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IFE
04/12/2025

IFE Diário 6.322

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
04/12/2025

IFE nº 6,322

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.322

Regulação

Aneel aprova agenda regulatória para biênio 2026-2027

A diretoria da Aneel aprovou a Agenda Regulatória para o biênio 2026-2027 com 59 atividades prioritárias. Entre os temas incluídos pela agência estão a regulamentação de dispositivos dasleis 15.235 e15.269/2025, resultantes da conversão da MP 1300 e MP 1304. Da lista de atividades, 32 tem previsão de normatização no ano que vem e as 27 restantes em 2027. Ao total a agenda consta com 91 temas estratégicos. Para o ano que vem está prevista a revisão do Preço de Liquidação das Diferenças e a modernização da estrutura tarifária para a tarifa horária da segmento de baixa tensão. E também a discussão sobre o plano e o mecanismo emergencial de cortes de geração de usinas do Tipo III. A proposta inicial de agenda regulatória continha 40 atividades prioritárias. Além disso, outras 23 para as Demais Atividades Regulatórias, que trata de temas não prioritários. Com a aprovação das MPs, a agência teve que agregar outros temas. Entre eles o teto de gastos da Conta de Desenvolvimento Energético, a avaliação da taxa de fiscalização para comercializadores, o rateio dos custos das usinas de Angra e outros itens previstos na lei resultante da MP 1304.(Agência CanalEnergia - 02.12.2025)

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Aneel define 59 ações prioritárias para 2026-2027, com foco em revisão do PLD e tarifas

A diretoria da Aneel aprovou a Agenda Regulatória para o biênio 2026-2027 com 59 atividades prioritárias. Entre os temas incluídos pela agência estão a regulamentação de dispositivos das leis 15.235 e 15.269/2025, resultantes da conversão da MP 1300 e MP 1304. Da lista de atividades, 32 têm previsão de normatização no ano que vem e as 27 restantes em 2027. Ao todo, a agenda consta com 91 temas estratégicos. Para o ano que vem, está prevista a revisão do Preço de Liquidação das Diferenças e a modernização da estrutura tarifária para a tarifa horária do segmento de baixa tensão. A proposta inicial continha 40 atividades prioritárias e outras 23 para as Demais Atividades Regulatórias, que tratam de temas não prioritários. Com isso, as atividades foram classificadas em quatro eixos temáticos: Geração & Mercado, Transmissão & Distribuição, Regulação Tarifária e Financeira e Eficiência Energética & Consumidor. Por fim, para os anos de 2026 e 2027, diversos temas que deverão ser protagonistas, dentro destes estão: Regulamentação do Decreto nº 11.314/2022, avaliação dos sistemas de medição para transição energética, aprimoramentos regulatórios relacionados a abertura de mercado e entre outros. (Agência CanalEnergia - 02.12.2025) 

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Resolução da Aneel cria figura do "posteiro" e permite cessão compulsória por mau desempenho

A Aneel aprovou, no dia 3 de dezembro, uma minuta de resolução conjunta sobre o compartilhamento de postes entre distribuidoras e prestadoras de serviços de telecomunicações. A norma que trata do reordenamento da ocupação do espaço na rede de distribuição promove alterações em relação à proposta aprovada em 2023 pela Anatel. A proposta da Agência obriga a cessão do serviço a um explorador comercial da infraestrutura, chamado de “posteiro”, sempre que houver interessados. No entanto, a regulamentação prevê que as agências poderão determinar a cessão compulsória em casos de mau desempenho das distribuidoras na prestação da atividade de compartilhamento. Outro destaque é que a norma da Aneel cria a possibilidade de que a distribuidora ceda a terceiros o direito de exploração comercial dos espaços em infraestrutura, por meio de contrato específico. Por fim, a resolução estabelece regras para identificação, regularização e fiscalização da ocupação do espaço de compartilhamento. E prevê que as prestadoras de serviços de telecom deverão identificar, em até 120 dias, os pontos de fixação nos postes utilizados até a publicação da resolução. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025) 

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CME aprova indexação de contratos de energia ao IPCA

