Definida como uma das prioridades do governo do presidente Lula (PT), a usina nuclear de Angra 3 ganhou novo embate, agora em torno da futura tarifa de energia. A estimativa de que a tarifa da usina pode ser R$ 750 por MWh causou reação do setor nuclear. O valor estimado foi apresentado pelo MME durante um evento no Congresso. No entendimento da Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares (Abdan), não faz sentido que o custo da usina seja tão elevado. A tarifa das usinas de Angra 1 e 2 é de aproximadamente R$ 350 por megawatt-hora (MWh). O valor é definido com base na receita fixa dos empreendimentos para cobrir despesas como combustível, fundo de descomissionamento, transporte e encargos setoriais. Para o presidente da Abdan, Celso Cunha, estão incluindo o ônus político na conta da tarifa de Angra 3 e transferindo para os consumidores. As obras da nova planta em Angra dos Reis (RJ) se arrastam desde a década de 1980 e são marcadas por paralisações e escândalos de corrupção. (Valor Econômico - 02.06.2023) 

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, recorreu da decisão da Justiça pela retomada das obras da usina de Angra 3. Jordão alega que houve uma mudança de projeto urbanístico e atraso no repasse financeiro pela cessão do terreno. O prefeito declarou que a Eletronuclear (empresa responsável pelo projeto) assinou um termo de compromisso no valor de R$ 264 milhões, que até agora, segundo ele, não estaria sendo cumprido. A Eletronuclear, por sua vez, nega as irregularidades apontadas pela prefeitura, que foram apoiadas pela Justiça, de acordo com a decisão dela. A empresa também disse que até agora, mesmo após vários dias após decisão da prefeitura, não conseguiu ter acesso à fundamentação do processo que originou a decisão de embargar a obra. (Petronotícias - 02.06.2023) 

Alguns agentes do setor de energia e membros da academia já reclamam da postura do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por esquivar-se de temas importantes do segmento e a ausência nos grandes debates e eventos da indústria de energia. Até aqui, a agenda de Silveira tem priorizado, sobretudo, eventos em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. A pasta tem sido tímida em apresentar planos mais ousados e sólidos para os projetos de geração nuclear no Brasil e, com quase seis meses de governo Lula, o setor nuclear ainda vê anemia nas propostas apresentadas. A cadeia nuclear tem potencial de angariar significativos benefícios econômicos e sociais para o Brasil. “Uma usina de 1.000 MW gera aproximadamente 1.200 empregos diretos, em sua maioria de nível superior ou técnico especializado. A estes, somam-se os empregos indiretos e induzidos, que segundo estudo da FGV são 2,4 vezes o número de empregos diretos. Uma central nuclear com seis usinas gera, assim, 7.200 empregos diretos e mais de 17.000 empregos indiretos e induzidos”, diz um artigo recente da FGV Energia, que é assinado por Leonam Guimarães, Luiz Roberto Bezerra e Marcelo Gomes da Silva. (Petronotícias - 29.05.2023) 

O Brasil possui potencial para alcançar o pódio dos países com maiores reservas de urânio no planeta. A informação é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que afirma que o país detém atualmente a sétima maior reserva de urânio do mundo, com cerca de 310.000 tU. No entanto, existe potencial para estar entre as três maiores reservas globais. O CPRM tem identificado novas áreas para prospecção do urânio, por meio do Programa Avaliação do Potencial de Minerais Radioativos no Brasil, além de propor critérios de prospecção para os diferentes distritos e províncias minerais. Segundo pesquisadores da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do CPRM, o Brasil já se destacava com suas reservas de urânio por conta da descoberta das jazidas de Itatiaia, no Ceará, e Lagoa Real, na Bahia. Desde então, já foram identificadas novas ocorrências de urânio no território brasileiro, como os depósitos de Serra das Gaivotas, em Minas Gerais; Rio Cristalino, no Pará; e Figueiras, no Paraná. (Petronotícias - 31.05.2023) 

O Brasil, particularmente o BNDES, poderá estar envolvido no Programa Nuclear da Argentina – ao menos para financiar as obras emergenciais de reparos da Unidade nuclear Atucha II. Este assunto foi tratado em recente visita do presidente argentino, Alberto Fernandes, em sua visita ao presidente Lula. O BNDES já está estudando uma forma de liberar o dinheiro, com um montante ainda não estipulado e nem divulgado oficialmente. O reator está fechado desde outubro de 2022, quando uma inspeção de rotina “detectou que um dos quatro suportes internos do reator se soltou e se moveu de seu local de projeto”. A operadora Nucleoelectrica Argentina (NA-SA) disse que se trata de uma “falha mecânica da usina”, mas que não apresenta risco à segurança das pessoas e do meio-ambiente. A Argentina não tem recursos para fazer as obras necessárias e nem para dar qualquer garantia para um empréstimo. Se ainda assim, não houver condições para o Brasil emprestar os dólares necessários, a Argentina poderá recorrer aos chineses. (Petronotícias - 30.05.2023) 

A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) confirmou que irá investir em projetos do segmento nuclear este ano, sendo esta área uma das prioridades para a empresa, que é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Especialistas do setor comemoram com uma boa expectativa esta confirmação. A decisão é fruto do evento, NT2E promovido pela ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares). (Petronotícias - 02.06.2023) 

O governo alemão escolheu uma segunda região, Jura Ost, como local potencial para estudos geológicos relacionados a depósitos geológicos profundos de rejeitos radioativos. Jura Ost, localizada no estado da Baviera, junta-se à região anteriormente selecionada de Gorleben, na Baixa Saxônia. Os estudos se concentrarão na avaliação da adequação da geologia da região para o armazenamento de longo prazo de resíduos radioativos. Esta decisão reflete o compromisso da Alemanha em encontrar soluções seguras e ambientalmente corretas para o descarte de resíduos nucleares, levando em consideração fatores geológicos, técnicos e sociais. Os estudos geológicos fornecerão informações valiosas para o desenvolvimento da estratégia de gerenciamento de resíduos da Alemanha e contribuirão para o manuseio responsável de materiais radioativos. (WNN - 12.06.2023) 

