IFE Diário 6.213
Regulação
Webinar GESEL “A Inteligência Artificial no Setor Elétrico Brasileiro”
No dia 2 de julho, das 10h às 12h, o GESEL realizará o webinar “A Inteligência Artificial no Setor Elétrico Brasileiro”. O objetivo do evento é debater, com especialistas altamente qualificados, as perspectivas e os desafios do uso dessa tecnologia disruptiva no Sistema Elétrico Brasileiro (SEB), destacando seu potencial para transformar as áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização, bem como a operação, regulação e planejamento nos próximos anos. O evento contará com coordenação de Mauricio Moszkowicz (GESEL), abertura de Lindemberg Nunes Reis (ABRADEE) e as palestras de Flávio Loução (Grupo Energisa), Antonio Carlos (PRIOR), Marcos Basile (Volt Robotics), Luiza Masseno (GESEL) e Kalyne Brito (GESEL). Inscreva-se já: https://forms.gle/wQy6kSfxixCu8xrw7 (GESEL-IE-UFRJ – 24.06.2025)
Curso GESEL “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias disruptivas e Inteligência Artificial”
A partir do dia 22 de julho, o GESEL promoverá o curso EAD “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias Disruptivas e Inteligência Artificial”. Com carga horária total de 12 horas, divididas em 6 aulas de 2 horas cada, o curso será ministrado por especialistas do setor e abordará os impactos das novas tecnologias no setor elétrico, incluindo cases e projetos reais em andamento. O conteúdo do curso incluirá os pilares da transformação digital do setor elétrico, tecnologias disruptivas associadas e seus novos modelos de negócios. Curso recomendado para profissionais da área interessados em conhecer experiências e melhores práticas acerca de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Digital Twin, Virtual Power Plant (VPP), Microrredes, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. O curso será realizado em formato on-line síncrono. Inscreva-se já: https://forms.gle/6KiWs34n3geWLBvc6 (GESEL-IE-UFRJ – 13.06.2025)
GESEL participa de Audiência Pública sobre armazenamento de energia na Câmara dos Deputados
O Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL/UFRJ), participará como expositor em Audiência Pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que discutirá a inserção de sistemas de armazenamento de energia nos sistemas elétricos do Brasil. A audiência ocorrerá nesta quarta-feira, dia 2 de julho, às 9h, no Plenário 14 do Anexo II, em Brasília. O evento atende ao Requerimento nº 31/2025, de autoria do deputado federal Diego Andrade, aprovado em reunião deliberativa da comissão realizada em 7 de maio de 2025. (GESEL-IE-UFRJ – 01.07.2025)
Bandeira tarifária vermelha permanece nas contas de julho
A Aneel confirmou a permanência da bandeira vermelha, no patamar 1, para o mês de julho de 2025. Assim, as contas de energia elétrica continuarão recebendo adicional de R$ 4,46 para cada 100 kWh consumidos. A agência afirma que a continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração de energia por hidrelétricas, com o sistema precisando de fontes mais onerosas para geração, como as termelétricas. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Alcolumbre: Eduardo Braga presidirá comissão da MP do setor elétrico
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou que o senador Eduardo Braga será o presidente da comissão mista responsável por analisar a medida provisória que traz mudanças no setor elétrico. Já o deputado Fernando Filho foi escolhido como relator da MP. Uma das principais propostas da medida é a isenção no pagamento da tarifa de energia para famílias de baixa renda. A decisão foi revelada antes de uma sessão no Senado, seguindo a indicação anterior do presidente da Câmara, Hugo Motta. A comissão mista terá a responsabilidade de avaliar e propor eventuais ajustes na medida provisória, que tem impacto direto na vida dos brasileiros, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social. A escolha de Braga e Filho para liderar esses trabalhos demonstra a importância e a complexidade do tema, que requer um debate técnico e cuidadoso para garantir que as medidas adotadas sejam eficazes e justas. A isenção na tarifa de energia é uma medida que pode trazer alívio financeiro significativo para as famílias de baixa renda, contribuindo para a redução das desigualdades sociais no país. O processo de análise da MP promete ser intenso e detalhado, com a participação de parlamentares de diferentes partidos e especialistas do setor, visando encontrar soluções que beneficiem a população e promovam o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Congresso aprova uso do Fundo Social para habitação e infraestrutura, mas exclui tarifa social
O relatório do deputado José Priante (MDB-PA) que autoriza a destinação de recursos do Fundo Social do Pré-Sal para o Minha Casa Minha Vida (R$ 15 bilhões em 2025) e PAC foi aprovado, mas excluiu a proposta original do governo de incluir a expansão da Tarifa Social de energia. A medida aumenta para 55% a parcela obrigatória para saúde e educação e estabelece distribuição regional dos recursos (30% Nordeste, 15% Norte, 10% Centro-Oeste), contrariando a preferência do Executivo por Sul e Sudeste. A exclusão do programa de isenção energética - que seria estratégico para o governo nas eleições de 2026 - reflete tensões entre o Legislativo e o Palácio do Planalto, agravadas por discordâncias sobre emendas parlamentares e taxação do IOF. A MP, que pode gerar entre R$ 20-35 bilhões, aguarda votação final para liberar recursos até a revisão orçamentária de julho. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Aneel abre CP sobre procedimentos para operação comercial de usinas
A Aneel abriu a consulta pública para receber contribuições em relação à alteração do prazo de início de vigência dos pedidos de operação em teste e comercial solicitados pelos agentes via sistema computacional que está sendo desenvolvido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A previsão inicial era que este procedimento se iniciaria a partir de 1º agosto de 2025. No entanto, o ONS solicitou que isso ocorresse seis meses após a publicação dos Procedimentos de Rede, em razão da impossibilidade de conclusão do sistema Novo SGIntegração no prazo inicialmente determinado. Dessa forma, a proposta apresentada na consulta pública é de postergação do prazo de vigência da Resolução Normativa 1.067, adotando como novo referencial seis meses para adequação do sistema após a data de aprovação dos Procedimentos de Rede. Os interessados poderão enviar contribuições ao processo no período de 26 de junho de 2025 a 9 de julho de 2025 para o e-mail: cp026_2025@aneel.gov.br. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Aneel reduz horário de reuniões públicas e sustentações orais devido a cortes orçamentários
A partir de 1º de julho de 2025, as Reuniões Públicas Ordinárias da Aneel terão novo horário, passando a ser realizadas das 8h30 às 13h30, em alinhamento com a redução do expediente na sede da agência para o período das 8h às 14h. A medida, de caráter temporário e com prazo indeterminado, foi implementada como resposta aos cortes orçamentários estabelecidos pelo Decreto nº 12.477/2025. Além da mudança no horário, as sustentações orais terão sua duração reduzida de dez para cinco minutos. A agência mantém o caráter público das deliberações e a transmissão ao vivo pelo YouTube, garantindo a transparência do processo decisório. Esta alteração complementa outras medidas de contenção de gastos já anunciadas pela Aneel, incluindo a redução de atividades de fiscalização e atendimento ao público. (Aneel – 30.06.2025)