A Comissão de Minas e Energia da Câmara aprovou a indexação dos futuros contratos de distribuição de energia ao IPCA, proposta defendida pelo relator Domingos Neto para uniformizar reajustes tarifários. Também avançaram projetos que incluem áreas comuns de condomínios de baixa renda na Tarifa Social e garantem participação de consumidores-geradores nos Conselhos de Consumidores. A CME ainda aprovou parecer de Gabriel Mota sobre mineração em fundos marinhos, mantendo o enquadramento pela Política Nacional do Meio Ambiente, e relatório de Max Lemos que cria restrições para nomeações e atividades posteriores de dirigentes da ANP. Pedidos de vista travaram a análise do projeto que altera o preço de referência do petróleo e de outro que inclui diesel e gasolina em novas incidências tributárias. (Agência Eixos – 03.12.2025)

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União terá que repassar R$ 19 mi de Belo Monte a indígenas

A União terá de repassar imediatamente R$ 19 milhões recebidos da Norte Energia a título de CFURH (compensação financeira pelo uso de recursos hídricos) às comunidades indígenas afetadas pela Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada em Altamira, no Pará. A determinação foi reafirmada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que ordenou que o montante seja transferido como incremento específico do Bolsa Família destinado aos povos do território atingido. A decisão ocorre no Mandado de Injunção 7.490, apresentado por associações indígenas do Xingu. Em março, Dino reconheceu omissão do Congresso na regulamentação de dispositivos constitucionais que garantem reparação e participação dos povos indígenas nos resultados da exploração de recursos em seus territórios. Ele havia fixado que 100% da CFURH recebida pela União de Belo Monte deveria ser repassada às comunidades afetadas. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)

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Artigo de Pedro Fornari: “Tecnologia, Clima e Regulação: o novo ponto de virada do setor elétrico brasileiro”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Pedro Fornari (engenheiro eletrônico, cofundador e CEO da Kartado) trata da Resolução Normativa ANEEL nº 1.137/2025 como um marco que exige das distribuidoras maior resiliência diante de eventos climáticos extremos, reforçando obrigações de manejo vegetal, integração com órgãos públicos, comunicação em tempo real e planos de contingência com compensações automáticas. O autor destaca que a rastreabilidade operacional e o cumprimento das novas exigências, como registros digitais de campo, histórico de poda, acionamento de equipes e atualizações rápidas aos consumidores, só serão possíveis com profunda digitalização e integração de dados. A norma, afirma, transforma prevenção, transparência e integração em premissas obrigatórias e cria oportunidade para que as distribuidoras convertam exigências regulatórias em eficiência, melhor atendimento e maior robustez do sistema frente às mudanças climáticas. (GESEL-IE-UFRJ – 03.12.2025)

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Transição Energética

Axia Energia: Investimento em H2V e UHE pautam agenda de modernização

A Axia Energia acelerou sua agenda de inovação em 2024, investindo R$ 600 milhões e estruturando três polos regionais focados em geração renovável e estável, manutenção avançada e hidrogênio verde (H2V). Entre as iniciativas, destaca-se uma planta piloto de 2 MW de H2V em operação em Itumbiara (GO), projetada para gerar curva de aprendizado e aplicações industriais futuras. A estratégia atual da companhia combina portfólio 100% renovável, transmissão robusta e soluções de descarbonização para clientes, deixando para trás a atuação com térmicas após a privatização. Segundo a vice-presidente de Governança, Riscos, Compliance e Sustentabilidade, Camila Gualda, a empresa entra num novo capítulo baseado em três pilares: descarbonização, transição energética e adaptação climática. Além do hidrogênio, a Axia pretende extrair mais valor de seu parque hídrico existente, com upgrades operacionais e técnicos em usinas maduras. A lógica é usar inovação para dar previsibilidade e eficiência a ativos já operacionais, ao mesmo tempo em que testa tecnologias emergentes como o H2V em escala piloto antes de um roll-out maior. (Megawhat – 02.12.2025)


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Editorial Valor Econômico: “Trump quer rebaixar meta de economia de gasolina estabelecida por Biden”

