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IFE
28/11/2025

IFE Diário 6.318

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
28/11/2025

IFE nº 6,318

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.318

Mercado Livre de Energia Elétrica

CCEE: Reforço do compromisso com a abertura do mercado

Durante o Encontro Anual do Mercado Livre de Energia, o presidente da CCEE, Alexandre Ramos, afirmou que a abertura integral do mercado elétrico é um marco histórico para o Brasil. Ele enfatizou que esse processo é capaz de ampliar a competitividade, atrair investimentos e acelerar a transição energética. Ainda, destacou a migração de mais de 84 mil unidades de alta tensão para o ambiente de livre contratação (ACL), a publicação da Lei 15.269 e a perspectiva de antecipar para dois ou três anos o acesso ao mercado livre para 92 milhões de unidades de baixa tensão. Ramos defendeu que o processo seja previsível, seguro e equilibrado entre os mercados cativo e livre, preservando a saúde financeira das distribuidoras. Também ressaltou a necessidade de simplificar a migração, reforçar a transparência e ampliar campanhas de conscientização para reduzir assimetrias de informação. A CCEE, segundo ele, tem investido em tecnologia, incluindo plataformas com inteligência artificial, para agilizar processos. Ramos concluiu que a liberalização representa um dos maiores avanços institucionais das últimas décadas e que dá protagonismo aos consumidores ao permitir liberdade de escolha. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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MME: Abertura de mercado é um passo relevante para integração com a AL

O diretor do Ministério de Minas e Energia (MME), Cristiano Augusto Trein, afirmou, no Encontro Anual do Mercado Livre de Energia, que a criação de um mercado aberto de energia na América Latina é estratégica para ampliar competitividade, atrair investimentos e fortalecer a segurança energética regional. Ele ressaltou que a integração não é simples: exige superar barreiras físicas, como interconexões de transmissão, e desafios técnicos, como a harmonização de frequências. Segundo Trein, a harmonização regulatória é condição indispensável para ir além das trocas emergenciais, demandando acordos internacionais claros e vinculantes sobre tarifas, governança e regras comerciais. O diretor destacou o potencial energético da região, com recursos complementares como solar no Atacama, eólica no Brasil e grandes reservatórios hidrelétricos, o que permitiria leilões futuros de excedentes e novos corredores de transmissão. Para funcionar, o mercado precisa de confiança entre países, contratos firmes, modelos de precificação transparentes e soluções para riscos cambiais e tarifas. Trein concluiu que, apesar dos desafios, a integração pode levar a América Latina a um novo patamar de sustentabilidade e competitividade. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)

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Abraceel: Abertura do mercado tem que ser eficiente

No Encontro Anual do Mercado Livre, o presidente do conselho da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel), Wilson Ferreira Junior, destacou avanços e desafios da abertura do mercado de energia, frisando a importância da conformação de um modelo competitivo que gere eficiência e satisfação ao consumidor. Ele lembrou que, apesar de o Brasil ter 90 milhões de unidades consumidoras, apenas 15 mil atuavam no mercado livre até recentemente. Essa limitação, segundo ele, gerava ineficiências e exigia uma regulação robusta para permitir a multiplicação de agentes no setor. Com a abertura do Grupo A em 2024 e a Lei 15.269, que viabiliza a abertura total, Ferreira Junior afirmou que o país entra em nova fase, mas alertou que só a abertura não basta: é necessária regulamentação robusta, aprimoramento da formação de preços e maior liquidez para garantir os ganhos da competição. Para ele, os próximos 24 meses serão decisivos para estruturar o mercado e consolidar um ambiente que gere economia, diferenciação e eficiência semelhantes às transformações vistas no setor de telecomunicações. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)


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Enel RJ: Abertura do mercado livre com foco no cliente

Augusto Cesar Cabral, head de Manutenção Especializada da Enel Rio, afirmou que a sanção da MP 1304, que acelera a abertura do mercado livre, já era esperada pela distribuidora, que vem se preparando para esse cenário. Segundo ele, a empresa intensificou a aproximação com clientes, governos e municípios, adotando uma postura mais colaborativa e orientada ao consumidor. Cabral destaca que o foco atual da Enel é totalmente no cliente, com participação ativa em reuniões e busca conjunta de soluções, algo que, segundo ele, não fazia parte da rotina no passado. A estratégia é reforçar a qualidade do serviço para reter consumidores diante da possibilidade de migração para o mercado livre. Embora reconheça o risco de perda de receita, Cabral afirma que a empresa está empenhada em demonstrar capacidade e disposição para atender com excelência, garantindo que o cliente pode permanecer com a distribuidora com tranquilidade. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)


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Regulação

Custos com vetos e aprovações da Lei 15.269 despertam diferentes reações do setor

