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IFE
05/12/2025

IFE Diário 6.323

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
05/12/2025

IFE nº 6,323

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.323

Regulação

Conta Bandeiras irá repassar R$ 101 mi para distribuidoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fixou os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (Conta Bandeiras), para fins da Liquidação das operações do mercado de curto prazo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Os valores são referente à contabilização de outubro de 2025. De acordo com Despacho Nº 3.569, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 04 de dezembro, o montante repassado às distribuidoras credoras, pela Conta Bandeiras, até 9 de dezembro, é de R$ 101.835.778,17. Já os valores destinados à Conta pelas concessionárias e permissionárias de distribuição devedoras, até 5 de outubro, totalizam R$ 3.664.711,31. A publicação destaca ainda que as concessionárias inadimplentes e credoras nesta liquidação terão seus créditos retidos para abatimento dos débitos de competências anteriores.(Agência CanalEnergia - 04.12.2025)

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Congresso adia análise de vetos à Lei das Eólicas Offshore para buscar acordo

A análise dos vetos à Lei das Eólicas Offshore (15097/2025) foi retirada da pauta do Congresso após entendimento entre os senadores Randolfe Rodrigues e Eduardo Braga, a fim de construir um acordo. Embora sancionada em janeiro por Lula, parte dos vetos ainda aguarda deliberação, alguns já derrubados restabeleceram subsídios do Proinfa por 20 anos e dispositivos ligados à Lei da Eletrobras, antes vetados por risco tarifário e insegurança jurídica. Entre os vetos pendentes está o que barra a contratação obrigatória de térmicas a gás incluída no texto como “jabuti”, rejeitada pelo Executivo por elevar custos, estimular fósseis e demandar investimentos em infraestrutura. O tema chegou a ser retomado na MP 1304, mas foi removido para nova discussão durante a análise dos vetos. (Agência Eixos – 04.12.2025)

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CMSE define nova curva de referência para armazenamento de energia em 2026

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a nova Curva de Referência de Armazenamento (CRef) para 2026. O uso da ferramenta auxilia na tomada de decisão do Comitê quanto à necessidade de adoção ou permanência de medidas adicionais para garantir o atendimento energético no país. Além disso, o foco recai em decisões fundamentadas, garantindo previsibilidade e economicidade na gestão do sistema. As CRef possuem três faixas que variam conforme a criticidade do armazenamento. Indicam montantes de geração termelétrica para garantia do suprimento de energia. Em reunião relacionada à gestão do sistema, o colegiado também aprovou a metodologia apresentada pelo ONS para a caracterização de excedente energético, a qual estabelece diretrizes para o uso de geração inflexível de usinas térmicas. Outro ponto da pauta foi a proposta de atualização da metodologia de calibração do CVar. A atualização incorpora contribuições da última consulta pública realizada sobre o tema. Por fim, a reunião também abordou outros destaques, temos dados sobre expansão da geração centralizada e na transmissão, além de registros sobre exportação de geração de usinas termelétricas e importação. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)

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ANEEL: Abertura de tomada de subsídios sobre valoração de custos e benefícios da GD

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) abriu a Tomada de Subsídios nº 23/2025 para avaliar estudos internacionais e reunir propostas regulatórias sobre a valoração dos custos e benefícios da geração distribuída (GD), etapa necessária para aplicar o Artigo 17 da Lei nº 14.300/2022, que define regras tarifárias para unidades consumidoras com geração própria. A consulta receberá contribuições entre 4 de dezembro de 2025 e 4 de março de 2026, por meio de formulário no site da agência. Pela Lei nº 14.300/2022, a valoração deve considerar todos os benefícios que as centrais de micro e minigeração distribuída (MMGD) proporcionam ao sistema, enquanto as diretrizes caberiam ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a metodologia de cálculo à ANEEL — ambos com prazos vencidos há mais de dois anos. Após o fim do período de transição previsto na legislação, as unidades participantes do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) passarão a ser faturadas conforme a modalidade tarifária definida para sua classe de consumo. (Canal Solar - 04.12.2025)