Aneel reduz horário de atendimento do Protocolo Geral devido a cortes orçamentários
A partir de 1º de julho de 2025, o Protocolo Geral da Aneel funcionará em horário reduzido, das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira, como medida de contenção de gastos decorrente do contingenciamento orçamentário estabelecido pelo Decreto nº 12.477/2025. Embora o Sistema de Protocolo Digital (SPD) permaneça disponível 24/7 para envio de documentos, o processamento físico e digital da documentação, assim como o atendimento presencial e telefônico, ficarão restritos ao novo horário. A medida se alinha à redução geral do expediente na sede da agência e reflete os impactos dos cortes orçamentários que reduziram o orçamento da Aneel em 2025. A agência mantém o canal protocologeral@aneel.gov.br para esclarecimento de dúvidas sobre o novo funcionamento. (Aneel – 30.06.2025)
Aneel solicita retorno de servidores cedidos a órgãos do setor energético
Em meio à crise orçamentária, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou pedido ao Ministério de Minas e Energia para a devolução de servidores cedidos a órgãos do setor, incluindo nomes de alto escalão como o secretário-executivo adjunto do MME, Fernando Colli, e o presidente da EPE, Thiago Prado. O diretor-geral Sandoval Feitosa alertou que a agência enfrenta déficit de 30% em seu quadro funcional, agravado pelo contingenciamento de R$38,6 milhões que reduziu o orçamento de R$155 milhões para R$117 milhões em 2025. A medida busca mitigar os impactos dos cortes, que já levaram à suspensão de serviços como o call center, redução de fiscalizações e demissão de 145 terceirizados. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Servidores da Aneel pressionam por desbloqueio orçamentário para evitar colapso operacional
A Associação dos Servidores da Aneel (Asea) enviou ofício aos ministros Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda) solicitando a liberação integral do orçamento de R$155,6 milhões aprovado para 2025, após contingenciamento de R$38,6 milhões, que reduziu recursos para R$117 milhões. O documento alerta para o risco de colapso operacional, citando medidas extremas já adotadas como redução do horário de funcionamento (8h-14h), suspensão do call center, cancelamento de fiscalizações in loco e demissão de 145 terceirizados. A entidade argumenta com estudo da FGV que mostra retorno de R$2,39 aos cofres públicos para cada R$1 investido em agências reguladoras, e critica a dependência de um quadro de servidores 30% abaixo do previsto em lei (552 efetivos contra 765 autorizados). O pleito reforça pedido anterior do diretor-geral Sandoval Feitosa, enquanto o ministro Alexandre Silveira afirmou que a demanda está em análise pelo MME junto com outras prioridades setoriais. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
FNCE alerta para crise na Aneel após cortes orçamentários e demissões
A Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) denunciou o impacto dos cortes de R$ 38,6 milhões no orçamento da Aneel, que resultaram na demissão de 145 terceirizados e na redução de atividades essenciais como fiscalização e serviços de TI. A entidade criticou a contradição entre o contingenciamento de recursos e os R$ 7,8 bilhões anuais em custos adicionais que serão gerados pela derrubada de vetos ao marco das eólicas offshore - com impacto de 3,5% nas tarifas. A FNCE também destacou a vacância prolongada de cargos na diretoria da agência desde maio de 2024, apontando que disputas políticas estão comprometendo a governança do setor elétrico em um momento crítico, com sobrecarga do corpo técnico e insatisfação crescente dos consumidores. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Abragel reforça argumento de que derrubada de vetos não aumenta tarifa
A Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa divulgou nota de apoio ao presidente do senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que chamou de “ataques levianos” as críticas à derrubada dos vetos presidenciais ao marco legal da eólica offshore. A entidade, que representa 75% das pequenas centrais hidrelétricas em operação no país, afirmou que, ao contrário do vem sustentando algumas entidades do setor elétrico, a decisão do Congresso Nacional não levará a um aumento tarifário para o consumidor nos próximos 25 anos. O mesmo argumento foi usado por Alcolumbre, ao afirmar que parte da imprensa tem distorcido os fatos e divulgado números superestimados, com cenários alarmistas em relação ao impacto da decisão,“atribuindo ao Congresso a responsabilidade por um falso aumento da tarifa”. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Evento em SP discute reforma do setor elétrico e impactos na geração distribuída
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) promove nesta segunda-feira (30/06) o Conexão Empresarial 2025, com foco nos desafios e oportunidades da reforma do setor elétrico. O evento, que ocorrerá em São Paulo, reunirá especialistas para debater temas como armazenamento de energia, regulamentação de baterias, abertura do mercado livre e novos modelos de negócios para geração distribuída. A programação inclui ainda discussões sobre o papel do ONS e dos operadores de distribuição (DSO), além de análises sobre impactos tarifários e marco regulatório. O encontro acontece em momento crucial, quando o Congresso analisa a MP 1300 e o setor enfrenta pressões por maior flexibilidade e modernização do sistema elétrico. (Petronotícias – 29.06.2025)
Estudo projeta reajuste médio de 8,4% nas contas de energia comercial e industrial em 2025
A TR Soluções revisou para cima sua projeção de reajustes tarifários para consumidores comerciais e industriais, estimando agora alta média de 8,4% neste ano - 4 pontos percentuais acima do previsto anteriormente. O aumento decorre principalmente da elevação em R$4 bilhões nos custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que saltou de R$36,5 bilhões para R$40 bilhões devido a gastos com termelétricas e subsídios à geração distribuída. A análise aponta que 65% das distribuidoras terão reajustes entre -0,2% e +9,8%, enquanto 23,5% enfrentarão aumentos superiores a 17,4%. O cenário pode se agravar com a implementação da MP 1300/2025, que adicionará R$1,7 bilhão à CDE com a expansão da tarifa social, cujo impacto ainda não está contabilizado nas projeções atuais. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Artigo de Pedro Melo, Roberto Gomes, Leonardo Lins, Sérgio Balaban, Iony Patriota e José Altino Bezerra: "A MP 1300 e o 'empoderamento' do consumidor"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, os consultores Pedro Melo, Roberto Gomes, Leonardo Lins, Sérgio Balaban, Iony Patriota e José Altino Bezerra analisam como a MP 1300, que abre o mercado livre de energia, pode "empoderar" consumidores de baixa tensão, mas destacam a necessidade de reduzir a assimetria de informação no setor elétrico. O texto cita iniciativas como a cartilha da ANEEL e o aplicativo Aneel Consumidor, que buscam esclarecer a composição das tarifas, mas defende que essas ações são insuficientes. Os autores propõem a inclusão de educação sobre eficiência energética nas escolas, inspirada em modelos como o NEED Project dos EUA, para preparar futuros consumidores. A MP 1300, em discussão no Congresso, é vista como oportunidade para criar políticas públicas que tornem o consumidor mais ativo e consciente, com distribuidoras atuando como agentes de educação em suas áreas de concessão. (GESEL-IE-UFRJ – 01.07.2025)