A sanção da Lei 15.269 gerou reações contrastantes no setor elétrico: o veto ao ressarcimento por curtailment foi criticado por agentes renováveis, enquanto entidades de consumidores comemoraram a retirada de dispositivos considerados inadequados. A FNCE alerta, porém, que as contratações compulsórias mantidas elevarão custos em até R$ 8 bilhões por ano até 2040, agravando a sobreoferta e os cortes de geração. A RAD Energia afirma que a incerteza regulatória paralisa investimentos estimados em R$ 30 bilhões e ameaça 2 milhões de empregos nas cadeias eólica e solar. A advogada Valéria Rosa, do LCFC Advogados, prevê aumento da judicialização, já que a lei retira ressarcimento mesmo para projetos cujo parecer de acesso antigo não alertava sobre restrições. O União pela Energia também teme impactos inflacionários por novos encargos, enquanto a Firjan promete atuar para manter vetos a mecanismos que transfeririam custos aos consumidores. Apesar das críticas, há agentes, como a Órigo Energia, que veem avanços na modernização, na segurança jurídica e na previsibilidade regulatória. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)


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Fitch: Lei 15.269 não piora ratings corporativos, apesar de curtailment

A Fitch Ratings avalia que as regras de compensação por curtailment da Lei 15.269/2025 não eliminam o impacto financeiro dos cortes, já que indenizações por excesso de oferta, que respondem por cerca de metade dos eventos, continuam proibidas, embora haja ressarcimento retroativo por restrições ligadas à confiabilidade da rede e por indisponibilidade mantida. A agência afirma que o curtailment seguirá pressionando o caixa das geradoras, mas sem efeitos imediatos nos ratings corporativos, enquanto 13 operações de project finance seguem em Observação Negativa desde outubro. Em 2025, os cortes devem reduzir o Ebitda da Auren em R$ 400 milhões (8%), da Serena em R$ 200 milhões (11%) e da Engie BR em R$ 150 milhões (2%), reflexo de curtailment equivalente a 14% da energia eólica e 24% da solar. Ainda, a Fitch projeta queda do prêmio das renováveis no longo prazo e alerta que eventual alocação de cortes à geração distribuída (GD) pode afetar ratings do segmento. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)


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Aneel autoriza pagamento por serviços ancilares de 2024 a geradores, com exceções

A diretoria da Aneel autorizou o pagamento pela prestação dos serviços ancilares de Autorrestabelecimento, Controle Secundário de Frequência e Sistema Especial de Proteção em 2024. Os valores serão repassados aos geradores em parcela única, no primeiro processo de contabilização e liquidação financeira da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica após a publicação de resolução da agência. Os serviços são remunerados por meio de Encargos de Serviços do Sistema (ESS). Esses valores liquidados serão diferenciados de acordo com a situação do empreendimento. Conforme as regras da Aneel, a receita não é paga à hidrelétrica de Itaipu e às UHEs em regime de cotas com concessão renovada em 2013. Por outro lado, a regulação se aplica às usinas da Axia Energia. Por fim, para as hidrelétricas licitadas em regime de cotas em 2015 e 2017, a receita será equivalente à parcela de garantia física destinada à livre comercialização (30%). .(Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Lei de curtailment proíbe indenizações por excesso de oferta, mas mantém outras compensações

Análise da agência de classificação de risco Fitch Ratings avalia que as regras de compensação por curtailment impostas pela Lei 15.269/2025 não eliminam o impacto negativo dos cortes nos fluxos de caixa das geradoras. O texto da lei proíbe indenizações por excesso de oferta, que é cerca de metade dos cortes. Contudo, passa a prever compensação retroativa por cortes relacionados à confiabilidade da rede. O ressarcimento por indisponibilidade da rede foi mantido. De acordo com a Fitch, a problemática continuará causando impactos financeiros significativos. Mas não estão previstas ações negativas nos ratings de emissores corporativos. Além disso, a nova lei traz a possibilidade de renovar concessões de hidrelétricas, podendo beneficiar especialmente empresas como Auren, Engie BR e Cemig. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)

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Fazenda deve fazer consulta pública sobre aplicação de lei para seguradoras investirem em verde

Em meio à judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Fazenda prepara-se para realizar uma consulta pública sobre a aplicação do artigo 56 da Lei nº 15.076/2024, que impõe uma obrigação para o setor de seguros e previdência complementar investir em ativos ambientais. A referida lei estabelece que seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores locais devem aplicar, anualmente, pelo menos 0,5% de suas reservas técnicas e provisões em ativos ambientais ou em cotas de fundos que os contenham, seguindo as diretrizes definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Cristina Reis, representante da Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono, ressaltou que, apesar da controvérsia judicial em curso no STF, o Executivo tem o dever de cumprir a legislação vigente. Ela destacou, no entanto, que a implementação do artigo enfrenta desafios práticos significativos, sobretudo devido ao descompasso entre a demanda imposta pela lei e a oferta atual de ativos ambientais disponíveis no mercado financeiro. Além disso, a secretária enfatizou a necessidade de construir uma regulamentação clara para a aplicação da lei, com prazos e períodos de referência para os investimentos, assim consolidando a segurança jurídica e operacional. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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Avança projeto que realoca trabalhadores de estatais do setor elétrico privatizadas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o PL 1.791/2019, que garante aos trabalhadores de estatais federais do setor elétrico privatizadas o direito de serem realocados em outras empresas públicas ou de economia mista, caso não permaneçam na companhia privatizada. O texto altera a Lei 12.783/2013 e determina que esses empregados concursados sejam aproveitados em funções com atribuições e salários compatíveis, inclusive aqueles de empresas já desestatizadas. O relator Sérgio Petecão destacou que privatizações podem gerar demissões e forte impacto social, lembrando os 3.614 desligamentos ocorridos no grupo Eletrobras entre 2021 e 2023, muitos deles de profissionais acima de 50 anos. Para ele e outros senadores, como Mecias de Jesus e Marcos Rogério, a medida corrige injustiças, valoriza trabalhadores qualificados e reforça o patrimônio humano do Estado. O projeto segue agora ao Plenário com pedido de urgência. (Agência Senado – 26.11.2025)

