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IFE
08/11/2022

IFE Transição Energética 2

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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08/11/2022

IFE nº 02

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 2

Dinâmica Internacional

AIE: Emissões de energia desaceleram em 2022 com expansão de renováveis e veículos elétricos

Dados recentes da Agência Internacional de Energia (AIE) mostram que as emissões globais de dióxido de carbono (CO₂) pela queima de combustíveis fósseis devem aumentar pouco menos de 1% em 2022, em relação ao ano passado. Neste ano, o crescimento das emissões deve ser de 300 milhões de toneladas, fechando em 33,8 bilhões de toneladas em dezembro, isto é apenas uma fração do aumento de quase 2 bilhões de toneladas em 2021, quando a AIE registrou o nível de emissões relacionado ao setor energético mais alto de todos os tempos. Segundo a agência, a diminuição da intensidade de carbono vem na esteira da expansão das energias renováveis e da implementação de veículos elétricos. Somente as energias solar fotovoltaica e eólica correspondem a dois terços do crescimento em geração de energia renovável, registrando um aumento de mais de 700 TWh. (epbr – 20.10.2022) 
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AIE: Demanda por gás natural diminui em todos os cenários avaliados para 2030

Segundo o novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), a crise energética atual colocou em pauta preocupações sobre o custo futuro e a disponibilidade de gás natural, pondo em cheque sua confiabilidade. Dessa forma, a agência conclui que a era do rápido crescimento global da demanda de gás natural está chegando ao fim. Nos três cenários avaliados, a demanda de gás natural no mundo diminui até 2030, indo contra argumentos tradicionais que são a favor da commodity como parceiro da transição de energia limpa “e sua capacidade de intervir para preencher a lacuna deixada pela carvão e petróleo em declínio”. Já a perspectiva para a Rússia é que ela permaneça sem opções na busca de novos mercados que não a Europa, para a exportação de gás natural. Ainda, sanções deverão minar as perspectivas para o gás natural liquefeito russo e a distância deve dificultar projetos de gasodutos para mercados alternativos, diz a AIE. (BroadCast Energia – 27.10.2022) 
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Green Energy and Technology: O papel da energia verde no crescimento econômico do mundo

Após a agressão da Rússia contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, a inviabilização de vários recursos energéticos (petróleo, gás, carvão) da Rússia e o fornecimento da segurança energética dos países europeus com base em energias renováveis e hidrogênio verde tornaram-se o fator de aceleração da transição na Europa. O progresso na transformação da economia tradicional para a “direção verde” é evidente nos países altamente desenvolvidos. O capítulo “The Role of Green Energy in the Economic Growth of the World” do relatório Green Energy and Technology descreve as razões, formas de transição energética da economia e suas condições. Além disso, descreve as vantagens e barreiras mais importantes resultantes da transformação verde da economia. (Green Energy and Technology - 2022) 
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World Economic Forum: Vendas de VEs estão crescendo, porém alguns fatores limitam um impulso maior

Os VEs são uma parte importante dos esforços para descarbonizar o setor de transporte. As vendas de VEs estão aumentando, mas apesar de seu potencial para ajudar o mundo a descarbonizar, as vendas globais estão demorando a ganhar impulso. As três principais razões pelas quais as pessoas estão relutantes em mudar do combustível fóssil para os VEs são: os altos custos iniciais, o acesso limitado à infraestrutura de carregamento e as preocupações com o alcance do VE. Mas, apesar das preocupações, alguns esforços estão ocorrendo no setor. A tecnologia de baterias tem um papel cada vez mais importante a desempenhar nos esforços para descarbonizar o transporte. Pensando nisso, o Fórum Econômico Mundial reuniu 42 fabricantes, produtores de matérias-primas e outras organizações como parte da Global Battery Alliance, que visa estabelecer princípios orientadores para uma cadeia de suprimentos de baterias sustentável até 2030. Essa colaboração pode ajudar a estabelecer uma indústria de baterias, garantindo avanços no setor. (World Economic Forum - 26.10.2022)  
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BNEF: G-20 deu US$ 693 bi em apoio a combustíveis fósseis

Relatório divulgado pela Bloomberg Philanthropies e BloombergNEF mostrou que 19 países membros individuais do G-20 forneceram US$ 693 bilhões em apoio a combustíveis fósseis em 2021, retardando o progresso no alcance das metas do Acordo de Paris. Segundo o documento, o montante distorceu os preços, incentivou o uso e a produção potencialmente desperdiçadores de combustíveis fósseis e resultou em investimento em equipamentos e infraestrutura de longa duração e emissões intensivas. O Climate Policy Factbook avalia o progresso feito por cada nação do G-20 em três áreas políticas concretas: eliminar gradualmente o apoio aos combustíveis fósseis, colocar um preço nas emissões e reforçar a divulgação dos riscos climáticos. O relatório visa aumentar a transparência e informar as prioridades políticas antes da Cúpula do G-20 na Indonésia e da conferência climática COP27 no Egito. (CanalEnergia – 01.11.2022) 
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As energias renováveis podem resolver a crise de inflação no mundo?

