IFE Diário 6.209
Regulação
Especialista alerta para dificuldades na universalização energética da Amazônia até 2028
Alexandre Viana, CEO da consultoria Envol, afirmou durante o Enase 2025 que o Brasil dificilmente cumprirá a meta de universalização energética na Amazônia até 2028. O estudo encomendado pela FNCE revela que 4 milhões de pessoas ainda enfrentam problemas de acesso - 2,7 milhões com fornecimento precário e 1,1 milhão dependente de geradores a diesel. Viana destacou a falta de coordenação entre as iniciativas existentes como principal obstáculo, defendendo soluções descentralizadas com microgrids adaptadas às diversas realidades regionais. O especialista sugeriu o uso de recursos da CDE e da privatização da Eletrobras para financiar os investimentos, que poderiam gerar economia de 40%, mas ressaltou a necessidade de análises mais detalhadas devido à complexidade geográfica e logística da região. (Agência CanalEnergia - 20.06.2025)
Artigo de Katia Rocha: "As emendas ao PL das Eólicas Offshore e a ameaça à modernização do setor elétrico brasileiro"
Em artigo publicado pelo WebAdvocacy, Katia Rocha (Pesquisadora do Ipea e Diretora e Membro do Conselho do Instituto "Mulheres na Regulação") analisa os impactos da derrubada de vetos presidenciais pelo Congresso a emendas do Projeto de Lei das eólicas offshore, especialmente aquelas que prorrogam contratos do Proinfa e determinam a contratação compulsória de PCHs. Segundo a autora, as medidas são estranhas ao propósito original do PL, não prioritárias em termos de política pública e podem gerar um custo de R$ 200 bilhões até 2050, elevando a tarifa de energia em mais de 3%. Rocha alerta para o alto comprometimento da renda familiar com energia elétrica no Brasil, que ultrapassa o de países desenvolvidos, caracterizando pobreza energética. O problema, segundo ela, é agravado por subsídios regressivos e pouco transparentes, que oneram principalmente os consumidores cativos. A autora defende a adoção de boas práticas internacionais, como as da OCDE, que recomendam avaliações rigorosas antes da criação ou renovação de subsídios. Ela lembra que órgãos como o TCU e o CMAP já recomendaram, desde 2019, a revisão de diversas políticas custeadas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Por fim, Rocha avalia que a decisão do Congresso fragiliza a MP 1.300/2025, que propõe a modernização do setor elétrico com foco na abertura de mercado, racionalização de encargos e ampliação da tarifa social. O custo estimado dessa política (R$ 4,5 bilhões/ano) é apontado como mais eficiente e socialmente justo do que os R$ 8 bilhões/ano gerados pelas emendas mantidas. A autora conclui que a medida legislativa compromete a competitividade do setor e desorganiza a agenda de transição energética e modicidade tarifária. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.06.2025)
Governo prepara medida provisória para evitar alta na conta de luz
Após a derrubada pelo Congresso dos vetos do presidente Lula ao marco legal das eólicas offshore, o governo federal decidiu enviar uma medida provisória para conter o impacto financeiro que pode elevar a conta de luz em até 5%. A rejeição dos vetos poderá gerar um custo de até R$ 64 bilhões por ano aos consumidores, segundo o Ministério de Minas e Energia. A MP, discutida em reunião com os ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Alexandre Silveira e Fernando Haddad, busca alternativas para reduzir esse impacto para R$ 11 bilhões anuais. Entre os dispositivos restabelecidos pelo Congresso estão obrigações de contratação de térmicas a gás, pequenas hidrelétricas, prorrogação do Proinfa e projetos de hidrogênio e eólicas no Sul. Embora exista a possibilidade de judicialização do caso, o governo ainda não acionou oficialmente o Supremo Tribunal Federal. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Governo estabelece prazo de 10 anos para digitalização das redes de distribuição de energia
O Ministério de Minas e Energia publicou a Portaria Normativa nº 111/2025, que define as diretrizes para a modernização digital das redes de baixa tensão, alinhada ao Decreto 12.068/2024. As distribuidoras terão uma década para implementar sistemas que promovam maior eficiência operacional, combate a perdas e novos serviços aos consumidores. A Aneel será responsável por regulamentar o processo, com foco inicial na instalação de medidores inteligentes nacionais, capazes de armazenar dados por 100 horas durante quedas e registrar as últimas 15 interrupções. As medidas visam preparar o setor para a abertura do mercado livre, garantindo modicidade tarifária e resiliência climática, seguindo seis princípios básicos como transparência e isonomia. (Agência CanalEnergia - 23.06.2025)
Aneel enfrenta cortes orçamentários e demite 15% da equipe
