ESCONDER ÍNDICE
IFE
24/10/2022

IFE Transição Energética

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
24/10/2022

IFE nº 00

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

Ver índice

IFE Transição Energética

Europa

Artigo GESEL: "Dura transição energética europeia"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL) e Vitor Santos (Professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa), discorrem sobre as dificuldades da Europa na transição energética. Segundo os autores, “o conjunto de países que formam a União Europeia (UE), terceiro maior bloco econômico global, possui, há muito tempo, um constrangimento estrutural: a excessiva dependência externa de recursos energéticos – gás natural, petróleo e carvão”. Concluiu-se que “as medidas emergenciais, complexas e multisetoriais, voltadas ao desenvolvimento de novas tecnologias verdes através de maciços programas de investimentos, buscam superar um imenso desafio: a conversão acelerada para uma matriz energética mais limpa e que simultaneamente garanta segurança energética. Porém, no curto prazo, usinas termelétricas a carvão precisam ser acionadas para evitar problemas de suprimento e inflação elevada, uma vez que não há uma alternativa em cena no curto prazo.” (GESEL-IE-UFRJ – 21.09.2022)
Link Externo

GESEL: "cenário de estagflação obriga a Europa a adotar medidas heterodoxas", diz Nivalde de Castro

A crise energética da Europa é bastante preocupante. O inverno se aproxima e a redução quase completa do fornecimento de gás da Rússia, por conta das sanções europeias ao país, traz bastante incerteza. Para o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) do Instituto de Economia da UFRJ, há pouca margem de manobra para os governos fugirem da crise no curto prazo. “Reverter no curto prazo é muito difícil. O gás russo é o mais barato do mundo”, explica o professor. “O cenário de estagflação obriga a Europa a adotar medidas heterodoxas, aumentando a dívida pública, tabelando preços de energia e estatizando empresas do setor para que a crise não se agrave”, acrescenta. Se por um lado há o risco de milhares de pessoas passarem frio nos próximos meses, a crise para a indústria europeia, uma das mais competitivas do mundo, já começou. “A guerra na Ucrânia foi o elemento catalisador para a transição energética na Europa. A grande dependência por energia no continente o fez ser o líder da bandeira por sustentabilidade no mundo”, explica Castro. (Agência CMA - 05.10.2022) 
Link Externo

Artigo de João Carlos Mello: "Lições da crise energética da Europa"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, João Carlos Mello aborda o cenário da crise energética na Europa. Segundo o autor, “em 2021, a Rússia forneceu cerca de 40% do gás utilizado na União Europeia. O gás russo era considerado um elemento-chave para a transição energética do bloco, que protagoniza as articulações internacionais para controle do aquecimento global - haja vista o Acordo de Paris, cujos compromissos ambiciosos de redução de emissões de gás carbônico estão agora em xeque”. Contudo, dentro do contexto de guerra entre a Ucrânia e a Rússia, resultou-se uma crise energética no continente. Por fim, o autor conclui que “outra lição importante é o planejamento energético de longo prazo. O avanço rumo a uma economia de baixo carbono depende, sim, da substituição de combustíveis fósseis por alternativas renováveis, mas depende também da resiliência dos sistemas elétrico e energético para manter o abastecimento em condições de estresse. A diversidade de fontes ajuda a compor um mix energético confiável, desde que ofereça características de complementariedade”. (GESEL-IE-UFRJ – 03.10.2022)
Link Externo

Preços de energia podem continuar altos até 2025, diz Banco Mundial

Em seu relatório sobre as projeções econômicas para a Europa e a Ásia Central, o Banco Mundial afirma que os preços de energia nas regiões podem continuar altos até 2025, mas que os impactos da guerra na Ucrânia começam a diminuir, fazendo com que a projeção de crescimento para as duas áreas seja de uma retração de 0,2% em 2022 e uma alta mínima de 0,3% em 2023. Os números denotam melhora em relação à projeção anterior, que era de uma contração de 4,1% em 2022. A instituição credita a projeção de crescimento para 2023 devido ao crescimento acima das expectativas em algumas das maiores economias da região e da extensão dos programas de auxílio da pandemia por alguns governos, que ajudaram a lidar com as altas nos custos de vida. Apesar da melhora, o Banco Mundial diz que a energia será um fator para a economia da Europa e Ásia Central até pelo menos 2025, especialmente em países muito dependentes do gás para alimentar sistemas de calefação. (Valor Econômico - 04.10.2022)
Link Externo

Risco ‘’sem precedentes’’ de ter que racionar gás no inverno, diz AIE

A Agência Internacional de Energia (AIE) indica, a partir de seu relatório trimestral sobre gás natural, que a Europa enfrenta ‘’riscos sem precedentes’’ de precisar racionar gás natural nesse inverno após a Rússia ter decidido cortar o fornecimento para a região. Há necessidade de reduzir o consumo em 13% durante o inverno para não sofrer escassez, devendo haver diminuição da temperatura da calefação em 1 grau e ajuste das temperaturas de caldeiras industriais. Já houve preenchimento de 88% das reservas de gás da eu, mas é necessário 90% de acordo com a AIE. A situação trouxe alta nos preços do gás, causando inflação recorde nos países deu UE, havendo a possibilidade de recessão no final de 2022. Os governos estão tentando compensar as perdas com a compra de gases de outros países para evitar que os níveis caiam a ponto de ser necessário o racionamento. (Valor Econômico - 03.10.22)
Link Externo