Os custos de energia em toda a Europa e na América do Norte estão aumentando muito rapidamente, impulsionando a inflação nas regiões. Há mais prejuízo às famílias de baixa renda, que estão mais expostas à pobreza energética. Alguns dos principais impulsionadores da inflação, historicamente, são os preços voláteis dos combustíveis fósseis. Por tal motivo, os pesquisadores argumentam que a transição de combustíveis fósseis para renováveis terá um efeito estabilizador nos preços da energia, tendo em vista que trará a maior parte do consumo para o setor da eletricidade e porque a UE está procurando desacoplar os preços do gás e da eletricidade, o que lhes dá mais estabilidade comparativa. Ainda haveria melhoria entre as desigualdades existentes nos encargos energéticos entre famílias de baixa renda e minorias. (Energy Monitor - 12.10.22)
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Reuters: Montadoras vão dobrar gastos com VEs e baterias até 2030

As principais montadoras do mundo planejam gastar quase 1,2 trilhão de dólares até 2030 para desenvolver e produzir milhões de veículos elétricos, juntamente com baterias e matérias-primas, de acordo com uma análise da Reuters de dados públicos e projeções divulgadas por essas empresas. O valor do investimento em veículos elétricos, que não foi publicado anteriormente, supera as estimativas de investimento anteriores da Reuters e é mais que o dobro do cálculo mais recente publicado há apenas um ano. As montadoras têm planos de projetar 54 milhões de veículos elétricos a bateria em 2030, representando mais de 50% da produção total de veículos, de acordo com a análise. Para suportar esse nível sem precedentes de veículos elétricos, as montadoras e seus parceiros de baterias planejam instalar 5,8 terawatts-hora de capacidade de produção de baterias até 2030, de acordo com dados da Benchmark Mineral Intelligence e dos fabricantes. (Isto É - 21.10.2022) 
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Opep: ação energética é mais do que nunca necessária para desenvolvimento sustentável

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) defende que a ação energética, no âmbito da busca pelo desenvolvimento sustentável, é "mais do que nunca" necessária, "em meio às atuais rupturas relacionadas aos impactos da pandemia, geopolítica e situação econômica global". De acordo com a Opep, as evidências científicas indicam que as emissões globais ainda estão aumentando, levando a um aquecimento global de aproximadamente 1,1°C desde o período pré-industrial. "Como resultado, estima-se que, sem uma ação climática aprimorada, o mundo excederá significativamente a meta de temperatura do Acordo de Paris até o final do século", alerta o cartel no Relatório Perspectivas Mundiais do Petróleo. A Opep também destaca que "a ação climática futura precisa ser implementada de uma forma que garanta um tratamento equilibrado das ações de adaptação e mitigação, com os países desenvolvidos cumprindo seus compromissos sobre o fornecimento de apoio acessível, adequado e oportuno aos países em desenvolvimento". (BroadCast Energia – 31.10.2022) 
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A crescente demanda por alumínio e a transição energética

O movimento mundial de transição energética está impulsionando um enorme aumento na demanda por alumínio, esperando-se que a sua demanda dobre até 2050. De acordo com a CRU Consulting, é esperado que a demanda global seja de 179mt para 2050, sendo o setor de veículos elétricos o que demandará maior crescimento do material. Contudo, o alumínio representa uma importante fonte de emissões de carbono, sendo, de acordo com a IEA, responsável por 3% das emissões industriais diretas em 2021. A demanda por alumínio também será reforçada pelas redes de energia, já que as energias renováveis o utilizam mais do que as tradicionais. A energia solar requer quatro vezes mais alumínio por megawatt instalado do que a energia eólica e cerca de 25 vezes mais do que o carvão. Apesar da crescente necessidade, a cadeia de valor do alumínio enfrenta diversos desafios, como de onde virá toda a maior capacidade de fundição. Outro problema são as questões ambientais envolvendo a produção. (Energy Monitor - 24.10.22)
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Europa

Comissão Europeia: Início da regulamentação do mercado de hidrogênio

O Conselho Europeu se prepara para avançar no debate sobre a futura diretriz que regulará o mercado de hidrogênio. Para o efeito, a Presidência tcheca enviou aos Governos um documento de consulta para o desenvolvimento desta tecnologia na Europa, que teve início na reunião de 25 de outubro. O Conselho pretende definir o calendário para o desenvolvimento dos mercados de hidrogênio, centrado na desagregação vertical dos gestores de rede; a aplicação de descontos nas tarifas das energias renováveis e dos gases com baixas emissões, bem como nas tarifas das redes transfronteiriças de hidrogênio e blend com gás natural. A proposta da Comissão prevê a criação de um quadro regulamentar mais flexível para o hidrogênio durante esta fase de crescimento, mas, até 1 de janeiro de 2031, serão aplicadas regras mais pormenorizadas com a intenção de facilitar a integração do mercado e o comércio transfronteiriço. (EUR-Lex - 18.10.2022) 
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Comissão Europeia: Estratégia de digitalização do setor energético europeu

A Comissão Europeia (CE) divulgou seu plano de ação para digitalizar o setor de energia da região para melhorar a eficiência e a integração das energias renováveis. A digitalização, um dos quatro 'D's da transição energética, é o 'facilitador' central para a sua realização, transversal a empresas, consumidores e tecnologias. O plano de ação da CE, com mais de um ano de elaboração, tem seis objetivos principais, a saber: promover conectividade, interoperabilidade e intercâmbio contínuo de dados de energia; impulsionar e coordenar os investimentos na rede elétrica inteligente; fornecer melhores serviços baseados em inovações digitais para engajar os consumidores; reforçar a segurança cibernética do sistema energético; assegurar que as crescentes necessidades energéticas do setor de TIC estejam alinhadas com o Green Deal; desenhar governança efetiva e apoio contínuo à pesquisa e inovação. (Smart Energy - 20.10.2022) 
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Mercado de caminhões movidos a hidrogênio ganhará 1500 estações de reabastecimento até 2030 na Europa