O editorial publicado pelo Valor Econômico trata da decisão do governo Donald Trump de reduzir drasticamente os padrões de economia de combustível para carros novos, revertendo metas mais rígidas estabelecidas por Joe Biden e facilitando a permanência e a venda de veículos a gasolina. A NHTSA aprovou para 2031 um consumo máximo de 14,64 km/l, muito abaixo dos 21,4 km/l previstos anteriormente, o que diminui a pressão por veículos elétricos e deve gerar economias bilionárias às montadoras, estimadas em US$ 35 bilhões até 2031. A proposta também elimina negociações de créditos ambientais e subsídios ligados à eficiência energética. A medida gerou críticas, como as do governador da Califórnia, que alerta para maiores gastos com combustível e piora da poluição, enquanto executivos de grandes montadoras celebraram maior flexibilidade e “acessibilidade” ao consumidor. (GESEL-IE-UFRJ – 03.12.2025)

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Artigo de Laercio Aniceto Silva: “Brasil na vanguarda da transição energética global”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Laercio Aniceto Silva (superintendente de negócios da Fundação CERTI) trata do papel estratégico que a COP 30 em Belém conferiu ao debate sobre sustentabilidade e transição energética no Brasil, destacando que o tema tornou-se central para o desenvolvimento econômico, climático e competitivo do país. Ele descreve a transição energética como um processo sistêmico guiado pelos “4Ds”, descarbonização, digitalização, descentralização e democratização, e observa que, embora o Brasil possua matriz elétrica majoritariamente renovável e vasto potencial solar e eólico, ainda enfrenta desafios como dependência de térmicas, limites na transmissão, expansão da demanda e falta de infraestrutura para mobilidade elétrica. O autor defende fortalecer cadeias produtivas nacionais, qualificar mão de obra e integrar políticas públicas, inovação e planejamento de longo prazo para que o país exerça liderança global em energia limpa, incluindo hidrogênio verde, bioenergia e exportação de energia sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 04.12.2025)

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WEF: Economia verde deve passar dos US$ 7 trilhões anuais nesta década

O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) divulgou uma Pesquisa na qual mostra que empresas de diversos setores estão se beneficiando do crescimento da economia verde. O Boston Consulting participou da elaboração do relatório intitulado “Um Mercado Multibilionário: Um Guia para CEOs sobre o Crescimento na Economia Verde”. A publicação revela que a economia verde já atingiu US$ 5 trilhões por ano e está a caminho de ultrapassar US$ 7 trilhões nesta década. A COP 30 lançou plataforma para impulsionar a economia verde em micro e pequenas empresas. A pesquisa indica que o investimento em tecnologias verdes continua a atingir níveis recordes, apesar da incerteza econômica e das mudanças ambientais. Segundo o relatório, a economia verde é um dos setores de crescimento mais rápido do mundo. O setor de tecnologia é o único que está à frente. Além disso, o relatório destaca as vantagens desfrutadas por muitas empresas que adotam soluções limpas. (Agência CanalEnergia - 02.12.2025)

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Empresas

Senado aprova realocação de trabalhadores de elétricas privatizadas

Os trabalhadores de estatais do setor elétrico privatizadas poderão ser realocados em outras empresas públicas caso o PL 1.791/2019 seja sancionado. A proposta foi aprovada pelo Senado em 2 de dezembro. O texto, de autoria do deputado Assis Carvalho, altera a Lei 12.783/2013 para tornar obrigatório o aproveitamento desses funcionários, sempre com atribuições e salários compatíveis, quando não houver opção de permanência na empresa privatizada. O relator Sérgio Petecão destacou que, embora a privatização possa gerar ganhos de eficiência, também provoca impactos sociais relevantes, como demissões, que precisam ser mitigados. Ele lembrou que, após a privatização da Eletrobras, 3.614 trabalhadores foram desligados até 2023, a maioria com mais de 50 anos, faixa etária com maior dificuldade de recolocação. O projeto agora segue para sanção presidencial. (Agência Senado – 02.12.2025)


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Cemig prevê indenização de até R$ 1,25 bi a participantes do PSI

