elétricos convencionais movidos a bateria, a Riversimple, fabricante de automóveis, acredita que o hidrogênio abastecerá os carros do futuro. A empresa é a única fabricante britânica do setor de hidrogênio com seu modelo principal, o Rasa. O Rasa começará seus testes avançados nos próximos meses, com clientes pagantes, incluindo em Abergavenny no País de Gales, no condado de Monmouth, que aprovou um centro de abastecimento de hidrogênio. (Fuel Cells Works – 29.11.2020)

<topo>

 

Eventos

1 Veículo movido a hidrogênio criado por brasileiros ganha destaque em competição mundial

Representando o Brasil na Chem-E-Car Competition, a equipe estudantil da AIChE Student do Centro Universitário FEI, formado, em sua maioria, por alunos de Engenharia Química, competiu com outras 24 universidades internacionais e ganhou o 1º lugar nas categorias de segurança e design, além de conquistar o 4º lugar na apresentação do pôster. O carro movido a hidrogênio, batizado pelos alunos de “Saboínha”, venceu em sétimo lugar na competição. A disputa da Chem-E-Car da AIChE desafia os alunos de graduação a desenvolverem e construir um carro movido por uma fonte de energia química ou bioquímica, que deve transportar com segurança um peso especificado em uma determinada distância e depois parar dentro de um tempo especificado. Agora, a equipe não só se prepara para competições, mas também promove projetos sociais. (Portal FEI – 16.11.2020)

<topo>

2 Inovadores aceleram o sucesso europeu de células a combustível

A Empresa Fuel Cells and Hydrogen (FCH JU) apresentou os Prémios FCH JU 2020 na primeira Semana Europeia do Hidrogénio. Os projetos vencedores simplificam e facilitam a manutenção, a fabricação e implantação de tecnologias de células a combustível, para para impulsionar o público a transição energética. Além disso, a Hydrogen Europe Research reconheceu jovens cientistas talentosos por expandir o acesso a tecnologias de células a combustível eficientes e sustentáveis para uma ampla gama de aplicações de alto impacto. Os prêmios foram apresentados online em 24 de novembro de 2020, com mais de 1000 participantes inscritos para aplaudir a força e a diversidade da inovação europeia em células a combustível. (Fuel Cell and Hydrogen Joint Undertaking – 25.11.2020)

<topo>

3 Futuro do hidrogênio em discussão no Fórum Online da Europa

Funcionários do governo, representantes da UE e especialistas científicos e da indústria discutiram propostas para expandir o uso de hidrogênio em um fórum online, durante a Semana Europeia do Hidrogênio. Estiveram presentes Andreas Feicht, Secretário de Estado do Ministério da Economia e Energia da Alemanha, Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente de Portugal, e Teresa Ribera, Vice-Primeira-Ministra e Ministra da Transição Ecológica de Espanha. Também estiveram presentes representantes de outros países e empresas que trabalham com hidrogênio ou atuam na promoção de seu uso. Os representantes falaram sobre os planos para o hidrogênio em cada país. (The Global Energy Association – 30.11.2020)

<topo>

 

Artigos e Estudos

1 Euractiv: Qual é o custo real do hidrogênio verde?

A Euractiv comparou os relatórios que abordam o preço do hidrogênio verde e discutem competitividade desse hidrogênio frente ao hidrogênio cinza e azul. O relatório “Net Zero 2020” e o relatório da “Renewable Hydrogen Coalition” concordam que o preço atual do hidrogênio verde é de aproximadamente € 6/ kg e não é competitivo com as energias fósseis (€ 1/kg equivalente a € 25/MWh). No entanto, é válido comparar os preços do hidrogênio verde com os preços do hidrogênio azul e cinza? Deve-se levar em conta que os hidrogênios cinza e azul são produzidos usando gás natural, o que atrai quase zero impostos e taxas. Mike Parr e Simon Minett tentam responder a essa pergunta, fazendo uma análise da formação de preço do hidrogênio verde. (Euractiv – 27.11.2020)

<topo>

2 S&P Global: A era do hidrogênio não é mais uma miragem

Este é o primeiro artigo da S&P Global, de uma série de cinco partes, que explora a economia do hidrogênio em expansão e a sua ascensão, após décadas de falsos alvoreceres. Segundo o artigo, o futuro potencial da energia livre de carbono está tomando forma em um lugar improvável: a mancha de petróleo do Texas. Durante décadas, os produtores de petróleo armazenaram combustíveis fósseis em cavernas artificiais escavadas em domos de sal de ocorrência natural, bem abaixo da superfície da Costa do Golfo dos Estados Unidos. Três dessas instalações de armazenamento subterrâneo, todas no sudeste do Texas, também abrigam grandes volumes de hidrogênio derivado do gás natural, o chamado “hidrogênio cinza”. Agora, essa infraestrutura de hidrogênio formará o centro de várias iniciativas marcantes lançadas em 2020 para desbloquear o potencial muito mais amplo do elemento mais abundante no universo. (S&P Global Market Intelligence – 30.11.2020)

<topo>


Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Diogo Salles, Fabiano Lacombe e Sayonara Andrade Elizário
Pesquisadores: Allyson Thomas
e Kalyne Silva Brito
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO

Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber
nossos e-mails,  Clique
aqui
e envie-nos uma mensagem solicitando
o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