IFE Diário 6.218
Mercado Livre de Energia Elétrica
CCEE: ACL cresceu mais de 120% desde 2023
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia no Brasil cresceu mais de 120% em dois anos, impulsionado principalmente pela abertura gradual do mercado para consumidores de alta tensão, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em junho de 2025, o número de unidades consumidoras no ACL chegou a 77.156, um recorde frente às 48.923 de 2024 e às 34.471 de 2023. E, segundo o vice presidente executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Frederico Rodrigues, a Medida Provisória 1300 representa um novo marco nesse processo, dispondo sobre novas regras, como a criação do Supridor de Última Instância (SUI) e a separação entre comercialização e operação da rede, vistas como essenciais para a abertura para baixa tensão a partir de 2026 – prazo estabelecido pela MP. Paralelamente, o Brasil aprende com experiências internacionais, como a de Portugal, que abriu seu mercado entre 1999 e 2006. A CCEE afirma estar preparada, com novos sistemas baseados em APIs que simplificam a migração, promovem atendimento personalizado e reduzem custos. A expectativa é que, até 2030, a migração de até 10 milhões de consumidores possa gerar uma economia de R$ 7 bilhões. A transformação exige também mudanças estruturais nas empresas de comercialização, com foco em inovação, escalabilidade e comunicação com o consumidor final. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Eletrobras e TIM firmam parceria para vender energia no mercado livre
A Eletrobras e a TIM anunciaram uma parceria para fornecer energia elétrica no mercado livre a pequenas e médias empresas com consumo superior a R$ 10 mil mensais e conexão em alta tensão. Inicialmente, o projeto será lançado no Paraná e em Santa Catarina, com planos de expansão nacional até setembro. O modelo permitirá aos clientes economia de até 30% nas faturas, com fornecimento 100% de energia renovável gerida por uma comercializadora varejista da Eletrobras. A TIM atuará na intermediação por meio de seus agentes, que já atendem esse público. A parceria visa aliar economia e sustentabilidade, aproveitando o avanço da abertura do mercado livre no Brasil, e pode se estender a consumidores residenciais no futuro. (Valor Econômico - 09.07.2025)
Cemig e Casal: Firmação de contrato de fornecimento de energia limpa no mercado livre
A Cemig e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) firmaram contrato no mercado livre de energia para o fornecimento de 4,18 MW médios de energia limpa a três unidades operacionais no Nordeste. O acordo evidencia uma transformação no setor energético brasileiro, onde empresas públicas e privadas buscam reduzir custos e aumentar a previsibilidade orçamentária em meio à volatilidade do mercado regulado. Segundo a empresa, a economia pode chegar a 35% em relação ao mercado cativo. Além da redução de custos, a parceria proporciona previsibilidade orçamentária e acesso a energia 100% renovável e certificada, alinhada às práticas ESG (governança ambiental, social e corporativa). (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Bolt Energy inicia operação na Colômbia e mira expansão com foco em comercialização de energia
A Bolt Energy iniciou sua operação no mercado colombiano, com foco na comercialização de energia. A atuação no país começará com uma operação estruturada de compra e venda de três anos, de 25 MW médios. Segundo o CEO Gustavo Ayala, o ambiente regulatório avançado da Colômbia, foi um dos principais fatores para a decisão. A empresa já atua em transações internacionais com Venezuela, Uruguai e Argentina, e agora projeta, em um segundo momento, explorar o trading puro no atacado colombiano. O mercado local apresenta preço horário desde 2010, com modelo de precificação descentralizado operado pela XM, que exige garantias financeiras para participação, proporcionando maior segurança. Além disso, com a possível abertura do mercado livre para baixa tensão no Brasil, desenhado pela Medida Provisória 1.300/2025, a empresa afirma já ter iniciado conversas com consumidores desse perfil, aproveitando sua experiência com a Bow-e, seu braço de geração distribuída. Ayala, todavia, critica o fim dos subsídios proposto pela MP, defendendo a manutenção de direitos adquiridos para evitar insegurança jurídica. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Regulação
Câmara debate com ministro impactos da MP 1300 sobre tarifa social e abertura do mercado
A Comissão de Minas e Energia da Câmara realiza nesta quarta-feira (9) audiência pública com o ministro Alexandre Silveira para discutir os impactos da MP 1300/25, que amplia a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e prevê a abertura do mercado de energia. A medida, que beneficiará 115 milhões de consumidores com descontos ou gratuidades na conta de luz, será financiada pela CDE. Além disso, a MP introduz mudanças estruturais no setor, permitindo que todos os consumidores escolham seus fornecedores de energia de forma gradual: indústrias e comércios a partir de agosto de 2026 e residências a partir de dezembro de 2027. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que solicitou o debate, destacou que a medida traz avanços, como a modernização do mercado, mas também gera preocupações sobre sustentabilidade financeira, equilíbrio tarifário e segurança jurídica para investimentos. A audiência busca esclarecer os efeitos da MP no modelo regulatório, nos subsídios a renováveis e na estrutura de custos do setor, assegurando transparência e participação do Legislativo na análise da política. (Agência Câmara de Notícias – 07.07.2025)
Aneel vai avaliar impacto de vetos na conta de luz após deputado acusar governo de distorção
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está elaborando um relatório para avaliar o impacto da derrubada dos vetos presidenciais à lei das eólicas offshore na tarifa de energia. A solicitação partiu do deputado Thiago Flores, que criticou a falta de clareza do governo sobre os dados. O veto parcial derrubado restabeleceu oito dispositivos no projeto que regulamenta a geração de energia elétrica em alto-mar. O Congresso Nacional tomou a decisão há duas semanas, gerando estimativas de um impacto de até R$ 525 bilhões na conta de luz até 2040, com um acréscimo médio de R$ 35,1 bilhões por ano. A Frente Nacional dos Consumidores de Energia considera os efeitos da medida como altamente onerosos para os consumidores. Por outro lado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, critica a circulação de "números superestimados" que buscam espalhar pânico e confusão entre os consumidores, atribuindo ao Congresso a responsabilidade por um falso aumento da tarifa energética. A Aneel, em resposta às demandas do Legislativo e Executivo, está atuando na elaboração do relatório para esclarecer a situação. (Broadcast Energia - 07.07.2025)