Artigo de Jose Antonio Sorge: "Ecos do passado no Enase 2025"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Jose Antonio Sorge (sócio da Ágora Energia) reflete sobre os debates do ENASE 2025, destacando como temas atuais do setor elétrico — como abertura de mercado, transição energética e Open Energy — ecoam propostas não implementadas desde a Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (Re-SEB) nos anos 1990. O autor critica a falta de avanços em reformas estruturais, como a criação de um mercado de capacidade e preços horários, previstos há décadas. Sorge aponta a ausência de vontade política para modernizar a governança setorial, o enfraquecimento da ANEEL e os riscos da interferência legislativa, como as 600 emendas à MP 1300. O artigo conclui com ceticismo sobre a capacidade de superar esses desafios sem uma concertação similar ao Re-SEB. (GESEL-IE-UFRJ – 01.07.2025)
Transição Energética
COP30 no Brasil será marco para engajamento social na transição energética, diz enviada especial
Élbia Gannoum, enviada especial do Brasil para energia, afirmou que a COP30 será o momento de implementar ações concretas rumo ao Net Zero em 2050, com foco no engajamento do setor produtivo e consumidores. Em entrevista ao CanalEnergia, destacou que o evento no Brasil marcará a fase de execução após as COP28 (metas de triplicar renováveis) e COP29 (financiamento). Gannoum enfatizou o papel do país como provedor global de soluções energéticas e a necessidade de transformar a transição em oportunidade de negócios, com mecanismos como precificação regulada de carbono. A executiva reconheceu os desafios globais para triplicar renováveis, mas defendeu que sinais econômicos claros e incentivos adequados podem acelerar a adoção de tecnologias limpas. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Petrobras: FIP de transição energética deverá contemplar até 30 startups
A Petrobras, durante o Energy Summit 2025, anunciou os próximos passos para a criação do Fundo de Investimento em Participações (FIP) na modalidade Corporate Venture Capital (CVC), com um investimento total de até R$ 500 milhões. A investida tem o objetivo de impulsionar a inovação e acelerar a transição energética no Brasil. A seleção do gestor do fundo será concluída até 6 de outubro, e o prazo para envio de propostas termina no final de julho. O fundo terá até 12 anos de duração, sendo sete para investimento e cinco para desinvestimento, com um portfólio de até 30 startups. O capital será dividido entre a Petrobras, que investirá até R$ 250 milhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até R$ 125 milhões, e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com R$ 60 milhões via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A iniciativa foca em empresas iniciantes em áreas como energia renovável, armazenamento, eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura e estocagem de carbono, e descarbonização de operações. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
EPE: Publicação da Nota Técnica “Descarbonização do Setor de Transporte Rodoviário”
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou, em 27 de junho, a Nota Técnica "Descarbonização do Setor de Transporte Rodoviário: Intensidade de carbono das fontes de energia". O documento tem como finalidade dar apoio técnico ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na definição das metas do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que, entre outras medidas, determina o estabelecimento de requisitos de eficiência energético-ambiental. O estudo apresenta uma trajetória para a Intensidade de Carbono da Fonte de Energia (ICE) associada a cada tipo de energético, com base em uma análise de ciclo de vida que considera as emissões de gases de efeito estufa ao longo de toda a cadeia de produção. Os resultados são expressos em gramas de dióxido de carbono equivalente por megajoule (gCO₂eq/MJ), permitindo uma avaliação de diferentes fontes, como combustíveis fósseis, biocombustíveis e eletricidade. Acesse o documento aqui. (EPE – 27.06.2025)
FGV promove seminário internacional sobre gestão sustentável de resíduos sólidos
A Fundação Getúlio Vargas realiza nos dias 30/06 e 01/07 o Seminário Internacional "Sustentabilidade na Gestão dos Resíduos", reunindo 40 especialistas para debater os desafios do setor no marco dos 15 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O evento gratuito no Rio de Janeiro abordará temas como financiamento, regulação, tecnologias e erradicação de lixões, com destaque para: Modelos econômicos para concessões e PPPs em resíduos, Atualização de editais à luz do novo Marco Legal do Saneamento, Estruturação financeira para universalização dos serviços e Tecnologias adaptadas à realidade brasileira. A programação inclui a palestra magna do português Carlos Martins (ex-secretário de Estado do Ambiente de Portugal) e a participação de autoridades como a presidente da ANA, Verônica Sanchez, e o secretário do Meio Ambiente do RJ, Bernardo Rossi. O encontro ocorre em momento estratégico para o setor, que busca soluções para atingir as metas de saneamento básico no país. (Petronotícias – 29.06.2025)
Neoenergia investe em restauração florestal e entra no mercado de carbono
A Neoenergia firmou parceria com a empresa de projetos ambientais Biomas para plantar 2 milhões de mudas de espécies nativas em 1.200 hectares de Mata Atlântica no sul da Bahia até 2027, marcando sua entrada no mercado de carbono e inauguração do setor elétrico nesse segmento. O projeto, chamado Muçununga, será executado por uma sociedade de propósito específico entre a Biomas e a Carbon2Nature Brasil, joint venture da Neoenergia com a espanhola Iberdrola, e contará com R$ 55 milhões em investimentos. A iniciativa poderá gerar 525 mil créditos de carbono ao longo de 40 anos, cuja venda financiará a própria restauração florestal. O movimento ocorre em meio à regulamentação do mercado brasileiro de carbono e à proximidade da COP30. A Neoenergia pretende ampliar esse modelo de negócio para outras regiões do país, integrando-o à oferta de soluções para clientes que buscam compensar emissões de gases de efeito estufa. (Valor Econômico - 01.07.2025)
Setor de seguros contesta exigência legal de investir em créditos de carbono
A obrigatoriedade imposta pelo artigo 56 da Lei nº 15.042/2024, que exige que seguradoras, resseguradoras e entidades de previdência apliquem ao menos 0,5% de suas reservas técnicas anuais em créditos de carbono, tem gerado forte reação do setor. A CNseg, que representa as seguradoras, entrou com uma ação no STF alegando que a medida é inconstitucional, alegando riscos à solvência das empresas e à segurança dos clientes. O setor estima que essa obrigação poderia movimentar cerca de R$ 9 bilhões, valor muito superior ao volume atual do mercado nacional de carbono, avaliado em torno de R$ 1 bilhão. Especialistas como o economista Ronaldo Seroa reconhecem os desafios de regulamentação, mas defendem que a obrigatoriedade poderia estimular a oferta e consolidar o mercado de carbono. A CNseg, no entanto, argumenta que os créditos ainda carecem de liquidez, padronização e transparência, propondo alternativas como os green bonds soberanos, considerados mais seguros e eficazes para apoiar a agenda climática. (Valor Econômico - 30.06.2025)
