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IFE Transição Energética 30
Dinâmica Internacional
IEA: O papel das comunidades locais de energia nas transições de energia limpa
Colocar as pessoas no centro das transições para energia limpa não apenas melhora suas vidas, mas é crucial para políticas energéticas e climáticas eficazes. Comunidades de energia locais, ou projetos baseados na comunidade, estão demonstrando benefícios significativos em todo o mundo, impulsionando tecnologias renováveis, eficiência, confiabilidade energética, redução de contas e criação de empregos. Plataformas digitais estão facilitando a formação de cooperativas, investimentos e trocas de eletricidade, enquanto mais países alocam fundos para apoiar projetos comunitários. Essas iniciativas não apenas promovem sistemas energéticos inclusivos, equitativos e resilientes, mas também abordam desafios como perdas na rede e demanda de pico. Ao permitir que as comunidades gerem, compartilhem e consumam eletricidade localmente, as tecnologias digitais melhoram a eficiência energética e fomentam colaboração. (IEA – 09.08.2023)
Link ExternoBureau Veritas: Países precisam impulsionar o crescimento das energias renováveis
De acordo com um novo relatório do Bureau Veritas intitulado "Acelerando a Transição Energética", são necessárias ações e aceleração significativas para impulsionar o crescimento das energias renováveis e descarbonizar os sistemas de energias, a fim de cumprir a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O relatório baseia-se em insights e opiniões de mais de 800 especialistas e líderes do setor de energia em nível global. Ele identifica as principais barreiras para acelerar a transição energética, incluindo desafios na política governamental e na cadeia de suprimentos. A política governamental é apontada como tendo o maior impacto potencial na aceleração da transição, seguida pelo desenvolvimento de tecnologias novas ou existentes. O relatório enfatiza a urgência de remover barreiras para alcançar a aceleração necessária na transição energética e destaca que a ação imediata é essencial para garantir um futuro habitável dentro dos limites de aquecimento estabelecidos. (Renews.Biz – 07.08.2023)
Link ExternoIEF: Relatório aponta que transição energética precisa de maior cooperação global
Um novo relatório publicado pelo Fórum Internacional de Energia (IEF, sigla em inglês) destaca a necessidade de maior envolvimento dos países avançados com as nações em desenvolvimento para garantir uma transição energética global mais inclusiva. O relatório, intitulado "Moldando um Roteiro Vivo para a Transição Energética", foi resultado de uma série de mesas redondas realizadas em várias cidades ao redor do mundo. O estudo revela um crescente consenso de que uma abordagem "multidimensional" é necessária para a transição energética, levando em conta diferentes realidades em diversas partes do mundo. O relatório ressalta que a cooperação entre os países, considerando suas necessidades específicas, é fundamental para alcançar os objetivos compartilhados de atingir emissões líquidas zero e garantir uma transição energética justa e sustentável. (Renews.Biz – 01.08.2023)
Link ExternoReino Unido: País reforça ambição para cumprimento de metas climáticas no setor de energia
Durante uma mesa redonda realizada em Downing Street, diversas empresas do setor energético, incluindo fontes renováveis, petróleo, gás e nuclear, delinearam projetos no valor de até £ 100 bilhões a serem construídos no Reino Unido ao longo da próxima década. O Secretário de Segurança Energética, Grant Shapps, enfatizou a importância de trabalhar em conjunto com o governo do Reino Unido, a indústria e os reguladores para acelerar o investimento em energias renováveis, reduzir os custos e caminhar rumo ao objetivo de emissões zero. Além disso, destacou os novos poderes do governo para proteger o abastecimento de energia no país. O evento reforçou o compromisso do governo britânico com a liderança mundial na luta contra as mudanças climáticas e na busca das metas de emissões zero, enquanto impulsiona o crescimento econômico. As empresas presentes destacaram a importância de um maior e regular envolvimento entre o governo e a indústria, bem como metas intermediárias para o setor de eletricidade, para alcançar os objetivos estabelecidos. (Renews.Biz – 03.08.2023)
Link ExternoIEA: Transição de eletricidade limpa da Tailândia
