IFE Diário 6.197
Regulação
GESEL promove webinar sobre renovação das concessões de transmissão
No dia 27 de junho, das 10h às 12h, o GESEL realizará o webinar “Renovação das Concessões de Transmissão: Desafios e Escolhas para o Futuro do Setor”, que discutirá aspectos regulatórios e estratégicos da prorrogação das concessões no Brasil. A coordenação será do Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do GESEL/UFRJ. A apresentação ficará a cargo de Claudio Domingorena (ISA Energia), com foco nos desafios regulatórios, jurídicos e econômicos envolvidos. O debate contará com a participação de Nelson Hubner (ENBPar), Esdras Jamil (TCU), Rafael Janiques (escritório ASBZ), Isabela Vieira (MME), além de representantes do mercado financeiro. O evento reunirá agentes, reguladores e especialistas para discutir caminhos que fortaleçam a segurança jurídica e a transição energética no país. Inscreva-se já: https://forms.gle/UHoBFVeDDvWgHArs6 (GESEL-IE-UFRJ – 05.06.2025)
Curso GESEL “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias disruptivas e Inteligência Artificial”
A partir do dia 15 de julho, o GESEL promoverá o curso EAD “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias Disruptivas e Inteligência Artificial”. Com carga horária total de 12 horas, divididas em 6 aulas de 2 horas cada, o curso será ministrado por especialistas do setor e abordará os impactos das novas tecnologias no setor elétrico, incluindo cases e projetos reais em andamento. O conteúdo do curso incluirá os pilares da transformação digital do setor elétrico, tecnologias disruptivas associadas e seus novos modelos de negócios. Curso recomendado para profissionais da área interessados em conhecer experiências e melhores práticas acerca de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Digital Twin, Virtual Power Plant (VPP), Microrredes, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. O curso será realizado em formato on-line síncrono. Save the date! Mais informações em breve. (GESEL-IE-UFRJ – 26.05.2025)
Câmara proíbe repasse de perdas não técnicas nas contas de luz
No último dia 28, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que impede o repasse, nas contas de luz, das perdas não técnicas das distribuidoras, oriundas de furtos, fraudes e erros de medição. O texto aprovado, substitutivo do deputado Weliton Prado (Solidariedade-MG), altera a Lei 9.427/95 e revoga o limite anterior de 5% para esse repasse. Segundo o relator, não é justo que consumidores sejam penalizados por ineficiências da distribuidora e ilícitos de terceiros, especialmente quando a Aneel permite repassar mais de 20% dessas perdas. O projeto segue em caráter conclusivo e será analisado por comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição, Justiça e Cidadania, antes de sua aprovação final pela Câmara e pelo Senado. (Agência Câmara de Notícias – 03.06.2025)
Aneel prevê CDE de R$ 51,6 bi com MP 1.300, mas ajustes são possíveis
O diretor da Aneel, Fernando Mosna, afirmou que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pode chegar a R$ 51,6 bilhões em 2025, somando os R$ 48 bilhões iniciais e R$ 3,6 bilhões da Medida Provisória (MP) 1.300, ainda em tramitação no Congresso (600 emendas). A MP visa subsidiar renováveis e tarifa social, mas Mosna alertou para possíveis ajustes no valor final. A Aneel já incluiu os R$48 bi nos reajustes tarifários, mas criticou isenções totais na conta de luz, especialmente sobre impostos estaduais. Também mencionou a disputa judicial sobre descontos para consumidores do mercado livre, sugerindo que a outorga, não o contrato, deveria ser critério. A agência monitora a MP para incorporar custos finais após aprovação, buscando equilíbrio entre os interesses do setor elétrico. (Broadcast Energia - 03.05.2025)
Conta Bandeiras vai repassar R$ 98 mi para distribuidoras
A Aneel fixou os valores da Conta Bandeiras referente à contabilização de abril de 2025. O montante que será repassado às concessionárias de distribuição de energia elétrica credoras, até 09 de junho de 2025, tem o total de R$ 98 milhões. Nesse cenário, o maior repasse ficou com a Cemig Distribuição, com cerca de R$ 9 milhões. De acordo com Despacho Nº 1.625, publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 03 de junho, os valores a serem repassados à Conta Bandeiras, pelas concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica devedoras, até 04 de junho de 2025, tem o total de R$ 541,62. A publicação destaca ainda que as concessionárias inadimplentes e credoras nesta liquidação terão seus créditos retidos para abatimento dos débitos de competências anteriores, atualizados nos termos do Submódulo 6.8 dos Procedimentos de Regulação Tarifária (Proret). (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
EPE publica o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2025
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulga, nesta segunda-feira, 2, mais uma edição do Anuário Estatístico de Energia Elétrica. Esta publicação apresenta um panorama sobre o setor elétrico brasileiro e mundial, bem como suas séries históricas consolidadas. Os dados abrangem o consumo de eletricidade nos mercados cativo e livre e nas diferentes regiões, subsistemas e classes, além de indicadores como demanda, carga, preços e tarifas no contexto brasileiro. Os principais destaques estão disponíveis no informe executivo "FactSheet". As informações completas podem ser acessadas através do Workbook, Relatório Dinâmico e Anuário Interativo. Os dados abertos também estão disponíveis para download. Acesse o estudo aqui. (EPE – 02.06.2025)
