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IFE
30/05/2023

IFE Transição Energética 19

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
30/05/2023

IFE nº 19

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 19

Dinâmica Internacional

IRENA: Relatório para o G20 sobre financiamento de transição energética de baixo custo

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), em parceria com a Presidência indiana do G20, lançou hoje um relatório abrangente sobre como o financiamento de baixo custo pode acelerar a transição energética. Intitulado “Financiamento para Transição de Energia de Baixo Custo” e desenvolvido em estreita colaboração com o Ministério de Energia Nova e Renovável (MNRE) da Índia, o relatório fornece uma caixa de ferramentas para aumentar a disponibilidade de capital de baixo custo nos países do G20. O relatório foi apresentado pela vice-diretora-geral da IRENA, Sra. Gauri Singh, juntamente com o secretário do MNRE, Sr. Bhupinder S Bhalla, e o secretário do Ministério de Energia da Índia, Sr. Alok Kumar. A inauguração ocorreu em um evento paralelo, organizado em conjunto com o MNRE e a Agência Indiana de Desenvolvimento de Energia Renovável, durante o 3º Grupo de Trabalho de Transição Energética (ETWG) do G20 em Mumbai. (IRENA – 15.05.2023)
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IEA: Centro das discussões dos líderes mundiais sobre energia e clima na Cúpula do G7

O diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), Fatih Birol, enfatizou a necessidade de ação rápida e segura para atingir emissões líquidas zero durante sua participação na Cúpula do G7 em Hiroshima, Japão. Ele destacou o rápido progresso global na implantação de energia limpa e discutiu a importância de evitar riscos de segurança energética na transição para a energia limpa. A IEA foi referenciada em várias áreas-chave no comunicado dos líderes do G7, incluindo economia de energia limpa, minerais críticos, inovação e redução de emissões. O Dr. Birol teve discussões bilaterais com vários líderes presentes na cúpula e participou de uma cerimônia no Memorial da Paz de Hiroshima. (GRN – 22.05.2023)
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G7 pede compromissos net zero até 2050 enquanto flexibiliza políticas fósseis

A cúpula do G7, presidida pelo Japão, resultou em um pedido para que os governos se comprometam com emissões líquidas zero até 2050 e estabeleçam metas alinhadas com a limitação do aquecimento global a 1,5°C. No entanto, o comunicado final deixa claro que os membros estão predispostos a continuar investindo em combustíveis fósseis por motivos de segurança energética em tempos de guerra. Embora haja concordância em substituir os combustíveis fósseis por novas fontes de energia, a linguagem adotada permite investimentos em usinas a carvão e infraestrutura de gás natural, com poucas mudanças em relação ao documento do ano anterior. A defesa desses investimentos se baseia nos efeitos da invasão da Ucrânia pela Rússia sobre a oferta global de energia. A cúpula do G7 é importante na agenda climática global, uma vez que seus membros representam uma parcela significativa do PIB e das emissões históricas. No entanto, nenhum país do G7 tem metas ou políticas alinhadas com a meta de 1,5°C. A ONU pede uma "redefinição global" e destaca a importância do G7 na ação climática. O presidente brasileiro, Lula, participou da cúpula e prometeu ajudar o mundo a cumprir as metas do Acordo de Paris, incluindo o desmatamento zero até 2030. Ele também pediu apoio financeiro dos países ricos para combater a crise climática. (EPBR - 22.05.2023)
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Europa: Entendendo as causas da queda na demanda de eletricidade em 2022

A crise energética global, desencadeada pelas sanções decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia, teve um impacto significativo na União Europeia. A intensidade das emissões de dióxido de carbono no setor de energia aumentou consideravelmente em 2022. Com a segurança do abastecimento se tornando uma prioridade para os formuladores de políticas, alguns países reiniciaram usinas a carvão, enquanto as interrupções nas usinas nucleares e a baixa produção de energia hidrelétrica desafiaram a confiabilidade do sistema. Isso levou a um aumento na demanda de gás natural para geração de energia, apesar dos preços recordes. No entanto, além das questões relacionadas à oferta, houve uma diminuição substancial na demanda por eletricidade na União Europeia em 2022. Enquanto a demanda global por eletricidade permaneceu resiliente, crescendo 2%, a União Europeia foi a única grande região consumidora de eletricidade a experimentar um declínio significativo, com uma queda de 3% na demanda. Vários fatores contribuíram para essa redução na demanda de eletricidade. Um inverno ameno em 2022 foi considerado um fator significativo que afetou a demanda de eletricidade, enquanto o impacto das temperaturas mais altas durante o verão recebeu menos atenção em comparação. A análise mostra que a demanda de eletricidade na União Europeia em 2022 foi predominantemente moldada por um inverno mais ameno. (EE Online – 16.05.2023)
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Europa: O crescimento das energias renováveis “não deve ocorrer às custas uns dos outros”

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, enfatizou a importância da cooperação internacional na luta contra as mudanças climáticas durante a Cúpula do G7 em Hiroshima. Ela defendeu uma colaboração mais estreita em quatro áreas-chave: avaliar a capacidade global de manufatura limpa, criar um ambiente de negócios transparente para indústrias de tecnologia limpa, abordar preocupações sobre concorrência justa e estabelecer novas formas de cooperação em tecnologia limpa. Von der Leyen também ressaltou a necessidade de alianças verdes e propôs a criação de um Clube de Materiais Crus Críticos. A União Europeia está dando passos significativos em direção aos seus objetivos em tecnologia limpa, incluindo o desenvolvimento de projetos de gasodutos de hidrogênio e a implementação do Plano Industrial Pacto Verde. Esses esforços visam acelerar a transição para uma economia sustentável e resiliente. (H2 View – 19.05.2023)
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Reino Unido: Sistemas fotovoltaicos serão 50% mais baratos até 2035

Pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, estimaram que os sistemas fotovoltaicos podem se tornar até 50% mais baratos até 2035. Com base em sua análise dos preços de eletricidade no Reino Unido, eles descobriram que os sistemas fotovoltaicos de grande escala já eram mais baratos do que a eletricidade no atacado em 2021. Eles projetaram o custo nivelado de eletricidade (LCOE) para vários tamanhos de sistemas solares até 2035, com resultados sugerindo que, no cenário mais otimista, o LCOE para sistemas fotovoltaicos de grande escala no Reino Unido poderia chegar a £17/MWh. Para sistemas solares de pequena escala, eles preveem que o custo de geração de eletricidade a partir de energia fotovoltaica ficará abaixo do preço da eletricidade no atacado por volta de 2027. Os pesquisadores destacam a importância de apoiar desenvolvedores e investidores, facilitando a compra de terras para fazendas solares e oferecendo empréstimos preferenciais com baixas taxas de juros para impulsionar o desenvolvimento do setor fotovoltaico. Essas medidas acelerariam a adoção da tecnologia, levando o Reino Unido a uma transição mais rápida para um futuro livre de carbono. (PV Magazine - 11.05.2023)
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EUA: Reforma das licenças de energias renováveis

O governo dos Estados Unidos está promovendo reformas para acelerar a construção de infraestrutura de energia limpa no país. As recomendações do governo Biden-Harris visam simplificar o processo de licenciamento, melhorando a eficiência e a previsibilidade das aprovações. Para agilizar a construção responsável da infraestrutura, é necessário que as revisões e aprovações sejam concluídas dentro de prazos previsíveis e resultem em decisões imediatas e legalmente defensáveis. Para isso, a Casa Branca sugere que o Congresso melhore a coordenação do compartilhamento e revisões federais de dados, amplie o uso de revisões programáticas, reduza o tamanho dos documentos de decisão e estabeleça prazos razoáveis para as decisões dos projetos. Além disso, o Congresso deve criar um fundo para fornecer recursos adicionais para revisões programáticas, autorizando as agências a impor uma taxa aos patrocinadores dos projetos. A Casa Branca também propõe expandir o uso de exclusões categóricas administrativas para projetos de energia limpa quando viável, visando acelerar as revisões ambientais. A maioria das ações federais já passa pela forma mais rápida de revisões ambientais, permitindo análises mais ágeis para projetos com impacto mínimo no meio ambiente e na saúde pública. (Renews.biz - 11.05.2023) 
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Alemanha/Finlândia: Duas faces da energia nuclear na Europa

O encerramento dos últimos reatores nucleares na Alemanha coincidiu com a abertura do segundo em mais de quinze anos na União Europeia, no território da Finlândia. O recém-inaugurado reator finlandês, Olkiluoto 3, possui 1,6 GW da potência, figurando no topo do ranking dos maiores da Europa e capaz de suprir sozinho um sétimo da demanda de energia de todo o país. A recente crise energética oriunda do conflito na Ucrânia reacendeu o debate sobre energia nuclear na Europa. Atualmente, a taxa de crescimento do setor no continente europeu não é suficiente para sua sobrevivência no longo prazo e os entraves políticos para investimento no segmento reforçam uma perspectiva, a princípio, negativa. Contudo, o uso da energia nuclear tem se mostrado fundamental na prevenção de emissões ao longo dos últimos anos e sua retirada dificultaria os esforços de descarbonização nos próximos anos (El País - 19.04.2023). 
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França: Cenário geopolítico aquece debate sobre autossuficiência energética

A guerra na Ucrânia acendeu um alerta em relação à autossuficiência energética e alimentar e fez a França olhar com mais atenção para parceiros menos óbvios como o Brasil. Lauren Saint-Martin, diretor-geral da Business Finance, destacou a expertise francesa que vai desde a área de energia nuclear às renováveis como potencial de cooperação entre os países e lembra a presença de empresas como EDF, Engie, Voltalia, Total Energies, Vinci Energie no Brasil. Além disso, afirma, que a França quer aproveitar o potencial agrícola brasileiro para consolidar sua posição na área de agricultura e bioinsumos. (Valor Econômico - 04.05.2023) 
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França: Lançamento de pacote verde visando rivalizar com subsídios dos EUA

O governo francês apresentou ontem um pacote de medidas verdes, incluindo créditos fiscais e subsídios para produção de veículos elétricos, buscando rivalizar com os generosos subsídios dos EUA a suas empresas na transição para uma economia com emissões mais baixas de carbono. O governo Emmanuel Macron espera distribuir 500 milhões por ano por meio do seu programa. "É urgente responder aos subsídios americanos da Lei de Redução da Inflação uma vez que mais de metade do investimento industrial global está concentrado nos EUA", disse o governo francês na apresentação das medidas, que incluem também critérios climáticos mais rígidos nas compras públicas e agilizam os procedimentos de abertura novas fábricas. O governo francês irá garantir subsídios aos veículos elétricos e novos créditos fiscais para as empresas que fabricam equipamentos de energia renovável, bombas de calor e baterias. As companhias que se encaixarem nos critérios poderão solicitar um subsídio entre 20% e 45%. A ideia é que o projeto entre em vigor no próximo ano. (Valor Econômico - 16.05.2023)
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Nacional