A Nucleoelectrica Argentina anunciou que as reparações na usina nuclear de Atucha II estão programadas para começar em breve. A usina foi desligada em janeiro de 2022 devido a um vazamento no sistema de refrigeração. Após investigações e estudos, a Nucleoelectrica determinou as ações necessárias para reparar e fortalecer o sistema, a fim de garantir a segurança e o retorno seguro das operações. As reparações marcam um importante passo em direção à restauração da capacidade de geração de energia nuclear da Argentina e reforçam o compromisso contínuo com a segurança nuclear e a produção de energia limpa. (WNN - 30.06.2023) 

Um módulo supercrítico foi instalado com sucesso na unidade de reator nuclear Haiyang-3, na China. O módulo, composto por componentes pré-fabricados de alta tecnologia, foi transportado e instalado em apenas dois dias. A instalação do módulo é parte do projeto de construção de uma usina nuclear de reator de água pressurizada, que visa aumentar a capacidade de geração de energia limpa na China. Esta conquista representa um marco importante no avanço da construção da usina nuclear e demonstra a eficiência do uso de módulos pré-fabricados no setor nuclear. (WNN - 06.06.2023) 

A usina nuclear de Barakah, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), está realizando os testes finais de prontidão operacional para a unidade Barakah-4. Esses testes abrangem uma série de verificações e simulações para garantir que todos os sistemas e procedimentos estejam prontos para a operação segura e eficiente da unidade. Nesse caso, a construção da quarta unidade APR-1400 projetada pela Coreia em Barakah começou em julho de 2015, três anos após o início do trabalho na primeira unidade de Barakah. A conclusão bem-sucedida desses testes é um marco importante no caminho para a operacionalização completa da usina nuclear de Barakah. (WNN - 08.06.2023) 

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) anunciou US$ 26 milhões em financiamento para apoiar o processo de localização baseado em consentimento para descarte de lixo nuclear. Os fundos serão alocados para envolver comunidades, nações tribais e outras partes interessadas para identificar locais potenciais para instalações de lixo nuclear. O DOE visa estabelecer um processo transparente e inclusivo que respeite o consentimento e as preferências das comunidades afetadas. Este financiamento reforça o compromisso do governo em encontrar uma solução de longo prazo para o descarte seguro de resíduos nucleares nos Estados Unidos, abordando os desafios associados ao seu armazenamento e gerenciamento. (WNN - 12.06.2023) 

Os Estados Unidos e o Reino Unido emitiram uma declaração conjunta que inclui uma parceria na área nuclear. A declaração destaca seu compromisso com o avanço da energia nuclear como uma fonte de energia limpa e confiável. Ele enfatiza a colaboração em pesquisa e desenvolvimento, incluindo tecnologias avançadas de reatores e ciclos de combustível inovadores, para aumentar a segurança, eficiência e sustentabilidade da energia nuclear. A parceria visa impulsionar o crescimento econômico, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fortalecer o regime global de não proliferação nuclear. Esta declaração significa uma forte aliança entre os dois países na promoção do uso da energia nuclear para um futuro sustentável. (WNN - 09.06.2023) 

A França concederá no dia 9 mais de 100 milhões de euros (107,8 milhões de dólares) para treinar trabalhadores e impulsionar a inovação em projetos nucleares civis na próxima década, parte de um plano mais amplo para relançar o setor em dificuldades, o setor de energia e os ministérios da educação disseram. O governo também receberá um plano da indústria nuclear para dividir suas necessidades , após uma estimativa inicial no início deste ano de que seriam necessários 100.000 novos recrutas até 2033. O setor emprega atualmente 220.000 trabalhadores na França. O plano de empregos, visto pela Reuters, destaca as regiões da Normandia e Auvergne Rhone-Alpes como as que mais precisam de trabalhadores qualificados devido ao alto número de usinas nucleares, locais de armazenamento de resíduos e instalações de pesquisa. (Reuters - 08.06.2023) 

O regulador nuclear holandês (ANVS) concedeu aprovação para a construção de uma instalação de armazenamento multifuncional para resíduos radioativos no site COVRA na Holanda. A instalação de armazenamento, chamada edifício HABOG (High-Activity Beta-Gamma), fornecerá armazenamento de longo prazo para vários tipos de resíduos radioativos, incluindo materiais com níveis mais altos de radioatividade. A aprovação da ANVS garante que a instalação atende aos padrões de segurança necessários para o manuseio e armazenamento de rejeitos radioativos. A construção do edifício HABOG é um passo significativo nos esforços da Holanda para gerenciar e armazenar resíduos radioativos de forma eficaz, protegendo a saúde pública e o meio ambiente. (WNN - 02.06.2023) 

A Hungria fez o anúncio de que o empreendimento de construção da usina nuclear de Paks II será iniciado em julho. Este projeto tem por finalidade a expansão da capacidade de energia nuclear do país, por meio da construção de dois novos reatores. A construção desta usina será executada em colaboração com empresas húngaras, em parceria com a Rosatom, uma empresa estatal russa de energia nuclear. Em suma, o início dessa empreitada representa um momento significativo no projeto, cujo objetivo principal é assegurar a segurança energética e promover a diversificação da matriz energética nacional. (WNN - 07.06.2023) 

O ministro do Meio Ambiente, Gilberto Pichetto Fratin, disse no dia 5 que o país pretende abandonar o carvão até 2025. "A intenção é abandonar o carvão até 2025 ou até antes... Espero conseguir até 2024, se os preços do gás se mantiverem nos níveis atuais (baixos)", disse Pichetto Fratin em evento organizado pelo jornal La Repubblica. A estratégia atualizada do ministério do meio ambiente para energia e clima, a ser divulgada no final de junho, terá como objetivo aumentar a geração de energia renovável para dois terços do total até 2030, do atual terço, disse Pichetto Fratin. O ministro disse que caberá aos futuros governos decidir se re-introduziram a energia nuclear, que a Itália abandonou por meio de referendo no final dos anos 1980, após o desastre de Chernobyl na antiga União Soviética. "Os analistas estão dizendo que as fontes renováveis ​​não serão suficientes sem a energia nuclear", disse Pichetto Fratin, acrescentando que o atual governo só permitiu pesquisas e testes para essa fonte de energia. (Reuters - 05.06.2023) 