Aneel libera para início de operação comercial e em teste mais de 16MW
A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para início de operação comercial, a partir de 03 de junho, a unidade geradora UG1 e UG2, da UTE BBF Água Branca, de 1,2 MW, localizada no Pará. Também foi liberadas as UG1 a UG4, da UFV GLP Gravataí, de 1 MW, no estado do Rio Grande do Sul. A Aneel também liberou as unidades UG1 a UG4, da UFV Compesa Sede, que juntas somam 182 KW, no estado de Pernambuco. Para operação em teste, a Agência liberou a unidade UG03, da EOL Ventos de Santo Antonio 04, de 4,5 MW e as UG13 a UG15, da EOL Ventos de Santo Antônio 05, de 9 MW, todas localizadas no estado da Bahia. A Aneel também liberou a UG1, de 300 KW, da UFV Divinal, no estado de Minas Gerais. As deliberações foram publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira, 03 de junho. (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
Transição Energética
Coalização reforça importância do planejamento energético na transição
O Ministério de Minas e Energia participou, nesta segunda-feira, 3 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), da abertura da Cúpula da Coalizão Global para o Planejamento Energético e reforçou o compromisso do Brasil para o fortalecimento de instrumentos que viabilizem a implementação efetiva da transição energética, especialmente em países que estão em desenvolvimento. Durante o evento, foram destacados os principais focos da iniciativa, como: a superação da lacuna persistente entre o planejamento e financiamento. A assessora especial, Mariana Espécie, ressaltou que, em 2024, durante sua presidência do G20, o Brasil concebeu a coalizão como uma resposta estratégica à desconexão entre ambição climática e capacidade real de implementação e destacou que este é o principal desafio da década. (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
EPE participa do lançamento oficial da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP)
"Não há transição energética bem-sucedida sem um planejamento energético robusto, transparente e de longo prazo", declarou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Prado, nesta terça-feira, 3, durante a abertura da 1ª Cúpula de Planejamento Energético (1st Energy Planning Summit), que marca o lançamento oficial da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP, do inglês Global Coalition for Energy Planning). A Coalizão Global é uma iniciativa lançada pelo Brasil, durante sua presidência do G20 em 2024, com o objetivo de promover uma nova governança global para o planejamento energético, conectando planejadores públicos, financiadores e formuladores de políticas. Sua implementação é liderada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com a EPE atuando como uma das principais instituições articuladoras. (EPE – 03.06.2025)
Segundo dia da 1ª Cúpula de Planejamento Energético intensifica diálogo para a transição energética
Um segundo e último dia de intenso diálogo e troca de conhecimentos na 1ª Cúpula de Planejamento Energético, ou 1st Energy Planning Summit, nesta quarta-feira, 4, situou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no centro do debate global pela transição energética. Após o lançamento oficial, ontem, da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP, do inglês Global Coalition for Energy Planning), planejadores públicos, financiadores e formuladores de políticas voltaram a se encontrar no escritório-central do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, para painéis e discussões interativas, apresentações e oficinas técnicas voltados à operacionalização da GCEP. A partir das prioridades e expectativas definidas pela GCEP, os membros da coalizão e parceiros puderam construir uma visão compartilhada dos fluxos de trabalho, moldando e refinando, colaborativamente, os fluxos de trabalho destacados no lançamento, em sessão moderada pelo assessor da Presidência da EPE Gustavo Naciff, na manhã desta quarta. (EPE – 04.06.2025)
Setores nuclear e de hidrogênio unem forças para impulsionar descarbonização no Brasil
A ABH2 e a ABDAN assinaram um memorando de entendimento para unir esforços dos setores nuclear e de hidrogênio, visando fortalecer a economia de hidrogênio de baixa emissão no Brasil através da energia nuclear. Segundo Giovani Machado, da ABH2, a atuação da associação sempre focou em direcionar o mercado para reduzir a intensidade de emissão de carbono, independentemente das rotas tecnológicas. Ele ressaltou que a energia nuclear aumenta a confiabilidade dos sistemas elétricos, melhora a resiliência climática e descarboniza a rede, beneficiando projetos de hidrogênio via eletrólise. Diversos países, como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França, Noruega, Japão, Coreia do Sul e China, já adotam essa abordagem, ampliando oportunidades e competitividade no setor. (Agência CanalEnergia – 04.06.2025)
Petrobras lança fundo para investir em startups de transição energética
