IFE Diário 6.220
Mercado Livre de Energia Elétrica
BBCE: Conclusão do primeiro ciclo de liquidação financeira com R$ 52,4 mi
O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) oncluiu seu primeiro ciclo de liquidação financeira no mercado livre de energia, envolvendo sete empresas e 150 contratos. O sistema processou um volume total de R$ 52,4 milhões, mas necessitou transferências de apenas R$ 6,8 milhões graças à solução de fluxo líquido simplificado. O novo sistema utiliza fluxo líquido simplificado, centralizando os valores a pagar e a receber em uma única operação via Bradesco, o agente de liquidação. Empresas devedoras realizam um depósito único no 5º dia útil e as credoras recebem no 6º dia útil. Segundo Camila Batich, diretora-presidente da BBCE, a iniciativa representa uma contribuição para criar um mercado mais livre e seguro para negociação de energia. A mudança elimina processos manuais e múltiplas transferências, aumentando a eficiência, a segurança e a transparência das transações. (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
MME: Consulta pública para regulamentação do SUI deve ser aberta em breve
O Ministério de Minas e Energia (MME) pretende abrir, nos próximos 30 dias, uma consulta pública para debater a regulamentação do Supridor de Última Instância (SUI), previsto na Medida Provisória 1300. A MP propõe reformas no setor elétrico, incluindo a abertura do mercado de energia para consumidores de baixa tensão a partir de 2026. A figura do SUI é essencial para garantir o fornecimento de energia – em caráter temporário – a consumidores inadimplentes que migraram para o mercado livre e tiveram o contrato com seu fornecedor suspenso. Nesses casos, o fornecimento continua de forma emergencial, mas com preço diferente do pactuado em situações normais, tipicamente mais elevado. Segundo o secretário de Energia Elétrica, Gentil Nogueira Junior, apesar de a MP ainda não ter sido aprovada pelo Congresso, o MME já discute internamente os parâmetros da regulamentação, que deverá estar pronta antes da abertura do mercado à baixa tensão. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Eletrobras e TIM: Parceria para novo canal de acesso ao mercado livre de energia
A Eletrobras e a TIM firmaram uma parceria estratégica que permitirá a clientes corporativos da operadora adquirir energia diretamente da Eletrobras no mercado livre. A iniciativa promete o fornecimento de energia limpa e renovável e economia de até 30% na conta de luz para empreendedores com gastos médios mensais a partir de R$ 10 mil. Anunciada no final de 2024, a colaboração visa oferecer previsibilidade e preços pré-estabelecidos para as empresas contempladas pela investida, permitindo que as empresas clientes mantenham maior controle sobre suas despesas e evitem flutuações tarifárias, ao mesmo tempo em que incentivam práticas sustentáveis. A comercialização ocorrerá por meio de representantes de vendas da TIM que atuam no segmento de pequenas e médias empresas. Eles entrarão em contato pelos canais próprios da empresa para explicar o serviço e, caso haja interesse, encaminharão o cliente para a Eletrobras, que dará continuidade à negociação. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Regulação
Cãmara endurece lei contra furto de cabos
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que aumenta penas por furto ou roubo de fios e cabos de energia e telecomunicações. Anova pena para furto passa a ser de reclusão entre 2 a 8 anos. Antes, variava de 1 a 4 anos. O texto aprovado seguirá para sanção presidencial. Se o furto comprometer serviços essenciais, como saúde ou saneamento, a pena será de 2 a 8 anos de reclusão. No caso de roubo com impacto a esses serviços, a punição vai de 6 a 12 anos. A pena para receptação dos materiais furtados ou roubados será aplicada em dobro.Em São Paulo, o custo dos furtos em 2023 chegou a R$ 500 milhões, segundo dados citados em plenário. Na lei de lavagem de dinheiro relacionada a esses crimes, a pena máxima foi ampliada para 12 anos. Antes, variava entre 3 e 10 anos. Foi defendido que o endurecimento da pena aumenta o efeito dissuasório da legislação. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Abrace: Alta da energia explica até 90% da inflação e pode piorar com MP do setor elétrico
