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IFE
16/10/2025

IFE Diário 6.289

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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16/10/2025

IFE nº 6,289

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.289

Mercado Livre de Energia Elétrica

Diretor da Aneel defende abertura do mercado livre e frisa desafios estruturais do setor

O diretor da Aneel, Fernando Mosna, defendeu, no XXXI Simpósio Jurídico da Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica (ABCE), a abertura do mercado livre de energia elétrica, classificando o tema como o mais relevante nas atuais Medidas Provisórias (MPs) do setor elétrico. No entanto, ele ponderou que as distribuidoras não estão preparadas para cumprir os prazos propostos. Mosna afirmou que o setor já possui base técnica e conhecimento suficientes, citando a consulta pública 33/2016 e o PL 414, que tratam da modernização do setor. Ele destacou a necessidade de reformas urgentes, especialmente diante da crescente complexidade e descentralização do sistema. Manifestou preocupação com o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que deve chegar a R$ 50 bilhões em 2025, defendendo maior transparência nos subsídios. Sobre a geração distribuída (GD), alertou que o sistema carece de monitoramento adequado e de ações legislativas. Em relação às MPs, criticou mudanças na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e as responsabilidades de supridor de última instância (SUI), e elogiou o teto para a CDE proposto pela MP 1304, sugerindo antecipar sua aplicação para 2025. Mosna concluiu que o setor enfrenta desafios estruturais ligados a subsídios, abertura do mercado e redefinição do papel das distribuidoras. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)

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Consulta pública debate modernização e regras de comercialização no mercado livre de energia

Foi aberta consulta pública para discutir regras de comercialização no mercado de energia, com foco em governança, gestão de riscos e garantias financeiras para o ACL, além de transparência de preços e mitigação de riscos de crédito após eventos recentes. O debate abrange temas como aperfeiçoamentos de lastro, padronização de contratos, critérios de liquidação e pld horário, e possível sandbox regulatório para inovação. Também entram em pauta acesso de novos entrantes, interoperabilidade de plataformas e reforço dos mecanismos de margem/colateral. A consulta busca contribuições de agentes, consumidores e academia para calibrar sinal de preço, alocação de custos e resiliência do mercado. A iniciativa ocorre paralelamente às discussões sobre capacidade, armazenamento e curtailment, integrando a agenda de modernização do setor. (Megawhat – 15.10.2025)

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BBCE: Preço da energia para suprimento de janeiro a março/2026 cai quase 14%, a R$ 213,50/MWh

Na última semana, os preços futuros de energia elétrica no Balcão de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE) em São Paulo continuaram sua tendência de queda pelo oitavo período consecutivo. Destaque para os contratos de suprimento dos próximos meses, que apresentaram reduções significativas. O contrato para janeiro de 2026 registrou uma queda de 13,64%, atingindo R$ 226,48 por megawatt-hora (MWh), enquanto o contrato trimestral para janeiro a março/2026 teve uma redução de 13,91%, chegando a R$ 213,50 por MWh. O maior volume de negócios ocorreu no contrato de energia para entrega em novembro de 2025, com 700 operações e 816 gigawatts-hora (GWh) negociados, totalizando R$ 210 milhões. Os preços da energia para novembro e dezembro de 2025 também apresentaram diminuições de 11,89% e 10,38%, respectivamente. Além disso, houve uma queda expressiva nos contratos anuais, com o suprimento para 2026 caindo 5,16% e a energia para 2027 perdendo 1,01%. Contratos com vencimentos a partir de 2028 tiveram pequenas oscilações positivas. Todas as negociações referem-se a energia convencional sem desconto nas tarifas de rede, para entrega no submercado Sudeste/Centro-Oeste. A empresa destacou que a baixa nos preços foi acompanhada por um aumento na atividade de negócios em comparação ao mês anterior, indicando um reaquecimento do mercado de energia elétrica. (Broadcast Energia - 15.10.2025)

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Regulação

Artigo de Jerson Kelman: "O Congresso Nacional e a reforma do setor elétrico"

Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Jerson Kelman (ex-professor da Coppe-UFRJ) trata dos riscos de colapso do setor elétrico brasileiro caso não haja uma reforma estrutural que reduza a influência política e os subsídios desnecessários que comprometem sua sustentabilidade. Ele argumenta que o problema não é técnico, mas político, e que a solução exige um pacto que devolva à Aneel a autonomia regulatória e enfraqueça a atuação de lobbies no Congresso. Para isso, propõe dez medidas, como a eliminação de incentivos ineficazes, a cobrança justa de custos de conexão, a revisão de benefícios da geração distribuída, a adoção de leilões por atributos, a criação de tarifas específicas para grandes consumidores e a seleção técnica dos diretores da agência reguladora. Kelman defende que parlamentares e eleitores se informem melhor sobre o tema para que decisões políticas futuras estejam alinhadas ao interesse público. (GESEL-IE-UFRJ – 16.10.2025)

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Governo avalia punições por blecaute e planeja novas medidas para reforçar o sistema elétrico

