ESCONDER ÍNDICE
IFE
28/11/2022

IFE Energia Nuclear 17

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e João Pedro Gomes
Pesquisadores: Cristina Rosa e Isadora Correa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
28/11/2022

IFE nº 17

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e João Pedro Gomes
Pesquisadores: Cristina Rosa e Isadora Correa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

Ver índice

IFE Energia Nuclear 17

Políticas Públicas e Planos de Governo

Brasil: Exploração de Urânio no Ceará pode ajudar em auto suficiência

Apesar da existência de um consórcio formado para a exploração da jazida de Itataia, localizada em Santa Quitéria, no interior do Ceará, ainda há questões que impedem a realização do projeto. O Consórcio Santa Quitéria, formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Galvani Fertilizantes, estima que a exploração da jazida é capaz de gerar 2,8 mil empregos diretos e indiretos e R$ 100 milhões em massa salarial anual. Além disso, o consórcio alega uma expectativa de investimento de R$ 2,3 bilhões para a exploração no local. Aquilino Senra, ex-presidente da INB, aponta que o volume de extração anual divulgado pelo consórcio na jazida de Santa Quitéria — 2,3 mil toneladas por ano — poderia fazer do Brasil autossuficiente. Contudo, é preciso atender a importantes regulações ambientais e de segurança. Senra explica que na mineração há “riscos de deposição de partículas radioativas e não-radioativas sobre a cobertura vegetal”, além de possíveis problemas de alteração da qualidade do ar e contaminação de mananciais. Esses riscos precisam ser observados em relação ao licenciamento do projeto. (Sputnik News - 10.11.2022) 
Link Externo

Brasil: Governo de transição define GT de Minas e Energia

O Grupo de Trabalho da transição para a área de Minas e Energia nomeado no dia 16, pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), deverá avaliar a situação atual da pasta e reunir informações que serão entregues à coordenação geral da transição. De acordo com Maurício Tolmasquim, um dos nomeados, ainda será marcado um encontro com os integrantes para a definição da atuação. O ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética contou que já teve uma rápida conversa com membros da equipe. Na formação do grupo, há membros que já atuaram em governos de Lula e do PT, mas Tolmasquim reforçou que também vê na composição um caráter de amplitude, com pessoas que representem variadas áreas. O GT de Minas e Energia será composto por: Anderson Adauto, David Barcelar, Fernando Ferro, Giles Azevedo, Guto Quintela, Ícaro Chaves, Jean Paul Prates, Magda Chambriard, Mauricio Tomasquin, Nelson Hubner, Robson Sebastião Formica e William Nozak. (ABDAN - 17.11.2022) 
Link Externo

Alemanha: Parlamento aprova prorrogação da vida útil de centrais nucleares

Legisladores do Bundestag alemão votaram a favor de manter as três usinas nucleares restantes da Alemanha em operação até abril. O país planejava concluir uma eliminação gradual da energia nuclear até o final de 2022. Mas o chanceler Olaf Scholz ordenou a prorrogação em outubro, em meio à iminente escassez de energia à luz da invasão russa da Ucrânia. As usinas nucleares localizam-se no estado sul da Baviera, em Emsland e no sudoeste do estado de Baden-Württemberg. A extensão da vida útil da energia nuclear desencadeou um intenso debate dentro do governo de coalizão da Alemanha. A decisão de Sholz é vista como um compromisso entre as demandas de seus parceiros de coalizão e está pressionando para manter os reatores ativos até 2024. Os Verdes há muito se opõem à energia nuclear, e seu partido foi parcialmente construído sobre movimentos anti-nucleares pós-guerra; contudo, acabaram dando apoio sob a condição de que fosse temporário. (ABDAN - 11.11.2022) 
Link Externo

Egito: Começa a construção da unidade 2 de El Dabaa

O primeiro concreto foi derramado na laje da fundação, marcando o início da etapa principal da construção da segunda unidade da primeira usina nuclear do Egito. Esta ocasião contou com a presença do Ministro de Eletricidade e Energia Renovável do Egito, Mohammed Shaker, Presidente da Autoridade de Usina Nuclear Egípcia (NPPA), Amged El-Wakil, Diretor Geral da Rosatom, Alexei Likhachev e Vice-Presidente Sênior da ASE JSC para NPP Construction Gerenciamento de Projetos Alexander Korchagin. (WNN - 21.11.2022) 
Link Externo