A Cemig informou que o TRT da 3ª Região homologou novo acordo com sindicatos de empregados, aposentados e pensionistas no dissídio coletivo sobre o plano de saúde. Somado ao acordo anterior já homologado, o entendimento prevê indenização compensatória de até R$ 1,25 bilhão, paga em seis parcelas até 2030, beneficiando 15.496 participantes do plano PSI. Os acordos viabilizam a migração desse grupo para novos planos e estabelecem o fim do patrocínio da Cemig ao PSI em 31 de dezembro de 2025. O acordo, de natureza resolutiva, abrange os representados das entidades sindicais signatárias, entre elas Sindieletro, Senge, Sintec, o Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora e a associação de aposentados AEA. (Valor Econômico - 03.12.2025)

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Engie: Divulgação das propostas escolhidos em edital de conservação da água

A Engie Brasil selecionou cinco iniciativas no 1º Edital de Uso e Conservação da Água, que destinará R$ 75 mil a ações de proteção hídrica no Nordeste, com R$ 15 mil por projeto. Foram inscritas 31 propostas. Na Bahia, foram escolhidos o Barreiras Verdes, voltado ao controle de erosão em corpos hídricos de cinco municípios, e o Do Céu à Torneira, que incentiva o uso de água da chuva em Umburanas. No Ceará, o Corredores Hídricos do Litoral Cearense apoiará a proteção e recuperação de nascentes em Aquiraz e Trairi. No Rio Grande do Norte, Açu receberá duas iniciativas: o Projeto + Verde, de recuperação de nascentes, e o Reuso Rural, que promove soluções de reaproveitamento de água. Segundo a Engie, o edital reforça ações locais para melhoria ambiental nas áreas de atuação da empresa. (Agência CanalEnergia - 02.12.2025)


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Engie: Anúncio de pagamento de dividendos de R$ 719 mi

A Engie anunciou que irá efetuar o pagamento de dividendos intercalares relativos ao primeiro semestre de 2025 no dia 23 de dezembro. O valor total é de R$ 719 milhões, o que corresponde a R$ 0,88 por ação. Vale lembrar que a companhia encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro de R$ 738 milhões. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)


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Copel: Conclusão da ampliação da SE Umuarama Sul

A Copel concluiu a ampliação da Subestação Umuarama Sul, no Noroeste do Paraná, com a entrada em operação de um novo transformador que elevou a capacidade de 300 para 450 MVA. O investimento de R$ 36 milhões garante atendimento ao crescimento da demanda nos próximos anos e beneficia cerca de 280 mil moradores, além de reforçar a segurança da rede que abastece a região e parte do Oeste. A unidade é conectada às SEs Cascavel Norte e Guaíra por linhas de 230 kV, aumentando a estabilidade do sistema. As obras, iniciadas em agosto de 2024, foram concluídas no prazo estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Copel também energizou um novo trecho de transmissão que dividiu o circuito entre Cascavel e Salto Osório e criou uma conexão com a SE Foz do Chopim, em Quedas do Iguaçu, etapa finalizada quatro meses antes do prazo regulatório. (Agência CanalEnergia - 02.12.2025)


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Armor Energia: Nomeação de novo sócio e diretor comercial

A Armor Energia anunciou a nomeação de Thiago Oliveira como novo sócio e diretor comercial. Formado em Engenharia de Produção, com pós-graduação em Finanças e Economia e MBA em Administração de Negócios do Setor Elétrico, ele traz mais de 15 anos de experiência no setor, com passagem por Newave, Ecom, Comerc, GV Energy e Enel Brasil, atuando em comercialização, expansão de carteira, consultoria e projetos de eficiência e renováveis. Oliveira passa a integrar o grupo de cinco sócios que lideram a empresa, ao lado de Fred Menezes (Comercialização), Marcos Ávila (Financeiro e Operações), Lucas Kok (Inteligência de Mercado) e Luiz Curado (Novos Negócios) — com foco em ampliar a atuação da Armor e impulsionar a transição energética no país. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)


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Energisa: Lançamento de plataforma para projetos de flexibilidade da rede em 2026