Ambipar lança tokens de carbono em parceria com a B3 Digitas
A Ambipar firmou parceria com a B3 Digitas para lançar a negociação de créditos de carbono tokenizados, com início previsto para 8 de julho. Cada token AMBI representará uma tonelada de carbono certificado, permitindo sua negociação no ambiente digital da bolsa brasileira. A iniciativa visa ampliar o acesso ao mercado de carbono, integrando-o ao sistema financeiro tradicional e promovendo ações de sustentabilidade corporativa. Os tokens, registrados em blockchain, oferecem rastreabilidade e segurança, sem estarem sujeitos à regulação da CVM por se tratarem de utility tokens. O valor inicial dos ativos será de R$ 42,00, com um primeiro lote de 50 mil toneladas, e a Ambipar já sinaliza ter um volume muito maior disponível, dependendo da demanda. (Valor Econômico - 30.06.2025)
Eneva: Publicação de Relato Integrado e Databook ESG 2024, com metas revisadas de ESG
A empresa Eneva divulgou seu novo Relato Integrado, incluindo o Databook ESG (Ambiental, Social e Governança), que abrange os indicadores das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), do Sustainability Accounting Standards Board (SASB), e do ask Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). A empresa revisou suas metas públicas de ESG para refletir com maior precisão seu modelo de negócios e o impacto de suas operações, estruturando sua estratégia em três pilares principais: Transição e Segurança Energética, Oportunidades Socioeconômicas, e Conservação Ambiental e Bioeconomia. No primeiro pilar, destaca-se o foco na segurança energética, na gestão de emissões e no investimento em tecnologias de baixo carbono. O segundo pilar aborda a educação, a inserção no mercado de trabalho e o empoderamento feminino como vetores de desenvolvimento social. Já o terceiro pilar concentra-se no incentivo à bioeconomia e no uso sustentável de recursos naturais. Com essa abordagem integrada, a companhia busca contribuir para a sustentabilidade competitiva de seu negócio, a inclusão social e a conservação ambiental. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
QuantumScape avança em baterias sólidas e dispara 34% na bolsa após nova tecnologia
A QuantumScape alcançou um importante avanço na produção de baterias de lítio em estado sólido com a integração do separador avançado Cobra em suas células. Essa inovação permitiu uma produção mais eficiente, com um tratamento térmico 25 vezes mais rápido e economia de espaço físico nas baterias. A tecnologia aprimorada contribui para dispositivos menores e mais potentes, com aplicações que vão desde eletrônicos portáteis até veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia. Após o anúncio, as ações da QuantumScape tiveram um aumento de 34,41% no pré-mercado de Nova York. O feito reforça a liderança da QuantumScape no desenvolvimento de baterias de próxima geração e destaca sua contribuição para a transição energética global, oferecendo soluções mais sustentáveis e eficientes para a demanda crescente por energia limpa. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Hidrogênio verde latino-americano precisará de 400 GW e US$ 300 bi até 2050
O desenvolvimento da cadeia do hidrogênio de baixa emissão de carbono na América Latina e Caribe (ALC) exigirá uma capacidade instalada em eletrólise de aproximadamente 200 GW, enquanto a geração de eletricidade necessária aos projetos poderá atingir mais de 400 GW até 2050. Essa é uma das principais conclusões da novaNota Técnica da Organização Latino-Americana de Energia (Olade), que aponta algumas perspectivas para o energético na região a partir de uma base de dados dos roteiros apresentados por vários países. O levantamento analisa o estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo, colocando a falta de incentivos para consumo e projetos, o risco de investimento e a falta de capital humano como principais desafios. A previsão é de que quase 350 mil empregos podem ser oportunizados nesse novo setor em desenvolvimento pelos próximos 25 anos. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Argentina e Peru fortalecem laços no setor de energia nuclear
Representantes da Argentina e do Peru assinaram um acordo para estabelecer novas áreas de colaboração, com o objetivo de aprofundar os laços históricos entre os dois países no campo da energia nuclear para fins pacíficos. Germán Guido Lavalle, presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) da Argentina, declarou: “A Argentina mantém uma relação longa e profunda com o Peru, que também se estende ao campo nuclear. Um marco importante dessa colaboração foi a construção, por parte do nosso país, do reator de pesquisa RP-10, localizado nos arredores de Lima. Desde então, temos mantido um intercâmbio frutífero, especialmente no desenvolvimento de recursos humanos e na cooperação técnica. O acordo que acabamos de assinar renova e projeta essa relação de cooperação para os desafios dos próximos anos.” Pelo lado peruano, o acordo foi assinado por Rolando Páucar Jáuregui, do Instituto Peruano de Energia Nuclear (IPEN). O documento estabelece novas áreas de colaboração em projetos de pesquisa científica e tecnológica, além de treinamento, reafirmando “o compromisso da CNEA e do IPEN com o uso da energia nuclear como motor de desenvolvimento em diversos campos, como saúde, agricultura e pesquisa científica”. ( Petronotícias – 27.06.2025)
Crise Climática
Brasil é pressionado na pré-COP a liderar transição dos fósseis rumo à COP30
Durante a pré-COP realizada em Bonn, Alemanha, negociadores da Convenção do Clima das Nações Unidas enfrentaram tensões e protestos contra a continuidade do uso de combustíveis fósseis, apontados como principais responsáveis pelo aquecimento global. Cientistas do grupo Indicadores da Mudança Global Climática (IGCC) alertaram que é cada vez mais improvável limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC, como previsto no Acordo de Paris, devido à persistência de planos de extração de petróleo e gás. O Brasil, que sediará a COP30 em Belém, foi pressionado por mais de 250 cientistas a liderar o movimento pelo abandono gradual dos fósseis. Quanto às metas climáticas assumidas pelo país, apesar da queda recente no desmatamento, novos dados apontam aumento significativo em maio na Amazônia, dificultando o cumprimento dos compromissos, como a redução de emissões em até 67% até 2035 e o fim do desmatamento ilegal. Especialistas, diante disso, destacam a urgência de um plano concreto para a transição energética no Brasil, comparando a situação atual à crise do petróleo dos anos 1970, que impulsionou o desenvolvimento dos biocombustíveis. (O Globo – 30.06.2025)
Energia renovável torna-se protagonista dentro do Fundo Clima em 2025
