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IFE
15/08/2023

IFE Transição Energética 29

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
15/08/2023

IFE nº 29

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 29

Dinâmica Internacional

IEA: Dez principais países que estão avançando rapidamente na transição energética

O relatório de julho da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) destaca que a transição energética global está progredindo de forma insuficiente, com apenas três dos 50 principais componentes de energia encaminhados para alcançar zero líquido até 2050. Embora a energia solar fotovoltaica seja uma exceção positiva, outros setores como aço, aviação, gás e captura de carbono (CCS) estão ficando aquém. Enquanto isso, há países individuais que estão avançando consideravelmente em suas transições para energia renovável, como a Holanda, Uzbequistão, Polônia, Burkina Faso, Montserrat, Granada, Camarões, Tanzânia e Santa Lúcia, com previsões de expansão significativa em fontes renováveis em suas redes elétricas nos próximos anos. (Energy Monitor – 03.08.2023)
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IEA/NGFS: Precificação de carbono e o caminho para a descarbonização

A precificação de carbono está sendo considerada uma ferramenta importante para a descarbonização em diferentes cenários apresentados pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e pela Rede para Esverdear o Sistema Financeiro (NGFS, na sigla em inglês). O NGFS apresenta cenários de emissões zero, onde um aumento significativo no preço do carbono resulta em medidas rápidas de descarbonização e redução da demanda por combustíveis fósseis. Os preços do carbono sobem a níveis altíssimos, refletindo os custos marginais de abatimento de emissões, e podem sinalizar a necessidade de políticas mais rigorosas de descarbonização. Por outro lado, o cenário da IEA para a neutralidade de emissões vê os preços do carbono complementando as políticas climáticas, ao invés de serem a principal alavanca de descarbonização. Nesse cenário, os preços do carbono são usados em conjunto com outras medidas políticas e tecnológicas para alcançar a descarbonização, e são significativamente mais baixos do que os cenários NGFS. As diferentes abordagens podem ter impactos distintos no investimento de capital, inflação e volatilidade dos preços. (BNEF – 26.07.2023)
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Banco Mundial: Custo global da transição energética passaria de R$ 5 trilhões anuais

A luta contra as mudanças climáticas requer uma transição global para a energia limpa, mas essa mudança substancial requer um investimento anual de pelo menos US$ 1 a US$ 3 trilhões por parte dos países em desenvolvimento, conforme estimado por Mari Pangestu, ex-funcionária do Banco Mundial. A falta de financiamento torna essa transição difícil, gerando tensões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. A recente reunião de ministros do Clima e Meio Ambiente das maiores economias do mundo terminou sem acordo, destacando a falta de união global para enfrentar a crise climática, enquanto os impactos se tornam mais evidentes. (Olhar Digital – 07.08.2023)
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Nacional

Governo promete reduzir geração térmica em 70% na região Amazônica

O presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciaram um programa chamado Energias da Amazônia, visando reduzir em 70% a geração térmica na região Amazônica até 2030. A iniciativa envolve substituir termelétricas a diesel por geradores movidos a fontes renováveis, como biodiesel, solar, biogás e biomassa, em sistemas isolados. O projeto inclui a ampliação da rede de distribuição, o início das obras do linhão Manaus-Boa Vista para conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional, e a importação de energia limpa da Venezuela. O programa busca melhorar a qualidade do suprimento de energia, reduzir custos e emissões de CO2, beneficiando milhões de consumidores na região. Além disso, o relançamento do Luz para Todos visa fornecer energia elétrica a mais de 500 mil famílias em áreas remotas da Amazônia Legal até 2026. O investimento total previsto é de cerca de R$ 5 bilhões. (EPBR – 04.08.2023)
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Do etanol à solar, petroleiras travam corrida por energias renováveis

