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IFE Transição Energética 5
Dinâmica Internacional
Artigo de Isabela Ojima e Isabella Pollari: “COP-27 discute importantes iniciativas, mas é necessário que setor empresarial também adote políticas práticas de ESG”
Em artigo publicado pelo Estadão, Isabela Ojima e Isabella Pollari, advogadas associadas, abordam as iniciativas discutidas durante a COP 27. Segundo as autoras, “o principal resultado da COP-27 foi o consenso quanto à criação de um fundo de perdas e danos climáticos para ajudar os países em desenvolvimento que sofrem com os desastres gerados pelas chamadas mudanças climáticas. O fundo se torna necessário especialmente pelo fato de que os países em desenvolvimento, em especial os mais pobres, são os que menos contribuem para as emissões dos gases de efeito estufa e são os mais afetados por suas consequências. Defendeu-se ainda a importância de que os acordos já firmados se tornem efetivos e a necessidade de se considerar as peculiaridades de cada uma das regiões do país e nações quando se fala em financiamento climático”. (GESEL-IE-UFRJ – 12.12.2022)
Link ExternoAIE: Lançamento da nova base de dados de Projeções de Transição Energética
Em novembro de 2022, a Agência Internacional de Energia (AIE) lançou as Projeções de Energia dos Países da AIE. A base de dados inclui: projeções do sistema de energia para 2030, 2040 e 2050 com base na modelagem de várias categorias de cenários, que permitirão analisar os sistemas energéticos nacionais e os correspondentes impactos socioeconômicos e climáticos sob vários caminhos. As estimativas de emissão incluídas no banco de dados permitem monitorar o progresso em direção às metas climáticas de cada país e podem ser usadas para informar revisões e recomendações de suas políticas públicas. Também inclui dados correspondentes aos combustíveis e tecnologias emergentes, como hidrogênio e combustíveis sintéticos, bombas de calor e captura, utilização e armazenamento de carbono, que deverão ter um papel proeminente nas próximas décadas. (AIE - 11.22)
Link ExternoAIE: Investimentos em eficiência energética chegaram a US$ 560 bi em 2022
De acordo com o último relatório de mercado da Agência Internacional de Energia Energy Efficiency 2022, os investimentos globais em eficiência energética – como reformas de edifícios, transporte público e infraestrutura para carros elétricos – atingiram US$ 560 bilhões em 2022. O relatório diz que as ações de eficiência energética aceleraram globalmente em 2022, à medida que governos e consumidores se voltaram cada vez mais para medidas de eficiência, indicando um possível ponto de virada após vários anos de progresso lento. As melhorias de eficiência precisam ter uma média de cerca de 4% ao ano nesta década para se alinhar com o Cenário Net Zero Emission by 2050 da AIE. (CanalEnergia - 02.12.2022)
Link ExternoAIE: Previsão de aumento de energia renováveis, segurança energética como foco
Um relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE) constatou uma disparada no crescimento de energias renováveis, aliada à busca de diversos países para fortalecer sua segurança energética. De acordo com os dados apresentados, a capacidade global de energia pode crescer em 2.400 GW no período de 2022 a 2027. O aumento é 30% maior do que o crescimento previsto pela AIE um ano atrás. Segundo o relatório, as energias renováveis devem representar mais de 90% do crescimento global de energia nos próximos cinco anos, ultrapassando o carvão para ocupar o espaço de "maior fonte de eletricidade global" no início de 2025. (BroadCast Energia – 06.12.2022)
Link ExternoCrise global de energia está gerando um aumento recorde nas vendas de bombas de calor
As vendas mundiais de bombas de calor devem atingir níveis recordes nos próximos anos, à medida que a crise global de energia acelera sua adoção, afirma a Agência Internacional de Energia em um novo relatório especial divulgado no dia 01 de dezembro. O aquecimento da maioria dos edifícios em todo o mundo - como casas, escritórios, escolas e fábricas - ainda depende de combustíveis fósseis, principalmente gás natural. As bombas de calor são uma solução hipereficiente e ecológica, que ajuda os consumidores a economizar dinheiro em contas e permite que os países reduzam a dependência de combustíveis fósseis importados, de acordo com o relatório especial da IEA O Futuro das Bombas de Calor, a primeira visão global abrangente sobre o sujeito. (EE Online – 02.12.2022)