Acordo para limitar preço do petróleo da Rússia

A União Europeia (UE) chegou a um acordo para implementar um limite de preços para a compra do petróleo da Rússia, uma proposta encabeçada pelo G7 e pelos Estados Unidos que buscam restringir os ganhos de Moscou com a alta dos preços de energia no mundo. Os países-membros da UE concordaram com uma abordagem em duas etapas para impor o teto de preço ao petróleo russo. Autoridades do bloco estão preparando as questões legais necessárias para implementar a medida, mas vão adiar a aprovação final até que todos os países do G7 estejam prontos para adotar as medidas, disseram diplomatas e autoridades. Autoridades dos países europeus assinaram o acordo como parte de um oitavo pacote de sanções contra a Rússia no dia 5 de outubro. As medidas entram em vigor na manhã desta quinta-feira. (Valor Econômico - 05.10.2022)
Link Externo

Reino Unido e França reforçam apoio à nova usina nuclear de Sizewell

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, e o presidente da França, Emmanuel Macron, publicaram declaração conjunta reforçando apoio à transição e autonomia energética da Europa. Os líderes demonstraram apoio à nova usina nuclear de Sizewell, estratégia para driblar a crise provocada pela guerra da Ucrânia. Segundo o comunicado, a expectativa é que os órgãos relevantes finalizem os acordos no próximo mês. Os representantes se encontraram hoje em Praga, no primeiro Encontro da Comunidade Política Europeia. Truss e Macron também se comprometeram a avançar e aumentar a cooperação civil-nuclear entre Reino Unido e França, incluindo inovação e infraestrutura, antes da Cúpula Reino Unido-França, marcada para ocorrer em 2023, na França. (BroadCast Energia – 06.10.2022) 
Link Externo

Parlamento avança em normas alinhadas aos valores ESG

Atualmente, os europeus são responsáveis por 10% do desmatamento global de florestas tropicais em decorrência dos produtos que importam. Por isso, em sessão plenária em Estrasburgo, o Parlamento europeu decidiu que irá restringir a importação de commodities agrícolas vinculadas a regiões onde haja risco de desmatamento de florestas ou degradação ambiental. A nova normativa demonstra que o Parlamento europeu avança na consolidação de legislação alinhada aos valores ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês). A decisão impacta o agronegócio brasileiro, tendo em vista que a União Europeia representa 15% das exportações do agronegócio nacional. O governo do país indica que irá questionar a medida com o argumento de que interfere na livre concorrência do mercado internacional. Entretanto, medidas voltadas aos valores ESG serão necessárias não só na Europa, mas em todo o mundo, para atingir a meta de impacto climático neutro até 2050. (Jota - 19.09.22)
Link Externo

Preço da lenha dispara frente à crise energética

Aumento de custos e de demanda relacionados a madeira são alguns de vários exemplos de distorções causadas por tensões geopolíticas e em cadeias de oferta. Na Alemanha, o preço da lenha subiu 86% em agosto, se comparado com o mesmo mês no ano anterior. A Bulgária decidiu parar de exportar lenha para países fora da União Europeia. Mesmo na Suíça, onde a inflação tem sido relativamente controlada, o preço da lenha subiu 26%. O interesse pela madeira tem crescido como alternativa mais limpa ao carvão, mas a oferta diminui consideravelmente com as sanções da lenha importada da Rússia. (World Economic Forum – 27.09.2022)
Link Externo

Mais energia solar menos importação de gás

Níveis recordes de geração solar durante o verão têm ajudado a reduzir a dependência de importações de gás vindo da Rússia, com 12% da matriz elétrica europeia tendo sido gerada através de energia solar entre os meses de maio e agosto deste ano. O aumento de 28% da geração solar em relação ao ano anterior fez a parcela de energia solar na matriz elétrica chegar a 12%, excedendo, inclusive, a geração eólica (11,7%) e hidrelétrica (11%), não estando muito atrás do carvão, atualmente com 16,5%. Países como Holanda, Alemanha e Espanha são os maiores geradores europeus, com 22,7%, 19,3% e 16,7% de suas matrizes através de energia solar. Além disso, Finlândia e Hungria têm visto aumentos de cinco vezes sua parcela solar. (World Economic Forum – 03.10.2022)
Link Externo

Estratégia de digitalizar o setor energético e acelerar a descarbonização

O próximo plano de ação da UE para a digitalização do setor da energia pretende ser o próximo passo na transição ecológica. De acordo com Paula Pinho, Diretora de Transição Justa, Consumidores, Eficiência Energética e Inovação na DG Energia da Comissão Europeia, o plano pretende estabelecer um novo paradigma na forma como a energia é produzida e consumida e como a infraestrutura energética é utilizada. Na Semana Europeia da Energia Sustentável, Paula Pinho disse que se trata de garantir que todos os intervenientes no sistema, desde os geradores aos consumidores, tenham as ferramentas para monitorar e gerir a sua produção e consumo e otimizar a eficiência na infraestrutura. E para isso, “os dados são a moeda da digitalização, com acesso e troca de dados”. (Smart Energy - 28.09.2022)
Link Externo