Artigo GESEL: Impactos das fontes renováveis no sistema elétrico brasileiro

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Gesel) e Sidnei Martini (Professor titular sênior da Escola Politécnica da USP e professor associado do Gesel) abordam a operação de sistemas da indústria de rede, como transporte, telecomunicações e elétrico, ressaltando a importância desses sistemas para a economia e sociedade. O Setor Elétrico Brasileiro é apresentado como um exemplo de indústria de rede, composto pelos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. No entanto, algumas limitações podem impactar a operação do sistema elétrico. São discutidas soluções para otimizar a geração elétrica de fontes renováveis, como o armazenamento elétrico junto a usinas eólicas e solares e o uso de usinas hidrelétricas reversíveis. No entanto, essas soluções ainda requerem estudos adicionais. O artigo enfatiza a necessidade de ajustes no modelo do setor elétrico e na regulação para acomodar as características do novo cenário de transição energética, visando à descarbonização dos processos de produção e consumo. Por fim, destaca-se a complexidade e os desafios crescentes da operação do sistema elétrico, ressaltando a importância de antecipar problemas e estabelecer regras que promovam o equilíbrio do sistema. (GESEL-IE-UFRJ – 15.05.2023)
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Brasil visa liderar a indústria verde e atrair financiamento privado

O governo brasileiro está se posicionando para se tornar um líder na indústria verde e atrair investimentos privados. Tatiana Rosito, Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, afirmou que a resposta climática necessariamente envolve a economia e enfatizou a necessidade do Brasil participar ativamente das discussões sobre sustentabilidade e indústria verde. O Brasil planeja discutir questões ambientais em todos os fóruns internacionais que participará este ano, como o G7, a Assembleia Geral da ONU e o G20, que o Brasil presidirá ainda este ano. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está trabalhando em uma agenda de desenvolvimento econômico de médio prazo focada na economia verde, mas a sustentabilidade fiscal é uma pré-condição. O governo está desenvolvendo uma resposta estruturada, incluindo um plano de transição verde que aborda setores como energia, indústria e sustentabilidade. Eles também estão coordenando com outros ministérios questões como impostos e subsídios. A secretária destacou a necessidade de criar regulamentos para o Brasil operar em uma economia ambientalmente sustentável. Além disso, iniciativas como a emissão de títulos soberanos verdes estão sendo realizadas para atrair recursos privados para ajudar a preencher a lacuna de financiamento necessária para a transição para uma economia de baixo carbono. Estimativas internacionais sugerem uma necessidade de investimento anual de 3 a 4 trilhões de dólares, com apenas cerca de 1 trilhão atualmente disponíveis. (Valor Econômico - 22.05.2023)
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Indústria quer incluir o gás na nova política de preços da Petrobras

O Fórum do Gás e o União Pela Energia enviaram uma carta ao Ministério de Minas e Energia solicitando que o cálculo do preço do gás natural seja incluído na nova política anunciada pela Petrobras. Segundo as entidades, o gás é essencial para várias cadeias produtivas, e seu preço representa uma parcela significativa dos custos das indústrias consumidoras. A carta ressalta que a política de preços da Petrobras afeta diretamente a competitividade da indústria, e a proposta visa refletir as condições do mercado brasileiro e reduzir os períodos de contratação do serviço de suprimento. A iniciativa pode contribuir para a "neoindustrialização" e o aumento do PIB, de acordo com estudos realizados pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). (Valor – 22.05.2023)
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Como as empresas brasileiras estão migrando para a economia verde

Uma pesquisa divulgada pelo CEBDS revelou que a corrida global por produtos sustentáveis e energia de baixo carbono está abrindo um mundo de oportunidades para as empresas brasileiras, e elas estão se preparando para aproveitá-las. As estratégias identificadas incluem busca por eficiência operacional para reduzir emissões, uso de energia elétrica renovável e exigência de boas práticas socioambientais para fornecedores. Empresas como Azul e Ambev estão adotando medidas como renovação de frotas e otimização de rotas para reduzir emissões. O Brasil também se destaca como potencial fornecedor de energia renovável, especialmente para empresas de petróleo e gás que buscam se tornar integradas de energia. No entanto, é necessário o apoio de políticas públicas para desbloquear investimentos e acelerar a transição energética. As expectativas em relação ao governo brasileiro são altas, pois há um foco significativo em temas de sustentabilidade, reindustrialização verde e transição energética. O setor energético é considerado crucial para o país cumprir seus compromissos climáticos, e as empresas estão caminhando para alcançar metas de zero líquido até 2050, mas destacam a necessidade de regulamentação e mecanismos para viabilizar o início do mercado, como no caso das eólicas offshore. (EPBR – 18.05.2023)
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Energia renovável no Brasil terá tratamento diferenciado em novo modelo tributário

O secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, sinalizou nesta quarta-feira, 17, que o novo modelo de tributação vai ter instrumentos que permitem um tratamento diferenciado para a energia renovável. Em reunião com parlamentares da Frente Parlamentar de Recursos Naturais e Energia, ele afirmou que o novo modelo trará uma simplificação para o sistema tributário brasileiro. “O novo modelo de tributação vai simplificar muito o sistema tributário brasileiro. Ele vai ter uma tributação basicamente neutra com alguns instrumentos que permitem tratamento diferenciado para a energia renovável. Eu acredito que o efeito final vai ser um grande aumento da eficiência do sistema energético brasileiro, porque você vai eliminar uma série de distorções que hoje fazem a economia se organizar de forma inadequada”, disse. Durante a reunião, Appy listou três instrumentos que podem ser aplicados para o segmento. O primeiro, segundo ele, seria a possibilidade de diferenciação de alíquotas específicas dentro do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS na tributação de combustíveis. (O Estadão - 17.05.2023) 
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Banco Mundial: Brasil está em vantagem para superar mudanças climáticas