Desde a publicação do Plano de Desenvolvimento de Energia (PDP) de 2020, a Tailândia revisou suas metas de redução de emissões, estabelecendo objetivos de neutralidade de carbono até 2050 e emissões líquidas zero até 2065. Dado que o setor de energia é responsável por uma parcela significativa das emissões do país e desempenha um papel crucial na descarbonização de outros setores, este relatório analisa como a transição para uma eletricidade limpa pode ser alcançada. O estudo compara o caminho planejado pelo PDP com as metas de emissões, destacando lacunas e concluindo a primeira fase de um programa conjunto entre a Autoridade de Geração de Eletricidade da Tailândia, o Ministério de Energia e a Agência Internacional de Energia, com base em análises de dados e contribuições tailandesas. O relatório baseia-se em um modelo PLEXOS do sistema de energia tailandês, desenvolvido em colaboração entre a IEA e a EGAT. (IEA – Agosto de 2023)
Link ExternoNacional
Demanda de energia no Brasil deve dobrar até 2040
A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, revelou que até 2040, o Brasil enfrentará uma duplicação da demanda de energia em comparação com os níveis atuais. Essa previsão é resultado de estudos no setor elétrico. Gannoum ressaltou a necessidade de investir na capacidade instalada de todas as fontes renováveis para atender essa demanda. A segurança jurídica e a aprovação de marcos regulatórios foram apontadas como cruciais para atrair mais investimentos em fontes renováveis, como eólica offshore, hidrogênio verde e mercado de carbono. Heloísa Borges, diretora de Estudos de Petróleo e Gás Natural da EPE, destacou que o Brasil tem recursos naturais abundantes e potencial para atrair investimentos na transição energética, alinhando-se com o planejamento mundial para 2050. Além disso, especialistas ressaltaram o potencial do Brasil para o hidrogênio verde na descarbonização da indústria. A ENGIE também discutiu seus esforços sustentáveis, incluindo expansão de energia renovável e soluções para descarbonização industrial. (Exame – 10.08.2023)
Link ExternoSetor nuclear defende flexibilização do monopólio para geração de energia
O setor nuclear pretende marcar presença nas discussões sobre o papel do Brasil na transição energética, com uma Proposta de Emenda Constitucional que prevê a flexibilização do monopólio estatal para a atividade. A ideia da PEC foi apresentada pelo presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha, em reunião na última quarta-feira, 2 de agosto, com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Antonio Amaro dos Santos. Cunha defende a mudança na Constituição para permitir a geração de energia pela iniciativa privada, o que poderia ser feito em regime de autoprodução, por exemplo, utilizando pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês). Esses equipamentos poderiam ser instalados na própria indústria por consumidores eletrointensivos. Ele reconhece que uma proposta como essa não será votada pelo Congresso Nacional antes de 2025, mas imagina que seria possível iniciar o debate em 2023 e conclui-lo em 2024, para votar no ano seguinte. (CanalEnergia - 03.08.2023)
Link ExternoGoverno publica decretos sobre Luz para Todos e importação da Venezuela
O governo publicou os decretos 11.628, de relançamento do Programa Luz para Todos, e o 11.629, que amplia as possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil, autorizando a retomada da importação de energia da Venezuela para abastecer Roraima. Os atos foram assinados em Parintins (AM) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o lançamento do programa de descarbonização da Amazônia na sexta-feira, 4 de agosto. O programa de universalização do acesso à energia elétrica terá duração até 31 de dezembro de 2026 para a população do meio rural e 31 de dezembro de 2028 para atendimento a regiões remotas da Amazônia Legal. Os recursos necessários para custeio virão de agentes do setor elétrico, da Conta de Desenvolvimento Energético e de outras fontes autorizadas por lei. A nova fase do Luz para Todos tem como meta beneficiar mais de 350 mil famílias, mas pode alcançar 500 mil até 2026, segundo o MME. O programa foi lançado no primeiro mandato de Lula em 2003, substituindo o então Luz no Campo, e já beneficiou 17,2 milhões de moradores de áreas rurais e sistemas isolados. Os investimentos realizados desde então somam R$ 23 bilhões. (CanalEnergia - 07.08.2023)
Link ExternoPrograma Luz para Todos terá duração até 2026 no campo e até 2028 na Amazônia