O grupo Energisa informou que lançará em janeiro de 2026 o edital do Energisa FlexLab, uma plataforma de inovação aberta voltada a projetos de flexibilidade da rede elétrica. A chamada pública será direcionada a indústrias, startups, universidades e outros agentes interessados em desenvolver soluções capazes de responder rapidamente às variações de oferta e demanda de energia. Segundo a companhia, o objetivo é impulsionar modelos como virtual power plants (VPPs), que agregam pequenos recursos energéticos distribuídos para equilibrar o sistema, além de aplicações com inteligência artificial para resposta à demanda, gestão inteligente de cargas e armazenamento. A cada rodada, a Energisa espera selecionar de cinco a dez projetos, sem restringir o formato da entrega: podem ser produtos, serviços, novos modelos tarifários ou mesmo modelos de negócio inovadores. O investimento dependerá do portfólio aprovado, mas a empresa indica que poderá usar recursos de P&D regulados para viabilizar parte das iniciativas. A ideia é testar as soluções em ambiente real do grupo, criando um pipeline de tecnologias e modelos que possam ser escalados depois como novos serviços de flexibilidade. (Megawhat – 02.12.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Consumo de energia cai 1,7% no Brasil, aponta CCEE

O Brasil consumiu 70,4 MW médios de energia em outubro, o que representa queda de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a CCEE. No mercado regulado, onde os consumidores não escolhem o fornecedor, o consumo foi de 40,1 MW médios, recuo de 1,9%; já no mercado livre, em que há liberdade de contratação, o consumo foi de 30,2 MW médios, retração de 1,4%.Entre as unidades da federação, Rondônia liderou a redução de carga (-9,4%), seguida por Mato Grosso do Sul (-8,6%) e Rio de Janeiro (-8,2%); ao todo, 20 estados consumiram menos energia do que em outubro de 2024. Em sentido oposto, Acre (+6,4%), Pará (+5,8%) e Maranhão (+4,7%) registraram crescimento de consumo, indicando dinâmicas regionais distintas. Na análise por setores, veículos (-9,9%), telecomunicações (-7,6%) e serviços (-7,2%) tiveram as maiores quedas, refletindo provável desaceleração de atividade econômica nesses segmentos. Já extração de minerais metálicos (+7,5%), saneamento (+2,2%) e manufaturados diversos (+1%) apresentaram expansão, sugerindo resiliência em cadeias ligadas à mineração, infraestrutura e indústria leve. (Megawhat – 03.12.2025)

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Região SE/CO opera com 41,1% da capacidade

O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve queda de 0,2 ponto percentual e a capacidade está em 41,1% na última terça-feira, 02 de dezembro, se comparado ao dia anterior, segundo oboletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada mostra 84.119 MW mês e a ENA é de 20.660 MW med, valor que corresponde a 41% da MLT. Furnas admite 29,82% e a usina de Nova Ponte marca 33,4% A Região Sul teve redução de 1 p.p e está operando com 86,4% da capacidade. A energia armazenada marca 17.678 MW mês e ENA é de 5.299 MW med, equivalente a 60% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 88,22% e 92,45% respectivamente. Os reservatórios do Norte tiveram diminuição de 0,6 p.p e estão com 57,5% da capacidade. A energia armazenada marca 8.797 MW mês e ENA é de 2.517 MW med, equivalente a 30% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 34,02%. A RegiãoNordeste baixou 0,1 p.p e operava com 44,8% da sua capacidade. A energia armazenada indica 23.141 MW mês e a energia natural afluente computa 2.455 MW med, correspondendo a 25% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 41,18%.(Agência CanalEnergia - 03.12.2025)

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Promessas de economia de energia de 50% escondem riscos

O mercado de dispositivos que prometem economizar energia elétrica tem crescido rapidamente. São promessas de reduções de consumo de até 50%. No entanto, essas soluções, muitas vezes apresentadas como milagrosas, carecem de comprovação técnica e podem representar riscos significativos para os consumidores. Aeficiência energética em instalações elétricas depende de projetos bem planejados, baseados em normas técnicas nacionais e internacionais. Esses projetos garantem energia de qualidade, confiável e segura, protegendo pessoas, equipamentos e sistemas. Medidas podem reduzir o consumo de energia entre 5% e 20% quando aplicadas corretamente. Nesse conjunto de ações estão a substituição de equipamentos por modelos mais eficientes, automação de processos, correção do fator de potência e uso de sistemas de proteção. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)