EUA: NRC revisará pedido de licença de reator de pesquisa

A Comissão Reguladora Nuclear (NRC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aceitou o pedido de permissão da Abilene Christian University (ACU) para construir uma instalação do Molten Salt Research Reactor (MSRR) no campus da universidade em Abilene, Texas. Esta aplicação é a primeira para um novo reator de pesquisa dos Estados Unidos em mais de 30 anos, e a primeira para um reator de pesquisa universitária avançada. Nesse caso, a ACU apresentou a candidatura para o Laboratório de Testes Experimentais de Energia Nuclear (NEXT Lab), que inclui o MSRR de 1 MW sem energia, em agosto. Em suma, este reator usaria refrigerante de sal fundido com combustível dissolvido no sal e a instalação forneceria uma plataforma para pesquisar a tecnologia de sal fundido, bem como oportunidades educacionais em ciência e engenharia nuclear. (WNN - 22.11.2022) 
Link Externo

EUA: DOE aprova financiamento para Usina Diablo Canyon

A usina nuclear Diablo Canyon foi selecionada pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE) para receber créditos no valor de até US$ 1,1 bilhão para permitir que a usina de duas unidades permaneça em operação. Mas o pedido de financiamento federal da Holtec International para permitir o reinício da usina nuclear de Palisades não teve sucesso. As duas unidades do Diablo Canyon, na Califórnia, estavam programadas para serem desativadas em 2024 (unidade 1) e 2025 (unidade 2) - uma decisão tomada há vários anos, quando a Califórnia via seu futuro energético baseado em fontes renováveis, eficiência e armazenamento - mas os legisladores do estado no início deste ano votaram esmagadoramente a favor de um projeto de lei que permitirá que a única usina nuclear do estado permaneça em operação por até cinco anos a mais do que o planejado atualmente. (WNN - 21.11.2022) 
Link Externo

EUA: Novas instalações para eliminação de resíduos evidenciam progresso

O primeiro resíduo transurânico foi colocado em um novo painel na Waste Isolation Pilot Plant (WIPP) no Novo México. Enquanto isso, a capacidade de uma instalação de disposição em aterro para resíduos e detritos contaminados radioativamente do trabalho de descontaminação e demolição no Laboratório Nacional de Idaho (INL) será aumentada. O Escritório de Gestão Ambiental do Departamento de Energia dos EUA (DOE EM), a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e o estado de Idaho concordaram em aumentar a capacidade da Instalação de Descarte CERCLA de Idaho (ICDF) e construir uma célula de descarte adicional e lagoas revestidas para permitir mais 25 anos de eliminação de resíduos. (WNN - 23.11.2022) 
Link Externo

Finlândia: Atraso na conclusão de reator aumenta risco para fornecimento de energia

O último atraso nos testes do reator nuclear Olkiluoto 3 (OL3) da Finlândia aumenta ainda mais a incerteza em torno do fornecimento de energia do país neste inverno, especialmente em janeiro, disse a operadora de rede nacional Fingrid. De acordo com a operadora Teollisuuden Voima (TVO), a produção de eletricidade do teste OL3 será retomada em 11 de dezembro, no mínimo, depois que rachaduras foram encontradas em componentes-chave no mês passado, enquanto a produção regular está definida para começar em 22 de janeiro. Em suma, o dano ao reator é um revés para a Finlândia, onde as autoridades já haviam alertado sobre o aumento do risco de apagões de energia se o OL3 não pudesse fornecer eletricidade de forma confiável. (Reuters - 22.11.2022) 
Link Externo

Índia: Estratégia de desenvolvimento de longo prazo prevê expansão nuclear

A estratégia de desenvolvimento de baixa emissão de longo prazo (LT-LEDS), apresentada pela Índia à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), previu um aumento de três vezes na capacidade de energia nuclear até 2032 e a exploração da implantação potencial de pequenos reatores nucleares modulares (SMRs). Nesse caso, estas ideias refletem uma estratégia que articula a visão e o plano de ação da Índia para atingir suas metas estabelecidas em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que foi atualizada no início deste ano para comprometer a Índia a reduzir a intensidade de emissões de seu PIB em 45% em relação aos níveis de 2005. (WNN - 15.11.2022) 
Link Externo