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que agentes do setor elétrico poderão ser punidos caso seja comprovada negligência no blecaute ocorrido na madrugada do dia 14 de outubro, causado por um incêndio em um reator da subestação Bateias (PR), que desligou cerca de 10 GW e afetou todos os estados do país. Ele destacou que será elaborado um Relatório de Análise de Perturbação pelo ONS e classificou o episódio como uma interrupção pontual com resposta rápida, não um apagão. Silveira apontou que o problema reflete um descompasso entre geração e infraestrutura de transmissão e informou que R$ 74 bilhões estão sendo investidos em novos projetos, com previsão de conclusão até 2028, além da realização do primeiro leilão de baterias em dezembro para lidar com a intermitência das renováveis. O ministro também defendeu uma futura revisão constitucional para ampliar o uso da energia nuclear com fins de defesa e anunciou a intenção do governo de extinguir, a partir de 2027, os gastos socioambientais de Itaipu na renegociação do Anexo C, com o objetivo de reduzir o custo da energia. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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Relator da MP do setor elétrico defende foco no consumidor e teto para subsídios

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da Medida Provisória 1.304/2025, defendeu que a prioridade na discussão da proposta deve ser o consumidor de energia elétrica, com garantia de acesso a um serviço confiável e a preços justos. Ele criticou o peso excessivo dos subsídios pagos via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cujo orçamento ultrapassa R$ 50 bilhões, e propôs estabelecer um teto, congelado e corrigido pela inflação, para evitar novos encargos sobre a população. Braga destacou a necessidade de realocar subsídios, respeitando contratos já firmados, mas abrindo espaço para soluções como o armazenamento de energia e a modernização da transmissão, essenciais para enfrentar cortes de geração e problemas de excesso de energia solar fora do horário de pico. O parlamentar alertou que o setor precisa de reestruturação profunda para evitar o risco de colapso do sistema e lembrou episódio de quase apagão em agosto, quando o excesso de geração renovável levou o ONS a desligar usinas. (Valor Econômico - 15.10.2025)

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Aneel abre consulta pública sobre atualização das Regras de Comercialização de Energia para 2026

A proposta para as Regras de Comercialização de Energia Elétrica, versão 2026 será submetida à Consulta Pública (CP 031/2025) a partir desta quinta-feira, dia 16. A abertura de Consulta Pública para colher subsídios e informações sobre o tema foi decidida pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (14/10). As alterações são de caráter regulatório, de aprimoramento e em demandas com comando regulatório especifico. Os ajustes propostos estão relacionados aos contratos de comercialização (CCEARs) resultantes do 37º Leilão de Energia Nova, realizado em outubro de 2022 com início de fornecimento previsto para 1º de janeiro de 2027; ao 1º Leilão de Reserva de Capacidade; e ao Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Energia. Também há aprimoramentos nos itens Transferência de Histórico de Consumo para apuração de Encargo de Energia de Reserva em Varejistas; na Participação em Resposta da Demanda no modelo simplificado; Suspensão de Fornecimento por Transmissoras; Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), entre outros. Sugestões poderão ser encaminhadas pelo e-mail cp031_2025@aneel.gov.br no período de 16 de outubro a 17 de novembro de 2025. (Aneel – 14.10.2025)

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Aneel publica orientações para pedido de instalação de sistemas de armazenamento junto a usinas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou orientações para aqueles interessados em solicitar a instalação de sistemas de armazenamento de energia elétrica (SAE) em centrais geradoras já outorgadas. Segundo as diretrizes publicadas no portal da agência, os empreendedores que desejam instalar baterias devem apresentar diversos documentos, incluindo o arranjo geral do empreendimento, um estudo técnico com a estimativa de injeção anual de energia elétrica associada ao projeto, licença ambiental compatível, Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (Cust) firmado com o ONS, e, se necessário, Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (Cusd) com a distribuidora. Além disso, é necessário um sumário executivo para a emissão da outorga e uma declaração de atendimento aos requisitos regulatórios. A Aneel ressaltou que, caso haja dificuldades na apresentação de algum dos documentos, o interessado deve justificar perante a agência reguladora. Essas orientações visam a regulamentar a instalação de sistemas de armazenamento de energia elétrica em centrais geradoras já autorizadas, buscando garantir o cumprimento das normas e promover o avanço da tecnologia nesse setor. (Broadcast Energia - 15.10.2025)

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Aneel defende ajustes na CDE para reduzir impacto nas tarifas

Ao participar nesta terça-feira (14/10) de audiência pública no Senado, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Sandoval Feitosa, defendeu ajustes na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) como o estabelecimento de um teto para o repasse nas tarifas, além do fim da diferenciação por nível de tensão, com transição gradual para que, a partir de 2038, consumidores paguem a mesma quota. Feitosa citou que o “Subsidiômetro” – ferramenta desenvolvida pela Aneel desde 2023 – mostra que os custos com subsídios representam aproximadamente 14% na tarifa de energia elétrica. A reunião, promovida pela Comissão Mista para examinar e emitir parecer sobre a Medida Provisória 1.304/2025, teve o objetivo de debater medidas para conter o crescimento dos gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e para lidar com os impactos no mercado regulado da expansão em curso do mercado livre e abertura do mercado livre para baixa tensão. O diretor-geral ainda destacou que “subsidio bom é aquele que faz política social e não aquele que traz crise fiscal”. Segundo ele, “os elevados aumentos nos encargos trazem uma distorção muito grande na fatura de energia elétrica”. (Aneel – 15.10.2025)

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Aneel ajustará investimento de P&D de distribuidoras de energia para 2026