A Comissão Parlamentar de Transporte e Turismo da UE mudou consideravelmente a atual proposta de estação de abastecimento de hidrogênio. Anteriormente, era necessária a instalação de postos de abastecimento de hidrogênio a cada 150 km em importantes rodovias europeias até o ano de 2030. A duração é estendida para 2027 no caso da alteração, e a distância de instalação é reduzida para 100 km. De acordo com a indústria, a UE teria mais de 1.500 postos de abastecimento de hidrogênio até 2030, acima dos atuais 150 ou mais, se a lei for aprovada. De acordo com Han Byeong-hwa, pesquisador da Eugene Investment & Securities, “O orçamento foi bastante impulsionado e o plano de criar cerca de 10 milhões de toneladas de hidrogênio anualmente em 2030 foi dobrado” (Energy News - 24.10.2022).  
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Banco Europeu de Investimento: Investimento de US$ 115 bilhões para tecnologias de baixo carbono até 2027

O Grupo do Banco Europeu de Investimento (Grupo BEI) declarou que apoiará um investimento inicial de € 30 bilhões (US$ 30,2 bilhões) em empréstimos e financiamento de capital para afastar a União Europeia (UE) dos combustíveis fósseis e em direção a formas mais limpas de energia nos próximos cinco anos. O conselho de administração do BEI disse que um pacote de financiamento novo e direcionado deve mobilizar até € 115 bilhões (US$ 115,9 bilhões) em novos investimentos até 2027. Funcionários do BEI disseram que seu financiamento será direcionado para recursos de energia renovável, medidas de eficiência energética, atualizações da rede elétrica, armazenamento de energia, infraestrutura de carregamento de veículos elétricos e o que chama de “tecnologias inovadoras”, como hidrogênio de baixo carbono. O grupo há muito apoia o setor de energia da UE, investindo cerca de € 10 bilhões (US$ 10,1 bilhões) por ano em média nos últimos 10 anos. (Banco de Investimento Europeu - 26.10.2022)
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Proibição de veículos à combustão a partir de 2035 na União Europeia

A União Europeia alcançou recentemente um acordo sobre uma lei que proíbe efetivamente a venda de novos carros a gasolina e diesel a partir de 2035, com objetivo de acelerar a mudança do continente aos veículos elétricos, numa tentativa de combater as mudanças climáticas. Os negociadores dos países da UE e do Parlamento da União Europeia concordaram que montadoras devem atingir um corte de 100% nas emissões de CO2 até 2035, o que impede a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis no bloco de 27 países a partir desta data. O acordo também inclui um corte de 55% nas emissões de gás carbônico de carros novos vendidos a partir de 2030. (Forbes Brasil - 27.10.2022) 
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Alemanha: Investimento na ampliação de infraestrutura de recarga de VEs

O governo da Alemanha aprovou um plano para investir 6,3 bilhões de euros nos próximos três anos na expansão acelerada de postos de recarga de bateria de veículos elétricos. O plano pretende elevar em 14 vezes o número de estações de recarga, atingindo 1 milhão até 2030 ante 70 mil atualmente. O país também quer ter 15 milhões de veículos elétricos em circulação até 2030 ante os atuais 1,5 milhão de unidades. “Nosso objetivo é acelerar a expansão da infraestrutura de recarregamento, simplificando o processo de recarga e, com isso, tornando mais simples para as pessoas fazerem a mudança (para carros elétricos)”, disse o ministro federal de Transportes, Volker Wissing. “É preciso haver uma experiência positiva associada a isso”, disse o ministro. (Isto É Dinheiro - 19.10.2022)  
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Líderes da União Europeia debatem limite de preços de gás

Os primeiros-ministros e presidentes de 27 países da UE reuniram-se em Bruxelas para discutir sobre os desafios energéticos derivados da Guerra da Ucrânia. É necessário chegar a um consenso, entretanto, em relação ao preço limite de atacado que o bloco aceitará pagar pelas importações de gás. Enquanto 15 países pediram tal limite, 11 países se opõem à ideia, indicando que o gás acabaria indo para concorrentes globais dispostos a pagar mais. Além disso, o limite de preço poderia exigir a criação de uma nova agência de coordenação da UE para alocar manualmente os suprimentos de gás. Os 15 países a favor da ideia não podem aprová-la sem uma proposta da Comissão, mas está sendo difícil entrar em consenso sobre qual seria o limite. (Energy Monitor - 20.10.22)
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BNEF: Transição da maior usina de carvão da Europa em direção a um setor energético limpo, seguro, resiliente e acessível

Segundo relatório da BloombergNEF (BNEF), a maior usina de energia a carvão da Europa pode substituir a maior parte de sua geração de lignito por energias renováveis, combinadas com baterias ou capacidade térmica de baixo carbono. Essa transição reduziria os custos gerais do sistema de energia na região de Łódź da Polônia, onde a usina está localizada, mantendo a segurança energética. A central elétrica de Belchatow desempenha hoje um papel vital na rede energética da Europa Central e é a sexta maior central elétrica a carvão do mundo. A BNEF descobriu que a implantação de 11 GW de energia eólica e solar na região, para substituir 80% da geração de carvão “marrom” de Belchatow é possível. Alternativamente, cerca de 6 GW de energia eólica e solar combinados com uma usina de gás, biomassa ou energia de resíduos podem atingir uma produção semelhante. Sua análise examina a viabilidade da implantação de tecnologias de baixo carbono e oferece um possível roteiro de transição para fazê-lo. O relatório foi divulgado no dia 20 de outubro pela Bloomberg Philanthropies e BNEF em parceria com o Forum Energii. (BNEF - 20.10.2022)
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Statkraft: Perspectivas para o crescimento da energia solar fotovoltaica após a invasão da Ucrânia