A aquisição recente da Rio Energy pela Equinor marca a entrada da petroleira norueguesa no mercado eólico brasileiro, sendo parte de um movimento maior das petroleiras europeias para diversificar seus investimentos em energias renováveis no Brasil. Enquanto a BP foca em bioenergia e solar, a Equinor, Galp e TotalEnergies atuam em energia solar e eólica, e a Shell investe em bioenergia e tem planos para energia solar, eólica offshore e hidrogênio verde. Essa tendência é impulsionada pela pressão dos investidores por responsabilidade ambiental e pela busca por alternativas devido ao declínio do consumo de petróleo e a transição energética global. As petroleiras buscam parcerias estratégicas e aquisições de empresas locais para expandir seus portfólios de projetos renováveis no Brasil. (EPBR – 07.08.2023)
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Exploração de petróleo no centro da cúpula da Amazônia

Mais de 80 organizações da sociedade civil assinaram um manifesto pedindo o fim dos projetos de petróleo e gás na Amazônia, buscando colocar essa discussão na agenda da Cúpula da Amazônia da Organização para o Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) em Belém, no Pará. As organizações, incluindo grupos ambientais e indígenas, desejam que a Cúpula sirva como exemplo para outros países na eliminação dos combustíveis fósseis e pedem que os governos estabeleçam uma data para o fim da produção de combustíveis fósseis, reorientem os subsídios e parem de financiar projetos de extração de óleo e gás na Amazônia. A Cúpula enfrenta divisões sobre o tema do petróleo, com a Colômbia defendendo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e o Brasil tendo opiniões divergentes sobre a exploração de petróleo na região. (EPBR – 07.08.2023)
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Transição energética esbarra na falta de regulamentação

Apesar de terem representantes na Petrobras e no Ministério de Minas e Energia, a transição energética no Brasil ainda enfrenta desafios em termos de regulação e viabilidade econômica. Atualmente, há cerca de dez projetos de lei em andamento no Legislativo federal que buscam regulamentar aspectos relacionados ao uso e produção de hidrogênio, biometano, energia eólica offshore e captura de dióxido de carbono (CO2) para reaproveitamento. A falta de coordenação governamental e a ausência de regulamentação pronta podem colocar o país em desvantagem. Apesar disso, os desafios regulatórios não acompanham a velocidade da inovação, especialmente em tecnologias complexas. A regulamentação bem-feita e a capacidade de compreensão são cruciais para o sucesso da transição energética, mas o Brasil ainda enfrenta obstáculos nesse sentido. (Valor – 04.08.2023)
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As vantagens e desvantagens da energia solar

Mais de 1,5 milhão de residências no Brasil estão utilizando sistemas fotovoltaicos para geração de energia elétrica a partir da luz solar, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Essa prática pode resultar em até 90% de redução na conta de energia elétrica, graças à geração própria de eletricidade. Os sistemas fotovoltaicos são compostos por painéis solares instalados nos telhados das residências e inversores solares. Existem dois modelos de uso: on grid, conectado à rede elétrica, onde a energia excedente é convertida em crédito na conta de luz; e off grid, onde a residência fica desconectada da rede, exigindo baterias para armazenamento. Além da economia, a energia solar oferece alta usabilidade e durabilidade, podendo valorizar o imóvel e contribuir para a preservação do meio ambiente. No entanto, o investimento inicial ainda é alto, e a isenção de taxas para os consumidores com energia solar pode resultar em taxas mais altas para outros consumidores. (Valor – 04.08.2023)
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São Paulo terá primeiro serviço de energia solar por assinatura

A predominância de edifícios nos centros urbanos tem limitado o uso da energia solar devido à falta de espaço para instalar painéis fotovoltaicos, além do alto custo das estruturas. Para superar essas barreiras, serviços de assinatura estão surgindo, onde a energia solar é gerada em áreas externas às cidades e distribuída aos clientes através de cabos. No Brasil, já existem cerca de 6,4 mil usinas de energia solar por assinatura instaladas, atendendo mais de 300 mil consumidores. Esse modelo permite a democratização do acesso à energia solar, mesmo para aqueles sem espaço ou recursos para instalações próprias, gerando uma economia média de 10% a 15% na conta de luz. A empresa Sun Mobi estreará esse serviço na Grande São Paulo em agosto, visando especialmente as áreas densamente urbanizadas com falta de espaço para painéis solares. (CNN – 06.08.2023)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