A Aneel ajustará, para 2026, as regras/percentuais do investimento obrigatório em P&D das distribuidoras, com adequações de metodologia e prioridades temáticas. O objetivo é direcionar recursos a digitalização da rede, medição inteligente, flexibilidade (armazenamento e resposta da demanda), redução de perdas, cibersegurança e qualidade. O ajuste também trata de critérios de elegibilidade, avaliação de resultados e governança dos projetos, aproximando P&D de desafios operacionais e de impacto mensurável ao consumidor. A autarquia sinaliza maior foco em validação em campo, interoperabilidade e replicabilidade, com mecanismos de curadoria e evitação de sobreposição. Espera-se aumento da taxa de implementação e do spillover tecnológico para toda a cadeia elétrica. O redesenho busca acelerar a inovação alinhada ao planejamento energético. (Megawhat – 15.10.2025)

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Transição Energética

Organização da COP30 elabora 7 planos para acelerar processo de transição energética no mundo

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em breve, está desenvolvendo sete planos para acelerar a transição energética global. Esses planos servirão como guias para viabilizar soluções relacionadas à energia sustentável, mineração e combustíveis sustentáveis. O 'Mutirão da Transição Energética para a COP30', um evento preparatório no Ministério de Minas e Energia (MME), discutirá o tema na próxima segunda-feira. Os planos incluem a expansão e resiliência das redes elétricas, o uso de minerais para a transição e a circularidade, soluções da indústria de óleo e gás, acesso à energia elétrica e ao cozimento limpo, combustíveis sustentáveis, e planejamento energético para uma transição justa e inclusiva. Um dos focos será avaliar o nível de maturidade das soluções em cada área e mapear as ações previstas até 2028, ano do Global Stocktake do Acordo de Paris. Os projetos se baseiam na rede de conexões estabelecida durante a presidência brasileira do G20 e serão apresentados como documentos iniciais na COP30, sendo complementados nas próximas presidências da Conferência. Há discussões para tornar os projetos vinculativos para os países anfitriões de eventos multilaterais futuros. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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MME/Silveira: Investimento para descarbonização da Amazônia é de R$ 5 bi até 2030

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou um investimento do governo federal de R$ 5 bilhões até 2030 no programa "Energias da Amazônia" para descarbonização da região. O objetivo é substituir o uso de óleo diesel por fontes renováveis em sistemas isolados, visando alcançar 70% de energia limpa e renovável até 2030. Isso reduzirá os custos de energia para os brasileiros, uma vez que atualmente a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) subsidia as térmicas a óleo utilizadas em áreas não integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Silveira também mencionou a destinação de R$ 300 milhões para diminuir o impacto da conta de energia no Pará. Além disso, foi sancionada uma lei que permite a repactuação de parcelas devidas a título de Uso do Bem Público (UBP) para hidrelétricas licitadas com base em lei de 1998. A repactuação visa corrigir contratos defasados e evitar impacto fiscal de até R$ 20 bilhões para a União. A medida também pode arrecadar mais de R$ 6 bilhões da CDE para reduzir tarifas dos consumidores nas regiões da Amazônia e Nordeste. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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Brasil amplia liderança em indústria limpa

O Brasil amplia sua liderança na indústria limpa global com a seleção de três novos projetos de descarbonização pelo Acelerador da Transição Industrial (ITA), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Com as novas iniciativas, o número de projetos apoiados pelo ITA no país chega a 15, somando um potencial de investimento superior a US$ 23 bilhões. Os novos projetos, liderados por Stegra, Green Energy Park e Grupo KWPar, receberão suporte técnico e estratégico para superar barreiras regulatórias e de financiamento, além de avançar nas decisões finais de investimento. As iniciativas focam na produção de ferro, aço e produtos químicos a partir dehidrogênio verde, tecnologia essencial para reduzir as emissões de carbono na indústria pesada. Segundo o relatório “Indústria Limpa: Tendências de Transformação 2025”, elaborado pela Mission Possible Partnership (MPP) e pelo ITA, o Brasil já atraiu cerca de US$ 6 bilhões em investimentos e tem US$ 55 bilhões em oportunidades anunciadas no setor. Além dos novos selecionados, o ITA também apoia projetos de empresas como Fortescue, European Energy, Acelen, Votorantim Cimentos, Mizu Cimentos, Eco Fusion, Alcoa, Solatio, Atlas Agro, CBA e Gerdau — todas voltadas à descarbonização da indústria pesada e do transporte de longa distância, responsáveis por quase um terço das emissões globais. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)

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Petrobras: Janela para licenciamento da Foz do Amazonas está fechando

O processo de licenciamento ambiental da Petrobras para perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas entrou em contagem regressiva. O Ibama informou na última terça-feira, 14 de outubro, que ainda precisa de esclarecimentos adicionais sobre os planos de emergência e de atendimento à fauna antes de concluir a análise, e marcou uma nova reunião com a estatal para a quinta-feira (16). A pressa se deve ao fato de que o contrato de afretamento do navio-sonda ODN-II, essencial para a operação, expira no dia 21 de outubro. Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, se a perfuração não começar até essa data, a sonda poderá ser retirada e o processo de licenciamento precisará recomeçar. A executiva ressaltou que o equipamento é raro e altamente demandado no mercado internacional. A Petrobras tenta a autorização desde abril de 2021, quando assumiu blocos na região após a saída da bp, incluindo o FZA-M-59, onde pretende perfurar o poço Morpho. O Ibama havia negado o primeiro pedido em maio de 2023, mas a estatal apresentou recurso e vem desde então ajustando estudos e planos para atender às exigências ambientais. (Petronotícias - 14.10.2025)