A Statkraft acaba de publicar a última edição de seu Cenário de Baixas Emissões, um relatório no qual, a cada ano, avança sua análise do setor energético mundial no médio-longo prazo (horizonte 2050). Na edição deste ano, que cobre todo o cenário energético mundial, destaca-se sua previsão de crescimento solar após a invasão da Ucrânia: entre 45 e 52 GW, bem acima dos 33 GW que os analistas da Statkraft estimado antes do início da guerra. Além disso, o relatório afirma que a energia solar fotovoltaica será a principal fonte de energia do mundo em 2035, e já é, hoje, o caminho mais rápido para a Europa deixar de depender do gás russo, juntamente com a energia eólica. Ademais, o Cenário de Baixas Emissões 2022 prevê que, até 2050, as emissões de CO2 do setor de energia serão reduzidas em 60%. (Energías Renovables - 25.10.2022)
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Polônia: Instalação de 3,3 GW de energia solar no período de janeiro a agosto

A agência de energia da Polônia Rynku Energii (ARE) informou que o país atingiu 11,03 GW de capacidade fotovoltaica instalada acumulada no final de agosto. De acordo com os números divulgados pela agência, o país implantou cerca de 3,36 GW nos primeiros oito meses deste ano, em comparação a cerca de 3,71 GW em 2021. “O mercado fotovoltaico polonês é dominado pelo segmento prosumidores, que inclui todos os sistemas que não excedem 50 kW”, disse Piotr Pająk, repórter de energias renováveis do site Gramwzielone. De acordo com Pająk, as recentes mudanças na regulamentação do país para o segmento de geração distribuída não interromperam sua forte trajetória de crescimento. Ele também destacou que o aumento dos preços da energia também é um impulsionador dos investimentos fotovoltaicos em empresas, que desejam reduzir suas contas de energia. (PV Magazine - 20.10.2022)
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França/Portugal/Espanha: Líderes dos países concordam com o 'corredor de energia verde'

Os líderes da França, Portugal e Espanha no dia 20 de outubro de 2022 concordaram em substituir uma proposta de conexão de gasoduto entre a Península Ibérica e a França por um "corredor de energia verde" submarino que eventualmente transportaria hidrogênio. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que o plano é conectar a Península Ibérica à França e ao mercado europeu de energia por meio de um oleoduto de Barcelona, na Espanha, através do Mar Mediterrâneo, até Marselha, na França. Ele disse que poderia ser usado para transportar gás natural temporariamente, antes de começar a transportar hidrogênio. Nenhum cronograma ou estimativa de custo foram anunciados. No entanto, Sánchez e Macron disseram que os três líderes se reunirão novamente nos dias 8 e 9 de dezembro em Alicante, na Espanha, para finalizar o projeto, que terá direito ao financiamento europeu. (República Portuguesa - 20.10.2022) 
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Espanha: Sistema elétrico terá 500 MW de “resposta à demanda” para evitar cortes de oferta nos horários de pico

O sistema elétrico peninsular terá um total de 497 megawatts (MW) de potência dos “consumidores e comerciantes” que participaram no primeiro leilão de “resposta à procura ativa” organizado pela Red Eléctrica. As licitantes vencedoras comprometem-se a reduzir seu consumo em horários específicos com base nas necessidades do sistema para garantir o equilíbrio entre geração e demanda. Os resultados deste leilão serão aplicados no período entre 1º de novembro de 2022 e 31 de outubro de 2023. Participaram do leilão, conforme estabelecido em lei, comerciantes e consumidores com demanda de pelo menos 1 MW e participantes do mercado atacadista de energia elétrica, que exclui consumidores domésticos e pequenas empresas. Neste primeiro leilão, um total de 16 participantes enviaram suas ofertas. Aos licitantes vencedores serão pagos 69,97 euros por cada MW/h atribuídos, pela sua disponibilidade no tempo previamente estabelecido para a prestação do serviço. (Energías Renovables - 24.10.2022)
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Ásia

IRENA: O Panorama de Transição Energética da Indonésia

Desbloquear o potencial inexplorado de energia renovável da Indonésia para atender à crescente demanda é mais econômico do que continuar com uma forte dependência de combustíveis fósseis domésticos e importados, de acordo com um novo relatório da International Renewable Energy Agência (IRENA). O Panorama de Transição Energética da Indonésia conjunto da IRENA e do Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia fornece um caminho energético de longo prazo abrangente e focado em energias renováveis para a transição para um sistema de energia mais limpo e sustentável na Indonésia. O Outlook mostra que a parcela de energia renovável da Indonésia pode atingir dois terços do mix total de energia do país em 2050, acima dos 14% atuais. (IRENA – 21.10.2022) 
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Índia: Planejamento para a criação de um mercado nacional de carbono

O governo indiano planeja um mercado nacional de carbono como um experimento para atingir suas metas de descarbonização. Atualmente, conforme dados da Agência Internacional de Energia (IEA), o carvão ainda fornece cerca de 70% da geração total de energia do país. Agora, a Índia pretende consolidar um mercado nacional de carbono com a criação de um esquema de comércio de crédito de carbono, criando incentivos para que instituições individuais alavanquem a sua transição para combustíveis e operações de baixo carbono. Tal mercado seria muito importante, tendo em vista que a Índia é, ao mesmo tempo que um grande emissor de carbono, um potencial grande fornecedor de créditos de carbono para outros países que queiram atingir suas metas de redução de emissões originárias do exterior. (Energy Monitor - 18.10.22)
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Japão: Contratos de longo prazo isolam país da crise energética que assola a Europa

Apesar da pior crise mundial de fontes de energia em muitos anos e de o Japão importar quase todo seu gás natural, o país não vem sofrendo com a escassez nem com o descontrole dos preços. Seu segredo é ter se baseado em contratos de longo prazo de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), uma estratégia que até pouco tempo atrás estava em declínio pelo mundo, mas que agora vem retomando popularidade. O maior comprador mundial de GNL agora desfruta de um momento de validação de sua abordagem — pelo menos por enquanto. “Mesmo diante da disparada dos preços do GNL, temos condições de em grande medida manter a estabilidade”, disse Takeshi Soda, diretor da divisão de petróleo e gás natural do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão. A demanda por contratos de longo prazo vem ganhando ímpeto adicional neste ano. Em 2021, o volume de contratos de GNL de longo prazo assinados atingiu o maior patamar em cinco anos, de acordo com a firma de consultoria especializada em energia Wood Mackenzie. (Valor Econômico - 22.10.2022) 
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China: Crescimento da demanda de VEs pode afetar consumo de petróleo