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terá de desligar cerca de 15% de sua força de trabalho e reduzir significativamente suas atividades a partir de 1º de julho devido a cortes orçamentários determinados pelo governo federal. O diretor-geral Sandoval Feitosa alertou que a medida comprometerá especialmente a fiscalização presencial e a prestação de serviços à população. O orçamento da agência, que inicialmente previa R$ 239,76 milhões, foi reduzido para R$ 117,01 milhões após sucessivos cortes, inviabilizando o cumprimento de várias atribuições da Aneel. A demissão de 145 trabalhadores terceirizados, o cancelamento de pesquisas de satisfação e a possível interrupção de serviços básicos preocupam tanto a diretoria quanto os servidores, que temem impactos negativos na qualidade do fornecimento de energia e no custo final para o consumidor. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Transição Energética
Setor produtivo global propõe ações para acelerar transição energética na COP30
Nesta terça-feira (24/06) representantes do setor produtivo global de energia renovável lançaram o documento “Mutirão: Expandindo a Energia Renovável – Apelo à Ação do Setor Produtivo para a COP30”, com propostas concretas para acelerar a transição energética global. A iniciativa, liderada pela Global Renewables Alliance, reconhece o protagonismo do Brasil na agenda climática e destaca a realização da COP30 em Belém como um marco estratégico. O documento propõe sete ações prioritárias, incluindo metas nacionais mais ambiciosas, planos de redes e armazenamento, mobilização de financiamento, estímulo à indústria verde e conclusão das regras do Artigo 6 do Acordo de Paris. O texto também aponta entraves como gargalos regulatórios e alto custo de capital. A carta reafirma o compromisso do setor privado com uma transição energética justa e convida os governos a criarem condições para destravar investimentos em escala. O objetivo é fortalecer a Agenda de Ação da COP30, transformar ambição em implementação e alinhar esforços públicos e privados rumo a um futuro energético mais sustentável. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.06.2025)
Rio de Janeiro sediará Fórum de Líderes Locais da COP30 em novembro
O Rio de Janeiro foi escolhido como sede do Fórum de Líderes Locais da COP30, que ocorrerá de 3 a 5 de novembro, antecedendo a conferência oficial em Belém. O evento reunirá prefeitos, governadores e líderes subnacionais de todo o mundo para debater soluções climáticas locais e fortalecer a cooperação entre diferentes níveis de governo na implementação do Acordo de Paris. A programação inclui a Cúpula Mundial de Prefeitos do C40 e visa mobilizar recursos, ampliar parcerias e impulsionar ações para triplicar a energia renovável até 2030. O fórum também busca facilitar o acesso a financiamento para adaptação climática. Durante a London Climate Action Week, o prefeito Eduardo Paes confirmou a realização do prêmio Earthshot no Museu do Amanhã em 5 de novembro, com presença do príncipe William. (Valor Econômico - 24.06.2025)
BNDES investirá R$ 10 bi para impulsionar empresas e agenda verde
O diretor do BNDES, José Luis Gordon, afirmou que o papel do banco é fomentar o crescimento das empresas, ao comentar o plano de investir R$ 10 bilhões em companhias abertas, por meio de aportes diretos e fundos de investimento. O anúncio foi feito durante o Energy Summit, no Rio de Janeiro, um dia após o banco divulgar a estratégia de retomar investimentos em renda variável, via BNDESPar, com foco em empresas alinhadas à transição energética e à inovação. Os recursos virão da venda de participações em empresas consideradas maduras e do recebimento de dividendos. A atual gestão do BNDES nega repetir a política dos "campeões nacionais" e diz que contemplará empresas de variados portes e setores. Gordon destacou ainda o ambiente favorável à indústria verde e inovadora, com destaque para o Fundo Clima, cujo orçamento de R$ 14 bilhões já está superado pela demanda e pode ser ampliado. (Valor Econômico - 24.06.2025)
EPE lança Nota Técnica sobre hidrogênio e biomassa: oportunidades para o Brasil
O hidrogênio de baixa emissão de carbono e a bioenergia destacam-se como opções de descarbonização altamente alinhadas às potencialidades brasileiras. Em sua nova Nota Técnica "Hidrogênio e Biomassa: Oportunidades para produção e uso de hidrogênio em sistemas de bioenergia", a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) evidencia a relação de fortalecimento mútuo entre esses dois segmentos, destacando arranjos e oportunidades de negócio que se ancorem nas sinergias identificadas. A Nota Técnica foi apresentada por equipe técnica da Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (DPG) da EPE, o Consultor Técnico, Rafael Araujo e os Analistas de Pesquisa Energética, Danielle Borher e Rafael Lavrador, em lançamento nesta segunda-feira, 23. Moderado pelo repórter Gabriel Chiappini, da Agência Eixos, o evento foi transmitido ao vivo pelos canais da EPE e da Eixos no YouTube e contou com a participação do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), da Associação Brasileira do Biogás e Biometano (Abiogás) e da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2). Clique aqui para conferir a publicação completa. (EPE – 23.06.2025)