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COP 30: Brasil, Japão e Itália firmam pacto para quadruplicar combustíveis verdes até 2035

Brasil, Japão e Itália lançaram, durante o encontro Pré-COP30, um documento com o compromisso de quadruplicar a produção de combustíveis sustentáveis até 2035. A iniciativa, que teve o apoio da Índia, sugere a adoção de fontes energéticas como hidrogênio, biocombustíveis e combustíveis sintéticos em atividades de difícil descarbonização. Os alvos são os setores de transporte aéreo, marítimo e rodoviário, além de indústrias como cimento e aço. A Agência Internacional de Energia (AIE) calcula que os investimentos acumulados entre 2024 e 2035 podem chegar a US$1,5 trilhão, considerando todas as alternativas de combustíveis. Esses dados têm base no relatório Delivering Sustainable Fuels – Pathways to 2035, lançado pela AIE. O estudo evidencia também que a produção pode quadruplicar até 2035, um crescimento impulsionado pelo avanço de acordos internacionais e pelas discussões em torno dos compromissos de Belém e da COP. Por fim, observa-se um maior interesse dos países em se posicionarem como líderes na transição energética global. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)

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Crise Climática

COP30: Pré-conferência recebe 67 delegações, com ausências dos EUA e Argentina

Neste momento, em Brasília, está acontecendo o encontro preparatório da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), com a presença de 67 delegações. Destaca-se a ausência dos Estados Unidos e da Argentina, importantes parceiros comerciais do Brasil, neste evento conhecido como 'Pré-COP'. Enquanto isso, países como China e União Europeia marcam presença, demonstrando a importância atribuída ao combate às mudanças climáticas.Os Estados Unidos, que anunciaram a saída do Acordo de Paris no início do atual governo, ainda estão formalmente vinculados ao acordo até 2026. Durante a gestão de Joe Biden, o país apresentou novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), mostrando um compromisso renovado com a questão climática. A COP30, que ocorrerá em Belém (PA), já conta com a confirmação de 162 países, ultrapassando o número mínimo de dois terços de delegações necessárias para o evento, estabelecido com base nos 190 países que aderiram ao Acordo de Paris. A presença de tantos países reforça a importância e a urgência de se debater e implementar ações efetivas para enfrentar a crise climática global. (Broadcast Energia - 15.10.2025)

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Relatório do Círculo das Finanças defende nova arquitetura global para viabilizar transição climática

Um relatório elaborado pelo Círculo dos Ministros das Finanças, iniciativa criada pela presidência da COP30 para conectar clima e finanças, defende a criação de uma nova arquitetura financeira global que acelere a transição para economias descarbonizadas e apoie a implementação das metas climáticas nacionais. O documento, lançado durante os encontros do FMI em Washington, propõe cinco prioridades: ampliar o financiamento concessional, reformar bancos multilaterais de desenvolvimento, fortalecer bancos nacionais, atrair capital privado e incluir riscos climáticos nas regras financeiras. A meta é mobilizar pelo menos US$ 300 bilhões anuais até 2035, dentro de um plano que pretende alcançar US$ 1,3 trilhão. O Brasil apresentará na COP30 quatro iniciativas, incluindo o Fundo Florestas Tropicais para Sempre e a Coalizão Aberta para Mercados de Carbono. Especialistas, no entanto, alertam que temas como adaptação e perdas e danos seguem subfinanciados e que é necessário fortalecer o papel das finanças públicas nesse processo. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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Crise climática mobiliza Congresso na preparação da COP30

As subcomissões da Câmara dos Deputados e do Senado que acompanham os preparativos para a COP30 realizaram em 14 de outubro uma audiência conjunta para discutir os seis eixos temáticos da conferência e reforçar o papel do Parlamento no enfrentamento da crise climática. O encontro ocorreu durante a Pré-COP, em Brasília, que reúne representantes de mais de 60 países para construir consensos a serem firmados na cúpula de Belém (PA), em novembro. A senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da subcomissão no Senado, destacou o crescente engajamento dos parlamentares e a importância de garantir legitimidade democrática e base legislativa às decisões da COP30, em consonância com o Acordo de Paris. Ela lembrou que os seis eixos temáticos propostos pelo Brasil são: transição energética justa; florestas e biodiversidade; adaptação e resiliência; financiamento climático; cidades sustentáveis e inclusivas; e participação social. (Agência Câmara de Notícias – 14.10.2025)


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Falta de investimentos em emergentes é maior desafio da agenda climática, diz CEO do PRI

O CEO global dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), David Atkin, afirmou que, embora investidores institucionais estejam cada vez mais comprometidos com a transição para uma economia limpa, ainda há grande resistência em direcionar capital para economias emergentes — o que ele considera o principal obstáculo da agenda sustentável global. Atkin destacou que, dos US$ 2,2 trilhões previstos para investimentos em energia limpa em 2025, menos de 15% será destinado a países em desenvolvimento, apesar de concentrarem 70% do potencial eólico e solar mundial. Ele apontou o Brasil como exemplo de oportunidades em áreas como combate ao desmatamento, energias renováveis e agricultura sustentável, mas ressaltou que a falta de ambiente regulatório adequado e a desconfiança dos investidores após perdas anteriores limitam o fluxo de capital. Atkin defendeu maior diálogo entre governos e investidores, lembrou que a transição energética é irreversível e ressaltou que os recursos privados serão fundamentais diante do aperto orçamentário global. O PRI lançará no encontro de São Paulo o programa Pathways para orientar investimentos em temas como clima e direitos humanos, e simplificará exigências aos signatários para aumentar o engajamento. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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IRENA: Avanço das renováveis é insuficiente para metas globais até 2030