Irã: País começa a enriquecer urânio com 60% de pureza na usina de Fordow

Segundo órgão regulador nuclear da ONU, o Irã começou a enriquecer urânio com 60% de pureza em sua usina nuclear de Fordow e planeja uma vasta expansão de sua capacidade de enriquecimento. Esta conclusão ocorre quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estava confirmando os relatórios iranianos sobre a medida de Teerã, tomadas em retaliação às críticas da agência ao Irã em uma resolução do conselho de governadores na semana passada. Embora o Irã já esteja enriquecendo urânio com até 60% de pureza em outros lugares, sua decisão de fazê-lo em Fordow provavelmente será vista pelas nações ocidentais como particularmente provocativa porque o local está enterrado sob uma montanha, tornando mais difícil o ataque. (Reuters - 22.11.2022) 
Link Externo

Dinâmica Internacional

COP27: Associações industriais destacam o papel fundamental da energia nuclear

De acordo com a indústria internacional de energia nuclear em um comunicado conjunto, a energia nuclear está desempenhando um papel crucial durante a atual situação geopolítica e deve ser incluída na reformulação de nosso paradigma e políticas energéticas daqui para frente. Além disso, tal comunicado ressaltou que no atual contexto geopolítico global sublinhou mais do que nunca a importância de um sistema energético resiliente, descarbonizado e independente. Em suma, o documento - emitido no âmbito da Conferência do Clima COP27 - chama os tomadores de decisão a reconhecer e apoiar a necessidade de aumentar a geração de energia nuclear em todo o mundo, a fim de melhorar a segurança energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, para garantir uma economia justa e transição acessível para uma economia neutra carbono e para salvaguardar empregos e crescimento econômico. (WNN - 16.11.2022) 
Link Externo

COP27: Associações internacionais assinam declaração em prol da energia nuclear

Durante a COP27, diferentes associações da indústria internacional de energia nuclear elaboraram documento que chama os tomadores de decisão a reconhecer e apoiar a necessidade de aumentar a geração de energia nuclear em todo o mundo, a fim de melhorar a segurança energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Assim, seria possível garantir uma economia justa e transição acessível para uma economia de carbono zero e salvaguardar empregos e crescimento econômico. A declaração foi divulgada conjuntamente pela Associação Nuclear Canadense, Fórum Industrial Atômico do Japão, Instituto de Energia Nuclear dos EUA, Associação da Indústria Nuclear do Reino Unido, Nucleareurope, Fórum Atômico Romeno e Associação Nuclear Mundial. Os signatários pedem que os investimentos em novas construções nucleares sejam aumentados e acelerados para aumentar a contribuição da energia nuclear nas redes de energia até 2030. (Petronotícias - 19.11.2022) 
Link Externo

AIEA: Avaliação de segurança operacional em unidades na Coréia do Sul

Uma equipe de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica concluiu uma missão às unidades 1 e 2 de Seul (anteriormente Shin Kori 3 e 4) na Coréia do Sul, marcando a primeira inspeção de segurança operacional da AIEA no país para o tipo APR-1400 reator. Segundo a Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP), uma equipe de 13 especialistas de 11 países conduziu a missão da Equipe de Revisão de Segurança Operacional (OSART) entre 31 de outubro e 17 de novembro. Nesse caso, as missões OSART visam melhorar a segurança operacional avaliando objetivamente o desempenho da segurança usando os Padrões de Segurança da AIEA e propondo recomendações para melhorias quando apropriado. Em suma, as missões de acompanhamento são componentes padrão do programa OSART e são normalmente conduzidas dentro de dois anos da missão inicial. (WNN - 18.11.2022) 
Link Externo

AIEA: Revisão sobre a descarga de água de Fukushima avança

Uma força-tarefa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizou uma segunda missão ao Japão para revisar os planos técnicos atualizados do país para a descarga de água tratada da usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi no mar. No local de Fukushima Daiichi, a água contaminada – em parte usada para resfriar o combustível nuclear derretido – é tratada pelo sistema ALPS, que remove a maior parte da contaminação radioativa, com exceção do trítio. Esta água tratada está atualmente armazenada em cerca de 1000 tanques no local. A capacidade total de armazenamento do tanque é de cerca de 1,37 milhão de metros cúbicos e todos os tanques devem atingir a capacidade total em meados do final de 2023. (WNN - 18.11.2022) 
Link Externo

AIEA: Alemanha demonstra excelência na gestão de resíduos

A Alemanha demonstrou compromisso com o desenvolvimento contínuo de seu programa nacional de gerenciamento de resíduos radioativos desde uma revisão anterior em 2019, uma missão de acompanhamento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi concluída. A AIEA enviou uma missão de Serviço de Revisão Integrada para Gerenciamento de Resíduos Radioativos e Combustível Usado, Descomissionamento e Remediação (Artemis) para a Alemanha em 2019, a pedido do governo alemão. As missões Artemis fornecem opiniões e conselhos de especialistas independentes, elaborados por uma equipe internacional de especialistas convocada pela AIEA. Nesse caso, as revisões são baseadas nos padrões de segurança e orientações técnicas da AIEA, bem como nas boas práticas internacionais. (WNN - 21.11.2022) 
Link Externo