O Brasil está em uma posição de vantagem para dar ao seu povo uma vida melhor e, ao mesmo tempo, superar com sucesso a ameaça da mudança climática, de acordo com o Relatório de Clima e Desenvolvimento do País elaborado pelo Banco Mundial. O relatório pontua que as mudanças climáticas já estão mudando os padrões de temperatura e precipitação no Brasil, resultando em redução da disponibilidade de água e secas prolongadas, e esses problemas devem piorar com o tempo. Isso tem implicações para o uso de energia hidrelétrica, agricultura e água urbana, e também ameaça os ecossistemas únicos do Brasil, especialmente os biomas Amazônia e Cerrado. Eventos climáticos extremos, como secas, inundações repentinas e inundações fluviais nas cidades estão causando perdas médias de R $13 bilhões (0,1% do PIB de 2022) por ano. (Broadcast - 14.05.2023)
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ONS: Descarbonizar a matriz é um dos maiores desafios da transição

A transição para um sistema de energia descarbonizado é um grande desafio, mas a matriz energética do Brasil já é 85% renovável, com fontes renováveis não-hidrelétricas aumentando gradualmente em importância. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está explorando novos papéis para a energia térmica, que podem fornecer suporte para picos de demanda no futuro. Durante a crise hídrica de 2021, as usinas termoelétricas a gás natural foram responsáveis por quase 29% da geração de eletricidade, destacando a importância do gás no setor. No entanto, equilibrar o custo de manter uma usina térmica em funcionamento apenas por curtos períodos de tempo continua sendo um desafio. Soluções criativas devem ser encontradas para gerenciar os custos associados a isso. Segundo Alessandro Cantarino da Aneel, a integração de energias renováveis requer maior flexibilidade e capacidade no sistema elétrico, e o gás natural pode desempenhar um papel relevante nisso. O Brasil tem um forte foco em energia renovável, com aproximadamente 90% da eletricidade proveniente de fontes renováveis em 2022. No entanto, o país ainda precisa prestar atenção à integração do gás natural em seu sistema energético. (CanalEnergia – 10.05.2023)
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TCU: Fiscalização indica necessidade de melhorar o planejamento da operação do setor elétrico brasileiro

O TCU realizou recentemente uma auditoria para avaliar a sistemática de planejamento da operação do setor elétrico brasileiro, incluindo a governança, premissas utilizadas, modelos matemáticos e computacionais e impactos na segurança de abastecimento e no custo da energia elétrica. A auditoria constatou fragilidades como carência de indicadores e metas relacionados aos objetivos da operação e à aderência entre o planejamento e a efetiva operação. Também foi identificada ausência de auditorias periódicas de sistemas e de procedimentos técnicos utilizados no planejamento operacional, pois elas deveriam atender a todos os componentes previstos no decreto que regulamenta o tema. A auditoria verificou também limitações no aprimoramento dos modelos computacionais, falta de clareza e transparência das deliberações para geração fora da ordem do mérito e carência de soluções técnicas para os desafios esperados com a transição energética e as mudanças climáticas. Em consequência dos trabalhos, o TCU fez determinações à Aneel, para que, no prazo de 180 dias: i) elabore um plano de ação para regulamentar a utilização de indicadores e metas relacionados com os objetivos do planejamento da operação eletroenergética do SEB; e ii) elabore um plano de ação para regulamentar a realização de auditorias dos sistemas e dos procedimentos técnicos do ONS. (Tribunal de Contas da União - 10.05.2023)
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Fórum de Energia EUA-Brasil: Relatório aponta adequação do Brasil para receber SMRs

Um novo relatório produzido por Estados Unidos e Brasil trouxe informações preliminares sobre oportunidades e desafios para Pequenos Reatores Modulares (SMRs) no Brasil. Dos 18 indicadores estudados no trabalho, treze deles foram marcados como relativamente favoráveis. O estudo foi desenvolvido no âmbito do Fórum de Energia EUA-Brasil, criado pelos dois países em março de 2019. As duas categorias em que todos os indicadores são marcados como “Relativamente Favoráveis” são Demanda Nacional de Energia e Suficiência da Infraestrutura Física. As condições do mercado brasileiro para implantação de SMR são mistas para as outras cinco categorias. (Petronotícias - 09.05.2023) 
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Artigo de Antonio Filosa: "Descarbonizar a mobilidade"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul, aborda a questão da transição energética no segmento da mobilidade. O executivo aponta que a indústria automotiva trabalha para reduzir e mitigar a geração de CO2 e outros gases, empregando sua capacidade tecnológica e de organização para desenvolver e difundir novas formas de propulsão com menor pegada de carbono. No caso europeu, existe uma ênfase na eletrificação veicular. Mas esta preferência não pode ser transportada de forma automática para realidade brasileira. Para Filosa, o "etanol é um forte aliado na redução das emissões de CO2 e sua combinação com a eletrificação pode ser uma alternativa competitiva de transição para uma mobilidade de baixo carbono. Os elétricos, embora sejam eficientes no processo de descarbonização, têm um custo muito elevado, que impede sua aquisição por amplas faixas de consumidores. A solução 100% elétrica ainda não tem a escala necessária e precisa ser desenvolvida e aprimorada, para que possa tornar-se alternativa de massa em uma estratégia efetiva de descarbonização em países em desenvolvimento com características de renda como as do Brasil". Além disso, o executivo sublinha que o país tem mais de quatro décadas de acúmulo de tecnologia em etanol e conta com uma imensa plataforma produtiva, logística e de distribuição já implantada. Por fim, Filosa aponta que "está claro que a propulsão elétrica é a tendência dominante do setor automotivo mundial, mas sua implantação envolve um alto custo. O Brasil, devido à sua matriz energética, tem a oportunidade de fazer uma transição mais planejada e menos onerosa, aproveitando-se da gradual redução dos custos decorrente da massificação da tecnologia. O emprego do etanol combinado com eletrificação é o caminho mais rápido e viável do ponto de vista social, econômico e ambiental para uma crescente eletrificação da frota brasileira". (GESEL-IE-UFRJ – 15.05.2023)
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Brasil: Compra de carros elétricos e híbridos por locadoras cresceu 88% em 2022