O novo Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - Luz para Todos – terá duração até 31 de dezembro de 2026, para o atendimento à população do meio rural; e 31 de dezembro de 2028, para o atendimento à população residente em regiões remotas da Amazônia Legal. A data consta em decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicado no DOU que prevê ainda que O Luz para todos será financiado por recursos dos agentes do setor elétrico; da CDE e de outras fontes autorizadas por lei. Segundo o decreto, as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica terão que apresentar ao MME o planejamento para o atendimento da totalidade das demandas por acesso à energia elétrica em sua área de concessão ou permissão, considerado o prazo de duração do Programa Luz para Todos. O MME estabelecerá as metas e os prazos do programa de acordo com as metas de universalização dos serviços públicos de energia elétrica estabelecidas pela Aneel, em cada área de concessão ou permissão de distribuição de energia elétrica. (Valor Econômico - 07.08.2023)
Link ExternoMME: Emirados Árabes Unidos têm muito interesse em investir no gás natural do Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os Emirados Árabes Unidos têm “muito interesse” em investir no setor brasileiro de gás natural, com apoio à produção e ao transporte da commodity. "Eles entendem que ajudar o desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil é um insumo estratégico e tem um papel muito relevante na transição energética dada a baixa pegada de carbono", afirmou Silveira, que se reuniu com autoridades do país do Oriente Médio ontem, às margens da Cúpula da Amazônia, em Belém. Em junho, o ministério já havia firmado com os Emirados Árabes um memorando de entendimento para ampliar a cooperação nas áreas de energia renovável, hidrogênio verde e baixo carbono. (Broadcast Energia - 09.08.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Indústria de lítio precisa de US$ 116 bi para alcançar um aumento de 5,7 vezes para as metas de 2030
A indústria do lítio precisa de US$ 116 bilhões em investimentos para alcançar o aumento de 5,7 vezes na produção necessária para as metas de descarbonização de 2030, e os preços podem permanecer 'apertados' nos próximos anos. Esse valor de investimento está em um 'cenário de alto risco' na análise da Benchmark Mineral Intelligence, que se baseia na produção de veículos elétricos e nas taxas de penetração atingindo as metas de 2030 definidas pelos formuladores de políticas em todo o mundo. A análise engloba dados da Rho Motion e da Agência Internacional de Energia (IEA) e mostra que a indústria precisaria chegar a 5,3 milhões de toneladas de carbonato de lítio equivalente (LCE), 5,7 vezes mais do que a produção de 915 mil toneladas de LCE em operação hoje. (Energy Storage – 08.08.2023)
Link ExternoNY Times: Donos de VEs estão usando baterias para fornecer energia a residências durante apagões
Alguns especialistas em energia dizem que os veículos movidos a bateria ajudarão cada vez mais a manter as luzes acesas e apoiar as redes elétricas, em vez de sobrecarregá-las. A previsão é que muito mais pessoas utilizem as baterias de seu veículo elétrico como fonte reserva de energia para sua casa, nos próximos anos, uma vez que as empresas automobilísticas e de energia facilitam o aproveitamento da energia dos carros elétricos para outras finalidades além de dirigir. As redes elétricas têm sofrido cada vez mais com as condições meteorológicas extremas ligadas às mudanças climáticas, incluindo ondas de calor prolongadas, tempestades intensas e enchentes devastadoras. Para lidar com essas situações, muita gente comprou um gerador ou um sistema doméstico de energia solar e de bateria, muitas vezes com altos custos. Para alguns, um veículo elétrico é uma alternativa melhor, por servir a várias funções. O uso de veículos elétricos como fonte de energia tem despertado o interesse de executivos do setor de energia elétrica, incluindo Pedro Pizarro, presidente do Edison Electric Institute, principal empresa do setor, e CEO da Edison International, que fornece energia a milhões de residências e empresas no sul da Califórnia. Além da empresa de Pizarro, outras concessionárias de serviços públicos estão avaliando se é prático e seguro enviar energia de veículos elétricos para a rede de abastecimento. Segundo ele, ao absorver a energia excedente da rede e liberá-la em momentos de escassez, os veículos elétricos representariam uma reserva de emergência para lidar com quedas de energia diárias e semanais. Quanto mais as concessionárias e os usuários utilizarem os veículos elétricos dessa forma, maior o potencial de redução das emissões de gases que causam o aquecimento do planeta, pois isso aumentará o uso de fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, que são intermitentes. Por enquanto, poucos veículos elétricos são capazes de fornecer essa energia reserva, mas os executivos das principais montadoras, incluindo a Tesla, principal empresa de carros elétricos, afirmaram estar desenvolvendo atualizações para que muitos outros carros possam desempenhar essa função. (O Estadão – 01.08.2023)
