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IFE Transição Energética 14
Matriz Elétrica
Brasil: País teve maior queda do mundo nas emissões do setor em 2022, diz estudo
Relatório lançado pelo think tank britânico Ember na última quarta-feira, 12 de abril, revelou que o Brasil viveu a maior queda absoluta do mundo nas emissões do setor elétrico em 2022. De acordo com a análise, o mix elétrico brasileiro emitiu 69 milhões de toneladas de CO2 no ano passado, queda de 34% ou de 36 MtCO2 em relação a 2021, quando a emissão ficou em 105 milhões de toneladas. Apenas a Ucrânia, que está sob ataque russo, viu declínio percentual comparável, de 38%, com a segunda maior redução nas emissões, de 14 MtCO2. De acordo com a análise, a queda no Brasil veio em decorrência da diminuição do uso de UTEs, em função do aumento, de um ano para o outro, da geração hidrelétrica em 18%, indo a 65 TWh. A hidroeletricidade, com 363 TWh, estava em seu nível mais baixo desde 2015, e com a volta das chuvas em 2022, foi ao nível mais alto desde 2011, registrando 428 TWh. (CanalEnergia - 13.04.2023)
Link ExternoBrasil: 82 novas usinas entram em operação comercial no 1º trimestre e somam 2,75 GW
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a operação comercial de 82 novas usinas durante o primeiro trimestre deste ano. Do total, 44 são eólicas, 23 solares fotovoltaicas, dez termelétricas, quatro pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e uma central geradora hidrelétrica (CGH). De acordo com a agência reguladora, os empreendimentos somam 2,75 gigawatts (GW), o dobro do crescimento registrado no mesmo período de 2022, quando usinas que somaram 1,34 GW começaram a operar comercialmente. Considerando apenas o mês de março, a expansão de 708,4 MW de 28 usinas das quais 17 são eólicas (338,5 MW), oito solares fotovoltaicas (340,3 MW), duas pequenas centrais hidrelétricas (21,3 MW) e uma termelétrica (8,3 MW). (Broadcast Energia - 06.04.2023)
Link ExternoBrasil: MEZ Comercializadora é autorizada a exportar geração hidrelétrica excedente
A Secretaria de Planejamento e Transição Energética autorizou três comercializadoras de energia elétrica a exportarem e importarem energia para Argentina e Uruguai. A energia para exportação é proveniente de excedente de geração de energia elétrica hidrelétrica e poderá ser realizada durante todo o ano. No caso da importação, o ONS receberá ofertas de montante e preço de agentes comercializadores interessados a participar do processo. Outras duas comercializadoras foram autorizadas a exportarem para os dois países, mas de usinas termelétricas em operação comercial despachadas centralizadamente pelo ONS. As exportações para Argentina serão realizadas por meio de Estações Conversoras e para o Uruguai por meio de Conversoras. (Megawhat – 13.04.2023)
Link ExternoBrasil: Sistema isolado ganha primeiras usinas híbridas
A holding brasileira Oncorp iniciou a operação comercial das primeiras duas usinas híbridas (diesel-solar-baterias) instaladas no sistema isolado do Brasil. Com 6,3 MW e capacidade para atender mais de 40 mil residências, as unidades ficam nas cidades de Amajari e Pacaraima, em Roraima, e tiveram investimento de R$ 55 milhões. O aporte contempla também uma terceira planta a gás natural na cidade de Uiramutã (RR), que ainda aguarda definições com a distribuidora local, a Amazonas Energia, e está sem previsão de quando entra em operação. O diretor executivo da Oncorp, João Mattos, explica que o casamento de baterias com placas solares possibilita que a energia excedente gerada durante o dia seja armazenada, o que permite a utilização otimizada dos grupos geradores a diesel. Esta combinação de fontes de energia com diferentes perfis de produção horária possibilita a otimização de recursos energéticos. (Valor Econômico - 11.04.2023)
Link ExternoBrasil: Ministro da Fazenda Fernando Haddad lança em maio ‘pacote verde’ para impulsionar a economia com ações sustentáveis
O Ministério da Fazenda prepara um pacote para maio visando impulsionar a economia com ações sustentáveis. Batizado de Plano de Transição Ecológica, o projeto está dividido em seis eixos, com medidas escalonadas ao longo dos próximos meses. O “pacote verde” inclui incentivos para o mercado de crédito de carbono, produção de painéis solares e ampliação da participação de produtos da floresta nas exportações, entre outros pontos. “A estruturação está sendo feita dentro da Fazenda, com todos mergulhados no tema, mas o governo inteiro está engajado”, disse ao Rafael Dubeux, assessor especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Estadão/Broadcast. O cargo de Dubeux, inédito no ministério, aponta para a importância que o governo quer dar ao tema. (O Estado de São Paulo – 13.04.2023)