Link ExternoIndústria investe em avião a hidrogênio, mas setor ainda vê tecnologia com ceticismo
Apesar dos anúncios recentes de desenvolvimento de aeronaves movidas a hidrogênio por fabricantes como Embraer e Airbus, o setor de aviação demonstra ceticismo acerca da tecnologia. As companhias aéreas ainda apostam majoritariamente no combustível sustentável de aviação para auxiliar na meta de emissão zero até 2050 e têm dúvidas sobre a entrada em serviço dos aviões a hidrogênio nas próximas décadas. Segundo o diretor de transição energética da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), Hemant Mistry, não só as grandes fabricantes de aeronaves estão envolvidas no desenvolvimento e apoio da tecnologia do hidrogênio, mas também startups, companhias aéreas e aeroportos. No entanto, ele aponta que este é um projeto de longo prazo que envolve riscos. Mistry esclarece que os desafios passam por inúmeras questões técnicas, como a adoção do estado físico do combustível em voo: líquido ou gasoso, o que acabará determinando o tipo do armazenamento na aeronave e, consequentemente, os desafios para armazenar esse combustível. (BroadCast Energia – 07.12.2022)
Link ExternoAlta no preço das baterias ameaça mercado de VEs
A queda nos preços das baterias foi essencial para a ascensão dos carros elétricos na última década. Os custos despencaram de aproximadamente US$ 1.000 por kWh em 2010 para US$ 141 por kWh no ano passado. Só que essa trajetória de queda foi interrompida. Isso porque o preço da bateria de íon-lítio teve alta pela primeira vez desde 2010. Segundo informações da BloombergNEF, que acompanha esse mercado há mais de uma década, o preço subiu para US$ 151/kWh em 2022, um aumento de 7% em relação ao ano passado. Tal elevação acontece no momento em que a demanda por carros elétricos passa por expansão global, algo que pode atrapalhar a expansão desse mercado. Vários fatores justificam a valorização, mas o mais importante deles está nos custos de materiais como cobalto, níquel e lítio. Embora os preços de níquel e cobalto tenham caído nos últimos meses, e o lítio parece seguir pelo mesmo caminho, o custo de cada material continua mais alto do que nos anos anteriores. Esse fenômeno acontece por causa da crescente demanda por baterias e pela incerteza em relação à obtenção de matérias-primas. (Automotive Business - 08.12.2022)
Link ExternoEuropa
Monetizando a flexibilidade como uma solução para o congestionamento da rede
Os mercados de flexibilidade são uma ferramenta vital para gerenciar o congestionamento da rede e garantir a estabilidade das redes europeias, de acordo com especialistas em rede reunidos na Enlit Europe. O congestionamento da rede tornou-se uma questão muito pertinente na Europa, à medida que as energias renováveis entram em operação em um ritmo mais rápido. Colocar muitas fontes de energia renovável (FER) na rede sem respaldar ou atualizar a infraestrutura cria problemas, como evidenciado pela situação na Holanda, onde as cidades têm enfrentado problemas recorrentes com gargalos. A questão levanta a questão de como melhor gerenciar redes para que RES de alta prioridade possam entrar em operação sem afetar negativamente empresas, serviços públicos e consumidores. E é nesse contexto que a flexibilidade e os mercados de flexibilidade podem ajudar. (Smart Energy – 01.12.2022)
Link ExternoUnião Europeia vota para acelerar implantação de armazenamento de energia autônomo
