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IFE
07/08/2023

IFE Transição Energética 28

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
07/08/2023

IFE nº 28

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 28

Dinâmica Internacional

IEA: Demanda global por carvão deve permanecer em níveis recordes em 2023

O consumo global de carvão atingiu um recorde histórico em 2022 e permanecerá próximo desse nível em 2023, impulsionado pelo forte crescimento na Ásia para geração de energia e uso industrial. Enquanto o uso de carvão diminui nos Estados Unidos e na Europa, China, Índia e países do Sudeste Asiático são responsáveis por três quartos do consumo global em 2023. A demanda por carvão na Ásia continua alta, apesar do aumento das energias renováveis, exigindo esforços e investimentos políticos para impulsionar o crescimento da energia limpa e reduzir a dependência do carvão nessas economias. A China e a Índia lideram a demanda global e a produção, enquanto a Europa e os EUA têm reduzido sua participação no mercado de carvão. (IEA – 27.07.2023)
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IEA: Líderes na produção de eletricidade limpa no mundo

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) prevê que até meados do século, 90% da geração mundial de eletricidade virá de fontes renováveis. No entanto, em 2022, apenas 46% da geração mundial de eletricidade era livre de carbono, com apenas 40% dos países tendo energia limpa como sua principal fonte de geração. Os dez países com as redes elétricas mais limpas têm energia hidrelétrica como principal fonte, com o Paraguai liderando, obtendo 100% de sua eletricidade de fontes hidrelétricas. Outros países, como a Islândia, Suíça e Nepal, também são destaque por suas fontes de energia limpa. A transição para uma geração de eletricidade mais limpa é fundamental para enfrentar as mudanças climáticas. (Energy Monitor – 27.07.2023)
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Europa: Região está pronta para um verão solar recorde

A Europa está prestes a vivenciar um verão com um recorde de geração de energia solar, porém, desperdiça essa oportunidade. O continente enfrenta desafios no aproveitamento total dessa abundância de energia renovável devido a problemas como a falta de infraestrutura de transmissão para transportar a eletricidade dos locais de produção para as áreas de alta demanda. Além disso, os regulamentos atuais e a gestão inadequada das redes elétricas também contribuem para o desperdício dessa fonte limpa de energia. A incapacidade de armazenar a energia solar excedente é outro obstáculo, resultando em descarte de eletricidade. Para superar esses desafios, os países europeus precisam investir em modernização das redes elétricas, incentivar a instalação de sistemas de armazenamento de energia e atualizar suas políticas energéticas. A maximização do potencial da energia solar durante o verão pode impulsionar a sustentabilidade e a resiliência energética do continente, além de contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono e o cumprimento das metas de transição para uma economia de baixo carbono. (Bloomberg – 02.08.2023)
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Europa: O próximo impulso climático será descarbonizar as entregas de caminhões

Na semana passada, o vice-presidente executivo da UE para o Green Deal, Frans Timmermans, anunciou sua saída para concorrer ao cargo de primeiro-ministro da Holanda. Antes de deixar o cargo, ele propôs um pacote de leis destinadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor de frete da UE. O pacote inclui incentivos para fabricantes de veículos produzirem caminhões de emissão zero, alterações na gestão da capacidade ferroviária para melhorar o tráfego transfronteiriço e uma métrica para calcular as emissões de forma uniforme. O objetivo é colocar mais caminhões de emissão zero nas estradas e transferir a carga de rodovias para ferrovias e hidrovias. Além disso, o pacote visa proibir alegações ecológicas enganosas de transportadores sobre a pegada ambiental de suas entregas. As propostas agora serão analisadas pelo Parlamento Europeu. (Energy Monitor – 26.07.2023)
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China: Investimentos em energia renovável na América Latina

A China tem se tornado uma líder mundial em investimentos em energia renovável, expandindo seus negócios na América Latina e no Caribe desde 2019. De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um terço dos investimentos chineses em energia eólica e solar é direcionado para essa região, tornando-a a que concentra a maior porcentagem de projetos de geração limpa com origem chinesa. Os investimentos greenfield, destinados a novos projetos, têm aumentado significativamente, atingindo US$ 3,8 bilhões ao final de 2022. A capacidade instalada de usinas solares e eólicas controladas por empresas chinesas quadruplicou e duplicou, respectivamente, entre 2019 e 2022. Os mercados que receberam esses investimentos incluem Brasil, Chile, México, Colômbia e Argentina. A China também é líder mundial em investimentos em energias renováveis, ultrapassando os Estados Unidos e outros países, e possui a maior capacidade de geração elétrica renovável globalmente. A China tem buscado expandir sua oferta de tecnologias renováveis para outros países, alinhando-se com sua visão de "civilização ecológica". O Brasil deve aproveitar ao máximo os investimentos chineses em energias renováveis para impulsionar seu papel de protagonismo internacional nessa esfera ambiental. (EPBR – 28.08.2023)
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China: Demanda de petróleo pode ter atingido o pico em 2023 em golpe de touros