A Petrobras, em parceria com o BNDES e a Finep, lançou um edital para selecionar o gestor de um fundo de investimento (FIP) voltado a startups e empresas inovadoras que atuem em transição energética e descarbonização no Brasil. O fundo, do tipo corporate venture capital (CVC), buscará investir em soluções tecnológicas nas áreas de energia renovável, eletromobilidade, combustíveis sustentáveis, captura de carbono, entre outras, com aportes previstos de até R$ 500 milhões, sendo R$ 250 milhões da Petrobras, R$ 125 milhões do BNDES e R$ 60 milhões da Finep. O gestor selecionado terá autonomia nas decisões e o fundo terá duração de até 12 anos, com início das operações previsto para o primeiro semestre de 2026. A iniciativa integra o acordo de cooperação técnica firmado entre Petrobras e BNDES em 2023. (Valor Econômico - 04.06.2025)
Mapfre investe em restauração florestal para compensar emissões de carbono no Brasil
Como parte de sua estratégia global de sustentabilidade, a Mapfre firmou parceria com a Reservas Votorantim para restaurar 29,5 hectares no Parque Estadual Carlos Botelho (SP), com o objetivo de compensar suas emissões de carbono no Brasil até 2028. A iniciativa marca a transição da empresa de compra de créditos de carbono para ações diretas e rastreáveis, promovendo benefícios ambientais e sociais, como inclusão de comunidades locais e estímulo à economia regional. O projeto envolve manejo de espécies invasoras, plantio de 264 espécies nativas e uso de metodologia própria de carbon insetting para mensuração do carbono capturado. A ação também reforça a relação entre riscos climáticos e o setor de seguros, diante do aumento de eventos extremos, e será um dos destaques da Mapfre na COP30, onde a empresa pretende lançar um novo produto ligado à conservação florestal e apresentar estudos sobre impactos climáticos na economia. (Valor Econômico - 05.06.2025)
Brics traçam estratégias para um desenvolvimento sustentável
Na tarde desta terça-feira (3), os representantes das Comissões de Relações Exteriores dos países do Brics realizaram a segunda e a terceira reuniões, discutindo a promoção de investimentos, transferência de tecnologia e a criação de instrumentos financeiros para fortalecer o bloco de maneira sustentável e resiliente. Pela manhã, os presidentes das CREs focaram no fortalecimento do comércio entre os membros, destacando os avanços econômicos do bloco, que passou de 7% para cerca de 40% do PIB mundial. Debates envolveram a redução de impostos estratégicos, cooperação para energias limpas, preservação ambiental e a importância de uma integração que favoreça a liberdade política e econômica, evitando o viés de confrontação. Essas reuniões preparam o 11º Fórum Parlamentar do Brics a ser realizado no Congresso Nacional. (Agência Senado – 03.06.2025)
Acordo com a Meta garante 20 anos de operação para Clinton
Um acordo de compra de energia firmado por 20 anos entre a Meta e a Constellation assegura a operação de longo prazo do Clinton Clean Energy Center, usina nuclear que utiliza um reator de água fervente de unidade única. Conforme o acordo, a Meta adquirirá a produção do reator a partir de junho de 2027, o que possibilitará o relicenciamento da usina, estendendo suas operações por duas décadas após a expiração do programa de crédito de emissão zero de Illinois. Além disso, a parceria promoverá um aumento de 30 MWe na capacidade da usina, preservará 1.100 empregos locais e gerará US$13,5 milhões em receita tributária anual. A Meta enfatiza a importância da energia nuclear para garantir eletricidade confiável nos seus data centers e impulsionar o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a inteligência artificial. (Petronotícias – 03.06.2025)
Restrição da China nas exportações de terras raras afeta indústria automotiva global
A recente decisão da China de restringir a exportação de terras raras e ímãs relacionados causou sérias interrupções nas cadeias de suprimento globais, especialmente na indústria automotiva e tecnológica, levando fábricas europeias a suspender a produção e forçando empresas como Mercedes-Benz e BMW a buscarem alternativas ou estoques estratégicos. A China domina cerca de 90% da produção global desses minerais críticos, essenciais para tecnologias verdes e equipamentos de defesa, o que tem sido usado como vantagem estratégica em meio a tensões comerciais, especialmente com os EUA. A escassez já afeta montadoras como Suzuki e pressiona empresas e governos a diversificarem suas fontes de fornecimento, embora alternativas fora da China sejam limitadas. Enquanto isso, empresas como GM, ZF e BMW buscam desenvolver motores com menor uso de terras raras, mas enfrentam dificuldades em escalar a produção. A situação lembra a crise dos chips durante a pandemia e reacende preocupações sobre dependência excessiva da China em setores estratégicos. (Valor Econômico - 05.06.2025)