O parlamento da União Europeia votou sobre as emendas ao REPowerEU, que verão sua permissão acelerada para projetos renováveis expandidos para incluir armazenamento autônomo de energia. A estratégia REPowerEU foi escrita em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia no início deste ano e viu o bloco aumentar sua meta de implantação de energias renováveis até 2030 em um esforço para fortalecer a segurança energética. Parte disso foi a implementação de novas regras de licenciamento aceleradas para projetos renováveis, mas até agora apenas o armazenamento de energia co-localizado foi incluído. No dia 14 de dezembro, o Parlamento Europeu em sessão plenária votou sobre as novas emendas REPowerEU às Diretivas de Energia Renovável, Desempenho Energético de Edifícios e Eficiência Energética, que verão o licenciamento acelerado estendido a todo o armazenamento de energia, autônomo ou co-localizado. Anteriormente, mencionava apenas o armazenamento de energia co-localizado. (Energy Storage – 15.12.2022)
Link ExternoComissão Europeia faz doação de sistemas de energia para a Ucrânia
A Comissão Europeia anunciou, no dia 13 de dezembro, a doação de cerca de 800 geradores de energia para a Ucrânia, além da arrecadação de 30 milhões de euros para a compra de lâmpadas de baixo consumo para o país. A União Europeia também está construindo novo centro energético do rescEU na Polônia para facilitar o transporte e estocagem de doações oriundas de terceiros e a entrega de outras doações para Ucrânia, ação realizada em cooperação com os países do G7. O comunicado da Comissão Europeia também ressaltou que o grupo ainda trabalha em conjunto com a comunidade energética para apoiar o sistema de energia ucraniano, afirmando que o Fundo de Suporte à Energia da Ucrânia já arrecadou 32 milhões de euros para cobrir as necessidades mais urgentes do país. (MegaWhat Energy – 13.12.22)
Link ExternoLicenciamento de usinas renováveis na Europa
A Câmara dos Deputados da Comissão Europeia aprovou uma proposta de redução de 12 para 9 meses o prazo de liberação de concessão de licenças para construir usinas de fontes renováveis em áreas de aceleração. “Hoje, lançamos as bases para processos de emissão de licenças mais rápidos, e assim vamos impulsionar a transição energética rapidamente. Introduzimos novas medidas que dão mais margem de manobra aos Estados-Membros e às respectivas autoridades competentes, como o princípio de concessão automática nas áreas de fontes renováveis, no entendimento de que os projetos de energia renovável são de interesse público e podem se beneficiar de uma avaliação simplificada para ações específicas na legislação ambiental da União Europeia”, disse o deputado Markus Pieper. Tal projeto de lei é parte do pacote REPowerEU, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis da Rússia. (MegaWhat Energy – 14.12.22)
Link ExternoUnião Europeia cortou 90% da importação de petróleo da Rússia em 2022
De acordo com Matti Maasikas, embaixador da UE na Ucrânia, a União Europeia reduziu em 90% as importações de petróleo da Rússia a partir de ações conjuntas do bloco para isolar o país e cortar suas principais fontes de renda. No dia 5 de dezembro de 2022, a UE e o G7 implementaram limite de preço de US$ 60 por barril para o petróleo russo, limitando a capacidade do Kremlin de financiamento da guerra contra a Ucrânia. No dia 27 de dezembro de 2022, Vladimir Putin assinou decreto que proíbe as exportações de petróleo e derivados para países cumprindo tal teto de preços estabelecido pela UE e pelo G7. (Valor Econômico – 02.01.23)
Link ExternoExportação de veículos elétricos cresce na Europa
As exportações europeias de carros elétricos e híbridos crescem para 42 bilhões de euros em 2021, alargando assim a diferença para o valor das importações deste tipo de automóveis com origem fora do espaço comunitário (29 mil milhões de euros). De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, os carros elétricos são “uma parte importante da transição energética” e estão se tornando “cada vez mais populares”. As exportações europeias de automóveis não plug-in foram as mais representativas, seguidas dos carros totalmente elétricos e dos veículos híbridos plug-in. Numa comparação alargada aos últimos cinco anos, a publicação do gabinete de estatísticas da União Europeia mostra um crescimento de 800% na exportação deste tipo de automóveis por parte das construtoras europeias. (CNN Portugal - 04.12.2022)
Link ExternoÁsia