Link ExternoBrasil: Investimentos em energia nuclear voltam a entrar no ‘limbo’ no país
Depois de voltar aos holofotes pelas mãos do almirante Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia, a expansão da energia nuclear no País já não é uma certeza, apesar dos esforços dos agentes do setor para tentar garantir investimentos na área. A finalização da usina nuclear de Angra 3, várias vezes adiada, por exemplo, caminha a passos lentos. Se não for acelerada, poderá ter a previsão de começar a operar em 2028 mais uma vez alterada. Para tentar impulsionar o setor, uma Frente Parlamentar Mista de Tecnologias e Atividades Nucleares foi criada no último dia 21, com previsão de ser instalada agora em abril. A expectativa dos parlamentares é de que não apenas Angra 3 seja concluída, mas que a quarta usina nuclear prevista para o País também saia do papel. Mas essa é uma hipótese hoje considerada remota. (Broadcast Energia - 07.04.2023)
Link ExternoBrasil: Geração nuclear ainda divide opiniões
O principal argumento em favor dos investimentos em energia nuclear no Brasil é a estabilidade que ela pode trazer ao sistema elétrico, em contraponto às intermitentes gerações de energia eólica e solar, duas fontes que dispararam em capacidade instalada no País. Outro argumento é a futura produção de hidrogênio verde, que depende, no entanto, da classificação da energia nuclear como energia renovável, como pede a União Europeia. Apesar de não emitir gases poluentes, a geração de energia nuclear depende do urânio, que não é renovável, e de muita água para resfriar os reatores. Além disso, a questão dos resíduos radioativos ainda não foi solucionada. Estudos sobre outro tipo de combustível para alimentar as usinas nucleares estão em andamento, mas ainda não existe um substituto renovável conhecido. O Brasil tem a 7.ª maior reserva de urânio do mundo, com a produção retomada em 2021, após cinco anos paralisada. Em 29 de dezembro do ano passado, o governo Bolsonaro sancionou a lei que permite a exploração pela iniciativa privada. (Broadcast Energia - 07.04.2023)
Link ExternoBloombergNEF: O novo cenário industrial da transição energética
De acordo com um relatório da BloombergNEF, o investimento na fabricação de tecnologias de energia limpa ultrapassou US$ 1,1 trilhão em 2022, atingindo o mesmo nível do investimento em petróleo e gás e geração baseada em combustíveis fósseis. O investimento na fabricação de tecnologias de energia limpa aumentou 44% em 2022, com o investimento em energia renovável aumentando 17% e o investimento em transporte eletrificado crescendo mais de 54%. Segundo o estudo, o investimento na fabricação de tecnologias de energia limpa é altamente concentrado em alguns setores, com baterias e módulos solares respondendo por 88% do investimento total em 2022. O investimento também está concentrado geograficamente, com a China recebendo mais de 90% do investimento em um mercado quatro vezes maior do que era há cinco anos. No entanto, desenvolvimentos políticos recentes sugerem que o investimento na fabricação de tecnologias de energia limpa se expandirá significativamente nas principais economias do mundo. Os EUA e a UE, por exemplo, aprovaram políticas para apoiar a fabricação de tecnologias renováveis. (BNEF - 05.04.2023)
Link ExternoWoodMackenzie: Eólica offshore crescerá sete vezes até 2032
De acordo com uma análise da Wood Mackenzie, a indústria global de energia eólica offshore deve crescer sete vezes até 2032, com pelo menos 30 países adicionando capacidade na próxima década. A Europa e a China devem responder por 81% do crescimento, e a expansão da energia eólica offshore deve ajudar na descarbonização do setor de energia. O Conselho Global de Energia Eólica e a Agência Internacional de Energias Renováveis comprometeram-se a implantar 2 TW de energia eólica offshore até 2050. Para atingir esse objetivo, 35 GW de energia eólica offshore devem ser adicionados anualmente na próxima década, partindo de uma capacidade global total de pouco mais de 60 GW hoje. A China tem mostrado capacidade para fornecer essa escala e velocidade de expansão.