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Inovação Tecnológica

TikTok investirá mais de R$ 200 bi em data center no Ceará

O TikTok oficializou a construção de seu primeiro data center na América Latina, que será instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no estado do Ceará. O início das operações está previsto para 2027, marcando um marco significativo na expansão da infraestrutura tecnológica da empresa na região. O projeto, cujo desenvolvimento já era comentado anteriormente, agora ganha oficialidade e contará com a parceria da Omnia, operadora de data centers pertencente ao grupo Pátria Investimentos, e da Casa dos Ventos, empresa especializada em energia renovável. Essa aliança estratégica combina expertise em tecnologia, operação de data centers e sustentabilidade energética. O investimento total estimado para a implementação e desenvolvimento do data center ultrapassa R$ 200 bilhões, distribuídos ao longo das próximas décadas. Deste montante, aproximadamente R$ 108 bilhões serão destinados à aquisição de equipamentos de processamento de dados até 2035, com aportes adicionais previstos para melhorias tecnológicas na década seguinte. Por fim, a geração de energia renovável para o data center será fornecida pela Casa dos Ventos e o projeto possui a expectativa de gerar em sua fase inicial mais de 4.000 empregos. ( BroadcastEnergia - 03.12.2025)

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Artigo de Carlos Américo Pacheco, Alexandre Freire e Glauco Arbix: “Uma IA responsável não emergirá de forma automática”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Carlos Américo Pacheco (ex-reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)), Alexandre Freire (Diretor Sênior de Engenharia de Privacidade, Segurança e Proteção aos Usuários do Google) e Glauco Arbix (ex-presidente do Ipea e da Finep) tratam da expansão acelerada da inteligência artificial como tecnologia de propósito geral capaz de remodelar atividades humanas, impulsionar ciência e abrir novas oportunidades para países como o Brasil. Eles destacam que a crescente corrida global por talentos e investimentos torna urgente desenvolver uma IA responsável, transparente e inclusiva. Nesse contexto, USP e Google criaram a Cátedra IA Responsável para gerar conhecimento, formar profissionais, apoiar políticas públicas e mitigar riscos éticos, como vieses e desinformação. A iniciativa busca fortalecer um ecossistema nacional de IA, promover intercâmbio internacional, estimular inovação com segurança e apoiar o país na construção de uma mentalidade cooperativa e regulatória capaz de aproveitar as janelas de oportunidade e elevar o Brasil a um patamar tecnológico mais avançado. (GESEL-IE-UFRJ – 02.12.2025)

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Energias Renováveis

Aneel reduz referência de O&M para usinas fotovoltaicas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (2/12), a atualização do valor de referência para o Custo de Operação e Manutenção (O&M) de centrais geradoras fotovoltaicas, utilizado para fins de reembolso pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) em sistemas isolados. A decisão é resultado da Consulta Pública (CP) 36/2024, que contou com ampla participação de agentes do setor, associações e consumidores. Ao todo, foram recebidas 41 contribuições de 15 entidades, incluindo distribuidoras, conselhos de consumidores e associações representativas. Após análise técnica detalhada, que considerou dados atualizados enviados pelas distribuidoras sobre os custos de operação e manutenção dos Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFIs) e dos Microssistemas Isolados de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDIs), a Aneeldefiniu o novo valor de referência em R$ 9.233,09/MWh (base setembro/2025). O valor anterior, vigente em junho de 2025, era de R$ 11.267,89/MWh, representando uma redução de aproximadamente 21,9%, alinhando-se à tendência de queda dos custos de implantação e manutenção da tecnologia solar fotovoltaica. (Aneel – 02.12.2025)

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3tentos investe R$ 1,15 bi em usina de etanol de milho no Pará

A 3tentos anunciou um investimento de R$ 1,15 bilhão para construir uma usina de etanol de milho no Pará, impulsionada pelo avanço da agricultura no Estado. A obra deve ser concluída no segundo semestre de 2028 e integra o pacote de investimentos iniciado em 2024, que agora totaliza R$ 2,6 bilhões. Com a expansão industrial e logística, a companhia projeta elevar sua receita de R$ 12 bilhões em 2024 para R$ 50 bilhões em 2032. O mercado reagiu positivamente ao plano, e as ações da empresa fecharam em alta de 6,21%. (Valor Econômico - 04.12.2025)