Link ExternoEUA/DOE: Ferramenta de análise para apoiar iniciativas de crescimento da infraestrutura de VEs
A JD Power, uma empresa de análise de dados e inteligência do consumidor, anunciou que seu EV Index, uma ferramenta de análise para rastrear o crescente mercado de VEs nos Estados Unidos, foi selecionado pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) para ajudar a estabelecer benchmarks e monitorar o desenvolvimento contínuo da infraestrutura de VEs em todo o país. A ferramenta destina-se a fornecer dados detalhados sobre o desenvolvimento da infraestrutura de VE e a experiência do consumidor com redes públicas de carregamento em todo o país e será usada para fornecer informações sobre tendências regionais no crescimento da infraestrutura e possíveis barreiras à adoção generalizada do consumidor. O índice rastreia milhões de pontos de dados agregados em seis categorias: interesse, disponibilidade, adoção, acessibilidade, infraestrutura e experiência. (Smart Energy - 03.08.2023)
Link ExternoEUA: Empresas formam parceria com o objetivo de educar os consumidores a respeito da eficiência energética
A Eversource, Avangrid e seus subordinados estão colaborando com a organização sem fins lucrativos Rewiring America para educar os residentes de Connecticut sobre programas de eficiência energética e créditos fiscais. Essa parceria visa divulgar os programas Energize Connecticut e informar sobre os benefícios dos programas federais de eletrificação e eficiência energética, incluindo a Lei de Redução da Inflação (IRA) e seus créditos fiscais relacionados. A iniciativa tem como objetivo promover a energia limpa e a eletrificação para alcançar metas de redução de emissões. Os programas oferecem incentivos, descontos e créditos fiscais para atualizações eficientes e eletrificação residencial. A parceria busca tornar as informações mais acessíveis e capacitar os moradores a adotar medidas de eficiência energética. (EletricEnergyOnline - 08.08.2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Artigo GESEL: "Possibilidades do blend hidrogênio e gás natural para descarbonização"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Ruth Pastôra Saraiva Leão (Professora do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Grupo de Redes Elétricas Inteligentes (GREI)), Raquel Cristina Filiagi Gregory (Professora do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC e pesquisadora do GREI) e Francisca Dayane Carneiro Melo (Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFC e pesquisadora do GREI) abordam que o processo de transição energética tem como objetivo central a descarbonização, sendo um dos maiores desafios tecnológicos, econômicos e culturais enfrentados pela humanidade. O artigo enfatiza a importância da meta net zero fixada para 2050, considerando o impacto crescente dos fenômenos climáticos. Segundo os autores, no contexto brasileiro, a transição energética é facilitada devido ao grande potencial de recursos de energia renovável do país e à alta participação das fontes renováveis em sua matriz energética. O artigo sugere a adoção do hidrogênio verde (H2V) como uma das estratégias para reduzir as emissões de CO2 e impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono. A mistura de H2V com gás natural é apontada como uma possibilidade promissora para regular a inclinação e diminuir a distância da rampa na direção da transição energética, incentivando um mercado mais sustentável ambientalmente no setor de energia. (GESEL-IE-UFRJ – 07.08.2023)
Link ExternoBrasil: Governo do Ceará assina pacto brasileiro pelo hidrogênio verde com apoio de várias associações
O governo do Ceará assinou na quarta-feira (9) a adesão ao Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável, composto pela Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) e Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio), com o propósito de acelerar o desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio renovável (H2R), em especial no estado cearense. A assinatura do termo de adesão aconteceu em cerimônia oficial no Palácio do Governo do Ceará e teve as presenças do próprio governador Elmano de Freitas, e da vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da ABSOLAR, Camila Ramos. Segundo Camila Ramos, da ABSOLAR, a partir do desenvolvimento do hidrogênio renovável, o Brasil, com o pioneirismo do Ceará, pode tornar-se em um líder global na produção, consumo e exportação do combustível limpo. (Petronotícias – 07.08.2023)