O mundo ainda está distante de cumprir as metas globais de energia renovável e eficiência energética, apesar do avanço registrado em 2024. A constatação está em um novo relatório divulgado nesta terça-feira (8) pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), pela Presidência Brasileira da COP30 e pela Aliança Global de Renováveis (GRA), durante um evento de alto nível pré-COP30 em Brasília. No ano passado, a capacidade global de energias renováveis cresceu 582 gigawatts (GW), o maior aumento já registrado. Mesmo assim, segundo a IRENA, o ritmo é insuficiente para alcançar a meta firmada na COP28, em Dubai, de triplicar a capacidade instalada para 11,2 terawatts (TW) até 2030. Segundo o relatório, atingir esse objetivo exigirá a adição de 1.122 GW por ano a partir de 2025, o que representa uma taxa média de crescimento anual de 16,6% até o fim da década. O novo relatório, chamado “Cumprindo o Consenso dos Emirados Árabes Unidos: Acompanhamento do progresso para triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030“, também aponta que o desempenho global em eficiência energética continua abaixo do necessário. A intensidade energética mundial aumentou apenas 1% em 2024, muito aquém dos 4% anuais previstos para manter o limite de aquecimento global em 1,5°C. (Petronotícias - 15.10.2025)

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Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática: Estatais apontam direções inexploradas pelo setor privado para a transição energética

As empresas estatais estão desempenhando papel estratégico na transição energética ao apontarem caminhos ainda pouco explorados pelo setor privado, conforme exposto no seminário Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática, promovido pela secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (Sest/MGI) com apoio da Petrobras, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e da Open Society Foundations (OSF). Com capacidade de investir em larga escala e foco no interesse público, foi apontado que essas empresas lideram iniciativas em energia renovável, eletrificação e biocombustíveis, integrando inovação, soberania e justiça social. O Plano Nacional de Energia 2055 destaca a diversificação da matriz energética, incluindo hidroeletricidade, combustíveis sintéticos e hidrogênio. A Petrobras, por exemplo, destina 15% de seu Capex à transição energética e busca ampliar sua presença em bioprodutos e energia solar e eólica offshore. A Itaipu Binacional destaca seu papel como "bateria" do sistema elétrico, enquanto a Petronas aposta no gás natural como fonte de transição e em tecnologias de captura de carbono. O debate também incluiu a importância da requalificação dos trabalhadores da indústria fóssil e da coordenação estatal para garantir uma transição justa e inclusiva, sobretudo diante do aumento da demanda energética impulsionada pela digitalização e eventos climáticos extremos. (Gov.br - 16.10.2025)

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Empresas

Âmbar compra participação da Eletrobras na Eletronuclear por R$ 535 mi

A Âmbar, empresa de energia do grupo J&F, adquiriu a participação da Eletrobras na Eletronuclear, operadora das usinas de Angra 1 e 2, por R$ 535 milhões, além da assunção de R$ 2,4 bilhões em debêntures e garantias. Com a operação, a Âmbar passa a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da empresa, cujo controle permanece com a União. O acordo não inclui investimentos imediatos no projeto de Angra 3, mas, segundo o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta, a companhia continuará avaliando oportunidades no setor nuclear. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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Aprovado reajuste tarifário anual da EDP SP

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o Reajuste Tarifário Anual da EDP São Paulo Distribuição de Energia S.A. (EDP SP) nesta terça-feira (14/10). Sediada em São Paulo, a empresa atende cerca de 2,2 milhões de unidades consumidoras em 28 municípios do estado. Os fatores que mais contribuíram foram os custos com encargos setoriais, transporte de energia e componentes financeiros apurados no atual reajuste tarifário para compensação nos 12 meses seguintes.O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública). (Aneel – 14.10.2025)

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Neoenergia Brasília tem novas tarifas de energia elétrica aprovadas

O Reajuste Tarifário Anual de 2025 da Neoenergia Distribuição Brasília S.A. foi aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira (14/10). Com sede na cidade de Brasília/DF, a distribuidora atende cerca de 1,19 milhão de unidades consumidoras. Os principais fatores que contribuíram para os valores foram os custos com encargos setoriais, além de componentes financeiros apurados no reajuste tarifário atual. O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública). (Aneel – 14.10.2025)

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Equatorial GO: Anúncio da 11ª emissão de debêntures no valor de R$ 1,3 bi

O conselho de administração da Equatorial Goiás Distribuidora de Energia aprovou a 11ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, totalizando R$ 1,3 bilhão. Serão emitidas 1.300.000 debêntures, com valor unitário de R$ 1 mil e prazo de vencimento de sete anos. A remuneração será 100% da taxa DI, mais uma sobretaxa de até 0,65% ao ano. Segundo a empresa, os recursos captados com essa operação serão utilizados para pré-pagamento de debêntures da 1ª série da 4ª emissão da empresa e, se houver remanescentes, serão destinados à gestão ordinária dos negócios. (Broadcast Energia – 14.10.2025)


