Informativo Eletrônico – Energia Nuclear nº 5 – publicado em 08 de junho de 2022.

IFE: Informativo Eletrônico de Energia Nuclear
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IFE: nº 5 – 08 de junho de 2022
https://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Seção Nacional
1
Quais os impactos das usinas nucleares existentes

Seção Internacional
1
Quais os desafios que a nuclear enfrenta para substituir os combustíveis fósseis?

2 França: Reatores nucleares podem liberar o dobro de energia
3 EUA: A última usina nuclear da Califórnia corre risco de fechar em breve
4 EUA: Governador da Califórnia quer estender operação de UN além do planejado
5 EUA: DOE emite declaração final de impacto ambiental para Reator de Teste Versátil (VTR)
6 Os EUA fornecerão à Romênia um novo estilo de usina nuclear
7 EUA: Lixo nuclear é pauta importante a ser solucionada
8 Reino Unido: Fundo de Habilitação Nuclear Futuro

9 Artigo Investment Monitor: “Uma história de decaimento radioativo: Quem realmente estragou a indústria nuclear do Reino Unido?”

10 Reino Unido: Aumento do custo de descomissionamento de usinas nucleares
11
Cazaquistão: Construção de centrais nucleares

12 Filipinas podem reiniciar projeto da usina nuclear de Bataan
13 Coreia do Norte: Ministério de Energia Nuclear deve visitar locais candidatos para nova usina nuclear
14 Ucrânia planeja construir usinas nucleares no pós-guerra
15 Pesquisa da WCU visa o problema do lixo nuclear
16 Japão: Novo título de economia verde pode financiar projetos nucleares
17 Diretor da Nucleoeléctrica Argentina defende acordo com Atucha 3
18 Audiência pública chama a atenção para a ameaça da energia nuclear em New Brunswick

19 Bangladesh e Coreia do Sul assinam acordo de cooperação em energia nuclear

20 Mercados de eletricidade com altas participações de energia eólica e solar precisarão de energia nuclear

Small Modular Reactor
1
EUA e Romênia: Acordo visa a construção de SMRs

2 EUA: SK Group e TerraPower irão cooperação para desenvolver e operar SMRs
3 EUA: TVA faz solicitação de licença para construção de SMR

4 NuScale e Associated: Memorando de Entendimento para explorar implantação de SMR

5 NuScale: Parceria com conglomerados sul-coreanos para construir SMRs na Ásia

6 Reino Unido: Novo reator nuclear no País de Gales

7 Reino Unido: Copeland deve receber reator de fusão inovador e SMRs

8 França: Tractebel e EDF atuarão na construção de SMR
9 Canadá: Westinghouse e SRC fecham parceria visando desenvolvimento de SMRs
10 Canadá: USNC, Universidade McMaster e GFP fecham acordo para o desenvolvimento de SMRs

 


 


Seção Nacional


1 Quais os impactos das usinas nucleares existentes?

Na batalha contra a emissão de gases causadores do efeito estufa, a União Europeia tem apostado neste ano em uma medida polêmica entre os ambientalistas: considerar a energia nuclear como energia verde. A decisão apresenta uma forte motivação econômica, já que países investidores em sistemas sustentáveis podem obter empréstimos mais abrangentes para financiar a geração de energia. Segundo dados da Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), as usinas nucleares são responsáveis por 10,4% da energia elétrica produzida no mundo todo. A partir disso, surge uma questão: Quais os impactos da geração de energia nuclear? Nesse sentido, cabe analisar que apesar de não emitir gases do efeito estufa, esta fonte apresenta outros pontos envolvendo o meio ambiente que merecem atenção. Um deles é a extração do urânio, atividade de mineração que pode impactar o solo e a água. Outro ponto de destaque sobre os impactos das usinas nucleares é a geração de resíduos. De acordo com o professor Celso Duarte, do Departamento de Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), chega uma hora em que essas pastilhas já geraram todo o calor que podiam, mas continuam radioativas.

