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31/08/2022

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Equipe de Pesquisa UFRJ

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IFE EN nº 11 de 31 de agosto de 2022

Nacional

Reunião do comitê permanente de política nuclear Brasil-Argentina

Realizou-se, em 26 de julho 2022, reunião do Comitê Permanente de Política Nuclear Brasil-Argentina (CPPN), em Buenos Aires, no Palácio San Martín, sede da Chancelaria argentina. Entre os temas tratados na reunião, destacam-se coordenação de posições para a X Conferência de Exame do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que terá início em 1º de agosto, em Nova York; cooperação em fóruns multilaterais como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o Grupo de Fornecedores Nucleares (NSG, na sigla em inglês); desafios internacionais em não proliferação nuclear; situação atual e objetivos futuros dos respectivos programas nucleares; marco institucional da Agência Brasileiro-Argentina para Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC); e perspectivas para a cooperação científica, tecnológica e regulatória na área nuclear entre Brasil e Argentina. (Defesa Net – 27.07.2022)
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Internacional

Coreia do Sul e Rússia: Acordo visa a construção de central nuclear no Egito

A Coreia do Sul assinou um contrato de 2,25 bilhões de dólares com uma empresa estatal russa de energia nuclear para fornecer componentes e construir edifícios de turbinas para a primeira usina nuclear do Egito. Os sul-coreanos saudaram o acordo como um triunfo para sua indústria de energia nuclear, embora seus aliados americanos pressionam uma campanha de pressão econômica para isolar a Rússia por causa de sua guerra contra a Ucrânia. Autoridades sul-coreanas disseram que os Estados Unidos foram consultados com antecedência sobre o acordo e que as tecnologias fornecidas por Seul para o projeto não entrariam em conflito com as sanções internacionais contra a Rússia. (AP News - 25.08.2022)
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DOE: Energia nuclear deve ressurgir com novos investimentos

De acordo com uma estimativa do Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês), a demanda por reatores nucleares avançados valerá cerca de US$ 1 trilhão em todo o mundo. Esta estimativa inclui os trabalhos para construir esses reatores e todas as cadeias de suprimentos associadas que precisarão aumentar para apoiar a indústria. Por sua vez, segundo Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, este crescimento deve-se a rapidez da mudança de opinião em torno da energia nuclear. Dentro deste contexto, Grossi acredita que pelo simples fato de a nuclear está sendo tratadas em Conferências das Partes (COPs) demonstra está mudança. (CNBC – 03.08.2022)
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França: Produção de energia nuclear é reduzida

Na França, as altas temperaturas na água do rio estão forçando a Electricite de France SA (EDF) a cortar a geração de energia em algumas de suas usinas nucleares. Isso porque a água do rio é frequentemente usada em muitas partes do mundo para resfriar os condensadores de vapor em todos os tipos de usinas termelétricas, inclusive em unidades nucleares, a carvão e a gás. Para isto, a água pega calor à medida que passa pelo condensador e retorna ao rio. No entanto, os reguladores geralmente impõem restrições de temperatura na água de resfriamento para evitar danos ao meio ambiente. A notícia é particularmente preocupante, pois vários países europeus lutam para lidar com uma crise de energia causada por cortes de gás feitos pela Rússia em retaliação às sanções impostas a ela devido à guerra na Ucrânia. (Power – 04.08.2022)
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Hungria: Licenciamento de novos reatores na usina nuclear de Paks

O regulador nuclear da Hungria concedeu uma licença de construção para dois novos reatores na usina nuclear de Paks, que serão construídos pela empresa russa Rosatom sob um acordo de 2014 assinado entre Budapeste e Moscou. Apesar de sérios atrasos, o projeto, concedido sem licitação à Rosatom, tem sido frequentemente citado como evidência de laços entre o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e o presidente russo, Vladimir Putin. Dentro deste contexto, a Hungria pretende expandir Paks com dois reatores VVER fabricados na Rússia, com capacidade de 1,2 gigawatt cada. (Reuters – 26.08.2022)
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Irã: Sanções incapacitantes são removidas de acordo nuclear

Uma proposta europeia para reviver o acordo nuclear entre os países ocidentais e o Irã é iminente e inclui a liberação de bilhões de dólares em fundos iranianos congelados e exportações de petróleo em troca da redução de seu programa nuclear. O Irã recentemente expressou otimismo sobre um acordo sobre uma versão renovada do acordo nuclear de 2015 com os Estados Unidos e outras potências estrangeiras, formalmente chamado de Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA). Nesse caso, o novo acordo será realizado em quatro fases ao longo de dois períodos de 60 dias. De acordo com Mohammad Marandi, conselheiro da equipe de negociação do Irã, o país está mais perto de garantir um acordo e as questões restantes não são muito difíceis de resolver. (Aljazeera – 19.08.2022)
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Japão: Retorno à energia nuclear