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Auren: UHEs receberão R$ 498,8 mi de indenização

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu a indenização de R$ 498,8 milhões à Auren (antiga Cesp) pelos investimentos ainda não amortizados ou depreciados em bens reversíveis das usinas hidrelétricas de Jupiá, Ilha Solteira, Paraibuna e Jaguari. O valor corresponde à Base de Remuneração Regulatória Líquida e será encaminhado ao Ministério de Minas e Energia (MME), que definirá a forma de pagamento, o índice de correção monetária e o cronograma. A maior indenização será destinada à UHE Jupiá, no valor de R$ 230,8 milhões, seguida por Ilha Solteira, com R$ 213,3 milhões. As usinas Paraibuna e Jaguari receberão, respectivamente, R$ 30,5 milhões e R$ 24 milhões. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)

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Light: Avanço em programa de combate a perdas e inclusão social

A Light começou a pôr em prática as iniciativas constituídas no âmbito do programa ProRio, criado para combater perdas de energia de forma contínua e abrangente. Com dois anos de duração, o projeto visa recuperar energia, ampliar o acesso seguro à eletricidade e promover cidadania, apoiando-se em oito pilares: tecnológico, social, econômico, legal, político, regulatório, operacional e comportamental. No primeiro ano, foram estudadas experiências locais e internacionais, e, agora, no segundo, começam as ações práticas. Entre elas, destaca-se o faturamento fixo, aplicado nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia, que busca adequar as contas ao orçamento dos moradores e estimular o consumo eficiente, aliando inclusão social e mudança de comportamento energético. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)


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América Energia: Comercializadora pede 60 dias a credores e pode pedir recuperação

A comercializadora América Energia solicitou uma suspensão de 60 dias da exigibilidade de sua dívida para negociar com credores um passivo de até R$ 100 milhões. A empresa informou que, se as negociações não forem bem-sucedidas, poderá entrar em recuperação judicial ou extrajudicial. A situação foi desencadeada pelo não pagamento de R$ 50 milhões pela Gold Energia, que entrou em recuperação judicial com um passivo de R$ 2 bilhões. Isso impactou a América em R$ 75 milhões devido à reposição necessária e ao aumento de preços no mercado. A lista de credores da América Energia inclui diversas empresas do setor, como Thopen Comercializadora, Enel Trading, Safira Administração de Energia, entre outras. (Broadcast Energia – 14.10.2025)

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Light: Projeto-piloto de sandbox tarifário terá início em novembro

A Light dará início em breve ao projeto Light Controle, uma iniciativa complementar ao ProRio, inspirada em práticas internacionais e voltada à adoção de tarifas mais justas e conscientes. O projeto propõe uma tarifa diferenciada, adaptada ao orçamento familiar, que estimula o uso racional da energia por meio de cashback e benefícios vinculados à adimplência e ao consumo eficiente. Além de produtos e serviços associados — como possíveis ofertas de telemedicina —, o programa conta com recursos tecnológicos e ações de comunicação para aproximar a concessionária das comunidades. Previsto para iniciar em novembro de 2025, com duração de 12 meses, o projeto será executado no âmbito do sandbox tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), servindo como piloto para possíveis expansões regulatórias futuras. (Agência CanalEnergia - 15.10.2025)

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Leilões

Governo realizará primeiro leilão de baterias em dezembro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo fará em dezembro o primeiro leilão de baterias do país, iniciativa destinada a enfrentar a intermitência das fontes renováveis, como eólica e solar, no sistema elétrico brasileiro. Durante audiência na Câmara dos Deputados, ele destacou também os avanços em infraestrutura de transmissão, especialmente no Nordeste, para melhorar o escoamento da geração. Silveira explicou que as baterias permitirão armazenar energia e garantir maior estabilidade ao sistema. O ministro ainda comentou a investigação sobre o extravio de ampolas de urânio em 2023, concluída como erro operacional sem indícios de crime, e ressaltou políticas para modernizar o setor nuclear, incluindo a proposta de pequenos reatores para áreas isoladas. Por fim, negou a importação de óleo venezuelano por empresas brasileiras, afirmando que a ANP não encontrou evidências de qualquer operação que viole sanções internacionais. (Valor Econômico - 15.10.2025)

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MME/Silveira: Leilão de baterias deve chegar a 2 gigawatts de demanda

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo planeja realizar um leilão de baterias com uma demanda estimada de 2 GW (gigawatts). A declaração foi feita durante sua participação no Fórum Esfera, em Belém (PA). Essa projeção está alinhada com as expectativas do mercado, conforme divulgado pela Broadcast em agosto. A previsão é de que uma portaria com as diretrizes para o leilão seja lançada ainda em 2025, com a realização do certame exclusivo para armazenamento previsto para o início de 2026. Esse leilão será realizado logo após a contratação para a reserva de capacidade, que é destinada às usinas hidrelétricas e térmicas. A iniciativa visa fortalecer a infraestrutura energética do país e impulsionar a adoção de fontes renováveis, como a energia solar e eólica, ao promover o armazenamento de energia de forma mais eficiente e sustentável. A expectativa é de que o leilão de baterias contribua significativamente para o avanço da matriz energética brasileira, garantindo maior segurança e estabilidade ao sistema elétrico nacional. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Diretor-geral de Itaipu minimiza blecaute e alerta para desafios da geração intermitente