O Centro de Demonstração de Poço Profundo assinou um memorando de entendimento (MoU) com a Norsk Kjernekraft para colaborar na demonstração do descarte de poços profundos na Noruega. O centro - lançado no início deste ano - já começou o trabalho de demonstração em um local em Cameron, Texas. A missão do Centro de Demonstração de Poços Profundos é promover a maturidade do caso de segurança para descarte de poços profundos e os níveis de prontidão técnica do conceito de descarte, incluindo caracterização, construção, manuseio de recipientes, colocação e recuperação. O Centro já iniciou seu programa plurianual de trabalho para fornecer cumulativamente uma demonstração completa e não radioativa de descarte em poços profundos. (WNN - 09.06.2023) 

O presidente da Agência Nacional de Energia Atômica da Polônia (Panstwowa Agencja Atomistyki, PAA) emitiu uma opinião geral sobre a análise de segurança da primeira usina nuclear planejada do país. Com base na solicitação do PEJ, o Presidente do PAA já avaliou a proposta de descrição (escopo e nível de detalhamento) da verificação, levando em consideração os requisitos nacionais e internacionais de segurança nuclear. No parecer emitido, o presidente do PAA avaliou que a descrição da verificação independente das análises de segurança identificou corretamente os principais componentes das análises de segurança de uma instalação nuclear. (WNN - 13.06.2023) 

O Quirguistão e a Rosatom assinaram um acordo de cooperação na área de cuidados de saúde nuclear. O acordo visa fortalecer a colaboração no desenvolvimento de tecnologias e serviços médicos relacionados à saúde nuclear, incluindo diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas à radiação. A parceria permitirá o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre as instituições médicas dos dois países, além de promover a capacitação e o treinamento de profissionais de saúde. O acordo representa um passo importante na melhoria dos serviços de saúde nuclear no Quirguistão, visando aprimorar o diagnóstico precoce e o tratamento de doenças. (WNN - 09.06.2023) 

O órgão de vigilância nuclear da ONU re-instalou apenas alguns equipamentos de monitoramento originalmente implantados sob o acordo nuclear de 2015 com grandes potências que o Irã ordenou remover no ano passado, disse o órgão de vigilância em dois relatórios na quarta-feira vistos pela Reuters. O progresso limitado descrito nos relatórios, no entanto, incluiu a instalação de equipamentos de monitoramento de enriquecimento em tempo real nas únicas linhas de centrífugas que enriquecem urânio até 60% de pureza, próximo ao grau de armas, em Natanz e Fordow, disse um diplomata sênior. Ao mesmo tempo, o estoque de urânio enriquecido em até 60% do Irã continuou a crescer e agora é mais ou menos o suficiente para duas bombas nucleares, mostrou um dos dois relatórios trimestrais confidenciais aos Estados membros. (Reuters - 31.05.2023) 

O chefe da agência de vigilância nuclear da ONU negou no dia 5 que sua agência tenha atenuado seus padrões em uma investigação sobre atividades iranianas passadas depois que Israel acusou a agência de "capitulação à pressão iraniana". A disputa está centrada na investigação de anos da Agência Internacional de Energia Atômica sobre a origem das partículas de urânio encontradas em três locais iranianos não declarados, a maioria dos quais parece ter estado ativa há cerca de duas décadas. "Nunca, nunca, nunca diminuímos nossos padrões. Mantemos nossos padrões, aplicamos nossos padrões", disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em entrevista coletiva quando questionado sobre as críticas extraordinariamente fortes à sua agência feitas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu no dia 4. (Reuters - 05.06.2023) 

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, está viajando para a Ucrânia para se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky e voltar a avaliar a situação na usina nuclear de Zaporizhzhia após os danos da semana passada à barragem de Nova Kakhovka. Em uma mensagem postada no Twitter na tarde de hoje, em Viena, na Áustria, ele disse que em seu encontro com o presidente iria “apresentar um programa de assistência após a catastrófica inundação da barragem de Nova Kakhovka.” A equipe ISAMZ de especialistas da AIEA na usina está sendo ampliada devido ao seu mandato mais amplo, que agora inclui o monitoramento do cumprimento dos cinco princípios básicos para proteger a usina que ele apresentou ao Conselho de Segurança da ONU no final de maio. A inundação levantou questões sobre o abastecimento de água de resfriamento para a usina de Zaporizhzhia. (Petronotícias - 12.06.2023) 

O chefe nuclear da ONU, Rafael Grossi, visitou Kiev na terça-feira, onde se encontrou com o presidente Volodymyr Zelenskiy antes de viajar para a usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, na Ucrânia, perto de onde uma enorme represa fluvial foi destruída na semana passada. A usina nuclear Zaporizhzhia usa uma lagoa de resfriamento para evitar que seus seis reatores superaqueçam a níveis potencialmente desastrosos. A empresa de energia nuclear da Ucrânia disse na terça-feira que o nível da lagoa estava estável e que a água estava alta o suficiente. Na manhã de terça-feira, o nível da água era de 16,67 metros (54,69 pés), o que a Energoatom disse ser "suficiente para atender às necessidades da estação". Falando a repórteres em Kiev, Grossi disse que não há perigo imediato, mas que é uma "situação séria". (Reuters - 13.06.2023) 

Uma equipe de missão do Serviço de Revisão Regulatória Integrada (IRRS) da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concluiu uma revisão regulatória de 12 dias na República Tcheca. A revisão abrangeu o marco regulatório do país para segurança nuclear, proteção radiológica e gestão de resíduos radioativos. A equipe da AIEA elogiou o compromisso contínuo da República Tcheca com a melhoria contínua da segurança nuclear e recomendou a adoção de ações para fortalecer ainda mais o regime regulatório. Além disso, a equipe fez várias recomendações e sugestões para reforçar ainda mais a melhoria contínua e aprimorar o sistema regulatório tcheco e a eficácia das funções regulatórias de acordo com os padrões de segurança da AIEA. (WNN - 30.05.2023) 

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita disse no dia 8 que o reino prefere ter os Estados Unidos como um dos licitantes de seu programa nuclear civil. O príncipe Faisal bin Farhan estava comentando em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. "Temos diferenças de opinião, mas estamos trabalhando para encontrar mecanismos para podermos trabalhar juntos", disse ele. (Reuters - 08.06.2023) 