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Transição Energética

Congresso avança em PL que libera exploração mineral no leito marinho

A corrida global por minerais críticos chega ao Congresso brasileiro com a aprovação, na Comissão de Minas e Energia, do substitutivo ao PL 50/2025, que amplia o texto original e permite estender ao leito marinho regras do código de mineração, retirando a abordagem cautelar e abrindo espaço regulatório para a exploração submarina, tema sensível diante da falta de diretrizes internacionais e das recentes mudanças no licenciamento ambiental. Enquanto o Brasil avança no debate, a Noruega, pioneira na criação de uma lei para mineração profunda, suspendeu planos até 2029 por pressão ambiental, cancelando licenças e reduzindo financiamento para mapeamento; ambientalistas veem o recuo como sinal para fortalecer um movimento global por moratória. No cenário internacional, mais de 30 países já pedem tempo adicional para avaliar impactos da atividade. (Agência Eixos – 04.12.2025)

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Bruxelas amplia leilões de hidrogênio e calor limpo em 2025

A Comissão Europeia anunciou três pacotes de financiamento que somam €5,2 bilhões, provenientes do EU ETS, para impulsionar a descarbonização industrial. O pacote inclui o terceiro leilão do European Hydrogen Bank (€1,3 bi), que pela primeira vez aceitará projetos de hidrogênio eletrolítico de baixo carbono, produzido com eletricidade da rede, desde que reduza 70% das emissões em relação aos combustíveis fósseis. A ampliação ocorre em meio à pressão para eliminar totalmente as importações de gás russo até 2027 e à lentidão do hidrogênio verde, cuja capacidade instalada está muito aquém da meta de 40 GW até 2030. Além disso, a UE lançou a 2025 Net-Zero Technologies call (€2,9 bi) para fortalecer a cadeia de tecnologias limpas e o primeiro leilão de calor industrial limpo (€1 bi), que premiará projetos capazes de substituir fontes fósseis ao menor custo por até cinco anos. As iniciativas buscam reduzir riscos, dar previsibilidade e destravar investimentos diante dos altos custos e da baixa maturidade do mercado de hidrogênio e de soluções industriais de baixo carbono. (Agência Eixos – 04.12.2025)

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Crise Climática

Artigo Fabio Rubens Soares: “COP30 e o 'gás invisível': como medir e reduzir o metano dos resíduos sem perder o rumo”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Prof. Dr. Fabio Rubens Soares (Pós-Doutorado em Bioenergia pela USP) trata das novas evidências trazidas por um estudo da Nature que, ao analisar por satélite 151 aterros em 47 países, revela que as emissões de metano desses locais são muito maiores e mais incertas do que indicam os inventários oficiais, com poucos aterros concentrando a maior parte das plumas detectadas. Ele ressalta a gravidade climática do metano, gás de efeito estufa de curta duração, porém extremamente potente, e destaca como o monitoramento orbital pode identificar “superemissores” e apoiar metas como o Global Methane Pledge. No Brasil, onde menos de 6% do enorme potencial de biogás é aproveitado, a modernização da gestão de resíduos e políticas como Metano Zero e Combustível do Futuro exigem integração e investimentos, enquanto tecnologias como reciclagem, compostagem, biodigestão e waste-to-energy podem reduzir drasticamente emissões. À luz da COP30, o autor defende que o país tem a oportunidade de transformar o metano invisível dos aterros de passivo climático em ativo energético e vetor de desenvolvimento sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 05.12.2025)

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Empresas

STF suspende julgamento sobre acordo União–Axia

O STF suspendeu o julgamento do acordo entre União e Axia (ex-Eletrobras), que amplia a participação do governo no Conselho de Administração. O placar parcial é de 5 a 4 pela homologação integral, enquanto a ala divergente defende excluir do acordo cláusulas sobre a Eletronuclear e investimentos nas usinas de Angra, por extrapolarem o objeto da ação, que questiona apenas o limite de 10% ao poder de voto da União previsto na lei de privatização. O acordo negociado na AGU prevê maior representação do governo nos conselhos e investimentos via debêntures em Angra 1, além de retirar a obrigação de aportar recursos em Angra 3. A votação foi retomada após pedido de destaque de Moraes e será concluída quando Luiz Fux votar. Negócios recentes da Axia, como a venda de participação na Eletronuclear para a Âmbar Energia, não devem ser afetados pela decisão. (Valor Econômico - 04.12.2025)