Empresários pressionam por revisão de cortes em agências reguladoras
Entidades empresariais que representam 70% do PIB manifestaram preocupação com os cortes de 25% no orçamento das agências reguladoras, incluindo Aneel, Anatel, Anac e ANM. Em nota, associações como o Movimento Brasil Competitivo alertam que os bloqueios de R$31,3 bilhões ameaçam a capacidade técnica e operacional dessas instituições, colocando em risco a estabilidade regulatória. O grupo defende que as agências, que possuem receita própria e função estratégica, não devem ser tratadas como gastos discricionários. O manifesto pede revisão imediata dos cortes para preservar a autonomia decisória e a fiscalização eficiente, essenciais para a segurança jurídica dos setores regulados. (O Globo – 07.07.2025)
GESEL: Roberto Brandão destaca expansão das baterias e desafios no armazenamento
Durante o primeiro Meet Up do CanalEnergia em parceria com o GESEL/UFRJ, Roberto Brandão, coordenador de Geração e Mercados do Gesel, destacou que, com a evolução da regulação, redução de custos e da carga tributária, a indústria de baterias tende a se expandir e ganhar múltiplas aplicações no Brasil. Ele apontou o armazenamento de longa duração como um dos principais desafios do setor, mencionando o exemplo do primeiro leilão na Inglaterra com exigência de oito horas de autonomia e questionando a competitividade das baterias frente às usinas reversíveis. Gabriel Konzen, da EPE, acrescentou que tecnologias alternativas ao lítio, como baterias de fluxo de vanádio, podem ser mais adequadas para essas aplicações de longa duração. Para ler a matéria na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 09.07.2025)
Congresso promulga vetos derrubados da lei da eólica offshore
O Congresso Nacional publicou a Lei 15.097/2025 que disciplina o aproveitamento de potencial energético da eólica offshore no Brasil com a promulgação dos vetos realizados pelo governo no começo do ano. Assim, por decisão do Congresso Nacional, voltam a valer os trechos sobre as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), Proinfa, hidrogênio na região Nordeste, das eólicas no Sul e a contratação por inexistência de oferta incluindo termelétricas a gás natural. Inclusões que preocupam o Ministério de Minas e Energia e associações do setor como a Anace, alertando que a validação dos vetos ameaça a justiça tarifária no país. Conforme o documento assinado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e colocado no Diário Oficial da União desta nessa segunda-feira, 7 de julho, a contratação de 3 GW de capacidade e energia associada às centrais hidrelétricas de até 50 MW na região Centro-Oeste será inicialmente de 2 GW até o segundo semestre de 2024, com entrega até 31 de dezembro de 2029. E de 1 GW até o primeiro trimestre de 2025, com entrega até 13 de dezembro de 2030. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Senador acusa governo de deixar MP da reforma elétrica caducar sem debate
O senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura, criticou a falta de prioridade do governo com a MP 1300, que reforma o setor elétrico. Apesar de publicada em maio, a comissão mista para analisar a medida ainda não foi instalada, indicando possível intenção de deixá-la caducar. A MP prevê ampliação da Tarifa Social (beneficiando 17 milhões de famílias), antecipação da abertura do mercado para 2026-2027 e mudanças no rateio de encargos setoriais. Rogério avalia que a proposta ficou aquém das demandas do setor e que a inércia do governo compromete a modernização do modelo elétrico. Enquanto isso, medidas polêmicas como inclusão de consumidores livres no financiamento de subsídios e novas regras para autoprodutores aguardam discussão no Congresso. (Agência CanalEnergia – 08.07.2025)
Curso GESEL “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias disruptivas e Inteligência Artificial”
A partir do dia 22 de julho, o GESEL promoverá o curso EAD “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias Disruptivas e Inteligência Artificial”. Com carga horária total de 12 horas, divididas em 6 aulas de 2 horas cada, o curso será ministrado por especialistas do setor e abordará os impactos das novas tecnologias no setor elétrico, incluindo cases e projetos reais em andamento. O conteúdo do curso incluirá os pilares da transformação digital do setor elétrico, tecnologias disruptivas associadas e seus novos modelos de negócios. Curso recomendado para profissionais da área interessados em conhecer experiências e melhores práticas acerca de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Digital Twin, Virtual Power Plant (VPP), Microrredes, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. O curso será realizado em formato on-line síncrono. Inscreva-se já: https://forms.gle/6KiWs34n3geWLBvc6 (GESEL-IE-UFRJ – 13.06.2025)
Transição Energética
Brasil e China firmam parceria em energia limpa e mineração nuclear
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou no último sábado (05), durante as reuniões do BRICS, no Rio de Janeiro, uma Carta de Intenções com a estatal chinesa CGN Energy. O acordo visa a cooperação técnico-científica para transição energética, sustentabilidade e ao uso pacífico dos recursos minerais nucleares no Brasil. O MME afirma que o documento estabelece uma plataforma institucional de auxílio mútuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em tecnologias energéticas sustentáveis. Nesse contexto, o instrumento contempla ações conjuntas voltadas à geração, armazenamento e à digitalização da energia, bem como ao fortalecimento de capacidades técnicas e institucionais. O foco recai na modernização tecnológica da cadeia mineral, incluindo o fortalecimento da capacidade nacional em PD&I e na industrialização. A cooperação técnica também pode envolver universidades, centros de pesquisa e instituições públicas ou privadas especializadas em processamento mineral, ciência de materiais e gestão sustentável de recursos. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Brasil firma parceria nuclear com China enquanto Angra 3 segue esquecida
