IFE Diário 6.280
Regulação
ONS: Transmissoras de energia são premiadas pela qualidade na operação
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) premiou as transmissoras Copel GT e XRTE com o primeiro lugar nas categorias “Corrente Alternada” (CA) e “Corrente Contínua” (CC), respectivamente, no 1º Prêmio ONS de Qualidade na Operação, realizado em 1º de outubro. A iniciativa visa valorizar empresas que se destacam em performance operacional, estimulando boas práticas e excelência na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Na categoria CA, a Taesa ficou em segundo lugar e a Chesf em terceiro; já na CC, a BMTE ficou em segundo e a IE Madeira em terceiro. Segundo o diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira, a metodologia utilizou índices previstos em procedimento de rede, medindo a disponibilidade operativa dos equipamentos, considerando falhas e intempéries em bases equivalentes. Ele destacou que o prêmio incentiva investimentos em resiliência e confiabilidade, reforçando que a excelência operacional precisa ser contínua e reconhecida, refletindo diretamente no atendimento eficiente à sociedade. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
Quatro novas unidades geradoras, incluindo eólica na BA e térmica em SP, recebem aval da Aneel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação comercial, a partir de 1º de outubro, de quatro unidades geradoras em diferentes estados do país. Entre os empreendimentos liberados estão as UG15 da EOL Ventos de Santa Luzia 15, a UG10 da EOL Ventos de Santo Antônio 04, e a UG6 da EOL Ventos de Santo Antônio 05, todos localizados na Bahia com potência de 4,5 MW. Além disso, em São Paulo, a liberação contempla a UG1 da UTE Ipiranga Bionergia Mococa II, com potência de 25MW. Finalizando a listagem de autorizações, a agência autorizou a operação teste da UG3 da PCH Ponte Serrada. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
EPE: Servidores realizam greve em 01/10 e prometem nova paralisação na próxima semana
Os servidores da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realizaram, em 1º de outubro, uma greve de 24 horas e anunciaram nova paralisação de 48 horas para o dia 7, em protesto contra perdas salariais e reajustes abaixo da inflação. Em carta aberta, os sindicatos afirmam que desde 2014 os salários acumulam defasagem de 22,7% frente ao IPCA, enquanto outras estatais e servidores dos três Poderes receberam aumentos superiores. Além disso, benefícios como assistência médica, alimentação e educação também tiveram perdas ainda mais severas. Outro ponto de crítica é uma norma da diretoria que prevê demissões sigilosas sem direito à defesa. O texto alerta para desmotivação, evasão de talentos e pede reunião com os ministros Alexandre Silveira (MME), Esther Dweck (Gestão) e o presidente do conselho, Fernando Colli, a fim de discutir soluções. (Petronotícias – 01.10.2025)
Regulamentação da eólica offshore avança com previsão de decreto em maio de 2026
O grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Política Energética para tratar do marco legal da eólica offshore deve apresentar em novembro as diretrizes para a regulamentação da Lei 15.097. A proposta será submetida ao CNPE, que tem reunião ordinária prevista para dezembro desse ano. O GT coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e formado por 23 órgãos públicos deve apresentar a proposta de decreto de regulamentação da lei em maio de 2026. Nesta proposta, deverão conter comandos para a elaboração de normas pelas agências de Energia Elétrica (Aneel) e de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Além disso, também é prevista uma atuação na elaboração de um relatório amplo com diagnósticos sobre a adoção de políticas públicas relacionadas à exploração energética no mar. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
Aneel define valores de R$ 441 mi da Conta Bandeiras para liquidação do mercado de curto prazo
A Agência Nacional de Energia Elétrica fixou os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (Conta Bandeiras), para fins da liquidação das operações do mercado de curto prazo junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Os valores são referentes à contabilização de agosto de 2025. De acordo com o Despacho Nº 2.941, publicado no Diário Oficial da União do dia 1 de outubro, o montante repassado às distribuidoras credoras é de R$ 441.392.689,14, enquanto os destinados a Conta pelas concessionárias e permissionárias de distribuição devedoras, totalizam R$ 325.400.972,74. Por fim, a publicação destaca ainda que as concessionárias inadimplentes e credoras terão seus créditos retidos para abatimento dos débitos de competências anteriores. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
Transição Energética
Lula defende realização da COP30 em Belém e reforça foco na Amazônia
Em visita ao Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a escolha de Belém como sede da COP30, marcada para novembro, destacando que o evento não será “do luxo”, mas “da verdade”, para mostrar ao mundo a realidade da Amazônia. Apesar das críticas à infraestrutura da cidade, como altos preços de hospedagem e possíveis gargalos de energia, Lula disse confiar na capacidade de organização do município com apoio do governo federal e estadual. Para evitar que queimadas comprometam a conferência, o governo prepara uma campanha publicitária de prevenção e mobilizou o maior contingente de brigadistas federais da história. O governador Helder Barbalho ressaltou que a decisão só foi possível pela insistência de Lula diante de resistências internacionais. Em seu discurso, o presidente também cobrou maior compromisso dos países ricos no financiamento de ações que garantam qualidade de vida à população amazônica e a preservação da floresta. (Valor Econômico - 03.10.2025)
Marina Silva reforça convite ao Papa para COP30 no Brasil