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Transição Energética

COP30 fortalece protagonismo do Brasil e da Amazônia no debate climático

A cientista Ima Vieira, do Museu Goeldi, avalia que a COP30 trouxe ganhos concretos para o Brasil e a Amazônia, apesar de resultados globais modestos. Segundo ela, o país recuperou o protagonismo diplomático nas negociações climáticas e ganhou legitimidade ao reduzir o desmatamento, embora ainda precise transformar esse prestígio em políticas públicas de justiça climática e avanço tecnológico. Para a Amazônia, a conferência deu voz a povos locais, integrou gestores e pesquisadores e levou o tema climático ao cotidiano da população, além de evidenciar problemas como a expansão do crime organizado. Belém ganhou visibilidade, investimentos e infraestrutura. A COP30 também ampliou o diálogo entre cultura e meio ambiente e fortaleceu a ciência amazônica com novos espaços, cooperações e a difusão do livro “Mudanças Climáticas no Brasil”, que reúne conhecimento e soluções para enfrentar os impactos climáticos no país. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Brasil avança em projetos de captura de carbono, mas ainda carece de incentivos e regulação

Embora já tenha um marco legal para captura e estocagem de carbono (CCS), o Brasil ainda não desenvolveu um mercado robusto por falta de políticas públicas e regulamentação. O principal caso de avanço é o da FS Agrisolutions, que comprovou a viabilidade geológica para injetar CO₂ no subsolo em sua planta de etanol de milho em Lucas do Rio Verde (MT), podendo evitar 423 mil toneladas anuais de emissões e alcançar 12 milhões de toneladas estocadas em 30 anos. A empresa pretende iniciar operações em 2026 e já firmou acordos futuros de créditos de carbono. A ANP tem autorizado projetos de forma experimental, e apenas o da FS foi aprovado até agora. Outros avanços incluem o equipamento de captura direta do ar (DAC.SI) desenvolvido pelo IPR da PUC-RS, com apoio da Repsol Sinopec. Especialistas destacam a necessidade de incentivos e políticas específicas para expandir CCS e CCUS para setores industriais mais intensivos em carbono.(Valor Econômico - 28.11.2025)

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Avanço da amônia verde ganha força no Brasil, mas desafios de custo e licenciamento persistem

A produção de amônia verde, derivada do hidrogênio obtido por eletrólise com energia renovável e livre de emissões, cresce no Brasil apesar dos altos custos e da dependência de políticas climáticas. Grupos nacionais, como BeGreen, H2Brazil e Atvos, avançam em plantas voltadas ao agronegócio, buscando substituir a amônia cinza, altamente poluente, e reduzir a dependência de fertilizantes importados. Projetos incluem investimentos de R$ 130 milhões no RS, R$ 7,8 bilhões em Uberaba e R$ 70 milhões em Goiás, além de iniciativas de escala exportadora, como o da GoVerde no Pecém e o da Solatio no Piauí. O setor ainda enfrenta custos 30% a 40% superiores ao modelo convencional, entraves regulatórios e incertezas no mercado internacional, enquanto projetos como o da Unigel estagnaram. Mesmo assim, o interesse externo cresce, e o hidrogênio verde já mira usos futuros, como combustíveis marítimos exemplificados pelo navio Green Pioneer. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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BNDES, OEI, MEMP e Sebrae lançam Empreender Clima para impulsionar economia verde

Durante a COP30, em Belém, foi lançada a plataforma digital Empreender Clima, criada por Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoiar micro e pequenas empresas na transição para modelos sustentáveis. A ferramenta funciona como hub de informação e crédito, permitindo financiamentos de até 100% de projetos verdes, com taxas a partir de 4,4% ao ano, além de pré-enquadramento no Fundo Clima em menos de dez minutos. Os financiamentos oferecem condições diferenciadas: prazos de até 25 anos e carência de 5 a 8 anos para iniciativas de logística verde, mobilidade, florestas e recursos hídricos, além de até 16 anos para projetos industriais e de energia limpa. Embora 75% das MPEs já adotem práticas sustentáveis, apenas 36,4% têm estratégia estruturada, revelando grande potencial de avanço. Além do crédito, o Empreender Clima promoverá capacitações, eventos e estudos, funcionando também como ferramenta de mapeamento do ecossistema sustentável e facilitando o acesso das empresas ao financiamento verde. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)