Os veículos comerciais elétricos estão se tornando cada vez mais populares em muitos lugares ao redor do mundo, especialmente em entregas urbanas mais curtas, e a China não é exceção. De acordo com relatório divulgado pela Bloomberg, as vendas de veículos comerciais leves movidos a baterias aumentaram de menos de 1% em 2020 para cerca de 10% em todas as vendas do segmento este ano, e isso pode começar a ter um impacto na demanda global de petróleo. A tendência é o crescimento – cada vez mais vans e pequenas picapes no país asiático estão sendo compradas movidas a energia elétrica, e isso vai se expandindo lentamente para caminhões maiores à medida que se tornam competitivos e começam a chegar a República Popular – no momento não há muitos VEs de serviço médio ou pesado disponíveis à venda na China, mas espera-se que isso mude muito em breve, à medida que os fabricantes locais entrarem nesse segmento. Tudo isso terá um impacto nos preços globais do petróleo, também impulsionado pela parcela cada vez maior de novos veículos eletrificados comprados na China (muitos dos quais também suportam a troca de baterias) – esses veículos atualmente representam 22% das vendas de carros novos na RPC e a tendência não mostra sinais de desaceleração. (Money Report - 25.10.2022)
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Cingapura: Lançamento de sua estratégia nacional de hidrogênio

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças Lawrence Wong delineou a estratégia nacional de Cingapura para desenvolver o hidrogênio como um importante caminho de descarbonização, para apoiar o compromisso climático internacional de Cingapura de alcançar a neutralidade das emissões até 2050. Wong falou na Singapore Energy Lecture, que marcou o início da Semana Internacional de Energia de Cingapura. O hidrogênio de baixo carbono (incluindo seus derivados, como a amônia) surgiu como um caminho potencial chave para Cingapura. O hidrogênio tem potencial para ser adotado em diferentes setores como combustível ou matéria-prima de baixo carbono. O hidrogênio não libera gases de efeito estufa quando queimado. Quando produzido por métodos de baixa emissão, como a eletrólise da água usando energia renovável, pode ter emissões próximas a zero. Para o governo, o hidrogênio pode complementar e diversificar a matriz energética, ao lado de energia solar, eletricidade importada e outras fontes potenciais de energia de baixo carbono, como energia geotérmica. (Autoridade do Mercado de Energia do Governo de Cingapura - 25.10.2022) 
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África e Oriente Médio

EUA: Lei de Redução da Inflação aponta caminho a ser seguido pelos governos

A Lei de Redução da Inflação é o maior investimento em energia limpa do governo federal na história dos EUA. A aprovação dessa conta de US$ 430 bilhões mostra que o governo americano reconhece que é hora de as empresas fazerem mudanças cruciais e sustentáveis para combater o aquecimento global. Este projeto histórico demonstra ainda que as indústrias estão maduras para uma inovação mais sustentável, especialmente na indústria de geração de energia. O relatório do IPCC de 2022 alertou que o mundo deve atingir o nível de 1,5ºC nas próximas duas décadas, o que pode levar à desertificação e à degradação da terra, e é prejudicial ao manejo sustentável da terra e à segurança alimentar. Os líderes empresariais devem fazer os cortes mais drásticos nas emissões de carbono para ajudar a prevenir um desastre ambiental. (Power Mag - 19.10.2022) 
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EUA: Lei de Redução da Inflação impulsionará o desenvolvimento de 111 GWh de armazenamento de energia

Em meio a um aumento global de recursos de armazenamento de energia, a Lei de Redução da Inflação impulsionará o desenvolvimento de 30 GW/111 GWh adicionais de 2022 a 2030, de acordo com a BloombergNEF. A lei, aprovada em agosto, prevê o incentivo de US$ 369 bilhões para energia limpa, incluindo incentivos para armazenamento, energia eólica e solar. Analistas alertam, no entanto, que pode haver barreiras ao desenvolvimento imediato. Globalmente, a capacidade de armazenamento de energia atingirá um acumulado de 411 GW/1.194 GWh até o final de 2030, ou cerca de 15 vezes a capacidade instalada no final de 2021, disse a BNEF. Suas perspectivas de mercado de armazenamento para o segundo semestre de 2022, incluíam cerca de 13% a mais de capacidade em relação às estimativas anteriores, “impulsionadas por desenvolvimentos recentes de políticas”, sendo a lei de gastos com energia limpa dos EUA a mais significativa. (Utility Dive - 18.10.2022)
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EUA: Capacidade da bateria nos EUA mais que triplicou desde o início de 2021, segundo relatório da Zpryme

A capacidade da bateria nos EUA mais que triplicou, para 6.702 MW, desde o início de 2021, de acordo com um relatório da Zpryme, uma empresa de pesquisa com sede em Austin, Texas. A capacidade planejada futura aumentou 35% de julho a agosto, para 22.678 MW, segundo dados da empresa. Os cinco principais estados em agosto classificados por capacidade de bateria foram Califórnia, com 3.629 MW; Texas (1.168 MW), Flórida (520 MW), Massachusetts (196 MW) e Nevada (165 MW). “Tem sido uma grande prioridade para nós”, disse Patrick Woodcock, comissário do Departamento de Recursos Energéticos de Massachusetts. Como um estado menor, Massachusetts confiou em baterias por trás do medidor para aumentar seus recursos de armazenamento. (Utility Dive - 21.10.2022)
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EUA: Governo concede US$ 2,8 bilhões em subsídios para baterias

