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IFE
30/05/2025

IFE Diário 6.193

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves, Paulo Giovane e Tatiane Freitas

IFE
30/05/2025

IFE nº 6,193

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves, Paulo Giovane e Tatiane Freitas

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IFE Diário 6.193

Mercado Livre de Energia Elétrica

Mercado livre atrai 25 mil pequenas empresas em 2024 e prepara abertura total até 2027

A abertura do mercado livre de energia para pequenos consumidores em 2024 permitiu que empresas com contas mensais acima de R$ 10 mil migrassem para a contratação livre, resultando em cerca de 25 mil novas adesões, principalmente nos setores de comércio e serviços. A principal motivação foi a redução de custos, previsibilidade e sustentabilidade, com destaque para o uso de fontes renováveis como solar e eólica. Comercializadoras como Engie, Bolt e Comerc adaptaram seus modelos com contratos simplificados, plataformas digitais e pacotes de desconto garantido. Apesar da atratividade, fatores como o curtailment, aumento dos preços da energia e volatilidade do mercado exigem atenção redobrada de consumidores e fornecedores. A migração tende a continuar, mas em ritmo mais seletivo e estratégico. A próxima fronteira será a abertura para todos os consumidores de baixa tensão (Grupo B) a partir de 2026, incluindo residenciais em 2027, o que pode transformar o setor, exigindo digitalização, novos modelos de atendimento e competição semelhante à observada no mercado de telecomunicações. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Mercado livre cresce 67% com Grupo A, mas volatilidade exige gestão de riscos

O primeiro ano de abertura do mercado livre de energia para consumidores do Grupo A (alta e média tensão) teve saldo positivo, com migração de 25.966 unidades e crescimento de 67%, mas expôs desafios importantes, como a alta volatilidade dos preços, especialmente entre o fim de 2024 e o início de 2025, exigindo maior rigor das comercializadoras na gestão de riscos. Antes restrito a grandes consumidores, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) atrai agora empresas com contas entre R$ 8 mil e R$ 20 mil. Apesar do potencial de economia de até 30%, muitos aguardam momentos mais estáveis para migrar. Estratégias como contratos de longo prazo, descontos garantidos e benefícios adicionais têm sido adotadas. A expectativa de abertura do mercado para consumidores do Grupo B (baixa tensão) foi adiada, mas uma nova MP prevê migração escalonada a partir de 2026. Especialistas alertam para a necessidade de revisar subsídios e garantir isonomia entre agentes, enquanto empresas como Comerc, Vibra e Cemig se expandem no mercado varejista, apostando em crescimento e digitalização para conquistar novos clientes. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Artigo de Jones Poffo: “Mercado Livre de Energia: estratégia para reduzir custos nos negócios”

Em artigo publicado na Agência CanalEnergia, Jones Poffo (CEO da P3 Engenharia e especialista em Mercado Livre de Energia) aborda o Mercado Livre de Energia enquanto alternativa estratégica para empresas que buscam reduzir custos com eletricidade e ter mais autonomia na gestão do consumo. O autor destaca as vantagens dessa modalidade, como a liberdade para escolher o fornecedor e negociar prazos, preços e volumes; obter preços mais competitivos; acessar energia de fontes renováveis; e garantir maior previsibilidade orçamentária. Além disso, apresenta dados comparativos que demonstram a economia proporcionada em relação ao Mercado Regulado. O artigo também explica os requisitos para migração, como a necessidade de a empresa ser classificada como Grupo A e comunicar a distribuidora local com antecedência mínima de 180 dias. Ainda, o autor pondera que a mudança é segura, pois a qualidade do fornecimento permanece a mesma, já que a distribuidora continua responsável pela entrega da energia. Por fim, aponta que, apesar de a contratação no Mercado Livre exigir planejamento e resultar em duas faturas, o custo total é inferior ao do modelo tradicional, consolidando-se como uma solução eficiente e sustentável para o setor empresarial. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Regulação

MP 1.300/2025 recebe 600 emendas e avança para análise parlamentar

A Medida Provisória 1.300/2025, que propõe a Reforma do Setor Elétrico, recebeu 600 emendas de deputados e senadores antes do prazo final, em 27 de maio. Uma comissão parlamentar será formada para analisar a MP, que deve ser votada em até 120 dias. Entre os indicados para a comissão estão o senador Eduardo Braga e o deputado Marcos Rogério. Destaques entre os autores das emendas são Arnaldo Jardim (31 emendas), Danilo Forte (14) e Lafayette Andrada (13). As propostas abordam temas como autoprodução de energia, tarifas sociais e regras para geração distribuída. Jardim propôs ajustes em descontos tarifários, enquanto Forte contestou o fim de benefícios para energia incentivada, alegando riscos a contratos existentes. Andrada focou em critérios fiscais para isenções. Duas emendas já foram retiradas pelos autores. (Agência CanalEnergia - 28.05.2025).

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Aneel aguarda MP 1.300/2025 para definir mudanças em contratos de distribuição

A Aneel aguarda a conversão da MP 1.300/2025 em lei para avaliar possíveis alterações nos contratos de renovação das concessões de distribuição de energia. A diretora Agnes da Costa destacou que o texto atual não exige mudanças imediatas, mas a decisão final dependerá do Congresso. O novo contrato, em discussão, visa modernizar o setor, incorporando temas como novos negócios e qualidade do atendimento ao consumidor. A diretora ressaltou a complexidade regional do país, incluindo desafios como resiliência das redes e áreas de conflito entre poderes oficial e extra-oficial, que exigem políticas públicas específicas. O modelo atual prioriza a prorrogação das concessões com base em eficiência e indicadores, evitando impactos tarifários. A Aneel considera o processo um avanço, equilibrando abertura a novos agentes e compensações às distribuidoras. (Agência CanalEnergia - 28.05.2025).

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Aneel afirma que renovação de contratos e MP 1.300/2025 não são conflitantes

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avalia que a renovação das concessões de 20 distribuidoras, conforme decreto 12.068, e a MP 1300/2025, que prevê a abertura total do mercado, não são conflitantes. Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, destacou que as distribuidoras poderão mudar seu regime econômico (de price cap para revenue cap) se perderem mercado para consumidores livres, garantindo remuneração fixa pela rede. A MP aguarda conversão em lei para regulamentação. Alexandre Ramos (CCEE) e Marcos Madureira (Abradee) concordam que as medidas são viáveis, mas exigem ajustes regulatórios para sustentabilidade do setor. (Agência CanalEnergia - 27.05.2025)

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Clarke Energia propõe ajustes na MP 1.300 para mitigar riscos ao setor elétrico

A Clarke Energia analisou a MP 1.300, que reforma o setor elétrico, destacando avanços, mas também riscos como pressão tarifária, insegurança jurídica e impacto em contratos. A consultoria sugere emendas, como estender o prazo de abertura do mercado livre para 2027 (não residencial) e 2028 (residencial), condicionar a mudança à tarifa binômia e definir regras claras para medição no ACL. A MP traz benefícios, como economia de até R$30 bi/ano, mas também custos, como perda de R$2,1 bi com fim de subsídios. A Clarke critica a retirada abrupta de descontos e propõe transição gradual, alinhada à Lei 14.120/2021, além de prazos adaptáveis para autoprodução e exigências robustas para o Supridor de Última Instância. (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)


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Curso GESEL “Dinâmica e Características Técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”