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Artigo de Fabiana Rodrigues da Fonseca: “Abordagens contratuais e perfis de receita para sistemas BESS”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, trata da Medida Provisória nº 1.304, que estabeleceu diretrizes para o armazenamento de energia no Brasil. A MP atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a regulação e fiscalização do setor, abrangendo regras sobre remuneração, acesso à rede e incentivos fiscais, e define quatro níveis de armazenamento: parques centralizados, subestações de alta tensão, redes de baixa tensão e sistemas residenciais/comerciais. Segundo a autora, a proposta reconhece o papel estratégico das baterias (BESS) para a operação do sistema elétrico nacional e antecipa a realização, ainda em 2025, do primeiro leilão de capacidade com sistemas de armazenamento, conhecido como "leilão de baterias". Diante disso, o texto destaca modelos contratuais consolidados na Europa para orientar o desenvolvimento do setor no Brasil: o compartilhamento de receitas (merchant model), no qual o proprietário do BESS assume o risco de mercado e compartilha receitas com o otimizador; valor mínimo garantido (floor agrément), que assegura receita mínima ao proprietário com possibilidade de ganhos adicionais, podendo haver limite máximo; e tolling, onde o paga valor fixo para operar o BESS, assumindo o risco comercial, enquanto o proprietário segue responsável por custos técnicos e operacionais. O texto conclui que o conhecimento desses modelos e seus perfis de risco/retorno é fundamental para investidores e desenvolvedores, e que a nova legislação tende a aumentar a segurança jurídica, viabilizando contratos mais sofisticados no setor de armazenamento de energia no Brasil. (GESEL-IE-UFRJ – 27.11.2025)

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Crise Climática

Enel RJ: Intensificação do plano operacional para o verão

A Enel Rio reforçou seu plano operacional para o verão, período marcado por eventos climáticos mais frequentes e severos. Segundo Augusto Cesar Cabral, head de Manutenção Especializada, a distribuidora identificou a necessidade de ampliar o corpo técnico e deverá contratar mais 2 mil eletricistas próprios até 2026, movimento que já melhora indicadores como o DEC. O planejamento inclui previsões meteorológicas mais precisas, em parceria com a Climatempo, para antecipar operações em áreas vulneráveis. A empresa também acelerou podas com apoio do governo e prefeituras, reduzindo riscos de quedas de árvores sobre a rede. Em paralelo, intensificou investimentos em tecnologia: só em 2024 foram R$ 450 milhões em automação, digitalização e integração da rede. A Enel instalará mil novos equipamentos telecomandados, elevando o total para quase 9 mil, impulsionando sistemas de self-healing que isolam falhas e restabelecem trechos saudáveis em segundos, tornando a rede mais inteligente e resiliente. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Empresas

Cemig SIM: Oferta de descontos em serviço de energia solar por assinatura

A Cemig SIM lançou uma campanha de Black November oferecendo economia em dobro nos três primeiros meses e descontos de até 16% depois disso, ampliando o acesso à energia solar por assinatura sem necessidade de investimento inicial. A adesão, totalmente digital, vale para consumidores com contas a partir de R$ 160 e deve ser concluída entre 17 e 30 de novembro, sem instalação de painéis no endereço. Segundo o CCO Rubens Soalheiro, a difusão do modelo fortalece a transição energética ao permitir que mais pessoas economizem enquanto estimulam fontes limpas. A oferta é válida para todos os segmentos atendidos, com migração permitida a clientes atuais desde que cumpram o prazo mínimo da campanha em vigor. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)


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EDP: Inscrições abertas para edital de R$ 12,2 mi para projetos de eficiência energética

A EDP Espírito Santo abriu inscrições para a Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética, que neste ano terá aporte recorde de R$ 12,2 milhões voltados a iniciativas que reduzam desperdício e aumentem a eficiência em setores públicos e privados. Desde 2014, 59 projetos concluídos já somaram R$ 30,4 milhões em investimentos, com ações como troca de lâmpadas, ar-condicionados, refrigeradores e instalação de painéis solares, gerando economia anual de 26,3 GWh e evitando 1.433 toneladas de CO₂ equivalente. Segundo o diretor Edson Barbosa, o programa reforça a transição energética justa e estimula instituições a se tornarem mais sustentáveis. O edital contempla propostas que promovam uso racional da energia em iluminação pública, prédios públicos, hospitais e entidades sociais, entre outros. As inscrições vão até 23 de janeiro de 2026. (Petronotícias - 26.11.2025)


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CPFL Paulista: Inauguração da SE Tanabi 2-Jataí