Link ExternoIEA: Programa de Transições de Energia Limpa 2022
O Clean Energy Transitions Program (CETP) tornou-se o maior programa da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nos últimos cinco anos, fortalecendo parcerias com países não membros que lideram a transição para energia limpa. O relatório anual de 2022 destaca as realizações do programa, incluindo o Roteiro do Setor de Energia para Emissões Líquidas Zero na Indonésia e o envolvimento com países africanos. A CETP oferece dados, consultoria e capacitação para apoiar a transição de energia limpa em todo o mundo, com foco nas economias emergentes e em desenvolvimento. O relatório também fornece informações sobre a governança e estrutura do programa e o Compromisso Conjunto dos Financiadores adotado na Reunião Ministerial da IEA em março de 2022.
Link ExternoPaíses europeus e asiáticos anunciam ampliação de cooperação no setor nuclear
Países europeus estão tomando decisões diferentes em relação à energia nuclear. Enquanto a Alemanha está abandonando a geração de energia nuclear, o Reino Unido e a Coreia do Sul estão fortalecendo sua cooperação na geração de energia nuclear civil, com foco na transição energética para fontes de energia de baixo carbono. A França também firmou acordos nucleares com a China em uma visita do presidente francês Emmanuel Macron a Pequim, com ambos os países comprometidos em continuar sua cooperação nuclear. As parcerias incluem questões de segurança, normas e regulamentação, além de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em energia nuclear e outras áreas de energia limpa. (Petronotícias - 11.04.2023)
Link ExternoCoreia do Sul: Programa de descontos para energias renováveis
O Ministério do Comércio, Indústria e Energia da Coréia do Sul (MOTIE, na sigla em inglês) alocou KRW 244,7 bilhões (US$ 185,5 milhões) para concessão de descontos para sistemas fotovoltaicos e outras modalidades de energias renováveis. O MOTIE aumentou os subsídios para sistemas fotovoltaicos para 15%. Cerca de KRW 48,9 bilhões serão destinados a residências, KRW 61,1 bilhões serão destinados a edifícios comerciais, e KRW 140,0 bilhões serão alocados para projetos que combinam duas diferentes tecnologias de energia renovável. A Coréia do Sul planeja instalar 30,8 GW de energia solar até 2030, tendo atingido 20,9 GW de capacidade fotovoltaica instalada cumulativa no final de 2022. O programa de subsídios do MOTIE começou a aceitar pedidos na primeira semana de abril. (PV Magazine - 06.04.2023)
Link ExternoBulgária e Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento assinam acordos de armazenamento de energia e renováveis
O Ministério da Energia da Bulgária e o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) assinaram dois acordos para o desenvolvimento de energias renováveis no país. Uma parte fundamental do Plano Nacional de Recuperação e Sustentabilidade, os acordos apoiarão o crescimento de nova capacidade solar fotovoltaica, bem como o armazenamento de energia dentro da infraestrutura nacional para o armazenamento de eletricidade de fontes de energia renováveis. O BERD fará uma análise de todas as tecnologias de armazenamento de energia existentes, a fim de determinar as mais adequadas para o país, e também organizará licitações para a entrega de dois sistemas chave na mão. (Energy Storage - 05.04.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
CNI: Indústrias brasileiras buscam melhorar eficiência energética para reduzir emissões
A CNI, a Eletrobras e a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace) lançaram a segunda fase do Programa de Alianças, que visa promover a eficiência energética e reduzir o consumo e os custos de energia no setor industrial. A meta do programa é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40 mil toneladas e diminuir os custos operacionais em R$ 90 milhões por ano em 24 plantas industriais intensivas em energia. O programa destinará R$ 20 milhões a essas indústrias, sendo que cada empresa selecionada receberá um aporte de R$ 400 mil e aportará o mesmo valor em contrapartida. Três empresas, ArcelorMittal, Schulz e Eldorado Brasil, já formalizaram sua participação no programa. O Senai Cimatec, que dará suporte técnico ao programa, também se juntou à equipe. (CanalEnergia - 04.04.2023)
Link ExternoABVE: Venda de automóveis eletrificados no País cresce 50% no primeiro trimestre