O diretor-geral de Itaipu Binacional, Enio Verri, afirmou que o blecaute ocorrido na madrugada de 14 de outubro, causado por um incêndio na subestação Bateias (PR), não representa um grande problema, mas serve como oportunidade para entender melhor o funcionamento do sistema elétrico nacional. Ele explicou que, embora a falha devesse ter sido contida localmente, a característica interligada da rede brasileira faz com que incidentes se propaguem por todo o sistema. O apagão cortou cerca de 10 GW e afetou todos os estados e o Distrito Federal por até duas horas e meia. Verri também destacou os desafios impostos pelo excesso de geração intermitente de fontes renováveis, como eólica e solar, que exigem maior esforço das usinas de energia firme, como Itaipu, para suprir a demanda em horários críticos. O executivo ressaltou ainda o programa de modernização da usina, com R$ 5 bilhões em investimentos até 2035, e afirmou que a operação seguirá estável nos próximos meses, apesar das incertezas climáticas trazidas pelo fenômeno La Niña. (Valor Econômico - 15.10.2025)

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Mobilidade Elétrica

WEG compra participação majoritária na Tupi Mob e amplia atuação em mobilidade elétrica

A fabricante catarinense WEG anunciou a aquisição de aproximadamente 54% do capital social da Tupinambá Energia (Tupi Mob) por R$ 38 milhões, em operação sujeita a aprovações regulatórias. Fundada em 2019, a Tupi Mob desenvolve softwares e serviços para gestão de redes de recarga de veículos elétricos e é dona do aplicativo Tupi, que conecta motoristas a pontos de recarga, com mais de 370 mil usuários e 1,3 milhão de recargas realizadas. A empresa também oferece soluções para montadoras e operadores por meio da plataforma Tupi Conecta. Segundo a WEG, a integração das tecnologias permitirá combinar hardware, software e serviços digitais, melhorando a confiabilidade e disponibilidade das recargas — um desafio em mercados maduros. A aquisição faz parte da estratégia de internacionalização da WEG, que planeja expandir os serviços para a Europa a partir de 2026. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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BYD: Construção de centro de P&D no RJ

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, revelou em suas redes sociais a instalação de um centro de pesquisa e desenvolvimento da montadora chinesa de carros elétricos BYD na cidade. O novo centro terá como principais áreas de estudo a direção autônoma e combustíveis flexíveis. O presidente internacional da BYD, Wang Chuanfu, afirmou que a decisão de estabelecer o centro no Rio foi motivada pelo convencimento do prefeito e o local escolhido será um terreno no Aeroporto Internacional Tom Jobim. O investimento para esse projeto é totalmente privado. Recentemente, a BYD inaugurou sua primeira fábrica de carros elétricos em Camaçari, Bahia, com um investimento de R$ 5,5 bilhões. Essa iniciativa demonstra o compromisso da empresa em expandir suas operações no Brasil e investir em tecnologias sustentáveis. A chegada do centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio de Janeiro não só trará avanços significativos para a indústria de carros elétricos no país, mas também fortalecerá a posição do Brasil como um importante mercado para veículos elétricos. Essa parceria entre a BYD e o governo do Rio de Janeiro representa uma oportunidade única para impulsionar a inovação e a sustentabilidade no setor automotivo. A escolha estratégica do local, próximo a um importante centro de transporte como o Aeroporto Internacional Tom Jobim, ressalta o potencial de crescimento e desenvolvimento da indústria de veículos elétricos na região. Com a instalação desse centro, espera-se que novas tecnologias e soluções inovadoras sejam desenvolvidas, contribuindo para a transição para uma mobilidade mais limpa e eficiente no Brasil. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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Inovação e Tecnologia

MME/Silveira diz que obras do data center do TikTok no Ceará serão iniciadas em 6 meses

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou hoje que as obras para receber o data center do TikTok no Ceará começarão em seis meses, com um investimento previsto de R$ 50 bilhões no estado. A instalação do data center faz parte dos planos da empresa e foi reforçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o Fórum Esfera em Belém. Essa iniciativa surge antes do lançamento do Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter no Brasil (Redata), que visa desonerar a cadeia produtiva. Para se qualificar no programa, as empresas devem ter contratos de suprimento a partir de fontes limpas ou renováveis. Além disso, durante o evento em Belém, Silveira elogiou o Pará por seu alinhamento econômico e ambiental, destacando a preservação das áreas exploradas pela empresa Vale como um exemplo a ser seguido. Este movimento demonstra um esforço do governo e das empresas em promover o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental, ao mesmo tempo em que impulsionam investimentos significativos no setor de tecnologia no Brasil. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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OpenAI e Sur Energy consideram projeto de data center de US$ 25 bi na Argentina

A OpenAI e a Sur Energy assinaram uma 'carta de intenções' para um projeto de data center na Argentina, com um investimento de até US$ 25 bilhões. O governo argentino anunciou a parceria após o presidente Javier Milei se reunir com representantes da OpenAI na Casa Rosada, em Buenos Aires. O projeto, chamado de 'Stargate Argentina', visa estabelecer uma infraestrutura de inteligência artificial (IA) de ponta no país. A instalação terá capacidade de até 500 megawatts para suportar computação avançada de IA. O CEO da OpenAI, Sam Altman, expressou orgulho pelo lançamento do projeto em colaboração com a Sur Energy. O 'Stargate Argentina' busca posicionar a Argentina na vanguarda do ecossistema global de IA e promete trazer avanços significativos nesse campo. A parceria entre uma empresa de tecnologia de renome e uma líder em energia demonstra a importância estratégica desse empreendimento para o desenvolvimento tecnológico do país sul-americano. (BroadcastEnergia - 15.10.2025)