A CPFL Paulista inaugurou a Subestação Tanabi 2–Jataí, segunda unidade no município, também atendendo Bálsamo. O investimento total foi de R$ 48 milhões, incluindo R$ 4,5 milhões destinados a 38 km de rede. A nova subestação, com capacidade de 25 MVA, melhora a redistribuição de cargas e deve reduzir a extensão e a duração de ocorrências, especialmente em temporais e queimadas que afetam uma região com indústrias de alumínio, borracha, vestuário, calçados e alimentos. A obra empregou 150 trabalhadores e envolveu cerca de 12 mil instalações elétricas. Entre janeiro e outubro de 2025, a CPFL Paulista investiu R$ 134,5 milhões em melhorias na macrorregião de São José do Rio Preto. A distribuidora, que opera quase 300 subestações, prevê ainda aplicar R$ 10,2 bilhões entre 2025 e 2029 em expansão, modernização e manutenção da rede para atender seus mais de 5,1 milhões de clientes no interior paulista. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)


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Engie: Inauguração de trecho de 334 km do Sistema de Transmissão Asa Branca

A Engie Brasil Energia iniciou a operação comercial do primeiro trecho do Sistema de Transmissão Asa Branca, de 334 km, entre Morro do Chapéu II e Poções III, na Bahia. A operacionalização reforça a integração Nordeste–Sudeste e amplia o escoamento da energia renovável. O projeto, arrematado no leilão de 2023, envolve cerca de 1.000 km de linhas na BA, MG e ES, investimentos de R$ 2,67 bilhões e geração de 4 mil empregos. As obras incluem LT de 500 kV, expansão de subestações e passarão por 19 municípios, com previsão de conclusão total em 2029. A Engie já soma mais de 3.200 km em operação no país, com sistemas como Gralha Azul, Novo Estado e Gavião Real, e mantém 1.300 km em construção. Segundo a companhia, Asa Branca reforça segurança operacional, reduz riscos de oscilação no fornecimento e consolida sua atuação na transição energética e em projetos de transmissão com elevado padrão técnico. (Petronotícias - 27.11.2025)


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Spic Brasil: Fitch atribui rating ‘AAA(bra)’ à empresa e subsidiária UHE São Simão

A Fitch atribuiu pela primeira vez o rating nacional ‘AAA(bra)’ à Spic Brasil Energia e à subsidiária UHE São Simão Energia, com perspectiva estável. Segundo a agência, as notas refletem a forte previsibilidade de receita e a robusta geração de caixa do grupo, sustentadas por contratos que asseguram a venda da maior parte da capacidade das usinas. A avaliação também considera a expectativa de melhora do perfil financeiro consolidado a partir de 2026, apesar dos desafios de curtailment em eólicas e solares. A UHE São Simão, responsável por cerca de 85% do Ebitda da Spic Brasil, teve rating igualado ao da holding devido à sua alta relevância estratégica e desempenho financeiro mais forte de forma isolada. A Fitch alerta, todavia, que a nota pode ser rebaixada caso a alavancagem líquida supere quatro vezes ou se houver deterioração de liquidez e impacto relevante do curtailment na geração de caixa. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)


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Petrobras reduz plano de investimentos para 2026-2030 com foco em disciplina financeira

A Petrobras reduziu para US$ 109 bilhões o plano de investimentos 2026-2030, queda de 1,8% ante o ciclo anterior, refletindo a baixa do petróleo e uma estratégia mais conservadora. Do total, US$ 91 bilhões irão para projetos já em implantação e US$ 18 bilhões para iniciativas em avaliação. Exploração e produção receberão US$ 78 bilhões; refino, transporte e comercialização, US$ 20 bilhões; gás e energias de baixo carbono, US$ 9 bilhões; e projetos corporativos, US$ 2 bilhões. A estatal projeta Brent a US$ 63 em 2026 e US$ 70 entre 2027 e 2030, e prevê economia de US$ 12 bilhões em custos operacionais até 2030. A produção deve atingir pico de 2,7 milhões de barris/dia em 2028. Mantêm-se o limite de dívida em US$ 75 bilhões, a política de dividendos e o foco em óleo e gás, embora US$ 13 bilhões sejam destinados à transição energética. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Axia retoma processo para aderir ao Novo Mercado da B3

A Axia informou ter retomado os estudos para migrar ao Novo Mercado da B3, segmento com padrões mais elevados de governança. A empresa convocou assembleia para 19 de dezembro, na qual os acionistas decidirão sobre a capitalização de R$ 39,9 bilhões da reserva de lucro por meio da criação de uma nova classe de ações preferenciais (PNC). Essas ações terão direito a voto e caráter transitório, com resgate ou conversão em ações ordinárias até 2031, alinhando-se às exigências do Novo Mercado, que privilegia estruturas societárias com ações ordinárias. A mudança ocorre após a rebranding de 10 de novembro, quando a companhia adotou os novos códigos AXIA3, AXIA5 e AXIA6. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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CCEE: Conquista do Selo de Igualdade Racial da Prefeitura de SP

