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IFE
02/12/2025

IFE Diário 6.320

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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02/12/2025

IFE nº 6,320

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.320

Regulação

Aneel anuncia bandeira tarifária amarela em dezembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anuncia no dia 28 de novembro que a bandeira tarifária passou da vermelha patamar 1 em novembro para amarela em dezembro. Isso significa que o consumidor deixa de pagar R$ 4,46 a cada 100 KW/h consumidos e passa a pagar R$ 1,885 a cada 100 KW/h consumidos. Com a entrada do período chuvoso no país, a previsão de chuvas para dezembro é superior às chuvas que ocorreram em novembro, na maior parte do país. Contudo, essa expectativa de chuvas está, em geral, abaixo da sua média histórica para esse mês do ano. Diante de condições de geração de energia um pouco mais favoráveis, foi possível mudar da bandeira vermelha patamar 1 para amarela. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda. Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. A Aneel reforça a importância do uso responsável da energia elétrica, que evita desperdícios e contribui com a sustentabilidade do setor elétrico. (Aneel – 28.11.2025)

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Aneel retoma debate sobre novas regras de compartilhamento de postes

A Aneel volta a discutir as regras de compartilhamento de infraestrutura entre distribuidoras de energia e empresas de telecomunicações, tema que há anos enfrenta impasse por falta de consenso com a Anatel e entre os agentes dos dois setores. A controvérsia central envolve a criação do “posteiro”, responsável pela comercialização dos espaços nos postes, cuja adoção compulsória enfrenta resistência no setor elétrico. Um decreto recente determinou a cessão do espaço a pessoa jurídica distinta, mas deixou dúvidas sobre o modelo de exploração, levando a Procuradoria da Aneel a concluir que as agências ainda têm autonomia para defini-lo conjuntamente. A Anatel, porém, entende que o decreto torna a cessão obrigatória. Enquanto agentes tentam construir uma proposta de consenso e pedem mais tempo para negociação com a Abradee, especialistas alertam que soluções desalinhadas entre as agências podem prejudicar a eficácia da regulamentação e ampliar o atraso na organização das redes. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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TCU aponta falhas persistentes e recomenda que Aneel avalie intervenção na Enel SP

O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que a Enel São Paulo não comprovou ter solucionado de forma definitiva as falhas que causaram sucessivos apagões entre 2023 e 2025 e recomendou que a Aneel avalie intervenção administrativa e até a caducidade da concessão. Apesar de indicadores globais de continuidade terem melhorado, o tribunal destaca piora em outros índices e uma “conduta reiterada” de prestação insatisfatória, mesmo após anos de multas e planos de resultados, a maioria das penalidades, superiores a R$ 320 milhões, segue judicializada. Os blecautes de 2023 e 2024, que afetaram milhões e geraram prejuízos bilionários, motivaram o Termo de Intimação que pode levar à caducidade. A Aneel reconheceu que as ações emergenciais da Enel, implementadas no período seco, não garantem correções estruturais e propôs estender a fiscalização até 2026. O TCU considera prematuro discutir prorrogação da concessão e afirma que só um novo ciclo chuvoso sem apagões poderá comprovar a regularização. A Enel alega cumprir obrigações e afirma ter melhorado indicadores de atendimento e modernização da rede. (Valor Econômico - 01.12.2025)

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Transição Energética

COP30 impulsiona marco inicial do mercado global de carbono

A COP30 marcou o início da implementação do mercado global de carbono, concentrando negociações em metodologias, integridade e verificação do Artigo 6 do Acordo de Paris. O Brasil ganhou destaque ao liderar a Coalizão Aberta de Mercados Regulados, que reúne 19 países, incluindo China, UE e Canadá, para harmonizar padrões de MRV e reduzir a fragmentação entre sistemas de precificação. Especialistas afirmam que o pós-COP será decisivo para definir regras mínimas e garantir credibilidade, já que travas técnicas do Artigo 6 permanecem. O avanço pressiona o Brasil a regulamentar rapidamente o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), cuja implementação pode movimentar mais de R$ 100 bilhões até 2050. Empresas pedem previsibilidade e regras robustas de MRV e adicionalidade para evitar greenwashing. A convergência regulatória também busca mitigar tensões comerciais, como o CBAM europeu, e reforçar a competitividade de setores intensivos em carbono. Para analistas, o Brasil tem potencial para liderar soluções climáticas, desde que ofereça segurança jurídica e infraestrutura de mercado. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Financiamento climático cresce menos que o esperado e expõe lacunas da COP