Artigo de Alessandra Cardoso: "Sobre a ilusão na Margem Equatorial"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Alessandra Cardoso (assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos [Inesc]) trata da narrativa do governo federal que justifica a exploração de petróleo na Margem Equatorial com base na segurança energética e no desenvolvimento regional, mostrando que essas justificativas são frágeis diante dos dados do Plano Decenal de Energia, que indicam queda da demanda interna e aumento da exportação de petróleo, o que evidencia a função geopolítica da expansão para fortalecer a posição do Brasil como exportador. Além disso, a autora critica a contradição entre essa estratégia e o papel do país como anfitrião da COP30, destacando o impacto das emissões fósseis no aquecimento global e a ausência de uma política clara para a transição energética justa. Cardoso também desmistifica a promessa de desenvolvimento regional, apontando a concentração e demora na chegada dos recursos e os riscos ambientais associados à flexibilização do licenciamento. Por fim, enfatiza que o discurso oficial esconde uma falta de avaliação técnica rigorosa sobre os custos e benefícios dessa expansão, enquanto o Brasil perde a oportunidade de liderar pelo exemplo na agenda climática. (GESEL-IE-UFRJ – 05.06.2025)
Crise Climática
Governo finaliza plano nacional para adaptação às mudanças climáticas até 2035
O governo brasileiro está finalizando o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, com metas ambiciosas e ações práticas para enfrentar a emergência climática até 2035, incluindo controle de doenças, segurança hídrica, recuperação ambiental, combate ao racismo ambiental e adaptação de cidades e infraestrutura. O plano integra 16 áreas setoriais e será submetido ao Comitê Interministerial de Mudança do Clima. Já o braço da mitigação, que trata da redução de emissões, enfrenta maior complexidade, pois envolve a repartição do orçamento de carbono entre sete setores econômicos. O financiamento das ações ainda está em análise, com busca por recursos públicos, privados e multilaterais. Segundo o secretário nacional de Mudança do Clima, Aloisio Melo, o plano busca internalizar a agenda climática nas políticas públicas, reconhecendo que o clima no Brasil já mudou e continuará mudando. A expectativa é que o plano seja aprovado até setembro e lançado na COP30, marcando uma nova fase de implementação contínua e revisão periódica. (Valor Econômico - 05.06.2025)
Brasil assume liderança internacional na agenda climática e prepara COP30
A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, destacou, durante o Fórum Ambição 2030, que o Brasil vive um momento estratégico de liderança internacional na agenda climática, com destaque para sua presidência no G20, BRICS e preparação para a COP30. Ela apontou iniciativas como o Plano de Transformação Ecológica, a construção da taxonomia verde e o marco legal do mercado de carbono como avanços concretos que combinam ambição ambiental com instrumentos de implementação. Rosito defendeu que a chave para uma nova economia está em alinhar sustentabilidade com retorno financeiro e que o financiamento climático precisa ser ampliado, especialmente com apoio internacional. Para a COP30, o Brasil lidera articulações para mobilizar até US$ 1,3 trilhão em financiamento climático para países em desenvolvimento, reforçando que o papel do governo é estruturar esse esforço coletivo como uma agenda de longo prazo para o crescimento sustentável. (Valor Econômico - 04.06.2025)
Seguro contra desastres climáticos no Brasil enfrenta desafios e apresenta propostas
O setor de seguros brasileiro busca ampliar o acesso da população a seguros contra desastres climáticos, inspirado em modelos internacionais como o francês, onde um seguro residencial acessível e baseado no mutualismo tem ampla adesão. A proposta brasileira envolve um seguro social de contratação compulsória, com indenizações emergenciais e cobrança via contas de serviços públicos, visando alcançar populações vulneráveis. O desafio, no entanto, inclui lidar com a crescente imprevisibilidade dos eventos climáticos, que pressiona os custos e dificulta a precificação. Modelos de análise de risco e inovações como o open insurance também são debatidos como caminhos para tornar o sistema mais eficaz, destacando a importância de planejamento, previsibilidade e inclusão de todos os agentes do setor. (Valor Econômico - 04.06.2025)
Empresas
Petrobras: Moody's altera para estável a perspectiva de nota de crédito global
A Petrobras informou que a agência de classificação de risco Moody’s alterou a perspectiva de nota de crédito global da companhia de positiva para estável. De acordo com a agência, a decisão segue a alteração da perspectiva do rating soberano do Brasil, ocorrida no final de maio. Contudo, a Moody’s manteve a nota de crédito da Petrobras em Ba1, refletindo as sólidas métricas de crédito da empresa e o histórico positivo de melhoria operacional e financeira da estatal. (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
Aberta consulta para revisão tarifária da Energisa Paraíba
Nesta terça-feira (03/06), a Aneel aprovou a abertura da Consulta Pública 024/2025 para coletar subsídios e informações destinados à Revisão Tarifária Periódica de 2025 da Energisa Paraíba. A distribuidora, sediada em João Pessoa (PB) e atendendo aproximadamente 1,84 milhão de unidades consumidoras, terá novos índices tarifários a partir de 28 de agosto de 2025. Para consumidores residenciais – B1, o índice proposto é de 15,83%. Para consumidores cativos, os valores indicados são: 16,24% (baixa tensão em média), 14,35% (alta tensão em média) e 15,88% (efeito médio para o consumidor). Os reajustes consideram custos de transporte, distribuição, compra de energia, encargos setoriais e componentes financeiros dos períodos anteriores. Contribuições poderão ser enviadas entre 4 de junho e 18 de julho de 2025, com audiência pública marcada para 18 de junho. (Aneel – 03.06.2025)