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, encontrou-se em Roma com o Papa Leão XIV para reiterar o convite do presidente Lula a fim de que ele participe da COP30, marcada para novembro em Belém. Durante a conversa, Marina destacou a importância da conferência como espaço de implementação das decisões climáticas firmadas na última década, como o compromisso global de triplicar energias renováveis e interromper o desmatamento. O encontro aconteceu antes do evento “Espalhando Esperança”, que celebrou os 10 anos da encíclica “Laudato Si”, e contou também com a presença do cardeal Jaime Spengler e de Arnold Schwarzenegger. Para Marina, é urgente enfrentar as mudanças climáticas, consideradas por ela um dos maiores desafios já vividos pela humanidade. (Valor Econômico - 02.10.2025)
São Paulo traça plano de 10 anos para alcançar neutralidade de carbono até 2050
A subsecretária de energia e mineração do Governo do Estado de São Paulo, Marisa Maia de Barros, apresentou durante a 9ª edição do Fórum Cogen, realizada ontem, dia 02 de outubro, as estratégias do estado para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, destacando o desenvolvimento do plano paulista de energia com horizonte de 10 anos. Segundo a representante, o plano baseia-se em pilares de eficiência energética e diversificação da produção para seu uso eficiente. Além disso, esta revelou durante evento, dados sobre a matriz energética paulista, destacando os 60% de participação de renováveis e a capacidade de gerar 145% de biomassa para sua demanda energética. Por fim, entre os instrumentos de política pública desenvolvidos pelo estado, Marisa destacou o Fundo de Eficiência Energética como um mecanismo de desenvolvimento e financiamento de projetos energéticos estratégicos. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
EPE estima maior participação das baterias em novo planejamento decenal do País
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, destacou a importância das baterias e tecnologias de armazenamento no novo planejamento decenal da instituição para o setor energético do Brasil. A EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), está elaborando o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2035, que abordará a expansão do setor de 2026 a 2035. Prado ressaltou que as soluções de armazenamento, incluindo as baterias, podem atingir a escala dos 'gigawatts'. Além disso, o documento incluirá alternativas como usinas hidrelétricas reversíveis, que permitem o gerenciamento de reservatórios de água conforme a demanda. Anteriormente, as baterias eram consideradas economicamente pouco atrativas no PDE 2034 e sua entrada no sistema era marginal. No entanto, a EPE desenvolveu uma nova metodologia, em colaboração com o MME e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para avaliar e promover soluções de armazenamento. Prado enfatizou que a demanda atual por flexibilidade no sistema energético destaca a importância da 'controlabilidade' na geração distribuída. Ele alertou que a falta de avanços nesse aspecto pode resultar em problemas operacionais graves. A discussão ocorreu durante o 9º Fórum Cogen, promovido pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia em São Paulo. A nova abordagem da EPE visa garantir a viabilidade e eficiência das tecnologias de armazenamento no contexto da transição energética do país. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
EPE: Apresentação de oportunidades para o mercado de Cogeração
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, apresentou no 9º Fórum Cogen um panorama sobre os desafios e oportunidades do mercado de cogeração e destacou o lançamento da consulta pública do Plano Nacional Integrado de Infraestrutura de Gás Natural e Biometano, que segue até 28 de outubro. Prado ressaltou o marco histórico da matriz brasileira com 50% renovável, mas alertou para a dificuldade de transformar essa vantagem em valor agregado sem um desenho de mercado adequado. Ele também abordou o papel da biomassa e do etanol como vetores estratégicos, além de destacar a importância crescente do armazenamento, que foi incluído pela primeira vez no planejamento energético, com previsão de plano específico até 2035. Segundo o executivo, estão projetados mais de R$ 450 bilhões em investimentos em geração na próxima década, mas a resposta à demanda segue abaixo do esperado. Além disso, para ele, o etanol, especialmente o de milho e de segunda geração, terá papel fundamental na descarbonização e competitividade, enquanto a bioeletricidade a partir da cana permanece estratégica para a segurança energética. Prado ainda alertou que a geração distribuída exige um desenho regulatório adequado para não comprometer investimentos em grandes projetos. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
Petrobras e Amazon Brasil fecham acordo para desenvolver combustíveis de baixo carbono
A Petrobras e a Amazon Brasil firmaram um memorando de entendimentos visando colaborar no desenvolvimento e adoção de combustíveis de baixa emissão de carbono em operações logísticas no Brasil. A parceria busca reduzir emissões ao adotar combustíveis mais sustentáveis e aumentar a eficiência operacional, com foco em alternativas inovadoras e competitivas. O objetivo é desenvolver combustíveis certificados pelo ISCC Plus, privilegiando matérias-primas residuais de baixa intensidade de carbono e inseri-los na malha de transporte da Amazon. A iniciativa inclui a implementação de mecanismos de mercado para facilitar o acesso a esses combustíveis, especialmente para pequenas e médias transportadoras. O memorando representa um passo importante para alcançar emissões líquidas zero de carbono até 2040, com a Amazon buscando maneiras inovadoras de avançar em suas metas climáticas e auxiliar o Brasil na descarbonização da indústria de transportes. A estratégia também visa transformar resíduos em recursos energéticos, potencialmente criando empregos e fortalecendo a independência energética do país. Atualmente, a Petrobras produz o Diesel R com 5% de conteúdo renovável, através do coprocessamento em refinarias no Paraná e em São Paulo. A parceria entre as duas empresas representa um avanço significativo na busca por soluções sustentáveis e na redução das emissões de carbono no setor de transportes no Brasil. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Iveco anuncia novos investimentos e aposta em soluções multienergéticas