Japão pretende construir reserva própria de gás natural com intuito de evitar crise energética
O governo do Japão planeja criar sua própria reserva estratégica de gás natural liquefeito, com o intuito de evitar ser atingido por uma crise energética como a que atingiu a Europa este ano. Segundo o Ministério da Economia, Comércio e Indústria do país, o governo planeja importar no mínimo 840 mil toneladas de GNL por ano através do programa. O Japão é considerado o maior importador de gás natural do mundo, tendo importado 74 milhões de toneladas apenas em 2021. O esforço reflete a preocupação do governo japonês sobre possíveis cortes futuros nos embarques. Na Europa, os preços do gás natural atingiram seus níveis mais altos desde que a Rússia interrompeu grande parte de seu fornecimento por gasoduto após a invasão da Ucrânia. O Japão não tem enfrentado grandes problemas em relação a alta dos preços ou escassez, visto que a maior parte das suas compras é feita através de contratos de longo prazo. (BroadCast Energia – 04.12.2022)
Link ExternoEnergias renováveis podem diminuir as caras importações de energia do Quirguistão
O aumento das importações de combustíveis fósseis está aumentando os encargos financeiros do setor de energia do Quirguistão, de acordo com um novo relatório publicado hoje pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). 'Renewables Readiness Assessment: The Kyrgyz Republic' identifica ações concretas que podem ajudar a enfrentar os desafios energéticos do país, desenvolver um setor de energia mais diversificado e melhorar os meios de subsistência de seus cidadãos. O Quirguistão pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 44% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. (IRENA – 08.12.2022)
Link ExternoAmérica do Norte
EUA: Custos de armazenamento de energia cresceram 11-13% no 1° trimestre de 2022
Os custos de armazenamento de energia nos EUA cresceram 13% do primeiro trimestre de 2021 ao primeiro trimestre de 2022, disse o Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL) em uma análise de benchmarking de custos. O laboratório de pesquisa revelou os resultados de seu relatório ‘US Solar Photovoltaic System and Energy Storage Cost Benchmarks, With Minimum Sustainable Price Analysis: Q1 2022’. Para armazenamento de energia autônomo, o NREL disse que o benchmark de custos cresceu 2% ano a ano para sistemas residenciais para US$ 1.503/kWh e 13% para escala de serviços públicos para US$ 446/kWh. Ambos os números são preços de mercado modelados (MMP), que são usados juntamente com um novo preço mínimo sustentável (MSP). (Energy Storage – 01.12.2022)
Link ExternoEUA: Agência propõe mudar programa de biocombustível para incluir veículos elétricos
O governo Biden divulgou uma proposta de três anos para expandir a política de biocombustíveis dos Estados Unidos com mandatos de maior volume e – pela primeira vez– incluir um caminho para os fabricantes de veículos elétricos gerarem créditos lucrativos. De acordo com o plano, anunciado pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), as refinarias de petróleo serão obrigadas a adicionar 20,82 bilhões de galões de biocombustíveis ao seu combustível em 2023, 21,87 bilhões de galões em 2024 e 22,68 bilhões de galões em 2025. Além de aumentar os volumes obrigatórios, a EPA espera usar a redefinição para introduzir um caminho para os fabricantes de veículos elétricos gerarem créditos. A medida pode reconhecer a possibilidade de Veículos Elétricos (VEs) serem carregados em rede de energia gerada por biocombustíveis como aterros sanitários ou metano da pecuária. A proposta da EPA prevê que os fabricantes de veículos elétricos gerem até 600 milhões de créditos chamados e-RINs em 2024, e 1,2 bilhão deles até 2025. De acordo com o esquema, um e-RIN seria gerado para cada 6,5 quilowatts-hora produzidos por combustível renovável para uma bateria elétrica. (Isto É - 01.12.2022)
Link ExternoEUA: última usina de carvão de Nova Jersey implode para dar lugar ao armazenamento de energia