Multa de R$ 10,5 mi à Equatorial Piauí por falhas na qualidade do serviço é mantida
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel negou recurso da Equatorial Piauí e confirmou multa de R$ 10,5 milhões aplicada à distribuidora por ultrapassagem de limites regulatórios dos indicadores DEC e FEC, que medem a duração e a frequência de interrupções de energia elétrica, respectivamente. Em 2024, uma ação de fiscalização da Aneel constatou que em 27 dos 42 conjuntos elétricos da Equatorial Piauí houve transgressão dos limites durante o ano de 2022. Desse total, seis conjuntos violaram concomitantemente os indicadores DEC e FEC, enquanto 21 conjuntos violaram somente o indicador DEC. A fiscalização também verificou que sete conjuntos elétricos, que representam 521.474 unidades consumidoras, estavam em situação crítica. (Aneel – 03.06.2025)
Rogério Martello é nomeado CEO da Steck Latam e VP de H&D da Schneider Electric
A Schneider Electric e a Steck anunciaram a nomeação Rogério Martello como novo CEO da Steck Latam e vice-presidente de Home & Distribution (H&D) da Schneider Electric na América do Sul, com efeitos a partir de junho. O executivo sucede Klecios Souza no cargo, que deixa a companhia após 21 anos. Graduado em controladoria e consultoria empresarial, Martello reúne quase duas décadas de experiência na Schneider Electric - ocupando posições estratégicas nas áreas de finanças, planejamento e transformação de negócios – e mais de seis anos na Steck - à frente das operações financeiras tanto no Brasil quanto internacionalmente. (Agência CanalEnergia - 04.06.2025)
Leilões
Indefinição do leilão de reserva pode afetar demanda por armazenamento de energia
A indefinição do modelo de contratação no Leilão de Reserva de Capacidade (LRCap) pode comprometer a demanda por sistemas de armazenamento de energia, especialmente baterias, no Brasil. Segundo Alexandre Zucarato, diretor de planejamento do ONS, se o governo direcionar toda a demanda para fontes térmicas e hidráulicas, poderá esvaziar a necessidade de contratação de baterias. O LRCap, inicialmente previsto para junho de 2025, foi suspenso após disputas judiciais envolvendo geradores térmicos, e ainda não há definição clara sobre seu formato. O armazenamento de energia é considerado estratégico para lidar com a intermitência das fontes renováveis e o déficit estrutural de potência previsto para 2025, estimado em 4,2 GW. Enquanto isso, o setor aguarda a regulamentação do primeiro leilão específico para baterias, embora o alto custo desses sistemas ainda limite sua adoção em larga escala. (Valor Econômico - 05.06.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS reduz previsão de carga para junho e julho no SIN e expectativa de alta em 2025 cai a 2,8%
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou suas projeções de carga para os próximos meses no Sistema Interligado Nacional (SIN) devido ao comportamento da demanda de energia e às condições climáticas. A previsão de crescimento da carga para o ano foi reduzida para 2,78%, quase 1 ponto percentual a menos do que o estimado anteriormente. Em junho, a carga prevista é de 77.302 MWmed, uma diminuição de 1.790 MWmed em relação à estimativa anterior. O crescimento esperado é de 2,1%, abaixo do previsto anteriormente. O ajuste mais significativo foi no Sudeste/Centro-Oeste, com uma redução de 1.314 MWmed. No Sul, a diminuição foi de 357 MWmed, no Norte foi de 119 MWmed e no Nordeste a previsão foi mantida em 12.948 MWmed. Para julho, a previsão da carga foi revisada para 77.062 GWmed, com crescimento de 1,7%. Novamente, o Sudeste/Centro-Oeste teve o principal ajuste, com estabilidade prevista na carga. No Sul e no Norte, as previsões foram mantidas, enquanto no Nordeste houve um aumento de 5%. Essas novas projeções foram apresentadas durante uma reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) referente ao mês de junho. (Broadcast Energia - 03.06.2025)
ONS/PMO: Possível mudança em critério de operação da transmissão será deliberada em junho
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está finalizando estudos para alterar os critérios operativos do sistema de transmissão, visando aumentar a capacidade de transferência de energia entre regiões e reduzir cortes de geração. A proposta é passar do critério de confiabilidade N-2 para N-1, permitindo maior intercâmbio de energia entre Norte/Nordeste e Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Essa mudança, no entanto, tornaria o sistema mais frágil, segundo fontes. O critério N-1 era utilizado antes do blecaute de 2023, que levou a uma revisão para N-2 visando melhorar a confiabilidade. Com a entrada de novas linhas e o desperdício de energia renovável no Nordeste, somado à piora nas condições de abastecimento no Sul, a revisão dos critérios se tornou necessária. Os estudos serão apresentados ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico em junho, com possíveis mudanças a partir de agosto, se aprovadas. (Broadcast Energia - 03.06.2025)
ONS/PMO: Armazenamento nas hidrelétricas cai em maio e está abaixo do anotado em maio de 2024