Brasil e emergentes podem liderar indústria limpa com vantagens em energia renovável
Um estudo da Mission Possible Partnership (MPP) revela que Brasil, Índia, Egito e outros emergentes formam um "novo cinturão industrial solar" com potencial para superar nações desenvolvidas na corrida pela indústria limpa. Com 59% dos US$ 1,6 trilhão em projetos anunciados globalmente (ainda sem financiamento), esses países oferecem energia renovável abundante e custos competitivos. A China lidera investimentos atuais (25% dos US$ 250 bilhões), mas o relatório destaca que a amônia verde e combustíveis de aviação sustentáveis – setores em expansão – tendem a se concentrar nesses mercados, onde os custos podem ser até 50% menores que na Europa ou EUA. O desafio é acelerar a conversão de projetos: no ritmo atual, levaria 40 anos para concretizar todos os planos. (Petronotícias – 24.06.2025)
Engie debate desafios da transição energética e reforma do setor elétrico brasileiro
Durante o Engie Day 2025 no Museu do Amanhã, executivos e especialistas discutiram os principais desafios para a transição energética no Brasil, destacando a necessidade de reformas regulatórias e equilíbrio na expansão das renováveis. Eduardo Sattamini, diretor-geral da Engie Brasil, enfatizou a importância de regras claras e segurança jurídica. Os participantes criticaram a atual desorganização do setor, com subsídios mal direcionados e crescimento desordenado de solar e eólica. O evento reuniu representantes de toda a cadeia produtiva para debater soluções que combinem diversificação da matriz, sustentabilidade e segurança energética. (Petronotícias – 23.06.2025)
Transição energética global avança, mas desigualdades e desafios persistem
O relatório "Fostering Effective Energy Transition 2025" do Fórum Econômico Mundial revela que 65% dos países aceleraram sua transição energética, com 28% avançando simultaneamente em segurança, sustentabilidade e equidade. Liderado por Suécia, Finlândia e Dinamarca, o ranking mostra progressos notáveis: China (12º), Brasil (15º e líder na América Latina) e EUA (17º) melhoraram seus sistemas, enquanto os Emirados Árabes registraram o maior salto anual. Apesar dos US$ 2 trilhões investidos em energia limpa em 2024, as emissões globais atingiram recorde (37,8 bilhões de toneladas), pressionadas por demanda crescente de IA, data centers e eletrificação. O estudo alerta para riscos como tensões geopolíticas e disparidades na distribuição de investimentos, que ameaçam a sustentabilidade dos avanços. (Agência CanalEnergia - 20.06.2025)
Hidrogênio verde avança como alternativa limpa e promissora para substituir gasolina no Brasil
O hidrogênio verde, produzido por eletrólise da água utilizando energia renovável, ganha destaque como combustível limpo e eficiente, com potencial para substituir a gasolina no setor automotivo brasileiro. Em tese de doutorado na UFMG, o engenheiro Francisco Edvan Bezerra Feitosa projetou uma usina solar capaz de gerar 1 MWe em hidrogênio, com possibilidade inicial de uso para enriquecimento de combustíveis em refinarias. A pesquisa aponta que o Nordeste, devido à alta incidência solar, pode se tornar um polo produtor estratégico desse combustível. Com a expectativa de queda nos custos dos eletrolisadores e painéis solares, o custo do hidrogênio pode se igualar ao da gasolina em breve. O estudo integra o contexto do Prêmio Jovem Cientista, que incentiva soluções para mudanças climáticas, com inscrições abertas até 31 de julho. (Valor Econômico - 25.06.2025)
Crise Climática
EPE: Informe Técnico sobre consumo e resiliência da rede no RS ante eventos extremos de 2024
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou um Informe Técnico que analisa os eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul entre maio e abril de 2024 pela ótica do comportamento do consumo de eletricidade e da resiliência do sistema de distribuição. Com a deflagração das fortes chuvas e inundações históricas, a infraestrutura do estado foi fortemente atingida, afetando o serviço de distribuição de energia elétrica e impactando o consumo de eletricidade. Estima-se que entre 250 e 460 GWh deixaram de ser consumidos por causa da catástrofe. Um ano após a catástrofe, a EPE divulga o documento que aborda depressão e retomada do consumo e a resiliência da distribuição de energia elétrica. Clique aqui para acessar o Informe Técnico. (EPE – 23.06.2025)
Empresas
Adiada decisão sobre renovação de concessões da Enel RJ e Equatorial Pará