A última usina elétrica movida a carvão no estado americano de Nova Jersey foi demolida, com o proprietário da instalação comprometendo-se a implantar armazenamento de energia em grande escala no local. Em 2 de dezembro, uma multidão, incluindo defensores do clima e da energia limpa, se reuniu para assistir à implosão controlada da estação geradora de Logan em Swedesboro, no sul de Nova Jersey. A usina de 242MW foi desativada com o apertar de um botão cerimonial por Joseph Fiordaliso, presidente do conselho do Conselho de Serviços Públicos de Nova Jersey (BPU), encerrando uma vida útil iniciada em 1994. (Energy Storage – 06.12.2022)
Link ExternoAmérica do Sul, Central e Caribe
Artigo GESEL: ‘’COP 27: Transição energética e hidrogênio verde no Brasil’’
Em artigo publicado pelo Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL) e Luiza Masseno Leal (Pesquisadora do GESEL-UFRJ e da Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação Rede de Estudos do Setor Elétrico – ICT-RESEL) tratam da relação entre a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (“COP 27”) e o processo de transição energética. Segundo Castro e Leal, “reitera-se que a crise energética na Europa, derivada da Guerra da Ucrânia, atua como um elemento catalizador da transição energética, como foi reforçado na COP 27. No entanto, este processo ocorre diante de riscos para a segurança de suprimento do continente europeu e dos impactos econômicos relacionados ao aumento do custo da energia”. (GESEL-IE-UFRJ – 02.12.22)
Link ExternoBrasil: País poderá suprir metade da demanda do mercado de carbono
De acordo com um estudo da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil) com a consultoria WayCarbon, a oferta de créditos de carbono por parte do Brasil poderá atingir US$ 120 bilhões até 2030, considerando o valor de US$ 100 dólares pagos por tonelada de CO² sequestrada. Esse volume, segundo o levantamento, permite que o país supra mais de 48% da demanda global por créditos de carbono no mercado voluntário. Em 2021, o Brasil já foi responsável por 12% da demanda mundial, ante 10% em 2020. O estudo considerou entrevistas com 25 empresas que atuam em diversas áreas, como proponentes de projetos, financiadores, implementadores da atividade, desenvolvedores do projeto, fornecedores de tecnologia, comprador final, traders e brokers, auditores de comunidade local e beneficiários. (Além da energia – 02.01.2023)
Link ExternoCCEE lança primeira certificação brasileira de hidrogênio renovável
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE lançou a primeira Certificação de Hidrogênio do mercado brasileiro, versão inicial de um documento que atestará a origem de produção do insumo a partir de fontes de baixa emissão de carbono. O objetivo é atender a demanda de projetos piloto para fabricação do produto no Brasil. Em cerimônia para apresentar a novidade, nesta no dia 7 de dezembro, Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, e o economista Dolf Gelen, líder do programa Hidrogênio para o Desenvolvimento do Banco Mundial, celebraram este primeiro passo na construção de um mercado global que deve ter o Brasil como protagonista. (CCEE – 08.12.2022)
Link ExternoBrasil: Fabricantes de eletrolisadores preveem aumento dos negócios
A matriz energética brasileira, cuja participação de fontes renováveis é destaque no mundo todo, poderá posicionar o país como um dos líderes da demanda de equipamentos para a cadeia de hidrogênio verde. Grandes empresas da Alemanha, país que sedia os maiores fabricantes de eletrolisadores, usados no processo de obtenção do hidrogênio verde, já se movimentam para obter contratos no Brasil. A ThyssenKrupp fechou recentemente contrato para fornecer três eletrolisadores com 60 MW de potência total para a Unigel - indústria química fabricante de fertilizantes nitrogenados. (Valor Econômico - 30.11.2022)
Link ExternoConsumidores cativos de energia pedem atenção a subsídio e equidade com mercado livre