O governo brasileiro assinou um acordo de cooperação com a estatal chinesa CGN Energy para desenvolvimento sustentável de minérios nucleares e pesquisas em energia limpa, durante o encontro do BRICS no Rio. O ministro Alexandre Silveira destacou o potencial de R$ 3 bilhões em investimentos chineses em renováveis no país. No entanto, o acordo contrasta com a paralisia de Angra 3, cujas obras continuam fora da pauta do Conselho Nacional de Política Energética. A usina, iniciada em 1984 e paralisada desde 2015, representa um vazio na política nuclear brasileira, enquanto o governo busca parcerias internacionais. Especialistas alertam que o descaso com Angra 3 pode comprometer a soberania energética do país no longo prazo, deixando o Brasil dependente de tecnologia estrangeira justamente quando o mundo retoma investimentos em energia nuclear como alternativa limpa. (Petronotícias – 07.07.2025)
Lula destaca liderança dos Brics em renováveis e papel do Brasil na transição verde
O presidente Luís Inácio Lula da Silva salientou o potencial renovável que os países do Brics possuem. Na cerimônia de abertura do Fórum Empresarial do Brics, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 05 de julho, Lula destacou que os Brics estão entre os maiores investidores de energia renovável do mundo e que despontam com potencial em indústrias como a dos biocombustíveis, placas solares, baterias, veículos elétricos. A mineração essencial para a transição, que deve triplicar a demanda até 2040, não foi esquecida. Com isso, o presidente reafirmou sua parceria com o setor privado, como mecanismo para posicionar o Brasil como um dos protagonistas desse processo. Ainda de acordo com o executivo chefe, a descarbonização é irreversível, e o Brasil reforça sua posição dentro da transição ecológica justa. Por fim, Lula disserta sobre como os países do grupo podem liderar um novo modelo de desenvolvimento, baseado na economia verde, infraestrutura resiliente, indústria verde e agricultura sustentável. (Agência CanalEnergia - 05.07.2025)
Lula critica financiamento a combustíveis fósseis e defende transição justa no BRICS
Em discurso na cúpula do BRICS, o presidente Lula criticou os US$869 bilhões em financiamentos concedidos por grandes bancos a combustíveis fósseis em 2024, afirmando que os incentivos de mercado contradizem a sustentabilidade. O presidente destacou a necessidade de novos modelos de financiamento climático, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado na COP30 em Belém. Lula alertou sobre o ritmo acelerado do aquecimento global e a falta de recursos para transição energética nos países em desenvolvimento, que sofrem os maiores impactos. Ele defendeu triplicar as energias renováveis e dobrar a eficiência energética, com investimentos estimados em US$1,3 trilhão. O presidente reforçou que o Sul Global deve liderar um novo paradigma de desenvolvimento, participando de todas as etapas das cadeias de valor sustentáveis, não apenas como fornecedor de matérias-primas. (Agência CanalEnergia – 07.07.2025)
BRICS se posiciona como protagonista global na transição energética sustentável
Durante o Fórum Empresarial do BRICS no Rio de Janeiro, representantes de China, Egito, África do Sul e Brasil destacaram os avanços do bloco na descarbonização. A China já alcançou suas metas de renováveis para 2030, com projetos eólicos e solares representando 65% da capacidade global, além de liderar na produção de veículos elétricos e baterias. O Egito, após sediar a COP27, intensificou investimentos em biocombustíveis e energias renováveis, enquanto a África do Sul desenvolveu uma transição justa para reduzir a dependência do carvão sem prejudicar empregos. O Brasil foi reconhecido por suas soluções baseadas na natureza, como o projeto de conservação em Carajás. A Índia destacou iniciativas para reduzir emissões na agricultura, setor mais afetado pelas mudanças climáticas. Os países enfatizaram a importância da cooperação tecnológica e financeira dentro do bloco para acelerar a transição energética global de forma inclusiva, combinando desenvolvimento econômico com sustentabilidade. (Agência CanalEnergia – 06.07.2025)
Câmara discute política nacional para minerais estratégicos da transição energética
A Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (9) seminário para debater a criação da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, prevista no PL 2780/24. O projeto visa estimular a pesquisa e exploração sustentável de minerais essenciais para energias renováveis, como lítio para baterias e potássio para fertilizantes. O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), autor da proposta, alerta que a demanda global por esses insumos pode quadruplicar até 2040 para cumprir o Acordo de Paris, exigindo ação imediata do Brasil para garantir sua participação neste mercado estratégico. O debate ocorre às 15h no plenário 8, com participação de especialistas e parlamentares. (Agência Câmara de Notícias – 07.07.2025)
Governo do RS prorroga inscrições para o edital de Hidrogênio Verde
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul prorrogou por 10 dias o prazo de inscrições doedital do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Hidrogênio Verde (H2V). Interessados agora têm até o dia 26 de julho para submeter propostas à chamada pública, sem alteração no cronograma final. O objetivo da prorrogação foi garantir que as empresas tenham tempo hábil para juntar a documentação necessária para participação. A iniciativa, promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) em parceria com o Badesul, busca identificar e apoiar, por meio de subvenção econômica, projetos inovadores que fortaleçam a cadeia do hidrogênio verde no Rio Grande do Sul, a fim de impulsionar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do setor no Estado. O edital define as etapas do processo de inscrição e seleção de empresas com propostas voltadas à viabilização da produção, transmissão, armazenagem e uso do hidrogênio verde. Entre os principais requisitos está a produção de hidrogênio verde, renovável e/ou de baixa emissão de carbono no território do Rio Grande do Sul, combinada com pelo menos um dos seguintes temas de aplicação: processo produtivo industrial ou insumo para a atividade industrial. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)
Governo autoriza contratação de 60 temporários para Ibama e Incra
O governo autorizou a contratação de 60 profissionais temporários para desenvolver atividades relacionadas ao licenciamento ambiental de projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento. Do total, 40 ficarão no Ibama e 20 no Incra. Os candidatos serão selecionados em processo competitivo simplificado para atender necessidade “de excepcional interesse público”. O prazo para publicação do edital é de seis meses. As vagas são para bacharel em Direito, Oceanógrafo, Engenheiro Florestal, Engenheiro Ambiental, Biólogo, Químico ou Engenheiro Químico, Pedagogo, Geólogo, Engenheiro de Minas, Geógrafo e Cientista Social. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)