A demanda de petróleo da China pode ter atingido o pico em 2023, o que representa um golpe para os otimistas do mercado. A segunda maior economia do mundo tem enfrentado desafios econômicos e ambientais, o que resultou em um menor consumo de combustíveis fósseis. Além disso, as políticas chinesas voltadas para a redução das emissões de carbono e a transição para fontes de energia mais limpas estão impactando a demanda por petróleo. A desaceleração econômica, a promoção de veículos elétricos e o aumento da eficiência energética estão entre os fatores que contribuem para esse declínio na demanda. Essa mudança na trajetória do consumo de petróleo chinês pode ter implicações significativas para o mercado global de energia, afetando os preços do petróleo e a dinâmica de oferta e demanda no setor. Os produtores de petróleo podem precisar se adaptar a essa nova realidade e considerar estratégias para diversificar suas fontes de receita e abraçar a transição para uma economia de baixo carbono. (Bloomberg – 01.08.2023)
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Colômbia: País acelera eólicas offshore, mas sem avaliar impactos

A Colômbia está planejando seu primeiro leilão para projetos de energia eólica offshore no Caribe colombiano. O país possui um grande potencial de energia eólica em seus oceanos, e a iniciativa busca impulsionar a produção dessa forma de energia renovável. No entanto, há desafios a serem enfrentados, como conflitos socioambientais em projetos existentes de energia renovável e a falta de um marco regulatório claro para a atividade. Além disso, questões ambientais, como o impacto sobre a vida marinha e aves migratórias, também precisam ser abordadas para garantir uma implementação sustentável. (EPBR – 26.07.2023)
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Nacional

Petrobras faz parcerias para apoiar a transição energética

A Petrobras alcançou a segunda posição no ranking geral do anuário Valor Inovação Brasil e liderou a classificação setorial, graças a investimentos de R$ 2,1 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) voltados para a transição energética, descarbonização e produtos mais verdes, bem como para a área de exploração e produção. O Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), que completa 60 anos em 2023, adota a inovação aberta, com mais de 95% dos projetos sendo realizados em parceria. Entre os avanços, destaca-se o sistema Hisep, patente da estatal, que remove o gás de alto teor de CO2 no fundo do mar e reinjeta-o no reservatório, contribuindo para um futuro de baixo carbono. A empresa também trabalha em projetos de CCS e testa a produção de combustíveis a partir de biomassa não alimentar. (Valor – 01.08.2023)
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Novo PAC terá investimentos da Petrobras, que vai puxar transição energética, diz Lula

O presidente Lula anunciou que a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá novos investimentos da Petrobras e a estatal ficará responsável pela política de transição energética do país. O Novo PAC será oficialmente lançado no próximo dia 11 e abrangerá mais de mil projetos em sete eixos, incluindo transporte, segurança energética, infraestrutura urbana, inclusão digital e defesa. O plano também terá políticas de conteúdo nacional, buscando colaborar com a política de "neoindustrialização" do Brasil, retomando a exigência de percentuais mínimos de conteúdo nacional em vários setores como saúde, defesa e energia. (CNN – 02.08.2023)
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Energia solar tem custos em declínio

O crescimento da oferta de energia solar acima da demanda e o grande número de projetos lançados levaram ao barateamento dos custos da energia solar no Brasil. Com os preços dos leilões mais baixos, os desenvolvedores buscam o mercado livre com acordos de longo prazo ou de autoprodução. A potência solar instalada no país cresceu quatro vezes desde 2020, chegando a 32 GW em julho último, e a participação da geração distribuída aumentou de 61% para 70% do total instalado. Mudanças regulatórias também estão impulsionando o setor para o mercado livre. Empresas como a Enel, Energisa, Atiaia Renováveis e outras estão se preparando para atender a essa demanda crescente. (Valor – 24.07.2023)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Montadoras ocidentais aceleram redução de custos antes da invasão chinesa

Montadoras europeias buscam reduzir custos para enfrentar a concorrência chinesa no mercado de carros elétricos. Empresas como Renault e Stellantis estão trabalhando para diminuir os preços de seus veículos elétricos em até 40% e lançar opções mais acessíveis. A competição com fabricantes chineses preocupa devido aos custos reduzidos e qualidade crescente de seus produtos, o que pode abalar o mercado europeu. O cenário ainda é incerto, mas a entrada de marcas chinesas pode mudar o equilíbrio do mercado e conquistar participações significativas. (Inside Evs – 29.07.2023)
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América do Norte: Rede de recarga universal com energia limpa