Link ExternoBrasil: Multinacionais pressionam por regulação do H2V
Um grupo de dez grandes empresas interessadas no desenvolvimento de indústria de hidrogênio verde no Brasil (H2V) criou uma associação com objetivo de acelerar o debate em torno do marco regulatório para o setor. “O Brasil precisa passar uma mensagem mais clara e direta para entrar na competição global. Precisamos de um empurrão para sair da inércia”, afirma Luis Viga, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV). Segundo Viga, o Brasil tem condições “muito competitivas” para desenvolvimento do setor de H2V, por conta da matriz energética limpa, mas outros países estão agindo mais incisivamente para atrair os investidores. Os Estados Unidos já anunciaram que vão subsidiar até U$ 3 na produção de um quilograma de H2V, cujo preço é estimado entre US $4 e U$ 5. A ideia do governo americano é que a cadeia de energia verde promova uma reindustrialização do país. Viga afirma que os primeiros investidores no mercado de H2V assumirão um risco maior e, portanto, é crucial uma mobilização do governo brasileiro para reduzir alguns entraves. Um dos gargalos, aponta o executivo, é a elevada oneração da energia no consumo. Além disso, diz, é necessário estabelecer segurança jurídica e esclarecer as regras no país para atrair bancos de fora para financiar os projetos, reduzindo a dependência dos brasileiros BNB e BNDES. A ABIHV tem expectativa de que, até o fim do ano, o marco regulatório para a indústria de H2V seja apresentado pelo governo. (Valor Econômico - 07.08.2023)
Link ExternoBrasil: MME prepara plano trienal para desenvolvimento do hidrogênio combustível
Após a consulta pública finalizada em fevereiro de 2023, o Ministério de Minas e Energia está finalizando o Plano de Trabalho para orientar o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) nos próximos três anos, buscando fortalecer o setor no Brasil a. O programa abrange seis eixos principais, incluindo regulação, rotas tecnológicas, mercado, planejamento energético, cooperação internacional e capacitação. O hidrogênio verde (H2V), obtido por meio de energia limpa, está ganhando destaque, com vários projetos em desenvolvimento no Brasil, impulsionados por vantagens competitivas, como a infraestrutura de transmissão integrada e abundância de fontes renováveis, incluindo parques eólicos e fotovoltaicos na Região Nordeste. (Além da energia – 01.08.2023)
Link ExternoAlemanha: País explora esquema de subsídio apoiado pela UE para usinas de hidrogênio
O Ministério da Economia e Proteção Climática da Alemanha avançou nas negociações com a Comissão Europeia para subsidiar usinas de hidrogênio. O plano inclui licitar 8,8 GW de novas usinas operadas com hidrogênio desde o início e converter até 15 GW de usinas movidas a gás para funcionarem com hidrogênio até 2035. A Alemanha busca uma estrutura para implementar essas medidas e alcançar a neutralidade climática no setor elétrico. Além disso, a estratégia nacional de hidrogênio foi atualizada, dobrando a meta de capacidade de eletrólise doméstica para 10 GW até 2030, com planos de importação de hidrogênio para atender à crescente demanda no país. (H2 View – 01.08.2023)
Link ExternoAlemanha: Operadores de armazenamento de gás criticam planos para rede de hidrogênio
Os operadores do sistema de gás da Alemanha, representados pela associação FNB, pediram uma revisão fundamental de suas suposições para uma futura rede de transporte de hidrogênio. Eles argumentam que os planos existentes levariam a uma rede superdimensionada, o que poderia resultar em infraestrutura subutilizada e custos elevados. A FNB questiona a capacidade de importação assumida para importações de hidrogênio por meio de dutos de países vizinhos e destaca discrepâncias entre as suposições dos operadores do sistema e estimativas da estratégia nacional de hidrogênio. Eles sugerem que a utilização efetiva de locais de armazenamento permitiria uma rede menor, pois essas instalações podem ajudar a atender aos picos de demanda. A consulta sobre as suposições subjacentes ao sistema de transporte de hidrogênio terminou, e uma otimização adicional da rede é esperada com base nos comentários recebidos. (Argus Media - 01.08.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil/EPE: Geração distribuída deve alcançar 528,8 mil GWh em 2023