A COP30 terminou com avanços modestos em financiamento climático, concentrados na adaptação, enquanto a mitigação ficou sem progresso. O principal texto da conferência estabeleceu a meta de triplicar, até 2035, os recursos para adaptação a US$ 120 bilhões anuais, avanço considerado tímido por especialistas, que esperavam atingir o valor até 2030. Ainda assim, o compromisso foi visto como positivo por evitar um vazio pós-2025, quando expira a meta da COP26. Também foram aprovadas diretrizes para o Fundo de Perdas e Danos, com edital inicial de US$ 250 milhões, e novos indicadores globais de adaptação (GGA). No entanto, persistem grandes lacunas: o financiamento para mitigação, crucial para limitar o aquecimento a 1,5°C, não avançou, e a mobilização trilionária sugerida no roteiro Baku–Belém segue distante. Especialistas apontam entraves geopolíticos, falta de liderança dos países ricos e desafios para estruturar mecanismos de financiamento em escala adequada. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Porto do Açu quadruplica área para H2V

O Porto do Açu quadruplicou a área destinada a projetos de hidrogênio verde (H₂V), passando de 1 milhão para 4,2 milhões de m² licenciados exclusivamente para novas plantas da molécula e derivados, devido à forte demanda. Segundo Rogério Zampronha, presidente da Prumo Logística (controladora do porto), a primeira área, prevista para ser alugada em até três anos, foi totalmente contratada em apenas oito meses. Cerca de 30% da nova área já está comprometida em contratos vinculantes, com locatários já pagando pela ocupação. O plano é abrigar ali duas plantas de amônia verde, uma de e-metanol, duas de SAF (combustível sustentável de aviação) e uma unidade de Bio GNL produzido a partir de biometano, em parceria com a Geo Bio Gas & Carbon. Entre os fatores que atraem projetos, Zampronha cita a alta disponibilidade de água e biomassa na região, além do intenso fluxo de navios, que podem passar a ser abastecidos com esses novos combustíveis com pouca modificação de motorização. Em paralelo, o Porto do Açu vive um ciclo forte de crescimento: em 2025, destaca-se a entrada em operação da térmica GNA II (1,7 GW), a existência de mais 3,4 GW licenciados e o uso ocioso da FSRU de GNL, além da previsão de aumento do fluxo de cargas de 80 milhões de toneladas em 2024 para até 100 milhões em 2026 – hoje, cerca de 6% do PIB brasileiro passa pelo porto. (Megawhat – 01.12.2025)

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BP desiste do projeto H2Teesside após conflito de uso de área com data center

A BP decidiu abandonar o projeto H2Teesside, que previa a construção de um grande centro de hidrogênio azul no norte da Inglaterra, após a aprovação de um data center no mesmo terreno, criando conflito de uso da área. O pedido de autorização foi retirado depois de atrasos na decisão do governo britânico e do apoio local ao empreendimento concorrente. Anunciado em 2021, o projeto buscava produzir 1,2 GW de hidrogênio — 10% da meta nacional para 2030, com captura e armazenamento de carbono, mas sua desistência ocorre em meio ao recuo estratégico da BP em investimentos de transição energética e ao retorno a petróleo e gás para atrair investidores. A empresa afirma que seguirá com outros projetos de descarbonização em Teesside, como a Net Zero Teesside Power e a Northern Endurance Partnership. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Coniben 2025: Brasil pode viver guerra entre GD e GC se não integrar recursos

Em painel muito aplaudido no Coniben 2025, o ex-ministro de Energia e Ambiente de Portugal, João Galamba, alertou que o Brasil pode enfrentar uma “guerra civil” entre geração distribuída (GD) e geração centralizada (GC) se insistir em operar o sistema de forma excessivamente centralizada. Ele argumenta que a expansão da GD, do armazenamento em baterias e da digitalização transforma o setor em um sistema bidirecional, que exige integração completa entre microgeração, grandes usinas e redes, sob forte coordenação regulatória. Na Europa, diz, a resposta foi reorganizar o setor com foco em redes e na digitalização, sem abandonar novos investimentos em geração, mas dando mais peso à infraestrutura de transmissão e distribuição. Galamba elogia o Brasil por ter instituições unificadas e robustas (ONS e Aneel), mas critica o ritmo lento de adaptação e a ideia de contratar baterias para operação totalmente centralizada, o que “nega as virtudes das baterias”, que deveriam ser flexíveis e descentralizadas. Ele defende mercados eficientes e um mercado diário para reduzir conflitos e lidar com curtailment, integrando todos os recursos sob o mesmo “guarda-chuva” operacional. A fala dialoga com dados apresentados por Gustavo Ataíde (MME), que projeta forte crescimento da carga impulsionado por hidrogênio verde, industrialização, veículos elétricos e data centers, com rampas de até 50 GW até o fim da década, o que exige flexibilidade, armazenamento e redes robustas, além de leilões de capacidade e de baterias bem desenhados para fortalecer os pontos mais frágeis do sistema. (Megawhat – 01.12.2025)