A fabricante de caminhões Iveco anunciou investimentos de R$ 510 milhões no Brasil até 2028, somando-se aos R$ 93 milhões já aplicados em um novo centro logístico em Pouso Alegre (MG). A empresa reforça sua estratégia de descarbonização do transporte, com foco em veículos elétricos, a gás natural e biometano, além de desenvolver pesquisas em Sete Lagoas (MG). Nesse contexto, apresentou o protótipo Daily Multifuel, capaz de operar com etanol, gás natural e biometano, reduzindo drasticamente as emissões de CO2. Também inaugurou a Iveco Academy em Belo Horizonte, centro de treinamento que deve capacitar milhares de profissionais da rede de concessionárias e colaboradores internos. Paralelamente, a marca segue ampliando sua participação no mercado latino-americano e se prepara para a transição de controle para a indiana Tata Motors, prevista para ser concluída em 2026, sem impactos imediatos nas operações locais. (Valor Econômico - 02.10.2025)
Artigo de Jerson Kelman: "Transformar patinho feio em cisne"
Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Jerson Kelman (ex-professor da Coppe-UFRJ) trata do potencial promissor da energia geotérmica como alternativa viável e constante para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, destacando sua vantagem de estar disponível em qualquer ponto da crosta terrestre, diferentemente de fontes fósseis ou intermitentes como a solar e a eólica. Ele explica o funcionamento de sistemas geotérmicos profundos, que poderiam substituir termelétricas a carvão, e aponta o interesse crescente da indústria de óleo e gás nessa tecnologia, especialmente com a possível adoção do girotron, capaz de perfurar rochas a grandes profundidades com custo competitivo. Kelman conclui o texto mencionando a tentativa frustrada de conciliação no TCU sobre a contratação emergencial de energia envolvendo a Âmbar, que teria causado prejuízo bilionário ao país, reafirmando sua defesa do cancelamento do contrato por descumprimento do edital. (GESEL-IE-UFRJ – 03.10.2025)
Artigo de Florence Laloë: "O futuro das soluções baseadas na natureza nos mercados de carbono"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Florence Laloë (diretora sênior global de políticas climáticas da Conservação Internacional) trata da importância da reunião do Órgão Supervisor da COP, que acontece em outubro em Bonn, para definir regras do Artigo 6.4 do Acordo de Paris, alertando para o risco de exclusão das soluções baseadas na natureza, como florestas e manguezais, dos mercados internacionais de carbono. Segundo a autora, tal decisão representaria um retrocesso ambiental, social e econômico, afetando povos indígenas e comunidades locais, além de comprometer o financiamento climático essencial para a preservação de ecossistemas estratégicos, como a Amazônia. Laloë defende a adoção de alternativas viáveis já testadas em outros mercados, capazes de garantir integridade e segurança sem inviabilizar projetos, e aponta que o Brasil, como sede da COP30, tem papel decisivo para assegurar que a natureza esteja no centro do mecanismo de carbono, garantindo um legado positivo para o futuro climático global. (GESEL-IE-UFRJ – 03.10.2025)
Artigo de Fernanda Brozoski: "Produção de petróleo desafia a transição energética"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Fernanda Brozoski (pesquisadora do Ineep [Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis]) trata do avanço das grandes petroleiras no investimento em petróleo e gás, em detrimento das energias limpas, destacando que em 2024 os aportes em tecnologias de baixo carbono caíram 25% e devem recuar mais em 2025. Empresas como Equinor, BP, Chevron, ExxonMobil e Saudi Aramco ampliaram a fatia do Capex em exploração e produção, movimento que reflete a expectativa de manutenção do protagonismo dos combustíveis fósseis e as pressões geopolíticas recentes. Embora a Petrobras siga a mesma tendência, a autora ressalta que a estatal brasileira possui vantagens comparativas no potencial energético nacional, o que lhe permitiria adotar uma visão de longo prazo, alinhando rentabilidade e responsabilidade pública para impulsionar simultaneamente a transição energética e o desenvolvimento industrial do país. (GESEL-IE-UFRJ – 03.10.2025)
BID, BNDES e Cebri: Descarbonização pode gerar até 1 milhão de empregos verdes por ano no Brasil até 2050
Um relatório do Programa de Transição Energética (PTE), liderado pelo Cebri com apoio do BID e do BNDES, projeta que a descarbonização da economia brasileira pode criar entre 846 mil e 1 milhão de empregos verdes anuais até 2050, somando até 28 milhões de novas vagas no período. O estudo modela diferentes cenários de neutralidade de carbono, todos exigindo o fim do desmatamento ilegal e a restauração de florestas, com destaque para o setor de uso da terra, responsável por dois terços das emissões nacionais. Os cenários variam em viabilidade e impacto econômico: o mais equilibrado prevê PIB médio de 3% ao ano e 923 mil empregos verdes anuais, enquanto o mais restritivo exige neutralidade já em 2045, mas com menor crescimento e menos postos criados. O relatório também ressalta a importância do mercado regulado de carbono, de políticas eficazes contra desigualdades regionais e de um fundo de transição justa para regiões dependentes do petróleo. (Valor Econômico - 03.10.2025)
BNDES e Cexim: Lançamento de fundo de US$ 1 bilhão para financiar transição energética e infraestrutura
O BNDES anunciou que, no início de 2026, deve entrar em operação um fundo bilateral de US$ 1 bilhão criado em parceria com o Banco de Exportação e Importação da China (Cexim), o primeiro desse tipo entre instituições dos dois países. Administrado em reais, o fundo terá como prioridade projetos de transição energética, mas também contemplará setores como infraestrutura, mineração, comércio, agricultura e inteligência artificial. Do total, US$ 600 milhões virão do BNDES e US$ 400 milhões do Cexim, com investimentos previstos em ações, dívidas e outros fundos no Brasil e na América Latina. O diretor Nelson Barbosa destacou ainda negociações com o órgão chinês Safe para criar um fundo de títulos focado no Brasil, reforçando a importância da diversificação diante da instabilidade no Ocidente. O anúncio ocorreu em seminário no Rio, que contou com a participação da diplomacia brasileira e do embaixador da China, Zhu Qingqiao, que defendeu o papel do Sul Global na governança mundial e criticou práticas de hegemonia e intimidação em cenário internacional de instabilidade. (Valor Econômico - 03.10.2025)