(COA UOL – 17.05.2022)

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Seção Internacional


1 Quais os desafios que a nuclear enfrenta para substituir os combustíveis fósseis?


Quais os desafios que a nuclear enfrenta para substituir os combustíveis fósseis?
O mundo está em uma encruzilhada energética: a dependência mundial dos combustíveis fósseis está cada vez mais insustentável. Os preços do petróleo e da gasolina têm disparado nos últimos anos, e com isso sobem também os custos da produção e as contas de luz. Além disso, o aquecimento global avança e os países parecem incapazes de cumprir os objetivos de cortes de emissões. E, como se isso não bastasse, a guerra na Ucrânia evidenciou a vulnerabilidade energética da Europa devido à sua alta dependência do gás russo. Dentro desse contexto, a utilização da energia nuclear surge como alvo de debate, levantando pontos importantes para as argumentações: (i) a tecnologia de fusão para sua produção; (ii) a neutralidade em emissão de gases do efeito estufa; (iii) os resíduos gerados pela nuclear; (iv) viabilidade econômica desta fonte; (v) onde estão investindo em nuclear.
(G1 – 01.05.2022) (The New Statesman – 25.05.2022)




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2 França: Reatores nucleares podem liberar o dobro de energia


Uma pesquisa realizada por físicos do Swiss Plasma Center da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EFPL) descobriu que os reatores de fusão nuclear podem gerar o dobro de energia frente ao que acreditava-se ser possível. Nesse caso, conseguiu-se provar que a densidade máxima do combustível de hidrogênio é cerca de duas vezes o “Limite de Greenwald”, uma estimativa que surgiu através de experimentos de mais de 30 anos atrás. Consequentemente, os resultados desse trabalho influenciarão consideravelmente o funcionamento do tokamak ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), que está sendo construído no sul da França, além de projetos de sucessores do ITER, chamados de reatores de fusão DEMO (Demonstration power plant).
(Ofina da Net – 26.05.2022) (Canal Tech – 24.05.2022)


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3 EUA: A última usina nuclear da Califórnia corre risco de fechar em breve


A última usina nuclear da Califórnia está prevista para ser descomissionada em 2025, deixando a dúvida sobre qual será o impacto para o estado mais populoso dos EUA, que já está lutando para fornecer energia para seus quase 40 milhões de habitantes. Nesse caso, os reatores de Diablo Canyon geram eletricidade suficiente para fornecer energia para 3 milhões de californianos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso representa quase 10% da produção total de energia do estado e cerca de um quinto de sua energia limpa. Além disso, também produz tudo isso a um preço muito mais acessível do que a média. Com isso, à medida que a data de fechamento do Diablo Canyon se aproxima, as pessoas estão pensando melhor sobre o fechamento – argumentando que agora pode não ser o momento de reduzir a quantidade de energia que o estado está produzindo.
(Fox 26 News – 11.05.2022)




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4 EUA: Governador da Califórnia quer estender operação de UN além do planejado



Enfrentando uma possível escassez de eletricidade, o governador Gavin Newsom disse que a usina de energia de Diablo Canyon pode continuar operando após o descomissionamento planejado. O plano era fechar a instalação até 2025 após o resultado de um acordo fechado em 2016 entre seu proprietário, Pacific Gas & Electric, e grupos ambientais e trabalhistas. A usina nuclear tem sido perseguida por preocupações com falhas e resíduos radioativos, e seu fechamento pretendia levar a Califórnia a depender mais de fontes de energia renováveis. Contudo, em meio a preocupações sobre atender às demandas de energia da Califórnia, particularmente durante os verões cada vez mais quentes, o governador Gavin Newsom disse no mês passado que queria buscar financiamento federal para manter a usina funcionando além de 2025. Newsom não tem autoridade direta sobre a usina, então seu proprietário, PG&E, teria que solicitar uma parte dos US$ 6 bilhões recentemente disponibilizados pelo governo Biden. O prazo para solicitar os fundos originalmente era até 20 de maio, mas as autoridades federais o adiaram para julho.
(New York Times – 20.05.2022)


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5 EUA: DOE emite declaração final de impacto ambiental para Reator de Teste Versátil (VTR)