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EPE: Trabalhadores aprovam contrapoposta e encerram negociação

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que seus trabalhadores aprovaram em assembleia a contraproposta apresentada durante mediação conduzida pela Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 1ª Região, encerrando o processo de negociação e cancelando a assembleia que deliberaria nova greve. O acordo prevê reajuste salarial e de benefícios, criação do auxílio PCD, ampliação do auxílio creche e definição para o tratamento dos dias paralisados, com abono da maior parte e compensação limitada conforme critérios pactuados. Também ficou estabelecido o ressarcimento dos descontos já aplicados, a ser pago em folha suplementar ainda em dezembro, além do pagamento dos valores retroativos das cláusulas econômicas, condicionado à conclusão dos trâmites formais junto à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)


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Cemig: Homologação de acordo coletivo com sindicatos para indenização de R$ 1,25 bi

A Cemig informou que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região homologou o acordo coletivo firmado com entidades sindicais no âmbito do dissídio coletivo nº 0011731-13.2025.5.03.0000. O acordo prevê o pagamento de indenização compensatória de até R$ 1,25 bilhão, em seis parcelas até 2030, destinada a 15.496 aposentados e pensionistas vinculados ao plano de saúde PSI da Cemig Saúde. A indenização viabiliza a migração desses beneficiários para novos planos, uma vez que o patrocínio ao PSI será encerrado em 31 de dezembro de 2025. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)


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Copel: Aporte de R$ 13 mi para reforçar sistema elétrico no verão

A Copel anunciou um aporte de R$ 13,1 milhões para reforçar o sistema elétrico do litoral paranaense durante o verão, que chega a receber até 300% mais pessoas na alta temporada, elevando a carga de cerca de 40 MW para picos de 227 MW. A tranche anunciada representa um volume 98% superior ao aplicado no verão passado. O plano inclui obras de infraestrutura, manutenção e instalação de novos equipamentos, com inspeções termográficas, blindagem de redes em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná e poda de 47 mil árvores para reduzir riscos. Segundo a empresa, aproximadamente 250 km de linhas de alta tensão e trechos de baixa tensão foram inspecionados. A companhia também disponibilizará duas subestações móveis, capazes de ampliar a potência em 42% e atender até 30 mil unidades consumidoras, além de avançar em microrredes solares com baterias para atendimentos específicos. O litoral conta com sete subestações, e as unidades Albatroz e Coroados receberam R$ 2 milhões em novos transformadores para ampliar a estabilidade do fornecimento. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)


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CTG Brasil: Rio Paranapanema pagará R$ 382,2 mi em dividendos

A Rio Paranapanema Energia, controlada pela CTG Brasil, anunciou o pagamento de R$ 382,29 milhões em dividendos, em parcela única, para o dia 19 de dezembro de 2025. O valor será pago em moeda corrente nacional e o recebimento será isento de Imposto de Renda. Além disso, não haverá atualização monetária ou juros entre a data de declaração e o pagamento. Terão direito aos dividendos os acionistas registrados até 30 de abril de 2025. A empresa destaca, ainda, que investidores com cadastro incompleto só receberão após regularização, dentro dos prazos aplicáveis. Já os acionistas com ações custodiadas receberão conforme os procedimentos das instituições responsáveis. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)


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Ourolux: Inauguração de novo centro de distribuição em SP

A Ourolux inaugurou um novo centro de distribuição em Cajamar (SP), ampliando sua estrutura logística que já inclui unidades em Guarulhos (SP) e Araquari (SC). A empresa destaca que a localização estratégica de Cajamar, próxima às principais rodovias e à capital, melhora o atendimento a um dos maiores polos de demanda por energia solar e agiliza entregas ao interior paulista. O CD de Guarulhos permanece como hub conectado aos principais eixos rodoviários e ao aeroporto internacional, garantindo abastecimento eficiente de grandes volumes. Já a base de Araquari oferece resposta rápida a um mercado em expansão no Sul. Segundo a Ourolux, a rede de centros fortalece o suporte a integradores, distribuidores e revendas, com estoque nacional e soluções customizadas para projetos de diferentes escalas. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)