Os níveis de armazenamento de água nos reservatórios das hidrelétricas no Brasil diminuíram em maio, exceto na região Norte devido ao período de chuvas. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os níveis atuais estão abaixo do mesmo período do ano passado em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). No Sudeste/Centro-Oeste, a queda foi de 1,3 ponto porcentual (p.p.), atingindo 69% da capacidade, no Sul a redução foi de 6,5 p.p. para 34%, e no Nordeste a diminuição foi de 2,4 p.p., alcançando 74%. Já no Norte, houve um aumento de 1,2 p.p., chegando a 98%. No SIN como um todo, o armazenamento é de 69%. No ano hidrológico mais recente, o volume de água chegando aos reservatórios ficou abaixo da média histórica, com 85% no Sudeste/Centro-Oeste, 83% no Sul, 61% no Nordeste e 91% no Norte. Em comparação com o ano anterior, os níveis atuais estão 2,5 p.p. menores no Sudeste/Centro-Oeste, 60,5 p.p. mais baixos no Sul e 1,3 p.p. inferiores no Nordeste. A situação aponta para desafios no setor energético devido à escassez de água nos reservatórios, o que pode impactar a geração de energia no país. (Broadcast Energia - 03.06.2025)
ONS relata queda de 0,3% na carga de abril
A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) verificada em abril de 2025 foi de 81.405 MWmed, recuo de 0,3% em relação ao valor verificado no mesmo mês do ano anterior. Quando comparada a março houve decréscimo de 5,6%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN apresentou uma variação positiva de 4,2% em relação ao mesmo período anterior, tendo a taxa de crescimento recuado em 0,8 p.p. com relação a variação com 12 meses terminados em março. Por sua vez, a carga ajustada apresentou alta de 1,7%. Os fatores fortuitos tiveram impacto de 2 p.p. sobre desempenho no SIN, sendo o resultado influenciado pela ocorrência de média da temperatura máxima inferior à média. E ainda, acumulado de precipitação acima da média nas regiões Sudeste e Sul, além da atípica ocorrência de dois feriados no mês. (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
Reservatórios do NE recuam 0,2 p.p. e contam com 73% da capacidade
O submercado Nordeste apresentou perdas de 0,2 ponto percentual no nível de armazenamento dos reservatórios e operava com 73% da capacidade na última terça-feira, 03 de junho, se comparado ao dia anterior. As informações são do boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada somou 37.731 MW mês e a energia natural afluente (ENA) 2.176 MW med, valor que corresponde a 48% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A hidrelétrica de Sobradinho marca 65,81%. A região Sul ficou estável e operava com 36,1%. A energia armazenada marca 7.376 MW mês e ENA é de 4.867 MW med, equivalente a 45% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 40,28% e 44,46% respectivamente. Os reservatórios do Norte apresentaram ganhos de 0,1 p.p. e operam com 98,4% da capacidade. A energia armazenada marca 15.058 MW mês e ENA é de 8.589 MW med, equivalente a 78% da média de longo termo armazenável no mês até o dia de ontem. A UHE Tucuruí segue com 99,31%. (Agência CanalEnergia - 04.06.2025)
Consumo de energia no Brasil cresce 1,3% em 2025, aponta CCEE
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou que o consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 1,3% no primeiro quadrimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. O país consumiu, em média, 73.567 megawatts médios (MWm) nos primeiros quatro meses de 2025. Segundo os dados da CCEE, as temperaturas mais amenas e o clima mais chuvoso impactaram especialmente o mercado regulado, que atende residências e pequenos comércios. Esse segmento registrou consumo médio de 43.981 MWm, uma queda de 4,1% na comparação anual, reflexo também da migração de consumidores para o mercado livre. (Agência CanalEnergia - 03.06.2025)
Apine sugere solução para passivo do curtailment sem impacto para consumidor
A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia (Apine) defende uma solução para o passivo financeiro das usinas impactadas nos últimos anos pelo curtailment sem repasse direto ao consumidor de energia. Uma emenda do deputado Hugo Leal à Medida Provisória 1300 sugere que o valor das perdas financeiras dos geradores em decorrência de cortes por restrições operativas poderão ser negociadas por meio de mecanismo concorrencial centralizado, operado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Em contribuição à Consulta Pública 45, da Aneel, que trata do tema, a Apine sugeriu incluir a micro e minigeração distribuída e usinas não despachadas centralizadamente pelo Operador Nacional do Sistema no esquema de cortes de geração. A inclusão da MMGD também consta de emendas à MP da reforma do setor elétrico, em contraponto a outras propostas que preveem a proibição de qualquer corte para esses sistemas de geração. (Agência CanalEnergia - 04.06.2025)
Inovação e Tecnologia
ONS emite parecer favorável para conexão de dois projetos de datacenters no Ceará