O Laboratório Nacional de Idaho (INL, na sigla em inglês) foi identificado como o local preferido para a construção e operação do reator de nêutrons rápido refrigerado a sódio na Declaração Final de Impacto Ambiental (FEIS, na sigla em inglês) divulgada pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês). O Reator de Teste Versátil (VTR) será usado para fornecer uma fonte de nêutrons rápidos para testar e avaliar combustíveis, materiais, sensores e instrumentação nucleares para apoiar o desenvolvimento de tecnologias avançadas de reatores. Essas instalações estão atualmente disponíveis apenas em alguns locais em todo o mundo, e os EUA não operam uma há mais de 20 anos. “A VTR fornecerá aos pesquisadores americanos da indústria, academia e dos laboratórios nacionais uma ferramenta crítica para o desenvolvimento de tecnologias transformacionais que expandirão a contribuição da energia nuclear para uma energia abundante e livre de carbono”, disse a secretária adjunta de energia nuclear, Kathryn Huff. Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui. (World Nuclear News – 16.05.2022)



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6 Os EUA fornecerão à Romênia um novo estilo de usina nuclear


Os Estados Unidos irão fornecer à Romênia um simulador de treinamento em preparação para a construção de um novo tipo de usina de geração de energia nuclear no país. Se for alcançado um acordo para avançar com uma usina, a Romênia pode se tornar o primeiro país da Europa, e talvez do mundo, a ter uma usina desse tipo, conhecida como pequeno reator modular. Projetados para serem mais baratos e fáceis de construir do que os reatores nucleares tradicionais, os reatores modulares têm sido propostos por diversos fabricantes. Por fim, o governo anunciou que a usina seria construída em Doicesti, no local de uma usina a carvão fechada, localizada a cerca de 55 milhas a noroeste de Bucareste.
(The New York Times – 23.05.2022)




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7 EUA: Lixo nuclear é pauta importante a ser solucionada


Segundo destacou Jennifer Granholm, secretária de Energia dos EUA, durante uma visita a uma usina nuclear em Connecticut, é fundamental encontrar uma solução para armazenar o combustível nuclear gasto do país. Granholm foi convidada a visitar a Usina Nuclear de Millstone em Waterford pelo deputado democrata Joe Courtney, membro do Congresso local. Ambos estão trabalhando para mudar a forma como o combustível nuclear usado é armazenado em todo o país para resolver um impasse de décadas. Isso porque o combustível gasto que deveria ser armazenado temporariamente em locais atuais e antigos de usinas nucleares em todo o país está se acumulando. Dentro desse contexto, Granholm afirmou que é importante para nós, como nação, dizer que estamos encontrando um lugar para armazenar resíduos nucleares em um só lugar, para que as comunidades não tenham essa responsabilidade e estejamos consolidando os resíduos.
(The National – 21.05.2022)




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8 Reino Unido: Fundo de Habilitação Nuclear Futuro


O Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido (BEIS) anunciou o lançamento de um Fundo de Capacitação Nuclear Futuro (FNEF) de £ 120 milhões (US$ 147 milhões) para apoiar o desenvolvimento de novos projetos de energia nuclear, estimular a concorrência no setor e desbloquear investimento em todo o Reino Unido. A FNEF ajudará a concretizar a ambição do governo de aprovar oito novos reatores até 2030, conforme comprometido na Estratégia Britânica de Segurança Energética. Ele fornecerá subsídios governamentais direcionados e alocados de forma competitiva que ajudarão projetos de construção nuclear, incluindo pequenos reatores modulares (SMRs), a atrair o investimento privado necessário para ajudar a torná-los realidade. Ao lançar o Fundo da usina nuclear de Wylfa em Anglesey, o secretário de Negócios e Energia, Kwasi Kwarteng, disse: “Nosso novo fundo de 120 milhões de libras esterlinas impulsionará nosso plano de implantar uma nova frota de usinas nucleares como parte de um renascimento nuclear britânico.
(Nuclear Engineering International – 16.05.2022)


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9 Artigo Investment Monitor: “Uma história de decaimento radioativo: Quem realmente estragou a indústria nuclear do Reino Unido?”