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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

MME descarta iniciativas para compensar cortes de geração

O Ministério de Minas e Energia vai continuar discutindo soluções para socorrer os agentes afetados pelos cortes de geração, após o veto às emendas incluídas na Lei 15.269. O governo descarta, no entanto, qualquer iniciativa para compensar cortes não previstos na versão final do texto da reforma do setor, sancionado na semana passada. “Não é um assunto que morrerá aqui, mas não é um assunto que terá uma solução fácil, porque a solução fácil é repassar tudo para o consumidor. Ela não é uma solução correta,” afirmou a diretora de Programa da Secretaria-Executiva do MME, Isabela Vieira, durante evento na última segunda-feira, 1º de dezembro. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)

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Brasil teve queda de 1,7% no consumo de energia em outubro, aponta CCEE

O Brasil consumiu 70.415 megawatts médios em outubro, segundo dados divulgados no dia 3 de dezembro pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O volume representa queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. No mercado regulado, o consumo foi de 40.192 MW médios em outubro, retração de 1,9% na comparação com 2024. No mercado livre, onde consumidores conectados à alta tensão podem escolher seu fornecedor, o consumo atingiu 30.223 MW médios, queda de 1,4%. Entre os 15 setores monitorados pela CCEE, os recuos mais intensos foram registrados em Veículos (-9,9%), Telecomunicações (-7,6%) e Serviços (-7,2%). Na direção oposta, Extração de Minerais Metálicos (+7,5%), Saneamento (+2,2%) e Manufaturados Diversos (+1,0%) registraram as maiores altas. Dos estados avaliados, 20 apresentaram redução no consumo de energia em outubro. Rondônia (-9,4%), Mato Grosso do Sul (-8,6%) e Rio de Janeiro (-8,2%) registraram as quedas mais expressivas. Acre (+6,4%), Pará (+5,8%) e Maranhão (+4,7%) tiveram os maiores avanços. No caso do Pará, o destaque está associado à realização da COP30 em Belém, onde foram consumidos 3.439 megawatts médios. O volume reflete o dinamismo da economia local e as movimentações relacionadas ao evento da ONU, realizado nas primeiras semanas de novembro. (Petronotícias - 03.12.2025)

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Brasil reduz ritmo de nova capacidade de geração de energia em novembro

De janeiro a novembro de 2025, o Brasil acrescentou 6.751,03 MW à sua capacidade de geração elétrica, mas o ritmo desacelerou em novembro, quando apenas 186,22 MW entraram em operação comercial. Todos os novos empreendimentos liberados no mês são usinas solares fotovoltaicas: quatro projetos em Minas Gerais, somando 176,40 MW (Boa Sorte 10, 11, 14 e 16, da Atlas Renewable Energy), e um projeto no Ceará, com 9,82 MW (Mauriti 9, da PowerChina). Na comparação com outubro, quando 19 empreendimentos receberam aval da Aneel, novembro registrou apenas quatro liberações, evidenciando um mês mais “magro” em novas entradas. Ainda assim, o acumulado de 2025 mostra diversificação da expansão: dos 118 empreendimentos liberados no ano, 13 são termelétricas (2.493,05 MW), 52 solares (2.464,04 MW), 37 eólicas (1.537,90 MW), 11 PCHs (199,3 MW), uma hidrelétrica de grande porte (50 MW) e uma CGH (6,70 MW). O relatório Ralie, da Aneel, reforça que a fonte solar segue como principal vetor de crescimento em número de usinas, enquanto as térmicas lideram em potência adicionada. (Megawhat – 04.12.2025)

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Região Nordeste conta com 44,7% da capacidade

Os reservatórios do Nordeste apresentaram queda de 0,1 ponto percentual e estão operando com 44,7% de sua capacidade de armazenamento, na última quarta-feira, 03 de dezembro, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 23.099 MW mês e ENA de 2.409 MW med, equivalente a 25% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 41,18%. A regiãoNorte diminuiu 0,5 p.p e os reservatórios trabalham com 57% da capacidade. A energia retida é de 8.724 MW mês e ENA de 2.543 MW med, valor que corresponde a 30% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 33,22%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve recuo de 0,3 p.p e está em 40,8%. A energia armazenada mostra 83.534 MW mês e a ENA é de 20.406 MW med, valor que corresponde a 41% da MLT. Furnas admite 29,67% e a usina de Itumbiara marca 40,28%. Os reservatórios da Região Sul tiveram diminuição de 0,9 p.p e operam com 85,5%. A energia armazenada é de 17.490 MW mês e a energia natural afluente marca 5.408 MW med, correspondendo a 62% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 86,51% e 92,04% respectivamente. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)

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Artigo de Alexandre Heringer Lisboa: “Curtailment: o sapo que pode virar um príncipe.”