O presidente da Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, disse no dia 12 que as armas nucleares táticas russas serão fisicamente implantadas no território da Bielo-Rússia "em vários dias" e que ele também tem instalações para receber mísseis de longo alcance, se necessário. O presidente russo, Vladimir Putin, disse no dia 9 que a Rússia, que manterá o controle das armas nucleares táticas, começará a implantá-las na Bielorrússia, aliada próxima, depois que instalações especiais de armazenamento para abrigá-las forem preparadas em 7 e 8 de julho. A implantação será o primeiro movimento de Moscou de tais ogivas - armas nucleares menos potentes de curto alcance que poderiam ser usadas no campo de batalha - fora da Rússia desde a queda da União Soviética. (Reuters - 13.06.2023) 

Especialistas em segurança nuclear sul-coreanos que visitaram a usina nuclear de Fukushima destruída no Japão disseram no dia 31 que uma análise detalhada é necessária para verificar o plano do Japão de liberar toneladas de água contaminada no mar. O Japão planeja despejar mais de um milhão de toneladas de água contaminada que foi usada principalmente para resfriar os reatores no mar por volta deste verão, provocando alarme no país e no exterior, especialmente nas comunidades pesqueiras . "Dada a nossa localização mais próxima, estamos revisando se o Japão tem um plano de descarga apropriado do ponto de vista científico e tecnológico", disse Yoo Guk-hee, presidente da Comissão de Segurança e Proteção Nuclear, que liderou uma delegação em uma visita ao local na semana passada. um briefing. (Reuters - 31.05.2023) 

Antes da liberação planejada pelo Japão de águas residuais contaminadas da usina nuclear destruída de Fukushima no verão, alguns compradores sul-coreanos estão comprando sal e frutos do mar a granel para armazenar em casa e os varejistas estão estocando com medo de uma falta de suprimento. As autoridades de pesca da Coreia do Sul prometeram intensificar os esforços para monitorar as fazendas de sal natural quanto a qualquer aumento de substâncias radioativas e manter a proibição de frutos do mar nas águas próximas a Fukushima. Mas seus esforços não impediram algumas pessoas de comprar muito mais do que precisam, preocupadas com os riscos potenciais à saúde decorrentes da mudança do Japão. "Tenho medo de que a liberação de águas residuais não apenas polua (o oceano) e leve a problemas de saúde, mas também aumente os preços do sal e dos frutos do mar", disse Park Young-sil, uma mulher de 67 anos, enquanto fazia compras em um mercado tradicional em Seul. (Reuters - 09.06.2023) 

Os Estados Unidos e o Irã negaram no dia 8 uma reportagem de que estão se aproximando de um acordo provisório segundo o qual Teerã reduziria seu programa nuclear em troca de um alívio nas sanções. "Este relatório é falso e enganoso", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, referindo-se a um artigo do site Middle East Eye, com sede em Londres. "Quaisquer relatos de um acordo provisório são falsos." A missão do Irã nas Nações Unidas também lançou dúvidas sobre o relatório, dizendo: "Nosso comentário é o mesmo que o comentário da Casa Branca". (Reuters - 08.06.2023) 

O site Middle East Eye informou no dia 8, com base em fontes, que autoridades americanas e iranianas podem fechar em breve um acordo para que Teerã reduza sua iniciativa nuclear em troca da retirada de embargos que prejudicam as exportações de petróleo do país do Oriente Médio. O rumor foi suficiente para gerar impacto entre investidores, pressionando os contratos de venda de petróleo num momento em que investidores veem a economia global desacelerando. Após a reportagem do “Middle East Eye”, fontes da Casa Branca ouvidas pela Reuters negaram a possibilidade de um acordo com o Irã, o suficiente para que o petróleo terminasse a sessão acima das mínimas do dia. (Valor Econômico - 08.06.2023) 

Os Estados Unidos impuseram sanções no dia 6 a mais de uma dúzia de pessoas e entidades na China, Hong Kong e Irã, incluindo o adido de defesa do Irã em Pequim, devido a acusações de que eles ajudaram a adquirir peças e tecnologia para atores-chave em Desenvolvimento de mísseis balísticos do Irã. Mais cedo no mesmo dia, a agência oficial de notícias IRNA informou que o Irã apresentou o que as autoridades descreveram como seu primeiro míssil balístico hipersônico feito no país, um anúncio que provavelmente aumentará as preocupações ocidentais sobre as capacidades de mísseis de Teerã. “Os Estados Unidos continuarão a visar redes de compras transnacionais ilícitas que apoiam secretamente a produção de mísseis balísticos do Irã e outros programas militares”, disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em comunicado. (Reuters - 06.06.2023) 

O presidente francês, Emmanuel Macron, alertou que os objetivos climáticos da União Europeia (UE) não poderão ser atingidos sem energia nuclear, criticando as medidas do bloco europeu nessa área, diferentes das aplicadas às renováveis. “O que queremos na Europa é pragmatismo e neutralidade tecnológica”, afirmou. Ele falou numa conferência em Bratislava, com a presidente eslovaca, Zuzana Caputova, em resposta a uma pergunta sobre o bloqueio francês ao projeto da diretiva europeia sobre as energias renováveis. Macron classificou como “muito ambiciosa” a meta de redução de 55% da emissão de gases do efeito estufa entre 1990 e 2030. “Nenhum especialista sério diz que esse objetivo pode ser alcançado sem energia nuclear”, frisou. (Petronotícias - 01.06.2023) 

A Grã-Bretanha disse no dia 7 que aumentará o financiamento para o órgão regulador atômico das Nações Unidas em 750.000 libras (932.475 dólares) para apoiar o trabalho de segurança nuclear na Ucrânia. A Usina Nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, a maior da Europa, obtém sua água de resfriamento do reservatório da barragem de Kakhovka, que se rompeu na terça-feira. A Grã-Bretanha disse que já forneceu 5 milhões de libras no total para apoiar a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na Ucrânia desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022. (Reuters - 07.06.2023) 