O editor sênior do jornal Investment Monitor, Jon Whiteaker, publicou um artigo intitulado “A history of radioactive decay: Who really messed up the UK’s nuclear industry?” (“Uma história de decaimento radioativo: Quem realmente estragou a indústria nuclear do Reino Unido?”, em Português), tratando da trajetória britânica na geração nuclear. Segundo o autor, “desde a presidência de Margaret Thatcher na década de 1980, a estratégia energética do governo do Reino Unido, não importa quem esteja no poder, tem sido liderada por uma total convicção na eficiência dos mercados – que se a regulamentação e a legislação corretas forem implementadas, o setor privado as empresas vão entregar o que é necessário para manter as luzes acesas”. Para ler o artigo na íntegra, clique aqui. (Investment Monitor – 25.05.2022)


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10 Reino Unido: Aumento do custo de descomissionamento de usinas nucleares


O custo de desativação das sete antigas usinas nucleares do Reino Unido quase dobrou, atingindo £ 23,5 bilhões, e deve aumentar ainda mais, disse o comitê de contas públicas. Nesse caso, leva-se em consideração que os custos crescentes de descomissionamento seguro dos reatores refrigerados a gás avançados (AGRs), incluindo Dungeness B, Hunterston B e Hinkley B, estão sendo cobrados do contribuinte, disse o relatório. Isso porque, falhas na estratégia de investimento do governo para o fundo, que foi criado para pagar o desmantelamento, levaram o contribuinte a completá-lo em mais 10,7 bilhões de libras em apenas dois anos.
(The Guardian – 20.05.2022)




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11 Cazaquistão: Construção de centrais nucleares


O Cazaquistão continua estudando várias tecnologias, inclusive para a construção de uma central nuclear, disse o ministro da Energia do Cazaquistão, Bolat Akchulakov. durante um fórum sobre o desenvolvimento da engenharia de petróleo e gás. Segundo ele, “Não estamos dizendo que vamos construir uma NPP com a Rússia. Estamos dizendo que estamos estudando tecnologias, recursos naturais, clima, etc. Todas as tecnologias disponíveis e mais seguras estão sendo consideradas”, disse Akchulakov, respondendo a uma pergunta sobre a conveniência de cooperação com a Rosatom. Ele observou que “os desenvolvimentos russos são considerados os mais avançados, de acordo com a experiência de trabalho e os padrões de segurança”. O tema da construção de uma usina nuclear no Cazaquistão tem sido discutido há muitos anos. Além disso, a construção, segundo o Ministério de Energia do Cazaquistão, pode levar até 10 anos com custo na médio da ordem de US$ 5 bilhões. No balanço energético previsto do Cazaquistão para 2035, uma das opções é o comissionamento de uma central nuclear com capacidade total de 2,4 GWe.
(Nuclear Engineering International – 19.05.2022)




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12 Filipinas podem reiniciar projeto da usina nuclear de Bataan


O vencedor da eleição presidencial das Filipinas no início deste mês fez outro movimento em apoio ao relançamento da energia nuclear no país, mantendo conversas com a Coreia do Sul sobre conseguir ajuda para reiniciar um projeto de usina nuclear que foi abandonado há quase 40 anos. O presidente eleito, Ferdinand Marcos Jr., se reuniu com Kim Incul, embaixador da Coreia do Sul, em Manila para discutir a revitalização da Usina Nuclear de Bataan, de 620 MW. Destaca-se que a instalação de Bataan – que teria sido a primeira e única usina nuclear do país – nunca foi comissionada, pois as preocupações de segurança surgiram após o acidente de Three Mile Island nos EUA, em 1979, e o desastre de Chernobyl em 1986 na então União Soviética.
(Power – 24.05.2022)


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13 Coreia do Norte: Ministério de Energia Nuclear deve visitar locais candidatos para nova usina nuclear


O líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou recentemente que o Ministério da Indústria de Energia Atômica visite dois ou três locais candidatos para a construção de uma usina nuclear e apresente planos de ação. Isso ocorre quando Kim pede a construção de usinas nucleares para resolver a escassez crônica de energia da Coreia do Norte. De acordo com uma fonte do Daily NK em Pyongyang, Kim aprovou um plano de trabalho para concentrar os recursos do Estado na indústria de energia nuclear. Em suma, o interesse da Coreia do Norte na energia nuclear visa expandir a produção de eletricidade necessária para realizar o plano quinquenal do país, que começou em 2021 e deve terminar em 2025.
(Daily NK – 02.05.2022)




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14 Ucrânia planeja construir usinas nucleares no pós-guerra