Foram anunciados os contemplados com subsídios do governo dos EUA no valor total de US$ 2,8 bilhões para apoiar e desenvolver a fabricação nacional de baterias para veículos elétricos (VEs) e rede elétrica. O financiamento é resultado da Lei de Infraestrutura Bipartidária aprovada pela Administração Biden-Harris no final do ano passado como parte da Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura. Os primeiros financiamentos, anunciados no dia 19 de outubro, foram para 20 empresas de manufatura e processamento em 12 estados dos EUA. Eles foram selecionados por meio de concurso entre mais de 200 candidatos em um processo que começou em fevereiro. Em um discurso, o presidente Biden falou sobre sua estratégia industrial “para trazer de volta a indústria manufatureira e as indústrias do futuro: semicondutores e energia limpa”. (Energy Storage - 20.10.2022)
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BNEF: Metade dos veículos novos serão elétricos nos EUA em 2030

Nos Estados Unidos, um recente estudo da BloombergNEF concluiu que 52% dos veículos vendidos no país em 2030 serão 100% elétricos. Os analistas responsáveis pela pesquisa afirmam que a principal razão do aumento da perspectiva de 43% para 52% foi o plano de medidas anti-inflação no país, que promete estimular a economia. O aumento da oferta de elétricos, assim como os incentivos previstos no país, onde o presidente Joe Biden é defensor de veículos eletrificados para redução de poluentes, pode contribuir para a adesão a esses veículos. O estudo leva em conta os esforços que as fabricantes de veículos e baterias estão fazendo para produzir os componentes nos Estados Unidos, visando se enquadrar à regra que concede US$ 7.500 em benefícios na compra de carros elétricos. Por isso, os especialistas afirmam que o crescimento só seria expressivo a partir da metade da década, quando as fábricas já estiverem operando. A partir de 2035 na Califórnia, nenhum veículo zero novo poderá emitir poluentes durante o funcionamento, e recentemente, Nova York também planeja o mesmo movimento. (IG - 20.10.2022)  
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EUA: Financiamento para compra de ônibus escolares elétricos

O Governo dos EUA anunciou o repasse de mais de US$ 1 bilhão a cerca de 400 distritos escolares abrangendo todos os 50 estados e Washington, D.C., visando a compra de cerca de 2.500 ônibus escolares elétricos. Em 2021, apenas cerca de 1% dos 480.000 ônibus escolares do país eram elétricos, mas o impulso para a transição em direção aos ônibus elétricos foi intensificado com a aprovação da nova Lei Bipartidária da Infraestrutura, que inclui US$ 5 bilhões para o financiamento de ônibus elétricos. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) inicialmente disponibilizou US$ 500 milhões para ônibus limpos em maio deste ano. Em seguida, a agência elevou o montante para US$ 965 milhões em setembro, respondendo ao que as autoridades chamaram de demanda esmagadora por ônibus elétricos em todo o país. Agora, um adicional de US$ 1 bilhão deve ser concedido. (Transport Topics - 26.10.2022) 
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EUA: Instalação de meio milhão de medidores inteligentes avançados

A infraestrutura de medição avançada (AMI) está sendo implantada por concessionárias nos EUA para fornecer aos operadores da rede de distribuição melhores ferramentas para gerenciar a rede. Em 25 de outubro, Landis+Gyr e Arizona Public Service (APS) disseram que estão expandindo seu contrato, originalmente assinado em 2015, para incluir serviços adicionais de AMI, além da instalação de mais 500.000 medidores avançados nos próximos sete anos. A APS, que atende 1,3 milhão de residências e empresas no Arizona, começou a implantar a infraestrutura Gridstream AMI da Landis+Gyr em 2016 e usou a rede para oferecer suporte à tecnologia avançada de medição e automação de distribuição em todo o território de serviço, disse em um comunicado à imprensa. (Power Grid – 25.10.2022) 
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EUA: Resposta da demanda pode ajudar os consumidores a economizar dinheiro e a reduzir a poluição

Os americanos querem que sua eletricidade seja barata, limpa e confiável, mas essa tríade está se tornando mais incerta, graças às mudanças climáticas. De acordo com um relatório de 2021 da organização de pesquisa sem fins lucrativos Climate Central, mais de 80% das grandes interrupções relatadas nos EUA de 2000 a 2021 foram causadas por extremos climáticos, como ondas de calor, incêndios florestais e tempestades tropicais. As concessionárias estão começando a combinar medidores inteligentes com outras novas tecnologias, incentivos de preços e incentivando a população a fazer uso consciente da eletricidade. É possível gerenciar ainda mais o uso de energia introduzindo preços dinâmicos – mudanças de preços em tempo real que se refletem diretamente nas contas de eletricidade dos consumidores. A introdução de preços de pico críticos para eletricidade reduz essa necessidade de energia de origem fóssil. Evitar apagões de energia também reduzirá a dependência de geradores domésticos, que geralmente emitem partículas nocivas de poluição do ar (Power Grid - 19.10.2022).
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América do Sul, Central e Caribe