O ministro de Energia de Israel expressou oposição nesta segunda-feira à ideia de a Arábia Saudita desenvolver um programa nuclear civil como parte de qualquer estabelecimento de relações entre os países mediado pelos Estados Unidos. O New York Times informou em março que tal programa estava entre as condições de Riad para um acordo de normalização com Israel. Autoridades sauditas e americanas não confirmaram isso. "Naturalmente, Israel não encoraja essas coisas. Não acho que Israel deva concordar com essas coisas", disse o ministro da Energia, Israel Katz, à Ynet TV quando questionado sobre um possível programa nuclear civil saudita como parte de possíveis laços bilaterais. Israel disse na semana passada que espera ser consultado por Washington sobre qualquer acordo EUA-Saudita que afete sua segurança nacional. Acredita-se que Israel, que está fora do TNP voluntário e não tem energia nuclear, possua armas atômicas. (Reuters - 05.06.2023) 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, intensificou as ameaças de atacar instalações nucleares iranianas no dia 4, convocando um raro exercício de guerra de gabinete depois de acusar os inspetores da ONU de não terem confrontado Teerã. "Estamos comprometidos em agir contra o (impulso) nuclear do Irã, contra ataques de mísseis contra Israel e a possibilidade dessas frentes se unirem", disse Netanyahu em um comunicado em vídeo do bunker de comando subterrâneo de Israel em seu quartel-general militar em Tel Aviv. A possibilidade de múltiplas frentes, disse Netanyahu, cercado por ministros de gabinete de segurança e chefes de defesa, exige que a liderança de Israel "considere, se possível, considere com antecedência" suas principais decisões. Netanyahu também criticou a AIEA. "O Irã continua mentindo para a Agência Internacional de Energia Atômica. A capitulação da agência à pressão iraniana é uma mancha negra em seu histórico", afirmou. (Reuters - 04.06.2023) 

O líder supremo do Irã disse no dia 10 que um acordo com o Ocidente sobre o trabalho nuclear de Teerã é possível se a infraestrutura nuclear do país permanecer intacta, em meio a um impasse entre Teerã e Washington para reviver um pacto nuclear de 2015. A aprovação cautelosa do aiatolá Ali Khamenei ocorre dias depois que Teerã e Washington negaram um relatório de que estavam se aproximando de um acordo provisório segundo o qual Teerã restringiria seu programa nuclear em troca de um alívio nas sanções. "Não há nada de errado com o acordo (com o Ocidente), mas a infraestrutura de nossa indústria nuclear não deve ser tocada", disse Khamenei, segundo a mídia estatal. (Reuters - 11.06.2023) 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou seu compromisso em melhorar a representação de gênero no setor nuclear. A OCDE reconhece a importância da igualdade de gênero e está trabalhando para eliminar as disparidades existentes no setor, promovendo o acesso equitativo a oportunidades de carreira e liderança para mulheres. O compromisso da OCDE inclui o estabelecimento de metas e a implementação de políticas para garantir uma base sólida de diversidade de gênero no setor nuclear, reconhecendo que a inclusão de mulheres é crucial para a inovação, segurança e eficiência do setor. (WNN - 09.06.2023) 

O cruzador de batalha de mísseis movido a energia nuclear pesado modernizado e reparado da Rússia, o almirante Nakhimov, retornará ao serviço até o final de 2024 após testes em setembro deste ano, informou a agência de notícias estatal russa TASS nesta terça-feira. A mídia estatal russa RIA Novosti informou anteriormente que o navio estará armado com o míssil anti-navio hipersônico Zircon, uma arma de nova geração que, juntamente com o veículo planador hipersônico Avangard, forma a peça central do arsenal hipersônico da Rússia. O almirante Nakhimov faz parte da classe russa Kirov de cruzadores de batalha de mísseis guiados movidos a energia nuclear, navios de guerra grandes e pesados, projetados para guerra na superfície da água, com suas próprias armas e forças armadas. (Reuters - 13.06.2023) 

Uma ruptura desastrosa na enorme barragem de Kakhovka, na Ucrânia, aumentou ainda mais o alarme sobre a segurança da usina nuclear de Zaporizhzhia, controlada pela Rússia, nas proximidades, que há meses é alvo de bombardeios devido à sua proximidade com o front militar. linhas. O chefe da agência atômica das Nações Unidas, Rafael Grossi, visitará a área esta semana para verificar "uma discrepância significativa " nos dados do nível de água do reservatório, usado para encher uma lagoa para resfriar os reatores da usina nuclear. O maior risco para a usina é o superaquecimento do combustível nuclear, que pode acontecer se a energia que aciona os sistemas de resfriamento for cortada ou se não houver água suficiente para abastecer os sistemas de resfriamento. A Rússia e a Ucrânia culpam cada uma por bombardear a instalação. A usina nuclear de Zaporizhzhia usa uma lagoa de resfriamento para manter seus seis reatores resfriados. O reservatório de Kakhovka, que perdeu quase três quartos de sua água desde o rompimento da barragem em 6 de junho , alimenta a lagoa de resfriamento, que por sua vez traz água para os reatores e para lagoas de resfriamento adicionais para o combustível irradiado. (Reuters - 13.06.2023) 

Os países da UE esperam aprovar um acordo sobre novas metas de energia renovável no dia 13 e estão considerando opções, incluindo uma isenção para certas fábricas de amônia, em uma tentativa de conquistar países céticos em relação à lei final, disseram fontes diplomáticas. Se aprovada pelos países e legisladores da UE, a lei de energia renovável consagrará uma meta obrigatória para a UE obter 42,5% de sua energia de fontes renováveis ​​até 2030. A aprovação da lei pelos países foi adiada por semanas, após a oposição tardia da França e de outros países que buscam um tratamento mais favorável da energia nuclear no projeto de lei. A energia nuclear é de baixo carbono, mas não renovável. O grupo de estados, muitos deles na Europa Oriental e com interesses em energia nuclear, também levantou preocupações sobre o destino da amônia produzida a partir do hidrogênio sob as regras. (Reuters - 13.06.2023) 