Um estudo divulgado pela Abrace apontou que a escalada dos preços da energia elétrica e do gás natural nos últimos 25 anos contribuiu significativamente para a inflação acima da meta no Brasil. Entre 2000 e 2024, o custo unitário da energia elétrica aumentou 1.299% e o do gás natural 2.251%, superando em quatro e sete vezes a inflação, respectivamente. Esse aumento de preços impactou diretamente diversos setores, como alimentos, materiais de construção e transporte público. O pão francês, por exemplo, subiu 509% no período, sendo 85% atribuído à energia. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Energia impacta, mas IPCA cai para 0,24% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,24% em junho. O resultado é 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de0,26% registrada em maio. Segundo o IBGE, no acumulado do ano a alta é de 2,99%, enquanto que nos últimos doze meses o índice ficou em 5,35%, acima dos 5,32% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,21%. Apenas Alimentação e bebidas teve variação negativa dos nove grupos analisados, enquanto os demais ficaram entre o 0,99% de Habitação e 0% de Educação. Um dos destaques é a energia elétrica residencial acumulando incremento de 6,93% no ano, sendo o principal impacto individual (0,27 p.p.) no acumulado do IPCA. Esta variação (6,93%) é a maior para um primeiro semestre desde 2018 (8,02%). A eletricidade (2,96%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). Vale lembrar a vigência da bandeira tarifaria vermelha patamar 1 em junho, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Foram registrados ainda os seguintes reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (8,57%) vigente desde 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4,41%) a partir de 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,28%) desde 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (1,29%) a partir de 17 de junho. (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
Governo planeja teto para subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou em conversa com jornalistas que o governo pretende travar a Conta de Desenvolvimento Energético em um teto, para evitar o aumento dos subsídios. Os meios para fazer isso, segundo o ministro, “estão sendo tecnicamente concluídos” namedida provisória que deve ser enviada ao Congresso Nacional até a próxima semana. Silveira disse, sem dar detalhes, que o teto seria estabelecido na forma de um percentual. O tema será tratado na mesma MP que prevê medidas de mitigação dos impactos para o consumidor da derrubada dos vetos do marco legal da eólica offshore. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Silveira defende reforma elétrica e anuncia novas medidas para o setor energético
Em audiência na Câmara, o ministro Alexandre Silveira pressionou pela aprovação integral da MP 1.300/2025, que reforma o setor elétrico com três pilares: tarifa social gratuita (beneficiando 60 milhões de pessoas), abertura total do mercado livre até 2027 e redução de subsídios. O ministro afirmou que a medida pode reduzir tarifas em 26% e alertou contra o "fatiamento" do texto. Silveira também anunciou uma nova MP para limitar aumentos da CDE e regulamentar o mercado de gás natural, com foco em reduzir preços através de maior acesso à infraestrutura. O pacote busca equilibrar inclusão energética e eficiência econômica, enquanto o governo tenta acelerar a votação antes do prazo de setembro. (Petronotícias – 09.07.2025)
Deputados admitem tempo curto para aprovação da MP 1300
Deputados governistas da Comissão de Minas e Energia da Câmara admitiram nesta quarta-feira (09/07) que o tempo está curto para a aprovação da Medida Provisória 1300. Eles cobraram a instalação da comissão mista para discutir a MP de reforma do setor, que tem validade até 18 de setembro. O governo foiacusado esta semana pelo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério (PL-RO) de não trabalhar para o avanço da MP no Congresso Nacional. O medida foi publicada em 21 de maio, mas até o momento a comissão mista que vai tratar do tema ainda não foi instalada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou hoje na CME que a reforma é fundamental e pediu a mobilização dos parlamentares da comissão para garantir o andamento da proposta do governo. Silveira rejeitou, porém, a ideia de fatiamento das medidas de reestruturação do setor. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Transição Energética
BRICS: Brasil elevou debate em transição energética após assumir G20