AIEA: Instruções conflitantes dificultam operação de Usina de Zaporizhzhia

Segundo Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a equipe ucraniana da usina nuclear de Zaporizhzhia está agora enfrentando instruções conflitantes sobre como operar a usina, exacerbando a pressão sob a qual estão trabalhando e potencialmente tendo um impacto negativo sobre segurança e proteção nuclear. Embora a equipe ucraniana continue operando a usina, que está sob controle militar russo desde fevereiro, agora existem contradições abertas em relação à cadeia de comando e ao processo de tomada de decisão. Dentro desse cenário, segue-se a criação de uma organização operacional estatal russa para a usina de seis reatores e o anúncio da Rússia de que anexou a usina e a região onde ela se encontra - uma medida que a Ucrânia rejeitou. (WNN - 15.11.2022) 
Link Externo

AIEA: Reunião com Rússia vai discutir proteção de Zaporizhzhia

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o chefe da agência nuclear da ONU se reuniu com uma delegação russa em Istambul para discutir a segurança na usina nuclear de Zaporizhzhia, controlada pela Rússia, na Ucrânia. A usina de Zaporizhzhia, que a Rússia tomou logo após sua invasão em 24 de fevereiro, foi novamente abalada por bombardeios no fim de semana, levando a novos pedidos da AIEA para criar uma zona de proteção ao redor para evitar um desastre nuclear. Dentro desse contexto, a Rússia e a Ucrânia culparam-se mutuamente por bombardear a usina nos últimos meses, que danificou edifícios e derrubou linhas de energia que abastecem a usina, cruciais para resfriar o combustível dos seis reatores e evitar um colapso nuclear. (Reuters - 23.11.2022) 
Link Externo

Ucrânia: Financiamento para segurança contra incêndios em Chernobyl

A comunidade internacional deve fornecer até 1,1 milhão de euros para a aquisição de equipamentos essenciais de segurança contra incêndio na zona de exclusão de Chernobyl, na Ucrânia. A ocupação militar russa da área levou à destruição ou pilhagem de equipamentos especializados de combate a incêndios e florestais. Na reunião da Assembleia da Conta de Cooperação Internacional de Chernobyl (ICCA), os doadores aprovaram um plano apresentado pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e pelas autoridades ucranianas. A doação será canalizada através do ICCA administrado pelo BERD. Nese caso, os fundos destinam-se a financiar a aquisição urgente de equipamentos de segurança contra incêndios necessários para restabelecer a capacidade da administração da zona para prevenir, detectar e combater incêndios florestais na zona de 30 quilómetros. (WNN - 15.11.2022) 
Link Externo

Ucrânia: Problemas de fornecimento de energia para Usinas Nucleares

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a usina nuclear de Khmelnitsky teve que contar com geradores a diesel de emergência depois de perder sua conexão com a rede por nove horas, e a usina de Rivne teve que reduzir temporariamente sua produção de energia depois de perder a conexão com uma de suas linhas de energia de 750 kV. A maior usina nuclear da Ucrânia, Zaporizhzhia, que está na linha de frente do conflito e foi forçada a contar com seus geradores a diesel de emergência em várias ocasiões quando perdeu o fornecimento externo de energia. Esta é a primeira vez que outras usinas nucleares em operação na Ucrânia, sem ser a maior usina nuclear da Ucrânia, Zaporizhzhia, tiveram tais problemas. (WNN - 17.11.2022) 
Link Externo

Ucrânia: Danos em Zaporizhzhia estão sendo avaliados após bombardeio

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a central de Zaporizhzhia, na Ucrânia, foi fortemente bombardeada no dia 20 de novembro de 2022. Foram mais de 12 explosões em um curto espaço de tempo, segundo a agência. Segundo Rafael Mariano Grossi, diretor da AIEA, o bombardeio no fim de semana chegou perigosamente perto dos principais sistemas de segurança e proteção nuclear da usina. A AIEA tem uma equipe permanente de especialistas estacionados na usina, que está ocupada por militares russos desde o início de março, embora continue sendo operada por sua equipe ucraniana. (Valor Econômico - 20.11.2022) 
Link Externo