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Empresas

Petrobras: Plano 2026-2030 foca em bioprodutos e renováveis ficam no fim da fila

A Petrobras ampliará o foco em bioprodutos dentro de seu Plano de Negócios 2026–2030, destinando US$ 9 bilhões à área de Gás e Energia de Baixo Carbono, com prioridade para etanol, biodiesel, biometano, diesel-R, SAF e biobunker, segmentos que oferecem maior sinergia com as operações atuais. Eólicas e solares, todavia, que nos últimos anos estavam no radar da empresa, vão para o fim da fila. Segundo a diretora Angélica Laureano, o excesso de oferta de energia renovável levou à redução da meta de capacidade solar e eólica de 4,7 GW para 1,7 GW até 2030, empurrando esses investimentos para o fim do cronograma. Ainda assim, a Petrobras prevê projetos solares voltados à autoprodução entre 2026 e 2027, suficientes para suprir as refinarias Reduc e Regap, liberando gás natural para o mercado. A presidente Magda Chambriard declarou que o curtailment e a sobreoferta desestimulam novos projetos renováveis. No plano, também ganha destaque a estratégia comercial para atender consumidores do mercado livre, como data centers e indústrias. A diretora também ressaltou que o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), previsto para março de 2026, será determinante para viabilizar investimentos. (Agência CanalEnergia - 28.11.2025)


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AXIA Energia acelera descarbonização e alcança geração 100% renovável

A AXIA Energia reafirmou o compromisso de zerar emissões até 2030, antecipando em duas décadas a meta global do Acordo de Paris. Em 2025, a empresa acelerou essa agenda ao atingir geração 100% renovável após concluir a venda de 12 usinas térmicas, incluindo seu último ativo a carvão, tornando-se a maior geradora renovável do Hemisfério Sul. Hoje responde por 17% da capacidade elétrica do país e 37% das linhas de transmissão, com 81 usinas hidrelétricas, eólicas e solar. Desde 2021, já emitiu 26 milhões de certificados de energia renovável e atua em reflorestamento, hidrogênio verde e projetos ambientais monitorados por um Comitê de Sustentabilidade. A mudança de marca para AXIA Energia marcou sua fase mais tecnológica e climática. Entre as iniciativas, destaca-se a parceria com o Flamengo para neutralizar o consumo de energia da sede do clube. Com metas ambiciosas e portfólio renovável, a empresa avança na transição energética que busca concluir até 2030. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Cemig: Início da construção da SE entre Rios de Minas 1

A Cemig iniciou em novembro a construção da subestação Entre Rios de Minas 1, que terá 15 MVA de potência. Com investimento de R$ 43 milhões, a obra inclui ainda uma linha de distribuição metálica de 138 kV com 25 km ligando o novo empreendimento à SE Conselheiro Lafaiete 1. A nova estrutura atenderá 24 mil clientes de Entre Rios de Minas, Casa Grande, Lagoa Dourada e Resende Costa, beneficiando cerca de 40 mil pessoas com mais qualidade e disponibilidade de energia. Segundo a empresa, o projeto integra o Programa Mais Energia, que prevê 200 novas subestações até 2027 para ampliar a oferta elétrica e impulsionar o desenvolvimento regional. Em 2025, a região da Mantiqueira receberá sete novas unidades, dentro de um pacote de investimentos de aproximadamente R$ 550 milhões no ano. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025)

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Apuração sobre refinanciamentos rejeitados leva caso da Enel Rio à CVM