Fumio Kishida, primeiro-ministro japonês, instruiu seu governo a considerar o desenvolvimento de reatores nucleares menores e mais seguros, sinalizando uma ênfase renovada na energia nuclear anos depois que muitas das usinas do país foram fechadas. Além disso, o governo procuraria prolongar a vida útil dos reatores existentes. Isso porque a crise na Ucrânia e os crescentes custos de energia forçaram uma mudança na opinião pública e uma política repensada em relação à energia nuclear. O governo havia insistido anteriormente que não estava considerando construir novas usinas ou substituir reatores antigos, aparentemente para evitar críticas de pessoas que desconfiam do combustível nuclear após o desastre da usina nuclear de Fukushima em 2011. (Aljazeera - 24.08.2022)
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Ucrânia: Usina nuclear desconectada da rede elétrica

De acordo com a Energoatom, operadora nuclear da Ucrânia, a usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, controlada pelas forças russas, /está desconectada da rede elétrica do país pela primeira vez em sua história. Com isso, as próprias necessidades de fornecimento de energia da estação são atualmente fornecidas através de uma linha reparada do sistema de energia da Ucrânia. Segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, os geradores a diesel de backup foram ativados imediatamente na usina para evitar um desastre de radiação. (CNN – 26.08.2022)
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Small Modular Reactor

China: Construção do primeiro SMR terrestre comercial

O pequeno reator modular terrestre está em construção na província de Hainan, no sul da China. O projeto Linglong 1 é o primeiro SMR do tipo autorizado pela IAEA e abastecerá localidades remotas da região. Cada módulo padrão poderá fornecer uma carga de 100MW, combinados segundo necessidades do usuário. A unidade integra componentes comuns em reatores do tipo, focando em segurança, com o uso de sistemas passivos, que entram em ação automaticamente com medidas de prevenção de acidentes. Segundo o engenheiro-chefe do projeto, a Ilha de Hainan costumava apoiar-se em carvão, gás e petróleo para o fornecimento de energia, incorporando elevados custos de transporte desses materiais. Para ele, a construção dos SMR’s oferece uma nova opção para geração. (CGTN – 16.08.2022)
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Coréia do Sul: Acordo para revitalizar indústria nuclear inclui SMRs

O Ministério do Comércio, Indústria e Energia da Coreia do Sul assinou um Memorando de Entendimento com as companhias Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP), Doosan Enerbility e com produtores de equipamentos e materiais nucleares. Foram discutidas medidas para apoiar os negócios locais em energia nuclear e aprimorar a competitividade do setor, criando novos empregos, desenvolvendo novas tecnologias, promovendo trocas de mão-de-obra e expandido exportações. Cinco áreas principais foram definidas para abordagem: novos projetos, financiamento, pesquisa e desenvolvimento, criação de um cluster de energia nuclear e expansão das exportações. Entre os objetivos estipulados para o prazo de 2030 encontra-se o desenho de um projeto de SMR. (World Nuclear News – 11.08.2022)
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EUA: Lei de Redução da Inflação impulsionará SMRs

Foi aprovada pelo congresso americano a Lei de Redução da Inflação, que prevê créditos tributários na produção de energia em unidades nucleares já existentes. Com a lei, a energia nuclear se coloca no mesmo patamar que a eólica e solar como propulsora de um futuro com energia verde. A tecnologia que será predominante nesse processo será a dos SMRs, mais seguros e menos custosos. Segundo Doug True, diretor do Instituto de Energia Nuclear, “adicionar 300 reatores que geram 90 gigawatts ao longo de 30 anos pode estar na parte baixa quando isso acontecer”. Os créditos fiscais inspirarão a criação desses pequenos reatores, que vivem por pelo menos 60 anos e chegam a 100 anos se bem cuidados, conforme fala de Bud Albright, executivo-chefe do Conselho da Indústria Nuclear nos EUA. No contexto atual de conflitos militares na Europa, o executivo afirma que mesmo o perigo de ataques diretos a usinas é minimizado quando se trata de SMRs: “o risco de uma bomba durante a guerra e a grande liberação de material radioativo é mínimo em relação a pequenos reatores modulares”. (Forbes – 22.08.2022)
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EUA: Financiamento para implantação de SMR

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês), concedeu fundo no valor de US$40 milhões para um projeto de seis anos de reator refrigerado. O Objetivo é permitir que a companhia X-energy execute um projeto de demonstração do seu pequeno reator modular avançado, o Xe-100. Até o final de 2023, deve ser enviado um pedido de licenciamento para a Comissão Reguladora Nuclear (NRC) para a construção do primeiro reator em uma planta Xe-100 de quatro unidades. O local escolhido foi o estado de Washington e a previsão é de início de operação até 2028. A vice-secretária assistente do DOE, Alice Capotini, reiterou que o DOE está emprenhado em apoiar a indústria nos esforços de implementação de reatores avançados. (World Nuclear News – 23.08.2022)
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Filipinas: Estudos sobre incorporação de SMRs