A Aneel adiou a recomendação ao Ministério de Minas e Energia para renovar por mais 30 anos as concessões das distribuidoras Enel Rio e Equatorial Pará, apesar de votos prévios favoráveis das diretoras relatoras Ludimila Lima e Agnes Costa. O adiamento ocorreu após o diretor Fernando Mosna pedir vista do processo, interrompendo temporariamente o andamento. Ambas as concessionárias já tinham apresentado desempenho técnico considerado adequado, com contratos vigentes até 2026 e 2028, respectivamente. A decisão final sobre as concessões cabe ao ministério, que também deve assinar os novos contratos. O caso faz parte de um conjunto de 19 distribuidoras com contratos a vencer, sendo que algumas já tiveram suas renovações recomendadas pela agência. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Thymos Energia: Reajuste médio das tarifas de energia em 2025 é estimado em 2,64%
A Thymos Energia estimou um reajuste médio de 2,64% nas tarifas de energia elétrica em 2025, com destaque para a região Sul, que deve enfrentar o maior aumento (7,16%), seguida pelo Norte (4,73%), Centro-Oeste (2,91%), Nordeste (1,42%) e Sudeste (1,1%), que terá o menor índice. Dois fatores principais influenciaram os índices projetos são: a quitação dos empréstimos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) contraídos durante a pandemia e a crise hídrica de 2021, e o repasse de créditos tributários relacionados a PIS e Cofins. Segundo a consultoria, a Medida Provisória 1.300/2025 não afetará diretamente os reajustes tarifários homologados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no segundo semestre, exceto pelas mudanças imediatas na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que exigirão adaptações operacionais das distribuidoras. Os descontos aos consumidores elegíveis já estão em vigor, mas os repasses às distribuidoras pela CDE ainda não foram compensados por ajustes nas tarifas, o que pode gerar desequilíbrios financeiros temporários. (Agência CanalEnergia – 24.06.2025)
Engie: Manutenção do plano de investimentos em renováveis e transmissão
A Engie comunicou que seguirá com seu plano de investimentos de R$ 8,5 bilhões no Brasil até 2027 em energias renováveis e infraestrutura de transmissão. Segundo o Managing Director Networks da empresa, Gustavo Labanca, algumas empresas adotam posturas cautelosas e adiam aportes em face de cenários de instabilidade geopolítica, mas este não é o caso da Engie, que manterá seus projetos em andamento. Entre os empreendimentos destacados estão as linhas de transmissão Asa Branca e Graúna, além de usinas solares e eólicas que estão em fase final de implantação. Atualmente, o portfólio da empresa no Brasil soma cerca de 12 GW, sendo o país, ao lado dos Estados Unidos, um dos maiores focos de expansão fora da Europa. A meta global da companhia é atingir 95 GW de capacidade instalada até 2045. (Agência CanalEnergia - 23.06.2025)
Enel Brasil: Destinação de R$ 71 mi para projetos de eficiência energética
A Enel Brasil lançou os editais da chamada pública de projetos de eficiência energética de 2025 para suas distribuidoras. Serão R$ 71 milhões destinados para iniciativas que promovam o uso eficiente da energia elétrica nas áreas de concessão dos estados de São Paulo (R$ 60 mi), Rio de Janeiro (R$ 5 mi) e Ceará (R$ 6 mi). A chamada contempla diferentes classes de clientes, como Poder Público, comercial, industrial, rural e residencial, e as propostas podem ser enviadas para a empresa até 22 de agosto de 2025. Entre 2019 e 2024, a Enel já destinou cerca de R$ 240 milhões a projetos de eficiência energética em suas áreas de concessão. (Agência CanalEnergia - 24.06.2025)
Copel: AGE para deliberar migração para o Novo Mercado da B3 e reforma de governança
A Copel convocou seus acionistas para uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em 4 de agosto, com o objetivo principal de aprovar sua migração para o Novo Mercado da B3. A proposta da administração inclui a conversão das ações preferenciais (PNA e PNB) em ações ordinárias e preferenciais classe C (PNC), que serão compulsoriamente resgatáveis, sem valor nominal e sem direito de voto, permitindo uma transição para estrutura acionária mais alinhada às exigências do Novo Mercado. O valor de resgate por ação PNC foi fixado em R$ 0,7749, utilizando reservas disponíveis, sem impactar o capital social da empresa. Além disso, a AGE debaterá a reforma do estatuto social, incorporando ajustes na estrutura de capital, aprimoramentos de governança e conformidade com o regulamento do Novo Mercado. (Agência CanalEnergia - 24.06.2025)
CelgPar: Oferta em leilão de participações acionárias em empresas do setor
A CelgPar realizará, em 30 de junho, na sede da B3 em São Paulo, um roadshow para apresentar detalhes econômico-financeiros e jurídicos das empresas nas quais detém participação e que serão leiloadas em 30 de setembro de 2025. O evento tem como objetivo oferecer transparência e atrair investidores interessados nos ativos, apresentando o calendário de alienação das ações, os fundamentos legais de cada etapa e os lotes disponíveis. No leilão, serão ofertadas 100% das ações da Firminópolis Transmissão S.A. e Lago Azul Transmissão S.A., com preço mínimo de R$ 62,1 milhões; 49% das ações da Pantanal Transmissão S.A., por R$ 31,1 milhões; 20% da Energética Fazenda Velha S.A., por R$ 8,7 milhões; e 37,5% da Energética Corumbá III S.A., por R$ 91,8 milhões. A entrega da documentação pelos interessados ocorrerá em 23 de setembro, das 10h às 12h, na sede da B3, sendo essa uma etapa essencial para garantir a habilitação dos participantes no processo de venda dos ativos da companhia. (Agência CanalEnergia – 24.06.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