Representantes dos consumidores de energia elétrica do mercado regulado estiveram reunidos com integrantes do grupo de trabalho da transição voltado a Minas e Energia. Aos interlocutores do governo eleito, foi entregue uma carta com dez demandas. As principais são maior atenção do ministério aos projetos de subsídios a segmentos do setor, em tramitação no Congresso, e equidade de condições com o mercado livre, que ostenta tarifa 23% menor na média. O documento entregue cita o PL 414/2021, que abre totalmente o mercado livre e permite ao consumidor a migração e escolha do fornecedor. A este respeito, os representantes dos consumidores pedem que o projeto se paute por não aumentar o custo de energia aos consumidores cativos após eventual migração massiva para o mercado livre. (BroadCast Energia – 02.12.2022)
Link ExternoBrasil: Carros elétricos têm aumento de 67% nas vendas em novembro
Acumulando recordes ano após ano, as vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil tiveram em novembro o segundo melhor resultado da série histórica. Os dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) mostram que os eletrificados foram responsáveis por 4.995 emplacamentos no mês passado, um aumento de 42% na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado do ano foram 43.658 unidades vendidas de modelos híbridos, elétricos e híbridos plug-in, superando em 24,77% o total do ano passado (34.990). De acordo com a entidade, a previsão é de fechar 2022 com aproximadamente 47.000 eletrificados registrados no país, 34% a mais que no ano passado. A conclusão é que os números mostram uma aceitação crescente do consumidor brasileiro pelos veículos elétricos e híbridos. (Inside EVs - 07.12.2022)
Link ExternoBrasil: Infraestrutura de recarga ainda apresenta desafios
Diante da falta de pontos de carregamento, os motoristas que trabalham com veículos elétricos precisam se organizar de diferentes formas - muitas vezes, é impossível fugir de filas que podem durar horas. Isso porque o tempo para completar a recarga muda a cada tipo de veículo ou carregador, podendo variar de 40 minutos a 1 hora nos ultrarrápidos e de 5 a 10 horas nos modelos tradicionais. Conforme relatos de motoristas ao Estadão/Broadcast, a situação fica mais complicada no horário de pico, quando muitos condutores buscam os poucos pontos de recarga rápida de São Paulo. "Às vezes, a fila está tão grande que eu acabo dormindo no banco de trás do carro enquanto espero a minha vez de abastecer", diz a motorista da 99. Com poucas opções, antes de sair de casa, os motoristas precisam tentar conciliar suas rotas com os endereços de recarga. Ainda assim, muitos são surpreendidos com equipamentos inoperantes. Para Davi Bertoncello, da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), além da ampliação da rede pública de carregamento, a entidade tenta fiscalizar a qualidade do serviço prestado nos pontos da cidade. " Questionadas sobre os relatos dos motoristas, empresas que oferecem carregadores públicos, como Ipiranga, BMW, Volvo e Movida, dizem estar trabalhando para garantir o funcionando das unidades e ampliar os pontos de serviço. (BroadCast Energia – 05.12.2022)
Link ExternoBrasil: País se prepara para abrigar o maior complexo solar do mundo
O Conselho Ambiental do estado do Ceará autorizou a empresa nacional Omega Energia a construir a usina solar Kuara de 4,6 GW, que a tornará a maior do mundo, superando os dois maiores parques solares no mundo atualmente em construção, ambos na China. O complexo solar Kuara ficará localizado em 7,8 hectares de terrenos agrícolas vagos, nos municípios de Aracati e Icapuy (Ceará) e será composto por 8 milhões de painéis fotovoltaicos. A instalação venderá parte da energia que gera para o pólo de produção de hidrogênio verde a ser construído pelas empresas australianas Energix Energy e Fortescue Future Industries no Porto Pecém, a 200 km da instalação solar. (Energías Renovables - 06.12.2022)
Link ExternoBrasil: EPE lança plano de gasodutos com investimentos de R$ 20,5 bi
Foi lançado no dia 6 de dezembro, o Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte 2022 (PIG). O PIG é elaborado pela EPE e visa subsidiar o planejamento do setor de gás, de maneira a apresentar oportunidades de investimentos em gasodutos de transporte. Essa edição do plano, lançada em evento no Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural, sinaliza investimentos de cerca de R$ 20,5 bilhões, distribuídos em cinco projetos novos de infraestrutura para a malha de gás nacional que aproveitem o escoamento do gás da bacia do Sergipe e Alagoas, além do gás do pré-sal. O PIG também buscou solucionar pela expansão da malha gargalos de escoamento de gás para o Nordeste e Sudeste. (CanalEnergia - 06.12.2022)