Com a aceleração da transição energética no Brasil, o segmento de locadoras foi um dos principais impulsionadores das vendas de modelos eletrificados no país. Segundo levantamento da Abla, entidade que representa o setor, em 2022, os emplacamentos de carros elétricos e híbridos quase dobraram na comparação com o ano anterior. O levantamento feito no âmbito do Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos mostra que no ano passado as locadoras compraram 3.300 veículos elétricos e híbridos, crescimento de 88,9% em comparação com o anterior, onde foram comercializadas 1.700 unidades - isso representa 6,6% do total de modelos eletrificados vendidos no país no período. Os dados também mostram que entre 2018 e 2022 as locadoras compraram mais de 5.600 veículos eletrificados, saltando de apenas 43 unidades para as 3.300 do ano passado. (Inside EVs - 16.05.2023)
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Brasil/China: Cooperação no setor de baterias de lítio

A cooperação entre a China e o Brasil no setor de baterias de lítio, utilizando produtos de nióbio, está impulsionando a adoção de materiais avançados. A velocidade com que a China transforma ideias em produtos físicos e valida-os com os clientes finais tem promovido uma cooperação mutuamente benéfica. A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), líder global em produtos de nióbio, está desenvolvendo produtos adequados para o setor de baterias de lítio, visando melhorar sua performance e segurança. A parceria com produtores chineses de cátodos, ânodos, fabricantes de baterias e instituições de pesquisa tem impulsionado o desenvolvimento dessas tecnologias. A infraestrutura de qualidade para pesquisa e desenvolvimento, aliada ao claro objetivo de eletrificação da China, tem criado um ambiente propício para o desenvolvimento tecnológico. A CBMM está direcionando mais atenção para setores não siderúrgicos, como baterias e aplicações de alto desempenho, e acredita que essa cooperação trará benefícios mútuos para ambos os países. (Monitor - 19.05.2023)
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ACEEE: Eficiência energética e resposta à demanda podem reduzir as cargas de pico no Texas

Legisladores do Texas estão considerando gastar bilhões de dólares na construção de usinas de energia movidas a gás, mas um relatório do Conselho Americano para uma Economia de Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em inglês) sugere que investir em recursos de resposta à demanda e eficiência energética seria mais econômico e flexível para a rede elétrica. O relatório da ACEEE mostra que a implementação de programas de eficiência energética e resposta à demanda poderia reduzir as cargas de pico de energia de forma mais significativa do que a capacidade das usinas de gás propostas, resultando em economia de dinheiro para famílias e empresas. A ACEEE destaca que bombas de calor, termostatos inteligentes e programas de resposta à demanda de veículos elétricos são opções mais eficientes e econômicas. Além disso, esses programas custariam consideravelmente menos do que o programa de usinas movidas a gás proposto. O relatório destaca que o Texas viu um aumento de 9% no pico de carga nos últimos quatro anos. (Utility Dive - 12.05.2023)
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EUA: Novos padrões de eficiência para motores elétricos economizarão US$ 8,8 bilhões para os consumidores

O Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) definiu recentemente os novos padrões de eficiência para motores elétricos que, segundo a agência, economizarão até US$ 8,8 bilhões para os consumidores em um período de 30 anos. Os novos padrões, que entrarão em vigor em 2027, são resultado de um acordo entre fabricantes, defensores da eficiência e concessionárias. Os padrões de eficiência do motor elétrico foram atualizados pela última vez em 2014, de acordo com o Appliance Standards Awareness Project. “Elevar a eficiência do motor aos níveis exigidos na Europa ajudará os fabricantes americanos a manter seus custos competitivos”, disse o diretor executivo da ASAP, Andrew deLaski. O Programa de Padrões de Eletrodomésticos e Equipamentos do governo federal revisa os requisitos de eficiência a cada seis anos, mas já se passou mais de uma década desde que as regras para alguns aparelhos foram atualizadas pela última vez. (UtilityDive - 10.05.2023) 
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Montadoras entram no setor de mineração visando baterias para VEs

A mudança da indústria automobilística para veículos elétricos desencadeou uma corrida para garantir o fornecimento de lítio, níquel, grafite e outros materiais essenciais para a fabricação de baterias, muitos dos quais são atualmente extraídos e processados fora dos Estados Unidos em lugares como China e Austrália. O espectro de uma eventual escassez de baterias de veículos elétricos está levando as montadoras a se envolverem mais diretamente no negócio de mineração, que é amplamente estranho para eles e apresenta novos riscos. O esforço reflete uma percepção tardia dos executivos do setor automotivo de que o setor de mineração — apesar da promessa de grande demanda — não se mobilizou para desenterrar o suficiente desses minerais para baterias. Agora, as montadoras estão desempenhando o papel de investidores e clientes. Muitos estão usando seus bolsos fundos para ajudar a colocar as minas em funcionamento, garantindo a compra dos materiais extraídos. Em janeiro, a General Motors (GM) concordou em investir em um projeto de desenvolvimento conjunto com a mineradora Lithium Americas, com sede em Vancouver. A Ford Motor disse em março que investiria uma quantia não revelada para comprar uma participação acionária em uma mina de níquel da Indonésia. A Stellantis disse em fevereiro que investiria US$ 155 milhões em uma mina de cobre na Argentina. (Valor Econômico - 15.05.2023)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL/AHK: "Cooperação internacional e financiamento para projetos de infraestrutura de hidrogênio"