O GESEL realizará o curso “Dinâmica e Características Técnicas dos Sistemas de Armazenamento de Energia no Contexto da Transição Energética”, que tem como objetivo apresentar os fundamentos técnicos, operacionais e econômicos dos sistemas de armazenamento de energia (SAE), destacando seu papel estratégico na transição energética. Serão abordadas as principais tecnologias de armazenamento, suas aplicações no SIN, aspectos regulatórios e de mercado, bem como metodologias de modelagem elétrica e energética e análise de viabilidade econômica para projetos com baterias (BESS). Início do curso em 24 de junho. Serão 8 aulas de 2 horas cada, às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h. O programa abrange os seguintes tópicos: 1. Transição energética e o papel estratégico do armazenamento de energia; 2. Aplicações dos sistemas de armazenamento; 3. Tecnologias de armazenamento; 4. Mercado, regulação e políticas públicas; 5. Operação de BESS no SIN; 6. Modelagem dinâmica de sistemas de armazenamento de energia com foco em BESS; 7. Análise de modelos de negócio (parte 1); 8. Análise de modelos de negócio (parte 2). Inscreva-se já: https://forms.gle/EjdRTNg5N9aD5WLN7 (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Subsídios elevam custo da energia e geram distorções no setor elétrico, apontam especialistas

Os subsídios representam 13,68% da conta de luz dos brasileiros, mais que o dobro dos 5,5% em 2018, impulsionados principalmente pela expansão da geração distribuída (GD) solar e por incentivos a usinas eólicas e solares. Em 2024, os subsídios atingiram R$ 48 bilhões, e a previsão para 2025 é de R$ 41 bilhões via a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Criada em 2002 e ampliada em 2013, a CDE passou a incorporar diversos encargos, tornando-se um mecanismo de transferência de recursos sem limites claros, gerando distorções no mercado. Especialistas criticam a manutenção de incentivos a fontes renováveis que já se tornaram competitivas e a falta de remuneração adequada às fontes controláveis, como hidrelétricas e térmicas, que compensam a intermitência das renováveis. Além disso, subsídios à GD cresceram de R$ 450 milhões em 2020 para R$ 11,6 bilhões em 2024. Apesar da matriz renovável, o Brasil ainda destina subsídios ao carvão e gás natural, ampliando o custo para os consumidores e levantando debates sobre a eficácia e o direcionamento da política de incentivos energéticos.(Valor Econômico - 30.05.2025)

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Rede elétrica subterrânea avança pouco no Brasil devido a custos e entraves regulatórios

Apesar dos altos investimentos das distribuidoras de energia elétrica brasileiras em modernização tecnológica, o enterramento de redes elétricas segue sendo uma prática marginal no país. Segundo especialistas, como o advogado Marcello Rodante, apenas 0,4% da rede de distribuição nacional é subterrânea, concentrada em áreas centrais e de alto padrão, principalmente em cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O principal entrave é o custo elevado: enquanto um quilômetro de rede aérea custa até R$ 70 mil, o subterrâneo pode ultrapassar R$ 800 mil. Um projeto de enterramento total na região central de São Paulo, por exemplo, foi orçado em R$ 20 bilhões. Embora o compartilhamento de custos entre setores, como telecomunicações e saneamento, seja sugerido como alternativa, a complexidade regulatória e técnica inviabiliza essa integração por ora. Além disso, a Abradee questiona a resiliência das redes subterrâneas frente a eventos como inundações e defende que o investimento atual deve focar na modernização das redes aéreas e no manejo de árvores para minimizar danos durante tempestades. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Marco Legal das Eólicas Offshore abre caminho para explorar potencial de 700 GW no Brasil

A Lei nº 15.097/2025, sancionada em janeiro, institui o Marco Legal das Eólicas Offshore e marca um avanço regulatório importante para o aproveitamento do potencial de 700 GW de energia eólica no mar brasileiro, principalmente em águas rasas. A norma estabelece regras para o uso de áreas marítimas da União na geração de energia, com previsão de leilões, concessões e exigência de relatórios à Aneel. Segundo estudos, o setor pode gerar mais de 516 mil empregos e agregar R$ 900 bilhões à economia até 2050. No entanto, muitos pontos ainda aguardam regulamentação, como critérios para definição de áreas, exigências ambientais e incentivos à indústria nacional. Especialistas alertam que, apesar das vantagens geográficas, o Brasil precisa superar desafios legais e logísticos para se tornar competitivo nesse mercado, cujos projetos exigem investimentos elevados. Empresas como a Petrobras já iniciaram medições e estudos para se posicionar nesse novo cenário, enquanto o setor aguarda regras mais claras para garantir segurança jurídica e atrair capital.(Valor Econômico - 30.05.2025)

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Aneel condiciona renovação de concessões a investimentos em redes elétricas resilientes

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passou a exigir das distribuidoras de energia investimentos em resiliência e modernização das redes como condição para a renovação das concessões, diante do aumento de eventos climáticos extremos que afetam o fornecimento de energia. A medida, formalizada por aditivo ao Decreto nº 12.068/2024, visa reduzir a vulnerabilidade das redes e acelerar a recomposição do serviço, exigindo que as empresas adotem tecnologias mais eficientes. Embora os investimentos tragam benefícios à qualidade do serviço, há preocupação com o impacto tarifário, pois, segundo o modelo vigente, esses custos são repassados aos consumidores. A Aneel afirma que só reconhecerá na tarifa os custos considerados eficientes, avaliando-os por meio de indicadores de qualidade e metas de desempenho. Especialistas e representantes do setor concordam que os investimentos são urgentes e inevitáveis, mas alertam que será preciso discutir com a sociedade até que ponto ela está disposta a arcar com os custos, já que o aumento na tarifa parece inevitável. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Aneel define metodologia para cobrança máxima de encargos rescisórios do CUST

A Aneel aprovou, em reunião (27/05), metodologia para verificar o máximo esforço das transmissoras na cobrança de encargos rescisórios dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST). A regra determina que medidas administrativas e judiciais sejam esgotadas antes de incluir valores não recuperados na Receita Anual Permitida (RAP). A proposta, discutida em consulta pública (CP005/2025) com contribuições de 18 empresas entre fevereiro e maio de 2025, visa sistematizar a análise das etapas de recuperação de créditos. Os encargos rescisórios, previstos em cláusulas penais por rescisões contratuais, compõem a RAP e mitigam riscos financeiros. Os CUST regulam o acesso à Rede Básica por usuários (geradores, distribuidores, consumidores livres, etc.) e são firmados entre o ONS (representante das transmissoras) e esses agentes. (Aneel – 28.05.2025)

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GESEL promove webinar sobre renovação das concessões de transmissão

No dia 13 de junho, das 10h às 12h, o GESEL realizará o webinar “Renovação das Concessões de Transmissão: Desafios e Escolhas para o Futuro do Setor”, que discutirá aspectos regulatórios e estratégicos da prorrogação das concessões no Brasil. A coordenação será do Professor Nivalde de Castro, coordenador-geral do GESEL/UFRJ. A apresentação ficará a cargo de Claudio Domingorena (ISA Energia), com foco nos desafios regulatórios, jurídicos e econômicos envolvidos. O debate contará com a participação de Nelson Hubner (ENBPar), Esdras Jamil (TCU), Rafael Janiques (escritório ASBZ), além de representantes do MME e do mercado financeiro. O evento reunirá agentes, reguladores e especialistas para discutir caminhos que fortaleçam a segurança jurídica e a transição energética no país. Inscreva-se já: https://forms.gle/UHoBFVeDDvWgHArs6 (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Transição Energética

Governo destina R$ 10 bi para projetos estratégicos no Nordeste

O governo federal anunciou um edital de R$10 bilhões para financiar planos de negócios no Nordeste, com foco em energias renováveis, bioeconomia, descarbonização (hidrogênio verde), data centers verdes, indústria automotiva e tecnologias para agricultura familiar. O lançamento ocorreu em Salgueiro (PE), no dia 28.05.2025, com participação do BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa e Finep, além de apoio técnico da Sudene e do Consórcio Nordeste. Empresas e cooperativas (nacionais ou estrangeiras) podem inscrever projetos acima de R$10 milhões até 15.09.2025. As instituições oferecerão crédito, subvenções e participação societária. O BNDES destacou um aumento de 282,1% em investimentos em inovação na região em 2024. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025).