A Aneel determinou que a Enel Distribuição Rio entregue detalhes sobre seus contratos de empréstimos intragrupo, no âmbito de uma apuração da SFF sobre possíveis operações realizadas sem autorização prévia, em desacordo com a Resolução 948/2021. A investigação ganhou força após indícios de irregularidades identificados pelo diretor Fernando Mosna, especialmente em pedidos de refinanciamento feitos pela empresa em 2023 e rejeitados pela área técnica em 2024 por excesso de endividamento. A Enel Rio converteu parte dos mútuos em capital, reduzindo o saldo para R$ 4,36 bilhões, mas teve recursos negados e o caso foi encaminhado à CVM por possível inconsistência em informações ao mercado. A distribuidora, que afirma ter a menor alavancagem entre grandes empresas do setor, defende que buscava apenas prorrogar dívidas internas em condições mais vantajosas. A Aneel agora apura se houve prorrogações não autorizadas e se os contratos seguem os termos aprovados, exigindo documentos até dezembro. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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CPFL: Alteração de controle acionário na CPFL Transmissão é aprovado

A CPFL Energia informou que seu Conselho de Administração aprovou a reestruturação do controle acionário da CPFL Transmissão. O processo será por meio de aporte de capital da holding e da conversão das ações ordinárias da CPFL Brasil em preferenciais. Como a CPFL Brasil é subsidiária integral, não haverá impacto patrimonial para a CPFL Energia: o investimento já está refletido no patrimônio da transmissora. Segundo a empresa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já aprovou a mudança, que ainda depende de deliberação da Assembleia da CPFL Transmissão até 31 de dezembro de 2025. A companhia explica que a operação tem como objetivo simplificar a estrutura societária, reduzir custos e tornar o grupo mais eficiente, sem gerar riscos adicionais ou aumento de exposição para as empresas envolvidas. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025)


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Neoenergia Elektro: Energização da SE Brasilândia 02 e LT no MS

A Neoenergia Elektro anunciou a conclusão da energização da Subestação Brasilândia 02 e de uma nova linha de transmissão de 38 km, em investimento de R$ 105 milhões que reforça o sistema elétrico do Mato Grosso do Sul. A infraestrutura acrescenta 37,5 MVA à oferta de energia para Brasilândia e Santa Rita do Pardo, beneficiando mais de 18 mil pessoas. Totalmente automatizada e operada remotamente pelo Centro de Operações Integradas em Campinas (SP), a unidade aumenta a flexibilidade e a confiabilidade do fornecimento, especialmente em contingências climáticas. Segundo a empresa, o projeto adotou técnicas sustentáveis de construção e integra o plano de negócios até 2028, que prevê 12 novas subestações em SP e MS, com aumento de 10% na capacidade da rede. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025)


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Neoenergia destaca avanços em financiamento sustentável

A COP30 em Belém consolidou a meta global de mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 para acelerar a transição energética, e a Neoenergia apresentou ações alinhadas a esse compromisso. A empresa já estrutura 58% de sua dívida em financiamentos verdes e metas de descarbonização, com destaque para contratos com IFC e BEI voltados à modernização de redes na Bahia. Em 2025, investiu cerca de R$ 260 milhões em automação, medição inteligente e comunicação avançada para tornar suas redes mais resilientes diante de eventos climáticos extremos. A estratégia inclui a primarização de equipes e a formação de mais de 6 mil eletricistas, incluindo programas inclusivos como Mulheres Eletricistas e Potencialize. A companhia também reforça sua atuação em soluções climáticas naturais por meio da Carbon2Nature Brasil, com projetos de restauração florestal e geração de créditos de carbono, como o Muçununga, que recupera áreas degradadas da Mata Atlântica. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Energisa: Convocação de AGE que debaterá otimização da estrutura de capital

O Grupo Energisa aprovou a convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para avançar em sua estratégia de simplificação societária. A principal deliberação será a incorporação da Rede Power Holding de Energia pela subsidiária Rede Energia, que deverá ter aumento de capital superior a R$ 2,3 bilhões. O reforço virá da entrega, pela Energisa Participações Minoritárias (EPM), de ações equivalentes a 39,83% do capital da Rede Energia — avaliadas em pouco mais de R$ 2 bilhões — além da capitalização de um crédito de R$ 321,3 milhões que a EPM detém contra a própria distribuidora. Segundo o grupo, a operação integra estudos para racionalizar a administração, consolidar participações e elevar a eficiência operacional. A AGE da Rede Energia está marcada para 19 de dezembro. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025)