EPE e ONS publicam estudo de reforço à subestação Boa Vista
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de publicar, nesta segunda-feira, 23, uma Nota Técnica conjunta com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que trata do reforço à subestação (SE) Boa Vista, que atende a capital do estado de Roraima. Após a conexão do estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), prevista para os próximos meses, é esperado um aumento natural no consumo de energia elétrica nesse estado. Visando aumentar a robustez do atendimento a essa região localizada no extremo norte da bacia amazônica, EPE e ONS elaboraram conjuntamente um estudo que recomenda uma maior capacidade de transformação na SE Boa Vista, que permitirá um maior recebimento de energia do SIN e uma menor dependência da geração térmica conectada ao sistema da distribuidora local. Clique aqui para acessar a Nota Técnica. (EPE – 23.06.2025)
Volt Robotics: Curtailment alcançou 3.300 MWmed no 1º quadrimestre de 2025
A Volt Robotics apontou que o volume de cortes de geração no Brasil ultrapassou 3,3 mil MW médios somente no primeiro quadrimestre de 2025. Os números representam um aumento expressivo em relação aos 450 MW médios registrados em 2023 e 1.700 MW médios em 2024. E, segundo o CEO Donato Filho, esse volume tende a crescer ainda mais no segundo semestre, período historicamente mais crítico para os cortes. Ele destaca que a média atual de curtailment é de 15%, mas há parques com até 60% de energia cortada. A maior parte dos cortes (70%) decorre de restrições na rede de transmissão, enquanto 30% estão ligados à baixa demanda (falta de carga). Donato ressaltou que, proporcionalmente, a fonte solar continua sendo a mais afetada, apesar de um impacto pontual maior na eólica este ano, provocado pela queda de torres em Belo Monte. Diante desse cenário, o executivo defende a a implementação do Sistema Especial de Proteção, proposto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), que pode permitir um aumento de 1.500 a 2.000 MW na capacidade de escoamento do Sistema Interligado Nacional (SIN). (Agência CanalEnergia – 23.06.2025)
Artigo de Edvaldo Santana: "A bolha elétrica explodiu"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da crise estrutural no setor elétrico brasileiro, destacando a existência de uma “bolha elétrica” gerada por uma expansão irracional da capacidade de geração, especialmente em fontes renováveis e geração distribuída, que supera muito o crescimento da demanda. Ele aponta que muitas usinas jamais produzirão a energia prevista, resultando em cortes frequentes de geração (curtailment) e em um excesso de oferta que onera consumidores e ameaça a sustentabilidade financeira do setor. Santana compara a situação ao colapso do mercado imobiliário dos EUA em 2008, com ativos elétricos de rentabilidade duvidosa, e critica os interesses corporativos e lobbies que mantêm essa anarquia regulatória, enquanto o governo e o Congresso enfrentam dificuldades para implementar soluções efetivas. (GESEL-IE-UFRJ – 25.06.2025)
Mobilidade Elétrica
Ex-Anfavea defende política robusta de eletromobilidade para o Brasil
Rogelio Golfarb, ex-vice-presidente da Ford e ex-presidente da Anfavea, defende que o Brasil adote uma política de eletromobilidade mais ambiciosa para não ficar para trás diante do avanço chinês no setor automotivo. Segundo ele, o país possui uma base industrial sólida e vastos recursos minerais estratégicos, mas carece de incentivos suficientes para desenvolver a cadeia de carros elétricos. Golfarb destaca que a China superou o modelo de mera cópia tecnológica e tornou-se líder em inovação, com forte apoio estatal e domínio na eletrificação automotiva. Ele alerta que, sem uma política industrial que valorize os minerais locais e invista em pesquisa e desenvolvimento, o Brasil corre o risco de apenas montar veículos com peças importadas, perdendo competitividade. Com a entrada de montadoras chinesas como a BYD no mercado nacional, ele vê urgência na criação de uma política industrial de Estado voltada à eletromobilidade e à agregação de valor na cadeia de produção nacional. (Valor Econômico - 25.06.2025)
Brasil: Teste de ônibus elétrico intermunicipal no RJ
O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) deu início, em 23 de junho, ao o período de testes da operação de um modelo de ônibus 100% elétrico na linha intermunicipal 417T, que liga Xerém à Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O ônibus é do modelo Azure A12BR, da TEVX Higer, e conta com painéis informativos em tempo real, carregadores USB e wi-fi. A iniciativa visa analisar variáveis como a eficiência do abastecimento elétrico, a autonomia do veículo, a viabilidade operacional em longos trajetos e o custo-benefício do uso da tecnologia em linhas intermunicipais, além da disponiblidade de energia pela concessionária Light. A expectativa é que o modelo possa também ser adotado em outros itinerários. (O Globo – 23.06.2025)