A geração de energia a partir de sistemas de micro e mini geração distribuída deve alcançar 528,8 mil GWh neste ano, segundo a 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões para o Planejamento Anual da Operação Energética 2023-2027, divulgada ontem pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A previsão inclui a energia gerada por esses sistemas em modelo de geração remota, portanto com energia injetada nas redes de distribuição, bem como a energia gerada em sistemas de autoconsumo, nos próprios telhados da unidade consumidora. Do total estimado, 518,4 mil GWh correspondem a energia injetada na rede e os demais 10,4 mil GWh em sistemas menores. A estimativa leva em consideração a potência instalada de sistemas de geração distribuída até junho deste ano, conforme registrado na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e projeta a produção anualizada dessas instalações, com base também em mapas solarimétricos. (Broadcast Energia - 02.08.2023)
Link ExternoEDP: Investimento de R$ 13 bilhões em GD no mundo
O grupo EDP está empenhado em investir cerca de R$ 13 bilhões até 2026 para instalar mais 4 GWp em projetos solares para famílias e empresas, contribuindo de forma decisiva para a transição energética. A geração solar distribuída tornou-se um dos segmentos de negócio de mais rápido crescimento da EDP – tanto que deverá representar cerca de 50% das novas adições de energia solar a nível global nos próximos anos. No mundo, o grupo já instalou cerca de 1,6 GWp de capacidade de solar distribuído em clientes empresariais e residenciais em todo o mundo, dos quais 0,9 GWp por meio do modelo as-a-service, em que a empresa assume 100% do investimento e estabelece um contrato de longo prazo com o cliente. (CanalEnergia - 03.08.2023)
Link ExternoPG&E: Formação de parcerias visando a gestão de microrredes
A Pacific Gas and Electric (PG&E), uma das principais distribuidoras de eletricidade da Califórnia, em parceria com a Schneider Electric e a Microsoft, está adotando uma abordagem de "colaboração radical" para a gestão de microrredes e REDs através do uso de sistemas DERMS. Anteriormente, a PG&E mantinha informações em segredo, mas agora busca total transparência e colaboração com a comunidade. O sistema utiliza o Microsoft Azure e o EcoStruxure DERMS da Schneider Electric para coletar dados sobre REDs, como painéis fotovoltaicos e VEs, permitindo à PG&E elevar a eficiência da operação e a confiabilidade da rede. A iniciativa visa enfrentar o aumento da demanda de energia devido a difusão de VEs e outras REDs, proporcionando resiliência e resposta à demanda. Com permissão dos clientes, a PG&E poderá utilizar recursos como energia solar e microrredes para evitar apagões e picos de demanda. Outros fornecedores, como a Horizon Power, também estão adotando sistemas DERMS para gerenciar recursos de energia distribuídos. (Microgrid Knowledge - 31.07.2023)
Link ExternoEndesa: Lançamento de projeto de gêmeo digital para rede de distribuição
A subsidiária de rede da concessionária espanhola Endesa, e-distribución, criará um gêmeo digital de sua rede nos próximos três anos. Ainda em preparação, a empresa mobilizou 50 equipes especializadas tanto no território continental da Espanha como nas Ilhas Canárias e Baleares para recolher dados sobre os 90 mil km de linhas aéreas de média e alta tensão, 1.311 subestações e 144 mil centros de distribuição. Depois que o gêmeo digital estiver completo, tudo isso estará acessível com o clique de um mouse e, juntamente com os dados operacionais em tempo real dos sensores, deve fornecer uma réplica exata do status da rede. O projeto, realizado com um investimento de € 40 milhões (US$ 43,7 milhões), marca o próximo passo na digitalização contínua da empresa de suas operações. A Endesa antecipa que o gêmeo digital deve abrir novas possibilidades para o gerenciamento futuro da rede, desde simulações em diferentes condições até a aplicação de manutenção preventiva, interação com o pessoal de campo de forma mais eficiente e controle em tempo real dos componentes da rede. (Smart Energy - 04.08.2023)
Link ExternoSEC: Nova regra exige que empresas públicas divulguem violações de segurança cibernética