A venda de carros eletrificados aumentou 50% no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 14,787 mil unidades emplacadas. Apenas em março, foram emplacados 5,989 mil unidades, alta de 55,5% em base de comparação anual, segundo a ABVE. Segundo a entidade, os números confirmam o aquecimento do mercado de eletrificados leves no Brasil no início deste ano. Nesta categoria, incluem-se os automóveis híbridos plug-in, que podem ser recarregados por conector externo, e os não plug-in (HEV), somando veículos, comerciais leves, utilitários e SUVs. A frota total de veículos eletrificados em circulação no País até o final de março totalizou 141,291 mil unidades, de acordo com a ABVE. O crescimento dos eletrificados continua sendo puxado pelos veículos elétricos híbridos não plug-in (HEV), especialmente pelos modelos flex movidos a etanol. Em março de 2023, foram 3,230 mil unidades emplacadas de veículos leves desta categoria no Brasil, sendo 2.272 híbridos flex (a etanol) e 958 híbridos a gasolina. Ainda assim, a ABVE destacou que as vendas de veículos elétricos plug-in seguiram a tendência de alta observada nos últimos meses. Dos 5,989 mil emplacamentos de março, 2,172 mil foram de PHEV (elétricos híbridos plug-in) e 587 de BEV (elétricos 100% a bateria), totalizando 2.750 veículos plug-in no mês. Esse total indica um crescimento expressivo de 194% desse segmento na comparação com o total de 939 elétricos plug-ins leves comercializados em março de 2022. (Broadcast Energia - 09.04.2023)
Link ExternoAbeifa: Isenção do imposto de importação para VEs no Brasil terminará no 2º semestre
A isenção do Imposto de Importação para carros 100% elétricos vai acabar nos próximos meses. Segundo João de Oliveira, presidente da Abeifa, a associação que representa os importadores de veículos, o benefício terminará no segundo semestre. Não se sabe, no entanto, como se dará o fim da isenção. Caberá ao governo definir se haverá um aumento gradual do tributo, ano a ano, como pedem os importadores, ou se a alíquota subirá, de uma só vez, para 35%, desejo já manifestado por representantes das montadoras que produzem no país. A isenção do Imposto de Importação para híbridos e elétricos entrou em vigor há quatro anos como forma de estimular a venda desses veículos no país. Para Oliveira, a Abeifa é favorável à retomada da tributação. Mas defende um aumento gradual. Segundo ele, o mercado brasileiro de elétricos ainda não atingiu volumes expressivos para justificar o fim total da isenção. (Valor Econômico - 06.04.2023)
Link ExternoPwC Brasil: Carros elétricos terão forte impulso nas vendas a partir de 2027
O Brasil ainda está definindo seu caminho na transição energética, mas pesquisas já começam a apontar o enorme potencial do país no cenário futuro de mobilidade sustentável, com destaque para as estimativas de crescimento nas vendas de carros elétricos e eletrificados de um modo geral, bem como seu impacto na demanda por petróleo. Segundo as projeções sobre Eletrificação Veicular realizadas pela PwC Brasil, as vendas de veículos elétricos no Brasil terão forte impulso a partir de 2027. Um dos destaques é que os números indicam que o país terá uma frota eletrificada (elétricos e híbridos) de 35 milhões de veículos em 2040. A conclusão inicial é que uma ampla disponibilidade de veículos elétricos, especialmente os veículos comerciais, e um aumento da infraestrutura de carregamento são alguns dos aspectos que podem impactar na velocidade da eletrificação. Sendo assim, um dos segmentos que puxará a eletrificação é o de veículos comerciais e transporte coletivo. Estima-se um crescimento de 100% nas vendas de caminhões elétricos urbanos e ônibus elétricos em 2028. (Inside EVs - 06.04.2023)
Link ExternoIEA: Evolução da política de eficiência energética para apoiar as transições de energia limpa
O relatório destaca a importância da eficiência energética como uma maneira bem-sucedida e econômica de reduzir a demanda de energia. A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) foi solicitada pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão para examinar a evolução da política de eficiência energética no contexto das transições de energia limpa e fornecer insights para a agenda de energia e clima do G7. Ele fornece informações sobre desenvolvimentos de políticas nas principais economias e apresenta os possíveis impactos da transformação das regulamentações de eficiência energética, com exemplos em três setores principais: exija flexibilidade em aparelhos e edifícios, padrões de economia de combustível do veículo, energia na indústria e relatórios de carbono.