Empresas
Rio Alto busca investidor para evitar colapso após dívida de R$ 1,9 bi e restrições da CCEE
A empresa Rio Alto Energias Renováveis enfrenta um momento delicado em sua busca por um investidor que possibilite sua recuperação extrajudicial. A empresa procura um novo investidor para resolver questões de liquidez, após a desistência da IG4 Capital de realizar um aporte de R$ 230 milhões e um empréstimo ponte de R$ 60 milhões. A Rio Alto possui uma dívida de R$ 1,938 bilhão. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), diante disso, tem adotado medidas restritivas em relação aos agentes vinculados à geradora, com o objetivo de preservar a estabilidade econômica e segurança nas transações do mercado de energia elétrica brasileiro. Atualmente, 28 agentes da empresa estão sob regime de 'operação balanceada', sujeitos a restrições que exigem aprovação prévia da CCEE para transações. Onze agentes associados enfrentam processo de desligamento por descumprimento de obrigações, com seis processos suspensos judicialmente. (Broadcast Energia – 01.10.2025)
EDP: Apresentação do plano verão 25/26 com investimentos de R$ 750 mi
A EDP lançou o Plano Verão 2025/2026, que mobilizará R$ 750 milhões em 2025 dentro de um planejamento estratégico de R$ 5 bilhões até 2030, com foco na modernização da rede e no aumento da resiliência frente a eventos climáticos extremos em São Paulo. A iniciativa envolve coordenação com Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, priorizando serviços essenciais e restabelecimento mais rápido do fornecimento por meio de tecnologias automatizadas e equipes reforçadas. Entre as ações já realizadas estão 300 km de redes protegidas, modernização de 16.600 equipamentos, substituição de 840 postes e instalação de mais de 3.000 religadores automáticos, beneficiando mais de 80% dos clientes com o sistema de auto-religação. O plano também inclui 188 mil podas preventivas, integração com prefeituras e órgãos públicos, e um sistema de priorização para hospitais, delegacias e residências de pessoas em situação crítica. No atendimento, a EDP ampliará em 23% sua capacidade, mantendo canais digitais, WhatsApp e call center, garantindo respostas rápidas em cenários de contingência. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
Taesa: Corte de geração posiciona transmissão no centro de novos investimentos
A Taesa avalia que o fenômeno de curtailment — ou cortes na geração por excesso de oferta — vem trazendo a transmissão ao protagonismo dos novos investimentos do setor elétrico. Segundo o CEO Rinaldo Pecchio, a expansão acelerada de usinas solares pressiona a malha elétrica, exigindo soluções estruturais e regulatórias para dar estabilidade e fluidez ao sistema. A empresa vê na transmissão — e também em armazenamento por baterias — uma área essencial para responder aos desafios da nova configuração energética, como ativos envelhecidos que precisarão de reforços. Para mitigar inovações variáveis como solar e eólica, a Taesa destaca o uso de compensadores síncronos, além de explorar modelos regulatórios capazes de integrar baterias na rede. No aspecto financeiro, a empresa monitora crescimento de inadimplência por parte de alguns geradores menores afetados pelos cortes, mas afirma que riscos estão previstos e que atua preventivamente junto a órgãos e associações do setor. (MegaWhat - 01.10.2025)
Taesa: Tendência e vantagem na opção por prorrogação de ativos de transmissão
A Taesa avalia que há tendência de optar por prorrogar concessões de transmissão quando a regulação permitir, enxergando vantagens em previsibilidade e eficiência de capital frente a novos leilões. Segundo a empresa, esta via pode pode trazer benefícios como estabilidade operacional, segurança dos ativos e tarifas mais baixas. A companhia avalia que cada caso deve ser analisado tecnicamente, com base em dados econômicos e financeiros, e lembra que em 2015 várias concessões foram renovadas, assim como ocorre no setor de distribuição. Embora seus primeiros contratos só vençam em 2030, a Taesa considera urgente discutir o tema já em 2026, em função da troca de governo. Pontua ainda que a estratégia dialoga com o ciclo de investimentos exigido por reforços e modernizações da malha. (MegaWhat - 01.10.2025)
Elecnor: Inauguração de centro de capacitação de mão de obra para transmissão no PI
A Elecnor inaugurou, em Piripiri (PI), o Centro de Formação de Linheiros. O projeto de R$ 7 milhões acontece em parceria com o Senai e objetiva suprir a crescente demanda de mão de obra qualificada no setor de transmissão. A iniciativa oferece capacitação gratuita com aulas teóricas e práticas em ambiente que simula canteiros de obras, priorizando segurança e certificações. O centro prevê formar até 900 profissionais por ano, abrangendo cursos de Montadores de Torres e Lançamento de Cabos e reciclagens para trabalhadores do setor. Segundo o diretor Rodrigo Luque, a escassez global de profissionais aptos a lidar com riscos como grandes alturas e cargas elétricas torna o projeto estratégico, inclusive para replicação em outros países. O evento de inauguração contou com a presença do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, que destacou o centro como o primeiro especializado em linhas de transmissão do Brasil e ressaltou sua importância diante do fechamento de antigos polos de formação. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
Grupo CPFL: Nomeação de nova diretoria para o braço de comercialização
A CPFL Soluções, braço de comercialização do Grupo CPFL Energia, anunciou Eduardo Jonas de Miranda como novo diretor Comercial de Soluções Energéticas. Segundo a empresa, o executivo tem ampla experiência em vendas, gestão de novos negócios e operações nos setores de energia e telecomunicações. Em sua trajetória, já atuou no próprio Grupo CPFL Energia, além de empresas como AES Brasil, Auren Energia, NEC Brasil e Fujitsu Network Communications. Miranda também liderou processos de spin-off, fusões e aquisições, com destaque para a gestão de conflitos e transformação de negócios, acumulando ainda experiências internacionais nos Estados Unidos e no Japão. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