A Securities and Exchange Commission (SEC) adotou recentemente novas regras que exigem que as empresas públicas divulguem dentro de quatro dias todas as violações de segurança cibernética que possam afetar seus resultados financeiros. Atrasos serão permitidos se a divulgação imediata representar sérios riscos à segurança nacional ou à segurança pública. As novas regras também exigem que as empresas de capital aberto divulguem anualmente informações sobre sua gestão de riscos de segurança cibernética e experiência executiva na área. A ideia é proteger os investidores. As regras colocarão “mais transparência em um risco opaco, mas crescente” e podem estimular melhorias nas defesas cibernéticas – embora potencialmente representem um desafio maior para empresas menores com recursos limitados, disse Lesley Ritter, vice-presidente sênior da Moody's Investors Service. (Power Grid - 03.08.2023)
Link ExternoEUA: Casa Branca procura solucionar lacuna de trabalhadores especializados em segurança cibernética
A Casa Branca divulgou um plano abrangente para lidar com a escassez de trabalhadores qualificados no setor de segurança de TI, que já dura anos. A Estratégia Nacional de Força de Trabalho e Educação Cibernética exige que os funcionários do governo trabalhem com o setor privado e outras partes interessadas importantes para promover habilidades cibernéticas fundamentais para todos os americanos. As autoridades também planejam expandir o número de programas de treinamento disponíveis para treinamento profissional e ajudar a desenvolver uma força de trabalho mais diversificada, que tem sido amplamente sub-representada por minorias sociais. A escassez de profissionais de segurança de TI tem sido um problema há anos, já que a indústria global sofre com mais de 3 milhões de empregos não preenchidos. (CyberSecurityDive - 01.08.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
América Latina: El Niño impactará setor elétrico de forma diferenciada, aponta Moody’s
A agência Moody's alertou sobre a chegada iminente do El Niño após anos de La Niña na América Latina, destacando a menor flexibilidade financeira de governo e empresas para lidar com eventos climáticos devido a dívidas acumuladas, custos de juros e riscos políticos. Embora muitos países e setores resistam ao impacto, há riscos, como despesas de estímulo e reconstrução de infraestrutura, além de aumento dos custos de concessões. A Moody's também apontou para possíveis impactos nos mercados agrícolas e de mineração, incluindo preços mais altos de alimentos e restrições na oferta de metais. No setor elétrico, o El Niño afeta a produção hidrelétrica, os preços da eletricidade e geração renovável, com chuvas acima da média no sul do Brasil podendo causar danos e preços mais baixos prejudicando produções sem contratos de curto prazo. Geradores com contratos vigentes estão mais protegidos. A Moody's destaca uma queda nos preços de energia para os próximos anos. (CanalEnergia - 07.08.2023)
Link ExternoBrasil: Desenvolvimento do mercado de carbono brasileiro passa por acesso dos pequenos e médios produtores rurais
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Paulo Branco, diretor adjunto estratégico do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), Pedro Fittipaldi, advogado e geógrafo pela USP, Fernando Antunes Lopes, economista que liderou o time de relações governamentais da Salesforce no Brasil de 2021 a julho de 2023, e Eduardo Caldas, atual coordenador da TFA (Tropical Forest Alliance) no Brasil, abordam a questão do desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil. Para os autores, o desenvolvimento de um mercado de carbono no Brasil é uma alternativa de mecanismo de financiamento da restauração e da conservação da natureza com grande potencial, mas que precisa ser regulamentada para incluir salvaguardas sociais e ambientais claras. Os autores sublinham que o acesso de pequenos e médios proprietários de terras a essa agenda deve receber especial atenção, já que 81% das propriedades rurais do Brasil têm até 50 hectares e outros 15% contam com até 500 hectares, segundo o Censo Agropecuário do IBGE. No entanto, esses proprietários têm grande dificuldade de acesso à venda de créditos de carbono por conta dos altos custos de implementação, certificação e monitoramento de projetos de restauração de ecossistemas. Os autores indicam que para diluir os custos e compartilhar os desafios de monitoramento, essa implementação pode ser realizada por associações ou outros grupos organizados de proprietários de terras dentro da mesma região. Entretanto, um dos principais desafios é a governança, principalmente referente às questões fundiárias e à dificuldade em acessar áreas remotas. Outro ponto essencial para a eficácia dos projetos é o estabelecimento de estratégias de comunicação e disseminação focadas em diferentes stakeholders, além de uma boa interlocução entre os órgãos dos governos e os setores das instituições implementadoras. (GESEL-IE-UFRJ – 07.08.2023)