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) recebeu o Selo de Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo, reconhecimento concedido a organizações que adotam políticas afirmativas e mantêm ao menos 20% de pessoas negras em diferentes níveis hierárquicos. A entrega ocorreu no Centro Cultural Vergueiro, com participação de representantes da CCEE que destacaram o compromisso institucional e o fortalecimento do grupo de afinidade de raça. A entidade inscreveu dados de seu Censo interno, que mostram 27% dos colaboradores autodeclarados pretos ou pardos. O selo reforça a evolução das práticas de diversidade e inclusão, evidenciando a atuação contínua para ampliar oportunidades e consolidar um ambiente plural, equitativo e alinhado aos valores da instituição no setor elétrico e na sociedade. (CCEE – 27.11.2025)

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Leilões

Leilão A-5: contratos de R$ 26,5 bi são viabilizados com constituição de SPEs

A Aneel publicou o despacho confirmando a constituição de sete Sociedades de Propósito Específico (SPEs) no Leilão A-5 deste ano. De acordo com a publicação no Diário Oficial do dia 26/11, estão em conformidade os documentos apresentados pelas pequenas centrais hidrelétricas Amaraji, Edgard de Souza, São Bento, Matrinchã, Cachimbo e Bacuri. Além da hidrelétrica Foz do Prata. Em síntese, o certame realizado em 22 de agosto negociou 3.845 lotes, que perfazem 67.410.540 MWh ao preço médio de venda de R$ 392,84/MWh. No total, foram viabilizados contratos no valor de R$ 26,481 bilhões. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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GNA prepara estratégia para LRCAP e amplia uso do Porto do Açu

A GNA (Gás Natural Açu) já estruturou sua estratégia para o Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Potência (LRCAP), previsto para o primeiro semestre de 2026. A companhia confirmou a submissão de projetos e avalia oportunidades para ampliar o uso da infraestrutura existente no Porto do Açu, onde opera as térmicas GNA I e GNA II. Segundo Luiz Rodrigues, head de Novos Negócios da GNA, a empresa inscreveu as térmicas GNA III, GNA IV e GNA V, apoiadas por cerca de 3 GW de licenças ambientais já emitidas. Além disso, o executivo reforça que a expansão planejada está alinhada ao papel do gás natural na transição energética. Nesse contexto, o Rio de Janeiro pode se beneficiar da adaptação, seguindo como protagonista no mercado de gás e ocupando posição estratégica. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Governo anuncia LRCAP em 2026 para reduzir risco de blecautes

O governo brasileiro estabeleceu diretrizes para dois Leilões de Reserva na Forma de Potência, programados para março de 2026, conforme as Portarias MME 118 e 119/2025. Esses leilões têm como objetivo garantir que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disponha de capacidade despachável suficiente para atender a carga em momentos de escassez, minimizando riscos de blecautes causados por desequilíbrios instantâneos entre oferta e demanda. Essa iniciativa surge diante de uma vulnerabilidade identificada no Plano Energético Nacional 2025 que, embora o sistema tenha capacidade para gerar a energia total demandada mensalmente, ele enfrenta limitações para ajustar rapidamente a geração às variações horárias e sazonais da carga líquida. Com isso, o governo já sinalizou a intenção de promover leilões específicos para armazenamento ainda neste ano. A definição das regras para esses leilões enfrentou atrasos e disputas judiciais, refletindo a complexidade de contratar recursos específicos em um ambiente marcado por interesses setoriais divergentes. Para o futuro, sugere-se a adoção de leilões combinatórios que considerem a expansão da geração de forma ampla e tecnologicamente neutra, permitindo maior concorrência e melhor atendimento dos múltiplos atributos requeridos pelo sistema. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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Disputa em leilão de sistemas isolados envolve acusação de proposta artificialmente barateada

A Aneel habilitou dois vencedores do leilão de Sistemas Isolados (Sisol) de 2025. São eles: Energias do ACRE SPE Ltda e o Consórcio IFX-YOU.ON, entre a Infravix Engenharia e a YOU.ON Energia. Conforme despacho publicado no Diário Oficial da União, as soluções de suprimento incluem uma usina híbrida de fonte térmica, solar e baterias, com potência de 20,1 MW. E outro empreendimento, sob alcunha de Cigal e perfazendo 30,1 MW. Com isso, a Agência negou os recursos protocolados pela Clean Energy Solutions e o Consórcio AMZ Energia. Ambos contra o resultado referente ao Lote 3. Em síntese, as requisições questionam o critério de seleção das propostas envolvendo o fator “i” da PVar utilizada pelo Consórcio IFX-You.ON. Na nota técnica, a CES levanta a hipótese de que o consórcio apresentou fator de conversão artificialmente reduzido e consequentemente um PVar muito inferior ao dos concorrentes. Em contrarresposta, o EPE argumentou que o Consórcio IFX apresentou um projeto com adoção de estratégia que suporta o risco de variação, e que o principal método de avaliação seria a estratégia, assim não se tratando de manipulação. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Mobilidade Elétrica