De acordo com Petro Kotin, CEO da Energoatom – uma empresa estatal ucraniana que opera todas as quatro usinas nucleares do país – as obras de construção de duas novas unidades Westinghouse AP1000, na usina nuclear de Khmelnitsky começarão assim que a guerra acabar. Nesse caso, o acordo firmado com a Westinghouse previa a construção de cinco unidades no total, sendo que as outras três unidades serão distribuídas nas demais usinas nucleares existentes no país. Kotin disse que, além dessas cinco unidades, o país está procurando novos locais e até agora o local de Chyhyryn, na região de Cherkasy, onde uma unidade de energia foi planejada para ser construída nos tempos soviéticos, é o mais promissor.
(WNN – 16.05.2022)


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15 Pesquisa da WCU visa o problema do lixo nuclear


Apesar da sua importância como uma fonte de energia limpa, a energia nuclear produz resíduos radioativos. Embora de acordo com a organização do setor Nuclear Energy Institute, todo o lixo nuclear produzido nos Estados Unidos (EUA) desde 1950 caberia em um campo de futebol de 10 metros de profundidade – as melhores práticas para descarte são uma discussão em andamento. Segundo a Channa De Silva, professora associada da Western Carolina University, o grande problema nos Estados Unidos e em todo o mundo é: o que fazemos com o lixo nuclear depois de produzirmos a energia nuclear? Nos EUA, o combustível usado passa seus primeiros cinco anos fora do reator nuclear em uma piscina de água com temperatura regulada para resfriá-lo e bloquear a liberação de radiação durante o período em que ocorre a maior parte do decaimento radioativo. Em seguida, ele se move para armazenamento de longo prazo em um contêiner de concreto e aço, cheio de gás inerte projetado para sobreviver a desastres naturais. Apesar de haver um consenso intelectual de que seria melhor armazenar esses barris em um local consolidado, de preferência no subsolo, obstáculos políticos impediram que isso acontecesse, de forma que os resíduos são armazenados na usina onde foram gerados. Por meio da pesquisa que está realizando com estudantes da Western Carolina University (WCU) em parceria com cientistas do Departamento de Energia dos EUA, De Silva espera encontrar uma alternativa melhor.
(Smoky Moutain – 25.05.2022)




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16 Japão: Novo título de economia verde pode financiar projetos nucleares


Na semana passada, o primeiro-ministro Fumio Kishida propôs um título de transformação da economia verde para arrecadar até 20 trilhões de ienes (US$ 217 bilhões) para ajudar a cumprir as metas climáticas. O governo decidiu não emitir títulos verdes, pois os instrumentos mais padronizados também restringem o uso dos recursos, segundo especialistas locais. De acordo com o Ministério da Economia, Comércio e Indústria, órgão encarregado de projetar uma estratégia para o Japão atingir suas metas de emissões, o governo começará a considerar uma estrutura específica para o título. Dentro desse contexto, o Japão afirmou que a energia nuclear pode ser necessária em sua transição dos combustíveis fósseis em meio a uma discussão global relacionada à sustentabilidade da tecnologia.
(The Business Times – 25.05.2022)




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17 Diretor da Nucleoeléctrica Argentina defende acordo com Atucha 3


De acordo com Alejandro Estevez, diretor da Nucleoeléctrica Argentina, a energia nuclear dá “previsibilidade” ao sistema elétrico nacional e disse que desde a assinatura de um contrato técnico-comercial com os chineses, em fevereiro, eles estão trabalhando no acordo de financiamento. Estevez acrescentou: “A energia nuclear é uma fonte de benefícios extraordinários no âmbito do planejamento energético de médio e longo prazo, razão pela qual países como França, China, Emirados Árabes Unidos e Índia continuam a investir nessa tecnologia com planos de expansão muito ambiciosos”. Por fim, o diretor explicita que foi um “erro grave” pensar apenas no curto prazo quando se trata de custos da nuclear já que a energia mais cara é aquela que não está disponível quando é necessária – apontando para os preços em alta na Europa.
(WNN – 23.05.2022)




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18 Audiência pública chama a atenção para a ameaça da energia nuclear em New Brunswick