Link ExternoEUA: Acelerar a adoção de VEs representa riscos para a confiabilidade da rede elétrica, alerta relatório
Em 12 de abril, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) anunciou que vai endurecer os padrões de emissões para carros e caminhões convencionais movidos a gasolina em uma tentativa de acelerar a transição para veículos elétricos apoiados pelo governo. No entanto, um dia antes, um white paper destacou possíveis problemas que poderiam afetar o carregamento de VEs no caso de interrupções em massa do sistema de energia. O relatório pedia “engajamento antecipado e troca de informações” entre concessionárias de energia elétrica e fabricantes para “facilitar a antecipação e resolução oportuna de possíveis problemas de confiabilidade da rede”. Ele alertou em particular que os efeitos da dinâmica da rede, controles e estabilidade do sistema devido ao comportamento eletrônico de potência das cargas de carregamento de VE “podem criar novos riscos de apagões generalizados e em cascata”. (Power Grid – 12.04.2023)
Link ExternoEUA: Regras mais rígidas de poluição para acelerar a transição aos VEs
O governo dos Estados Unidos introduziu na quarta-feira, 12, padrões mais rígidos para emissões dos carros, uma medida que visa garantir que 67% dos carros vendidos no país até 2032 sejam elétricos. Essa meta é mais ambiciosa do que a apresentada pelo presidente Joe Biden há dois anos, para que metade dos carros vendidos nos Estados Unidos em 2030 sejam zero emissões (elétricos, híbridos plug-in ou hidrogênio). A Casa Branca, no entanto, não estabelece uma cota específica de veículos limpos à venda. A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) planeja reduzir progressivamente a quantidade média de emissões poluentes dos veículos novos produzidos por cada fabricante, a fim de fazer com que montem mais carros elétricos. (Exame - 12.04.2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Brasil: Instalada no Senado a Comissão do Hidrogênio Verde
Na quarta-feira (12) foi instalada a comissão especial para avaliar políticas públicas e projetos envolvendo hidrogênio verde, que é um tipo de energia limpa. O colegiado funcionará no âmbito da Comissão de Meio Ambiente. Os trabalhos devem durar dois anos, com sete titulares e três suplentes. O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi escolhido presidente da Comissão do Hidrogênio Verde. O relator será o senador Otto Alencar (PSD-BA). (Senado Notícias - 13.04.2023)
Link ExternoBrasil: CNPE atualiza lista de ministérios que compõem o comitê gestor do Programa Nacional do Hidrogênio
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução que atualiza a composição do comitê gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH) conforme a nova disposição de ministérios do governo federal. Agora, comporão o colegiado as pastas da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; das Relações Exteriores; da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Integração e do Desenvolvimento Regional; da Educação; da Agricultura e Pecuária e de Portos e Aeroportos. Além dos ministérios, participam a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (Broadcast Energia - 06.04.2023)
Link ExternoHydrogen Europe: Posicionamento sobre a Diretiva de Emissões Industriais da União Europeia
A Hydrogen Europe publicou um documento de posicionamento sobre a Diretiva de Emissões Industriais (IED) da União Europeia, que regula processos industriais intensivos em emissões. A proposta atual da Comissão Europeia agrupa a produção de hidrogênio baseada em eletrólise com outros processos químicos poluentes, sujeitando a tecnologia a regras pesadas sem justificativa. A Hydrogen Europe argumenta que a produção de hidrogênio por eletrólise não produz emissões e tem uma pegada ambiental insignificante, e pede que a Comissão do Ambiente do Parlamento Europeu reconsidere a inclusão do hidrogênio na IED. O Conselho Europeu reconheceu que as tecnologias de produção de hidrogênio por eletrólise devem ser consideradas separadamente de outras formas de produção, mas a proposta atual só exclui as usinas de eletrólise abaixo de 60 toneladas por dia. (Hydrogen Central – 12.04.2023)
Link ExternoIEA: Rumo a definições de hidrogênio com base em sua intensidade de emissões
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) lançou um novo relatório intitulado "Rumo às definições de hidrogênio com base na intensidade de suas emissões". O relatório visa informar os formuladores de políticas, produtores de hidrogênio, investidores e a comunidade de pesquisa antes da reunião ministerial do G7 sobre clima, energia e meio ambiente em abril de 2023. O relatório avalia a intensidade das emissões de gases de efeito estufa das diferentes rotas de produção de hidrogênio e analisa as formas de usar a intensidade das emissões da produção de hidrogênio no desenvolvimento de esquemas de regulamentação e certificação. O objetivo é criar uma estrutura de contabilidade de emissões acordada internacionalmente para evitar terminologias baseadas em cores ou outros termos que se mostraram impraticáveis para os contratos que sustentam o investimento. A adoção de tal estrutura pode facilitar a interoperabilidade e limitar a fragmentação do mercado, tornando-se um facilitador útil de investimentos para o desenvolvimento de cadeias internacionais de abastecimento de hidrogênio.