Ford prepara Ranger PHEV flex mais potente do mundo para 2027

A Ford investirá quase R$ 1 bilhão para produzir a Ranger híbrida plug-in na Argentina a partir de 2027, e o Brasil receberá uma versão exclusiva com tecnologia flex desenvolvida pelo centro de engenharia de Camaçari (BA). Segundo o presidente da Ford na América do Sul, Martin Galdeano, o projeto está avançado e resultará na Ranger PHEV mais potente do mundo. Enquanto o modelo europeu entrega 279 cv combinados, fontes indicam que a variante sul-americana poderá se aproximar dos 400 cv, graças a normas de emissões mais flexíveis e ao uso de motor elétrico mais robusto e baterias maiores que os atuais 11,8 kWh. O câmbio automático de dez marchas e a tração e-4WD serão mantidos, assim como capacidades de carga e reboque. A produção ocorrerá em General Pacheco, e ainda não há definição das versões que serão vendidas no Brasil. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Zeekr X desafia preconceitos e se aproxima do padrão premium

O Zeekr X mostra como os carros chineses evoluíram em qualidade, aproximando-se do padrão premium europeu. Baseado na plataforma do Volvo EX30, o modelo é vendido no Brasil nas versões Premium, com motor elétrico traseiro de 272 cv, e Flagship, com dois motores, 428 cv e tração integral. Seu design chama atenção pelas linhas excêntricas e pelo pacote tecnológico robusto, que inclui múltiplas câmeras e radares para formar um avançado conjunto de assistências. Apesar das dimensões compactas, o interior é espaçoso, minimalista e sofisticado, com central multimídia de 15”, acabamento de alto nível e recursos como som Yamaha e teto panorâmico. O desempenho alia potência a uma suspensão surpreendentemente equilibrada, enquanto a autonomia de 304 km e a recarga rápida completam o conjunto, embora alguns comandos táteis e o assistente de voz possam incomodar. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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VoltBras: Estudo apresenta o panorama das redes de recarga para VEs no Brasil

O Anuário VoltBras 2025 apresenta o primeiro mapeamento abrangente e comparativo das redes de recarga para veículos elétricos no Brasil, analisando modelos de operação, economia da recarga, estrutura de capital, maturidade tecnológica e experiência do usuário. O estudo reúne dados primários de 56 redes distribuídas por 25 estados e pelo Distrito Federal, totalizando 1.249 pontos de recarga AC e DC, e estabelece a primeira base pública de inteligência dedicada à infraestrutura de recarga, considerada crucial para a expansão da mobilidade elétrica no país. Os resultados destacam o descompasso entre o avanço da frota elétrica e a disponibilidade de eletropostos, apontado como o principal entrave à massificação dos veículos elétricos. O anuário evidencia que os carregadores AC ainda garantem a capilaridade urbana, enquanto os equipamentos DC, embora menos numerosos, começam a estruturar corredores de longa distância em rodovias estratégicas, sobretudo nas regiões Sudeste, Sul e partes do Nordeste. (Cenário Energia - 26.11.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Projeções indicam bandeira amarela na conta de luz em dezembro

Consultorias do setor elétrico projetam que a Aneel deve acionar a bandeira amarela em dezembro, reduzindo a cobrança extra nas contas de luz para R$ 1,885 a cada 100 kWh, após dois meses de bandeira vermelha 1. A mudança seria a primeira cobrança de bandeira em dezembro desde 2021. O cenário menos favorável de chuvas elevou o preço da energia, mas há sinais de melhora com a recuperação parcial das afluências nas principais bacias e temperaturas abaixo da média. A expectativa é de que a geração hidráulica aumente com o período úmido no Sudeste, permitindo a redução do patamar. Para o início de 2025, as projeções apontam bandeira verde, sem tarifa adicional, devido à melhora consistente na produção hidrelétrica. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Inovação Tecnológica

Brasil acelera políticas e investimentos para atrair megadados e data centers de IA

O Brasil avança para disputar a instalação de grandes data centers voltados à inteligência artificial, apoiado por energia renovável abundante, infraestrutura de cabos submarinos e novos incentivos como o Redata, que reduz tributos para importação de equipamentos. Atualmente, 60% dos dados de empresas nacionais são processados no exterior, e o país busca reverter esse quadro. Projetos de grande escala incluem cinco data centers na ZPE de Pecém, destinados à Bytedance, e iniciativas em Estados como RJ, RS e SC, que exploram disponibilidade energética e conectividade para atrair parques de processamento. A demanda global reprimida pode chegar a 95 GW até 2030. Empresas como Ascenty, Cirion, Equinix e Scala expandem estruturas para suportar cargas de IA, enquanto o MCTI organiza o Sinapad para integrar universidades, centros de pesquisa e supercomputação, reforçando o ecossistema nacional de alta performance. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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IA acelera transformação dos data centers e impulsiona novas tecnologias de resfriamento e energia

A expansão da IA generativa elevou drasticamente a demanda energética e térmica dos data centers, impulsionando o setor a buscar maior eficiência no uso de energia e água. Com racks que passaram de 5 kW para mais de 100 kW, a refrigeração a ar se tornou insuficiente, e o liquid cooling desponta como tendência dominante, adotado por empresas como Elea, Odata, Ascenty e AWS. O mercado cresce rapidamente: a demanda global por servidores de IA deve atingir 3,3 milhões até 2027. Operadoras também ampliam parcerias com geradoras de energia renovável e exploram soluções como hidrogênio verde e pequenos reatores nucleares modulares. Projetos como o Rio AI City e centros que reaproveitam calor para aquecer residências reforçam a busca por sustentabilidade. Experimentos incluem data centers subterrâneos, no mar e até na órbita terrestre ou na Lua, refletindo a corrida por capacidade computacional e eficiência ambiental. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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IA reforça resiliência e eficiência do setor elétrico brasileiro