A Comissão Canadense de Segurança Nuclear (CNSC) realizou uma audiência pública em Saint John para discutir e ouvir intervenções relacionadas ao pedido da NB Power para uma renovação, sem precedentes, de 25 anos de sua Estação Geradora Nuclear Point Lepreau, localizada a sudoeste da cidade. Antes do evento, a CNSC havia afirmado que nenhuma nova informação havia sido apresentada pela NB Power ou pela equipe do CNSC para alterar sua recomendação de que a renovação fosse limitada a 20 anos. Uma intervenção foi fornecida por representantes da Generation Atomic, uma organização sem fins lucrativos e apoiadora do movimento pró-nuclear. Descrevendo Point Lepreau como a “jóia da coroa” do portfólio de energia renovável de New Brunswick, a Generation Atomic extraiu muitos de seus dados de estudos de caso nos Estados Unidos e na Europa, argumentando que os estudos econômicos podem ser transferíveis para o contexto canadense.
(NB Media CO-OP – 13.05.2022)


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19 Bangladesh e Coreia do Sul assinam acordo de cooperação em energia nuclear


O Instituto de Pesquisa de Energia Atômica da Coréia (KAERI) e a Comissão de Energia Atômica de Bangladesh (BAEC) assinaram um memorando de entendimento (MoU) para a colaboração no uso pacífico da energia nuclear. De acordo com o MoU, KAERI e BAEC fortalecerão a cooperação em vários aspectos da utilização pacífica da energia atômica, incluindo desenvolvimento, utilização e atualização de reatores para pesquisa, produção e aplicação de radioisótopos, no desenvolvimento de tecnologia de radiação, ciência de nêutrons e gerenciamento de energia nuclear/radioativa desperdício. Além disso, a Coréia do Sul espera que a assinatura do MOU forneça um impulso importante para levar a colaboração existente entre as duas agências a um novo patamar.
(The Financial Express – 25.05.2022)


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20 Mercados de eletricidade com altas participações de energia eólica e solar precisarão de energia nuclear


Quando um mercado de eletricidade tem uma grande quantidade de turbinas eólicas e energia solar fotovoltaica, como é a ambição em muitos países, é mais eficiente construir uma usina nuclear em vez de investir mais em mais capacidade renovável. Isso resulta do fato de que uma alta proporção de energias renováveis reduz fortemente os preços da eletricidade que podem ser ganhos pelos investidores em energia eólica e solar, enquanto isso é muito menos o caso para investidores em energia nuclear. Este último pode se beneficiar dos preços altos (escassez) quando há pouco vento ou sol. Embora os investidores em uma usina nuclear exijam um subsídio para tornar o investimento lucrativo, o subsídio que eles exigem é significativamente menor (por unidade de produção) do que o exigido pelos investidores em tecnologias renováveis, em particular a energia solar fotovoltaica. Destaca-se que esse panorama surgiu de uma análise do valor econômico de um investimento em energia nuclear no mercado de eletricidade holandês em comparação com o valor de investimentos adicionais em energia solar fotovoltaica, energia eólica onshore e offshore.
(Energy Post – 24.05.2022)




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Small Modular Reactor


1 EUA e Romênia: Acordo visa a construção de SMRs


Os Estados Unidos pretendem fornecer à Romênia um simulador de treinamento em preparação para a construção de um novo tipo de usina de geração de energia nuclear no país. Se for alcançado um acordo para avançar com uma usina, a Romênia pode se tornar o primeiro país da Europa, e talvez do mundo, a ter uma usina desse tipo, conhecida como pequeno reator modular. Projetados para serem mais baratos e fáceis de construir do que os reatores nucleares tradicionais, os reatores modulares têm sido propostos por diversos fabricantes . A da Romênia seria construída pela NuScale Power, uma empresa iniciante, sediada em Portland, Oregon (EUA). A usina seria construída em Doicesti, no local de uma usina a carvão fechada cerca de 55 milhas a noroeste de Bucareste. O acordo foi anunciado em uma coletiva de imprensa realizada por um grupo de autoridades e empresários americanos que visitam Bucareste, incluindo David Turk, vice-secretário de energia, com colegas romenos, incluindo Virgil-Daniel Popescu, ministro de energia do país. Os Estados Unidos, que nos últimos anos não desempenharam um papel importante na construção de novas usinas nucleares no exterior, teriam a oportunidade de assumir a liderança no que poderia ser uma nova corrida nuclear com a Europa e a China.
(New York Times – 23.05.2022)




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2 EUA: SK Group e TerraPower irão cooperação para desenvolver e operar SMRs