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Brasil equilibra expansão do petróleo e liderança em renováveis rumo à COP30

Em ano de protagonismo internacional com a realização da COP30 em Belém, o Brasil ganha destaque pela combinação de forte crescimento na produção de petróleo e uma matriz elétrica altamente renovável, com mais de 85% da energia oriunda de fontes limpas. No entanto, a transição energética do país impõe desafios regulatórios, especialmente diante do avanço das renováveis, da geração distribuída e da necessidade de garantir flexibilidade ao sistema. A exploração da Margem Equatorial pode consolidar o Brasil entre os maiores produtores de petróleo, enquanto o setor elétrico planeja investir R$ 600 bilhões até 2034. O modelo atual, criado em 2004, precisa ser atualizado para lidar com novas demandas como leilões de potência, armazenamento de energia e curtailment. A medida provisória de maio de 2025 visa reorganizar subsídios, permitir a migração de consumidores do Grupo B ao mercado livre e ampliar a Tarifa Social. O país também se prepara para atrair data centers e projetos de hidrogênio verde, cujos desafios incluem consumo hídrico, custos altos e impactos na infraestrutura elétrica, exigindo planejamento integrado entre energia e recursos hídricos. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Margem Equatorial divide governo e ambientalistas em nova fronteira petrolífera

A Margem Equatorial, região entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, desponta como nova fronteira petrolífera e promete atrair R$ 280 bilhões em investimentos e gerar 350 mil empregos, segundo o governo federal. Contudo, a exploração de petróleo na região enfrenta intensa controvérsia por envolver ecossistemas sensíveis, como manguezais e recifes amazônicos, além de potenciais impactos climáticos e sociais. O Ibama negou licença para perfuração da Petrobras no bloco FZ-AM-59, na Foz do Amazonas, por razões ambientais, apesar da pressão do Ministério de Minas e Energia e da estatal, que prevê US$ 3 bilhões em investimentos. ONGs como WWF e Greenpeace alertam para riscos de vazamentos, poluição sonora e emissão de CO₂, enquanto empresas defendem a exploração como estratégica diante do declínio do pré-sal. Com o marco regulatório ainda indefinido e novas ofertas de blocos em curso, a decisão final sobre a liberação da atividade terá implicações profundas para a política ambiental e energética do Brasil, especialmente às vésperas da COP30 em Belém. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Brasil aposta no hidrogênio de baixo carbono, mas setor enfrenta entraves regulatórios e logísticos

O mercado brasileiro de hidrogênio de baixo carbono tem grande potencial, com R$ 200 bilhões anunciados em 20 projetos e projeções que indicam capacidade de suprir até 5% da demanda global até 2040. Contudo, o setor ainda engatinha: poucos projetos saíram do papel e os que existem estão em fase piloto. O avanço depende da consolidação do marco legal, sancionado apenas em 2024, e da superação de desafios como maturidade tecnológica, infraestrutura para transporte e armazenamento, certificação do combustível e acesso a financiamento competitivo. A disponibilidade de energia renovável, essencial para o hidrogênio verde, esbarra em gargalos de transmissão, como os enfrentados por projetos no porto do Pecém (CE), que tiveram pedidos de conexão à rede negados pelo ONS. Além disso, empresas enfrentam dificuldades para garantir contratos de venda (offtake), fundamentais para viabilizar investimentos. Enquanto iniciativas como as do Porto do Açu sinalizam avanço, o sucesso da transição depende de regulamentação ágil e planejamento integrado entre governo, reguladores e investidores. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Brasil deve priorizar biocombustíveis e eletrificação, diz secretário de Energia

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, defende que o Brasil deve focar na redução da demanda por combustíveis fósseis, por meio da substituição por biocombustíveis e eletrificação, em vez de restringir a oferta de petróleo. Ele cita como exemplos o uso de etanol e o aumento da venda de carros elétricos. Durante evento da FGV Energia, Mendes afirmou que o país não deve abrir mão da produção de petróleo para evitar se tornar importador, criticando diretrizes internacionais que desincentivam a exploração de novas áreas. Segundo ele, seguir tais orientações prejudicaria o Brasil, que tem potencial para expandir em regiões como a Margem Equatorial e para se tornar líder na produção de combustíveis sustentáveis, como o SAF. (Valor Econômico - 29.05.2025)

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Atlas lançado pelo MME sinaliza elevação do potencial brasileiro

O Atlas Brasileiro da Transição Energética, lançado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), no dia 27 de maio, no Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Minas e Energia, em Salvador (BA), sinalizou que todos os estados do país têm alto potencial para produção de energia elétrica e de combustíveis de baixa emissão de carbono. Além disso, o documento consolida iniciativas e regulamentações dos estados visando promover a matriz energética sustentável e assim reduzir a dependência de fontes poluidoras.  Em síntese, foram mapeadas 224 leis, 268 projetos, 14 políticas, 39 programas, 22 planos e 8 tipos de fontes. Por fim, conforme o documento, todas as regiões do Brasil possuem leis ou iniciativas ligadas ao hidrogênio de baixo carbono e incentivam o uso de biomassa para a produção.  (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)

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Armazenamento por baterias avança no Brasil com expectativa de leilões e regulamentação

A participação das energias eólica e solar na matriz elétrica brasileira deve crescer de 36% para 39,6% até 2028, segundo o ONS, o que intensifica a necessidade de sistemas de armazenamento por baterias (BESS) para lidar com a intermitência dessas fontes. Apesar de ainda incipientes no país, esses sistemas já são usados em aplicações isoladas e industriais, oferecendo vantagens como backup, melhoria da qualidade da energia e redução de custos. Especialistas alertam que o armazenamento se tornou essencial para um sistema elétrico mais confiável, mas sua expansão depende da regulamentação pela Aneel, que está em andamento. Com normas claras e a realização de leilões de reserva de capacidade, o setor projeta investimentos superiores a R$ 50 bilhões até 2030. Empresas como ISA CTEEP, Cemig, Emae, Moura e WEG já desenvolvem projetos em larga escala, antecipando-se à regulamentação. O Ministério de Minas e Energia reconhece o potencial dos BESS e prepara o LRCAP Armazenamento 2025, cuja expectativa é de realização ainda neste ano, fortalecendo o papel estratégico do armazenamento no sistema elétrico nacional. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Brasil precisa investir 6% do PIB anualmente em transição energética, destaca executivo

O diretor-presidente do BB Banco de Investimento, Geraldo Morete Júnior, destacou em evento da Apimec Brasil (28.05) que o Brasil precisará direcionar 6% do PIB anualmente até 2050 para a transição energética, totalizando US$ 6 trilhões — valor que o mercado bancário não conseguirá suprir sozinho. Ele enfatizou o papel crucial do mercado de capitais, que já representa 50% das operações financeiras, com empresas de energia respondendo por 40% dos R$ 160 bilhões captados nos últimos seis anos. Títulos privados e fundos ASG (Ambiental, Social e Governança) são alternativas essenciais, com US$200 bilhões em créditos privados negociados no mercado secundário apenas em 2025. O BB Investimentos possui R$ 394 bilhões em créditos sustentáveis e projeta atingir R$300 bilhões em renováveis até 2050. A instituição também está focada em educação financeira para investidores pessoa física e capacitação de gerentes. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)