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu pareceres favoráveis para a implantação de dois projetos de datacenter no Complexo do Pecém, no Ceará. As empresas beneficiadas não foram divulgadas, mas os projetos estão previstos para conexão com as subestações Pecém II 230 kV e Pecém III 500 kV, com previsão de operação a partir de janeiro de 2027. O segundo projeto possui condicionantes que dependem da realização de obras de transmissão. Esses serão os primeiros datacenters conectados à Rede Básica do Nordeste e representam uma carga significativa para o sistema elétrico da região, porém, sem volumes informados.O Nordeste enfrenta atualmente uma sobreoferta de energia devido ao crescimento da capacidade de geração renovável nos últimos anos. No entanto, as limitações no escoamento dessa produção têm causado cortes de geração, resultando em perdas financeiras para investidores em energia eólica e solar. Essa situação também pressiona os preços futuros da energia e dificulta novos negócios no setor. A instalação de data centers, consumidores intensivos de energia, é vista como uma oportunidade de retomada dos investimentos, impulsionada pela crescente demanda por serviços de tecnologia. (Broadcast Energia - 03.06.2025)
Aneel lança edital da primeira edição do prêmio Aneel de Inovação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou no dia 3 de junho o edital da primeira edição do Prêmio Aneel de Inovação. A iniciativa busca reconhecer e incentivar a excelência em inovação no setor elétrico brasileiro, além de estimular o avanço tecnológico e a competitividade. Além disso, o prêmio se destina a empresas do setor elétrico obrigadas a investir no Programa de Pesquisa, nos termos da Lei nº 9.991/2000 e dos regulamentos da Agência. Por fim, o processo de avaliação vai ocorrer de 1 de julho a 15 de agosto de 2025, conforme os critérios e etapas detalhados no item 6 do Edital, e a cerimônia de premiação acontecerá de 17 a 19 de setembro. (Aneel – 04.06.2025)
UNB possui projeto em desenvolvimento de IA com objetivo de minimização de custo
A Universidade de Brasília anunciou no dia 04 de maio que está desenvolvendo uma ferramenta capaz de identificar a possibilidade de otimizar a energia elétrica. Ainda em fase de projeto-piloto, a plataforma já identificou um potencial de economia superior a R$ 3 milhões por ano em 20 universidades. Assim, batizada de Monitoramento de Energia em Plataforma Aberta (MEPA) e desenvolvida pelo Lab Livre da UNB, a IA analisa contas de luz e recomenda o contrato mais vantajoso. Além disso, o sistema também pode ser utilizado em outros setores da administração pública e privada. Por fim, atenta-se que esta tecnologia veio em etapa de retração do orçamento público para as universidades, assim contribuindo para uma melhor alocação no curto prazo destas instituições. (O Globo – 05.06.2025)
Lactec aposta em inovações tecnológicas como posicionamento estratégico
Com mais de seis décadas de história, o Lactec aposta em baterias avançadas, inteligência artificial e nanotecnologia como caminhos para colocar o Brasil entre os protagonistas da transição energética. Em entrevista, o pesquisador da instituição, Patricio Rodolfo Impinnisi, detalha um pouco o trabalho que está sendo realizado com baterias chumbo-carbono. Em síntese, trata-se de uma tecnologia que uni suporte a altas correntes e entrega contínua de energia. Além disso, destacam-se alguns apontamentos durante a conversa, sobre diversos temas, tanto relacionados a relações internas da Lactec como posicionamento perante tecnologias como as baterias e outras iniciativas. Por fim, também é exposto à avaliação perante as IAs e o leilão de sistemas de energia no Brasil e sua importância para a manutenção do setor nacional. (Petronotícias – 04.06.2025)
Energias Renováveis
Assaí instala novo sistema de telhado solar em unidade em São Paulo
O Assaí, em parceria com a GreenYellow, instalou um sistema de telhado solar na unidade São Bernardo Anchieta, localizada na Avenida do Taboão, em São Bernardo do Campo (SP). Desde sua ativação, em abril, a iniciativa já proporcionou uma economia de 14% na conta de energia da loja. Ademais, o projeto faz parte das várias iniciativas do atacadista no combate às mudanças climáticas, em linha com sua estratégia de sustentabilidade. Com uma capacidade instalada de 762kWp a energia gerada equivale ao consumo de 520 casas. Por fim, esse movimento de modernização em tendência com a sustentabilidade trouxe frutos benéficos por parte dos custos operacionais da companhia e na imagem de empresa descarbonizadora. (Agência CanalEnergia - 04.06.2025)
Indústrias brasileiras aumentam investimento em energia renovável em 2024
Em 2024, 48% das indústrias brasileiras investem em fontes de energia renováveis, um avanço significativo em relação aos 34% de 2023, segundo pesquisa da CNI, com destaque para o Nordeste, onde 60% das empresas apostam em energia limpa. A autoprodução é a principal estratégia adotada, com foco na redução de custos. O uso de renováveis como meio de descarbonização cresceu, assim como a valorização da inovação tecnológica, que passou a ser prioridade para 20% das empresas. Apesar do interesse crescente, especialmente no acesso a financiamentos para adaptação tecnológica, 90% das indústrias apontam a falta de incentivos tributários como um obstáculo à transição energética. (Agência Eixos - 05.06.2025)
Setor de energia renovável avança rápido rumo à meta global para 2030