Sete grandes fabricantes automotivos formaram uma joint venture para criar uma extensa rede pública de carregamento de alta potência na América do Norte, com o objetivo de impulsionar a adoção de veículos elétricos. BMW Group, General Motors, Honda, Hyundai, Kia, Mercedes-Benz e Stellantis planejam instalar cerca de 30.000 pontos de carregamento em locais urbanos e rodovias, alimentados exclusivamente por energia renovável e compatíveis com todos os veículos elétricos de qualquer montadora. A rede deve oferecer uma experiência elevada ao cliente, com capacidade de carregamento rápido, integração digital e diversas comodidades durante o carregamento. As estações estão previstas para entrar em operação nos EUA em meados de 2024 e depois no Canadá. (Inside Evs – 27.07.2023)
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Carros elétricos começam a usar baterias de sódio para baixar o preço

As grandes montadoras chinesas estão buscando fabricar carros elétricos mais baratos equipados com baterias de sódio, após mudanças nas regras de incentivos do governo. O segmento de subcompactos é o que mais cresce no mercado local, e o uso de baterias de sódio está se tornando uma alternativa mais viável devido ao aumento dos preços do lítio. Empresas como Chery, JMEV, JAC e BYD já estão desenvolvendo modelos com essa tecnologia, e espera-se que a adoção das baterias de sódio ajude a reduzir os preços dos veículos elétricos na China. (Inside Evs – 26.07.2023)
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EUA: País enfrenta crise na cadeia de suprimentos de baterias

Os Estados Unidos estão caminhando para uma crise na cadeia de suprimentos de baterias. Com a crescente demanda por veículos elétricos e o aumento do uso de dispositivos eletrônicos, a necessidade de baterias de íon-lítio está aumentando rapidamente. No entanto, o país enfrenta um déficit de capacidade de produção interna e dependência significativa das importações, principalmente da China. Além disso, a mineração de materiais essenciais para a fabricação de baterias enfrenta desafios ambientais e geopolíticos. A dependência excessiva de uma única fonte de suprimento pode criar vulnerabilidades na segurança nacional e na economia dos EUA. Diante desse cenário, é crucial que os Estados Unidos invistam na expansão da capacidade de produção doméstica, na diversificação das fontes de materiais e no desenvolvimento de uma cadeia de suprimentos mais resiliente para garantir o fornecimento contínuo de baterias de íon-lítio e apoiar a transição para uma economia mais verde e sustentável. (Bloomberg – 01.08.2023)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL: Análise das propostas de política pública do Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável

O surgimento de uma indústria nascente como do Hidrogênio renovável (Verde) no Brasil suscita instrumentos de políticas públicas para dar competitividade. Para contribuir com estas definições o GESEL publicou artigo no Broadcast Energia da Agência Estado de São Paulo, dia 20 de julho, analisando proposta formulada por três associações – ABEÓLICA, ABSOLAR e ABIOGÁS em documento intitulado Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável. (Gesel UFRJ – 26.07.2023)
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Brasil: Hidrogênio verde, vetor para reindustrialização

O Brasil possui uma perspectiva favorável para se tornar o maior fornecedor global de hidrogênio verde, com o potencial de atrair investimentos de US$ 200 bilhões até 2040. Com recursos renováveis abundantes, o país pode estabelecer uma nova matriz elétrica voltada para a produção de H2V. O hidrogênio verde tem amplas aplicações, desde reduzir emissões em setores poluentes como indústria e siderurgia até impulsionar o agronegócio com fertilizantes verdes. Apesar do interesse de países europeus e EUA, é necessário um posicionamento assertivo e políticas adequadas para aproveitar essa oportunidade de reindustrialização e transição energética. (Valor – 27.07.2023)
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Brasil/MME: Declaração internacional para comércio de hidrogênio

O Ministério de Minas e Energia do Brasil assinou uma declaração conjunta com mais de 15 países durante a reunião da Ministerial de Energia Limpa (CEM) na Índia para acelerar o desenvolvimento do comércio internacional de hidrogênio renovável e de baixo carbono. O documento destaca a urgência de se reduzir as emissões de gases de efeito estufa em linha com o Acordo de Paris e reconhece o papel diverso que o hidrogênio pode desempenhar na redução de emissões globais. O Brasil também participará do 'Fórum Internacional de Comércio de Hidrogênio', que visa promover o diálogo sobre comércio de hidrogênio entre países importadores e exportadores. A declaração estabelece que as medidas tomadas devem estar alinhadas com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Além do Brasil, países como Austrália, Alemanha, Japão, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros, também assinaram o acordo. (GOV BR – 24.07.2023)
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Brasil/MME: Plano trienal para o desenvolvimento do hidrogênio