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Empresas ampliam geração distribuída para reduzir custos e emissões

A geração distribuída tem ganhado espaço entre empresas brasileiras como estratégia para reduzir custos com eletricidade, aumentar a autonomia energética e contribuir com metas ambientais. A Claro investiu R$ 2 bilhões em cem usinas, majoritariamente solares, que hoje atendem 80% de seu consumo e devem suprir até 90% com novas unidades. A CCR já obtém 60% de sua energia por autoprodução, visando neutralidade de carbono até 2035, e reduziu em 85% suas emissões de escopo 2 entre 2021 e 2023. O Metrô de São Paulo adotou um modelo de arrendamento com a estatal CGN Brasil, garantindo fornecimento limpo e mais barato a partir de 2027, com expectativa de economia anual de R$ 12 milhões. Já a Cavaletti, fabricante de móveis, investiu em uma usina solar própria, cobrindo parte significativa de sua demanda e evitando emissões de CO2 equivalentes ao plantio de 2.580 árvores. As iniciativas refletem uma tendência crescente de busca por eficiência energética e sustentabilidade no setor corporativo. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Investidores estrangeiros lideram expansão do armazenamento de energia no Japão

Empresas estrangeiras estão investindo fortemente no mercado de armazenamento de energia em baterias no Japão, atraídas pelo crescimento das fontes renováveis e pelas oportunidades geradas pelos leilões de aquisição de energia de baixo carbono promovidos pelo governo. Nos dois primeiros leilões do país, mais da metade da capacidade licitada foi concedida a empresas com participação estrangeira, refletindo o apelo crescente do mercado japonês de BESS (Battery Energy Storage System). A crescente penetração de energia solar e eólica no Japão tem gerado excedentes que exigem soluções de armazenamento para evitar sobrecargas na rede. Incentivos como contratos de 20 anos que cobrem custos fixos tornam o país ainda mais atrativo. Empresas estrangeiras se destacam pela experiência internacional e custos mais baixos, superando concorrentes locais. No entanto, analistas apontam que a ausência de preços negativos no mercado japonês limita a rentabilidade em comparação com mercados como o europeu, indicando a necessidade de reformas para garantir retornos mais previsíveis e estimular ainda mais a competição. (Valor Econômico - 29.05.2025)

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Trump se alia à tendência Nuclear e visualiza liderança dos EUA 

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou quatro decretos para acelerar a construção de usinas nucleares e impulsionar o setor civil nos Estados Unidos, visando retomar a liderança na energia nuclear. Durante o evento na Casa Branca, Trump relacionou a energia nuclear à crescente demanda energética provocada por tecnologias como a inteligência artificial (IA), enfatizando a necessidade de fontes confiáveis de energia. Ele defendeu a energia nuclear como segura e amiga do meio ambiente, anunciando planos para avançar rapidamente na expansão desse setor. Os decretos incluem autorização para testes de novos projetos, construções em terras federais e simplificação regulatória.  (Broadcast Energia - 28.05.2025)

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EUA: EPA planeja revogar limites de emissões de usinas, gerando críticas

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) prepara um plano para eliminar restrições às emissões de gases de efeito estufa de usinas a carvão e gás natural, alegando que esses poluentes têm impacto insignificante no clima. A medida, porém, enfrenta forte oposição de ambientalistas, que destacam o papel crucial do CO₂ no aquecimento global e seus efeitos, como extremos climáticos e elevação dos mares. A decisão também contradiz os compromissos do Acordo de Paris, que busca limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. Especialistas alertam que a flexibilização pode agravar a poluição, prejudicar a saúde pública e comprometer metas ambientais. O debate sobre a política da EPA intensifica-se, com a decisão final podendo influenciar diretamente o futuro do combate às mudanças climáticas. (Broadcast Energia – 28.05.2025)

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Artigo de Mauricio Voivodic e Marina Corrêa: "Os perigos da mineração marinha"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Mauricio Voivodic (diretor-executivo de Oceanos do WWF-Brasil) e Marina Corrêa (analista de Conservação e líder de Oceanos do WWF-Brasil) tratam da crescente pressão por mineração em águas profundas, impulsionada pela demanda por minerais críticos para a transição energética, e alertam que essa prática representa uma falsa solução, perpetuando um modelo extrativista predatório e incompatível com compromissos de sustentabilidade e justiça climática. Os autores defendem que alternativas como a economia circular e o uso responsável de reservas terrestres são mais seguras e eficazes. Denunciam os riscos irreversíveis da mineração submarina à biodiversidade marinha, ao equilíbrio climático e às comunidades costeiras, especialmente diante da fragilidade da governança internacional atual. Para o Brasil exercer liderança legítima na agenda oceânica global, é essencial que abandone a lógica da exploração a qualquer custo, alinhe suas políticas com o Tratado da ONU sobre Biodiversidade Marinha (BBNJ) e fortaleça a recém-aprovada Lei do Mar como instrumento de conservação e justiça socioambiental. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Crise Climática

Distribuidoras ampliam investimentos em redes inteligentes frente às mudanças climáticas

Diante dos impactos crescentes das mudanças climáticas, as distribuidoras brasileiras de energia intensificam investimentos para aumentar a confiabilidade, resiliência e automação das redes, visando garantir a continuidade dos serviços e minimizar perdas. Em 2024, a qualidade melhorou em relação a 2023, com redução no tempo médio sem energia, embora as compensações aos consumidores tenham aumentado. A expectativa é que os investimentos cheguem a R$ 145 bilhões até 2029, com foco em tecnologias como religação automática e uso de drones com inteligência artificial. Empresas como Enel, Neoenergia, Energisa e EDP ampliaram significativamente seus aportes, priorizando redes mais digitais, inteligentes e preparadas para eventos extremos. Os custos desses investimentos, no entanto, pressionam o equilíbrio tarifário, gerando preocupação quanto ao impacto nas contas dos consumidores. As distribuidoras e entidades do setor defendem a evolução do modelo regulatório para assegurar previsibilidade e equilíbrio entre investimentos, tarifas e prestação de serviços, refletindo a nova realidade climática enfrentada pelo país. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Ambientalistas alertam para riscos de retrocesso com novo projeto de licenciamento ambiental

Entidades ambientais manifestam preocupação com o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental, em tramitação no Congresso, que pode aumentar a responsabilidade do poder público para conter impactos de grandes empreendimentos mantidos pela iniciativa privada. Segundo o Observatório do Clima, o texto aprovado por senadores estaria suprimindo condicionantes das licenças ambientais que, atualmente, garantem que os responsáveis por esses empreendimentos arquem com a reparação de eventuais danos à natureza e à população. Na prática, alerta a entidade, as empresas ganhariam brechas para deixar de contribuir financeiramente com medidas compensatórias, como a construção de escolas, postos de saúde e redes de saneamento em locais que, por causa dos empreendimentos, tiveram sua população radicalmente ampliada. Como exemplo dos riscos, ambientalistas citam o caso da usina de Belo Monte, onde a empresa Norte Energia precisou investir R$ 100 milhões para conter impactos sociais e ambientais causados pelo aumento populacional em Altamira (PA). O receio é que, com a aprovação do projeto, iniciativas semelhantes deixem de acontecer, transferindo a responsabilidade financeira dessas medidas para o poder público. (O Globo29.05.2025)