Link ExternoiCS: Participação do setor privado brasileiro na COP é positiva
Na 27ª edição da COP, realizada entre 5 e 18 de novembro, em Sharm El Sheik, no Egito, o setor privado brasileiro teve participação positiva, na análise de especialistas em ESG (pauta que trata de temas ambientais, sociais e de governança) ouvidos pelo Estadão. Contudo, apontam, ainda há muito o que avançar. Além das apresentações, diversos debates entre os países podem afetar as companhias, como o fundo para perdas e danos (mecanismo pelo qual os países ricos devem ajudar os mais pobres, que são os mais afetados por tragédias climáticas), a discussão sobre um pacto entre Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo por proteção às florestas e um fundo anunciado pelos Estados Unidos para financiar a transição para mobilidade de baixo carbono em países em desenvolvimento. A transição econômica traz riscos para as empresas, com as cobranças para que se tornem mais ambientalmente responsáveis e ajam de forma correta em relação aos impactos sociais, mas também traz oportunidades para quem se posicionar para aproveitar as mudanças. Apesar de as COPs serem normalmente mais focadas nas negociações entre governos, a participação das grandes empresas ajuda a enviar uma sinalização ao mercado de que elas estão levando o tema a sério e procurando se descarbonizar. Dentro desse cenário, as empresas brasileiras tiveram uma participação importante, de acordo com Gustavo Pinheiro, coordenador do Portfólio de Economia de Baixo Carbono do Instituto Clima e Sociedade (iCS). “Os investimentos começam a entrar na casa de centenas de milhões e bilhões. O grande destaque é que as empresas brasileiras se posicionaram bem, mais até do que empresas de outras regiões ou economias avançadas, que não tiveram protagonismo em demonstrar investimentos”, afirma. Entre as iniciativas elogiadas por Pinheiro, estão as de conservação e regeneração de áreas florestais por uma joint venture chamada Biomas, projeto conjunto de seis empresas, e pela MyCarbon, da Minerva Foods. (O Estado de São Paulo – 08.12.2022)
Link ExternoArgentina faz pressão para obter acesso aos subsídios para seu lítio nos EUA
O produtor de lítio que mais cresce no mundo está fazendo pressão para obter acesso aos novos subsídios do governo dos EUA para veículos elétricos, apesar de a Argentina não atender o requisito de ser um parceiro de livre comércio dos EUA. Até agora, ela não vem sendo bem-sucedida. Elaborada para acabar com o domínio esmagador da China no setor de metais críticos e aprovada em agosto, a chamada Lei da Redução da Inflação (IRA) do presidente Joe Biden foi saudada como uma lei climática histórica que impulsiona a fabricação e a aceitação dos carros elétricos nos EUA. Mas para se receber os subsídios, é preciso que 80% dos metais usados nas baterias de cada veículo sejam “extraídos e processados” nos EUA ou um país com acordo de livre comércio com os EUA até 2027. Isso descarta a Argentina, que no papel parece ser um parceiro lógico dos EUA e poderia ajudar a aliviar os problemas de fornecimento para montadoras como Ford e General Motors. O país sul-americano possui uma das maiores reservas conhecidas de lítio, o maior número de novos projetos e suas relações com os EUA melhoraram desde que Biden assumiu. Sendo assim, a legislação americana criou uma preocupação entre as autoridades argentinas que discutiram em vários níveis com suas contrapartes americanas, segundo uma autoridade argentina próxima ao secretário de mineração. Uma vez que a lei ainda não entrou em vigor, as embaixadas dos dois países e o Ministério do Exterior da Argentina estão liderando as negociações para a obtenção de uma isenção, acrescentou a autoridade. O Tesouro dos EUA disse que fornecerá mais esclarecimentos por volta do fim do ano. Mas, do jeito que está, o texto impede claramente países que não possuem acordos de livre comércio de refinar em território americano os metais para um nível de uso em baterias, diz Tim Bush, analista do UBS para o mercado de baterias. (Valor Econômico - 04.12.2022)