O Ministério de Minas e Energia está finalizando o Plano de Trabalho para orientar o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) nos próximos três anos, buscando fortalecer o setor no Brasil. O programa abrange seis eixos principais, incluindo regulação, rotas tecnológicas, mercado, planejamento energético, cooperação internacional e capacitação. O hidrogênio verde (H2V), obtido por meio de energia limpa, está ganhando destaque, com vários projetos em desenvolvimento no Brasil, impulsionados por vantagens competitivas, como a infraestrutura de transmissão integrada e abundância de fontes renováveis, incluindo parques eólicos e fotovoltaicos na Região Nordeste. (Além da energia – 01.08.2023)
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Europa: Número de postos de abastecimento de hidrogênio deve crescer com a adoção de nova lei

O Conselho Europeu aprovou o Regulamento de Infraestrutura de Combustíveis Alternativos (AFIR), que estabelece a implantação de centenas de estações de reabastecimento de hidrogênio em toda a Europa. A legislação determina que as estações devem ser instaladas em todos os nós urbanos e a cada 200 km ao longo da Rede Transeuropeia de Transportes Central (TEN-T) até 2030. Cada estação deve ter uma capacidade mínima de uma tonelada por dia e pelo menos 700 bar de pressão de distribuição. Além disso, o AFIR exige a instalação de recarga rápida para veículos elétricos ao longo das redes RTE-T até 2025. Apesar das demandas por uma maior capacidade, a legislação é vista como um ponto de partida positivo para a expansão da infraestrutura de hidrogênio na Europa. (H2 View – 25.07.2023)
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Uruguai: O hidrogênio verde aumentará o papel do país como líder em energias renováveis

O Uruguai destaca-se como líder em energias renováveis e agora busca impulsionar ainda mais sua posição por meio do investimento em projetos de hidrogênio verde. Com sua matriz energética já alimentada por fontes limpas, como energia eólica e solar, o país procura capitalizar no potencial do hidrogênio verde como uma nova fonte de energia sustentável. Ao explorar seus recursos naturais favoráveis, o Uruguai pretende diversificar sua matriz energética, melhorar a segurança energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, fortalecendo sua posição como um importante exportador de energias renováveis e contribuindo para a luta global contra as mudanças climáticas. (Bloomberg – 02.08.2023)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

IEA: As ferramentas digitais ajudarão a manter o crescimento forte da energia solar fotovoltaica distribuída

A implantação global de energia solar fotovoltaica distribuída está crescendo rapidamente, representando quase metade das adições globais de capacidade solar em 2022. Prevê-se que esse crescimento continue, atingindo 140 gigawatts em 2024, impulsionado pela instalação de painéis solares em residências, empresas e indústrias. A Austrália lidera em termos de participação per capita de telhados solares, seguida pela União Europeia, Índia e Brasil. No entanto, o aumento da energia solar distribuída também traz desafios para a gestão da rede elétrica e a integração eficiente dessa energia. A digitalização e o uso de ferramentas tecnológicas são fundamentais para lidar com os desafios, melhorar a eficiência do sistema e liberar o potencial da energia limpa. Os formuladores de políticas devem promover incentivos e medidas para facilitar a integração da energia solar distribuída e garantir que seus benefícios sejam totalmente aproveitados. A IEA está trabalhando para fortalecer a conscientização e desenvolver capacidades para apoiar essa transição para energia limpa. (IEA – 25.07.2023)
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Reino Unido: Solução de carregamento inteligente corta 33 toneladas de carbono desde o início do ano

O Charge Anytime, uma solução de carregamento inteligente desenvolvida pela OVO Energy no Reino Unido, relatou uma redução de 33 toneladas nas emissões de carbono desde janeiro deste ano. Isso resultou em economia de mais de £ 1 milhão em contas de carregamento de veículos elétricos, além de percorrer uma distância equivalente a toda a extensão do Reino Unido, de Lands End a John o'Groats, 144 vezes em um carro a gasolina comum. O sistema transfere automaticamente o carregamento de VE para períodos com maior oferta de energia renovável, tornando o carregamento mais barato para os clientes. Os usuários economizaram, em média, £ 129 por mês, e o maior economizador da OVO cortou seus custos de carregamento em mais de £ 1.800 até agora este ano. (Smart Energy – 31.07.2023)
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Impactos Socioeconômicos