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Artigo de José Eli da Veiga: "Brecha pedagógica da COP30"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Eli da Veiga (professor sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP) trata da importância de aproveitar o noticiário sobre a COP30 como oportunidade educativa para envolver jovens no debate sobre a crise climática, destacando que serão eles os mais afetados no futuro. Ele propõe que educadores incentivem o estudo das três cartas do presidente da COP30, André Corrêa do Lago, que oferecem reflexões profundas sobre os desafios e caminhos da ação climática. O artigo apresenta 12 trechos selecionados dessas cartas, que enfatizam a urgência de transformar a inação em ação, regenerar a relação da humanidade com a natureza, liderar com ética climática e integrar adaptação e mitigação. Para Veiga, essas mensagens são mais relevantes para os estudantes do que conteúdos tradicionais, podendo inclusive ajudar na preparação para o Enem e inspirar o engajamento em movimentos como o “Círculo do Balanço Ético Global”. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Empresas

Eletrobras: Pagamento de royalties pelo uso da água na geração somou R$ 931 mi em 2024

A Eletrobras realizou, em 2024, o pagamento de aproximadamente R$ 931,4 milhões a estados, municípios e órgãos da União a título de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH). No total, 44 hidrelétricas da companhia pagaram a CFURH no último ano. De acordo com a Eletrobras, os recursos, referentes ao ano de 2024, foram repassados à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), sendo a maior destinada aos estados e municípios onde existem reservatórios hidrelétricos. A compensação corresponde a 7% do valor da energia gerada por cada usina. A operação da empresa no Pará foi a maior pagadora da CFURH pela companhia em 2024, com R$ 247,3 milhões, já que incluiu três das usinas de maior capacidade instalada da empresa: Belo Monte (11,233 MW), Tucuruí (8,370 MW) e Teles Pires (1.820 MW). O estado foi seguido por Minas Gerais (R$ 146,6 milhões), Rondônia (R$ 140 milhões), Bahia (R$ 92,8 milhões), Goiás (R$ 94,3 milhões), Mato Grosso (R$ 42,3 milhões), Alagoas (R$ 33,3 milhões), São Paulo (R$ 29,7 milhões) e Pernambuco (R$ 28,1 milhões). (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)


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CPFL Energia: Subsidiárias captaram R$ 2,5 bi em debêntures em 3 operações

Empresas do grupo CPFL Energia concluíram a captação de R$ 2,5 bilhões por meio de ofertas públicas de debêntures incentivadas. A maior captação foi realizada pela RGE Sul Distribuidora de Energia, com uma emissão de R$ 1,09 bilhão em debêntures da 19ª emissão. A CPFL Transmissão, por sua vez, concluiu sua 15ª emissão, com captação de R$ 1,08 bilhão, dividida em duas séries. Já a CPFL Piratininga obteve R$ 334 milhões com a 20ª emissão de debêntures. Segundo a companhia, os recursos obtidos com as operações serão destinados à ampliação, modernização e melhoria da infraestrutura elétrica em suas áreas de concessão em São Paulo e no Rio Grande do Sul. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)


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Cade aprova operação entre Klabin S.A e Maracanã Geração de Energia

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o ato de concentração entre a Klabin S.A. e a Maracanã Geração de Energia e Participações S.A. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União em 26/05/2025. A Klabin adquirirá uma participação minoritária sem controle em uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) controlada pela Maracanã, que será a detentora de nove SPEs de geração de energia eólica em Gentio do Ouro, na Bahia. A Maracanã é subsidiária da Engie Brasil Energias Complementares Participações Ltda, que por sua vez faz parte do grupo econômico Engie. Para a Engie, a operação se alinha com sua estratégia de desenvolver projetos de geração de energia limpa e renovável. Já para a Klabin, a aquisição contribuirá para atender parte de sua demanda por energia elétrica, em conformidade com seus compromissos de sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa, além de garantir suprimentos a custos competitivos. A Klabin destaca a importância da operação para manter sua sustentabilidade e compromisso com fontes renováveis de energia. (Broadcast Energia - 28.05.2025)

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Cemig implementará sistema de gestão para geração distribuída até 2026

A Cemig planeja implantar até 2026 um sistema (DERMS) para gerenciar a geração distribuída (GD) em sua rede, visando maior eficiência operacional. O CEO Reynaldo Passanezi destacou que o sistema permitirá controle centralizado da GD, que já soma 12 GW em sua área de concessão. A empresa enfrenta críticas do setor solar por recusas de conexão e cortes de geração (curtailment), atribuídos ao excesso de GD em horários de baixa demanda. Passanezi ressaltou que o DERMS não decide cortes, mas amplia a capacidade operacional da distribuidora. O ONS apontou que as distribuidoras, como a Cemig, têm vantagem na gestão da GD por monitorarem redes locais. Sobre a MP 1300, o executivo afirmou que o impacto dependerá da confiança dos investidores na reforma do setor. A federalização da empresa segue em discussão entre os governos estadual e federal. (Agência CanalEnergia - 27.05.2025)


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Justiça de MG suspende cobrança de R$ 912 mi da Cemig no caso Forluz

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu a liminar que obrigava a Cemig a depositar R$ 912 milhões relativos ao déficit do Plano A da Forluz (Fundação Forluminas de Seguridade Social). A decisão vale até o trânsito em julgado da sentença final, aliviando temporariamente o caixa da empresa. O valor corresponde a 50% do déficit técnico ajustado do plano, calculado em 2022. Em comunicado, a Cemig reiterou seu compromisso com a transparência, afirmando que manterá acionistas e mercado informados sobre os próximos passos, em conformidade com as normas regulatórias. A medida traz um respiro financeiro à companhia, enquanto aguarda a definição judicial do mérito do caso. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)

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Energisa: Grupo é homenageado no Congresso por 120 anos de fundação

O Grupo Energisa foi homenageado em sessão solene no Senado Federal em comemoração aos seus 120 anos de fundação. A cerimônia, proposta pela senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil – TO), aconteceu em 27 de maio. Durante a solenidade, que reuniu parlamentares, representantes de entidades do setor e executivos da empresa, o presidente de honra do Conselho de Administração da companhia, Ivan Botelho, relembrou a trajetória do grupo desde sua origem no interior de Minas Gerais, enfatizando o espírito empreendedor dos fundadores. O CEO Ricardo Botelho, por sua vez, ressaltou a importância da parceria com o poder público e o papel fundamental dos marcos legais e regulatórios para viabilizar investimentos de longo prazo no setor elétrico. “Reitero meu agradecimento a cada colaborador, cliente, investidor, fornecedor, parceiro de negócio, poder concedente, órgãos reguladores, poder público e aos parlamentares desta Casa, que nos permitiram chegar a essa marca histórica de 120 anos”, declarou. (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)


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Energisa: Abertura de novas turmas para os cursos gratuitos de formação de eletricistas

O Grupo Energisa, em parceria com o SENAI, está abrindo novas turmas para o programa de qualificação profissional, com mais de 430 vagas para o curso de eletricista de rede ao longo de 2025. Totalmente subsidiada pela companhia, a formação visa fortalecer a capacitação técnica no setor elétrico, ampliar oportunidades de emprego e fomentar a inclusão de mulheres em uma área ainda predominantemente masculina. Os cursos são destinados a pessoas a partir de 18 anos, com ensino médio completo e CNH categoria B. As primeiras 150 vagas já estão com entre maio e junho, em unidades do SENAI localizadas no Acre (Rio Branco), Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Dourados), Paraíba (João Pessoa e Campina Grande) e Tocantins (Araguaína). Ainda, mirando a promoção da igualdade de acesso ao ensino, iniciativa oferecerá quatro turmas exclusivas para mulheres em algumas cidades, além de outras turmas mistas. A oportunidade oferecida contempla uma grade de conteúdo com foco em segurança e base técnica. Após a conclusão do curso, os profissionais estarão aptos a atuar em distribuidoras de energia, prestadoras de serviços em instalações comerciais, residenciais e industriais, bem como trabalhar com manutenção de sistemas elétricos e na prevenção de acidentes relacionados ao uso da corrente elétrica e ao trabalho em altura. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)