Link ExternoÁfrica e Oriente Médio
RMI lança programas de bolsas na África na Nigéria para promover projetos de energia renovável
A RMI lançou o Programa Global de Bolsas de Estudo da Energy Transition Academy (ETA) na Nigéria, com o apoio financeiro da Shell. A oferta do programa de bolsas da Nigéria é o primeiro Programa Global de Bolsas da ETA para a África Ocidental e agora inclui 48 profissionais de energia de 16 países do Caribe e da África Subsaariana. O programa de bolsas foi desenvolvido para apoiar as concessionárias no avanço de projetos de energia renovável, promovendo o acesso confiável e resiliente à energia e atuando na mudança climática. (RMI – 01.11.2022)
Link ExternoArtigos
EPE/Heloisa Borges: Biocombustíveis e hidrogênio são centrais para demanda energética do País
A diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, Heloisa Borges, fez longa defesa dos biocombustíveis e do hidrogênio no seminário "Matriz e Segurança Energética", promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A diretora da EPE lembrou que, em um cenário conservador, até 2050, o Brasil precisa dobrar a disponibilidade energética e triplicar a oferta de energia elétrica, em especial, para impulsionar o desenvolvimento do País em linha com a demanda futura da economia. Nesse contexto, disse Heloísa, os biocombustíveis terão papel fundamental no curto prazo e avanços na produção de hidrogênio serão fundamentais à essa expansão. Segundo a especialista, o País não pode abrir mão de biocombustíveis, caminho mais curto para uma posição de vantagem ante outros países que não dominam a tecnologia e nem têm o espaço e as condições climáticas para a produção da matéria prima necessária. Sobre o hidrogênio, Heloisa disse que a tecnologia está em processo de amadurecimento no Brasil, já sendo produzido em boa quantidade, mas em processo de ganho de escala nos próximos anos, dentro de projetos de grandes empresas do setor. (BroadCast Energia – 30.11.2022)
Link ExternoMembros da IRENA abordam os desafios geopolíticos da transformação de energia
“Está bastante claro que precisamos entender as implicações geopolíticas da transição energética, para que possamos moldar proativamente seus resultados”, observou o diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, na abertura da sexta reunião do Quadro Colaborativo sobre a Geopolítica da Transformação Energética. A reunião virtual contou com a presença de cerca de 40 participantes de Membros e Estados em Adesão para discutir a interseção de geopolítica e transformação energética em um cenário de crise energética global. (IRENA – 05.12.2022)
Link ExternoBNEF: ainda há caminhos para transição energética
O relatório New Energy Outlook 2022, produzido pelo Bloomberg NEF mostra que ainda existem caminhos plausíveis para chegar a um aquecimento global bem abaixo dos 2º C, caso governos e empresas tomarem medidas determinadas para fazer a transição para tecnologias de energia de baixo carbono. O relatório surge na esteira da COP27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que não apresentou nenhum aumento significativo na ambição na luta contra o aquecimento global. De acordo com Matthias Kimmel, líder da equipe de economia de energia da BNEF, a transição energética no setor de energia está bem encaminhada e a modelagem mostra que as emissões globais no setor de energia atingem o pico por volta de 2023. O relatório inclui como ações para acelerar a transição a aceleração da implementação de soluções climáticas maduras; o apoio ao desenvolvimento de novas soluções climáticas; gerenciar a transição ou eliminação de atividades intensivas em carbono; criar estruturas apropriadas de governança para a transição climática; apoiar a transição em mercados emergentes e economias em desenvolvimento e o aumento do fornecimento de materiais críticos.
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