Artigo de Edvaldo Santana: "A regra de ouro elétrica"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Edvaldo Santana, doutor em engenharia da produção e ex-diretor da Aneel, aborda a questão dos impactos dos subsídios à GD nas tarifas dos consumidores. O autor aponta, primeiramente, que o avanço do segmento da GD "é das mais importantes transformações do setor elétrico dos últimos tempos. Deu importância ao papel do consumidor, por torná-lo livre e provedor da eletricidade que usa". No entanto, Santana frisa que o privilégio de se migrar para o ambiente de contratação livre (ACL), incentivado por subsídios crescentes e desnecessários, logo resultou em elevados custos de saída para o consumidor cativo, preso ao ambiente de contratos regulados (ACR). Para o autor, "essa injustiça regulatória tem consequências devastadoras. Exemplo: desde 2022, o consumidor que migrou para ACL paga entre R$ 350 e R$ 400/MWh na conta de luz, contra R$ 650/MWh do consumidor cativo, como a diarista, presa fácil do ACR". Por fim, Santana destaca que "o caminho é a liberação do total dos consumidores e, em paralelo, a eliminação de todos os subsídios, exceto aqueles vinculados à tarifa social, que viria de recursos do orçamento. E a iminente renovação dos contratos de concessão das distribuidoras, junto com a extensão das outorgas de usinas que comercializaram no ACR, é uma oportunidade singular para a solução dos contratos legados, cujos preços seriam reduzidos ao nível do ACL". (Valor - 25.07.2023)
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Artigo de Jerson Kelman e Gabriel Moreira Pinto: "Distribuidoras de energia: lucros ou riscos excedentes?"

Em artigo publicado no Valor Econômico, Jerson Kelman, ex-Diretor-Geral da Aneel, CEO da Light e Interventor na Enersul, e Gabriel Moreira Pinto, mestre em Administração de Empresas pela Yale University, abordam o cenário do segmento de distribuição de eletricidade brasileiro. Inicialmente, os autores sublinham que nos últimos anos, 21 das 53 distribuidoras enfrentaram questões financeiras. Tal instabilidade seria resultado da eficiência da gestão e a capacidade econômico-financeira de cada grupo, mas também do modelo regulatório e o contexto econômico, político e institucional. Os autores também indicam que o furto de energia compromete a performance das distribuidoras: "cada residência irregular gera, em média, de R$ 5.000 a 15.000 de receitas perdidas a valor presente. Segundo a Aneel, apenas em 2022, o custo do furto de energia no país foi da ordem de R$ 8,7 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões absorvidos pelas distribuidoras". Por fim, os autores frisam que o histórico de quebras revela que não é trivial manter uma distribuidora equilibrada no Brasil, quanto mais obter rendimentos superiores aos esperados. Dessa forma, "tão importante quanto investigar os drivers de rentabilidade, é investigar os riscos associados à estrutura das concessões. Com uma visão ampla, será possível preparar o arcabouço contratual e regulatório para dar respostas às grandes questões do setor". (Valor – 26.07.2023)
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Eventos

Inter-conecta: Energia Solar e Hidrogênio Verde

Os projetos H2Brasil e Parceria Energética Brasil-Alemanha realizarão um evento de matchmaking no dia 30 de agosto durante a Intersolar South America, visando promover a atuação das mulheres no setor de hidrogênio verde (H2V) e conectá-las com o público-alvo da feira de energia solar. O evento busca incentivar o debate, realizar conexões e tornar o setor de energias renováveis mais inclusivo e inovador. O projeto H2Brasil é implementado pela GIZ e pelo Ministério de Minas e Energia, com financiamento do Ministério Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha. O evento é aberto ao público.
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EPBR: Evento virtual discute gás e segurança energética

O Brasil está discutindo o uso de diferentes formas de gás para garantir segurança e sustentabilidade energética no futuro. O governo criou o programa Gás para Empregar, com o objetivo de ampliar a oferta e a infraestrutura de gás natural. Uma série de discussões chamada Diálogos da Transição, com apoio de várias entidades, está abordando o tema gás e segurança energética. A primeira semana de discussões explora como a oferta de gás natural pode beneficiar a indústria brasileira em sua transição energética para uma economia de baixo carbono, buscando pontes para garantir a sustentabilidade e competitividade para produtores e consumidores. O evento conta com a participação de especialistas e representantes do setor, abordando as possibilidades de aproveitamento desse recurso energético. (EPBR – 27.07.2023)
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