Inovação e Tecnologia
Mudanças na MP dos data centers geram preocupação sobre competitividade e sustentabilidade
O governo Lula deve enviar ao Congresso a medida provisória (MP) dos data centers, que institui o Regime Especial de Incentivos ao Investimento em Data Centers (Redata), com benefícios fiscais e isenção de impostos para máquinas e equipamentos, buscando atrair R$ 2 trilhões em investimentos na próxima década. Embora a proposta inicial, elaborada pelo Ministério da Fazenda, contemplasse desoneração abrangente e incentivo à instalação em todo o país, há preocupações de que alterações feitas pelo Planalto possam privilegiar as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), limitando a competitividade e afastando investimentos. Outro ponto criticado é a ausência de políticas para garantir acesso a energia limpa e barata, essencial para as big techs que avaliam locais para centros de dados. Mesmo assim, a Associação Brasileira de Data Center vê a MP como um divisor de águas para o Brasil na economia digital, destacando também as exigências de práticas sustentáveis no setor, como uso de energia renovável e sistemas ESG. (Valor Econômico - 25.06.2025)
Especialistas destacam retorno financeiro como desafio para atrair investimentos no setor elétrico
Durante o Engie Day, realizado em 23 de junho no Rio de Janeiro, especialistas do setor elétrico apontaram o retorno financeiro como um desafio essencial para atrair novos investimentos e impulsionar o desenvolvimento do setor no Brasil. O aumento do curtailment e a sobreoferta de energia intensificaram a preocupação com a viabilidade econômica dos projetos. Segundo Vittorio Perona, sócio do BTG Pactual, o custo de capital é o principal entrave e defendeu a redução da percepção de risco por meio da melhora das contas públicas. Ele também mencionou o potencial de construção de 50 a 70 GW de parques eólicos no país, com alta capacidade de geração, como resposta à crescente demanda por energia impulsionada por data centers, especialmente os voltados à inteligência artificial. Fabio Yanaguita, da Scala Data Centers, por sua vez, defendeu a revisão do modelo regulatório de transmissão, chamando atenção para a necessidade de planejamento frente à nova demanda de carga e ao alto investimento exigido por MW instalado. Já Gustavo Labanca, da Engie, apontou três desafios prioritários: capacitação das empresas para leilões, redução de entraves no licenciamento ambiental e superação dos problemas logísticos na cadeia de suprimentos, agravados por tensões geopolíticas. (Agência CanalEnergia - 24.06.2025)
IHI e GE Vernova avançam em testes com turbinas a gás movidas a amônia
As empresas IHI, do Japão, e GE Vernova construíram uma instalação de testes em uma usina na província de Hyogo para desenvolver um novo tipo de combustor voltado à queima de amônia em turbinas a gás de grande porte. A iniciativa visa à descarbonização da energia termelétrica, utilizando amônia como combustível alternativo por não emitir dióxido de carbono ao ser queimada. No entanto, os testes, que começarão no verão do hemisfério norte, também buscarão soluções para minimizar a emissão de óxidos de nitrogênio, poluentes gerados na combustão do composto. O projeto foca turbinas de alta potência, utilizadas por grandes empresas de energia, e aposta na substituição simples dos combustores para viabilizar o uso de amônia em equipamentos já existentes. A parceria entre as empresas foi firmada em 2022 como parte de um esforço global para reduzir as emissões do setor energético. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Energias Renováveis
MME abre consulta pública sobre fim gradual de subsídios à energia renovável
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu consulta pública para receber sugestões sobre as diretrizes de transição que visam encerrar gradualmente os subsídios tarifários para fontes incentivadas de energia renovável, como eólicas, solares, PCHs e biomassa. A proposta trata dos descontos na Tust e na Tusd, que atualmente beneficiam consumidores do mercado livre com contratos de compra de energia renovável, mas que são custeados por todos os consumidores por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A regra de transição prevê a manutenção dos descontos apenas para contratos registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) até 31 de dezembro de 2025, e limita desvios entre a energia contratada e gerada a uma margem de 20%. A consulta segue até 24 de julho e integra a Medida Provisória 1.300/2025, que também reformula regras sociais de tarifas, abre o mercado para consumidores de baixa tensão e realoca custos do sistema elétrico. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Enel Green Power: Pedido de revogação de cinco outorgas de usinas fotovoltaicas