UE: Aprovação de nova regra para infraestrutura de carregamento de VEs

O Conselho da União Europeia (UE) assumiu regras para a infraestrutura de recarga, determinando que até 2025 as principais rodovias do continente devem ter carregadores a cada 60 quilômetros. As estações devem oferecer 400 kW totais, com pelo menos uma de 150 kW, eliminando carregadores mais lentos. As demais estradas da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) devem adotar carregadores a cada 60 km, com potência combinada de 300 kW e uma estação de 150 kW. Pelo menos 50% das rodovias devem estar equipadas até o final de 2027, chegando a 100% de cobertura até dezembro de 2030. As estações para caminhões devem ser instaladas até 2030, com potência mínima de 350 kW. As novas regras não atrelam mais os carregadores a um sistema de assinatura. As mudanças devem entrar em vigor seis meses após a publicação no Diário Oficial da UE. (Inside EVs - 26.07.2023) 
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Elétricos chineses forçam redução de preços no mercado

A entrada dos VEs chineses vem forçando uma redução de preços no mercado brasileiro. Na maioria dos casos, para deixar o veículo competitivo a marca reduz o preço e, consequentemente, sua margem de lucro. Esse é um movimento que está acontecendo no mercado de carros elétricos de entrada após o lançamento do BYD Dolphin, que custa R$ 149.800. “Isso é uma consequência direta da chegada de novos modelos elétricos, principalmente no segmento de entrada. Faltava competição. Houve um reposicionamento geral do mercado com preços mais baixos, principalmente em função do BYD”, diz Milad Kalume Neto, diretor da Jato Dynamics. Outro motivo que pode ajudar na queda de preço é a valorização do real. Há cinco meses, o dólar era cotado a R$ 5,20. Hoje, é negociado a R$ 4,70. Ao longo dos meses, o dólar foi caindo gradativamente, o que possibilitou que as montadoras pudessem comprar os veículos elétricos das matrizes por um preço mais baixo. (Valor Econômico - 04.08.2023)
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China: Carros elétricos abalam domínio japonês no Sudeste Asiático

Os carros elétricos chineses estão ganhando popularidade no Sudeste Asiático, incluindo países como Tailândia, Indonésia e Malásia. Segundo um estudo da Counterpoint, 3 em cada 4 carros elétricos vendidos na região são fabricados na China, devido aos preços competitivos e apoio governamental para a transição elétrica. A Tailândia é um destaque nesse cenário, com 79% das vendas de carros elétricos no Sudeste Asiático, impulsionada por incentivos e subsídios para fabricantes estrangeiros, incluindo marcas chinesas como GWM e BYD. A participação de mercado dos carros elétricos chineses na Tailândia cresceu de 38% para 75% entre 2022 e 2023, com o país visando ter 30% da produção local como elétrica até 2030. (Inside Evs – 04.08.2023)
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UE: Diretiva coloca eficiência como prioridade da política energética

A União Europeia (UE) concluiu as negociações interinstitucionais sobre o quadro jurídico para a eficiência energética, estabelecendo, pela primeira vez, metas vinculativas para a redução do consumo com a “eficiência em primeiro lugar” como estatuto jurídico. A Diretiva de Eficiência Energética alterada estabelecerá metas de economia de energia para o consumo de energia primária e final na UE. Com a diretiva, os estados membros terão que garantir coletivamente uma redução no consumo de energia de pelo menos 11,7% no nível da UE até 2030. Um mecanismo de monitoramento e execução acompanhará esse objetivo para garantir que os Estados membros cumpram suas contribuições nacionais para essa meta obrigatória da UE. Com a diretiva, os países da UE serão legalmente obrigados a priorizar a eficiência energética na formulação de políticas, planejamento e grandes investimentos. (Smart Energy - 26.07.2023)
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Chile: Uso massivo de aquecedores a lenha emperra transição energética

A lenha continua a ser a principal fonte de energia para aquecimento e cozimento nos lares chilenos, gerando preocupações crescentes devido à poluição do ar e aos riscos à saúde. Enquanto o Chile busca uma transição energética mais limpa, a lei de biocombustíveis sólidos foi aprovada para regulamentar a qualidade da lenha, mas desafios técnicos e econômicos persistem. A adoção de pellets de madeira como alternativa mais limpa é uma opção, porém, a escassez e os altos preços são obstáculos. A eletrificação dos lares também é vista como essencial para enfrentar a crise climática, mas altos custos de eletricidade representam um desafio. Projetos de hidrogênio verde e lítio podem impactar a transição, mas a oportunidade de desenvolvimento local de tecnologias de armazenamento precisa ser considerada para benefício de toda a cadeia de consumo de energia. (Diálogo Chino – 03.078.2023)
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DOE: Edifícios eficientes salvam vidas durante eventos climáticos extremos