A energia renovável está dominando em 2025 os empréstimos do Fundo Clima, principal fonte de financiamento climático no país. Conforme dados levantados pelo Instituto Talanoa, mais de 72% de um total de R$ 805,4 milhões em contratos fechados pelo BNDES no primeiro quadrimestre desse ano corresponde à implementação de parques eólicos e de usinas solares fotovoltaicas. Esse movimento adentra diversos estados, como o Rio Grande do Norte, com a empresa TGR que receberá um valor estimado de R$ 500 milhões, ou nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo, entre outros. Por fim, também estão previstos R$ 88 milhões para implantação de aterro sanitário e rede de macrodrenagem, mais R$ 26,4 milhões em crédito para financiamento e aquisição de máquinas e equipamentos. (Petronotícias – 01.07.2025)
Empresas
Neoenergia conclui venda de participação na usina de Baixo Iguaçu
A Neoenergia finalizou a venda de sua participação de 70% na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu para a Companhia Paranaense de Energia (Copel) por R$ 1,05 bilhão. Com essa transação, a Neoenergia deixa de ter qualquer participação no empreendimento. A companhia informou que a operação faz parte de sua estratégia de rotação de ativos, focada na otimização do portfólio, geração de valor, disciplina de capital e simplificação da estrutura corporativa. (Valor Econômico - 30.06.2025)
Agência dá aval para transferência de ativos de transmissão da Equatorial para CDPQ
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a venda de sete transmissoras da Equatorial Energia para o fundo de investimentos canadense CDPQ, em operação que pode chegar a R$9,395 bilhões. As empresas Equatorial Transmissora 1 a 6 e 8 serão transferidas através das controladoras Verene Energia e Infraestrutura e Energia Brasil S.A., com prazo de 120 dias para conclusão. A transação, anunciada em abril, tem equity value estimada em R$5,188 bilhões (valores de junho/2025), sujeito a ajustes até o fechamento. A decisão da Aneel era a última condição pendente para concretizar o negócio, que marca a saída da Equatorial do segmento de transmissão e fortalece a presença de investidores internacionais na infraestrutura energética brasileira. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Consumo nas distribuidoras da Energisa sobe 0,2% em maio
O consumo consolidado de energia nas áreas de concessão do Grupo Energisa apresentou um aumento de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, indo a 3.601,7 GWh. O aumento foi impactado pelas classes industrial e a residencial. O bom desempenho da indústria de alimentos e minerais contribuiu, assim como o aumento de consumidores e um calendário maior. A base elevada em maio de 2024 limitou a variação do consumo mensal, uma vez que o consumo havia avançado 12,4% – a maior taxa em 17 anos, em meio a ondas de calor. Nos cinco primeiros meses desse ano, o consumo no mercado cativo e livre avançou 0,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Em quatro dos cinco meses de 2025 houve alta do consumo, principalmente em fevereiro, em meio a manutenção de temperaturas acima da média, e continuidade do bom desempenho da indústria, em especial minerais e alimentos. A classe industrial, com alta de 3,1% e a residencial, de 1,5%, direcionaram o resultado. A alta só não foi maior em função da base alta do mesmo período de 2024, de 12,1%. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Engie: Mudança da estrutura organizacional no Brasil
A Engie Brasil anunciou a reestruturação de sua composição diretiva com o objetivo de alinhar sua estrutura organizacional ao modelo operacional global do grupo francês e fortalecer o foco estratégico em áreas-chave. Entre as principais alterações, Guilherme Ferrari, atual Diretor de Novos Negócios, assume a posição de Diretor de Energias Renováveis e Armazenamento, ficando agora responsável pelo ciclo completo dos ativos de geração renovável e dos sistemas de armazenamento. Gustavo Labanca, por sua vez, foi nomeado Diretor de Transmissão de Energia. Outras mudanças incluem Sophie Quarré de Verneuil como Diretora de Recursos Humanos, Felipe Batista como Diretor Jurídico e de Ética, e Pierre Leblanc como Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Já as áreas de Gestão e Comercialização de Energia, e de Regulação, Estratégia e Comunicação continuam sob Marcos Keller Amboni e Gabriel Mann dos Santos, respectivamente. Ainda, as diretorias de Operação e de Implantação deixam de ser estatutárias e passam a se reportar à nova diretoria de Renováveis. Ademais, foram anunciadas as renúncias de Luciana Nabarrete e Eduardo Takamori, que assumem cargos estratégicos em outras empresas do grupo. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Aeris: Mudanças no Conselho de Administração e no Comitê de Auditoria
A Aeris Energia anunciou mudanças em sua estrutura de governança corporativa. O conselho de administração da companhia aprovou a eleição de Marcos Grodetzky como novo membro independente do conselho e coordenador do comitê de auditoria estatutário (CAE). Ele substitui Fernando Tembra Rodriguez no cargo. Formado em economia pela UFRJ, Grodetzky possui mais de 40 anos de experiência em finanças e planejamento estratégico, com passagens por instituições financeiras, fundos de private equity e empresas listadas no Brasil e na NYSE. Junto a ele, Valdenise dos Santos Menezes e Patrícia Latorre foram eleitas para o CAE, após as renúncias de Eduardo Rota e Fabrício La Gamba. Valdenise tem experiência em controladoria em grandes empresas, e Patrícia foi sócia de auditoria da PwC Brasil, com atuação em projetos anticorrupção e SOX. O novo CAE terá mandato até a primeira reunião do conselho após a assembleia que aprovará as demonstrações financeiras de 2025. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Emae: Nomeação de nova superintendente de Marketing e Comunicação
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) nomeou Mariana Negrão como Superintendente de Marketing e Comunicação. na nova posição, ela assume mais desafios que incluem a transformação da marca e a gestão das equipes de comunicação externa e interna, digital, imprensa, eventos e marketing. Na companhia desde 2024, a executiva possui experiência no mercado com foco em fortalecimento de reputação de corporações como Hospital Albert Einstein e Alliança Saúde. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
EPE publica o Relatório Final do Balanço Energético Nacional 2025
Nesta segunda-feira, 30, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou ao público o Relatório Final do Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, documento que consolida a contabilidade da oferta e consumo de energia no Brasil em 2024, incluindo as atividades de extração e transformação de recursos energéticos, importação, exportação, distribuição e uso final da energia. O Relatório Síntese do BEN 2025 já havia sido publicado em 29 de maio, destacando aspectos da oferta de energia, participação da energia renovável nas matrizes energética e elétrica, consumo e emissões de gases do efeito estufa (GEE). Acesse o relalório aqui. (EPE – 30.06.2025)
Furto de energia tem leve alta e representa 16% das perdas no Brasil em 2024