Em artigo publicado no LinkedIn, Alexandre Heringer Lisboa trata do enorme volume de energia renovável desperdiçada em 2025 por restrições de escoamento, cerca de 5,6 milhões de MWh apenas em outubro e 41 TWh no acumulado até então, dos quais uma parcela significativa decorre de excesso de oferta, e mostra que, se aproveitada, essa energia poderia produzir aproximadamente 400 mil toneladas de hidrogênio verde, equivalente a 0,4% de todo o hidrogênio mundial ou 40% do hidrogênio de baixo carbono. Ele argumenta que esse “curtailment energético” deveria ser visto como oportunidade para soluções como hidrogênio verde, usinas reversíveis e baterias, defendendo um leilão competitivo de alternativas de armazenamento e uso das sobras, acompanhado de nova regulação, visão sistêmica e inovação. Para Lisboa, a incapacidade de corrigir previamente distorções na geração distribuída agravou o problema e exige agora respostas mais inteligentes, disruptivas e integradas, apoiadas por políticas públicas, incentivos adequados e um mercado de carbono que reflita custos reais, transformando um aparente desperdício em vantagem estratégica. (GESEL-IE-UFRJ – 27.11.2025)

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Mobilidade Elétrica

ABVE: Eletromobilidade avança em novembro e Brasília assume liderança nacional

O mercado brasileiro emplacou 21.209 veículos eletrificados leves em novembro, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O resultado representa uma queda de 0,75% ante outubro, mas alta de 23,7% frente a 2024, alcançando 9,3% das vendas totais. Pela primeira vez desde 2012, Brasília liderou o ranking mensal, superando São Paulo, com 2.413 emplacamentos, dos quais 87,4% foram modelos plug-in (BEV e PHEV), e participação recorde de 35% nas vendas locais. No país, os plug-in seguiram predominantes, somando 16.943 unidades (79,9%), com os híbridos à frente (9.680), crescendo 2,4% sobre outubro e 39,8% em um ano. Os 100% elétricos recuaram 9,1% no mês, mas avançaram 34,1% na comparação anual. Já os híbridos sem recarga (HEV e HEV Flex) somaram 4.266 unidades, 20,1% do total, ampliando participação e registrando fortes altas anuais, sobretudo entre os HEV, que cresceram 77%. (Agência CanalEnergia - 04.12.2025)

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Inovação Tecnológica

EPE: Projeção de até 16 GW em data centers no Brasil até 2038

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que, até 2038, o Brasil pode acomodar até 16 GW de carga em data centers, dentro de um contexto em que a capacidade global desse tipo de infraestrutura deve subir de 60 GW para 90 GW até 2027, quase 50% de crescimento em dois anos. O PDE trabalha, no cenário superior, com 13 GW adicionais de carga de data centers até 2035, mas já há 26 GW em pedidos de conexão, dentro de um total de 53 GW de novas cargas mapeadas (o restante é de projetos de hidrogênio verde). Segundo o diretor Thiago Ivanoski, o Brasil virou alvo de grandes players globais, como Google, Amazon e Meta, por combinar matriz 90% renovável, 260 GW de capacidade instalada, 180 mil km de linhas de transmissão e um mercado interno em rápida digitalização. Já existem cerca de 6 GW formalizados por portarias e pedidos de acesso – 4 GW reconhecidos pelo MME e 2,2 GW com solicitação de conexão até 2030, o que indica materialização concreta da demanda. O avanço, porém, esbarra no descompasso entre a velocidade de construção dos data centers, que pode levar menos de três anos, e o tempo de implantação de grandes linhas de transmissão, que pode demorar sete anos ou mais. Isso tem levado a EPE, o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Operador Nacional do Sistema (ONS) a planejar reforços estruturais, incluindo cerca de R$ 800 milhões em obras para ampliar a margem de atendimento em regiões estratégicas. Mesmo que apenas 20% a 30% do pipeline se torne realidade, o impacto sobre a demanda elétrica é considerado “impressionante” e já está sendo incorporado às revisões de carga. (Megawhat – 03.12.2025)