Reino Unido, França e Alemanha condenam os planos do Irã de expandir programa nuclear

Grã-Bretanha, França e Alemanha condenaram os planos do Irã de expandir seu programa nuclear depois que o órgão regulador da ONU disse que o Irã estava enriquecendo urânio, com planos de expandir ainda mais o enriquecimento em duas usinas. Em um comunicado conjunto fornecido pelo governo britânico, as três nações concordaram que o passo do Irã é um desafio ao sistema global de não proliferação da tecnologia nuclear, trazendo riscos significativos relacionados à proliferação sem justificativa civil confiável. (Reuters - 22.11.2022) 
Link Externo

Inovação Tecnológica

SMRs: Panorama de custos aponta para viabilidade econômica

Principal tendência para a energia nuclear, os pequenos reatores modulares avançados (SMR, na sigla em inglês) já possuem custo de geração mais próximo ou até abaixo das térmicas a gás natural, o que torna esses equipamentos viáveis em uma eventual retomada da expansão dessa fonte energética no Brasil, pretensão manifestada algumas vezes no passado. Os SMR incluem modalidade de construção segundo a qual as peças podem ser transportadas para os locais de instalação como se fossem módulos pré-fabricados. Usinas nucleares SMR possuem potência instalada entre 50 megawatts (MW) e 300 MW. Nesse caso, as unidades têm sido vistas no mundo como uma alternativa adicional para a transição energética diante dos altos preços do gás natural no mercado externo, por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, e devido à dependência dos países europeus do gás russo, um dos principais produtores do insumo no mundo. (Valor Econômico - 18.11.2022) 
Link Externo

Quirguistão: Rosatom fará estudo sobre viabilidade de SMR

O Ministério da Energia do Quirguistão e a Rosatom assinaram os termos de referência para um estudo preliminar para a construção de uma usina nuclear de baixa potência. Nesse caso, os termos de referência dizem que as partes estão interessadas em desenvolver uma usina RITM-200N – pequeno reator modular – no território da República do Quirguistão. Assinado no Fórum Internacional ATOMEXPO-2022, o documento também avalia como obter os melhores resultados com a introdução da energia nuclear no balanço energético do Quirguistão. De acordo com a Rosatom, tais termos de referência também cobrem a avaliação de como o projeto seria implementado em termos de cronograma, custo da eletricidade, aspectos técnicos de conexão à rede elétrica, bem como os efeitos sociais e macroeconômicos do projeto. (WNN - 22.11.2022) 
Link Externo

EDF: Hidrogênio gerado por energia nuclear é considerado para produção de asfalto

Um consórcio liderado pela EDF recebeu financiamento do governo do Reino Unido para investigar a viabilidade do uso de calor e eletricidade gerados por energia nuclear para criar hidrogênio para uso na produção de asfalto e cimento. O Departamento de Energia Empresarial e Estratégia Industrial (BEIS, na sigla em inglês) concedeu recentemente ao projeto Bay Hydrogen Hub quase USD 475.800 em financiamento para o estudo de viabilidade. Este financiamento foi disponibilizado pelo Portfólio de Inovação Net-Zero de GBP1 bilhão do governo do Reino Unido, no âmbito do Industrial Hydrogen Accelerator Programme. (WNN - 16.11.2022) 
Link Externo

ITER: Projeto piloto de reator de fusão apresenta defeitos

O projeto International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) anunciou que defeitos foram descobertos nos setores de escudos térmicos e vasos a vácuo e alertou que as consequências no cronograma e custo não serão insignificantes. Segundo Pietro Barabaschi, diretor-geral do ITER, se há uma coisa boa nessa situação, é que ela está acontecendo em um momento em que pode-se corrigi-la, bem como o know-how que está se adquirindo ao lidar com os componentes inéditos do ITER servirá a outros quando eles lançarem seus próprios empreendimentos de fusão. Além disso, o mesmo diz que é tarefa do projeto informar prontamente a comunidade científica engajada para que tomem precauções ao lidar com o mesmo tipo de montagens. (WNN - 22.11.2022) 
Link Externo