Justiça bloqueia R$ 49 mi de responsáveis por desmatamento na Amazônia
A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 49 milhões em bens de quatro pessoas por desmatamento ilegal de 2.623 hectares na Floresta Amazônica, em Lábrea (AM). A decisão, em resposta a ação da AGU, também proíbe os infratores de explorar a área degradada entre 2004 e 2007 e suspende benefícios fiscais. O caso foi apurado pelo Ibama, que comprovou danos como perda de biodiversidade, emissões ilegais de carbono e desequilíbrio hidrológico. A AGU destacou que a medida garante a futura reparação ambiental e reforça os compromissos ecológicos do país. (O Globo – 07.07.2025)
BRICS: Bloco reforça compromisso com transição energética equilibrada e financiamento climático
Durante a cúpula no Rio de Janeiro, os países do BRICS assinaram declaração conjunta defendendo uma transição energética justa e inclusiva, que reconheça a importância temporária dos combustíveis fósseis para economias emergentes. O documento destaca a necessidade de financiamento acessível por parte de nações desenvolvidas para viabilizar projetos sustentáveis nos países em desenvolvimento, em linha com o Acordo de Paris. O grupo também enfatizou a importância estratégica dos minerais críticos para tecnologias limpas, defendendo a soberania dos países sobre seus recursos naturais. A declaração ainda incentivou a adoção de veículos de baixa emissão e combustíveis sustentáveis para aviação, além de condenar ataques a instalações nucleares civis. Os líderes reafirmaram o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e metas climáticas, com adaptação às realidades nacionais de cada membro do bloco. (Agência CanalEnergia – 06.07.2025)
Banco Asiático de Investimento quer ampliar atuação no Brasil com foco em infraestrutura verde
O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, afirmou que o Brasil tem potencial para exercer na América Latina papel semelhante ao da China na Ásia, desde que invista mais em infraestrutura e integração regional. Em visita ao Brasil, Jin destacou o interesse em ampliar os financiamentos no país, especialmente em projetos de transição energética, logística, acesso à água e mitigação de riscos climáticos. Com apenas US$ 450 milhões liberados em quatro projetos até o momento, o AIIB avalia sete novas iniciativas, incluindo um empréstimo de US$ 1 bilhão para áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Jin defende o uso crescente de moedas locais e reforça que, apesar da sede em Pequim, o AIIB é uma instituição multilateral, não um banco chinês. (Valor Econômico - 09.07.2025)
Crise Climática
UFF desenvolve IA para prever impactos de chuvas extremas no Rio e orientar políticas públicas
O grupo de pesquisa RioNowcast+Green, da Universidade Federal Fluminense (UFF), criou o Índice de Vulnerabilidade a Chuvas Extremas (IVCE), que utiliza inteligência artificial para prever impactos de tempestades no Rio de Janeiro. A ferramenta cruza dados meteorológicos, geológicos, urbanos e socioeconômicos para identificar áreas mais suscetíveis a desastres como enchentes e deslizamentos. Segundo o IVCE, cerca de 599 mil domicílios estão em risco, com destaque para comunidades como Rocinha e Pavão-Pavãozinho. O projeto, coordenado pela professora Mariza Ferro, visa apoiar ações emergenciais e o planejamento urbano, com foco em equidade climática. Em breve, serão lançados mapas de risco dinâmicos e simulações de rotas de fuga. A iniciativa está alinhada ao tema da 31ª edição do Prêmio Jovem Cientista, que reconhece soluções inovadoras frente às mudanças climáticas. (Valor Econômico - 09.07.2025)
Empresas
Eletrobras encerra arbitragem com Aneel por meio de acordo da TNE
O conselho de administração da Eletrobras aprovou acordo que põe fim à disputa arbitral entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Transnorte Energia (TNE), da qual detém 64,6% por meio da Eletronorte. A TNE, concessionária da linha de transmissão Manaus-Boa Vista (500 kV), arcará com todos os custos da arbitragem. Como parte do acordo, será assinado termo aditivo ao contrato de concessão, que será estendido até 2051 (27 anos) com receita anual permitida limitada a R$ 395,6 milhões, corrigida pela inflação. A medida regulariza a operação e elimina incertezas jurídicas sobre o projeto estratégico de integração energética na Região Norte. (Valor Econômico - 09.07.2025)
Aprovada alta média de 13,94% nas tarifas cobradas pela Enel São Paulo
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o Reajuste Tarifário Anual da Enel Distribuição São Paulo (Enel SP) com aumento médio de 13,94% nas tarifas a partir de sexta-feira, 04. O reajuste para consumidores de alta tensão, como grandes indústrias, será de 15,77%, enquanto para baixa tensão, incluindo residências e pequenos comércios, será de 13,47%. A Enel SP atende 8,07 milhões de unidades consumidoras. O reajuste foi impactado por encargos setoriais, como repasses para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsáveis por 6,44 pontos percentuais do aumento. A aquisição de energia teve impacto de 1,39%, destacando-se as cotas das usinas da Eletrobras e o aumento no custo da energia de Itaipu devido à alta do dólar. Os custos com transmissão tiveram variação negativa de 0,52%. A quitação da Conta-Covid e da Conta Escassez Hídrica proporcionou um alívio tarifário de 1,49% e 1,11%, respectivamente. Este reajuste reflete os desafios enfrentados no setor elétrico, com impactos econômicos e cambiais que influenciam diretamente o custo da energia para os consumidores. (Broadcast Energia - 07.07.2025)
ASA/Costa: Reajuste nas tarifas da Enel São Paulo tem impacto de +9pbs no IPCA/julho
No dia 1º de julho de 2025, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste nas tarifas da Enel São Paulo que terá um impacto significativo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho. Segundo o economista Leonardo Costa, do ASA, esse reajuste de 13,94% superou as expectativas do mercado, que previam uma alta de 5%. Costa aponta que esse aumento terá um impacto direto de cerca de 9 pontos-base no IPCA de julho, representando um choque relevante de preços regulados a curto prazo. Como resultado, a projeção para o IPCA deste mês foi ajustada de 0,12% para 0,21%. Além disso, a projeção para o IPCA de 2025 como um todo está sob revisão devido a esse reajuste inesperado. Esse aumento nas tarifas da Enel São Paulo certamente terá repercussões para os consumidores e para a economia em geral, afetando o custo de vida e a inflação no país. (Broadcast Energia - 07.07.2025)