O índice de furto de energia elétrica em baixa tensão no Brasil subiu ligeiramente em 2024, atingindo 16,02% do mercado, frente a 15,75% no ano anterior, segundo a Aneel. Dez distribuidoras concentram 74% dessas perdas, com Amazonas Energia e Light respondendo por mais de um terço. Problemas financeiros, como no caso da Amazonas, e a criminalidade em regiões dominadas por facções no Rio de Janeiro agravam a situação. O governo busca soluções, incluindo a expansão da tarifa social pela medida provisória 1300/2025 para reduzir furtos e inadimplência. O furto de energia, que eleva custos do setor e é crime, também aumenta riscos técnicos na rede, como sobrecargas e acidentes, além de representar prejuízo estimado em R$ 10,3 bilhões em 2024. (Agência Eixos- 30.06.2025)
Cortes na energia renovável podem triplicar no Brasil até 2035
A consultoria Wood Mackenzie projeta que os cortes na geração de energia renovável no Brasil podem aumentar 300% até 2035, mesmo com a expansão da transmissão elétrica no país. Embora o Brasil deva adicionar 76 GW em capacidade solar e eólica terrestre na próxima década, gargalos na infraestrutura dificultam o escoamento da energia, elevando a taxa média de corte de 2% em 2025 para 8% em 2035, chegando a 11% no Nordeste. A expansão da transmissão não é suficiente para conter o avanço dos cortes, que são agravados por entraves regulatórios e altos custos de importação de equipamentos. A Wood Mackenzie aponta que o crescimento do armazenamento por baterias, previsto a partir de 2031, será fundamental para mitigar perdas, mas depende de incentivos regulatórios e da realização de leilões específicos para viabilizar a adoção em larga escala. (Agência Eixos - 30.06.2025)
ONS: Abertura de consulta sobre Submódulo 4.5 dos Procedimentos de Rede
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) abriu consulta externa para receber contribuições à proposta de revisão do documento Procedimental do Submódulo 4.5 da Programação Diária da Operação dos Procedimentos de Rede. A alteração proposta refere-se à inclusão de uma nova etapa no item 2.3, relacionada ao “Processamento do modelo de curtíssimo prazo para definição das propostas de geração”, visando alinhar o processo à prática atual de identificação de inconsistências, tendo em vista que não há tempo hábil para disponibilização de um deck preliminar nos processos da Programação Diária. A proposta prevê a disponibilização de um novo deck corrigido de maneira a evitar que erros se propaguem nos processos subsequentes. O processo de revisão pode ser acessado pelo sistema ConsultaPR, disponível no SINtegre, e as contribuições serão aceitas até 10 de agosto de 2025. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Mobilidade Elétrica
BYD apresenta fábrica em Camaçari e busca redução de imposto para veículos semidesmontados
A montadora chinesa BYD realizou uma cerimônia em Camaçari (BA) para apresentar sua nova fábrica no Brasil, ainda em fase de conclusão, enquanto negocia com o governo federal a redução do Imposto de Importação para veículos semidesmontados (SKD), atualmente fixado em 28%. A empresa defende uma alíquota de 10% para esses veículos, alegando que eles envolvem custos adicionais no país, como mão de obra. A fábrica começará produzindo os modelos Dolphin Mini e Song Plus, com previsão de alcançar 50 mil unidades produzidas ainda em 2025. A expectativa é chegar a 150 mil em 2026. Com R$ 1,4 bilhão já investidos dos R$ 5,5 bilhões previstos, a BYD também planeja nacionalizar gradualmente a produção e atrair fornecedores. A nova planta ocupa o espaço da antiga fábrica da Ford e sua instalação foi viabilizada após acordo com o governo da Bahia. Parte das obras está embargada devido a denúncias de trabalho escravo. A empresa pretende disputar o mercado de venda direta, inclusive para taxistas, e vê potencial estratégico nas reservas de lítio brasileiras para o futuro dos seus negócios no país. (Valor Econômico - 30.06.2025)
Aliança da 99 investe R$ 332 mi e mira 20 mil carros elétricos até o fim de 2025
A Aliança pela Mobilidade Sustentável – iniciativa liderada pela 99 – já investiu R$ 332 milhões em mobilidade elétrica desde sua criação há três anos. O diretor da 99, Thiago Hipolito, defende que o assunto deveria ser um eixo do Plano Nacional de Mobilidade Urbana e receber incentivos fiscais claros e duradouros, além de um estímulo para retrofit de infraestrutura. Segundo ele, em 2025, mais R$ 180 milhões serão aplicados para ampliar o acesso a veículos elétricos e a rede de recarga. Além disso, destaca que a meta da Aliança é ter 20 mil carros eletrificados até o fim do ano, o que equivaleria a 15% da plataforma. O organismo, todavia, vê na a falta de coordenação entre governo, empresas e sociedade o maior desafio para a expansão da eletromobilidade no país. Apesar de avanços na avanços na infraestrutura de recarga, a capilaridade é considerada um entrave. Para Hipólito, a cobertura ainda é desigual e concentrada. A avaliação é que a descarbonização nos veículos pesados é um dos grandes desafios tecnológicos da transição para uma mobilidade de baixo carbono, mas é crucial na obtenção das metas de redução de emissões. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Corte na Anac paralisa certificação de carros voadores e reduz fiscalização
A Anac suspendeu a certificação dos eVTOLs — veículos elétricos de decolagem e pouso vertical da Embraer — devido ao bloqueio de R$ 30 milhões no seu orçamento, que comprometeu avaliações técnicas e deslocamentos essenciais. O corte, que representa 25% do orçamento autorizado para 2025, também afetou exames e emissão de licenças para profissionais do setor aéreo, além de reduzir em até 60% as fiscalizações em aeroportos e oficinas. A fragilidade financeira da agência preocupa autoridades internacionais e pode atrasar a entrada de novas tecnologias no Brasil. Além da Anac, Aneel e ANP também sofreram cortes orçamentários, impactando fiscalização e monitoramento, o que aumenta riscos à segurança, abre espaço para fraudes e prejudica a estabilidade do setor energético. (Agência Eixos- 30.06.2025)
Honda revê planos e adia produção de veículos a hidrogênio no Japão
A Honda anunciou o adiamento indefinido da produção de módulos de nova geração de células a combustível no Japão, inicialmente prevista para o ano fiscal de 2027, além de reduzir em cerca de 30% sua capacidade planejada. A decisão decorre dos altos custos que dificultam a adoção de veículos a hidrogênio, o que também levou a montadora a renunciar a um subsídio governamental de até US$ 102 milhões. Apesar da promessa de maior eficiência e menor custo nos novos módulos, o projeto enfrenta desafios diante da baixa competitividade frente a veículos a gasolina e elétricos, além da retração nos investimentos em infraestrutura e abastecimento de hidrogênio. A Honda mantém sua meta de eletrificação total até 2040, mas poderá rever seus objetivos de vendas de veículos a hidrogênio. Outras montadoras japonesas, como Nissan e Toyota, também têm adiado planos relacionados à eletrificação. (Valor Econômico - 01.07.2025)
Inovação e Tecnologia
Demanda por data centers no Brasil cresce 330% em um ano, pressionando rede elétrica