Link ExternoFinancial Times: "Custos alimentam rejeição a projetos da economia verde"
As divergências partidárias sobre a política para as mudanças climáticas vêm aumentando nos Estados Unidos. Na Europa, também, políticos de direita vêm explorando as preocupações com os custos das medidas verdes para obter vantagens eleitorais. Neste contexto, a revista Financial Times (FT) aponta que os governos estão aprendendo que não podem dar como certo o apoio da população às questões verdes, especialmente quando políticas começam a impor custos e inconveniências. A FT aponta que estratégias melhores são necessárias para fortalecer o combate às mudanças climáticas. Dentre elas, pode-se citar: roteiro de longo prazo claro; melhor comunicação também; os custos das medidas ecológicas também precisam ser cobrados da forma mais proporcional e progressiva possível; e o emprego de incentivos, uma vez que nem todos os custos podem ser compensados. (GESEL-IE-UFRJ – 07.08.2023)
Link ExternoEnergy Cities: Relatório demonstra como as comunidades de energia renovável podem aliviar a pobreza energética
A formação de comunidades energéticas oferece inúmeros benefícios materiais tangíveis e de capacitação para os trabalhadores de um determinado território – especialmente para aqueles que se sentem frequentemente deixados para trás. É também isso que várias cidades estão prestes a fazer no âmbito do projeto POWER UP. A publicação da Friends of the Earth Europe descreve a situação de pobreza energética na Europa e os fatores externos hostis que agravam o fenômeno. Os autores também destacam formas inovadoras de facilitar a vida de pessoas vulneráveis por meio de projetos de energia descentralizados e colaborativos. A pesquisa revelou que as comunidades de energia são uma das várias ferramentas na luta contra a pobreza energética. No entanto, por mais que as comunidades energéticas possam fazer muito, elas não devem ser vistas como uma bala de prata – especialmente sem as estruturas e incentivos adequados ou amarrados a expectativas irracionais. (Energy Cities – 01.08.2023)
Link ExternoEUA: Preço do carbono na Califórnia atinge maior pico desde 2021
O preço do carbono da Califórnia atingiu o valor mais alto desde novembro de 2021, chegando a US$ 36,14 por tonelada métrica após os reguladores do mercado de carbono do estado apresentarem cenários de restrição de oferta. Esses cenários visam alinhar o programa cap-and-trade do estado com o Plano de Escopo de 2022, que estabelece uma nova meta de redução de 48% das emissões em relação aos níveis de 1990. Os cenários exploram reduções de emissões de 40%, 48% e 55% até 2030. A proposta reduziu as licenças de 2025-2030 para compensar metas menos ambiciosas nos anos anteriores. O California Air Resource Board (CARB) também ajustou o inventário de emissões de 2020, reconhecendo uma superestimação de 13,7 milhões de toneladas métricas, o que afetou o cenário de referência anterior. O CARB realizou um workshop para discutir os cenários e a regulamentação formal pode começar até o final de 2023, com mudanças implementadas a partir de 2025. (BloombergNEF – 03.08.2023)
Link ExternoEnergia verde fica mais cara após anos de queda nos preços
Nos últimos anos, o crescimento rápido da energia eólica e solar foi impulsionado por reduções de preço, porém, essa tendência estagnou e agora as empresas e serviços públicos estão enfrentando custos mais altos pela eletricidade verde. Esse fenômeno está ocorrendo devido a uma série de fatores, como forças macroeconômicas e esforços de países para controlar suas cadeias de suprimento de energia. Um exemplo ilustrativo é a fazenda solar e de bateria de San Juan, no Novo México, que enfrentou dificuldades para entrar em operação devido a aumentos nos custos e na obtenção de componentes solares. A renegociação de contratos se tornou comum, com muitos projetos solar e eólicos enfrentando atrasos e aumentos de custos. Embora os custos tenham aumentado, especialistas acreditam que essa tendência pode ser temporária, e a energia renovável ainda é mais econômica que fontes fósseis nos Estados Unidos, especialmente considerando os subsídios e avanços tecnológicos contínuos. (Valor – 14.08.2023)
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