Foi publicado novo artigo GESEL no Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK). O texto, assinado por Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora do GESEL e da Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação Rede de Estudos do Setor Elétrico - ICT RESEL) e Vinícius José da Costa (Pesquisador Júnior do GESEL) tem o título "Cooperação internacional e financiamento para projetos de infraestrutura de hidrogênio". Segundo os autores, “verifica-se que o financiamento e a cooperação internacional são aspectos essenciais para a promoção do desenvolvimento de projetos relacionados ao transporte e à distribuição de H2”. (GESEL-IE-UFRJ – 16.05.2023)  
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PSR: Térmicas obrigatórias ameaçam competitividade de hidrogênio verde no Brasil

A contratação compulsória das térmicas da Eletrobras, conforme previsto na lei de privatização, pode prejudicar a competitividade do hidrogênio verde brasileiro produzido com energia do Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com um estudo da PSR - Energy Consulting and Analytics. A exigência de que a energia fornecida pelo SIN seja, no mínimo, 90% renovável a partir de 2027 pode afetar a certificação de projetos baseados nessa energia, exigindo a contratação adicional de energia renovável. Isso pode impactar a viabilidade econômica do hidrogênio verde, tornando-o menos competitivo no mercado global. Além disso, a obrigação de contratar térmicas a gás natural na privatização da Eletrobras pode resultar em emissões de CO2 significativas e reduzir ainda mais a participação de energia renovável na matriz elétrica do Brasil. Esses fatores podem comprometer a posição do Brasil como um produtor de hidrogênio verde competitivo, especialmente diante das exigências de adicionalidade estabelecidas pela União Europeia. (EBPR – 22.05.2023)
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Combustíveis sintéticos e hidrogênio verde: limites e oportunidades na transição energética

A redução do uso de combustíveis fósseis nos transportes pode ocorrer por meio de diferentes rotas tecnológicas, como a eletrificação da frota, mudança de modais de transporte e ampliação do uso de biocombustíveis e combustíveis sintéticos. No entanto, a transição enfrenta desafios como a necessidade de superar a resistência à mudança, aumentar a eficiência e escala dessas tecnologias e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A Alemanha conseguiu garantir uma exceção para veículos com motores de combustão interna (ICE) que utilizem combustíveis sintéticos provenientes de fontes renováveis. Essa abordagem é defendida pela e-Fuel Alliance, mas é controversa devido às questões climáticas e econômicas. A eletrificação das frotas é uma opção apoiada por muitos na transição energética, mas enfrenta obstáculos. A produção de combustíveis sintéticos a partir de energias alternativas está em estágio inicial, com projetos em andamento, mas a execução ainda é desafiadora. A escolha da rota para a substituição dos motores ICE tem gerado debates, com a Alemanha defendendo a expansão do hidrogênio verde como importador. No Brasil, o uso de fontes limpas, como energia solar e eólica, está em expansão, e o mercado global de hidrogênio verde representa uma oportunidade, mas é importante garantir a retenção de valor adicionado no país para evitar repetir o modelo primário exportador tradicional. (EPBR – 22.05.2023)
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O papel da amônia para a economia do hidrogênio

Em um webinar da gasworld no ano passado, Joel Moser, CEO da First Ammonia, discutiu o papel da amônia e como ela salvou a humanidade do limite da fome há um século como fertilizante, e como poderia salvá-la novamente desempenhando um papel na descarbonização. Ele afirmou que a amônia, como portadora da molécula de hidrogênio, pode ser o pilar da economia do hidrogênio. Moser acredita que a construção extensiva de energia renovável, juntamente com a adoção da amônia verde e do hidrogênio verde, pode resolver a maioria dos desafios enfrentados pela mudança climática. Com a demanda pelo transporte e armazenamento de hidrogênio crescendo globalmente, a amônia tem se mostrado um dos meios de transporte mais promissores para ajudar a alcançar metas ambiciosas de energia limpa. A União Europeia visa importar 10 milhões de toneladas de hidrogênio verde e seus derivados até 2030, reduzindo a dependência do petróleo russo, enquanto a demanda global por hidrogênio atingiu 94 milhões de toneladas em 2021, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na siga em inglês). (H2 View – 19.05.2023)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Brasil: ONS define recursos distribuídos, acesso a transmissão e serviços ancilares como prioridades

A diretoria do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aprovou os cinco assuntos regulatórios prioritários para atuação em 2023: Recursos energéticos distribuídos, Acesso ao Sistema de Transmissão, Serviços Ancilares, Resposta da Demanda e Operação e Preço. Na prática, foram mantidos os mesmos temas do ano anterior. A decisão foi tomada após a última revisão do Mapa Regulatório, em março. Segundo o diretor de TI, Relacionamento com Agentes e Assuntos Regulatórios do ONS, Marcelo Prais, ao definir por esses temas, o Operador se propõe a atuar de forma antecipada e propositiva, no sentido de influenciar a evolução da regulação do setor. "Eles direcionam nossas ações, materializando o objetivo estratégico de um ONS + Propositivo, + Modernizador e + Adaptativo”, explicou, em nota. (Broadcast Energia - 16.05.2023)
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Comissão da Câmara convoca Aneel para explicações sobre resolução da GD