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Enel: Ações de eficiência energética em SP

A Enel SP informou que investirá R$ 3,9 milhões na modernização da iluminação pública de Vargem Grande Paulista. Na investida, serão substituídas cerca de 3.500 luminárias antigas por modelos LED mais eficientes. A iniciativa deve reduzir em 1.661 MWh o consumo anual de energia do município, gerando economia e maior eficiência operacional. Além dos ganhos financeiros, o projeto traz benefícios ambientais: a redução no consumo evitará a emissão de aproximadamente 88 toneladas de CO₂ por ano, o que equivale ao plantio de mais de 3.500 árvores ou ao consumo médio anual de 814 residências. (Agência CanalEnergia - 28.11.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

EPE Realiza Workshop sobre Expansão das Interligações e Sistema HVDC-VSC do SIN

Nesta quinta-feira, 04/12/2025, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realizará o Workshop "Expansão das Interligações, com foco no novo sistema HVDC-VSC do SIN", que acontecerá no hotel Windsor Guanabara, no Centro do Rio, das 09:30 às 17:15. O Workshop irá focar nos resultados do relatório "Estudo de Expansão das Interligações Regionais – Parte III: Expansão da Capacidade de Exportação da Região Nordeste e Importação da Região Sul", publicado em novembro de 2025 pela EPE, que recomenda soluções estruturantes para ampliar o intercâmbio de energia entre as regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil entre 2033 e 2035. O estudo é resultado de um profundo roadmap tecnológico para transmissão em longas distâncias e em grandes volumes de energia, agregando inovações ao setor elétrico brasileiro ao recomendar tecnologias inéditas para o Brasil. (EPE – 01.12.2025)

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Abeeólica cobra preço horário e baterias para reduzir cortes e prejuízos no setor eólico e solar

A Abeeólica buscará junto ao Ministério de Minas e Energia a adoção do preço horário e a implementação imediata de baterias na geração distribuída para enfrentar os crescentes cortes de geração, que já causaram prejuízos de R$ 3,2 bilhões em 2025. Após o veto de Lula ao dispositivo da MP 1.304 que ampliaria o ressarcimento aos geradores, a presidente Elbia Gannoum alerta que o setor corre risco de “quebrar” e perder investimentos. O preço horário permitiria deslocar o consumo para períodos de maior oferta, enquanto as baterias ajudariam a armazenar excedentes, soluções já usadas internacionalmente. Gannoum critica a insegurança jurídica criada pelo veto, o qual barrou regras claras de compensação e manteve apenas um mecanismo restrito condicionado à desistência de ações judiciais. O problema, afirma, decorre da rápida expansão da geração distribuída — hoje com cerca de 40 GW e fora do controle do ONS — que leva aos cortes nas usinas eólicas e solares centralizadas. (Agência Eixos – 01.12.2025)

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Reservatórios iniciam semana com queda em todas as regiões

Assim como nofinal da semana passada, todos os reservatórios do Sistema Interligado Nacional apontaram diminuição em seus níveis no último domingo, 30 de novembro. De acordo com oboletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os maiores recuos foram de 0,6 ponto percentual (p.p) no Norte e no Sul. Assim os submercados operavam a 59% e 88,4% de suas capacidades. A energia armazenada indica 9.024 MW mês e 18.093 MW mês, respectivamente. Já a energia natural afluente (ENA) computa 2.530 MW med, correspondendo a 43% da média de longo termo (MLT) no Norte e 5.154 MWmed no Sul, que aparece com 83% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí trabalha com 36,50% e as UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam a 91,96% e 93,27%. Já o submercado do Sudeste/Centro-Oeste contou com diminuição de 0,1 p.p e operava com 41,6% do armazenamento. A energia retida mostra 85.080 MW mês e a ENA aparece com 20.850 MW med, o mesmo que 69% da MLT. Furnas admite 30,33% e a usina de Nova Ponte marca 34,03%. Ademais, o Nordeste admite volume útil de 45% após redução de 0,1 p.p. A energia armazenada aparece em 23.250 MW mês e ENA aponta 2.418 MW med, valor que corresponde a 30% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 40,92%.(Agência CanalEnergia - 01.12.2025)

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Reservatórios no Sudeste devem terminar ano em 45,7%