Link ExternoAirbus: Brasil pode liderar transição para SAF
Para a Airbus, maior fabricante de aviões do mundo, o Brasil tem condições de se tornar um dos principais produtores globais de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e assumir o protagonismo na corrida global pela redução da pegada de carbono na aviação. Mas ainda não se engajou nessa discussão e deixa de aproveitar oportunidades de estimular a indústria e gerar empregos, afirma o presidente da Airbus Brazil e presidente do conselho de administração da Helibras, Gilberto Peralta. “O Brasil já tomou algumas decisões importantes, mas é preciso algum tipo de incentivo para a produção local”, afirmou o executivo. Talvez o único no mundo capaz de produzir SAF a partir das sete rotas tecnológicas disponíveis atualmente, que vão da conversão do etanol à do sebo de boi, o país carece de incentivos e de regulamentação nessa área. Conforme Peralta, a Airbus aposta no SAF como combustível de transição até o desenvolvimento de uma tecnologia viável de propulsão a hidrogênio - a tecnologia, propriamente, já foi dominada, mas ainda não há solução viável para armazenamento do hidrogênio. (Valor Econômico - 10.04.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil: País bate a marca de 20 GW de capacidade instalada de geração distribuída
O Brasil alcançou a marca de 20 GW de capacidade instalada de geração distribuída, dominada pela fonte solar fotovoltaica, que representa 98,6% do total. A modalidade conta com 1,8 milhão de usinas de microgeração e minigeração distribuída e 2,4 milhões de unidades consumidoras. A GD tem capacidade para abastecer aproximadamente 10 milhões de residências ou 40 milhões de pessoas, o equivalente a quase 20% de toda a população brasileira. A Associação Brasileira de Geração Distribuída estima que a modalidade termine 2023 com, ao menos, 25 GW de capacidade. O segmento é responsável por alavancar o uso de energia solar fotovoltaica no Brasil, sendo que 74% da potência da fonte vem da GD. Em 2022, o Brasil entrou pela primeira vez na lista dos dez países com maior potência instalada acumulada dessa fonte, assumindo a oitava colocação no ranking internacional. (Broadcast Energia - 10.04.2023)
Link ExternoBrasil: Huawei anuncia seis soluções para impulsionar a transição energética
A Huawei realizou o Electric Power Summit durante o UTCAL Summit 2023, com o objetivo de acelerar a Transformação Digital da rede elétrica brasileira. Flavio Pereira Hott, CTO da Huawei Brasil EBG Energy Business, destacou desafios que o setor elétrico enfrenta, como a estruturação de fontes de energia limpa e o estabelecimento de regulação flexível, entre outros, que só podem ser resolvidos com a Transformação Digital. Edwin Diender, CIO da Unidade de Negócios de Digitalização de Energia Elétrica da Huawei, revelou seis soluções desenvolvidas pela Huawei, incluindo soluções de rede de comunicação, IoT para distribuição de energia e proteção contra ransomware, entre outras. A Huawei trabalha com parceiros para desenvolver soluções mais inteligentes e atender aos crescentes requisitos do setor de energia elétrica, a fim de garantir segurança, melhorar a eficiência e o desenvolvimento sustentável. (Info Channel – 17.04.2023)
Link ExternoEUA: CPUC emite regras para programa de incentivo à microrrede
A Comissão de Serviços Públicos da Califórnia garantiu um Programa de Incentivo de Microrrede (MIP) de US$ 200 milhões para as concessionárias Pacific Gas and Electric (PG&E), Southern California Edison (SCE) e San Diego Gas & Electric (SDG&E). O MIP destina-se a apoiar o desenvolvimento de microrredes comunitárias em comunidades desfavorecidas e relativas, bem como comunidades tribais, que provavelmente sofrerão falta de energia. O projeto de lei 1339 do Senado da Califórnia foi aprovado em 2019 e exige que a CPUC facilite a distribuição de microrredes para clientes de distribuição. Os projetos selecionados podem receber até US$ 15 milhões em financiamento de prêmios. Os participantes devem criar e publicar um manual para orientar os candidatos ao longo do programa e explicar como os projetos em potencial serão satisfatórios. As empresas participantes também devem apresentar programas trimestrais e relatório de status do projeto até que o financiamento do MIP se esgote. (Renewable Energy World – 12.04.2023)
Link ExternoUnião Europeia: Desenvolvimento do espaço europeu de dados de energia