Reino Unido: subsídios na conta de energia elétrica das empresas para amortecer efeito inflacionário

O governo do Reino Unido vai reduzir os preços de energia no atacado para empresas do país nos próximos seis meses, numa tentativa de amortecer os efeitos inflacionários dos custos de gás e eletricidade. Por meio de uma legislação emergencial, serão oferecidos descontos nos custos de energia a empresas, grupos de caridade e instituições do setor público do Reino Unido a partir de 1 de outubro. O governo britânico estipulou preços de 211 libras por Mwh de eletricidade e de 75 libras por Mwh de gás, representando menos da metade dos preços no atacado previstos para o inverno deste ano. O plano vem após o Reino Unido detalhar, no dia 8, um programa para ajudar famílias do país a bancar suas contas de eletricidade nos próximos dois anos. O objetivo é evitar que a inflação se acelere ainda mais, protegendo a renda real dos consumidores e reduzindo riscos de que a econômica britânica entre numa recessão severa e prolongada. (BroadCast Energia – 21.09.2022) 
Link Externo

Reino Unido: gigantes da energia assinam contrato de rede para aumentar conexão de energia renovável no país

Vattenfall, Siemens Energy e Aker Solutions AS assinaram um contrato de rede de transmissão em corrente contínua de alta tensão (HVDC) para interligar energia renovável à rede nacional do Reino Unido. O contrato fará com que a Vattenfall entregue a infraestrutura de conexão à rede para o Parque Eólico Offshore Norfolk Boreas, na costa britânica. Como parte do contrato, a Siemens Energy e a Aker Solutions serão responsáveis pela engenharia, aquisição, construção e instalação das subestações HVDC onshore e offshore e conexão à Rede Nacional. Helene Biström, da Vattenfall, declarou sobre o projeto: “Estamos muito orgulhosos deste acordo, que é um passo importante para a vida livre de fósseis dentro de uma geração e uma grande oportunidade para as empresas da cadeia de suprimentos contribuírem para uma das maiores zonas eólicas offshore do mundo.” (Smart Energy – 03.10.2022) 
Link Externo

Itália: Rússia corta suprimento de gás

A estatal russa Gazprom suspendeu o fornecimento de gás natural para a Itália, sem haver confirmação se seria uma interrupção causada por problema burocrático ou se seria mais um país da União Europeia com o fornecimento de gás russo cortado. A medida pode ser derivada da guerra econômica desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Enquanto os países da União Europeia promovem sanções financeiras e comerciais à Rússia, o país corta grande parte do seu fornecimento de gás natural. Especificamente na Itália, não seria tão prejudicial parar de receber o gás russo, tendo em vista que compõe menos de 10% do suprimento de gás italiano com a importação de outros fornecedores, como a Argélia e o Egito. (Valor Econômico - 03.10.22)
Link Externo

Ásia

ASEAN: países podem atender dois terços da demanda de energia com renováveis

Os países do Sudeste Asiático podem atender sua crescente demanda de energia com energias renováveis e cortar 75% de suas emissões de CO2 relacionadas à energia até 2050, metade das emissões em comparação com hoje. Lançado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) durante a Reunião Ministerial de Energia da ASEAN, a 2ª edição do Renewable Energy Outlook for ASEAN mostra que quase dobrar a energia renovável até 2030 cria oportunidades regionais significativas de negócios e investimentos. A ASEAN abriga uma das frotas de usinas de carvão mais jovens do mundo. No entanto, um número crescente de membros da ASEAN estabeleceu metas de emissões líquidas zero por volta de meados do século. O planejamento da transição deve começar agora para que as metas climáticas sejam alcançadas, com a substituição da energia do carvão como uma das principais prioridades, principalmente para evitar ativos ociosos. O Outlook da IRENA identifica caminhos de transição com foco em energias renováveis, eletrificação e tecnologias emergentes, como hidrogênio e baterias. (EE Online – 20.09.2022)
Link Externo

China: planos de investimento em complexos integrados de refino-petroquímica

Desde o 14º Plano Quinquenal em 2020, a China tem buscado integrar indústrias tradicionais como a petroquímica no chamado “sistema de manufatura verde”. A Agência Internacional de Energia destaca que o uso de materiais leves como o plástico é um caminho importante para uma melhoria significativa na eficiência energética de veículos, edifícios e construções. Como consequência, prevê que o uso de petróleo como matéria-prima petroquímica é a única área que apresentará um aumento na demanda. Em 2050, 55% de todo o petróleo consumido globalmente seria para a petroquímica. Nessa linha, as oportunidades decorrentes da integração entre o refino e a petroquímica voltaram a figurar como um modelo de negócios capaz de lidar com os excedentes de petróleo de forma rentável. A China tem promovido a otimização e o ajuste estrutural de matérias-primas, expandido o fornecimento de produtos de alta qualidade e acelerado a transformação de empresas em setores-chave – como aço, metais não ferrosos, química e petroquímica, materiais de construção e celulose –, melhorando o chamado sistema de manufatura verde. (Ensaio Energético – 03.10.2022)
Link Externo

China: empresas lucram ao redirecionar gás natural liquefeito dos EUA para a Europa