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CEEE Equatorial adota titron para elevar precisão e confiabilidade do sistema elétrico

As enchentes históricas de 2024 em Porto Alegre afetaram a infraestrutura elétrica subterrânea da cidade, incluindo o laboratório móvel de diagnóstico da CEEE Equatorial. Em apoio à concessionária, a BAUR do Brasil enviou equipes e equipamentos e renovou a parceria com a aquisição do novo laboratório móvel titron. Porto Alegre opera um complexo sistema subterrâneo em topologia network, que exige monitoramento contínuo e manutenção altamente especializada. Desenvolvida pela BAUR GmbH e customizada no Brasil, a titron permite testes, diagnósticos e localização precisa de falhas em cabos de média tensão, com recursos como análise em tempo real, integração com mapas da rede, ensaios simultâneos de Tangente Delta e Descargas Parciais e controle remoto via aplicativo. Segundo a CEEE Equatorial, o equipamento aumenta a confiabilidade, reduz custos operacionais e eleva a precisão dos diagnósticos, marcando um avanço relevante para o sistema elétrico da capital gaúcha. (Valor Econômico - 04.12.2025)

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Artigo de Paula Chimenti e Thiago Felippe Ribeiro: “O Paradoxo Energético da IA”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Paula Chimenti(coordenadora do Centro de Estudos em Estratégia e Inovação (CEEI) do COPPEAD/UFRJ) e Thiago Felippe Ribeiro (global head of Energy na Siemens Software) tratam do aparente paradoxo levantado por Sam Altman, o alto custo energético até de interações educadas com a IA, para discutir como a inteligência artificial, embora aumente significativamente o consumo de eletricidade em data centers globalmente, também pode se tornar uma poderosa aceleradora da transição energética. Os autores mostram que grandes empresas de tecnologia já investem pesadamente em fontes renováveis, armazenamento e contratos de energia limpa para garantir operação estável e cumprir metas climáticas, ao mesmo tempo em que oferecem soluções de IA que ajudam outros setores a reduzir emissões e aumentar eficiência, como manutenção preditiva, detecção de vazamentos, descobertas de novos materiais e otimização energética. Assim, defendem que a IA não deve ser vista apenas como consumidora de energia, mas como motor de descarbonização, e que o verdadeiro dilema não é entre boas maneiras e sustentabilidade, mas entre reagir tardiamente ao aumento do consumo ou liderar a construção de uma infraestrutura energética mais limpa, inteligente e resiliente. (GESEL-IE-UFRJ – 05.12.2025)

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Energias Renováveis

Brasil vira 4º maior mercado solar

O Brasil consolidou-se como o 4º maior mercado de energia solar do mundo após adicionar 18,9 GW de potência fotovoltaica em 2024, ultrapassando 55 GW instalados e respondendo por 22,2% da matriz elétrica, segundo Solar Power Europe e Absolar. O avanço evitou 66,6 milhões de toneladas de CO₂ e ampliou a relevância da manutenção de inversores, equipamentos críticos para o desempenho dos sistemas fotovoltaicos. Bruno Bueno, CEO da Ozora Soluções, destaca que falhas por superaquecimento, sujeira, conexões frouxas e firmware desatualizado comprometem geração e segurança, tornando a manutenção preventiva essencial para prolongar a vida útil e reduzir perdas. Com 3 milhões de sistemas residenciais em operação e 20,8 GW instalados em GD, cresce a demanda por diagnóstico avançado, reparos em nível de componente e práticas alinhadas à economia circular, que evitam descartes prematuros e reduzem custos, reforçando a confiabilidade da energia solar no país. (Valor Econômico - 04.12.2025)

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Expansão da matriz elétrica brasileira em novembro foi 100% solar