A SK Inc. e a SK Innovation fizeram uma parceria com a TerraPower dos Estados Unidos para promover o negócio de pequenos reatores modulares (SMR). As empresas assinaram um memorando de entendimento para o desenvolvimento e comercialização da tecnologia SMR e para o avanço conjunto nos mercados de usinas nucleares nacionais e estrangeiros. Espera-se que a cooperação entre os dois lados ajude as empresas coreanas relacionadas à energia nuclear a garantir a tecnologia principal da SMR e promover indústrias relacionadas. (Business Korea – 17.05.2022)


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3 EUA: TVA faz solicitação de licença para construção de SMR


Em fevereiro, a TVA anunciou um novo programa para explorar a tecnologia dos SMRs como parte de seus objetivos de descarbonização, com a busca de um pedido de licença de construção para um SMR no site de Clinch River. Destaca-se que a empresa já possui uma licença antecipada de local (ESP) – emitida pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, em 2019, que certifica que o local é adequado para a construção de uma usina nuclear do ponto de vista da segurança do local, impacto ambiental e planejamento de emergência, mas não especifica a escolha da tecnologia. Já no ano passado, o conselho da TVA aprovou investimentos de até US$ 200 milhões em um novo programa nuclear centrado em Clinch River e a autoridade está no processo de apoiar o desenvolvimento do projeto detalhado do BWRX300, da GE Hitachi Nuclear Energy e desenvolver o pacote de solicitação de licenciamento. Nesse sentido, Jeffrey Lyash, CEO da TVA, salientou “O marco para esse pedido de licença, embora ainda não tenhamos dito, é provavelmente o quarto trimestre de 2023 ou o primeiro trimestre de 2024”.
(World Nuclear News – 13.05.2022)




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4 NuScale e Associated: Memorando de Entendimento para explorar implantação de SMR


A NuScale Power LLC (NuScale) e a Associated Electric Cooperative (Associated) assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) para avaliar as usinas de energia VOYGR™ da NuScale para implantação potencial. Este anúncio mostra a crescente demanda pela tecnologia SMR da NuScale para fornecer energia confiável, acessível e limpa às comunidades em toda a América. Embora qualquer implementação da tecnologia SMR da NuScale dependa de acordos subsequentes, a Associated e a NuScale trabalharão juntas para avaliar o projeto aprovado pela Comissão Reguladora Nuclear dos EUA como parte da devida diligência da Associated para explorar fontes de energia confiáveis e responsáveis. Destaca-se que colaborar com empresas de serviços públicos, cooperativas e fabricantes sediados nos EUA baseia-se no compromisso contínuo da NuScale de fornecer uma verdadeira solução de descarbonização com sua tecnologia SMR segura, flexível e acessível.
(Yahoo – 18.05.2022)




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5 NuScale: Parceria com conglomerados sul-coreanos para construir SMRs na Ásia


A Samsung e dois outros conglomerados coreanos assinaram um acordo com a NuScale, com sede nos EUA, para construir reatores nucleares modulares de pequena escala, conhecidos como SMRs, na Ásia, à medida que a demanda por energia limpa cresce globalmente. A NuScale e a Samsung C&T, o braço de construção e comercialização do Samsung Group, juntamente com unidades dos conglomerados coreanos Doosan Group e GS Group, explorarão a implantação das usinas de energia SMR da NuScale. “Este anúncio é um próximo passo crítico para trazer a solução de energia limpa da NuScale para a Ásia”, disse a NuScale em comunicado. Já Byungsoo Lee, vice-presidente da Samsung C&T comunicou “Com este MOU, espera-se que haja um grande progresso no desenvolvimento de negócios SMR por meio de uma cooperação mais forte entre NuScale e investidores estratégicos coreanos”.
(Forbes – 16.05.2022)




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6 Reino Unido: Novo reator nuclear no País de Gales


Boris Johnson usou seu discurso na conferência do partido conservador galês para anunciar que um novo reator nuclear chegará a Trawsfynydd, Gwynedd. “Hoje posso dizer que estamos procurando construir outro pequeno reator modular no local de Trawsfynydd”, disse ele, descrevendo-o como “notícia fantástica”. Isso ocorre depois que o governo do Reino Unido confirmou no mês passado sua intenção de levar adiante um projeto nuclear no local de Wylfa, na ilha de Anglesey. O reator em Trawsfynydd será construído como parte de uma parceria entre a Autoridade de Desmantelamento Nuclear (NDA) e a Cwmni Egino do governo galês. O ministro da Economia do País de Gales, Vaughan Gething, disse: “O governo galês estabeleceu que todo o potencial do local de Trawsfynydd pudesse ser realizado, ajudando a impulsionar a economia.
(Nation Cymru – 20.05.2022)