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Energias Renováveis

Casa dos Ventos: Cade dá aval a consórcio com Atacadão para autoprodução

A Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a formação de um consórcio entre o Atacadão e a Casa dos Ventos para a exploração conjunta de usinas fotovoltaicas no Mato Grosso do Sul. A iniciativa visa não apenas a obtenção de energia proveniente de fontes renováveis, mas também a redução de custos associados à aquisição de energia no mercado convencional. A Casa dos Ventos informa que vê nessa parceria uma oportunidade de expandir seus projetos de produção de energia renovável no Brasil. Essa investida reflete o interesse do setor privado em investir em fontes de energia sustentável, alinhando-se com as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e de promoção do desenvolvimento sustentável. No contexto atual de mudanças climáticas e transição energética global, parcerias como essa entre empresas do varejo e do setor de energia renovável são essenciais para impulsionar a transformação do mercado de energia no país, rumo a uma economia mais sustentável e resiliente. (Broadcast Energia – 14.10.2025)


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Neoenergia firma parceria com Nexus Ligas para autoprodução de energia eólica

A Neoenergia anunciou a assinatura de um acordo com a Nexus Ligas para a autoprodução de energia eólica por dez anos. Com a parceria, a Nexus se tornará sócia na unidade geradora Canoas 3, que integra o complexo eólico Chafariz, localizado na Paraíba. O empreendimento faz parte do complexo renovável da companhia, com capacidade instalada de 471,2 megawatts (MW), suficiente para abastecer cerca de 1,3 milhão de residências por ano. A operação, que recebeu aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho, reforça a estratégia da empresa em ampliar sua presença no setor de energias renováveis e oferecer soluções energéticas sustentáveis. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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Gás e Termelétricas

Silveira defende revisão da política nuclear e volta a falar em uso para defesa

O ministro Alexandre Silveira defendeu revisitar a Política Nuclear Brasileira, com atualização de diretrizes para a expansão civil (como Angra 3, combustível e radioisótopos) e menção ao uso para defesa, tema que ele já havia suscitado em outras ocasiões. A fala insere a energia nuclear no centro da segurança energética e da transição como fonte firme e baixa em carbono, ao lado de hidrelétricas com reservatório, gás de transição e armazenamento. Silveira também acena para governança e financiamento de projetos de longa maturação, articulação federativa e coordenação com Itamaraty e Defesa. O redesenho buscaria alinhar cadeia de combustível, licenciamento e gestão de rejeitos às metas climáticas e de soberania. A agenda pode incluir parcerias tecnológicas, regulamentações para novas usinas e eventual planejamento plurianual para o nuclear. O debate ocorre às vésperas da COP30, quando o Brasil busca equilibrar expansão renovável intermitente com fontes despacháveis. (Megawhat – 15.10.2025)

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Âmbar compra participação da Eletrobras na Eletronuclear e estreia no setor nuclear

A Âmbar, braço de energia do grupo J&F, anunciou a aquisição da totalidade da participação da Eletrobras na Eletronuclear, operadora das usinas Angra 1 e 2, por R$ 535 milhões, além da assunção de R$ 2,4 bilhões em debêntures e garantias. Com a transação, a empresa passa a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante, enquanto a União mantém o controle por meio da ENBPar. A operação, considerada positiva pelo mercado por reduzir riscos e liberar capital da Eletrobras, marca a entrada da Âmbar no setor nuclear e reforça sua estratégia de expansão. A Eletronuclear, que também desenvolve o projeto Angra 3, possui potencial de cerca de 3.400 MW e contratos de fornecimento até 2044. A Âmbar vê na aquisição uma oportunidade estratégica de participar de futuras expansões nucleares no país, impulsionadas pelo aumento da demanda global por energia elétrica, sobretudo com a ascensão da inteligência artificial e dos data centers. (Valor Econômico - 16.10.2025)

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Tradener leva experiência do mercado livre de energia para o setor de gás no RS

A Tradener acaba de receber o registro de autorização do Estado do Rio Grande do Sul para atuar na comercialização de gás natural em todo o território gaúcho. A marca já tem autorização federal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse novo credenciamento, segundo a companhia, fortalece sua atuação no Estado, onde já investe em geração e comercialização de energia elétrica. Atualmente, mais de 270 consumidores do Rio Grande do Sul já se beneficiam da atuação da Tradener no mercado livre de energia elétrica, alcançando juntos uma economia de aproximadamente R$ 134 milhões em seus custos. Como um novo passo, a empresa leva essa experiência também para o segmento de gás natural, ampliando seu portfólio e soluções para os clientes. Por fim, a companhia possui atualmente 172 MW de potência instalada e um horizonte de novos projetos em andamento. (Agência CanalEnergia - 14.10.2025) 

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Biblioteca Virtual

KELMAN, Jerson. "O Congresso Nacional e a reforma do setor elétrico".

Acesse o texto clicando no link.

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