A Enel Green Power solicitou a revogação das outorgas de cinco usinas solares fotovoltaicas planejadas para São Gonçalo do Gurgueia, no Piauí. As usinas afetadas são São Micael 1 a 5, com capacidade de 50 MW cada. Essa decisão amplia a lista de projetos que a empresa pediu cancelamento em junho, o que sinaliza uma possível mudança estratégica. Motivações para a desistência podem envolver fatores econômicos, regulatórios ou reavaliações de mercado. Não obstante, a medida pode impactar negativamente o ritmo de expansão das fontes renováveis no Brasil e afetar o planejamento de longo prazo para o setor energético. Como uma das principais atuantes em energia limpa no Brasil, alterações nos planos da Enel Green Power têm implicações relevantes tanto no cenário nacional quanto internacional, exigindo atenção quanto às possíveis consequências para investimentos, segurança energética e metas de sustentabilidade. (Broadcast Energia - 23.06.2025)
Liberdade Solar conclui primeira fase de projeto de energia em comunidade de Paraty
A Liberdade Solar, empresa de microrredes inteligentes de geração fotovoltaica que atua em comunidades e regiões em situação de vulnerabilidade, concluiu a implementação da primeira fase do projeto Paraty Solar, uma iniciativa de transição energética e inclusão social, na comunidade do Saco das Anchovas, localizada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Cairuçu, Parque Estadual da Juatinga, entre Paraty (RJ) e Trindade (RJ). Em síntese, a combinação de uma instalação de um sistema de energia solar com baterias de lítio consolida o objetivo principal de abastecimento da comunidade. Ou seja, na prática, o projeto substitui o uso de geradores a diesel por fontes limpas. Por fim, o projeto financiado pela Liberdade Solar, além de beneficiar diretamente diversas famílias, também potencializa a demanda local através de empregabilidade interna. (Agência CanalEnergia - 23.06.2025)
Global Solar Council: Publicação de recomendações para ampliar financiamento para a energia solar
O Conselho Solar Global (GSC) divulgou um novo posicionamento pedindo reformas na arquitetura financeira que sustenta o setor solar, com o objetivo de tornar a energia solar mais acessível e equitativa globalmente. O documento, intitulado “Como Financiar a Energia Solar para Todos?”, destaca que, embora a energia solar tenha crescido rapidamente — atingindo 1,9 TW de capacidade instalada em 2024 — os investimentos permanecem desigualmente distribuídos Embora mais de US$ 2 trilhões tenham sido investidos em energia limpa no ano passado, apenas 3% dos aportes chegaram à África. O relatório, elaborado pela Força-Tarefa de Finanças do GSC, diante disso, apresenta 10 recomendações para reestruturar os fluxos financeiros e facilitar o acesso à energia solar em países de baixa renda. Entre as diretrizes estão: reequilibrar a alocação de capital entre regiões, reduzir os custos de financiamento, simplificar padrões ESG, e desenvolver modelos inovadores de financiamento que incluam armazenamento de energia. Segundo a CEO do GSC, Sonia Dunlop, a transformação da energia solar em ferramenta de equidade energética depende da redução dos custos de financiamento, que precisam cair de 15% para 5% para acelerar sua implantação. (Agência CanalEnergia - 23.06.2025)
Ibama concede primeira licença prévia para eólica offshore no Brasil
O Ibama concedeu, no dia 24 de junho, a primeira licença prévia do país para um projeto de energia eólica offshore, autorizando a instalação do Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore no litoral de Areia Branca (RN), com capacidade de até 24,5 megawatts. A liberação do documento marca um marco regulatório para o setor e ocorreu após um processo de análise técnica iniciado em 2017, envolvendo estudos detalhados sobre os impactos ambientais. O projeto inclui 13 programas de gestão ambiental com medidas como monitoramento de fauna e ruídos, comunicação social e qualificação profissional. Segundo o Ibama, a licença atesta a viabilidade ambiental do projeto, condicionada ao cumprimento de exigências para as próximas etapas. A cerimônia de entrega ocorreu em Brasília, com a presença de representantes do Ibama e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis. (Valor Econômico - 24.06.2025)
Petrobras prospecta expansão de investimentos para iniciativas de biocombustíveis
A Petrobras tem um plano de investimento que destinará aproximadamente US$ 16 bilhões para iniciativas de descarbonização e com foco em biocombustíveis. A empresa está avançando em sua posição no segmento com o etanol e os biocombustíveis assumindo o papel na agenda de transição energética. Esse compromisso faz parte do plano de negócios mais amplo da empresa, de US$ 111 bilhões para o período 2025-2029.Com isso, embora o etanol represente um pilar da estratégia da companhia, esta simultaneamente avança em iniciativas para o biodiesel e biometano, assim consolidando sua visão em diversas frentes, entretanto o biometano é um segmento muito novo e descentralizado, por conta disso, a empresa prevê o lançamento de uma chamada pública de projetos para avaliar melhor os aspectos do mercado. Por fim, a Petrobras criou ainda um fundo de investimento conjunto com o BNDES com o objetivo de estimular a inovação e desenvolver tecnologias ligadas à energia limpa. (Agência CanalEnergia - 24.06.2025)