Um relatório recente do Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) descobriu que melhorar o desempenho da eficiência energética passiva em edifícios, evita mortes e mantém os ocupantes mais seguros durante eventos climáticos extremos. Os resultados da amostra mostraram que a implementação de medidas de construção passiva para atender ou exceder os códigos atuais pode melhorar a habitabilidade em até 120% durante o frio extremo e até 140% durante o calor extremo. O DOE enfatizou a eficácia das tecnologias de eficiência energética e estratégias de design na resiliência dos edifícios e do sistema de energia durante eventos disruptivos. Investir em eficiência energética traz benefícios para a segurança dos ocupantes e a integridade do sistema energético. (UtilityDive - 26.07.2023)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL: "Possibilidades do blend hidrogênio e gás natural para descarbonização"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Ruth Pastôra Saraiva Leão (Professora do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Grupo de Redes Elétricas Inteligentes (GREI)), Raquel Cristina Filiagi Gregory (Professora do Departamento de Engenharia Elétrica da UFC e pesquisadora do GREI) e Francisca Dayane Carneiro Melo (Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da UFC e pesquisadora do GREI) abordam que o processo de transição energética tem como objetivo central a descarbonização, sendo um dos maiores desafios tecnológicos, econômicos e culturais enfrentados pela humanidade. O artigo enfatiza a importância da meta net zero fixada para 2050, considerando o impacto crescente dos fenômenos climáticos. Segundo os autores, no contexto brasileiro, a transição energética é facilitada devido ao grande potencial de recursos de energia renovável do país e à alta participação das fontes renováveis em sua matriz energética. O artigo sugere a adoção do hidrogênio verde (H2V) como uma das estratégias para reduzir as emissões de CO2 e impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono. A mistura de H2V com gás natural é apontada como uma possibilidade promissora para regular a inclinação e diminuir a distância da rampa na direção da transição energética, incentivando um mercado mais sustentável ambientalmente no setor de energia. (GESEL-IE-UFRJ – 07.08.2023)
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Brasil: Indústria de cloro quer energia barata para se posicionar como supridora de hidrogênio verde

A Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) lançou sua rota estratégica até 2035, visando se tornar a principal fornecedora de hidrogênio verde no país. O setor produz hidrogênio como subproduto durante o processo de produção de cloro. A estratégia da Abiclor requer acesso a eletricidade e gás natural com contratos de longo prazo a preços competitivos para ampliar a produção e utilização de hidrogênio. A associação apoia discussões no Congresso sobre a modernização do setor elétrico e a expansão do mercado livre de gás para viabilizar um maior número de fornecedores. A Abiclor considera o hidrogênio verde como uma via primordial para a descarbonização dos setores de transporte e indústria, mas reconhece desafios como o transporte da molécula e a necessidade de maior participação nas discussões internacionais sobre certificação de hidrogênio verde. A criação de um mercado de carbono também é vista como crucial para a competitividade da produção nacional. (EPBR – 07.08.2023)
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Brasil: Associação de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis é criada para otimizar condições de mercado

Foi lançada a Associação Brasileira de Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis (Abhic) com o propósito de impulsionar o mercado de hidrogênio e combustíveis sustentáveis no Brasil. A nova entidade buscará otimizar as condições de mercado, tecnológicas e regulatórias do setor, representando interesses junto ao poder público, empresas e academia. Com grande potencial para se tornar um grande produtor e exportador de hidrogênio verde, o Brasil pode ser líder nesse mercado e alcançar uma receita anual de R$ 150 bilhões a partir de 2050, de acordo com dados da consultoria alemã Roland Berger. A Abhic se posiciona para contribuir com a regulamentação e a estruturação do mercado nacional e busca associados interessados em colaborar nesse setor em crescimento. (Valor – 01.08.2023)
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Reino Unido: Aquecimento com hidrogênio e blending na rede de gás natural