O setor de energia renovável está crescendo rapidamente e pode alcançar a meta global de triplicar sua capacidade até 2030, atingindo 12 mil gigawatts, conforme acordado na COP28. Segundo Albert Cheung, vice-CEO da BloombergNEF, o avanço é impulsionado pela alta demanda elétrica, especialmente por data centers de IA, e por fundamentos econômicos sólidos que tornam as fontes limpas mais baratas que os combustíveis fósseis. Apesar das incertezas políticas, principalmente nos EUA, o investimento global em transição energética atingiu US\$ 2,1 trilhões em 2024. O Brasil se destaca como o sétimo maior investidor no setor, com destaque para a energia solar e veículos elétricos. No entanto, tecnologias emergentes como hidrogênio verde e captura de carbono ainda enfrentam desafios de custo e dependem de apoio governamental. A expectativa é que as emissões globais tenham atingido o pico em 2024, iniciando uma trajetória de queda até 2050, com o Brasil bem posicionado para liderar em áreas como bioenergia e aviação sustentável. (Valor Econômico - 05.06.2025)
Gás e Termelétricas
Ministro Silveira discutirá obra de Angra 3 durante reunião com presidente da EDF, na França
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que integra a comitiva do presidente Lula em viagem à França, afirmou que pretende discutir a retomada do projeto de Angra 3 durante uma reunião com o presidente do grupo EDF, Luc Rémont. O encontro está previsto para a próxima sexta-feira (6). “A EDF tem ampliado muito seus investimentos em energias renováveis, como solar e eólica, e também no setor nuclear”, disse Silveira a jornalistas em Paris. Segundo o ministro, Angra 3, em particular, é um projeto que apresenta grande sinergia com a Framatome, empresa que tem participação da EDF. (Petronotícias – 04.06.2025)
Indústria do petróleo critica proposta do governo e alerta para risco à segurança jurídica
Representante das empresas da indústria do petróleo, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) criticou a proposta do governo de alterar alíquotas de participações especiais em contratos existentes. A medida faz parte do pacote apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao presidente Lula para equilibrar contas. Segundo o IBP, a proposta, junto à revisão do preço de referência, compromete gravemente a segurança jurídica dos contratos e do ambiente de negócios. (O Globo – 03.06.2025)
Petrobras: Ibama realiza vistoria do navio-sonda que será usado na Bacia da Foz do Amazonas
A vistoria do navio-sonda ODN-II, de propriedade da Foresea, que será utilizado pela Petrobras na perfuração de um poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá, passará por vistoria do Ibama em 04 de junho. Com o objetivo de facilitar a logística de embarque das equipes, a petroleira sugeriu que a vistoria do órgão ambiental fosse realizada no Rio de Janeiro, onde a embarcação se encontra atualmente e passa por um processo de limpeza de coral-sol. Além da inspeção da sonda, a Petrobrás também aguarda a definição, por parte do Ibama, da data para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), que consiste em uma simulação da capacidade de resposta da empresa em caso de um eventual vazamento de óleo. Tal avaliação é a última etapa antes da emissão da licença ambiental que permitirá à Petrobrás perfurar um poço no bloco FZA-M-059, em águas profundas do litoral do Amapá. (Petronotícias – 03.06.2025)
Arpel comemora 60 anos em evento no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro sediará as comemorações do 60º aniversário da Associação de Empresas de Petróleo, Gás e Energia Renovável da América Latina e Caribe (Arpel), uma organização fundada por oito empresas petrolíferas estatais. A comemoração dos 60 Anos, no próximo dia 25, será no Hotel Hilton Copacabana, Rio de Janeiro, e contará com um distinto painel de convidados, incluindo A Petrobrás, Ancap e Geopark, além de representantes de organizações nacionais e internacionais do setor de energia, como IBP, WPC, IPIECA e SPE. Além de comemorar, a instituição também está organizando a segunda edição do Innovarpel, um evento técnico sobre Transformação Digital e Segurança Cibernética Industrial. (Petronotícias – 04.06.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
CCEE: Abertura e Segurança de mercado foram destaques no SENDI 2025
A participação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no SENDI 2025 - maior evento de distribuição da América Latina - foi marcada por discussões de temas importantes do mercado de energia, como abertura de mercado, desenvolvimento de projetos, e desafios e oportunidades da transição energética. O espaço da CCEE no SENDI teve o objetivo de reforçar o papel da entidade enquanto protagonista nesse diálogo. A CCEE promoveu palestras sobre Abertura e Segurança de Mercado, bem como apresentou o “Game de Comercialização”. Além disso, a equipe técnica estava presente para esclarecer dúvidas e orientar sobre ações, procedimentos e oportunidades oferecidas pela Câmara. “As distribuidoras são um dos principais pilares da transformação do setor elétrico brasileiro, o seu desempenho e reposicionamento como plataformas de serviços e de soluções é o que determinará o sucesso da transição energética e da liberalização do mercado”, destacou o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos. (CCEE – 03.06.2025)
Biblioteca Virtual
CARDOSO, Alessandra. "Sobre a ilusão na Margem Equatorial".
Acesse o texto clicando no link.