O espaço de dados de energia e outros espaços de dados comuns setoriais devem começar a ser implantados nos próximos dois anos como parte do programa de trabalho da Europa Digital para 2023-2024. O programa de trabalho, adotado pela Comissão Europeia, vale € 909,5 milhões para o período 2023-2024 e abrange a implantação de projetos que usam tecnologias digitais, como dados, Inteligência Artificial (IA), nuvem e habilidades digitais avançadas. Os espaços de dados comuns são baseados em infraestrutura federada cloud-to-edge segura e energeticamente eficiente, acessível a empresas e ao setor público em toda a União Europeia. O espaço de dados de energia é um dos dez espaços de dados comuns planejados no período. Especificamente, o espaço de dados de energia destina-se a atender às necessidades de aumentar o uso de fontes de energia renováveis, diminuindo as importações líquidas de energia e melhorando a eficiência energética, além de permitir um mercado vibrante de serviços de energia e novos modelos de negócios. (Smart Energy - 03.04.23)
Link ExternoAustrália: Financiamento para armazenamento comunitário de baterias
A Austrália abriu uma rodada de financiamento no valor de AUD 120 milhões (US$ 81,34 milhões) para projetos comunitários de armazenamento de energia em bateria. O governo reservou AUD 200 milhões para financiar 400 instalações comunitárias de baterias, dos quais AUD 171 milhões foram alocados à Agência Australiana de Energia Renovável para financiar pelo menos 342 desses sistemas. As baterias comunitárias, que armazenam o excesso de energia gerada pela energia solar, visam maximizar os benefícios da alta absorção de energia solar fotovoltaica na Austrália. O financiamento estará disponível para instalações de baterias entre 50 kW e 5.000 kW de potência nominal, conectadas à rede de distribuição. As propostas devem implantar pelo menos cinco sistemas de armazenamento de baterias cada, com sistemas compartilhando um ponto de conexão de rede ou co-localizadas para serem contadas como uma instalação. (Energy Storage - 04.04.2023)
Link ExternoAustrália: Mercado de armazenamento de energia residencial cresceu 55% em 2022
De acordo com a SunWiz, uma consultoria australiana do mercado solar, o mercado australiano de armazenamento de baterias residenciais cresceu cerca de 55% em 2022 em comparação com o ano anterior. Cerca de 15% das novas instalações solares fotovoltaicas estão a ser combinadas com armazenamento doméstico, um aumento de cerca de 10% em 2021. No ano passado, foram instalados 47.100 sistemas com cerca de 589 MWh de capacidade. A capacidade média dos sistemas de armazenamento de baterias residenciais é de 12,5 kWh, e o retorno do investimento pode ser alcançado em dez anos ou menos na maior parte do país. Todos os estados e territórios da Austrália experimentaram um crescimento significativo nas instalações de baterias em 2022, quebrando recordes de instalação em todos os estados, exceto no sul da Austrália. Esse crescimento é atribuído ao aumento dos preços da eletricidade e ao desejo de independência energética, resiliência e autossuficiência. (Energy Storage - 03.04.2023)
Link ExternoSophos: Ciberataques atingiram quase todas as empresas em 2022
De acordo com a Sophos, empresa desenvolvedora de software e hardware de segurança, 94% das firmas sofreram algum tipo de ataque cibernético durante o ano passado. Todas as empresas devem assumir que serão um alvo em 2023, alertaram os pesquisadores. A maioria das empresas está enfrentando ameaças muito avançadas para lidar internamente, e a maioria relata que as ameaças cibernéticas afetam negativamente sua capacidade de realizar projetos de TI ou dedicar tempo a questões estratégicas. O relatório é baseado em uma pesquisa com 3 mil líderes responsáveis por TI e segurança cibernética em 14 países. Quase todos os entrevistados disseram que as tarefas essenciais de operações de segurança continuam desafiadoras e apenas metade dos alertas de segurança são investigados. Três quartos dos entrevistados relataram dificuldade em identificar a causa raiz dos ataques cibernéticos. Apenas 1% disse não estar preocupado com que ameaças cibernéticas afetem sua organização este ano. (Cyber Security Dive - 04.04.23)
Link ExternoEUA: Impacto da estratégia de cibersegurança na infraestrutura