A desaceleração econômica na China, um acordo comercial da era Trump e a busca desesperada da Europa por gás natural estão gerando ganhos para empresas de energia chinesas. Com a demanda baixa, as empresas chinesas que assinaram contratos de longo prazo para comprar o gás natural liquefeito dos EUA estão vendendo o excesso e ganhando centenas de milhões de dólares por carga. Os compradores incluem Europa, Japão e Coreia do Sul. Dados da alfândega chinesa mostram que a China está recebendo quase 30% mais gás da Rússia até agora este ano. O aumento é devido ao crescimento da entrega programada do gasoduto Força da Sibéria e de compras do GNL russo, normalmente com um grande desconto. (BroadCast Energia – 03.10.2022) 
Link Externo

Índia: Microrredes solares eletrificarão 80 novas comunidades

Contando com US$ 6 milhões em novos financiamentos, a Husk Power Systems, empresa de serviços de energia em comunidades fora da rede, anunciou que começará a eletrificar 80 novas comunidades na Índia com microrredes solares. Este novo projeto fornecerá energia confiável para cerca de 10 mil novos clientes e beneficiará cerca de 60 mil pessoas. A empresa já possui cerca de 150 sistemas de microrredes comunitários operando na Índia. A empresa diz que as microrredes eliminarão mais de 11 mil toneladas de dióxido de carbono anualmente, substituindo os geradores a diesel existentes por uma fonte de energia renovável. “Atingiremos um impacto econômico neutro em carbono e amplo em empresas e famílias na zona rural da Índia e ajudaremos micro, pequenas e médias empresas a dobrar sua renda por meio da redução dos custos de energia”, disse Manoj Sinha, cofundador e CEO da Husk. (Microgrid Knowledge– 19.09.2022) 
Link Externo

África e Oriente Médio

EUA: país acusa Opep+ de se alinhar com a Rússia com o corte na produção de petróleo

Os EUA acusaram ontem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, a Opep+, de se alinharem com a Rússia ao decidirem um profundo corte na produção em um momento que muitos países lutam contra a inflação de energia desencadeada pela invasão da Ucrânia por Moscou. A Opep+, liderada pela Arábia Saudita, anunciou ontem um corte nas metas de produção de 2 milhões de barris por dia, o equivalente a 2% da oferta global, após sua primeira reunião presencial em dois anos em Viena. Mas o corte real deve ficar mais perto de 1 milhão de barris/dia, uma vez que muitos membros não conseguem atingir as metas de produção como resultado da falta de investimentos e problemas de gestão. (Valor Econômico - 05.10.2022)
Link Externo

EUA: Lei de Redução da Inflação altera a indústria de armazenamento de energia

A legislação da Lei de Redução da Inflação dos EUA é um inesperado “grande tiro no braço” para a indústria de armazenamento de energia e pode ter dobrado o mercado doméstico endereçável quase da noite para o dia. Energy-Storage.news conversou com figuras seniores dos integradores de sistemas de armazenamento de baterias Fluence e Wartsila Energy na feira de energia limpa RE+ 2022 em Anaheim, Califórnia, que discutiram a legislação climática histórica e outros tópicos. O vice-presidente de crescimento e chefe comercial da Fluence, Kiran Kumaraswamy, disse que as pessoas na feira estavam “irradiantes de confiança” devido à aprovação surpresa dos US$ 369 bilhões em financiamento de segurança climática e energética do ato. (Energy Storage – 21.09.2022)
Link Externo

EUA: nova lei busca atrair capital para energia renovável com créditos fiscais

Um mercado totalmente novo para créditos fiscais verdes começa se configurar, enquanto banqueiros e consultores tentam descobrir maneiras de canalizar isenções fiscais de empresas de energia para companhias ávidas por pagar impostos menores. No mês passado, o Congresso norte-americano expandiu os créditos fiscais de energia renovável, tornando-os transferíveis na chamada Lei de Redução da Inflação, que também diminui os preços dos medicamentos com receita médica e impôs novos tributos às grandes corporações. A venda de créditos fiscais marca uma mudança na estratégia dos EUA para atrair capital público e privado para projetos de energia renovável, e deve seguir ao lado de mercados já existentes, como as compras de compensação de carbono. Os negócios não devem começar de fato antes de 2023, mas advogados e financistas já começam a estruturar transações. Eles discutem acordos segundo os quais os créditos seriam vendidos com desconto em relação ao valor de face e avaliam formas de proteger os compradores de créditos fiscais contra possíveis riscos. (BroadCast Energia – 15.09.2022) 
Link Externo

EUA: ampliação da capacidade de energia solar bate recorde no segundo trimestre

Impulsionados pela Lei da Redução da Inflação, sancionada em 16 de setembro deste ano, os EUA registraram 10 GW de novos contratos de capacidade solar de grande porte no segundo trimestre, um aumento de 201% em relação ao primeiro trimestre para o maior crescimento trimestral já registrado, de acordo com uma nova análise de Wood Mackenzie. Essa atividade apresentou a maior capacidade contratada trimestral desde 2019 e elevou o portfólio contratado para 88 GW, um recorde histórico. Os EUA registraram 2,7 GW de instalações solares de grande porte no segundo trimestre, um aumento de 24% em relação ao trimestre anterior. Apesar do aumento, as restrições da cadeia de suprimentos continuam a prejudicar o setor. Este trimestre foi o segundo trimestre mais baixo para instalações desde 2019 e o quinto trimestre mais baixo nesse período. (Wood Mack - 28.09.2022)
Link Externo