Caso o Brasil decida seguir com um programa nuclear robusto, especialistas defendem que a expansão poderia também ser via pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês), mais baratos e com maior controle de riscos. Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), Nivalde de Castro considera fundamental um país como o Brasil ter um programa nuclear, já que o país construiu toda uma cadeia produtiva no setor, que vai desde a mineração, tecnologia própria, enriquecimento e usos múltiplos do urânio. “Neste cenário de desenvolvimento tecnológico que está se colocando para o mundo, todo o foco é para pequenos reatores modulares e não para grandes usinas, porque elas são muito caras, envolve investimento de capital fixo muito grande e são viáveis para países muito ricos”, explica. A Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares (ABDAN) acredita que é possível o Brasil viabilizar até US$ 70 bilhões em usinas até 2050, mas coloca como condição a flexibilização do monopólio do estado na construção e operação. “Acabaria o atraso em obras, superfaturamento, indicação política em cargos, mas mantém o controle da União. Qualquer sistema de investimento vai topar”, diz o presidente, Celso Cunha. (Valor Econômico - 02.06.2023) 

A construtora Aecon formou uma parceria com a fabricante e construtora ES Fox Limited para fabricar em conjunto componentes de aço fora do local para o primeiro pequeno reator modular (SMR) em escala de rede do Canadá no local de Darlington da Ontario Power Generation (OPG). De acordo com Pat Cimek, vice-presidente de serviços de construção e fabricação da ES Fox, com a experiência de ambas as empresas, espera-se construir grandes seções da estrutura nas duas instalações, alavancando uma abordagem modular e enviando-as para o local do projeto DNNP - ajudando a reduzir os custos de mão-de-obra e equipamentos de campo, melhorando o cronograma geral do projeto e apoiando empregos qualificados com altos salários na região de Niágara. (WNN - 31.05.2023) 

A Atkins e a COVVI Robotics planejam desenvolver uma solução robótica usando uma mão biônica que forneceria destreza "quase humana" para lidar com materiais nucleares remotamente, eliminando a necessidade de os operadores colocarem as mãos em caixas de luvas ao manusear materiais e resíduos nucleares. Com base no trabalho patenteado de Atkins, membro do grupo SNC-Lavalin, para implantar robôs colaborativos no setor nuclear, as duas empresas pretendem anexar a mão biônica do COVVI a um braço robótico, para permitir que manipulações perigosas sejam realizadas por controle remoto, enquanto replicam mais de perto o humano destreza. Isso reduzirá a presença de humanos em áreas perigosas e permitirá que as operações do porta-luvas continuem por períodos mais longos, reduzindo riscos e aumentando a eficiência, além de liberar tempo para os operadores do local se concentrarem em outras atividades, disseram as empresas. (WNN - 31.05.2023) 

A réplica em escala real do microrreator MARVEL, do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), foi transferida de Idaho para uma instalação na Pensilvânia, onde será usada para testar o comportamento dos refrigerantes de sódio-potássio e chumbo-bismuto. O protótipo não nuclear – conhecido como teste de aparelho de refrigeração primária (PCAT) – foi construído no Laboratório Nacional de Idaho (INL). Agora, ele foi instalado nas dependências da Creative Engineers, (CEI) em Freedom, Pensilvânia, onde será carregado com refrigerantes de sódio-potássio e chumbo-bismuto para teste e coleta de dados sobre as temperaturas do sistema e fluxo de refrigerante. O PCAT será alimentado eletricamente durante os testes, que podem começar em julho. O microrreator resfriado a sódio-potássio para validação e avaliação de aplicações de microrreator (MARVEL) gerará 100 kW e deverá começar a operar na instalação de teste de reator transitório do INL até o final de 2024. (Petronotícias - 30.05.2023) 

Oito empresas norte-americanas que desenvolvem energia de fusão nuclear receberão US$ 46 milhões em financiamento dos contribuintes para buscar plantas-piloto que tentem gerar energia a partir do processo que alimenta o sol e as estrelas, informou o Departamento de Energia dos EUA no dia 31. O Programa de Desenvolvimento de Fusão Baseado em Milestone do Departamento de Energia espera ajudar a desenvolver demonstração de fusão em escala piloto dentro de uma década. O financiamento, que vem da Lei de Energia de 2020, é para os primeiros 18 meses. Os projetos podem durar até cinco anos, com financiamento futuro totalizando US$ 415 milhões, dependendo da aprovação do Congresso e de marcos científicos e de engenharia. "As empresas participantes só são pagas se apresentarem resultados e o programa público verificar se a ciência é sólida", disse Bob Mumgaard, CEO e fundador da CFS. (Reuters - 31.05.2023) 

O Ministério da Economia da Eslováquia e a Slovenské Elektrárne assinaram um memorando de cooperação com vários parceiros no campo da energia para apoiar o desenvolvimento de SMRs na Eslováquia, incluindo a solicitação de financiamento do Projeto Phoenix dos Estados Unidos. O projeto, anunciado pelo Enviado do Clima, John Kerry, na COP27 do ano passado, visa “acelerar a transição global de energia limpa, fornecendo assistência técnica para apoiar a tomada de decisões na busca a conversão de uma ou mais usinas de energia movidas a carvão para geração segura de energia nuclear SMR de carbono zero”. Kerry convidou os países da Europa Oriental e da região da Eurásia a se inscreverem para participar até o dia 15. O projeto faz parte do Programa de Infraestrutura Fundamental do Departamento de Estado dos EUA para o Uso Responsável de Reator Modular Pequeno, em cooperação com o Programa Público-Privado do Departamento de Comércio do EUA para Reator Modular Pequeno, “que visa promover a cooperação transatlântica para implantar SMRs na Europa e na Eurásia”. (Petronotícias - 13.06.2023) 

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE/EUA) iniciou um processo de escopo para o fornecimento de urânio de alto teor e baixo enriquecimento (HALEU). Isso faz parte dos esforços do DOE para apoiar o desenvolvimento de reatores nucleares avançados. O processo de definição do escopo envolve a busca de informações e feedback das partes interessadas sobre o potencial estabelecimento de uma instalação de produção da HALEU nos Estados Unidos. A iniciativa do DOE visa garantir um fornecimento confiável e de origem doméstica de HALEU para facilitar a implantação de tecnologias nucleares avançadas e contribuir para as metas de energia limpa do país. (WNN - 06.06.2023) 