O Ministério de Minas e Energia registrou um salto de 330% nos pedidos de conexão de data centers à rede elétrica nacional - de 12 projetos em maio/2024 para 52 em junho/2025, com potencial demanda acumulada de 13,2 GW até 2035. Os estados do Ceará, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul concentram a maior parte dos 18 projetos já aprovados e 34 em análise. O ministro Alexandre Silveira destacou o atrativo da matriz renovável brasileira para investimentos em inteligência artificial e armazenamento de dados, enquanto o governo trabalha para adaptar a infraestrutura e o marco regulatório a essa nova demanda tecnológica. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Assessor da Fazenda diz que Brasil está como protagonista do movimento de data centers
O Brasil pode atrair uma demanda de 10 gigawatts (GW) de data centers nos próximos dez anos, segundo afirmações do assessor especial do Ministério da Fazenda, Igor Marchesini. Em resumo, para viabilizar os projetos, é necessária a regulamentação, incluindo uma Medida Provisória que prevê a desoneração dos data centers, com uma renúncia de 52% em impostos. Esta iniciativa visa impulsionar a instalação desses centros de dados, especialmente no Nordeste, visando reduzir as desigualdades regionais e aproveitar a abundância de energia na região. Ademais, o assessor destaca a vantagem nacional em termos de matriz limpa. Como exemplo desses movimentos, destaca-se a Elea Data Centers, que planeja investir em 1,5 Gw no Brasil. A empresa inaugurou um data center no Rio e está planejando um movimento de expansão. Por fim, o presidente da Elea, ressaltou a necessidade de simplificar a regulamentação a fim de elevar a atratividade para investimentos e diminuir as barreiras setoriais. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
Governo federal e prefeitura firmam parceria para transformar o Rio em polo de data centers
A União e a prefeitura do Rio de Janeiro assinaram um memorando de entendimento para estabelecer a cidade como um hub de data centers de alta capacidade, em apoio ao projeto Rio AI City, que pretende transformar a zona oeste da capital em um centro de inovação e tecnologia. O acordo envolve ainda o BNDES, a Eletrobras e a Finep, e prevê esforços conjuntos para atrair investimentos, principalmente de grandes empresas como Google e Nvidia. Com investimentos estimados em US$ 65 bilhões, o projeto inclui a construção de data centers em escala de gigawatt e se apoia em infraestrutura estratégica como cabos submarinos. A prefeitura espera que o apoio institucional e técnico dos órgãos signatários ajude a consolidar um ecossistema de inovação que gere emprego e desenvolvimento tecnológico. O BNDES, por sua vez, anunciou R$ 1 bilhão em crédito para projetos de inteligência artificial e até R$ 3 bilhões em investimentos via fundos de participação. (Valor Econômico - 01.07.2025)
Cemig: Inscrições abertas para o 3º ciclo do Inova Lab
O Inova Cemig Lab está com inscrições abertas para seu 3º ciclo. Nesta etapa, empresas podem submeter soluções criativas e sustentáveis para os desafios propostos pela Cemig. Neste ciclo, foram lançados 14 novos desafios, que abrangem áreas como redes inteligentes, descarbonização da frota, digitalização do relacionamento com clientes e gestão de ativos, ampliando o escopo de oportunidades para startups de perfis diversos. Para esta etapa, as inscrições estarão abertas até o dia 27 de julho. A cada edição, a Cemig propõe temas prioritários por meio de chamadas públicas. Nos ciclos anteriores, os temas exploraram desde a digitalização do setor elétrico até o uso do hidrogênio como fonte limpa de energia. Até o momento, o programa firmou contratos com 26 startups, cada uma recebendo até R$ 1,6 milhão para desenvolver soluções alinhadas aos objetivos da companhia, promovendo um ecossistema de inovação colaborativa focado em sustentabilidade e eficiência. (Agência CanalEnergia - 30.06.2025)
Energias Renováveis
Rede D'Or, CGN Brasil e Bolt: Parceria com foco em autoprodução de energia solar
O Grupo Bolt, a Rede D’Or e a CGN Brasil firmaram um acordo de autoprodução de energia solar por meio do complexo fotovoltaico Lagoinha, em Russas, no Ceará. Inaugurado em 26 de junho, o parque tem 165 MW de capacidade instalada. O termo compreende o suprimento de energia limpa e renovável para mais de 70 unidades hospitalares da Rede D’Or, distribuídas em 13 estados, pelos próximos 17 anos. Ainda, a iniciativa evitará a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 por ano, apoiando a meta de neutralidade de carbono da Rede D’Or. Segundo Gustavo Ayala, CEO do Grupo Bolt, o projeto reforça a segurança dos pacientes ao assegurar energia contínua e de qualidade, além de refletir um compromisso com a sustentabilidade. O modelo também contribui para modernizar a matriz energética do setor hospitalar e acompanha a crescente demanda da sociedade por práticas corporativas mais conscientes e sustentáveis. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Brasil sobe no ranking global de energia eólica
O Brasil ultrapassou a Espanha e alcançou 35 GW de capacidade instalada em energia eólica, assumindo a quinta posição no ranking global de geração eólica onshore. O avanço reforça o papel do país com uma das principais potências em energia renovável e abre caminho para a exploração da energia eólica offshore, próxima fronteira do setor. Segundo Matheus Noronha, Head de Energia Eólica Offshore da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), esse avanço se deve a um movimento coordenado do Estado, com incentivos e leilões. Ademais, segundo Noronha, fatores como a implementação da energia eólica offshore no país, exigirá planejamento estratégico e segurança jurídica. Com isso, um dos passos nesse processo é a nova metodologia de seleção de áreas, desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por fim, A expectativa é que, com a expansão da energia eólica offshore, o Brasil continue a se destacar no cenário energético mundial. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Acesso universal à energia até 2030 está em risco, alerta relatório da AIE e IRENA
O ritmo atual de avanço da eletrificação básica da população mundial ainda é insuficiente para garantir cobertura universal até 2030. A constatação faz parte de um recente relatório conjunto da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Apesar da melhora em relação a 2022, ainda restam 666 milhões de pessoas no mundo sem acesso básico à energia. Os progressos tiveram uma queda no âmbito do movimento de implementação mundial, muito derivados da Pandemia e da crise dos endividamentos. Com isso, segundo o relatório, destaca-se o papel das fontes renováveis distribuídas como alternativas promissoras para acelerar o acesso. No quesito renováveis, estas avançaram um pouco mesmo em um ambiente pouco favorável pós-ciclo de crises, entretanto, o ritmo não é suficiente para cumprir as metas internacionais e o processo é desigual entre os países. Por fim, o relatório também passa pela eficiência global que vem crescendo em velocidades lentas e pelos fluxos financeiros públicos que vêm elevando em países em desenvolvimento. (Petronotícias - 01.07.2025)
Gás e Termelétricas
RJ regulamenta incentivos a térmicas a gás e integra biometano à rede estadual