América Latina: CAF e GCF irão investir em Programa de Mobilidade Elétrica

Com o objetivo de avançar para um sistema de transporte limpo, mais organizado, mais eficiente, equitativo, confortável, seguro, sustentável, resiliente e acessível, a CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e o GCF (Green Climate Found) destinarão US$ 231 milhões para o Programa de Mobilidade Elétrica e Transporte de Baixo Carbono (E- MOTION). O Programa funcionará como um acelerador de mercado, permitirá a adoção da mobilidade elétrica e contribuirá para fechar as lacunas entre os projetos-piloto e a implantação massiva de veículos elétricos de uso intensivo. O E-MOTION terá 4 componentes: o primeiro destina-se a criar o ecossistema e condições facilitadoras para a transição para a mobilidade elétrica (reforço dos quadros e capacidades regulamentares, promulgação de regulamentos ambientais, etc.); enquanto os três componentes restantes financiarão, por meio de esquemas de negócios inovadores, a implantação massiva de frotas de ônibus elétricos em grande escala, veículos comerciais leves (públicos e privados) e infraestrutura de carregamento rápido. (bnamericas - 19.10.2022) 
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Brasil: Governo estabelece regras para implantação de eólicas offshore

O MME editou duas normas que permitem o avanço da implantação de usinas eólicas no mar. Em uma das portarias, o MME estabeleceu, em conjunto com o MMA, a criação de um portal para gestão de áreas marítimas voltadas para as usinas. Outra portaria estabelece diretrizes para a cessão onerosa de áreas destinadas à geração “offshore”. A gestão do portal ficará à cargo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Portaria 52/2022 define normas, diretrizes e procedimentos complementares relativos à cessão de uso onerosa das áreas offshore. Entre as medidas, o MME delegou à Aneel competências para firmar contratos de cessão de uso de áreas. De acordo com o MME, os próximos passos envolvem a publicação de novas normas complementares, previstas no Decreto 10.946/2022, especialmente orientações e definições sobre a metodologia de cálculo do valor a ser pago à União pelo uso do bem público e a definição do limite máximo de área a ser cedida em um mesmo contrato. (Valor Econômico - 20.10.2022) 
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Siemens Gamesa: H2 Verde é a resposta para a eólica offshore no Brasil

A Siemens Gamesa, uma das grandes fabricantes de aerogeradores do mundo, avalia que o desenvolvimento da eólica offshore no Brasil será impulsionado pelo hidrogênio verde. Um dos motivos é o custo da tecnologia que ainda é duas vezes mais elevado que a versão onshore na instalação e de cinco vezes para a manutenção. Por isso, ter escala e um mercado com demanda intensiva é a resposta. Essa é a avaliação do diretor geral da empresa no Brasil, Felipe Ferrés. Segundo o executivo, o fator de capacidade de projetos no mar em outros mercados, como o europeu, é o dobro do registrado em terra, já por aqui essa diferença é bem menor, está em 55% no onshore e 65% no mar. Ele contou que estudos da Siemens Energy em relação ao hidrogênio verde no país é de que a produção desse insumo no formato de amônia, por exemplo, estaria 30% mais barato por aqui do que o H2 cinza, o que abre uma margem interessante para quem investe nessas plantas. Isso, ressaltou ele, vai ao encontro da transição energética e o net zero que é buscado por países europeus, ainda mais agora com o preço do gás natural batendo recordes por conta da guerra Rússia/Ucrânia. (CanalEnergia – 21.10.2022)
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Ensaio Energético: Transição energética brasileira - a liderança renovável e seus desafios

Em uma definição ampla, a transição energética consiste no processo de descarbonização da matriz energética, através da substituição de fontes fósseis por fontes limpas e de ganhos de eficiência energética. Portanto, possui um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. A transição energética é singular de cada país e conta com processos distintos de acordo com a individualidade de cada região. No caso do Brasil, a transição energética é caracterizada pela abundância de recursos energéticos. A elevada participação de renováveis implica em uma vantagem na trajetória de descarbonização e que precisa se manter elevada nos próximos anos. Ainda que o país possua essa vantagem, é necessário que no decorrer do processo, a transição energética brasileira incorpore objetivos sociais, caracterizando uma transição energética justa. (Ensaio Energético - 17.10.2022)
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Brasil: Governo propõe redução de meta de descarbonização dos transportes em 2023

A menos de uma semana do início da COP-27, no Egito, o MME propôs uma meta de descarbonização dos transportes no país para 2023 menor do que a vigente neste ano. A Pasta propôs que a meta do próximo ano seja de 35,45 milhões de toneladas de carbono de emissões mitigadas, 1,4% abaixo da estabelecida para 2022, que é de 35,98 milhões de toneladas de carbono. As metas fazem parte do programa RenovaBio, e as distribuidoras de combustíveis têm que cumpri-las por meio da compra de Créditos de Descarbonização (CBios) gerados por produtores de biocombustíveis. Cada CBio equivale à mitigação de uma tonelada de emissões de gases de efeito estufa, equivalentes em carbono, através da substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis. A proposta para 2023 também ficou 16,3% abaixo do centro da meta que já havia sido indicada em 2021 para o próximo ano, e que era de 42,35 milhões de toneladas de carbono mitigadas. A proposta se aproxima do piso da banda da meta indicada anteriormente, que era de 33,85 milhões de toneladas de carbono. O topo da meta era 50,85 milhões de toneladas de carbono. (Valor Econômico - 31.10.2022) 
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Brasil: Energia solar caminha para ser a segunda maior fonte

A matriz elétrica brasileira possui 200 GW de capacidade instalada. As hidrelétricas são responsáveis pela maior parte dessa produção, e somam um volume em torno de 110 GW. Na sequência, a fonte eólica está em segundo lugar, totalizando 22,3 GW. Enquanto a energia solar fotovoltaica, a terceira colocada, conta com mais de 20,2 GW de capacidade instalada. Há uma grande possibilidade de que a matriz solar fotovoltaica ultrapasse a fonte eólica até o final do ano, segundo especialistas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com boletim de julho do Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes renováveis deverão aumentar sua participação na matriz, e a capacidade instalada de geração solar distribuída (GD) cresceu e continua em destaque, com tendência de aumento de mais de 80% em 2022, em relação a 2021. (ABSOLAR – 24.10.2022) 
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Brasil: Solar atinge 21 GW e R$ 108,6 bi em investimentos