Aprovado reajuste tarifário da Energisa Sul-Sudeste com alta de 19,05%
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um Reajuste Tarifário Anual para a Energisa Sul-Sudeste (ESS), com um aumento médio de 19,05%. Este reajuste entrará em vigor a partir do dia 12 deste mês. Os consumidores residenciais e pequenos comércios, que se encontram na baixa tensão, terão um aumento médio de 19,15%, enquanto os consumidores industriais, na alta tensão, enfrentarão um reajuste de 18,80%. A principal razão por trás desse aumento significativo são os encargos setoriais, que contribuíram com 8,17% no efeito médio do reajuste. Destacam-se os aumentos da CDE-USO em 5,52% e da CDE-GD em 1,90%. Além disso, os custos relacionados à compra de energia adicionaram um impacto de 1,59%. Por outro lado, alguns fatores ajudaram a conter parte desse aumento. A reversão de créditos de PIS/Cofins, com uma redução de 3,02%, e a quitação antecipada da Conta Escassez Hídrica, com uma diminuição de 0,91%, foram cruciais nesse sentido. Essas medidas contribuíram para atenuar os efeitos do reajuste tarifário para os consumidores. Portanto, apesar do aumento expressivo nas tarifas de energia elétrica, essas ações mitigadoras buscam equilibrar o impacto nos consumidores. É importante que os consumidores estejam cientes dessas mudanças e busquem formas de otimizar o consumo de energia em suas residências e estabelecimentos comerciais. Além disso, é fundamental que as empresas do setor continuem trabalhando para garantir um fornecimento estável e seguro de energia, mesmo diante dos desafios e ajustes tarifários que surgem no cenário atual. (Broadcast Energia - 07.07.2025)
Auren: Conclusão da aquisição total da Way2 Tecnologia
A Auren Energia concluiu a aquisição total da Way2 Tecnologia. Desde 2021, a Auren já detinha 50% de participação na empresa como sócia-investidora. A operação integra uma estratégia da companhia de acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras para fortalecer a infraestrutura digital do setor elétrico. Segundo a empresa, mesmo após a aquisição, a Way2 seguirá operando de forma independente, com governança, cultura e equipe preservadas, incluindo Danilo Barbosa como CEO. A Auren vem investindo em inovação e comercialização de energia, com destaque para a criação da joint venture GUD Energia em parceria com a Vivo, a aquisição da Esfera Energia, e participações na startup Flora e na Aquarela Analytics. A Way2, por sua vez, fundada em 2005 e sediada em Florianópolis, a Way2 teve crescimento de 34% em receita em 2024 e projeta nova expansão, impulsionada pelas mudanças regulatórias e aumento de demanda por soluções digitais no setor elétrico. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
ISA Energia: Emissão de R$ 580 mi em debêntures
A Isa Energia Brasil concluiu a coleta de intenções de investimento para sua oferta pública de debêntures. A operação resultará na emissão de 580 mil títulos, com valor nominal de R$ 1.000 cada, totalizando R$ 580 milhões. A emissão será em série única e com data prevista para 15 de junho. E a remuneração definida foi de 6,7% ao ano. A oferta é voltada exclusivamente a investidores profissionais, conforme a Resolução nº 30 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Banco Bradesco BBI atuou como coordenador líder da operação, em conjunto com o Itaú BBA, sendo responsáveis pela condução da coleta de intenções. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)
AXS Energia: Recebimento de aporte de R$ 550 mi da AZ Quest Infra
A AXS Energia, energytech com foco em geração distribuída, recebeu um aporte de R$ 550 milhões da gestora AZ Quest Infra por meio de fundos voltados a investidores profissionais. A operação, liquidada em 30 de junho, fortalece a estrutura de capital da energytech e amplia sua capacidade de expansão. Somando esse novo montante, o aporte total chega a mais de R$ 1 bilhão nos últimos quatro anos. Segundo o CEO Rodolfo Pinto, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, a AXS tem apresentado crescimento sólido, com alta média de 350% na receita nos últimos dois anos e projeção de mais 220% em 2025, sustentada pela ampliação da base de clientes e novas conexões. A expectativa da empresa é alcançar um faturamento de R$ 120 milhões este ano, ante R$ 45 milhões em 2024, e chegar a R$ 250 milhões em 2026. Atualmente, a companhia opera com 54 usinas solares e pretende encerrar o ano com 60 conectadas. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Celesc: Emissão de R$ 510 mi em debêntures
A Celesc aprovou a emissão R$ 510 milhões em debêntures. Os títulos terão valor nominal unitário é de R$ 1.000 e a operação será em série única, com prazo de vencimento de seis anos. Quanto a remuneração, incidirão juros correspondentes à variação acumulada de 100% das taxas médias diárias do Depósito Interfinanceiro de um dia, acrescida de spread a ser definido de acordo com o Procedimento de Bookbuilding e limitado a 0,67% ao ano. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Equatorial: Lançamento de edital de R$ 17 mi para projetos de alcance social em sete estados
O Grupo Equatorial lançou seu segundo edital de seleção pública para patrocínio de projetos com foco educacional, social, cultural e esportivo, aprovados por leis federais de incentivo. Serão cerca de R$ 17 milhões destinados a ações nos estados em que o grupo tem atuação: Alagoas, Amapá, Goiás, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul. As inscrições estarão abertas entre 07 e 25 de julho. Para participar, é preciso ser cadastrado como Pessoa Jurídica, com ou sem fins lucrativos, e ter a aprovação para captação de recursos via leis federais de incentivo. Cada proponente pode inscrever até dois projetos, que devem se alinhar a pelo menos um dos eixos temáticos do edital: valorização da cultura e identidade locais; salvaguarda de patrimônio cultural; educação e capacitação; geração de trabalho e renda; projetos sociais e/ou esportivos, de itinerância, de inclusão social, que promovam a qualidade de vida de idosos e crianças ou que tenham como foco a pessoa com deficiência. O resultado será divulgado em 30 de setembro e a execução dos projetos deve começar a partir de novembro. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Neoenergia: Oferta de vagas para eletricistas em obras de expansão em PE e BA