A assessora especial do Ministro de Minas e Energia (MME) e presidente da Plataforma de Cooperação em Pesquisa Energética do BRICS, Mariana Espécie, destacou a mudança de foco na discussão sobre transição energética durante a Presidência do Brasil no G20 em 2024. Anteriormente, a abordagem estava centrada em processos industriais, mão de obra e perda de atividades econômicas, especialmente em países industrializados. No entanto, com a liderança brasileira, surgiu o conceito de "transição energética justa", visando diversificar perspectivas e incluir locais com falta de acesso à energia e nações exploradas por seus recursos naturais. A executiva participou da conferência 'Construindo Coalizões para a Ação Climática no BRICS Expandido', promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Siemens Energy e Instituto Clima e Sociedade (iCS) no Rio de Janeiro. O evento buscou fortalecer a cooperação para enfrentar desafios climáticos, destacando a importância de uma abordagem equitativa na transição energética global. Essa nova visão representa um avanço significativo na agenda internacional, promovendo a sustentabilidade e a inclusão em questões energéticas de grande relevância para o futuro do planeta. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
BRICS/Siemens: Bloco tem oportunidade única de liderar transição energética
O diretor para Relações Governamentais e Sustentabilidade da Siemens Energy Latin America, Henrique Paiva, destacou a oportunidade única dos países do bloco dos BRICS liderarem uma transição energética justa e viável financeiramente. Paiva ressaltou que essas nações têm potencial para desenvolver soluções nesse sentido e enfatizou a importância do crescimento do setor para investimentos em sustentabilidade. Ele também mencionou a necessidade de investimentos robustos e contínuos em energias limpas, bem como a modernização das redes para lidar com a complexidade e viabilidade das fontes renováveis. Paiva afirmou que as ações da Siemens são essenciais para acelerar a transição energética. O executivo participou da conferência 'Construindo Coalizões para a Ação Climática no BRICS Expandido', organizada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Siemens Energy e Instituto Clima e Sociedade (iCS), no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Dilma cita alternativas para desafio de financiamento da transição
A atual líder do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, vê duas alternativas que podem ajudar os países em desenvolvimento a obterem mais acesso ao financiamento para as tecnologias da transição energética. Emevento realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nessa quarta-feira, 9 de julho, a ex-presidente da República disse que superar esse desafio requer uma abordagem multifacetada e tecnicamente adequada para a viabilidade financeira. Entre as alternativas, ela cita a ampliação no uso de moedas locais nos aportes com bancos multilaterais, aferindo riscos menores com a temida elevação na taxa de juros, além de um mecanismo de troca de moedas entre países que compõe o BRICS. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Empresas de beleza reforçam estratégias sustentáveis com foco em retorno financeiro
Natura e Grupo Boticário estão intensificando seus investimentos em práticas sustentáveis com base na convicção de que as ações ESG (ambientais, sociais e de governança) geram retorno financeiro consistente. A Natura lançou sua Visão 2050, que busca a "regeneração" como conceito central e prevê que, até 2050, cada dólar investido em ESG gere quatro dólares de retorno. Já o Grupo Boticário planeja tornar 100% de seus produtos próprios veganos até 2026 e reduzir em 42% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030. Ambas as empresas também utilizam títulos verdes para financiar projetos socioambientais e ampliar o uso de energia renovável. A Natura captou R$ 6 milhões com o Banco Mundial para apoiar a Amazônia, enquanto o Boticário já levantou R$ 4,15 bilhões com debêntures vinculadas a metas sustentáveis. Para os executivos das companhias, sustentabilidade não é só um dever moral, mas uma forma de criar valor financeiro no longo prazo. (Valor Econômico - 10.07.2025)
Expansão renovável revela crescente disparidade entre continentes
Apesar da capacidade de energia renovável ter subido mais de 15% em todo o mundo em 2024, a disparidade de crescimento entre as regiões aumentou consideravelmente. Os dados divulgados pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) nessa quinta-feira, 10 de julho, mostram que a Ásia tem mantido sua posição de liderança, respondendo por 71% dos incrementos no ano passado, depois aparecem Europa e América do Norte, com 12,3% e 7,8% respectivamente no levantamento. Assim, a configuração global revela uma lacuna, bastante evidente, entre esses três continentes e os outros restantes que respondem juntos por 2,8%. Com isso, para o diretor geral da Irena, Francesco La Camera, as disparidades regionais mostram que benefícios humanos e econômicos das fontes renováveis ainda não estão sendo compartilhados entre os países. Além disso, é fundamental eliminar essa divisão e fechar o gap de aportes entre países. Por fim, o relatório também mostra o crescimento contínuo da eletricidade renovável, numa taxa de 5,6% em 2023 em comparação com 2022, atingindo 8.928 TWh, enquanto, a energia fóssil subiu apenas 1,2% em 2023. (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