Artigo de Wagner Ferreira, Isabela Ramagem e Caio Caputo: “Setor de energia e M&A: Timing e forma são elementos estratégicos à sustentabilidade dos negócios”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Wagner Ferreira, Isabela Ramagem e Caio Caputo (Sócios do Caputo, Bastos e Serra Advogados) tratam da evolução das operações de fusão e aquisição (M&A) no Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Os autores apontam que o processo de desverticalização do SEB, iniciado nos anos 1990, abriu caminho para a separação das atividades de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, antes concentradas sob domínio estatal. Essa mudança criou condições para o crescimento das operações de M&A, que nos últimos anos transformaram o setor de energia no líder nacional em transações societárias. É pontuado que o segmento de geração foi o primeiro a impulsionar esse movimento, beneficiado tanto por políticas públicas quanto por mudanças regulatórias, como o fim do desconto no fio, que desencadeou uma corrida por novos projetos. Além disso, os efeitos do curtailment levaram agentes a vender ativos, intensificando o mercado de transações. Mais recentemente, a comercialização se tornou uma nova fronteira, com a MP nº 1.300/2025 expandindo o Ambiente de Contratação Livre (ACL) e introduzindo mecanismos de competição, atraindo interesse de bancos e grandes grupos. Nesse cenário, a realização de M&As exige mais que capital: demanda visão estratégica, leitura precisa das variáveis regulatórias e uso de modelos sofisticados, como joint ventures e parcerias, que permitem compartilhar riscos e acelerar ganhos. O artigo conclui que o dinamismo do setor reforça que a expansão vai além da busca por escala, representando também inovação, diversificação e reposicionamento estratégico, sendo a adaptação o verdadeiro diferencial competitivo para construir negócios sustentáveis e preparados para o futuro. (GESEL-IE-UFRJ - 03.10.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Jirau Energia: CNPE ratifica acordo que garante 157,6 MWméd da UHE
A Jirau Energia obteve autorização do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para operar a usina hidrelétrica Jirau (RO) de forma constante na cota 90m, garantindo geração adicional de 157,6 MW médios. Desse total, dois terços (157,6 MW médios) poderão ser livremente comercializados pela concessionária no Brasil e um terço será destinado à Bolívia, em cumprimento ao acordo firmado entre os dois países. Segundo o secretário de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia (MME), Gustavo Ataíde, a medida formaliza a compensação ao país vizinho pelos impactos do alagamento permanente em seu território. Para o governo, a decisão amplia a eficiência energética do empreendimento e reforça a cooperação binacional. (Agência CanalEnergia - 01.10.2025)
Volt Robotics: Cortes de geração crescem 14% e somam 6.640 GWmed em setembro
Em setembro de 2025, os cortes de geração de energia, também conhecidos como curtailment, atingiram um recorde em São Paulo, totalizando 6.640 megawatts médios (MWmed), um aumento de cerca de 14% em relação ao mês anterior. A empresa Volt Robotics divulgou que os cortes foram mais acentuados em usinas solares, alcançando 34,8%, e em fontes eólicas, com 22,9%. Essa situação é atribuída ao aumento de 9,2% nos cortes energéticos, devido à dificuldade em alocar a geração de energia na demanda existente. O curtailment por confiabilidade, causado por restrições em equipamentos externos às usinas, cresceu 8,3%, enquanto os cortes por falta de disponibilidade externa, devido a problemas no sistema de transmissão, diminuíram em 22%. Esses cortes têm gerado preocupação no setor elétrico, impactando financeiramente várias geradoras e colocando em risco a viabilidade de projetos em desenvolvimento. O diretor-presidente da Volt Robotics, Donato Filho, classifica a situação como 'calamitosa' e prevê que a situação pode se agravar em 2026, especialmente durante feriados prolongados, quando a demanda industrial tende a diminuir. Wilson Ferreira Jr., presidente do conselho de administração da Matrix Energia, destaca o curtailment como o principal problema do setor elétrico, alertando para a possibilidade de desestabilização do setor e desestímulo aos investidores. O governo federal criou um grupo de trabalho para encontrar soluções para as perdas financeiras e restrições futuras decorrentes do curtailment, porém, até o momento, nenhuma proposta concreta foi apresentada. Christiano Vieira, diretor de operação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mencionou que uma análise sobre uma possível solução para amenizar o curtailment deve ser concluída em um mês. A situação atual preocupa o setor de energia, pois a falta de medidas eficazes pode afetar não apenas as empresas do ramo, mas também a transição energética em curso no país. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Matrix/Ferreira Jr.: Corte de geração renovável é principal problema porque desarranja setor
O presidente do conselho de administração da Matrix Energia, Wilson Ferreira Jr., alertou para os cortes de geração renovável, conhecidos como curtailment, como o principal desafio do setor elétrico no Brasil. Ele destacou a preocupação com a possibilidade de desestabilização do setor e a desmotivação dos financiadores de projetos de energia devido aos riscos financeiros associados. Segundo dados do BTG Pactual, os cortes atingiram 20,4% no terceiro trimestre, acima dos 11,9% do trimestre anterior. Ferreira Jr. propôs a implantação de baterias no país, em parceria com a chinesa Huawei, para armazenar e distribuir energia de forma mais eficiente, especialmente durante os horários de pico de consumo. Ele ressaltou a necessidade de aprimoramento da regulação para lidar com os impactos financeiros dos cortes e incentivar a integração de baterias na rede elétrica nacional. A falta de soluções para o curtailment pode comprometer a liderança do Brasil na transição energética global. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Brasil e Bolívia firmam acordo para compartilhar energia extra da usina de Jirau