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Petrobras: Nova emissão de R$ 3 bi em debêntures é anunciada

A Petrobras aprovou a 8ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 3 bilhões, a qual será objeto de oferta pública de distribuição, nos termos da resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação será realizada em até três séries Segundo comunicado ao mercado, os recursos captados serão destinados ao custeio de gastos, despesas ou dívidas relacionadas aos investimentos nos projetos prioritários. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Queda nos preços e curtailment acendem alerta no setor elétrico brasileiro

A queda nos preços da energia elétrica no mercado livre, impulsionada pela rápida expansão das fontes renováveis e o aumento do curtailment (interrupção forçada da geração), acendeu um alerta no setor elétrico brasileiro. Especialistas apontam que a infraestrutura de transmissão não acompanhou o crescimento da geração, gerando desequilíbrios regionais e estresse no sistema. O excesso de oferta no Nordeste, aliado à falta de escoamento para regiões mais consumidoras como o Sudeste, tem resultado em desperdício de energia renovável e acionamento de termelétricas. Essa situação desestimula novos investimentos, especialmente por dependerem de contratos de longo prazo e project finance, inviáveis com os preços baixos atuais. O segmento de autoprodução cresce como alternativa viável. Empresas como a Echoenergia pausaram projetos diante da incerteza regulatória e dos prejuízos já sofridos. Apesar disso, o ONS assegura que não há risco de desabastecimento, destacando a robustez e diversidade do sistema elétrico nacional, que projeta atingir 251,6 GW de capacidade instalada até 2028. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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SE/CO tem queda de 0,2 p.p e opera com 68,7% da capacidade

O submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve queda de 0,2 ponto percentual e a capacidade está em 68,7% na última quarta-feira, 28 de maio, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada mostra 140.488 MW mês e a ENA é de 24.673 MW med, valor que corresponde a 72% da MLT. Furnas admite 66,82% e a usina de Nova Ponte marca 57,03% A Região Sul cresceu 0,6 p.p e está operando com 34,1% da capacidade. A energia armazenada marca 6.980 MW mês e ENA é de 7.164 MW med, equivalente a 31% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 37,59% e 43,33% respectivamente. Os reservatórios do Norte baixaram 0,2 p.p e estão com 98,1% da capacidade. A energia armazenada marca 15.007 MW mês e ENA é de 10.028 MW med, equivalente a 53% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A UHE Tucuruí segue com 99,15%. A Região Nordeste diminuiu 0,2 p.p e operava com 73,9% da sua capacidade. A energia armazenada indica 38.199 MW mês e a energia natural afluente computa 2.209 MW med, correspondendo a 50% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 66,93%. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)

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Setor de energia capta R$ 114 bi em 2024, mas incertezas podem frear ritmo em 2025

Em 2024, o setor de energia bateu recorde de captação no mercado de capitais, com R$ 114 bilhões em debêntures, mas dificilmente o volume será superado em 2025, devido a fatores como os juros elevados e o curtailment, que reduz a geração de eólicas e solares. Apesar disso, a atratividade do setor segue alta, com R$ 39,1 bilhões captados apenas nos primeiros meses de 2025. A preferência do mercado recai sobre projetos maduros e de transmissão, pela previsibilidade de caixa. Bancos como Itaú BBA, Bradesco BBI e BTG Pactual continuam ativos, embora mais cautelosos com renováveis. Já instituições públicas como BNDES, BNB e Banco do Brasil mantêm papel crucial no financiamento às fontes limpas, frente aos riscos regulatórios. O BNDES lidera globalmente no apoio à energia limpa, com 89% de sua carteira voltada a renováveis e R$ 20 bilhões já aprovados para o setor elétrico em 2025. No Nordeste, o BNB identificou retração em novos projetos eólicos, destacando desafios nas cadeias produtivas. Mesmo diante de incertezas, os bancos públicos seguem fomentando projetos sustentáveis com linhas especiais de crédito. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Curtailment gera prejuízo de R$ 1,6 bi e ameaça expansão das renováveis no Brasil

O setor de energia solar e eólica no Brasil enfrenta sérios prejuízos devido ao curtailment — cortes de geração ordenados pelo ONS para evitar sobrecargas na frágil infraestrutura de transmissão. Em 2024, mais de 14,6 TWh deixaram de ser gerados, gerando perdas superiores a R$ 1,6 bilhão para 1.445 usinas, principalmente no Nordeste. A falta de investimentos em linhas de transmissão e armazenamento é apontada como a principal causa, revelando falhas de planejamento. A priorização do corte de fontes renováveis, mais fáceis de desligar que térmicas, gerou insatisfação no setor e levou associações como ABEEólica e Absolar a buscarem ressarcimento na Justiça, com decisões conflitantes entre TRF-1 e STJ. A insegurança jurídica e os riscos de receita afugentam investidores e ameaçam a expansão futura. Especialistas defendem revisão no modelo de leilões, incentivo à descentralização e investimento urgente em transmissão e armazenamento. O MME afirma que já destinou mais de R$ 60 bilhões a obras e que novas medidas estão sendo discutidas por um grupo de trabalho intersetorial. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Aneel rejeita pedido de isenção de ônus por diferença de PLD entre submercados

A Aneel negou o pedido da Rima Industrial para isenção de ônus decorrentes da diferença de Preços de Liquidação de Diferenças (PLD) entre os submercados Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste, causada por restrições ao intercâmbio de energia. A empresa alegou que a limitação gerou elevações excessivas no PLD, onerando sua autoprodução, e solicitou a suspensão de R$14,5 milhões em custos. A agência destacou que a variação de preços entre submercados é um risco conhecido há 23 anos, citado em estudos e relatórios do setor elétrico. Além disso, ressaltou que os investimentos em transmissão, incluindo 15.709 km de linhas a serem concluídas nos próximos cinco anos, visam reduzir restrições e garantir estabilidade. A decisão considerou que os agentes do mercado já têm ciência desse risco estrutural. (Agência CanalEnergia - 27.05.2025)

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Mobilidade Elétrica

Rede de eletropostos cresce no Brasil e já permite viagens longas com veículos elétricos

A expansão da rede de eletropostos no Brasil tem reduzido barreiras à adoção de veículos elétricos, acompanhando o crescimento da frota, que somava 233 mil unidades plug-in em fevereiro de 2025. A infraestrutura de recarga cresceu 22% em três meses, totalizando 14.827 pontos em 1.363 municípios, com destaque para o avanço nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Os pontos de recarga rápida (DC) cresceram 60% no período, chegando a 2.430 unidades, e devem alcançar 4,5 mil até dezembro, impulsionados por menores custos de instalação e maior oferta de veículos elétricos, especialmente com a entrada de montadoras como BYD e GWM. Aplicativos de mobilidade ajudam motoristas a localizar e utilizar os eletropostos, o que já permite viagens longas, como do Sul ao Nordeste. Inicialmente liderada por montadoras como a Volvo, a rede tem atraído startups e grandes empresas, como Raízen, Vibra e Eneva, que vêm adquirindo players menores. Apesar da entrada de grandes concorrentes, especialistas acreditam na permanência de diversas empresas no setor, evitando uma consolidação imediata do mercado. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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São Paulo enfrenta entraves na eletrificação da frota de ônibus e flexibilização de metas