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Mercado Livre de Energia Elétrica

Abraceel: Consumidores varejistas representam 46% do ACL

A participação dos consumidores varejistas no mercado livre de energia vem avançando rapidamente e quadruplicou desde janeiro de 2024, após a entrada em vigor da Portaria 50/2022. Segundo o Boletim da Energia Livre da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em setembro havia 37.281 consumidores atendidos por varejistas. Isso corresponde a 46% dos 81.832 que estão no mercado livre, ante apenas 11% no início do ano. Nessa modalidade, comercializadores ou geradores representam os consumidores na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), assumindo desde a compra de energia até a oferta de produtos customizados e o recolhimento de encargos e tributos. A Abraceel ressalta que os varejistas terão papel central na expansão do mercado livre, sobretudo diante do cronograma da Lei 15.269/2025, que prevê a abertura total do mercado para todos os consumidores em até 36 meses. (Agência CanalEnergia - 02.12.2025)


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Gold Energia: Recurso à revogação da licença de comercialização é negado

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou o recurso da Gold Energia e manteve a revogação da autorização para atuar como comercializadora de energia. A decisão também confirma o envio do caso à Procuradoria Federal junto à Aneel, que poderá ajuizar ação civil pública para buscar ressarcimento de danos causados aos consumidores, incluindo custos estimados em cerca de R$ 300 milhões no mercado regulado. A agência atribui a crise da empresa à assunção de riscos acima de sua capacidade financeira, com inadimplência sistemática, rescisão unilateral de contratos bilaterais sem aval da Aneel e descumprimento das obrigações de entrega. O processo mostra exposição negativa superior a R$ 220 milhões projetada entre maio e novembro de 2025. A Gold, no recurso, argumentou que foi atingida por uma “tempestade perfeita” de fatores exógenos — seca, queimadas, volatilidade extrema do PLD e falhas de modelos do Operador Nacional do Sistema (ONS) — e sustenta que atuou para renegociar contratos e mitigar efeitos. A decisão, porém, concluiu que não houve novos elementos que justifiquem reverter a penalidade. (Megawhat – 02.12.2025)


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Biblioteca Virtual

FORNARI, Pedro.“Tecnologia, Clima e Regulação: o novo ponto de virada do setor elétrico brasileiro”

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SILVA, Laercio Aniceto Silva.“Brasil na vanguarda da transição energética global”

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PACHECO, Carlos Américo; FREIRE, Alexandre; ARBIX, Glauco. “Uma IA responsável não emergirá de forma automática”

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Mobilidade Elétrica

Bright Consulting: Participação de VEs no mercado de veículos leves chega a 11%

Os veículos eletrificados somaram 24.893 unidades em novembro de 2025, alta de 46,6% ante novembro de 2024, mas queda de 7% frente a outubro, segundo a Bright Consulting. O mercado total de veículos leves registrou 226,4 mil emplacamentos, recuos de 8,8% no mês e 6% em 12 meses. A participação dos eletrificados ficou perto de 11%, acima dos 10,8% de outubro e dos 7% de um ano antes. No acumulado de 2025, são 238,2 mil unidades (+54,8%), equivalentes a 10,5% do mercado. Os modelos híbridos plug-in (PHEVs) lideram, com 8.159 e 32,8% do total. Em seguida, vêm os elétricos a bateria (BEVs), com 7.785 unidades e 31,3% de participação); os híbridos leves (MHEVs), com 4.838 unidades e fatia de 19,4%; e os elétricos híbridos (HEVs) somam 4.111 unidades ou 16% do total. Quanto às marcas, o BYD Dolphin Mini domina entre os BEVs, respondendo por 37% das vendas, e o BYD Song Plus entre os PHEVs, com 30,7%. Já o Fiat Fastback lidera os MHEVs (36,3%) e o Toyota Corolla Cross os HEVs (28,9%). As marcas chinesas chegaram a 10,8% de participação, ligeiramente acima de outubro. (Agência CanalEnergia - 03.12.2025)

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