O Conselho Nacional de Política Energética aprovou o acordo que permite a divisão da energia adicional gerada pela hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), entre Brasil e Bolívia. A elevação da cota do reservatório para 90 metros vai possibilitar até 236,5 MW médios a mais de geração, dos quais dois terços serão comercializados pela concessionária da usina e o restante ficará com a estatal boliviana Ende, que venderá sua parte no mercado brasileiro até a construção de uma linha de transmissão para seu território. O ministro Alexandre Silveira destacou que a medida reforça a segurança energética do Brasil e fortalece a integração regional, além de abrir caminho para que, no futuro, a Bolívia seja interligada ao Sistema Interligado Nacional, reduzindo emissões de CO2 em áreas atualmente abastecidas por termelétricas a diesel. (Valor Econômico - 02.10.2025)
ONS: Período úmido pode atrasar, mas sistema elétrico está preparado
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Marcio Rea, está prevendo um possível atraso no período úmido deste ano, passando de outubro para novembro. No entanto, ele assegura que o Sistema Interligado Nacional (SIN) está preparado para fornecer energia de forma adequada ao país. Não há discussões sobre o horário de verão até o momento. O ONS tem tomado medidas preventivas, como estocar água em hidrelétricas estratégicas, como a de Tucuruí, para lidar com o atraso previsto. Durante o 1º Prêmio ONS de Qualidade na Operação, Rea e o diretor de operações, Christiano Vieira, discutiram soluções para minimizar cortes de geração que têm afetado operadores de energia renovável. Uma reunião com 16 agentes do setor foi realizada, e há planos de colaboração com a Aneel e a EPE para buscar soluções envolvendo baterias, transmissão e regulação. Uma regulação específica está em análise para permitir ao ONS solicitar cortes de geração às distribuidoras, visando mitigar riscos devido ao crescimento da geração distribuída. O foco é nas usinas tipo III, como pequenas centrais hidrelétricas e geração distribuída, que não possuem relação operacional com o ONS. Vieira ressaltou a importância dessa regulação para controlar a energia, especialmente com o aumento previsto da geração distribuída. A preocupação é crescente e a colaboração com distribuidoras é essencial para garantir o controle da energia. A regulação proposta ainda precisa passar pelo Congresso. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
ANA: Reservatório da hidrelétrica de Furnas opera na faixa de atenção a partir de 1/10
Em 1º de outubro de 2025, a hidrelétrica de Furnas, localizada em Minas Gerais, entrou em estado de atenção devido ao baixo nível do reservatório, que está abaixo do limite de 50% de capacidade, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA). Na última medição, realizada em 30 de setembro, o volume útil do reservatório estava em 41,46% de sua capacidade total. A ANA divulgou que, com essa nova classificação, a hidrelétrica de Furnas poderá liberar uma vazão máxima de 846 metros cúbicos por segundo (m³/s) durante o período seco, que se estende de maio a novembro. Comparativamente, no mês anterior, a vazão permitida era de 939 m³/s. Essa mudança na operação da hidrelétrica é significativa, pois reflete a preocupação com os níveis de água disponíveis para geração de energia. Com a redução da vazão máxima permitida, é possível que haja impactos no fornecimento de eletricidade, especialmente durante o período de estiagem. A situação do reservatório de Furnas é um reflexo da importância da gestão dos recursos hídricos e da necessidade de medidas para garantir a sustentabilidade no uso da água para geração de energia. A atuação da ANA nesse sentido é fundamental para monitorar e regular a operação das hidrelétricas, buscando equilibrar a oferta de energia com a preservação dos recursos naturais. É importante estar atento a essas informações, pois o gerenciamento adequado dos reservatórios hidrelétricos é essencial para garantir a segurança energética do país e minimizar os impactos ambientais decorrentes da geração de eletricidade. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Mobilidade Elétrica
BYD enfrenta queda nas vendas e aposta na expansão internacional
Após anos de crescimento acelerado, a chinesa BYD registrou em setembro sua primeira queda mensal de vendas em cinco anos, com recuo de 6% e 396 mil unidades comercializadas. A desaceleração, marcada por aumento da concorrência interna e perda de participação no mercado chinês de veículos elétricos, pressiona a montadora, que já havia sido criticada por liderar uma guerra de preços. Além disso, mudanças regulatórias no pagamento a fornecedores elevaram os custos e afetaram o fluxo de caixa, apesar de um aumento de 14% no lucro líquido no primeiro semestre. Para sustentar sua expansão, a empresa intensifica a presença internacional, com destaque para a Europa, onde inaugurará uma fábrica na Hungria e já anunciou exportações a partir da Tailândia, ao mesmo tempo em que apresentou novos modelos no Salão do Automóvel de Munique. A estratégia busca enfrentar a crescente disputa com montadoras locais e globais pelo mercado de veículos elétricos. (Valor Econômico - 03.10.2025)
Inovação e Tecnologia
Regime tributário para datacenters sustentáveis vai a consulta pública até 26 de outubro
A regulamentação do Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenters (Redata) foi colocada em consulta pública. O governo federal quer, por meio das contribuições da sociedade, subsídios para o tema. A proposta foi elaborada com a participação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), também debate critérios e indicadores necessários para assegurar o desenvolvimento sustentável do setor. As manifestações podem ser feitas até o dia 26 de outubro, pela Plataforma Brasil Participativo. Tendo como foco a cadeia produtiva e a sociedade civil, o governo busca ouvir representantes como fabricantes, investidores e outros agentes. De acordo com o MMA, a proposta está alinhada aos compromissos assumidos nas COPs 28 e 29 e destaca o Brasil como um candidato estratégico para liderar a descarbonização digital. Por fim, após o encerramento do período de contribuições, as manifestações serão analisadas pelo MMA, MDIC e o MCTI para demais conclusões. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