O Brasil atingiu 21,1 GW de potência instalada da fonte fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos, já equivalentes a 10,5 % da matriz elétrica nacional, informa o último levantamento da Absolar. Segundo mapeamento, a energia solar cresceu 52,2% de janeiro ao início de outubro deste ano, saltando de 13,8 GW para 21,1 GW. Nos últimos 120 dias o ritmo de crescimento tem sido praticamente de um GW por mês, o que coloca a fonte na terceira posição na matriz brasileira, podendo alcançar a segunda posição até o fim do ano. A entidade afirma que a fonte já trouxe cerca de R$ 108,6 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 28,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, além de gerar mais de 630 mil empregos acumulados desde 2012. (CanalEnergia – 26.10.2022) 
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Chile aprova importante lei de armazenamento de energia

O Senado do Chile aprovou por unanimidade uma importante legislação que incentivará a implantação de armazenamento de energia e tecnologia de veículos elétricos (VE). O Senado anunciou que o projeto foi aprovado “sem alterações e por unanimidade” e agora está pronto para ser sancionado. A votação final ocorre duas semanas depois de ser aprovada uma votação preliminar antes de ser apresentada ao comitê de finanças. O projeto de lei visa aumentar o uso de energia renovável no país, particularmente através do uso de armazenamento de energia como forma de contornar o congestionamento da rede, o que atualmente significa que a maioria das energias renováveis é descartada. O projeto de lei permitirá que os sistemas autônomos de armazenamento de energia recebam receita do despacho de sua energia e potência no mercado do Sistema Elétrico Nacional do país. Espera-se que isso ajude a promover o crescimento de uma variedade de tecnologias de armazenamento, incluindo baterias, ar comprimido e muito mais, disse um comunicado da mídia. (Energy Storage – 24.10.2022) 
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El Salvador: Energia geotérmica pode suprir 35% da demanda de energia

De acordo com Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), durante a Reunião de Alto Nível da Aliança Geotérmica Global, a energia geotérmica poderia sustentar 35% da matriz energética de El Salvador. Atualmente, a matriz energética do país conta com uma parcela de 25% de energia geotérmica, 6% a 7% de solar, e cerca de 62% de hidrelétrica. Em 2021, a geotérmica teve um crescimento excepcional no mundo, com 1,6 GW adicionados, embora a participação real desse recurso na matriz energética global permaneça relativamente baixa. A reunião destacou a necessidade de criar estruturas fortes que permitam o investimento e o diálogo contínuo entre as partes interessadas e a importância de aumentar a cooperação internacional para enfrentar os desafios que impedem o desenvolvimento geotérmico acelerado, incluindo a consciência limitada de sua viabilidade e benefícios. (Energías Renovables - 25.10.2022) 
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África e Oriente Médio

Moçambique: BAD fornece subsídio de US$ 2,5 milhões para estudos de viabilidade de energia solar e armazenamento

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou uma doação de US$ 2,5 milhões ao governo de Moçambique para estudos de viabilidade de um parque solar fotovoltaico flutuante e até 10 sistemas de armazenamento de energia. O financiamento é do Fundo de Energia Sustentável para África (SEFA), que o BAD administra, e será usado para ajudar a implementar o Programa de Integração de Energias Renováveis de Moçambique (MREP). O dinheiro vai permitir à empresa nacional de electricidade EDM apoiar o financiamento de um estudo de viabilidade de sistemas de armazenamento de energia a bateria em até 10 locais. (Energy Storage - 20.10.2022)
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Oceania

Austrália: País lançará Estratégia Nacional de Minerais Críticos

O governo federal da Austrália está desenvolvendo uma Estratégia Nacional de Minerais Críticos, com materiais para baterias e outras tecnologias de energia limpa em seu centro. Para ser incluído no anúncio do Orçamento Federal 2022-2023, o governo liderado desde abril deste ano pelo primeiro-ministro do Partido Trabalhista, Anthony Albanese, prometerá financiamento para várias iniciativas relacionadas. A estratégia está sendo desenvolvida em colaboração com as partes interessadas da indústria e da comunidade e o escritório de Albanese fez um anúncio conjunto da estratégia na semana passada com Madeleine King, Ministra nacional de Recursos, bem como Ministra do Norte da Austrália. O país quer aproveitar ao máximo suas grandes reservas de minerais críticos, ajudando a acelerar a transição para energia sustentável, ao mesmo tempo em que cria uma indústria de baterias que pode valer AU$ 7,4 bilhões por ano para a economia até 2030 e empregando cerca de 35.000 pessoas. (Energy Storage – 25.10.2022) 
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Austrália: Orçamento federal entrega compromissos de quase AU$ 25 bi com energias limpas para os próximos quatro anos

O orçamento federal da Austrália para os próximos quatro anos inclui quase AU$ 25 bilhões (US$ 16,02 bilhões) em compromissos de energia limpa e aliviará as pressões do custo de vida, além de ajudar a combater as mudanças climáticas. Esse foi o veredicto da associação comercial nacional do Conselho de Energia Limpa em resposta ao orçamento anunciado ontem pelo governo do Partido Trabalhista do primeiro-ministro Anthony Albanese. Ele apresenta a iniciativa de atualização de transmissão Rewiring the Nation de AU$ 20 bilhões já anunciada, juntamente com dinheiro direcionado a regiões para implantar infraestrutura renovável e de baixo carbono. O orçamento também inclui centenas de milhões de dólares para baterias solares comunitárias, além de suporte para a cadeia de valor upstream de baterias e fabricação de energia solar. (Energy Storage – 26.10.2022) 
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