A Neoenergia anunciou 150 vagas para eletricistas especializados em redes elétricas, para atuação em cidades da Bahia e Pernambuco. As oportunidades são destinadas a profissionais com experiência em construção de redes de média e baixa tensão. As inscrições estão abertas até 31 de julho e devem ser feitas exclusivamente no site da empresa, e o processo seletivo será online, conduzido pela consultoria People To People. Os eletricistas selecionados atuarão na instalação de postes, lançamento de cabos, montagem de estruturas e operação de equipamentos, com início imediato. Os requisitos incluem ensino médio completo, formação específica em redes de distribuição, CNH categoria B, experiência na área e certificações NR 10 e NR 35. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Erro cadastral dobra conta de luz de construtora, que recupera R$ 800 mil
Uma construtora localizada em São Paulo recuperou R$ 800 mil pagos indevidamente em sua conta de energia após uma auditoria identificar falha no fator de multiplicação do medidor — um erro cadastral que dobrava o valor cobrado mensalmente. Com isso, o caso foi identificado pela consultoria We Save, especializada em gestão de água e energia. A detecção e correção do problema resultaram na restituição integral dos valores e na otimização dos custos futuros da operação. Segundo o CEO da We Save, Lucas Souza, foi identificado que a concessionária cadastrou incorretamente a constante no sistema. Consequentemente, o fator de multiplicação, que deveria ser 1, estava configurado como 2, resultando em cálculos incorretos e esse erro de cadastro permaneceu sem detecção por mais de um ano. A empresa devolveu o valor pago a mais via depósito bancário, e a correção gerou economia contínua de 11% na conta mensal. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Eletrobras convoca assembleia para garantir direito exclusivo de voto da União
A Eletrobras convocou uma assembleia geral extraordinária para o dia 8 de agosto com o objetivo de eleger um membro titular do conselho fiscal, que será indicado e votado exclusivamente pela União. A medida cumpre o termo de conciliação firmado entre a empresa e o governo federal em março e aprovado pelos acionistas em abril. Conforme o estatuto da companhia, o direito de eleger esse membro é exclusivo da União, sendo intransferível. Assim, votos de outros acionistas, inclusive por boletim à distância, serão desconsiderados na eleição. (Valor Econômico - 08.07.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS receberá inscrições para mecanismo competitivo de resposta da demanda até 16/07
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está com inscrições abertas até 16 de julho para um mecanismo competitivo voltado à aquisição do produto e disponibilidade de resposta da demanda. Podem participar do processo consumidores livres e agregadores que cumpram as obrigações setoriais estabelecidas no edital. Serão contratados dois produtos distintos: um com 06 e outro com 04 acionamentos mensais, ambos com duração de 4 horas, das 18h às 22h, nos dias úteis, no período de 1º de setembro de 2025 a 31 de janeiro de 2026. O prazo para inscrição é até o dia 14 de julho, e as inscrições devem ser feitas no ambiente do SINtegre. Os agentes inscritos e homologados terão a oportunidade de participar de uma simulação em 15 de julho, às 10h, e do mecanismo competitivo em si no dia 16 de julho, às 14h30. Essa iniciativa visa aprimorar a gestão da demanda de energia elétrica, promovendo maior eficiência e equilíbrio no sistema elétrico. (Broadcast Energia - 04.07.2025)
CCEE: PLD médio de 3ª feira (01/07) fica perto de R$ 219 em todos os submercados
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para esta terça-feira, 01 de julho de 2025, apresentou variações nas diferentes regiões do Brasil, de acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste, o valor médio ficou em R$ 218,98 por megawatt-hora (MWh), enquanto no Norte foi de R$ 218,99 por MWh. A previsão é de que a máxima do PLD seja atingida às 18h, com valores de R$ 254,72 por MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, e de R$ 254,71 por MWh no Nordeste. Já a mínima está prevista para as 12h, com R$ 135,67 por MWh no Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, e R$ 135,68 por MWh no Sul e Norte. Esses valores são relevantes para o setor de energia, indicando a oscilação dos preços de acordo com a demanda e oferta de eletricidade em cada região, o que impacta diretamente nas operações das empresas do ramo. Acompanhar essas informações é fundamental para o planejamento estratégico e tomada de decisões no setor energético. (Broadcast Energia - 04.07.2025)
ONS: carga de energia em maio teve queda de 0,4% ante maio/2024
Em maio de 2025, a carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 78.687 megawatts médios, representando uma queda de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com abril, houve uma redução de 3,8%. Nos últimos 12 meses, a carga do SIN apresentou um aumento de 3,5%, porém com uma desaceleração de 0,7 ponto percentual em relação ao período anterior. O desempenho da carga em maio foi influenciado pelo clima ameno e pelo feriado prolongado do Dia do Trabalho. Fatores como clima e efeito calendário impactaram negativamente em 1,1 ponto percentual o desempenho da carga do SIN. Excluindo esses efeitos, a carga ajustada teria aumentado 0,6% em relação ao ano anterior. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, registrou uma queda de 2,8% em maio, com uma retração de 0,9% na carga ajustada, devido a temperaturas mais baixas do que o normal. No Sul, a carga cresceu 1,8%, com um avanço de 1,1% no critério ajustado, impulsionado por temperaturas mais altas que a média. No Nordeste, houve um aumento de 2,2% na carga, com impacto mínimo dos fatores fortuitos. Já no Norte, a carga teve uma expansão de 5,6%, com um aumento de 5,7% no critério ajustado. Em resumo, a carga de energia do SIN em maio de 2025 foi influenciada por fatores climáticos e feriados, resultando em variações nas diferentes regiões do Brasil. (Broadcast Energia - 04.07.2025)
Mobilidade Elétrica
ABVE: Venda de veículos elétricos cresce 9,5% no 1º semestre de 2025