NuScale: Atualizações sobre os custos da planta SMR nos EUA

Segundo John L Hopkins, CEO da NuScale Power, a mais recente estimativa de custo para um projeto para construir a primeira usina de pequeno reator modular NuScale (SMR) nos Estados Unidos (EUA) ressalta a necessidade de tecnologia nuclear avançada escalável que possa produzir energia mais limpa, segura e competitiva. No início do mês de novembro, a última estimativa de custo para o Carbon Free Power Project (CFPP) foi finalizada com os parceiros de tal projeto, Utah Associated Municipal Power Systems (UAMPS) e Fluor Corporation. Esta estimativa de custo está sendo revisada pela UAMPS e pela equipe do projeto CFPP e ressalta a necessidade de tecnologia nuclear avançada escalável que possa produzir energia mais limpa, segura e com custos competitivos. (WNN - 21.11.2022) 
Link Externo

Nuclearelectrica e Donalam: Cooperação no desenvolvimento de SMRs

A RoPower Nuclear, uma joint venture entre a gigante de energia nuclear estatal da Romênia, assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Donalam, parte da siderúrgica italiana AFV Beltrame Group, para explorar oportunidades de cooperação e investimento relacionadas ao desenvolvimento do primeiro projeto de pequeno reator modular (SMR) na Romênia. A assinatura do MoU ocorreu no pavilhão #atoms4climate na 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP27) em Sharm el-Sheikh, no Egito. Além disso, as duas empresas também aderiram ao Pacto de Energia Livre de Carbono 24 horas por dia, 7 dias por semana das Nações Unidas, apoiando movimentos para permitir o acesso à energia livre de carbono. (WNN - 16.11.2022) 
Link Externo

Japão e Polônia: Parceria em projeto de reator de pesquisa

Um novo acordo entre a Agência de Energia Atômica do Japão (JAEA) e o Centro Nacional Polonês de Pesquisa Nuclear (NCBJ) adicionou o projeto básico de um reator de pesquisa à sua P&D colaborativa em andamento na tecnologia de reator resfriado a gás de alta temperatura (HTGR). Isso porque os reatores de alta temperatura capazes de fornecer vapor de até 1000°C podem substituir combustíveis fósseis como fontes de calor para indústrias químicas e petroquímicas, levando à descarbonização de muitos processos de produção, além de permitir a produção econômica de hidrogênio. (WNN - 23.11.2022) 
Link Externo

Irradiação de alimentos gera vantagens competitivas para o agronegócio

A tecnologia de irradiação de alimentos é uma alternativa viável para uso na agropecuária e contribui para manter o protagonismo brasileiro no setor, bem como sua vocação para alimentar o mundo. Essa reflexão foi apresentada no XIII Seminário Internacional de Energia Nuclear – Sien 2022, no dia 9. A irradiação permite conservar os produtos do agro por mais tempo, evitando perdas e desperdício, fator estratégico em um contexto de pressão demográfica por alimentos no Brasil e no mundo. Andrea Moura, superintendente federal de Agricultura no Estado de São Paulo, enumerou como iniciativas de fomento da irradiação na agropecuária a participação no Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro, a constituição de um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, além da elaboração de um plano de negócios para instalação sustentável de irradiadores multipropósitos no país. (Portal do Agronegócio - 17.11.2022) 
Link Externo

Empresas

ABDAN/Celso Cunha: Estado precisa flexibilizar construção de novas usinas nucleares

“Precisamos contar com o mercado privado para entrar dinheiro”, diz o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha. Nesse sentido, durante a Rio Inovattion Week, o engenheiro destacou ao EnergiaHoje que a MP 1.133/22, que autoriza a participação do setor privado na exploração de minérios nucleares, é um avanço. A Medida aguarda análise dos deputados na Câmara para, na sequência, ser encaminhada ao Senado Federal. Ao falar sobre inovação no setor de geração de energia nuclear, Cunha citou os SMRs (sigla para Small Modular Reactors, no inglês). Segundo o presidente da Abdan, esses pequenos reatores modulares podem substituir a potência elétrica de muitas plantas de carvão e de gás, reduzindo emissões e alcançando localidades isoladas ou de difícil acesso. “Esses pequenos reações podem fazer a modulação do sistema para as usinas solares também”, exemplifica. (ABDAN - 14.11.2022) 
Link Externo

ABDAN e Gifen: Cooperação visa mapear oportunidades no setor nuclear

A Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) assinou um memorando de entendimento com o Grupo de Industriais Franceses de Energia Nuclear (Gifen) para identificação de oportunidades de cooperação no setor nuclear. A França possui uma grande frota de usinas nucleares e anunciou recentemente novos planos para construir mais reatores, como parte do esforço para diversificar suas fontes de energia de baixa emissão. O acordo – formalizado o Nuclear Legacy, evento realizado pela Abdan no Rio de Janeiro durante os dias 16 e 17 de novembro – tem foco no compartilhamento de melhores práticas e lições aprendidas em áreas de interesse comum como comunicação e opinião pública, desenvolvimento profissional, técnico e da cadeia de suprimentos e incentivo a startups de tecnologia nuclear, entre outros. (Energia Hoje - 18.11.2022) 
Link Externo