EUA: setor privado anuncia expansão de plantas solares

O Congresso norte-americano estendeu incentivos fiscais para geração de energia renovável, “upgrades” de eficiência energética residencial, veículos elétricos e manufatura de energia limpa até 2032, investindo mais de US$ 300 bilhões na indústria de energias renováveis, diminuindo incertezas de longo prazo do setor privado. A indústria está respondendo a incentivos e apenas seis semanas após a assinatura do projeto diversas empresas privadas têm anunciado expansão de instalações e novas unidades geradoras em solo estadunidense, principalmente na indústria de energia solar, que conta com subsídios que podem diminuir o preço de US$0,30 por watt para até US$0,17. Tais subsídios têm gerado previsões de redução de 40% de gases de efeito estufa emitidos até 2030 e até 69% de crescimento para a indústria de energia solar no país, se comparado a um cenário sem o projeto governamental, com 222GW de nova capacidade. (Energy Monitor – 04.10.2022)
Link Externo

EUA: compromisso interagências para reduzir emissões de transporte e custos ao consumidor

A Administração Biden anunciou um Memorando de Entendimento (MOU) entre quatro agências federais para acelerar o futuro de transporte limpo acessível e equitativo do país. Os Departamentos de Energia, Transporte, Habitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA trabalharão coletivamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas ao setor de transporte e garantir opções de mobilidade resilientes e acessíveis para todos os americanos. O transporte doméstico, incluindo passageiros e carga, produz mais emissões de gases de efeito estufa do que qualquer outro setor. Trabalhando em estreita colaboração com estados, comunidades locais, comunidades tribais, sindicatos, organizações sem fins lucrativos e o setor privado, (EE Online – 19.09.2022) 
Link Externo

EUA: aprovação de 35 planos estaduais para infraestrutura de carregamento de VEs

A Administração Biden-Harris anunciou que mais de dois terços dos Planos de Implantação de Infraestrutura de Veículos Elétricos (VEs) dos estados foram aprovados antes do previsto sob o Programa Nacional de Infraestrutura de Veículos Elétricos (NEVI). Com essa aprovação antecipada, esses estados agora podem desbloquear mais de US$ 900 milhões em financiamento por meio do NEVI para ajudar a construir carregadores de VEs para rodovias em todo o país. O financiamento do NEVI sob a Lei de Infraestrutura Bipartidária, que disponibiliza US$ 5 bilhões em cinco anos, ajudará a construir uma rede de carregamento de veículos elétricos confiável e acessível em todo o país. A adoção mais rápida de veículos elétricos é uma parte crítica das metas climáticas do país, já que o transporte atualmente responde por mais de um quarto de todas as emissões. (Electric Energy Online – 15.09.2022)
Link Externo

Nova York: revisão de US$ 10 bilhões de programas de energia limpa, com foco em eficiência energética e eletrificação

A Comissão de Serviço Público do Estado de Nova York (NY PSC) iniciou uma revisão dos programas de energia limpa, representando quase US$ 10 bilhões em financiamento de clientes para estratégias de eficiência energética e eletrificação de edifícios. Cada um dos projetos tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da força de trabalho, cadeia de suprimentos e demanda dos consumidores, a fim de conduzir o mercado em direção ao fim das emissões. Os projetos em análise incluem os esforços das concessionárias sob o New Efficiency: New York (NENY) e o Clean Energy Fund (CEF) da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Energético do Estado de Nova York (NYSERDA). Esta primeira fase das revisões da Comissão tem foco nos programas de eficiência energética e eletrificação de edifícios, incluindo esforços dirigidos a clientes de renda baixa a moderada, essenciais para alcançar as metas de energia limpa do Estado de Nova York. (Smart Energy – 20.09.2022) 
Link Externo

Califórnia: nova lei para expandir o acesso solar comunitário

O governador da Califórnia sancionou a Lei AB 2316 no dia 16 de setembro, criando um programa comunitário de energia renovável que combina energia solar comunitária com armazenamento de energia. A medida visa diminuir as barreiras de acesso aos projetos solares comunitários, barreiras essas que afetam quase metade dos californianos que alugam casas ou têm baixa renda. Projetos solares comunitários são instalações de menor escala normalmente localizadas em aterros sanitários, antigos locais industriais ou terrenos privados. Os clientes economizam em média 10% em suas contas de energia ao receber créditos com base em sua participação na geração do projeto. Quando combinada com o armazenamento de energia, a energia solar comunitária pode ajudar a aumentar a confiabilidade da rede, fornecendo energia limpa após o pôr do sol durante os horários de pico de uso de energia. (Renewable Energy World - 19.09.2022)
Link Externo

Califórnia: baterias residenciais ajudaram a impedir o desligamento da rede

À medida que as temperaturas subiram na Califórnia nas duas primeiras semanas de setembro de 2022, os operadores da rede temiam que fosse necessário recorrer a apagões contínuos para evitar falhas na rede. Embora a Califórnia tenha visto alertas flexíveis de diminuição da demanda energética em horários de picos no passado, este ano as baterias atrás do medidor foram capazes de ajudar a aliviar um pouco da tensão na rede. Em 20 de setembro, a East Bay Community Energy (EBCE) disse que mais de 1.000 clientes de baterias solares e domésticas que participam do Resilient Home Program da EBCE forneceram energia de emergência para evitar apagões durante a série sem precedentes de Alertas Flex da Califórnia. (Power Grid - 19.09.2022)
Link Externo