Crise Climática
Mercosul: Lula defende ação conjunta para enfrentamento às mudanças climáticas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Cúpula do Mercosul em Buenos Aires, destacou a importância da atuação conjunta dos países sul-americanos no combate às mudanças climáticas e na promoção da transição energética. Ele enfatizou que a região tem potencial para liderar esse processo, elencando as matrizes energéticas mais limpas e as grandes reservas de minerais críticos na América do Sul como vantagens diferenciais. Alternativamente, ressaltou que algumas consequências do aquecimento global já são sentidas no Cone Sul, como estiagens e enchentes, e criticou o negacionismo climático. O presidente também assinalou o compromisso a reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Brasil entre 59% e 67% até 2035 em todos os setores econômicos, e defendeu o fortalecimento do programa Mercosul Verde e de ações para incentivar investimentos, mirando recuperar e conciliar a capacidade industrial com responsabilidade ambiental, para uma transição energética justa. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Empresas
NDB e State Grid: Acordo para financiamento do projeto GATE
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e a State Grid Brazil Holding (SGBH) assinaram, em 3 de julho, um Memorando de Entendimento para o financiamento do projeto Graça Aranha Silvânia Transmissora e Energia (GATE). O acordo foi firmado durante a 10ª Reunião Anual do NDB, realizada no Rio de Janeiro. O empreendimento terá investimentos de R$ 23 bilhões, sendo a maior parte com aporte nacional. O NDB estuda um financiamento de 2,15 bilhões de yuans (aproximadamente R$ 1,7 bilhão). Segundo a presidente da instituição, dilma Rousseff, o projeto representa um salto na cooperação entre os países-membros do NDB. Ademais, a investida aproveitará o potencial de energia limpa do Brasil, permitindo novos investimentos em projetos eólicos e solares na região Nordeste, o que contribuirá para uma matriz elétrica mais diversificada, bem como para aliviar os cortes de geração. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Alupar/Transnorte: Assinatura de termo aditivo de concessão com prazo de 27 anos
A Alupar confirmou que a que sua subsidiária Transnorte Energia (TNE) firmou importante acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O documento assinado corresponde ao 2º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 3/2012, e garante uma receita anual R$ 395 milhões pelos próximos 27 anos – novo prazo para a concessão, a contar a partir de 28 de setembro de 2024 –, atualizada anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
Isa Energia: Obtenção de licença prévia para LT do Projeto Fernão Dias
A Isa Energia obteve a licença prévia para o Projeto Fernão Dias, que envolve o seccionamento da Linha de Transmissão 440 kV Bom Jardim - Água Azul, com 33 km de extensão entre Atibaia e Mairiporã, em São Paulo. A nova linha será conectada à Subestação Fernão Dias, ampliando a capacidade e a confiabilidade do fornecimento elétrico na região. O projeto é estratégico para atender à crescente demanda de grandes consumidores e fomentar o desenvolvimento econômico local. A previsão é de que a linha esteja energizada no segundo semestre de 2026, com investimentos superiores a R$ 300 milhões. A iniciativa representa um reforço importante na infraestrutura energética paulista, com foco na estabilidade e eficiência do sistema elétrico para indústrias e a população. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Neoenergia Elektro: Remoção de 1,4t de cabos irregulares de telecom em Limeira (SP)