EMBPar: Presidente prevê quarta usina nuclear brasileira em Angra até 2032

O diretor-presidente da ENBPar, Ney Zanella, afirmou no dia 21 durante a XII Atomexpo, na Rússia, que o governo brasileiro projeta uma quarta usina nuclear em Angra dos Reis (RJ) - onde já existem Angra 1 e Angra 2, além de Angra 3 em construção. Zanella falou que a expectativa é colocar Angra 3 em operação até o final de 2027 e adiantou que “gostaria de ter mais uma usina, possivelmente Angra 4, até 2032”. A quarta usina nuclear no país está prevista no Plano Decenal de Energia (PDE) 2031, que confirmou uma nova planta de 1 GW na região Sudeste. A indicação de que a unidade ficará em Angra dos Reis é uma novidade, já que o PDE 2031 apenas indicava que a usina deveria ser localizada no submercado Sudeste/Centro-Oeste. (ABDAN - 22.11.2022) 
Link Externo

INB: Conclusão da primeira fase de Usina de Enriquecimento de Urânio

A Indústrias Nucleares do Brasil – INB inaugurará, na Fábrica de Combustível Nuclear- FCN, em Resende/RJ, a 10ª cascata de ultracentrífugas da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. Com a ampliação, a INB finaliza a primeira fase da implantação e reduz o seu grau de dependência na contratação do serviço no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais. Com a operação da 10ª cascata de centrífugas, será possível atender 70% da demanda das recargas anuais da usina nuclear Angra 1, correspondendo a um acréscimo de cerca de, aproximadamente, 5% em relação à capacidade atual. Quando a implantação da Usina estiver concluída, o Brasil atingirá a autossuficiência de enriquecimento de urânio. A previsão é que, até 2033, a INB seja capaz de atender, com produção totalmente nacional, as necessidades das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e, até 2037, a demanda de Angra 3. (INB - 21.11.2022) 
Link Externo

Nuclep: Rosatom pode ser parceira estratégica para o Brasil

Representada pelo seu presidente Carlos Henrique Silva Seixas, a NUCLEP, empresa criada para atender o Programa Nuclear Brasileiro e única Indústria Nacional capacitada à construção e manutenção dos equipamentos nucleares mais estratégicos do Brasil, participou nos dias 21 e 22, na Rússia, da ATOMEXPO 2022. Para Seixas, o evento é uma oportunidade ímpar para que a NUCLEP possa se aproximar ainda mais da Rosatom. “Tenho a perspectiva de fomentar uma parceria em que a Rosatom utilize a nossa NUCLEP como uma fábrica de componentes pesados para a América Latina. A Rosatom, por exemplo, tem a tecnologia para os Small Reactors (SMRs). A minha proposta será no sentido de que possamos fabricar os SMRs em nossa caldeiraria, baseados nos projetos desenvolvidos pela Rosatom”, afirmou. (ABDAN - 22.11.2022) 
Link Externo

Bruce Power: Parceria para protocolo de compensação de carbono nuclear

A Bruce Power, primeira geradora nuclear privado do Canadá, está avançando em um projeto para estabelecer o protocolo de compensação de carbono nuclear, que é necessário para obter a permissão de uma nova produção nuclear incremental credenciada para um benefício de emissões evitadas, quantificando e validando o papel vital que a energia nuclear desempenha na descarbonização do setor elétrico de Ontário. Em outubro de 2021, a geradora disse que visava um pico de geração local de 7.000 MWe até 2030, acima de seu nível atual de 6.550 MWe, por meio de aumentos incrementais em apoio às metas de mudança climática e futuras necessidades de energia limpa. Para isso, lançou o Projeto 2030, que espera evitar as emissões em sua fase inicial aumentando a produção do local para 6.750 MWe e estimando a remoção de 450.000 toneladas de CO2 equivalente anualmente. (WNN - 16.11.2022) 
Link Externo