O Departamento de Energia dos EUA e duas empresas pretendem dividir os custos do Molten Chloride Reactor Experiment (MCRE) no Laboratório Nacional de Idaho e usar mais de 1.322 libras (600 kg) de combustível contendo 93% de urânio enriquecido. A empresa TerraPower LLC, apoiada por Bill Gates, a Southern Co (SO.N) e o departamento esperam que o experimento de seis meses leve a avanços em reatores que possam ajudar a reduzir a poluição ligada à mudança climática. Mas um grupo de ex-membros da Comissão Reguladora Nuclear, incluindo o ex-presidente Allison Macfarlane, e secretários assistentes de estado dos EUA responsáveis ​​pela não-proliferação, disseram que o MCRE poderia dar a outros países uma desculpa para enriquecer urânio ao nível de bomba em busca de novos reatores. Eles temem que um aumento em tais experimentos aumente os riscos de que militantes que buscam criar uma arma nuclear possam se apossar do urânio. (Reuters - 30.05.2023) 

Um projeto está explorando a possibilidade de instalar velas em navios movidos a energia nuclear como forma de reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono. A iniciativa, liderada pela Nuclear Transport Solutions (NTS) em parceria com a Smart Green Shipping (SGS), visa investigar a viabilidade técnica e econômica do retrofit de velas em navios energéticos. Essas velas seriam usadas para aproveitar a energia eólica e auxiliar a propulsão do navio, geradas em economia de combustível e redução das emissões de gases de efeito estufa. O projeto está em estágio inicial e espera-se que os resultados sejam divulgados no final do ano. (WNN - 09.06.2023) 

A Agência de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA) concedeu financiamento para um projeto que visa estudar os requisitos de combustível para a fusão nuclear. Este financiamento foi direcionado a sete empresas e universidades através de contratos de US$ 8,5 milhões. Nesse contexto, uma pesquisa, liderada por uma equipe da Universidade de Durham, investigará o uso de diferentes tipos de combustível em reatores de fusão, com o objetivo de melhorar a eficiência e a sustentabilidade da tecnologia de fusão nuclear. Em suma, o projeto visa fornecer informações valiosas sobre os materiais e processos necessários para alcançar a fusão nuclear controlada e contribuir para o desenvolvimento de futuras usinas de energia de fusão. (WNN - 08.06.2023) 

O Reino Unido e os Estados Unidos anunciaram uma parceria para explorar o uso da fusão nuclear em tecnologia de propulsão de foguetes. O projeto, chamado Projeto Hephaestus, reunirá especialistas do Reino Unido e dos EUA para pesquisar e desenvolver sistemas de propulsão avançados baseados em fusão nuclear. A parceria tem como objetivo impulsionar a exploração espacial e permitir viagens interplanetárias mais rápidas e eficientes. A fusão nuclear oferece a promessa de uma fonte de energia abundante e limpa para alimentar a propulsão espacial, abrindo caminho para futuras missões espaciais de longo alcance. (WNN - 13.06.2023) 

A Anfield Energy, uma empresa de desenvolvimento de urânio, anunciou a aquisição do projeto de urânio Marquez-Juan Tafoya no Colorado, EUA. Este projeto abrange uma área de terra significativa e inclui locais históricos de mineração. A Anfield Energy pretende alavancar sua experiência e recursos para avançar no desenvolvimento do projeto e aumentar a produção de urânio na região. Além disso, a aquisição está alinhada com a estratégia da Anfield de expandir seus ativos de urânio e fortalecer sua posição no mercado norte-americano. (WNN - 07.06.2023) 

A empresa de serviços públicos Constellation Energy Corp (CEG.O) disse no dia 1 que vai adquirir a participação da NRG Energy Inc (NRG.N) em uma usina nuclear no Texas em um negócio avaliado em 1,75 bilhão de dólares. Após a transação, a Constellation será um dos três proprietários da Estação de Geração Elétrica do Projeto Texas de 2.645 megawatts (MW). A participação de 44% da NRG representa cerca de 1.100 MW de produção. A Constellation opera 3.520 MW de usinas a gás natural no Texas e alguns projetos eólicos. As ações da NRG caíram 3,4%, enquanto a Constellation ganhou 4,7% no pregão da tarde. A venda representa uma redução adicional do portfólio de geração de energia da NRG e uma mudança de foco em seus clientes de varejo, o que é "um tanto incongruente com o recente ativismo dos investidores", disse a corretora Guggenheim em nota. (Reuters - 01.06.2023) 

O grupo de energia nuclear francês EDF (EDF.PA) retorna ao controle total do Estado no dia 8 com sua saída da bolsa de valores de Paris depois de sofrer uma perda recorde no ano passado e ver a produção nuclear cair para um mínimo de 34 anos. O governo lançou uma compra da participação de 16% que ainda não possuía na EDF no final de 2022, desembolsando cerca de 10 bilhões de euros (US$ 10,9 bilhões) para assumir o controle total da operadora endividada da maior frota de usinas nucleares da Europa. A compra faz parte da aposta renovada do presidente Emmanuel Macron na energia nuclear, que inclui a construção de pelo menos seis novos reatores nos próximos anos. (Reuters - 08.06.2023) 

A Framatome da França e a Slovenské elektrárne da Eslováquia assinaram um memorando de entendimento sobre o desenvolvimento de suas relações de longo prazo e também trabalharão juntas no desenvolvimento de um combustível nuclear "100% europeu" para reatores de água pressurizada VVER-440. Segundo a Framatome, a empresa foi solicitada por todas as concessionárias de operação VVER europeias para contribuir para o desenvolvimento de uma solução de combustível europeia soberana que evite qualquer interrupção em serviços críticos e reduza a dependência das importações europeias. (WNN - 01.06.2023) 

A empresa de energia finlandesa Fortum e a empresa americana Westinghouse estabeleceram um acordo de cooperação para investigar os requisitos preliminares relacionados ao desenvolvimento e implementação de novas usinas nucleares na Finlândia e na Suécia. O estudo de viabilidade, com duração de dois anos, conduzido pela Fortum, analisará os pré-requisitos para a construção de novas usinas nucleares nessas regiões, considerando tanto reatores de tamanho médio (SMRs) quanto grandes reatores convencionais. No escopo do estudo, a Fortum avaliará as condições comerciais, tecnológicas e sociais, abrangendo aspectos políticos, legais e regulatórios, associados à construção de novos reatores. Ademais, serão investigados o processo de construção, incluindo planejamento, localização e licenciamento, bem como serão exploradas novas parcerias e modelos de negócios. (WNN - 07.06.2023) 