A Neoenergia Elektro removeu 1,4 tonelada de cabos de telecomunicações irregulares de postes em Limeira (SP) no primeiro semestre de 2025, como parte da Operação Ordenamento. A iniciativa visa reduzir a poluição visual e aumentar a segurança nas vias públicas. Também foram retiradas centenas de caixas de internet, e cerca de 50 empresas do setor de telecomunicações regularizaram suas atividades com a distribuidora. Os chamados “gatonets” — provedores clandestinos — são apontados como os principais responsáveis pelos emaranhados de fios, que, instalados sem critérios técnicos, podem causar acidentes, incêndios e falhas no fornecimento de energia. A companhia enfatiza que o uso compartilhado dos postes por empresas de internet, telefonia e TV a cabo deve obedecer estritamento o regulamento, com autorização e manutenção adequadas. Ainda, a Neoenergia orienta os consumidores a verificarem a legalidade dos provedores e disponibiliza o telefone 0800 701 01 02 para denúncias. (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Previsão de necessidade termelétrica no horário de pico leva ONS a pedir 'prontidão' de usinas
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) solicitou aos geradores de energia do país a maximização da disponibilidade de geração termelétrica devido à previsão de chuvas escassas nos próximos meses. Com a ocorrência de chuvas abaixo da média histórica no primeiro semestre, os reservatórios das hidrelétricas estão com níveis próximos aos do ano anterior. O ONS está se preparando para o período seco, visando proteger o atendimento em 2026 com menor dependência do próximo período chuvoso. O país enfrenta um déficit de potência de 4,2 GW, o que levou à antecipação de contratos de reserva com termelétricas. Além disso, houve uma alteração nos limites de intercâmbio de energia entre os submercados do SIN, possibilitando o aumento do escoamento de energia do Nordeste para o Sudeste. Essas medidas visam reduzir o uso de termelétricas, mas ainda há preocupações com a demanda de energia, especialmente durante o período noturno. O ONS ainda não respondeu aos pedidos de comentários sobre as solicitações feitas aos geradores termelétricos. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
CCEE: PLD médio para esta 5ªF fica em R$ 158,72 por megawatt-hora em todos os submercados
Em São Paulo, no dia 03/07/2025, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) atingiu o valor médio de R$ 158,72 por megawatt-hora (MWh) em todos os submercados, conforme divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Para o período, está previsto um valor máximo de R$ 247,71 por MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, enquanto no Nordeste o preço máximo é de R$ 247,70 por MWh. A mínima, por sua vez, está estimada em R$ 58,60 por MWh, com previsão de ocorrer das 08h às 14h.Esses valores são relevantes para o setor de energia elétrica, pois impactam diretamente nos custos e na operação do sistema elétrico nacional. O PLD é utilizado para precificar a energia no mercado de curto prazo, refletindo a oferta e demanda em cada submercado. A variação do PLD ao longo do dia indica as oscilações na geração e consumo de energia, sendo a máxima e mínima importantes referências para os agentes do setor.No contexto atual, com desafios como a transição energética e a busca por fontes mais sustentáveis, o acompanhamento do PLD se torna crucial para a tomada de decisões estratégicas pelas empresas do setor elétrico. Portanto, a divulgação dessas informações pelo CCEE permite uma melhor compreensão do cenário energético e contribui para a eficiência e transparência do mercado. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
ONS recomenda retorno do horário de verão para enfrentar período seco
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugeriu o retorno do horário de verão no Brasil como forma de aliviar o sistema elétrico durante o período seco, entre maio e novembro, quando há menor produção de energia hídrica. A proposta foi apresentada ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), diante da expectativa de aumento médio anual de 3,6% no consumo de energia até 2029. O horário de verão, extinto em 2019, tinha como objetivo principal reduzir o consumo entre 18h e 21h, aproveitando melhor a luz natural. A decisão sobre sua retomada, porém, depende do governo federal. Em 2024, o tema foi debatido, mas o Ministério de Minas e Energia vetou a medida. Além disso, o ONS sugeriu antecipar a operação de usinas térmicas e concluir obras de transmissão para mitigar os efeitos do período seco. (Valor Econômico - 10.07.2025)
ONS: Recebimento de 19 propostas técnicas para plataforma única do EUST