Após as exposições dessa quarta-feira, 17 de maio, em Audiência Pública na Câmara dos Deputados, a Comissão de Minas e Energia, na figura do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), protocolou a convocação da procuradoria e diretoria da Aneel para colher explicações sobre a Resolução Normativa nº 1.059/23 que regulamentou o Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída. A modalidade está em plena expansão, tendo atingido 21 GW nessa semana, e angaria discussões sobre subsídios, alocação de custos e reais benefícios aos consumidores e geradores de energia elétrica. Entre os pontos em discussão colocados na reunião de hoje está a interferência da agência na legislação ao alterar pontos da lei 14.300, a não regulamentação da venda do excedente de energia dos pequenos prosumidores e o fato de não poderem alocar esse recurso em outras unidades consumidoras do mesmo CPF, além de uma denúncia de que algumas distribuidoras estariam decidindo as novas conexões privilegiando certas empresas e integradores. Para o deputado Federal Lafayette Andrada, a Aneel resolveu legislar dizendo que estava interpretando a lei, afirmando por exemplo que a distribuidora agora pode recusar pedidos de conexão ao invés de cumprir a notificação para correção em 30 dias, com prazo de cinco dias para comunicar o aceite ou o indeferimento. Outro “absurdo” seria a alteração e revogação dos contratos do optante da categoria B. “O que queremos é o cumprimento da lei, não se trata de subsídios, que para a GD impactam em 1% na tarifa de energia e estão escalonados para terminarem em oito anos”, analisa. (CanalEnergia - 17.05.2023)
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Brasil: Senado analisa projeto que regulamenta a inteligência artificial

O Senado vai analisar um projeto de lei para regulamentar os sistemas de inteligência artificial no Brasil. Apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que preside a Casa, o PL 2.338/2023 é resultado do trabalho de uma comissão de juristas que analisou, ao longo de 2022, outras propostas relacionadas ao assunto, além da legislação já existente em outros países. A comissão foi presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Ricardo Villas Bôas Cueva. O texto, que será agora analisado pelas comissões temáticas do Senado, cria regras para que os sistemas de inteligência sejam disponibilizados no Brasil, estabelecendo os direitos das pessoas afetadas por seu funcionamento. Também define critérios para o uso desses sistemas pelo poder público, prevendo punições para as eventuais violações à lei e atribuindo ao Poder Executivo a prerrogativa de decidir que órgão irá zelar pela fiscalização e regulamentação do setor. (Agência Senado - 12.05.2023)
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América Latina: Penetração de medidores inteligentes triplicará até 2028

A penetração de medidores inteligentes na América Latina está prevista para triplicar até 2028, de acordo com a análise da Berg Insight. Um novo relatório revela que a região alcançou uma penetração de 6,2% em 2022, com previsão de crescimento anual de remessas de medidores inteligentes de eletricidade. O Brasil lidera o mercado, seguido pelo México, e juntos representam mais de 70% das remessas de medidores inteligentes na região. A expansão dos projetos de medição inteligente e o combate às perdas de energia impulsionam os investimentos. Os fornecedores chineses têm obtido sucesso no mercado latino-americano devido a preços competitivos. Embora alguns países enfrentem desafios econômicos e regulatórios, espera-se um crescimento significativo na adoção de medidores inteligentes na América Latina nos próximos anos. (Smart Energy – 17.05.2023)
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Cummins: Os principais fatores que impulsionam o crescimento da microrrede

A adoção da microrrede na América do Norte ultrapassará 1,8 GW de capacidade instalada anual até 2027, de acordo com Haitham Radwan, diretor da Cummins. Segundo Radwan, as novas tecnologias de geração, modelagem, padronização e energia como serviço impulsionarão o crescimento da microrrede. Novas soluções de armazenamento de energia, hidrogênio, solar e eólica estão impulsionando o mercado. Essas opções avançadas de geração de energia oferecem mais escolhas aos usuários finais interessados em microrredes. A modelagem de energia desempenha um papel fundamental na simplificação do projeto e na seleção das melhores fontes de energia para cada caso específico. Além disso, o desenvolvimento de novos modelos de negócios, como o "EaaS" (Energia como Serviço), impulsiona o crescimento do mercado de microrredes. Com o EaaS, os desenvolvedores assumem a complexidade, os custos e a operação da microrrede em vez do proprietário do local. Espera-se que, à medida que o número de microrredes implantadas aumente, haja uma padronização específica para cada caso de uso, como telecomunicações ou data centers. (MicrogridKnowledge - 11.05.2023)
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Bulgária: Lançamento de programa de descontos para sistemas fotovoltaicos residenciais

O Ministério da Energia da Bulgária lançou um esquema de descontos solares no valor de BGN 240 milhões para ajudar as famílias a adotar energia limpa e reduzir suas contas de eletricidade. Os proprietários podem solicitar financiamento para sistemas solares de aquecimento de água e sistemas fotovoltaicos de telhado de até 10 kWp, que podem ser combinados com sistemas de armazenamento de energia em bateria. O financiamento será distribuído do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência da Bulgária e de outras fontes. O custo dos sistemas solares de aquecimento de água pode ser financiado integralmente, enquanto os sistemas fotovoltaicos podem receber financiamento de até 70%. As famílias elegíveis devem ser residentes permanentes e utilizar fontes de aquecimento ineficientes. A Bulgária atingiu 1,5 GW de capacidade fotovoltaica instalada em 2022, mas a meta solar do país é baixa em relação à sua irradiação solar potencial. A Bulgária busca expandir sua capacidade renovável, pois atualmente depende principalmente de usinas a carvão. (PV Magazine - 11.05.2023) 
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Digitalização pode transformar a eletricidade em uma rede mundial