A inteligência artificial tem se tornado estratégica para o setor elétrico brasileiro, ajudando a enfrentar eventos climáticos extremos que vêm causando apagões e danos à infraestrutura. A Axia Energia, com vasta rede de usinas e linhas de transmissão, investe em IA, sensores e modelagens avançadas, como análises de ventos extremos via plataforma Earth-2, apoiadas por um novo centro de monitoramento no Rio de Janeiro, capaz de gerar alertas e prever impactos em ativos. A hidrelétrica de Tucuruí passou por modernização e recebeu 450 pontos de Wi-Fi, ampliando a conectividade operacional. O avanço dos data centers, impulsionado pela IA, levou à criação de uma rede experimental com fontes eólica e solar para avaliar efeitos no sistema elétrico. Na distribuição, a IA também combate furtos de energia: a Energisa aprimorou algoritmos de detecção de anomalias e evitou 950 GWh em perdas, reduzindo o índice de perdas não técnicas para 3,74%. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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AXIA Energia: Uso de drones e IA visando elevar confiabilidade no monitoramento de ativos

A AXIA Energia vem ampliando sua estratégia de digitalização ao adotar drones equipados com Inteligência Artificial e sensores avançados, como LiDAR, para aprimorar o monitoramento de seus ativos de geração e transmissão. A iniciativa fortalece a capacidade de identificar anomalias, antecipar falhas e reduzir riscos operacionais, especialmente em áreas de difícil acesso, além de permitir mapeamentos tridimensionais precisos e maior controle sobre fatores críticos, como o avanço da vegetação próximo às linhas de transmissão. No âmbito operacional, a empresa destaca o Projeto Inspetor, desenvolvido para integrar e automatizar a análise das diferentes frentes de inspeção, com foco inicial na detecção de corrosão em pinos de isoladores de vidro — um dos problemas mais relevantes para a confiabilidade da rede. A combinação de drones e IA, segundo a companhia, tem elevado substancialmente a precisão na coleta de dados e a eficiência das inspeções, tornando-se peça central na modernização das atividades de manutenção e na segurança dos ativos elétricos. (Cenário Energia - 27.11.2025)

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Energias Renováveis

GT sobre eólicas offshore recoloca setor em compasso de espera

O governo federal do Brasil anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para regulamentar a energia eólica offshore, marcando um movimento que, embora reafirme o compromisso do país com a transição energética, sinaliza um possível atraso no desenvolvimento do setor durante a atual gestão. Esse colegiado, instituído pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 1º de outubro de 2025, terá um prazo de 270 dias para atuar, com a missão de regulamentar a Lei nº 15.097, de janeiro de 2025, que estabelece o marco legal para a energia eólica em alto mar.   A expectativa do setor era que o governo realizasse ainda em 2025 o primeiro leilão de cessão de áreas para projetos offshore. No entanto, a decisão de formar o GT adiou esse avanço, gerando frustração, especialmente diante do crescimento dos pedidos de licenciamento ambiental. O Ibama já contabiliza 104 solicitações para projetos eólicos offshore. Essa lentidão ocorre em um contexto global menos favorável às energias renováveis, o que tem levado algumas empresas a desistirem do mercado brasileiro. Por fim, apesar dos atrasos, a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, afirmou que mantém diálogo com o ministro Alexandre Silveira e que ambos trabalham para garantir que o leilão ocorra em 2026, antecipando o prazo formal do GT. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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Enel Green Power tem operação de aerogerador de usina suspensa após incêndio

No dia 27 de novembro de 2025, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou no Diário Oficial da União a suspensão da operação de um dos aerogeradores da usina eólica Dois Riachos, pertencente à Enel Green Power, localizada em Cafarnaum, Bahia. A medida refere-se especificamente à unidade geradora 07, que está fora de operação desde 7 de maio de 2025, após ter sido atingida por um incêndio cujas causas ainda estão sob investigação. Segundo a nota técnica divulgada pela Aneel, a indisponibilidade prolongada do aerogerador motivou a suspensão de sua operação comercial. A agência reguladora destacou que a suspensão permanecerá até que os reparos necessários sejam concluídos e a unidade retome sua disponibilidade operacional. Em resposta à suspensão, a Enel Green Power comunicou que detectou um problema técnico na data mencionada e está atualmente apurando as causas do incêndio. A empresa afirmou estar empenhada em resolver a situação e retomar o funcionamento da usina o mais breve possível. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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Biblioteca Virtual

FONSECA, Fabiana Rodrigues da. “Abordagens contratuais e perfis de receita para sistemas BESS”

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