O mês de dezembro começa com a previsão de aumento no volume acumulado nos reservatórios do Sudeste/Centro Oeste. De acordo com dados apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, a região deverá fechar 2025 com 45,7% ante os atuais 41,9%. A previsão foi apresentada no segundo dia da reunião mensal do último PMO deste ano. No Nordeste a previsão também é de aumento, chegando a 48,5%. Enquanto isso no Sul e no Norte a estimativa do ONS é de retração. Os submercados deverão marcar 65,8% e 54,6%, respectivamente. Esse comportamento dos reservatórios devem ser estimulados pelo nível de vazões previstas. Em todos os submercados estão previstos níveis de energia natural afluente abaixo da média histórica. O mais elevado está no SE/CO com 38.649 MW médios, o equivalente a 81% da média de longo termo. Depois, muito atrás aparece o Norte com 6.263 MW médios, ou 75% da MLT. No Sul são esperados 4.635 MW médios, ou 62% da média, enquanto no Nordeste está o menor valor proporcional, 51% da média histórica com 4.951 MW médios.(Agência CanalEnergia - 28.11.2025)

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Mobilidade Elétrica

Tesla registra forte queda nas vendas na Europa, apesar do desempenho recorde na Noruega

Os registros de novos veículos da Tesla despencaram em novembro nos principais mercados europeus, mesmo após o lançamento de versões atualizadas do Model Y. As quedas foram acentuadas: 58% na França, 59% na Suécia, 49% na Dinamarca, 44% na Holanda e 9% na Espanha. A exceção foi a Noruega, onde as vendas quase triplicaram, alcançando 6.215 veículos e antecipando o recorde anual do país. No acumulado de janeiro a outubro, a participação da Tesla no mercado europeu caiu de 2,4% para 1,6%. A retração começou no fim de 2023, após polêmicas declarações políticas de Elon Musk, que geraram protestos na região. Em novembro, um incêndio em uma concessionária no sul da França levou à abertura de investigação criminal. Embora Musk tenha reduzido o tom político, a recuperação das vendas na Europa ainda não ocorreu. (Valor Econômico - 01.12.2025)

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Inovação Tecnológica

Scala recebe R$ 200 mi do BNDES para compra de equipamentos e modernização de data centers

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma nova liberação de R$ 200 milhões para a Scala Data Centers. O investimento prevê a compra de máquinas, sistemas industriais, componentes de informática e de automação, além de bens fabricados no país e de serviços técnicos instalados localmente.  O novo aporte reforça a capacidade da empresa de acelerar seu ciclo de expansão por meio da modernização de ambientes de alta densidade. Além disso, o programa também permite a importação de equipamentos especializados sem equivalente no mercado brasileiro. Por fim, esse aporte potencializa a empresa que segue com 13 data centers em operação e sustentando um portfólio de investimentos superior a R$ 12 bilhões e mais de 300 megawatts de capacidade instalada e em desenvolvimento. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025) 

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Terranova estreia em data centers hyperscale com plano de investir US$ 1,5 bi na América Latina

A Terranova, empresa do fundo Actis, estreia no mercado latino-americano de data centers hyperscale com um plano de investir US$ 1,5 bilhão em três anos no Brasil, Chile e México. Seu primeiro centro entra em operação em 2026, em San Miguel de Allende (México), com 8 MW e US$ 90 milhões. A empresa negocia terrenos adicionais no México e Chile e desenvolve dois grandes projetos no Estado de São Paulo: um complexo em Campinas, previsto para 2027, com área de 1 milhão de m² e pedido de 300 MW ao ONS; e outro em Praia Grande, com 500 mil m² e solicitação de 450 MW ao MME. A Terranova mira gigantes como Amazon, Microsoft, Google, Meta e Alibaba, entrando em um mercado dominado por Ascenty, Scala, Odata, Equinix e Elea. A Actis aposta em sua experiência internacional em data centers e energia renovável, além de benefícios esperados com o regime tributário Redata, que pode favorecer novos investimentos no Brasil. (Valor Econômico - 02.12.2025)

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Para enfrentar demanda por IA e nuvem, consultoria projeta data centers flutuantes e no espaço