As vendas de veículos leves eletrificados no Brasil totalizaram 15.525 unidades em junho de e 86.849 no primeiro semestre de 2025, uma alta de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior (79.304), segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O crescimento das vendas consolida os eletrificados (BEV, PHEV, HEV e HEV Flex) na faixa de 8% do mercado total das vendas domésticas de veículos leves no Brasil. O destaque fica com os modelos plug-in (BEV e PHEV), que responderam por 84% das vendas, evidenciando um salto de 33,8% frente ao ano anterior. Já os híbridos tradicionais (HEV e HEV Flex) cresceram apenas 4%, perdendo participação. Importa ressltar ainda que a oferta aumentou: de 39 para 57 fabricantes e de 225 para 293 modelos em um ano. Regionalmente, o Sudeste lidera com 47% das vendas, sendo São Paulo o estado com maior volume (30,9% do total), seguido pelo Sul (17,4%). As cidades com maior número de emplacamentos são São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba. De acordo com a ABVE, não obstante o aumento de impostos de importação, eletromobilidade avança, impulsionada, sobretudo, pela chegada de fábricas nacionais. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Nissan: Montadora adia produção de VEs nos EUA e revê estratégia diante de baixa demanda
A Nissan decidiu adiar em até um ano a produção de dois SUVs elétricos nos Estados Unidos, inicialmente prevista para 2028, agora remarcada para o fim de 2028 ou início de 2029. A medida ocorre em meio à baixa demanda por veículos elétricos e ao fim dos incentivos fiscais para compradores, determinado pela administração Trump por meio da nova lei “One Big Beautiful Bill Act”. A montadora japonesa também reduziu seus planos de lançamento de EVs nos EUA de cinco para três modelos. Outras empresas, como Toyota e Honda, também estão reavaliando seus projetos na área, priorizando híbridos e veículos a gasolina. A retirada dos subsídios ameaça não só as vendas de EVs, mas também o setor de baterias, levando fornecedores como a AESC a suspender investimentos em novas fábricas. A estagnação da demanda, mesmo com descontos agressivos, tornou os elétricos um desafio financeiro para as montadoras. (Valor Econômico - 09.07.2025)
Brasil: TJPE autoriza remoção de carregador de VE instalado sem aprovação em condomínio
A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu liminar autorizando um condomínio no Recife a remover um carregador de carro elétrico instalado por um morador sem aprovação da assembleia condominial. A decisão considerou que a instalação ocorreu em uma rota de fuga de incêndio e representava riscos à segurança coletiva devido à sobrecarga no sistema elétrico do edifício. O desembargador Fábio Eugênio Dantas destacou que, segundo o Código Civil, esse tipo de obra em área comum exige quórum qualificado de dois terços dos condôminos, o que não foi respeitado. A autorização concedida apenas pela síndica foi considerada insuficiente. A liminar ponderou também que o morador possui alternativas viáveis para carregar o veículo fora do condomínio, inclusive em shopping vizinho com acesso direto pelo prédio. (Valor Econômico - 08.07.2025)
Inovação e Tecnologia
Elea Data Centers: Energia renovável transforma o cenário de digitalização no Brasil
Com instalações alimentadas 100% por energia renovável, a Elea Data Centers vem exemplificando como as fontes limpas estão revolucionando o setor de data centers no Brasil, estabelecendo novos padrões de sustentabilidade na infraestrutura digital. Desde 2022, a empresa atua no mercado livre com certificados de energia renovável (IREC) e, em 2025, adotou a autoprodução com energia eólica, planejando incluir fontes hídricas no futuro. Para o fundador Alessandro Lombardi, a sustentabilidade não é negociável, especialmente diante da crescente demanda por inteligência artificial e computação em nuvem. Ele destacou que o Brasil tem uma matriz energética única e verde em escala global, o que dá vantagem competitiva ao país. Durante o Latam Finance Forum, Lombardi reconheceu os desafios de planejamento energético e elogiou as recentes mudanças regulatórias, que favorecem empresas estruturadas. Ademais, destacou que a Elea está apostnado no ambicioso projeto Rio AI City, que integrará 1,5 gigawatts de energia hidrelétrica inicialmente, com expansão prevista para 3,2 GW. A iniciativa vai além da infraestrutura digital, combinando tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento urbano para criar um ecossistema inovador e inteligente no Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
RT-One anuncia megainvestimento em data center com inteligência artificial em Minas Gerais
A empresa americana RT-One vai investir R$ 6 bilhões na construção de um centro de dados com foco em inteligência artificial, segurança e computação em nuvem em Uberlândia, Minas Gerais. A instalação ocupará 245 mil metros quadrados em um parque tecnológico e terá capacidade energética inicial de 100 megawatts, com possibilidade de expansão para 400 MW. O projeto utilizará tecnologias sustentáveis de gestão de energia e refrigeração líquida, buscando certificação internacional. O anúncio foi feito na prefeitura da cidade e a expectativa é de geração de 2 mil empregos diretos e indiretos. Este é o segundo projeto da empresa no Brasil, que também anunciou um data center semelhante em Maringá, no Paraná. (Valor Econômico - 08.07.2025)
CELA: Investimentos em IA impulsionam expansão de data centers na América Latina
O setor de data centers na América Latina deve continuar crescendo a taxas de dois dígitos, impulsionado pelos investimentos em inteligência artificial, segundo Camila Ramos, CEO da Clean Energy Latin America (CELA). Durante o Latam Finance Forum 2025, ela destacou que, caso a inteligência artificial avance conforme o esperado, os investimentos podem quadruplicar. A executiva pondera, no entanto, que, para viabilizar esse crescimento, são essenciais um marco regulatório que assegure a soberania de dados e a redução das taxas de importação de equipamentos, como unidades de processamento gráfico (GPUs) – que atualmente dobram de preço no Brasil – são essenciais. Mesmo sem essas condições ideais, o setor já demonstra forte expansão para a inferência — que exige baixa latência e pode superar o crescimento da nuvem. Entre os fatores que atraem investimentos em data centers para o Brasil, Camila destacou o mercado consumidor relevante, o crescimento da demanda por nuvem no setor corporativo e a disponibilidade de energia renovável competitiva. Além disso, a executiva alertou para os efeitos MP 1300 no setor. “Estamos vivendo uma corrida de 50 metros para garantir direitos adquiridos antes da implementação da medida, especialmente quanto à contribuição de capital para autoprodução”, comentou. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)
Energias Renováveis