A Kazatomprom, empresa atômica nacional do Cazaquistão, concluiu com sucesso seu segundo embarque de urânio natural para a China como parte de um acordo de fornecimento de longo prazo. O embarque envolveu um volume significativo de concentrado de urânio, evidenciando a crescente parceria entre o Cazaquistão e a China no setor de energia nuclear. O compromisso da Kazatomprom em cumprir seus acordos de fornecimento contribui para a estabilidade e confiabilidade do fornecimento de urânio para o programa de energia nuclear em expansão da China. (WNN - 05.06.2023)

Os preparativos para a construção das unidades 3 e 4 da usina nuclear de Shin-Hanul, na Coreia do Sul, estão prestes a começar. A Korea Hydro & Nuclear Power (KHNP) recebeu a aprovação do governo para iniciar os trabalhos no local, que envolvem a preparação do terreno e a construção de infraestrutura. O projeto de expansão da usina nuclear tem como objetivo aumentar a capacidade de geração de energia do país e fortalecer a segurança energética. (WNN - 12.06.2023) 

Um acordo de suporte foi alcançado para as unidades 3 e 4 da usina nuclear de Cernavoda, na Romênia. O acordo, assinado entre a empresa Nuclearelectrica e o governo romênio, estabelece os termos para o fornecimento de serviços de suporte técnico e especializado durante a construção e operação das duas unidades. Essa parceria tem como objetivo garantir o sucesso da construção das unidades 3 e 4, confiante para o desenvolvimento da indústria nuclear romena. (WNN - 12.06.2023) 

A Ur-Energy, uma empresa de mineração de urânio, relatou um aumento de produção em seu projeto Lost Creek, em Wyoming, Estados Unidos. A empresa alcançou um aumento significativo na produção de urânio, superando a produção do ano anterior. O aumento da produção foi atribuído à melhoria da eficiência operacional e ao melhor desempenho do campo de poços. O projeto Lost Creek da Ur-Energy desempenha um papel crucial no atendimento à crescente demanda por urânio, principalmente nos Estados Unidos. Além disso, o aumento da produção reflete o compromisso da empresa com o desenvolvimento e fornecimento de urânio para geração de energia nuclear. (WNN - 01.06.2023) 

Uma nova pesquisa revelou que o apoio da população dos Estados Unidos à energia nuclear está em patamar recorde há três anos seguidos. O estudo foi elaborado pela Bisconti Research e mostra que 76% dos americanos são favoráveis à energia nuclear. Além disso, sete em cada dez dos entrevistados apoiam a construção de mais usinas no país. A Pesquisa Nacional de Opinião Pública sobre Energia Nuclear – realizada entre 28 de abril e 5 de maio – incluiu 1.000 adultos americanos representativos nacionalmente, com uma margem de erro de três pontos percentuais. Ao todo, já foram realizadas 87 pesquisas nacionais desde 1983. A pesquisa constatou que 76% dos entrevistados disseram que são fortemente ou um pouco a favor do uso da energia nuclear como uma das formas de fornecer eletricidade nos EUA, enquanto 24% se opõem. Na pesquisa de 2022, o índice chegou a 77%, enquanto que em 2021, 76% dos americanos ouvidos eram favoráveis. Esse é um patamar recorde desde o início da série histórica. Na década anterior, o índice de americanos que apoiavam a fonte nuclear havia se estabilizado na faixa de 60%. (Petronotícias - 05.06.2023) 

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório - "IAEA Review of Safety Related Aspects of Handling ALPS-Treated Water at TEPCO’s Fukushima Daiichi Nuclear Power Station" - afirmando que as amostras de água coletadas na usina nuclear de Fukushima, no Japão, atendem aos requisitos internacionais de segurança. O relatório elogia o trabalho realizado pelas autoridades japonesas na gestão da água contaminada e destaca a implementação de medidas de controle e monitoramento rigorosos. Além disso, a AIEA ressalta a transparência e a cooperação do Japão no compartilhamento de informações sobre a gestão da água na usina de Fukushima para a segurança nuclear global. Para ter acesso ao relatório completo, clique aqui. (WNN - 31.05.2023) 

A Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), controladora da Eletronuclear e da Itaipu Binacional, foi uma das ganhadoras do prêmio Líderes da Energia 2023, concedido nesta semana durante cerimônia em São Paulo. O evento contou com a participação do presidente da ENBPar, Ney Zanella dos Santos, que recebeu a premiação, e do presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, além de outras empresas do setor. A ENBPar foi vencedora na categoria Referência, que destacou as empresas que deixaram marcas positivas e sustentáveis na matriz elétrica brasileira. “É muito importante manter uma rede de networking com os principais líderes do setor energético do país e do mundo. O evento foi uma oportunidade nesse sentido, além de um momento de prestigiar a ENPBar – empresa a qual a Eletronuclear é subsidiária – no Dia Mundial da Energia”, destacou o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court. (Petronotícias - 31.05.2023) 

O trabalho da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN) em prol do setor será novamente reconhecido. A Full Energy, plataforma de Energia do Grupo Mídia, homenageará a ABDAN durante a 2ª edição do prêmio Líderes da Energia, na categoria entidade setorial. A premiação reconhece e apresenta ao mercado as empresas que mais se destacam no setor de energia ao longo do ano de 2022. O evento acontecerá na segunda-feira (29), às 19h, no Hotel Renaissance São Paulo e também será transmitido ao vivo pelo canal oficial do Grupo Mídia. “Ser reconhecido entre as diversas entidades governamentais do setor é um passo importante para nós da ABDAN e também nos transmite a certeza de que estamos no caminho certo em entregar o melhor em desenvolvimento de tecnologia nuclear para o crescimento do Brasil”, comentou o presidente da ABDAN, Celso Cunha. (Petronotícias - 27.05.2023)