Orizon: Obtenção de benefício fiscal para projeto de biometano em SP
A Orizon conquistou uma concessão de benefício fiscal do Ministério de Minas e Energia (MME) para um projeto de purificação e produção de biometano a partir do biogás de aterro localizado em Tremembé (SP). O projeto foi incluído no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), isentando a empresa do pagamento de tributos (PIS/Cofins) sobre a aquisição de bens, serviços e materiais necessários à execução do projeto. Orçado originalmente em R$ 147,5 milhões, o valor cai para R$ 133,8 milhões com o incentivo. A iniciativa está prevista para ocorrer entre setembro de 2025 e dezembro de 2026, e representa um avanço relevante nas áreas de energias renováveis e aproveitamento de resíduos, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a promoção de práticas mais sustentáveis. (Broadcast Energia - 23.06.2025)
Leilões
Aneel envia prévia da minuta do edital do leilão de transmissão de 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem, dia 24, a prévia da minuta do edital do Leilão de Transmissão nº 4/2025, agendado para o dia 31 de outubro, na sede da B3, em São Paulo. O certame abrangerá 11 lotes, com previsão de investimentos de R$ 7,96 bilhões e geração de aproximadamente 18.839 empregos, entre diretos e indiretos. Em síntese, o objetivo do leilão é viabilizar a implementação e a operação de 1178 quilômetros (KM) de novas linhas de transmissão e seccionamentos, além da instalação de 4400 MW em capacidade de transformação. As obras estão distribuídas por 13 estados e possuem um tempo estimado de entrega variando entre 42 e 60 meses. Por fim, entre os 11 lotes ofertados, três demandarão aportes superiores a R$ 1 bilhão. (Petronotícias – 24.06.2025)
Gás e Termelétricas
MME prorroga GT sobre mercado nacional de combustíveis aquaviários, de aviação e GLP
O Ministério de Minas e Energia prorrogou por 120 dias o grupo de trabalho responsável por avaliar medidas e diretrizes para o mercado nacional de combustíveis aquaviários, combustíveis de aviação e gás liquefeito de petróleo (GLP). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de 18/06/2025. Esse grupo foi instituído pela Resolução CNPE nº 10, de 26/08/2024. O novo prazo de 120 dias começa a contar a partir do término dos 180 dias estabelecidos na Portaria MME nº 267, de 30/12/2024, que definiu a composição do colegiado. A prorrogação evidencia a importância dada pelo governo à análise e elaboração de estratégias para o setor de combustíveis no país, visando possíveis ajustes e melhorias nas políticas vigentes. A continuidade dos trabalhos do grupo de trabalho sinaliza a complexidade e a relevância das questões relacionadas aos combustíveis aquaviários, de aviação e GLP, que impactam diretamente a economia e o abastecimento do país. É fundamental acompanhar de perto as próximas ações e recomendações desse grupo, pois suas decisões podem influenciar significativamente o mercado e os consumidores desses produtos no Brasil. (Broadcast Energia - 23.06.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
CCEE: Promoção de cursos especializados para profissionais do setor elétrico
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por meio de seu novo hub educacional, a CCEE Academy, está promovendo uma série de cursos especializados para atender às demandas crescentes e diversificadas do mercado de energia. As capacitações acontecem de forma presencial em São Paulo, com carga horária de até 16 horas. Atualmente, estão abertas as inscrições para dois cursos: "Operação do Agente Varejista na CCEE", voltado à gestão de representados e particularidades dessa modalidade; e "Alocação de Geração Própria e Autoprodução na CCEE", que abrange regras regulatórias, encargos, penalidades e benefícios econômicos. Segundo a CCEE, além dessas, novas capacitações estarão disponíveis no segundo semestre, como: “Operação dos Consumidores na CCEE”, com foco em regras de comercialização para consumidores livres e especiais; “Formação para Operação de Backoffice na CCEE”; e “Desenhos do Mercado Spot e Formação de Preços no Setor Elétrico”, em parceria com a PSR, com análise de modelos de precificação baseados em custo, oferta e arranjos híbridos. A iniciativa visa fortalecer a qualificação técnica dos agentes do setor e contribuir com a segurança e eficiência do mercado. (CCEE – 23.06.2025)
Biblioteca Virtual
ROCHA, Katia. "As emendas ao PL das Eólicas Offshore e a ameaça à modernização do setor elétrico brasileiro".
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