A energia elétrica tem a capacidade de se tornar uma rede mundial, com a necessária digitalização e intervenções digitais. Referindo-se ao cubo de Rubik, Edwin Diender, diretor de inovação: unidade de negócios de digitalização de energia elétrica global, Huawei Technologies, Tailândia, disse que cada cubo representa algo ou alguém. Ele estava falando no segundo dia do Enlit Africa 2023, com foco no tema, Encontre as tecnologias certas para impulsionar a transição energética global. Um cubo que contém todos os componentes necessários tem o potencial de conectar a rede mundial de energia, disse ele. Diender disse que a conversão de analógico para digital é o primeiro passo para a digitalização. No setor de energia, por exemplo, os medidores analógicos são substituídos por medidores inteligentes, um item que é digitalizado e pode ser “o primeiro passo nessa jornada”. (Smart Energy – 19.05.2023)
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Impactos Socioeconômicos

Brasil: Transição energética e desafios ambientais são debatidos em Congresso

No II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), foram discutidos os impactos socioambientais dos empreendimentos de energia e possíveis alternativas com novas fontes de energia. O presidente da mesa, deputado estadual Wilson Santos, falou sobre a lei que ele propôs, que proíbe a construção de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ao longo do Rio Cuiabá, mas que foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Ele destacou a importância do desenvolvimento sustentável e ressaltou a necessidade de estudos e respeito aos rios na construção de hidrelétricas. A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzareti, enfatizou a importância da transição energética, incluindo mudanças de comportamento da sociedade e investimento em pesquisa. O presidente da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente, Alexandre Sion, abordou a insegurança jurídica do licenciamento ambiental, enquanto o coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Tiago Vianna, ressaltou a necessidade de segurança jurídica para o desenvolvimento do setor. O congresso conta com o apoio de várias instituições e está sendo transmitido ao vivo pela TV Contas, TV Senado e Canal do TCE-MT no YouTube. (Midia News - 23.05.2023)
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Brasil: Governo tem chance de redesenhar setor elétrico, diz Abraceel

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel) sugere que a renovação das concessões de energia elétrica combinada com a abertura total do mercado pode levar a economias significativas para os consumidores e promover a justiça social. Atualmente, apenas grandes empresas e consumidores residenciais de maior poder aquisitivo podem se beneficiar da migração para o mercado livre de energia. A Abraceel argumenta que é hora de inverter essa lógica e permitir que todos os consumidores tenham acesso à economia de energia. Além disso, o estudo destaca que a abertura do mercado de energia pode resultar em uma economia anual de até R$ 35,8 bilhões para os consumidores de baixa tensão, beneficiando todas as classes sociais. (Valor - 22.05.2023)
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Eventos

Electric Days 2023: Edição Brasil acontece em São Paulo nos dias 26 e 27 de junho

O Electric Days, evento global organizado pela Motorsport Network, terá sua primeira edição no Brasil nos dias 26 e 27 de junho, no Villa Blue Tree, em São Paulo (SP). Empresas e especialistas que estão na vanguarda da transição para um futuro de zero emissões estarão reunidos para discutir a mobilidade elétrica e o ESG no Brasil. Estão confirmadas a presença das montadoras de veículos que estão liderando a transformação da indústria, fornecedores do setor e diversas entidades de prestígio. A agenda será composta por debates, palestras e apresentações de projetos destinados à redução das emissões de carbono, transição energética, sustentabilidade, infraestrutura para veículos eletrificados e ações socioambientais, com destaque para a economia circular. Em um espaço especialmente reservado, serão gerados novos negócios entre montadoras, fabricantes do setor, fornecedoras de tecnologias, startups e fundos de investimento. (Inside EVs - 10.05.2023)  
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Webinar GESEL "Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias"

Aconteceu no último dia 23 de maio, às 15h30, o Webinar "Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias". O evento, produzido pelo GESEL em parceria com a MITSIDI Projetos e a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH), no âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha em Tecnologias de Armazenamento de Energia, está inserido em um esforço de sensibilização de stakeholders e instituições financeiras, através de estudos do setor de armazenamento de energia em baterias. Com duração de cerca de 1h30, o Webinar contou com abertura de Nelson Siffert (ICT RESEL) e falas de Markus Vlasits (NewCharge Energy); Guilherme Goldbach (MITSIDI); Roberto Brandão (GESEL). A moderação foi feita por Lillian Monteath (GESEL). (GESEL-IE-UFRJ – Maio de 2023)
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Hydrogen Expo South America

A Hydrogen Expo South America é uma feira e congresso internacional de fornecedores de tecnologias, materiais, componentes e soluções para a cadeia produtiva do hidrogênio, célula a combustível e descarbonização, acontecerá nos dias 20 e 21 de junho de 2023 no Centro de Exposições Expo Mag, na cidade do Rio de Janeiro. A Hydrogen Expo South America será composta por Feira de Negócios & Congresso Técnico, dedicado exclusivamente a discutir sobre o desenvolvimento de novas soluções para produção de hidrogênio, armazenagem eficiente, distribuição e suas aplicações, para as mais diversas indústrias, apresentando novas tecnologias, equipamentos e serviços de empresas nacionais e internacionais (Portal Hidrogênio Verde - maio de 2023). 
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Utility Scale Solar & Wind North America 2023

A conferência e exposição Utility Scale Solar and Wind North America está convidando participantes a se juntarem a eles em San Diego para aproveitar o momento da indústria solar e eólica dos Estados Unidos. Com o apoio do Inflation Reduction Act e uma demanda crescente por energias renováveis, o evento visa abordar desafios como cadeia de suprimentos, interconexão, financiamento e incertezas da força de trabalho. A conferência oferece oportunidades de networking e informações essenciais para o desenvolvimento de projetos e gestão de ativos, auxiliando os participantes a desbloquear todo o potencial da energia solar e eólica. Com palestrantes proeminentes e foco na maximização da produção e modernização da rede elétrica, o evento tem como objetivo conectar o capital aos projetos e impulsionar a indústria para frente. (Reuters – 22.05.2023)
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