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7 Reino Unido: Copeland deve receber reator de fusão inovador e SMRs


Os parlamentares ouviram uma apresentação de representantes do Conselho de Copeland sobre o por que eles acham que a área é o melhor lugar para um reator de fusão experimental inovador. O governo pretende implantar oito reatores de energia limpa nesta década em todo o país na marcha para o carbono líquido zero. O objetivo final é produzir 25% da eletricidade do Reino Unido por meio de soluções de baixo carbono até 2050.
(News and Star – 18.05.2022)




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8 França: Tractebel e EDF atuarão na construção de SMR


A Tractebel Engineering, com sede na Bélgica, fornecerá serviços de engenharia à EDF da França para fornecer o NUWARD™, uma tecnologia de pequeno reator modular (SMR). A construção da usina de referência deve começar em 2030 e sua implantação contribuirá para atender à crescente demanda europeia por eletricidade neutra em carbono, segura e acessível. A Tractebel assinou um contrato com o Centre national d’équipement de production d’électricité (CNEPE), centro de engenharia da Électricité de France (EDF) localizado em Tours, França, para contribuir com o desenvolvimento do projeto NUWARD™. Em parceria com a empresa Tractebel Laborelec, especialistas realizarão estudos para a conclusão do projeto conceitual do primeiro SMR da União Europeia. O consórcio NUWARD™, liderado pela EDF, reúne a Comissão Francesa de Energias Alternativas e Energia Atômica (CEA), TechnicAtome, Naval Group e Framatome. O projeto consistirá em uma planta de SMR de água pressurizada de 340 MWe com dois reatores de 170 MWe cada.
(Nuclear Engineering International – 12.05.2022)




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9 Canadá: Westinghouse e SRC fecham parceria visando desenvolvimento de SMRs


O Saskatchewan Research Council (SRC) e a Westinghouse Electric Canada assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) para o avanço de pequenos reatores modulares (SMRs), neste caso, mais especificamente os microrreatores, em Saskatchewan. A Westinghouse e a SRC desenvolverão em conjunto um projeto para localizar um microrreator eVinci em Saskatchewan para o desenvolvimento e teste de aplicações industriais, de pesquisa e de uso de energia. O microrreator eVinci é seguro e fácil de transportar, criando uma solução personalizada para as necessidades exclusivas de energia limpa confiável de Saskatchewan. “Os reatores nucleares modernos têm a capacidade de fornecer energia segura, limpa e de carga básica que as pessoas de Saskatchewan dependem para suas necessidades diárias”, disse o ministro responsável pela SaskPower, Don Morgan.
(Saskatchewan – 18.05.2022)




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10 Canadá: USNC, Universidade McMaster e GFP fecham acordo para o desenvolvimento de SMRs


A Ultra Safe Nuclear Corporation (USNC) possui potencial de implantar seu micro reator modular (MMR) na Universidade McMaster de Ontário ou em um local afiliado. A USNC, com sede em Seattle, assinou um memorando de entendimento (MOU) com a universidade e a Global First Power (GFP), marcando o novo desenvolvimento. Funcionários da Universidade McMaster disseram que a parceria é um passo importante no lançamento do estudo de viabilidade do pequeno reator modular (SMR) da universidade. Com base nas descobertas e na decisão de McMaster de buscar a implantação do SMR, o processo de busca das licenças necessárias da Comissão Canadense de Segurança Nuclear podem começar. Sobre a parceria, Dave Tucker, vice-presidente assistente da McMaster para pesquisa nuclear ressaltou que “Combinar nossas capacidades com as do USNC e do GFP nos permitirá realizar estudos de ciclo de vida sobre a utilização ideal de SMRs e treinar a próxima geração de especialistas que construirão, operarão, manterão, monitorarão e regularão essas instalações”.
(Power Engineering – 19.05.2022)




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Equipe
de Pesquisa UFRJ

Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe, Lucca Zamboni e Vinicius Botelho
Pesquisadores: Cristina Rosa e João Pedro Gomes
Assistente de pesquisa:
Sérgio Silva

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