Canadá e Emirados Árabes participam de plataforma para descarbonizar transporte marítimo

Os governos do Canadá e Emirados Árabes anunciaram que serão os primeiros a participar de plataforma entre os setores de energia e marítimo na redução do risco de investimentos em combustíveis de baixo carbono em navios, tendo em vista que o transporte marítimo representa 3% de emissões GEE. A descarbonização do bunker é a medida mais promissora, mas é necessário muito investimento para ganhar escala, estimado em 2,4 trilhões de dólares pelo BCG. (EPBR - 23.09.22)
Link Externo

Porto Rico: microrredes beneficiam região devastada pelas tempestades

Durante as interrupções de energia que prejudicaram Porto Rico após o furacão Fiona, em 18 de setembro, um quartel de bombeiros e 45 moradores da ilha de Culebra, localizada na costa leste de Porto Rico, se beneficiaram da energia fornecida por microrredes e a compartilham com seus vizinhos sem eletricidade. As microrredes entraram em modo de backup total quando o furacão se aproximou. As casas se tornaram centros de resiliência funcionado a partir de energia solar, cada uma servindo de refúgio para vizinhos sem energia que podem visitá-las para conectar telefones e atender às suas necessidades de saúde. Enquanto isso, cerca de 120 microrredes solares instaladas em escolas de Porto Rico em 83 municípios estão operacionais e fornecendo abrigo, comida, água potável e assistência médica para comunidades em toda a ilha. A autoridade habitacional do país designou as escolas com microrredes como abrigos de emergência. (Microgrid Knowledge– 23.09.2022) 
Link Externo

América do Sul, Central e Caribe

Artigo GESEL: o papel do SEB na criação da indústria nascente do Hidrogênio Verde

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nelson Hubner (Diretor geral da ANEEL de 2009-2013) e Nivalde de Castro (Coordenador geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico – GESEL) abordam o papel do SEB na criação da indústria nascente do Hidrogênio Verde. Segundo os autores, “a transição energética mundial, agora acelerada pela Guerra da Ucrânia, reforça as oportunidades do Brasil se tornar um grande produtor de hidrogênio verde, dando condições para um novo ciclo de investimentos no SEB, onde o programa de P&D da ANEEL é estratégico, bem como em setores industriais na direção de uma economia verde.” (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2022)
Link Externo

Moody’s: mudanças climáticas afetam setor elétrico na América Latina

Relatório da Moody’s Investors sinaliza que no Brasil o estresse hídrico representa o principal risco para as concessionárias de serviços públicos. Segundo o levantamento da agência de risco, cerca de aproximadamente 67% da geração de energia no país vem de energia hidrelétrica, embora a elevada taxa de investimento em transmissão e alternativas renováveis diminua o risco sistêmico. As mudanças dos padrões climáticos também podem levar a prejuízos nas safras e produtividade para a agricultura e os produtores de proteína, embora a diversificação geográfica alivie o risco. Para a Moody’s, a América Latina e o Caribe enfrentam riscos variados cada vez mais frequentes em consequência da mudança climática: desde um aumento do nível do mar a incêndios, seca, enchentes e condições meteorológicas extremas sem precedentes. O aumento das temperaturas e outros riscos ambientais diretos em consequência da mudança climática piorarão cada vez mais, e ameaçam a qualidade de crédito em várias regiões geográficas e setores (CanalEnergia – 15.09.2022) 
Link Externo

IRENA e CABEI colaboram no financiamento da transição energética na América Central

A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com o Banco Centro-Americano de Integração Econômica (CABEI), por meio do qual explorarão atividades de cooperação para aumentar os investimentos em energias renováveis na região e conhecer mais profundamente as necessidades de investimento para a transição energética da América Central. "Uma transição energética baseada em energias renováveis é uma grande promessa para a América Central", disse o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, na assinatura do memorando em 28 de setembro. “À medida que a população da região continua a crescer rapidamente, aumenta também a necessidade de maiores investimentos em recursos energéticos resilientes e confiáveis que possam garantir o acesso à energia, cumprir as metas climáticas e apoiar o progresso econômico. Estamos orgulhosos de colaborar com o CABEI." (Energías Renovables - 03.10.2022) 
Link Externo

Brasil: oportunidades no cenário de transição e crise energética internacional

O processo de transição energética visto na atualidade foi fortemente influenciado pela crise do petróleo da década de 70, que trouxe a necessidade de se investir em bens energéticos substitutos. A Guerra da Ucrânia impactou fortemente a Europa e a economia global, criando-se nova geopolítica com a Rússia alinhada à China de um lado e os EUA do outro com fortalecimento da OTAN. Nesse sentido, a Europa deverá adotar duas estratégias: uma marcha forçada da transição energética, investindo em fontes próprias ou procurando novos países para suprir suas cadeias produtivas. O Brasil teria potencial para tais investimentos, tendo em vista que possui recursos naturais abundantes e população que precisa de novos empregos, a depender da estratégia econômica que será traçada para o próximo ano. (GESEL-IE-UFRJ - 26.09.22)
Link Externo