Energias Renováveis
Solfácil: Parceria com a Groner mirando acelerar financimento para o setor solar
A Solfácil firmou parceria com a Groner, plataforma de Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM) voltada para integradores do setor solar, com o objetivo de agilizar o financiamento e a gestão do pipeline de vendas. A integração permitirá que propostas, contratos e financiamentos sejam gerenciados em um único ambiente, com automação de tarefas, geração de propostas personalizadas, envio de mensagens e acompanhamento da jornada do cliente. Além disso, a plataforma oferecerá dashboards e relatórios estratégicos para apoiar decisões de negócio. A Groner destacou que, embora em 2024 tenham sido gerados R$ 150 bilhões em propostas, apenas R$ 2 bilhões se converteram em negócios devido a dificuldades na aprovação de crédito. Nesse contexto, a Solfácil assumirá a liderança na integração do financiamento ao CRM, abrindo caminho para aumentar o volume de crédito aprovado. A parceria busca oferecer maior eficiência operacional e melhor experiência para integradores e consumidores do setor solar. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)
Eneva: Ampliação de autoprodução com metalúrgica na usina solar Futura
A Granha Ligas elevou sua participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE) Futura 6 (duas usinas solares em Juazeiro-BA, 19 MW) de 81% para 89,1%, enquanto a Eneva passou a 10,9%, em operação aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A SPE é composta por duas usinas solares com potência de 19 MW, localizada em Juazeiro, na Bahia. Com a operação, a metalúrgica busca autossuficiência em energia renovável para suas subsidiárias. Já a Eneva cita otimização e sinergias como racional do ajuste societário. (MegaWhat - 01.10.2025)
Ludfor investirá R$ 60 mi em PCHs para ampliar atuação em geração renovável
O grupo gaúcho Ludfor anunciou um investimento de R$ 60 milhões para expandir sua atuação no setor de energia renovável, com a construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Itararé e Forquilha II. As usinas, localizadas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, foram vencedoras de um leilão de Energia Nova A-5, garantindo contratos de longo prazo para o fornecimento de energia a partir de 2030. A Ludfor terá uma participação de 30% nas PCHs, que também venderão energia no mercado livre. O investimento marca um foco crescente da empresa em aumentar sua capacidade de geração, visando mais segurança financeira e robustez. Com 18 usinas em operação e construção, além das novas PCHs, a Ludfor totaliza 151 MW de capacidade instalada e planeja viabilizar outros 20 projetos no futuro, priorizando hidrelétricas de pequeno porte e usinas solares de grande porte em diferentes regiões do país. O gerente de Geração e Comercial da Ludfor, Vinicius Murussi, destaca que os trabalhos para viabilizar as PCHs Itararé e Forquilha II começaram há seis anos e que a empresa está alinhada com as oportunidades do mercado para expandir suas operações de energia limpa. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Novonesis amplia produção de insumos para etanol de milho no Brasil
A Novonesis, criada a partir da fusão da Novozymes e da Chr Hansen, está expandindo sua capacidade produtiva de enzimas e leveduras na fábrica de Araucária (PR) para atender ao crescimento da indústria de etanol de milho no Brasil. Após duplicar a produção de enzimas em abril, a empresa concluirá em março de 2026 a triplicação da produção de leveduras, insumos essenciais para a fermentação. Atualmente responsável por 90% do mercado nacional, a Novonesis projeta suprir sozinha toda a demanda até o fim da década, quando a produção de etanol de milho deve quase dobrar e alcançar 19 bilhões de litros, segundo projeções do Itaú BBA e do JP Morgan. O segmento de bioenergia já é um dos mais relevantes da companhia na América Latina, impulsionado também pelo avanço do etanol na Índia. Por ser indispensável à produção a partir do milho, a demanda por enzimas e leveduras cresce na mesma proporção da indústria, reforçando a importância da Novonesis no setor. (Globo Rural - 03.10.2025)
Gás e Termelétricas
IBP: Biocombustíveis e gás natural vão puxar o crescimento da malha de dutos no Brasil
Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) revelou que 61% dos executivos do setor e de logística acreditam que os biocombustíveis, como o etanol e o biometano, juntamente com o gás natural, serão os principais impulsionadores de crescimento da malha nos próximos anos, representando 27% dos novos projetos. Segundo a pesquisa, a segurança regulatória é o principal catalisador para os investimentos, apontado por 45% dos entrevistados. Essa visão dos empresários está alinhada com o Plano Indicativo de Oleodutos (PIO) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê investimentos significativos, entre R$ 1,45 bilhão e R$ 9,3 bilhões, apenas para projetos de dutos destinados ao transporte de etanol. O Brasil é destacado como o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis líquidos e o sexto maior mercado consumidor de derivados de petróleo. Os estudos da EPE indicam um potencial de crescimento da demanda nacional para essas fontes energéticas nas próximas décadas. No entanto, o PIO alerta que a malha de dutos existentes já está próxima de sua capacidade máxima e tende a saturar ainda nesta década. Para estimular os investimentos, 27% dos entrevistados mencionaram a necessidade de políticas de incentivo, como financiamento e benefícios fiscais. O IBP ressalta que existe capital disponível e um grande interesse em direcionar a indústria de dutos no Brasil para uma abordagem de baixo carbono, mas isso depende de um ambiente de negócios previsível para se concretizar. Essas percepções foram coletadas durante o Rio Pipeline & Logistics, evento realizado em setembro no Rio de Janeiro, com uma amostra de 300 respostas.Este cenário reflete a importância crescente dos biocombustíveis e do gás natural no panorama energético brasileiro, destacando a necessidade de investimentos e políticas adequadas para garantir o desenvolvimento sustentável do setor de energia no país. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Energisa amplia investimentos em gás canalizado e aposta na descarbonização