Energy Fuels: Venda de subsidiárias impulsiona planos para produção de urânio

A venda da Energy Fuels Inc do projeto de lixiviação in situ (ISL) de Alta Mesa no Texas para a enCore Energy permitirá que ambas as empresas avancem com seus planos de produção de urânio. A Energy Fuels planeja usar os fundos da venda para avançar em seus projetos de urânio e outros, enquanto a enCore quer retomar as operações de Alta Mesa assim que a transação for concluída. Nesse caso, a Energy Fuels Inc, com sede no Colorado, concordou em vender três subsidiárias integrais que juntas compõem o projeto Alta Mesa para a enCore, com sede no Texas, por um total de US$ 120 milhões - US$ 60 milhões em dinheiro no fechamento e US$ 60 milhões em uma nota conversível garantida, pagável em duas anos. Com isso, a enCore também assumirá todas as responsabilidades de recuperação associadas a Alta Mesa. A EnergyFuels adquiriu o projeto da Mesteña Uranium em 2016 por cerca de USD 13,6 milhões. (WNN - 16.11.2022) 
Link Externo

Rosatom: Avanços na construção de central nuclear em Bangladesh

Roopur, na República Popular de Bangladesh, acompanha a conclusão das estruturas de aço da cúpula externa de contenção da Unidade 1 de sua usina nuclear. A parte superior da cúpula, pesando 100 toneladas e com um diâmetro de 34,4 metros, sobe para 57,140 metros. Além disso, atingirá 64.500 metros após a cúpula ser betonada. O passo seguinte é prosseguir com a instalação dos sistemas de remoção de calor passivo (PHRS), o que constitui aproximação considerável do arranque físico da instalação. Dois reatores VVER-1200 com uma capacidade total de 2400MW estão instalados na central nuclear Rooppur. Está sendo construído de acordo com o desenho russo a 160 km de Daca, a capital do Bangladesh. A Rosatom informa que o projeto russo com reatores VVER-1200 está sendo implementado com sucesso. (Energynews - 22.11.2022) 
Link Externo

Eventos

ABDAN promove o Nuclear Legacy 2022

A Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN) realizou nos dias 16 e 17 no Palácio do Itamaraty um evento para homenagear os principais nomes do setor nuclear do país. O evento teve a participação de Mauricio Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que palestrou sobre a transição energética brasileira. Já Leonam Guimarães, ex-presidente da Eletronuclear, falou em um painel a respeito do Passado, Presente e Futuro da Tecnologia Nuclear Brasileira. No segundo dia, ocorreu um evento para promover networking e prestigiar iniciativas marcantes do cenário nuclear em 2022. Foram homenageadas personalidades do setor em 6 categorias: Medicina Nuclear, Relações Institucionais, Comunicação, Desenvolvimento do Setor Nuclear, Pesquisa e Inovação, Tecnologia e Defesa. (ABDAN - 16.11.2022) 
Link Externo

XII ATOMEXPO: Participação de delegação brasileira

No dia 21, ocorreu na Rússia a XII Atomexpo, uma das maiores feiras de tecnologia nuclear do mundo. alguns dos principais nomes do setor vão estar envolvidos em discussões que passam desde a cadeia de fornecimento de combustível nuclear até novas possibilidades de geração de energia, como Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e usinas flutuantes, sempre guiadas pela necessidade de garantir uma sociedade sustentável em um futuro próximo. Uma delegação brasileira está confirmada no evento, com as participações do diretor-presidente da ENBPar, Ney Zanella, do vice-presidente da Rosatom América Latina, Ruan Nunes, do presidente da Nuclep, Carlos Henrique Silva Seixas, e das coordenadoras de Relações Institucionais e Marketing e Comunicação da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Thayana Mello e Cristiane Pereira, respectivamente. (Petronotícias - 21.11.2022) 
Link Externo

Fórum Europeu de Energia Nuclear: Nova perspectiva sobre energia nuclear

Ao abrir o 15º Fórum Europeu de Energia Nuclear, realizado em Praga de 10 a 11 de novembro, Kadri Simson, comissária de energia da União Europeia (UE), afirmou que a conversa sobre energia nuclear na Europa mudou e seu futuro agora parece muito brilhante, embora ainda haja desafios a serem superados. O primeiro desses desafios é a segurança energética com vários Estados-Membros da UE vendo este ano uma redução parcial ou total do fornecimento de energia da Rússia. Com isso, ela pediu que os formuladores de políticas, líderes da indústria e da tecnologia trabalhem juntos para transformar oportunidades em realidade. De acordo com Simson, a mudança na conversa sobre energia nuclear na Europa se tornou ainda mais pronunciada no ano passado. (WNN - 14.11.2022) 
Link Externo