As necessidades de aquecimento do Reino Unido correspondem a cerca de 20% das emissões de carbono do país. O hidrogênio oferece a possibilidade de descarbonizar as redes de gás existentes através de misturas, pois 85% das residências e empresas britânicas são aquecidas por caldeiras a gás. Projetos de inovação como H21, HyDeploy e FutureGrid mostraram resultados positivos ao misturar hidrogênio no gás, permitindo que muitos clientes usem essa mistura com segurança em seus aparelhos existentes. O governo planeja permitir uma mistura de até 20% de hidrogênio nas redes de distribuição de gás até 2026. Isso pode contribuir para a meta de neutralidade de carbono do Reino Unido até 2050. (H2 View – 07.08.2023)
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Alemanha: Esquema de subsídio apoiado pela UE para usinas de hidrogênio

O Ministério da Economia e Proteção Climática da Alemanha (BMWK) avançou nas negociações com a Comissão Europeia sobre a criação de um quadro de subsídios para usinas de hidrogênio. O governo alemão planeja realizar licitações para 8,8 GW de novas usinas operadas com hidrogênio e até 15 GW de usinas a gás a serem convertidas para hidrogênio até 2035. As medidas incluem operar usinas a gás novas e convertidas com hidrogênio renovável, desenvolver usinas híbridas de hidrogênio e converter usinas a gás para funcionar com hidrogênio. Essa estratégia visa alcançar a neutralidade climática no setor elétrico, considerado um pilar fundamental para a descarbonização de outros setores. (H2 View – 01.08.2023)
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Chile: Mercado de exportação de hidrogênio promissor até 2030

O Chile está emergindo como um mercado de destaque para a exportação de hidrogênio verde até 2030, com planos ambiciosos de alcançar 5 GW de capacidade de eletrólise até 2025 e 25 GW até o final da década. O país já possui 41 projetos focados em hidrogênio verde em andamento, incluindo a planta de demonstração Haru Oni da HIF Global, que produz gasolina sintética usando energia renovável, hidrogênio verde e carbono reciclado dióxido. As exportações de hidrogênio verde do Chile devem atingir cerca de US$ 3 bilhões até 2030, crescendo para US$ 16 bilhões até 2040 e US$ 24 bilhões até 2050, com destaque para a exportação de amônia verde, principalmente para a Europa. Embora o Chile tenha planos ambiciosos, desafios como a falta de compradores firmes, infraestrutura insuficiente e obstáculos relacionados ao transporte de hidrogênio precisarão ser superados para atingir plenamente essas metas de exportação. (H2 View – 07.08.2023)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

IEA: Necessários mais esforços em redes inteligentes e digitalização

Segundo a atualização do Tracking Clean Energy Progress 2023 da IEA, as grandes economias têm investido na digitalização e modernização de suas redes elétricas para acelerar a transição para energia limpa. Porém, é necessário mais esforço dos formuladores de políticas e da indústria para maximizar o potencial da digitalização, incluindo padrões, políticas e regulamentações que promovam a inovação e a interoperabilidade, garantindo segurança cibernética e privacidade dos dados. O investimento em tecnologias digitais cresceu mais de 50% desde 2015, representando 19% do investimento total em 2023, com foco na distribuição e infraestrutura de carregamento de veículos elétricos. No entanto, o investimento em redes inteligentes precisa dobrar até 2030, atingindo quase US$ 600 bilhões/ano, para acompanhar o cenário de 'emissões líquidas zero', especialmente em mercados emergentes e em desenvolvimento. (Smart Energy - 24.07.2023)
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IEA: Descarbonização em economias emergentes por meio do carregamento inteligente

O Cenário de Compromissos Anunciados da IEA prevê que o aumento dos veículos elétricos de 17 milhões para 808 milhões até 2040 pode reduzir as emissões de transporte em 36%, aproveitando os ganhos da descarbonização do sistema de energia. Isso é particularmente vantajoso para economias emergentes com metas de energia renovável, abrangendo diversos modos de transporte elétrico e exigindo estratégias eficientes para integração de infraestrutura de carregamento. (IEA – Agosto de 2023)
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Como a indústria de energia tratou a inteligência artificial nos registros do segundo trimestre de 2023?