A transição energética da frota de ônibus de São Paulo enfrenta diversos obstáculos, apesar de a cidade possuir a maior frota de ônibus elétricos do país, com 630 veículos entre trólebus e modelos a bateria — número ainda modesto diante dos mais de 13 mil ônibus em circulação. A Lei Municipal nº 16.802/2018 determina a redução de 50% das emissões de poluentes até 2028 e a eliminação total até 2038, mas o prefeito Ricardo Nunes afirmou que a meta intermediária é “impossível”, citando falta de infraestrutura e capacidade industrial, apesar de fabricantes afirmarem que podem suprir a demanda. A recente Lei nº 18.225, que flexibiliza a meta de 2028, foi suspensa pelo Tribunal de Justiça. A principal barreira técnica é a falta de infraestrutura de recarga elétrica nas garagens, responsabilidade das operadoras, que enfrentam limitações na rede de baixa tensão. A conexão a redes de alta tensão, necessária para atender frotas maiores, exige obras caras e demoradas. Soluções paliativas incluem o uso da infraestrutura ociosa do metrô e CPTM durante a madrugada e a instalação de pontos de recarga rápida próximos a terminais. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Omoda 5 HEV chega ao Brasil com bom consumo e preço competitivo

O Omoda 5 HEV, novo SUV híbrido da Omoda Jaecoo, chega ao Brasil no segundo semestre com conjunto híbrido paralelo (HEV), similar ao do Corolla Cross, dispensando recarga externa e entregando excelente eficiência, com consumo urbano de até 21,3 km/l. Com porte médio e estilo cupê, o modelo deve custar entre R$ 185 mil e R$ 200 mil, posicionando-se abaixo da versão elétrica já vendida por R$ 209.990. O SUV traz motor 1.5 turbo a gasolina de 143 cv, aliado a um motor elétrico e câmbio CVT, com bateria de 1,83 kWh. Seu visual moderno e acabamento interno simples, mas funcional, destacam-se, assim como a lista de equipamentos e conectividade. Apesar de prometer bom desempenho, especialmente no modo “Sport”, o carro ainda carece de ajustes finos na suspensão e na dirigibilidade para agradar o público brasileiro. Com tecnologia, desempenho equilibrado e preço competitivo, o Omoda 5 HEV tem potencial para ganhar espaço no mercado, desde que a marca trabalhe melhor seu reconhecimento no país. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Inovação e Tecnologia

Inovação energética no Brasil soma R$ 5,5 bi e avança com foco em digitalização e clima

Os investimentos em inovação no setor energético brasileiro totalizaram R$ 5,5 bilhões em 2023, impulsionados por desafios climáticos, crescimento das renováveis e busca por produtividade e segurança. A ANP liderou os aportes, seguida por Aneel e BNDES, com destaque para projetos como gêmeos digitais da Petrobras e tecnologias para inspeção de dutos. Em 2024, novas iniciativas incluem chamadas para projetos de hidrogênio e soluções em energia limpa, com destaque para a Eve (eVTOL), Be8 (etanol de cereais), WEG (aerogerador) e Raízen (etanol 2G). A Finep também mobilizou R$ 3,8 bilhões em 171 projetos. Empresas como Energisa, Eletrobras, Neoenergia, ISA e EDP avançam com sensores, IA, drones, robôs e redes inteligentes, melhorando a gestão de ativos, previsão de eventos climáticos e eficiência operacional. A integração de tecnologias como Wi-Fi 6, modelagem 4D, sistemas FACTS e robótica marca a transição para um setor mais resiliente e digitalizado. Em 2025, os aportes devem crescer, com Eletrobras e outras companhias prevendo investimentos robustos para ampliar a inovação energética. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Aneel é duplamente premiada por cooperação energética e inovação regulatória na CPLP

Durante a II Conferência de Energia da CPLP em Cascais (Portugal, 27-28.05.2025), a Aneel recebeu dois prêmios por sua atuação no setor elétrico lusófono. Foi reconhecida como "Parceiro Estratégico" pela ALER e pela RELOP por fortalecer a cooperação energética entre países de língua portuguesa, promovendo diálogos e iniciativas conjuntas sobre clima e energia. Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel, destacou o orgulho em contribuir para a transição energética justa e o aprimoramento regulatório. Além disso, o especialista Márcio Venício Pilar Alcântara (STE) venceu o Prêmio Maria Cristina Portugal 2025 com seu artigo sobre sustentabilidade energética, que integra tecnologia e reforma regulatória. O prêmio visa incentivar a excelência entre reguladores da RELOP, consolidando a troca de experiências. A Aneel celebra sua terceira conquista consecutiva nessa premiação. (Aneel – 28.05.2025)

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Aneel lança prêmio anual para inovação no setor elétrico

A Aneel instituiu um prêmio para reconhecer empresas, pesquisadores e profissionais com atuação destacada no setor elétrico entre outubro/2023 e dezembro/2024. O edital será lançado em 02/06, com inscrições até 30/06. Empresas vinculadas ao Programa de PDI da Aneel participarão automaticamente. As candidaturas passarão por análise técnica (julho a agosto), com dez finalistas por categoria avaliados por um comitê multissetorial. Os vencedores serão anunciados em 17/09 durante o Citeenel. O prêmio considera critérios como patentes, publicações acadêmicas, investimentos em inovação e projetos em regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (KR20). Uma menção honrosa destacará o maior investidor nessas localidades. A iniciativa, debatida na Consulta Pública 6/2025 (com 74% das 542 sugestões aceitas), alinha-se aos objetivos do PEQuI 2024-2028. (Agência CanalEnergia - 27.05.2025)

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Energias Renováveis

Sorocaba inaugura usina de energia solar no Parque Tecnológico

A cidade de Sorocaba acaba de inaugurar uma usina de energia solar, na modalidade de geração distribuída, instalada no Parque Tecnológico. O empreendimento é resultado de uma parceria entre o município e o Grupo VA Soluções Sustentáveis, prometendo gerar 10 GWh por ano, o equivalente ao consumo médio de aproximadamente 5 mil residências. Com 9.984 módulos fotovoltaicos ocupando mais de 53 mil metros quadrados, a usina eleva a engenharia somada à inovação. Com isso, o engenheiro eletricista Marcelo Maia, sócio-diretor da usina, ressalta que a iniciativa demonstra os impactos positivos da energia limpa. Ademais, esta possui a capacidade instalada de 6,2 MWp e utiliza sistemas de monitoramento de ponta para garantir a eficiência contínua. (Agência CanalEnergia - 29.05.2025)

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Setor eólico enfrenta crise com curtailments e insegurança regulatória no Brasil

O setor de energia eólica brasileiro, que se destacou como a fonte renovável que mais cresceu nos últimos 15 anos e posicionou o país como o quarto maior gerador mundial, enfrenta uma crise marcada pelos cortes de geração (curtailments) impostos desde 2023 pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com 11.533 aerogeradores e 33 GW de capacidade instalada, o segmento sofre com impactos financeiros e incertezas regulatórias, principalmente após a Resolução Normativa 1.030/2022 da Aneel, que limitou compensações pela energia não gerada, contrariando a legislação anterior. A desaceleração nos investimentos ameaça a cadeia produtiva nacional, construída ao longo de décadas. Empresas como Vestas e Casa dos Ventos alertam que a insegurança pode afastar novos aportes, mesmo com o potencial competitivo da fonte eólica. Ainda assim, há sinais de retomada, como a chegada da Goldwind, que inaugurou sua primeira fábrica fora da China, na Bahia, apostando na recuperação e expansão do setor para atender também mercados internacionais. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Aneel autoriza operação da EOL Ventos de Santo Antônio