Brasil: para BCG Brasil pode atrair até US$ 3 tri em investimentos até 2050

O Brasil pode receber uma injeção de US$ 2 trilhões a US$ 3 trilhões em investimentos a partir do compromisso de empresas brasileiras em zerar as emissões de gases do efeito estufa, principais causadoras das mudanças climáticas, até 2050, de acordo com estudo da Boston Consulting Group (BCG). Nesta conta, estão iniciativas de descarbonização em quatro áreas principais: créditos de carbono, energia limpa, agricultura sustentável e uma revolução verde no setor industrial. A cifra corresponde ao peso do Brasil no mundo, de 2% a 3%, conforme o estudo da BCG, divulgado durante o Brazil Climate Summit, evento realizado na Universidade de Columbia, em Nova York, entre ontem e hoje. Nas próximas três décadas, estima-se que a migração para uma economia descarbonizada vai exigir investimentos da ordem de US$ 100 trilhões a US$ 150 trilhões ao redor do globo. (BroadCast Energia – 16.09.2022) 
Link Externo

Brasil: Programa de P&D da Aneel abre chamada de projetos sandboxes para distribuidoras

A primeira chamada pública de sandboxes tarifários já está aberta e permite a implementação de projetos-pilotos inovadores voltados para a aplicação e o estudo de novas modalidades tarifárias para consumidores de eletricidade de baixa tensão. De acordo com o superintendente de gestão tarifária da Aneel, Davi Lima, estamos vivendo num mundo de transformações. “No setor elétrico temos inserção da geração distribuída, carros elétricos, medidores inteligentes e temos ainda a abertura do mercado, que vai possibilitar a migração do consumidor que poderá comprar energia de outro fornecedor. É um mercado em constante transformação”, disse. A inciativa da Aneel com relação a chamada pública servirá para incentivar o aprimoramento tarifário pelas distribuidoras, pavimentando a modernização das tarifas em contexto de crescente descentralização dos recursos energéticos, liberalização da comercialização e digitalização da infraestrutura. “Hoje só 0,11% dos consumidores (unidades consumidoras) optam pela tarifa branca e a gente julga que é um universo de consumidores muito pequeno frente aos 85 milhões de consumidores que existem no País. A nossa ideia é criar novas tarifas que permitam, por exemplo, o consumidor consumir em horários diferentes ao longo do dia”, explicou Lima. (CanalEnergia – 04.10.2022) 
Link Externo

Brasil: país sediará eventos globais de energia limpa

O Brasil foi escolhido como sede da 15ª Reunião Ministerial de Energia Limpa (“Clean Energy Ministerial”, CEM) e a 9ª Reunião Ministerial da “Missão Inovação” (“Mission Innovation”, MI), que ocorrerão em 2024. Essa decisão vem em reconhecimento ao perfil limpo da matriz energética brasileira e do papel de liderança exercido pelo país nessa área. Os encontros serão realizados na cidade de Foz de Iguaçu (PR), no campus de Itaipu Binacional. No mesmo ano, o Brasil exercerá a presidência do G20 e vinculará os dois eventos à Reunião Ministerial de Energia do agrupamento. A CEM e a MI são plataformas multilaterais, que reúnem países em desenvolvimento e desenvolvidos, além de organizações internacionais e empresas, com o objetivo de acelerar a transição para as energias limpas ao redor do mundo. (CanalEnergia – 26.09.2022) 
Link Externo

Brasil: EPE promoverá Webinar sobre Eficiência Energética

No dia 19 de outubro, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) promoverá um webinar internacional com o objetivo de evidenciar que é fundamental harmonizar conceitos de eficiência energética, objetivos políticos e indicadores, que são selecionados para monitorar e avaliar o desempenho da política e o cumprimento de metas. Em outras palavras, os conceitos são muito importantes para desenhar boas políticas e selecionar o conjunto adequado de indicadores de eficiência energética. A realização deste webinar procura endereçar os problemas na utilização e os limites dos indicadores de eficiência energética nas comparações internacionais e suas implicações para as negociações sobre mudanças climáticas. O principal objetivo é conscientizar o público sobre as implicações dos conceitos de eficiência energética na seleção de indicadores e sobre sua eficácia na orientação de políticas e acordos internacionais sobre o clima. (epe – 29.09.2022) 
Link Externo

Brasil: país ultrapassa os 20 GW de potência fotovoltaica

O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica, a de 20 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 9,6 % da matriz elétrica do País. Segundo mapeamento, de janeiro ao início de outubro deste ano, a energia solar cresceu 44,4%, saltando de 13,8 GW para 20 GW. Nos últimos 120 dias, o ritmo de crescimento tem sido praticamente de 1 GW por mês, o que coloca a fonte na terceira posição da matriz elétrica brasileira. De acordo com a associação entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil cerca de R$ 103 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 27,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 600 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 28,4 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. (CanalEnergia – 05.10.2022) 
Link Externo

Brasil: BNDES financiará construção de 11 usinas solares de geração distribuída da GreenYellow