Um estudo da GlobalData aponta que a implementação de data centers em oceanos ou no espaço pode potencialmente solucionar a iminente crise energética. De acordo com a análise, esses ambientes oferecem vantagens essenciais no quesito instalação da infraestrutura. Em um ambiente cada vez mais demandado pela popularidade dos serviços tecnológicos digitais. O relatório indica que centros de processamento de dados flutuantes e subaquáticos oferecem soluções escaláveis e eficientes. As instalações modulares reduzem a dependência de terra e água potável, melhorando a latência para populações costeiras. Conforme a pesquisa, projetos pilotos na América do Norte, Europa e Ásia demonstraram a viabilidade de implantações oceânicas. Inclusive podendo operar em escala de MW.  Ainda de acordo com a consultoria, os data centers espaciais impulsionam ainda mais o quesito inovação. Utilizando o frio extremo e a energia solar ilimitada para alimentar a computação de alto desempenho. Portanto, mesmo estando em caráter experimental, seguem como as tendências futuras promissoras para a evolução do setor. (Agência CanalEnergia - 28.11.2025) 

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Energias Renováveis

Cenário: GT sobre eólicas offshore recoloca setor em compasso de espera

O governo federal brasileiro anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para regulamentar a energia eólica offshore, reafirmando seu compromisso com a transição energética. No entanto, essa iniciativa tem sido interpretada pelo setor como um indicativo de que o desenvolvimento das eólicas em alto mar poderá ser mais lento do que o esperado durante a atual gestão. O GT, instituído pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 1º de outubro de 2025, terá um prazo de 270 dias para trabalhar na regulamentação da Lei nº 15.097, de janeiro de 2025, que estabelece o marco legal para o segmento offshore. Até o momento, o setor esperava que, ainda em 2025, fosse realizado o primeiro leilão de cessão de áreas para projetos eólicos offshore. Também havia a expectativa de que o certame fosse anunciado durante a COP30. No entanto, o anúncio da formação do GT veio acompanhado de um recuo nessa previsão, gerando frustração entre os agentes do setor. Mesmo com a consulta pública sobre uma proposta de metodologia para seleção das áreas a serem ofertadas em leilão, que sinalizou algum progresso, o tema tem atualmente sido postergado em meio a debates e propostas. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, destacou que tem mantido diálogo com o ministro Alexandre Silveira para acelerar o processo. (BroadcastEnergia - 01.12.2025)

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Anace: Defesa da revisão da GD e fim de subsídios para equilibrar setor elétrico

A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) defende adequações sobre a GD (Geração Distribuída) como forma de buscar um reequilíbrio operacional e financeiro do setor elétrico. De acordo com o diretor-presidente da entidade, Carlos Faria, análises estatísticas indicam que os benefícios tradicionalmente atribuídos à modalidade, como a redução de perdas elétricas e de investimentos em transmissão, foram circunstanciais e não se sustentaram com a massificação do segmento. Entretanto, ele ressalta que alguns efeitos negativos se intensificaram. A associação entende que os subsídios concedidos pressionam tarifas e índices de preços, afetando a competitividade. Com isso, o executivo aponta para o resultado do setor, que se vê em desequilíbrio, colocando uma alta rentabilidade subsetorial apoiada em pouca empregabilidade doméstica e alta transferência de renda dos consumidores por meio das tarifas. Por fim, ele defende a inclusão do GD no segmento no rateio de compensações financeiras decorrentes do curtailment, de forma a aliviar os custos. (Agência CanalEnergia - 01.12.2025)

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Gás e Termelétricas

Grupo J&F: Cade aprova compra de participação da Axia na Eletronuclear

A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pela J&F da participação de 67,95% do capital social da Eletronuclear que pertencia à Axia Energia (antiga Eletrobras). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 1º de dezembro de 2025, oficializando a transação anunciada em outubro, cujo valor total é de R$ 535 milhões. Com essa operação, o Grupo J&F se consolida como o sexto maior gerador de energia do Brasil, marcando sua entrada significativa no setor de energia nuclear. Além da compra da participação acionária, a J&F assumirá a responsabilidade pela integralização das debêntures no valor de R$ 2,4 bilhões, conforme previsto no Termo de Conciliação firmado entre a Axia e a União. Ao Cade, a J&F destacou que essa aquisição representa uma oportunidade estratégica para expandir suas atividades no setor elétrico. Por sua vez, a Axia Energia considerou o negócio como um marco importante que reforça seu compromisso com acionistas e o mercado. A empresa afirmou que a venda está alinhada com seu Plano Estratégico, que visa a otimização do portfólio e a alocação eficiente de capital, buscando a geração de valor e a simplificação da estrutura societária. (Broadcast Energia – 01.12.2025)


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