Segundo José Manuel Romualdez, embaixador filipino nos Estados Unidos (EUA), as Filipinas analisarão o possível uso de usinas nucleares modulares. Em entrevista ao ANC, Romualdez disse que os EUA ofereceram as usinas e que estão sendo desenvolvidas “rapidamente”. Isso Porque as usinas nucleares modulares são de natureza muito pequena e mais fácil de instalar. Além disso, o embaixador acredita que as usinas modulares são muito mais seguras. (GMA Network – 08.08.2022)
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GE Hitachi: Custos dos SMRs em MWh para mercado dos EUA

Segundo o Instituto para Economia e Análise Financeira de Energia, os custos de energia solar com armazenamento estão no patamar de US$45/MWh, enquanto a energia eólica custa US$30/MWh. Jon Ball, vice-presidente de desenvolvimento de mercado na companhia de energia nuclear GE Hitachi, discursou em um painel organizado pela Associação de Energia dos Estados Unidos. Segundo o executivo, SMRs podem ser desenvolvidos com custo nivelado de eletricidade de US$60/MWh. Segundo ele, entretanto, os reatores nucleares possuem uma vantagem de longevidade, durando no mínimo 60 anos, em contraposição a uma duração de 20 anos das instalações eólicas e solares. A companhia atualmente desenvolve um pequeno reator modular de 300MW. Segundo pesquisa do Instituto Nuclear, a US$60/MWh seria possível que a capacidade total dos SMRs nos EUA atingisse 90GW até 2050. (Utility Dive – 22.08.2022)
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IAEA: Plataforma virtual para auxílio no desenvolvimento de SMRs

A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) adicionou um novo portal online à plataforma virtual de suporte a países que buscam acelerar a implantação de SMRs. Será possível, através do novo recurso, acessar com facilidade todos os serviços da agência e se informar acerca das novidades relacionadas a essa tecnologia nuclear em ascensão. O portal cobre conteúdos de desenvolvimento e de implantação da tecnologia, além de segurança nuclear e informações sobre combustíveis que incluem o gerenciamento de ciclo e descarte. A navegação do portal exibe dez tópicos que permitem filtragem de notícias, eventos e publicações. No futuro, será possível também acessar áreas para grupos de trabalho técnicos, informações sobre projetos e programas nacionais e internacionais de SMRs. (IAEA – 17.08.2022)
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Japão: SMR surge como opção para novo modelo de geração nuclear

O Japão planeja retomar o uso de energia nuclear após as interrupções decorrentes do acidente de Fukushima. No contexto da guerra da Ucrânia e da escassez de energia no Japão, o país tem feito esforços para avançar projetos de SMR’s. O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida manifestou apoio ao desenvolvimento e construção de novos reatores para atender à alta demanda no verão e reduzir a dependência do país de importações de energia. O jornal Nikkei afirmou que Kishida pretende fazer um pronunciamento oficial na noite de quarta-feira (24). O jornal Yomiuri, por sua vez, divulgou que o Ministério da Economia pretende reiniciar sete reatores. (Business Live – 24.08.2022)
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Polaris: Projeções apontam crescimento no mercado de SMRs

A firma de consultoria e pesquisa de mercado Polaris Market Research publicou recentemente um relatório com o título “Small Modular Reactor Market Share, Size, Trends, Industry Analysis Report” que cobre o período de 2022 a 2030. No documento a empresa prevê uma taxa de crescimento anual composto de 3,6% para o segmento de SMR’s ao longo do período analisado. Em 2030, é estimado um valor de US$13 bilhões para o mercado como um todo. O relatório divide o estudo por tipo de reator, tecnologia utilizada, implantação, aplicação e região. Além disso, estabelece previsões e estimativas para algumas métricas do mercado, como crescimento da receita, taxas de crescimento e market share. Você pode acessar o relatório aqui. (OpenPR –17.08.2022)
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TerraPower: Levantamento de fundo para construção de SMR

A desenvolvedora de energia nuclear TerraPower, fundada por Bill Gates, anunciou no dia 15 um aumento de capital de 750 milhões de dólares. A companhia está entre as que avançam no sentido de construir um SMR e de explorar outras tecnologias nucleares, como medicina nuclear. Atualmente, a TerraPower está construindo um reator de demonstração de 345MW onde antes operava uma usina de carvão em Wyoming. Há também um plano da companhia para comercializar uma tecnologia de reatores de sal fundido que pode fornecer energia não emissora para indústrias pesadas. Do capital levantado, 250 milhões de dólares foram aportados pela SK Inc, holding coreana de serviços de TI. (CNBC – 15.08.2022)
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