Uma ocorrência frequente de ataques cibernéticos que ameaçaram serviços públicos e infraestruturas críticas em vários países levou à introdução da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética dos Estados Unidos. A estratégia se concentra na colaboração público-privada para proteger infraestruturas críticas, incentivando investimentos de longo prazo em cibersegurança e resiliência, e fornecendo suporte necessário para que entidades menores implementem proteções mais robustas. A estratégia é composta por cinco pilares: Defender a Infraestrutura Crítica; ser disruptivo e desarmar os autores de ameaças; moldar forças do mercado para impulsionar a segurança; investir em um futuro resiliente e firmar parcerias Internacionais para troca de inteligência. O primeiro pilar da estratégia de cibersegurança visa estabelecer requisitos para apoiar a segurança nacional e pública, além de promover a colaboração entre os setores público e privado em larga escala. Além da importância da regulação e harmonização de padrões e práticas para reduzir os custos e complexidades relacionados aos novos requisitos de cibersegurança. (Canal Energia – 12.04.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Artigo de Edvaldo Santana: "Parasita elétrico"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana, doutor em engenharia de produção e ex-diretor da Aneel, trata da ineficiência do SEB. O autor aponta que desde 2022, o preço da energia caiu significativamente no mercado livre de eletricidade. Porém, na outra ponta, o consumidor cativo paga, em média, R$ 780/ MWh (e mais de R$ 1.000/MWh em determinadas concessões, como as que têm índices elevados de furtos). Santana indica que "consumidor cativo, em relação aos que estão no mercado livre, paga, em 2023, mais que o dobro". Por fim, o autor sublinha que a "cultura do oportunismo, ou parasita elétrico, formada ano após ano, e que vem em desprezo do consumidor e em benefício econômico e político de poucos, é o meme do setor elétrico. Em outras palavras, o SEB é um organismo construído tal como uma máquina de gene, mas regulado e conduzido como uma máquina de memes, que prioriza seus criadores - dos memes". (GESEL-IE-UFRJ – 13.04.2023)
Link ExternoReino Unido: Planos para impulsionar o investimento de vários bilhões de libras na revolução energética
Planos ambiciosos para aumentar a energia acessível, limpa e doméstica e construir prósperas indústrias verdes na Grã-Bretanha foram revelados pelo governo - aumentando a segurança e a independência energética do país e reduzindo as contas domésticas a longo prazo e mantendo um mundo - posição de liderança na obtenção de zero líquido. A invasão ilegal da Ucrânia por Putin teve um efeito devastador nos mercados globais de energia, forçando a alta dos preços no atacado e, com isso, das contas de energia de residências e empresas no Reino Unido e em todo o mundo. Em resposta, o governo tomou medidas para proteger consumidores e empresas dos piores efeitos, pagando cerca de metade da conta de uma família típica durante o inverno e metade dos custos de energia no atacado pagos por algumas empresas. (EE Online – 11.04.2023)
Link ExternoEventos
ESG & Climate Risk Summit Europe 2023
Evento que reunirá decisores seniores de gestão de risco e estratégia de investimento de diversas empresas financeiras, como gestores de ativos, fundos de hedge, seguradoras de vida, fundos de pensão e bancos de investimento no Reino Unido e na Europa, com o objetivo de discutir e buscar maneiras de analisar e melhorar o desempenho de seus negócios e investimentos em relação à tomada de decisões de investimento de impacto. O evento é motivado pela crescente importância da ação climática e do aumento das entradas de dinheiro em ativos ESG, com a expectativa de que eles cheguem a US$ 53 trilhões até 2025. O evento acontecerá online e promete trazer novas ideias, conexões e perspectivas sobre a gestão de riscos ESG e riscos climáticos.
Link ExternoGovernador Valadares será a próxima cidade a receber evento Minas Solar para incentivar geração fotovoltaica
A Genyx Solar Power e o Sebrae estão promovendo a segunda edição do Minas Solar na Estrada, um evento que reúne empresas e especialistas do setor de energia solar para discutir mercado, tendências, oportunidades, novos modelos de negócios, gestão e empreendedorismo, e ambiente regulatório. O evento percorrerá 10 cidades de Minas Gerais em 2023, começando por Governador Valadares. A primeira edição ocorreu em Janaúba e teve mais de 400 participantes. O objetivo é promover relacionamentos profissionais que levem a bons negócios e soluções que ajudem na democratização da energia solar no país. O evento conta com o apoio da Absolar e de outros parceiros do setor. (Petronotícias - 12.04.2023)
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