O sol brilhou na expansão da matriz elétrica em novembro, de acordo com o Relatório de Acompanhamento da Expansão da Oferta de Geração de Energia Elétrica (Ralie) mantido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Todas as usinas que entraram em operação comercial no mês são solares fotovoltaicas, sendo quatro em Minas Gerais (176,40 MW) e uma no Ceará (9,82 MW). Segundo o estudo, de janeiro a novembro, a potência de geração de energia elétrica no Brasil foi ampliada em 6.751,03 megawatts, com 118 novas usinas. Além disso, ao longo do ano de 2025, 17 estados passaram a sediar novas usinas em operação. Por fim, o Brasil, em 1 de dezembro, somou 215.576,6 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL, desse total, 84,45% da potência instalada é de fonte renovável. (Aneel – 04.12.2025)

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Complexo solar SDB de 123 MW na Bahia tem operação comercial autorizada

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início de operação comercial, a partir de 3 de dezembro, das UG1 a UG31, das UFV SDB Solar 1, 2, 3 e 4, que juntas somam 123 MW de capacidade instalada. Os empreendimentos estão localizados no município de Morro do Chapéu, no estado da Bahia. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União do dia 4 de dezembro.(Agência CanalEnergia - 04.12.2025)

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Gás e Termelétricas

ONS poderá desligar térmicas inflexíveis se houver sobra de geração no país

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a metodologia proposta pelo ONS para identificar cenários de excedente energético e aplicar o mecanismo de redução da inflexibilidade de usinas termelétricas previsto na Portaria MME nº 115/2024. Na prática, o operador poderá reduzir o despacho de térmicas contratadas como inflexíveis quando houver sobra de energia no SIN, desde que isso não traga risco à segurança operativa nem aumente custos para o sistema. Um dos objetivos é aumentar a flexibilidade da operação e diminuir cortes de geração renovável, que vem sendo frequentemente “despachada para baixo” em momentos de carga baixa. A metodologia parte da análise do Custo Marginal de Operação (CMO): se o CMO se mantiver nulo ou muito próximo de zero nos modelos mensais e semanais, isso sinaliza oferta suficiente sem necessidade do despacho inflexível. Nesses cenários, as térmicas com contratos regulados poderão ofertar voluntariamente cortes de entrega, informando quanto podem reduzir, por quanto tempo (máximo de dois meses) e qual desconto aceitam na receita fixa. O ONS aceita as ofertas segundo ordem de mérito, priorizando as de menor custo para o sistema. Quando o CMO estiver acima do patamar de referência, o operador não poderá aceitar nenhuma oferta de redução. (Megawhat – 04.12.2025)

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Japão resiste à pressão para reduzir GNL russo por risco à segurança energética

Empresas de energia do Japão, que importam 9% de seu GNL do projeto russo Sakhalin-2, enfrentam crescente pressão internacional para reduzir a dependência da Rússia. A UE decidiu banir permanentemente o GNL russo até 2027, e os EUA, sob articulação de Donald Trump, vêm pedindo que aliados interrompam compras energéticas de Moscou, embora empresas japonesas tenham isenção temporária até dezembro. A primeira-ministra Sanae Takaichi afirma que cortar o fornecimento é difícil para a segurança energética, e executivos destacam o baixo custo, a estabilidade da produção e a proximidade logística de Sakhalin-2. Com contratos de longo prazo próximos do vencimento, decisões da Jera, a primeira a ter acordo expirando em 2026, devem influenciar outros importadores. Substituir o GNL russo elevaria custos para empresas e consumidores, sobretudo em regiões altamente dependentes. Diante de riscos geopolíticos e do esgotamento de campos na Austrália e no Sudeste Asiático, o Japão busca diversificar fornecedores enquanto a demanda global de GNL deve crescer 80% até 2040. (Valor Econômico - 05.12.2025)

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Biblioteca Virtual

SOARES, Fabio Rubens. “COP30 e o 'gás invisível': como medir e reduzir o metano dos resíduos sem perder o rumo”

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LISBOA, Alexandre Heringer. “Curtailment: o sapo que pode virar um príncipe”

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CHIMENTI, Paula; RIBEIRO, Thiago Felippe. “O Paradoxo Energético da IA”

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