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para início da operação em teste, a partir de 28 de maio, as UG1 e UG2, da EOL Ventos de Santo Antônio 04, com 9 MW de capacidade instalada; e as UG1 a UG3, da UFV Live, com 1,5 MW, para fins de contabilização de sua energia. No total, foram liberados 10,5 MW. (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)

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Creral recebe Licença Prévia do SEMA para primeira usina de grande porte

A Creral recebeu da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) do Rio Grande do Sul a Licença Prévia EIA/RIMA para a primeira usina de grande porte da cooperativa, a UHE Foz do Prata. A licença contempla a viabilidade ambiental na área requerida para a instalação da usina. Ademais, para dar prosseguimento ao projeto, a Creral deverá cumprir algumas condições referentes à conservação ambiental, ao solo, à fauna, compensação e reposição florestal. A entrega da LP ocorreu no dia 26 de maio, na sede da Sema, com a presença de executivos e agentes relevantes do mercado.  (Agência CanalEnergia - 28.05.2025)

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Biomassa ganha espaço na geração térmica como alternativa mais sustentável

No Brasil, embora as usinas termelétricas sejam frequentemente associadas a altos custos e impactos ambientais negativos, especialistas destacam que sua sustentabilidade depende do tipo de combustível utilizado, como a biomassa — fonte renovável e menos poluente. Atualmente, as térmicas movidas a biomassa representam 6,9% da matriz elétrica nacional, com tendência de leve crescimento em capacidade instalada até 2029, mas queda proporcional na participação. Derivada de resíduos como bagaço de cana e madeira, a biomassa é a principal fonte de geração térmica no país, respondendo por 42,6% da energia termelétrica em 2023. Empresas como IBS Energy e ComBio têm investido fortemente no setor, buscando aliar sustentabilidade e eficiência energética, com destaque para projetos como a UTE Cidade do Livro e a planta da Rhodia em Paulínia, que visam grandes reduções de emissões de CO₂. Apesar das vantagens ambientais e da abundância de matéria-prima no Brasil, a biomassa enfrenta desafios como logística, preços instáveis e necessidade de gestão especializada para seu pleno aproveitamento. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Artigo de Jean-Paul Prates: "Biocombustíveis não são ‘o petróleo do Brasil’"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jean-Paul Prates (chairman do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia [Cerne]) trata da narrativa exagerada que equipara os biocombustíveis brasileiros ao papel do petróleo na Arábia Saudita, alertando para os riscos de adotar essa analogia imprecisa. Embora o Brasil seja líder na produção de etanol e biodiesel, sua relevância econômica e geopolítica está longe de se equiparar à do petróleo saudita. Prates destaca que os biocombustíveis, ao dependerem de terras agricultáveis, impõem importantes trade-offs entre energia, meio ambiente e segurança alimentar, podendo agravar o desmatamento, a especulação fundiária e a inflação de alimentos. Ele também critica a priorização excessiva dessa matriz sobre alternativas mais sustentáveis, como a eletromobilidade urbana. O autor defende que os biocombustíveis devem ser vistos como parte da transição energética – e não como solução definitiva –, ressaltando que o futuro será dominado por sistemas baseados em eletricidade renovável. Para o Brasil se afirmar como potência verde, é preciso investir em um mix energético diversificado, com políticas públicas equilibradas e integradas. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2025)

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Leilões

Leilões de transmissão desaceleram em 2024, mas setor projeta retomada com expansão renovável

Em 2024, o setor elétrico brasileiro realizará apenas um leilão de transmissão, previsto para outubro, com investimentos de R$ 7,6 bilhões, cenário atípico frente aos R$ 77,5 bilhões contratados entre 2022 e 2024. No entanto, essa redução não sinaliza tendência, e a expectativa é de retomada do ritmo a partir de 2026. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034) prevê R\$ 128,6 bilhões em investimentos para ampliar e modernizar a infraestrutura de transmissão, incluindo a expansão das linhas para 217,5 mil km e aumento da capacidade das subestações. Esse reforço será essencial para escoar a geração de fontes renováveis, como eólica e solar, que crescerão nos próximos anos. Empresas como Neoenergia, EDP, ISA CTEEP, Energisa, Eletrobras, Engie e State Grid seguem com grandes projetos, totalizando bilhões em aportes. O setor também incorpora novas tecnologias, como compensadores síncronos, fluxos reversos e sistemas de armazenamento, para aumentar a resiliência, atender à demanda de data centers e acompanhar a transformação energética impulsionada pela transição para fontes limpas. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Gás e Termelétricas

GNL avança como alternativa ao diesel e ganha espaço fora da rede de gasodutos no Brasil

O gás natural liquefeito (GNL) ganha destaque como alternativa viável e mais sustentável para descarbonizar operações industriais e logísticas no Brasil, especialmente em regiões sem acesso à malha de gasodutos. Empresas como Eneva, Energisa e Petrobras ampliam seus investimentos para atender à crescente demanda. A Eneva, por exemplo, expande sua planta de liquefação no Maranhão e fortalece o fornecimento “off-grid” com transporte rodoviário, inclusive para substituir o diesel no agronegócio da região Matopiba. A Energisa aposta no transporte de GNL e gás comprimido para polos industriais e reforça sua atuação em distribuidoras regionais. Já a Petrobras firmou contrato de longo prazo com a britânica Centrica para garantir segurança no suprimento. Apesar do potencial, o setor enfrenta desafios estruturais como a baixa penetração do gás natural (apenas 5% no país), limitações na infraestrutura de escoamento e altos custos logísticos. Ainda assim, o avanço dos terminais de regaseificação e a aplicação do GNL no transporte pesado e marítimo apontam para um futuro promissor. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Termelétricas buscam equilíbrio entre segurança energética e sustentabilidade ambiental

As usinas termelétricas, essenciais para garantir a estabilidade do sistema elétrico brasileiro durante períodos de estiagem e frente à intermitência das fontes renováveis, enfrentam o desafio de se tornarem mais sustentáveis. Representando 17% da matriz elétrica nacional, com destaque para gás natural (7%) e biomassa (6,9%), as térmicas ganham ainda mais relevância nos sistemas isolados, onde são praticamente a única fonte de geração. Para reduzir o impacto ambiental, o setor aposta na substituição de combustíveis mais poluentes, como o carvão, por gás natural, considerado uma fonte de transição, com 47% menos emissões. Empresas como a GNA e a Eneva investem em tecnologias para aumentar a eficiência e reduzir a pegada de carbono, incluindo o uso de plantas de dessalinização e o modelo Reservoir-to-Wire. Até mesmo o setor do carvão busca formas de descarbonização, como o reaproveitamento de resíduos industriais. Assim, o setor termelétrico caminha para manter seu papel estratégico, conciliando segurança energética com metas ambientais cada vez mais rigorosas. (Valor Econômico - 30.05.2025)

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Biblioteca Virtual

VOIVODIC, Mauricio; CORRÊA, Marina. "Os perigos da mineração marinha".

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VEIGA, José Eli da. "Brecha pedagógica da COP30".

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PRATES, Jean-Paul. "Biocombustíveis não são ‘o petróleo do Brasil’".

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POFFO, Jones. “Mercado Livre de Energia: estratégia para reduzir custos nos negócios”.

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