Absolar: Nova coordenação estadual para transição energética em SC
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) nomeou o advogado Frederico Boschin, diretor executivo da Noale Energia e sócio na Ferrari Boschin Advogados, como o novo coordenador estadual da entidade em Santa Catarina. Com 20 anos de experiência no setor elétrico, Boschin é conselheiro da FIERGS, diretor do Sindienergia-RS, professor universitário e possui sólida formação acadêmica nas áreas de direito, energia e regulação. O executivo assume com a missão de ampliar a colaboração regional no desenvolvimento de políticas públicas, programas e incentivos na área de energia solar, armazenamento energético e demais tecnologias sustentáveis. Segundo a associação, o objetivo é impulsionar a transição energética e o crescimento econômico no estado a partir da expansão da energia solar. Atualmente, Santa Catarina possui mais de 1,4 GW de potência instalada na geração própria solar. Desde 2012, a modalidade já proporcionou ao estado a atração de R$ 7,7 bilhões em investimentos, geração de mais de 44 mil empregos e arrecadação de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Fepam emite LI para Complexo Eólico Electra Ventos do Sul em Santa Vitória do Palmar
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) emitiu a Licença de Instalação para o Complexo Eólico Electra Ventos do Sul, que será construído no município de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Rio Grande do Sul. O empreendimento ocupará uma área de 2.240,56 hectares e será composto por cinco parques eólicos, Electra Ventos do Sul I, II, III, IV e V, somando uma potência instalada de 121,8 MW. Ademais, a licença autoriza a instalação de 20 aerogeradores, sendo 19 com potência de 6,2 MW e um com potência limitada de 4 MW. Segundo a fundação, a autorização representa mais um passo importante na ampliação da matriz energética limpa do Estado. Por fim, o projeto é de responsabilidade da empresa Usina Eólica Vitória IV Ltda, e conta com anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e conta com uma Licença de Instalação válida por cinco anos. (Agência CanalEnergia - 07.07.2025)
Belo Monte fecha o 1º semestre de 2025 como hidrelétrica com maior produção de energia
Belo Monte foi a hidrelétrica 100% nacional que mais gerou energia limpa e renovável para o Brasil no primeiro semestre de 2025. A Usina produziu 27.906 gigawatts-hora (GWh), suprindo 8% de toda a energia utilizada no Brasil de janeiro a junho, o que equivale ao consumo de 26 milhões de residências. A produção representa um aumento de 38% em relação ao período homólogo, quando foram gerados 20.414 GWh. Ademais, o crescimento da geração se deve às altas vazões registradas este ano no Rio Xingu. Em uma perspectiva quantitativa de energia, a hidrelétrica nos seis primeiros meses foi capaz de suprir o consumo de todos os domicílios das regiões Norte e Nordeste. Além disso, no primeiro semestre, observou-se uma atuação essencial de Belo Monte para suprimento da demanda nacional em meio a um cenário de elevação das ondas de calor no Sudeste. Por fim, como caso evidente de funcionalidade, na noite de 26 de fevereiro, ocorreu a marca histórica de 106.536 mW de demanda instantânea, neste cenário, a hidrelétrica sozinha contribuiu com 9.149 MW, que seria aproximadamente (8,5%) do que o país necessitava, assim se configurando como a que mais contribui para o atendimento nacional. (Petronotícias – 08.07.2025)
Gás e Termelétricas
Aneel atualiza CVU das térmicas Seropédica e Nova Piratininga, da Petrobras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu os Custos Variáveis Unitários (CVU) de duas termelétricas da Petrobras em São Paulo. No Diário Oficial da União de 01/07/2025, foi publicado que a termelétrica Seropédica terá seu CVU fixado em R$ 1.159,72 por megawatt-hora (MWh), com uma parcela de custo fixo de R$ 93,47 por MWh. Para cobrir os custos fixos, a geração necessária é de 1.015.249 MWh. Já a termelétrica Nova Piratininga teve seu CVU estabelecido em R$1.318,87 por MWh, com um custo fixo de R$ 204,89 por MWh e uma geração necessária de 1.056.433 MWh para a recuperação dos custos fixos. Essas decisões têm impacto direto no setor energético, refletindo na precificação da energia elétrica e no planejamento de investimentos das empresas do ramo. A definição dos CVUs é uma medida importante para garantir a sustentabilidade econômica das termelétricas e para manter o equilíbrio no fornecimento de energia elétrica no país. (Broadcast Energia - 07.07.2025)
Aneel fixa CVU da Borborema Energética
A Agência Nacional de Energia Elétrica atendeu a solicitação da Borborema Energética S.A e aprovou o Custo Variável Unitário da Usina Termelétrica – UTE Campina Grande. Os valores de CVU foram fixados em R$ 1.326,07/MWh; a Parcela de Custo Fixo (PCF), no valor de R$ 970,39/MWh e o montante de geração necessário à recuperação dos custos fixos em 53.216 MWh. Ficou definido ainda que os montantes de geração refere-se ao mês de julho de 2025 e deverá ser atualizado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As publicações destacam que o CVU acrescido de custos fixos da usina corresponde à soma do CVU mensal com a PCF. Sua adoção deverá observar a vigência e as condições definidas na Portaria Normativa a nº 108/GM/MME, de 29 de abril de 2025, do Ministério de Minas e Energia. Ficou determinado também que os valores aprovados deverão ser aplicados a partir de 08 de julho de 2025, e por um período de 12 meses pelo ONS e pela CCEE. (Agência CanalEnergia - 08.07.2025)
Bélgica aprova reinício de geração e operação estendida para unidade 3 da usina nuclear de Tihange
A Agência Federal Belga de Controle Nuclear (FANC) deu o aval para o reinício da unidade 3 da usina nuclear de Tihange, após uma parada para manutenção em preparação para a operação da unidade por mais dez anos. A extensão da unidade 4 da central de Doel também está sob análise. Para a operação contínua das duas plantas, a empresa Electrabel teve que apresentar um extenso arquivo de Operação de Longo Prazo (LTO) com estudos de segurança e um plano de ação. Este arquivo foi submetido em dezembro de 2024 para ambas as unidades. A Tihange 3 foi desconectada em 5 de abril para uma chamada “revisão LTO” – um período extenso de inspeção e manutenção com vistas à operação segura de longo prazo do reator. Após uma análise minuciosa, a Agência Federal de Controle Nuclear (FANC) e sua subsidiária técnica Bel V determinaram que o reator atende às condições para um reinício seguro. A Tihange 3 será reiniciada nos próximos dias. (Petronotícias – 07.07.2025)