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, assinou na última quinta-feira, 26 de junho, durante o encerramento do Energy Summit, decreto regulamentando a lei estadual 10.456/2024, que dá tratamento tributário especial para UTEs movidas a gás natural no estado. As usinas que obtiveram licença prévia ambiental e sejam vencedoras de leilões de energia entre 2015 e 2032 estão aptas a participar. Com isso, empresas que aderirem ao regime serão obrigadas a investir, no mínimo, 2% do custo variável do gás apurado a cada ano, em projetos de geração de renováveis, de conservação de energia em prédios públicos e entre outros. Ademais, Castro também assinou decreto da lei estadual 5.361/ 2012, que regulamenta a Política Estadual de Gás Natural Renovável. Em síntese, esse decreto permite a integração do biometano na malha de gás natural do estado. Por fim, o governador relatou a imprensa que classificou o gás natural como o “grande combustível da transição”. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Azevedo & Travassos Energia anuncia novo contrato para fornecimento de gás natural
A Azevedo & Travassos Energia (ATE) anunciou ontem, dia 30/06, que conquistou um novo contrato para fornecimento de gás natural para a Natural Gás Distribuidora. O acordo, com vigência de 36 meses, prevê a entrega de até 20 mil metros cúbicos por dia, volume equivalente a cerca de 125,8 barris de óleo equivalente por dia (boe/dia). O gás será proveniente dos campos de Periquito, Periquito Norte e Periquito Nordeste, operados pela Phoenix, que é uma subsidiária da ATE. Além disso, segundo a companhia, o contrato marca um avanço para o desenvolvimento dos ativos da subsidiária. Por fim, o plano da companhia prevê um crescimento da produção nos próximos meses, com uma expectativa de alcançar uma média de mil m³/dia de gás a partir da perfuração de três novos poços. (Petronotícias – 30.06.2025)
Argentina e Peru ampliam cooperação nuclear com foco em pesquisa e desenvolvimento tecnológico
Os governos da Argentina e Peru assinaram um acordo para fortalecer a colaboração bilateral no setor nuclear, renovando uma parceria histórica que incluiu a construção de dois reatores de pesquisa argentinos no território peruano. O entendimento, firmado entre a Comissão Nacional de Energia Atômica argentina (CNEA) e o Instituto Peruano de Energia Nuclear (IPEN), prevê cooperação em projetos científicos, produção de radioisótopos e capacitação técnica. A Argentina, que possui três usinas nucleares em operação (5% da matriz elétrica do país), busca consolidar sua posição como fornecedor de tecnologia nuclear na região, enquanto desenvolve seu primeiro reator modular (CAREM). O acordo reforça o uso pacífico da energia nuclear para aplicações em saúde, agricultura e pesquisa científica. (Petronotícias – 27.06.2025)
China conclui içamento dos componentes internos do reator nuclear Haiyang 4
Os componentes internos do reator foram içados com sucesso para dentro da unidade 4 da usina nuclear de Haiyang, localizada na província de Shandong, na China. Os chamados reactor internals são estruturas principais dentro do vaso de pressão do reator e desempenham funções essenciais, como suporte ao núcleo, alinhamento dos combustíveis, direcionamento do fluxo de refrigerante primário, blindagem contra radiação e orientação de instrumentos internos. Com peso total de içamento de aproximadamente 260 toneladas, os componentes internos foram posicionados dentro do edifício do reator no dia 24 de junho, em um processo que durou 2 horas e 31 minutos, conforme anunciou a Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC). A construção de dois reatores CAP1000 — versão chinesa do modelo AP1000 da Westinghouse — como unidades 3 e 4 da planta de Haiyang foi aprovada pelo Conselho de Estado da China em abril de 2022. (Petronotícias – 28.06.2025)
Artigo de Letycia Pedroz: "Entre a hora e a morte do gás natural"
Em artigo publicado pela Agência Eixos, Letycia Pedroz (analista de Energia da ABRACE) trata do papel central do gás natural no debate energético brasileiro e do movimento do Governo Federal para reduzir preços e fomentar a reindustrialização, que representa uma oportunidade para o setor. No entanto, alerta para o risco de políticas estaduais equivocadas, especialmente nas revisões tarifárias, que podem perpetuar ciclos econômicos viciosos nas concessões de distribuição de gás canalizado, elevando as margens e tarifas mesmo diante da queda da demanda. Exemplos em Alagoas e Rio Grande do Sul ilustram essa inversão da lógica do monopólio natural, ameaçando a competitividade industrial e a transição energética. O autor enfatiza que a solução passa pela gestão prudente dos investimentos estaduais, alinhada ao crescimento sustentável da demanda, para evitar que esses ciclos viciosos se tornem fatais, comprometendo o futuro do mercado de gás no Brasil. (GESEL-IE-UFRJ – 01.07.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
TR soluções: Preço da energia e concorrência com a GD podem limitar migrações ao mercado livre
A partir de 2026, conforme a Medida Provisória nº 1.300/2025, consumidores residenciais, pequenos comércios e indústrias em baixa tensão poderão acessar o mercado livre de energia. Especialistas, no entanto, alertam que a medida, embora regulatoriamente positiva, pode não ser suficiente para promover uma migração em massa. Para o diretor de regulação da TR Soluções, Helder Sousa, o incentivo financeiro para a migração ainda é limitado, uma vez que apenas 33% da tarifa atual corresponde ao custo da energia, enquanto encargos, transmissão e distribuição compõem a maior parte da conta. Além disso, destaca concorrência com a geração distribuída — que mantém isenção da tarifa fio — limita ainda mais a competitividade do Ambiente de Contratação Livre (ACL). A expectativa é que apenas cerca de 22 milhões de unidades, de um universo de 76 milhões, estejam propensas a migrar. Diante disso, pondera-se que a migração para o mercado livre exigirá um trabalho educacional junto aos consumidores para disseminar conhecimento sobre o ambiente de livre contratação e suas vantagens. (Broadcast Energia - 30.06.2025)
BBCE: Lançamento de nova solução de liquidação financeira de contratos de energia
A Bolsa Brasileira de Comercialização de Energia (BBCE) lançou a BBCE Liquidação Financeira, uma solução que mira simplificar o processo de liquidação no mercado livre de energia ao consolidar múltiplas transações em uma única transferência mensal por empresa. Por meio de um sistema de compensação multilateral, a nova ferramenta elimina a necessidade de mapeamentos extensos e reduz substancialmente o volume financeiro movimentado entre contrapartes. Em fase piloto, o valor total das transações caiu de R$ 68 milhões para apenas R$ 15 milhões – uma redução de 78%. Nesse novo sistema, o Banco Bradesco atua como agente de liquidação, com um cronograma fixo: no quinto dia útil, empresas devedoras realizam uma única transferência; no sexto dia útil, empresas credoras recebem automaticamente seus valores consolidados. Segundo a BBCE, a mudança diminui riscos, custos administrativos e erros de conciliação, bem como elimina o trabalho manual de reconciliação e acompanhamento de múltiplas transferências. (Agência CanalEnergia - 27.06.2025)
Biblioteca Virtual
MELO, Pedro; GOMES, Roberto; LINS, Leonardo; BALABAN, Sérgio; PATRIOTA, Iony; BEZERRA, José Altino. "A MP 1300 e o 'empoderamento' do consumidor".
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PEDROZ, Letycia. "Entre a hora e a morte do gás natural".
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