No segundo trimestre de 2023, a indústria global de energia registrou uma redução de 48% nas menções de inteligência artificial em comparação com o trimestre anterior, com destaque para a ABB Índia, que apresentou um aumento anual de 56% nas referências. O uso crescente da inteligência artificial está prometendo transformar todo o setor de energia. A GlobalData observou que a inteligência artificial foi o tópico mais mencionado no trimestre, superando temas como meio ambiente e dietas à base de plantas. Entre as principais empresas do setor, a ABB Índia liderou o aumento de referências à inteligência artificial, com um crescimento de 100% no segundo trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. O índice geral de inteligência artificial nesse trimestre foi de 105, indicando um sentimento positivo. Esse avanço na adoção da inteligência artificial pode impactar profundamente a indústria de energia, conforme analisado no relatório de Tamanho, Compartilhamento, Tendências, Análise e Previsão do Mercado de Inteligência Artificial da GlobalData. (Enery Monitor – 03.08.2023)
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Tendências tecnológicas: metaverso de energia, PV flexível, baterias comestíveis

O metaverso da energia está ganhando forma com um novo relatório estimando um aumento significativo no investimento global em tecnologias-chave até 2031, incluindo gêmeos digitais, IA, drones e aplicativos baseados em blockchain. Painéis solares flexíveis e integráveis em várias superfícies estão sendo desenvolvidos pela startup belga EnFoil, com aplicações potenciais em edifícios, tendas e veículos. Além disso, pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia criaram a primeira bateria totalmente comestível e recarregável, utilizando substâncias consumíveis como ânodo e cátodo, apresentando potencial para brinquedos, diagnósticos médicos e monitoramento alimentar. (Smart Energy – 31.07.2023)
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Impactos Socioeconômicos

Como maximizar os benefícios sociais das políticas de energia limpa para famílias de baixa renda

Colocar a inclusão das pessoas no centro das transições de energia limpa é essencial para efetivar políticas energéticas e climáticas, além de abordar desigualdades socioeconômicas. Enquanto o investimento em energia limpa supera os combustíveis fósseis, é crucial que os governos desenvolvam políticas abrangentes que equilibrem a ação climática com a redução da pobreza e da desigualdade. As políticas de energia limpa devem considerar o contexto local para evitar consequências negativas desproporcionais. Estratégias como incentivos para eficiência energética em edifícios e projetos de energia comunitária podem ser eficazes, mas precisam ser cuidadosamente planejadas para evitar agravar a desigualdade. A pesquisa e análise dos impactos sociais completos dessas políticas são fundamentais para criar transições justas e inclusivas para energia limpa. (IEA – 03.08.2023)
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Estudo apresenta soluções para a transição energética e economia de baixo carbono no Brasil

A Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Adam Smith International Limited (ASI) realizaram estudos em parceria com o Prosperity Fund para examinar a transição energética e a economia de baixo carbono no Brasil, focando em inclusão social e equidade de gênero. Os estudos resultaram em propostas regulatórias para o setor elétrico brasileiro, abordando temas como recursos energéticos distribuídos para populações de baixa renda, modelos de negócios para geração solar fotovoltaica em comunidades carentes, desenho de mercado e tarifas na abertura do mercado, diretrizes para a abertura do mercado varejista de eletricidade e a cadeia de valor do biodiesel com créditos de descarbonização. (FGV – 04.08.2023)
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Famílias em áreas isoladas poderão ter auxílio para energia, gás e combustível

Um projeto de lei apresentado pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-AP) propõe a criação do Auxílio às Famílias que vivem no Isolamento Energético Brasileiro (Afieb), visando auxiliar famílias de baixa renda que vivem em localidades não conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e enfrentam custos elevados com energia, combustíveis e gás de cozinha devido à falta de integração com o sistema nacional. O auxílio seria pago em parcelas mensais de meio salário mínimo, beneficiando famílias cadastradas no Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC). O projeto aguarda designação de relator na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado. (Agência Senado – 07.08.2023)
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