A Energisa Gás anunciou investimentos de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para expandir a rede da ES Gás, no Espírito Santo, e cerca de R$ 230 milhões anuais para ampliar a malha de distribuição em quatro distribuidoras do Nordeste. Após ingressar no setor em 2023 com a compra da ES Gás, a companhia consolidou sua presença ao adquirir participação na Norgás, sócia de Algás, Copergás, Cegás e Potigás. Hoje, atende 322 mil clientes e registrou Ebitda de R$ 509 milhões em 2024. A meta é dobrar a base de clientes da ES Gás e integrar a rede a usinas de biometano, fortalecendo o programa ES Mais+Gás e contribuindo para a descarbonização da indústria e do transporte. Com cobertura ainda limitada no Brasil, especialmente no Nordeste, a empresa aposta na expansão da infraestrutura, na atração de grandes consumidores e em projetos voltados ao transporte pesado para sustentar o crescimento do setor. (Valor Econômico - 03.10.2025)
Pedido de novo estudo sobre Angra 3 dá mais tempo para construção de consenso
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu solicitar uma atualização dos estudos de impacto econômico-financeiro da usina nuclear Angra 3 em meio a divergências sobre o futuro do empreendimento. Enquanto o ministro de Minas e Energia e defensores da energia nuclear apoiam a continuidade do projeto, o movimento 'antinuclear' e o Ministério do Meio Ambiente pressionam contra a usina. Há preocupações econômicas, incluindo o custo da obra para a União e a falta de financiadores. A previsão inicial era que 90% do custo seria de terceiros, mas a Eletrobras não fará mais aportes. O CNPE indicou que os estudos devem considerar a participação de um sócio privado e a conclusão do empreendimento com recursos públicos. Os defensores argumentam que a usina contribuiria para a segurança energética com menores emissões, enquanto os opositores apontam riscos ambientais e alto custo para um projeto obsoleto. O grupo AAB pediu a desistência do projeto e o descomissionamento das usinas Angra 1 e 2. O processo tem sido marcado por disputas e incertezas, com diferentes interesses em jogo e a necessidade de encontrar um consenso para o futuro da usina nuclear Angra 3. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
CNPE: Blocos Calcita, Dolomita e Azurita podem gerar R$ 167 bi de receita durante vida útil
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou hoje a licitação dos blocos Calcita, Dolomita e Azurita, incluindo-os no regime de partilha de produção. A expectativa é arrecadar R$ 719 milhões em bônus de assinatura e R$ 167 bilhões para a União ao longo da vida útil dos projetos no pré-sal. A União participará das atividades de exploração e produção sem investir ou correr risco. Esses blocos se somam a outros 15 já aprovados, totalizando 18 blocos na Oferta Permanente de Partilha em 2026, aguardando pareceres ambientais do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o CNPE aprovou diretrizes para prorrogar contratos vigentes no regime de partilha de produção de petróleo e gás natural por até 27 anos, desde que viabilidade técnica e econômica sejam comprovadas, e que a prorrogação beneficie a União. A ANP analisará os pedidos de prorrogação. Outra resolução aprovada regulamenta os valores da Intensidade de Carbono das Fontes de Energia (ICE) e a participação de combustíveis líquidos, gasosos e energia elétrica para atender às metas do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Essas medidas visam aprimorar a gestão e exploração dos recursos energéticos do país, promovendo a sustentabilidade e inovação no setor. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
ANP: Produção do campo de Búzios ultrapassa campo de Tupi pela 1ª vez em agosto
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que a produção de petróleo e gás natural no Brasil em agosto se manteve em 5 milhões de barris de óleo equivalente (boed), representando uma queda de 1,4% em relação ao mês anterior. O campo de Búzios superou Tupi pela primeira vez, atingindo 821,8 milhões de barris de óleo por dia (bpd), enquanto a Petrobras registrou uma produção total de 3,174 milhões de boed em agosto, um aumento de 0,3% comparado a julho. Destaque para a produção de petróleo da Petrobras, que chegou a 2,430 milhões de bpd, um acréscimo de 0,7% em relação ao mês anterior. Já a produção de gás natural da empresa apresentou uma queda de 0,6%, totalizando 118,2 milhões de m3/d em agosto. A produção de petróleo atingiu 3,896 milhões de bpd, representando uma redução de 1,6% em relação a julho, enquanto a produção de gás natural foi de 188,9 milhões de metros cúbicos diários, uma diminuição de 0,9% na comparação mensal. A produção do pré-sal correspondeu a 79,4% do total, com 3,126 milhões de bpd de petróleo e 144,15 milhões de m3/d de gás. No geral, a região do pré-sal contribuiu com 4,033 milhões de boed para a produção nacional. Esses dados refletem a dinâmica da produção de petróleo e gás natural no Brasil, com destaque para o desempenho do campo de Búzios e a relevância do pré-sal na matriz energética do país. (BroadcastEnergia - 02.10.2025)
Biblioteca Virtual
LALOË, Florence. "O futuro das soluções baseadas na natureza nos mercados de carbono".
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BROZOSKI, Fernanda. "Produção de petróleo desafia a transição energética".
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FERREIRA, Wagner; RAMAGEM, Isabela; CAPUTO, Caio. “Setor de energia e M&A: Timing e forma são elementos estratégicos à sustentabilidade dos negócios”.
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