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) concluiu, em 30 de junho, junho uma etapa decisiva para a implementação da Plataforma Única destinada à liquidação financeira dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão (EUST). O órgão recebeu 19 propostas técnicas no âmbito da Requisição de Informações (RFI), instrumento lançado para mapear as soluções tecnológicas disponíveis no mercado. Segundo o operador, o número é considerado alto, o que demonstra o interesse e o envolvimento do setor de tecnologia e finanças no projeto, que tem como principal objetivo dar mais eficiência ao sistema de pagamentos relacionado à transmissão de energia no Brasil. As contribuições agora serão analisadas pela equipe técnica do ONS e, a partir do exame, poderão ser solicitadas informações adicionais ou o agendamento de reuniões com os participantes para aprofundar o entendimento técnico das soluções apresentadas e sua aderência aos requisitos definidos para a nova plataforma. (Agência CanalEnergia - 09.07.2025)
Mobilidade Elétrica
BYD traz linha de luxo Denza ao Brasil com SUV de R$ 400 mil e sedã de R$ 700 mil
A BYD lançará em outubro no Brasil sua nova marca de luxo, Denza, com os modelos SUV B5 e sedã Z9, marcando uma nova fase após um semestre sem novidades. As concessionárias da Denza serão separadas das lojas BYD, com estrutura dedicada para atender ao segmento premium. O SUV B5, com 686 cv e autonomia de até 1.200 km, chegará com proposta off-road e preço estimado em torno de R$ 400 mil. Já o sedã Z9, com visual arrojado e até 951 cv na versão elétrica, promete ser o modelo mais caro da BYD no país, superando os R$ 700 mil. O Z9 traz tecnologias avançadas, como seis telas internas, som premium com 26 alto-falantes e head-up display com realidade aumentada. Ambos os modelos estarão também no Salão do Automóvel em novembro. (Valor Econômico - 11.07.2025)
Lexus NX 450h Plus combina luxo japonês com eficiência e preço competitivo
A Lexus lançou no Brasil o NX 450h+, versão plug-in híbrida de seu SUV de maior sucesso, com foco em sofisticação, conforto e baixo consumo. Com 308 cv combinados e autonomia elétrica de 55 km, o modelo se destaca pela condução suave, consumo urbano de até 29,1 km/l e desempenho de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. Apesar da recarga ser apenas em corrente alternada, o modelo traz acabamento refinado, central multimídia de 14 polegadas, bancos com ventilação e pacote completo de assistências. Custando R$ 457.990, é mais acessível que rivais como o Audi Q5 TFSie e o Volvo XC60 Ultra, mantendo alto nível de conforto e tecnologia. (Valor Econômico - 11.07.2025)
Inovação e Tecnologia
Investimento bilionário em data center com IA impulsiona Uberlândia
A empresa norte-americana RT-One anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de um data center com foco em inteligência artificial e segurança cibernética em Uberlândia, Minas Gerais. Considerado o maior aporte privado da história do município, o projeto será instalado em um parque tecnológico de 245 mil m² e deve gerar cerca de 2 mil empregos permanentes nos primeiros três anos. O CEO da RT-One destacou fatores como o ecossistema local de startups, apoio universitário e capacidade energética como decisivos para a escolha da cidade. O data center terá capacidade inicial de 100 MW, com possibilidade de expansão para 400 MW, colocando-o entre os maiores da América Latina. A infraestrutura será voltada para soluções de nuvem soberana e IA segura, utilizando tecnologias avançadas como refrigeração líquida. (Estado de Minas - 09.07.2025)
Data centers podem consumir 10% da energia global em cinco anos, alerta Elea
Data centers serão responsáveis por 10% do consumo global de energia, diz Elea. A diretora de Relações Institucionais da Elea Data Centers, Caroline Ranzani, prevê que em cinco anos os data centers serão responsáveis por 10% do consumo mundial de energia. Com isso, a plataforma de infraestrutura digital sustentável está em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro para criar uma 'cidade de data centers' no Parque Olímpico da cidade. Ranzani aponta que mais da metade dos dados do Brasil são processados nos EUA devido à falta de competitividade no setor. Esse fato é atribuído aos gargalos nacionais, principalmente nas tarifas de importação de equipamento. Para contornar essa situação, a existência de uma Medida Provisória no Ministério da Casa Civil que visa desonerar os data centers, eliminando assim tributos federais sobre investimentos e reduzindo seus custos. Por fim, a proposta exige que os data centers sejam 100% sustentáveis e destinem 10% da capacidade de processamento para cargas nacionais, visando desenvolver um ecossistema de inovação local. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Eletrobras: Pesquisa sobre paineis solares bifaciais com a USP e Volt Max é concluída