O BNDES aprovou financiamento direto de R$ 63 milhões para implantação de 11 usinas fotovoltaicas da GreenYellow, no primeiro project finance voltado ao segmento de geração solar distribuída aprovado pela instituição no Brasil. Os recursos correspondem a 55% do valor total do projeto - calculado em R$ 115 milhões - e serão direcionados a usinas em construção ou recém-conectadas, localizadas em Planaltina (RS), Riolândia (SP), Cedro (CE), Sentinela do Sul (RS), Ouro Verde (SP), Barra do Jacaré (PR), Macaíba (RN), Itaperuna (RJ), Barretos (SP) e José Bonifácio (SP). Juntas, essas fazendas fotovoltaicas somam o total de 27,6 MWp de capacidade instalada e terão a energia fornecida a empresas conectadas em baixa tensão na rede de distribuição. Os empreendimentos devem entrar em operação até 2023. (BroadCast Energia – 20.09.2022) 
Link Externo

Argentina: novas metas para a mobilidade elétrica

O Ministério dos Transportes da Nação lançou o "Plano Nacional de Transporte Sustentável", com objetivos desafiadores. O governo argentino estabelece como meta 100% de veículos elétricos em 2050, com um primeiro passo de 50% em 2030, além de posicionar o país como fornecedor e exportador de carros elétricos. Atualmente, na Argentina, não há nenhuma fábrica que produza algum modelo de VE ou híbrido, nem há planos para fazê-lo: há apenas benefícios fiscais para a importação destes. Em termos de vendas, nestes oito meses do ano, foram emplacados 286.489 veículos na Argentina. Desse número, 247 são veículos elétricos: ou seja, 0,08%. Hoje esse segmento não é representativo. Esses números ocorrem em um contexto em que a maior parte do público e consumidor argentino desconhece o funcionamento desse tipo de veículo, suas vantagens e desvantagens. Além disso, também seria ideal saber se o benefício de isenção de imposto de propriedade oferecido por algumas províncias continuará no futuro e se haverá algum tipo de incentivo para o consumo de energia, algo que não existe hoje. Outro ponto crucial é a questão do carregamento. A infraestrutura no país vizinho está dando os primeiros passos, atualmente cerca de 140 estão disponíveis a nível nacional, mas eles não são universais. (Inside EVs - 30.09.2022) 
Link Externo

Peru: planos para o início da produção de baterias

O Peru quer reverter o curso e aproveitar o crescimento do mercado de VEs para mergulhar no segmento de acumuladores de íons de lítio. Isso foi anunciado por Jaime Chávez, vice-ministro peruano de Minas. O país sul-americano já é o segundo maior produtor mundial de cobre, título que atrai muitas empresas de mineração. Ele também possui alguns depósitos de lítio, especialmente na região sul de Puno. No entanto, os depósitos parecem pequenos em comparação com os da vizinha Bolívia, Chile e – um pouco mais longe – Argentina, que juntas formam o chamado "Triângulo do Lítio". Se o Peru realmente tiver sucesso, seria o primeiro país da América do Sul a produzir baterias para carros elétricos. Apesar da alta concentração de matérias-primas, de fato, nem mesmo os outros estados do continente produzem acumuladores. Mesmo o México, que recentemente nacionalizou os recursos de lítio, ainda não criou sua própria cadeia de suprimentos. O domínio das baterias permanece firmemente nas mãos da China, embora existam aqueles que exploram a reciclagem para reduzir a dependência. (Inside EVs - 01.10.2022)
Link Externo

África e Oriente Médio

Nigéria: início da construção de gasoduto no Marrocos permitirá exportar para a Europa

A Nigerian National Petroleum Company Limited (NNPC) iniciou a construção de um gasoduto multibilionário, o NMGP, que vai levar parte de sua produção de gás para o Marrocos. O gasoduto tem 5.600 quilômetros e passará por 13 países africanos antes de conectar-se à Europa via Marrocos. O CEO da NNPC, empresa estatal africana, Mele Kyari, observou que os benefícios incluem a criação de riqueza e melhoria do padrão de vida, integração das economias da região, mitigação contra a desertificação e outros benefícios que serão acumulados como resultado da redução da emissão de carbono. E disse que esse foi um passo significativo no cumprimento do esforço para aproveitar os abundantes recursos de gás da Nigéria: “O NMGP é um gasoduto que quando concluído fornecerá gás da Nigéria aos países da África Ocidental através do Reino de Marrocos e posteriormente à Europa.”
Link Externo

África e Oriente Médio

Austrália: Plano de US$ 40 bilhões para reduzir dependência do carvão

Queensland, um dos estados australianos de maior produção de carvão assegurou converter suas usinas de carvão em renováveis até 2035, sob um plano energético de US$ 40 bilhões devidos pelos setores público e privado. O estado aumentou as previsões de aumento da parcela de renováveis na matriz energética, passando de 50% em 2030 para 70% em 2032 e 80% em 2035, sendo referido como “o maior comprometimento para energias renováveis na História australiana” pela premier Annastacia Palaszczuk. O plano sustenta metade da demanda futura de energia de Queensland na construção de um projeto hidrelétrico no Vale de Pioneer Valley, além de incluir uma super-rede conectando geradores solares, eólicos, baterias e hidrogênio, desbloqueando até 22GW de capacidade renovável, oito vezes o nível atual do país. As oito usinas de carvão do país, com previsão de funcionamento até a década de 2040, devem permanecer como alternativa até a sistematização da operação hidrelétrica. (Reuters – 28.09.2022)
Link Externo