A Eletrobras, em parceria com a USP e a Volt Max Engenharia, concluiu uma pesquisa inovadora na UHE Santo Antônio, em Rondônia, sobre o impacto de diferentes tipos de solo na eficiência de painéis solares bifaciais — que geram energia em ambos os lados e aproveitam também a radiação refletida pelo solo. Realizado ao longo de três anos, o estudo avaliou seis tipos de cobertura de solo (ráfia, polietileno, grama sintética verde e branca, bidim e pedregoso) em uma área de 14 mil m² com 1.440 módulos solares, totalizando 735 kWp de capacidade instalada. Os resultados apontaram que o solo natural da região e de baixo custo, apresentou melhor desempenho no curto prazo em termos de custo-benefício, apesar de o polietileno ter gerado mais energia. Contudo, seu custo de implantação é 300% superior ao do pedregoso. Segundo os responsáveis técnicos, a escolha da cobertura ideal deve considerar os objetivos e características do projeto. Segundo André Gimenes, coordenador do Grupo de Energia do Departamento de Energia e Automação Elétricas da USP, o trabalho realizado fornece dados valiosos para aumentar a previsibilidade e otimizar a performance de projetos com placas bifaciais no Brasil. (Agência CanalEnergia - 10.07.2025)
Equinor e Puc inauguram laboratório com foco em inovações em energia
A Equinor, empresa global de energia presente no Brasil há mais de 20 anos, e a PUC-Rio inauguraram o novo Laboratório de Geomecânica de Rochas do Grupo de Tecnologia em Energia e Petróleo (GTEP). A nova infraestrutura, que passou por reformas e recebeu novos equipamentos, integra uma parceria de pesquisa entre a companhia e a universidade, com o objetivo de testar a mecânica e a dinâmica de rochas do pré-sal brasileiro. Além disso, cerca de R$ 21 milhões serão investidos pela Equinor. Ademais, o novo laboratório passa a contar agora com equipamentos de última geração com capacidade de realizar ensaios simulando diversos cenários de pressão e temperatura. Além disso, a colaboração também ocorrerá por meio da troca de experiências entre pesquisadores da PUC e funcionários da Equinor. As equipes multidisciplinares do Brasil e da Noruega atuarão juntas visando ampliar o banco de dados de rochas, a fim de apoiar as modelagens geomecanicas. Por fim, no Brasi a companhia vem construindo um portfólio diversificado no âmbito de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, com cerca de 38 projetos em andamento e cerca de R$ 640 milhões investidos até hoje. (Petronotícias - 10.07.2025)
Leilões
MME abre consulta de 5 dias sobre leilão para zerar passivo do GSF no mercado de curto prazo
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu uma consulta pública para discutir as diretrizes do mecanismo concorrencial previsto na Medida Provisória (MP) 1.300, visando resolver a judicialização relacionada ao risco hidrológico no mercado de curto prazo de energia elétrica. Com um passivo de mais de R$ 1,1 bilhão, o setor busca uma solução definitiva para esse problema. Em 2020, foi proposto um arranjo que não contemplou Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) devido à falta de contratos de concessão. Agora, a proposta da MP 1.300 permite que essas usinas negociem com hidrelétricas que possuam outorga seus montantes financeiros não pagos no mercado de curto prazo. O mecanismo concorrencial será gerido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde os potenciais compradores deverão submeter lances para adquirir os títulos, com preço mínimo estabelecido. Os vencedores pagarão na liquidação financeira do mercado de curto prazo, e os valores arrecadados serão usados para liquidar os débitos anteriores. Qualquer excedente será destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Esta iniciativa busca resolver um problema crítico no setor energético brasileiro e promover maior estabilidade e transparência nas transações do mercado de curto prazo. (Broadcast Energia - 09.07.2025)
Gás e Termelétricas
Rosatom destaca parcerias nucleares com Brasil durante fórum empresarial no Rio
A estatal russa Rosatom reforçou sua cooperação com o Brasil durante o Fórum Empresarial Rússia-Brasil no Rio, destacando dois eixos principais: fornecimento de isótopos para medicina nuclear (incluindo tratamentos contra câncer) e suprimentos para o ciclo de combustível da usina de Angra. Ivan Dybov, presidente da Rosatom para América Latina, ressaltou os contratos de longo prazo entre os países, que incluem a vitória em licitações para abastecer o programa nuclear brasileiro. O evento, realizado como desdobramento do encontro entre Lula e Putin em maio, buscou ampliar parcerias bilaterais em energia, com participação de governos e setor privado de ambos os países. (Petronotícias – 09.07.2025)