IFE Diário 6.187
Regulação
Artigo GESEL: "Inteligência Artificial no futuro do setor elétrico"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Luiza Masseno (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) e Kalyne Brito (pesquisadora do GESEL-UFRJ) tratam da aplicação da Inteligência Artificial no setor elétrico brasileiro como resposta aos desafios da transição energética, incluindo descentralização do sistema, expansão de renováveis distribuídas e eventos climáticos extremos. Os autores defendem que a IA representa um novo paradigma técnico-econômico estratégico, capaz de transformar o setor em um sistema mais inteligente e resiliente através da transição de operações reativas para preditivas. Embora reconheçam que a IA ainda está em estágio emergente, argumentam que ela já demonstra potencial para análises preditivas, otimização operacional e integração de fontes intermitentes, constituindo-se como "alicerce de uma nova era energética" essencial para a transição em curso. Contudo, adotam uma perspectiva realista ao enfatizar que o sucesso depende de superar desafios técnicos (qualidade de dados, interoperabilidade, capacitação) e criar ambiente regulatório adaptativo, alertando que a implementação em infraestrutura crítica requer cuidado e testes devido aos riscos inerentes. (GESEL-IE-UFRJ – 22.05.2025)
GESEL: Nivalde de Castro destaca necessidade de mais critérios para evitar fraudes na reforma do setor elétrico
O presidente Lula assinou uma medida provisória para reformar o setor elétrico, com ênfase na ampliação do programa Tarifa Social, que beneficiará 115 milhões de brasileiros, oferecendo gratuidade ou descontos nas contas de luz. A medida, que já está em vigor, precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias. Embora traga alívio para a população de baixa renda, a MP mantém grande parte dos subsídios e prevê a redução de incentivos para novas fontes de energia, além da abertura do mercado livre até 2028. O professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ), destacou que, apesar da definição de datas para a abertura do mercado, faltam critérios claros, o que poderia abrir espaço para práticas fraudulentas por parte de comercializadoras duvidosas. (Valor Econômico - 22.05.2025)
Lula assina MP da reforma elétrica com foco na Tarifa Social
O presidente Lula assinou a Medida Provisória (MP) da reforma do setor elétrico, que amplia a Tarifa Social de energia, beneficiando até 100 milhões de pessoas com gratuidade ou descontos na conta de luz, como estratégia para melhorar sua popularidade. A MP também prevê a redução de subsídios a fontes incentivadas, redistribuição de encargos entre consumidores e a abertura total do mercado livre de energia até 2027. Para custear a ampliação da Tarifa Social, o governo optou por repassar os custos ao setor elétrico, sem recorrer ao Tesouro, o que aplacou resistências da equipe econômica. Setores da indústria e de geração demonstraram insatisfação com o corte de subsídios e a falta de atenção à geração distribuída. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que o Congresso tratará o tema com maturidade e buscará aprimorar o texto, embora haja receio dentro do governo de que o Parlamento possa alterar pontos sensíveis da proposta. (Valor Econômico - 21.05.2025)
Aneel abre tomada de subsídios para revisar regras de rede e comercialização
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu o prazo para envio de contribuições à Tomada de Subsídios 006/2025, com o objetivo de revisar e aprimorar submódulos dos Procedimentos de Rede e o módulo dos Procedimentos de Comercialização. A iniciativa atende à Resolução Normativa nº 1.067/2023, que estabelece os critérios para obtenção e manutenção da autorização de operação de usinas de energia elétrica, além da definição de potência instalada e líquida dos empreendimentos geradores. Com a finalidade de ouvir a sociedade e colher subsídios e informações, o prazo para envio das contribuições é até 17 de junho de 2025, na modalidade intercâmbio documental por meio deformulário. Especialistas da Aneel destacaram em nota técnica que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) também identificaram a necessidade de ajustes e aprimoramentos para melhorar os Procedimentos de Rede e de Comercialização de Energia.(Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Aneel altera regras na contratação de energia por pequenas distribuidoras
A Aneel decidiu alterar a Resolução Normativa nº 1.009/2022, que estabelece as regras atinentes à contratação de energia pelos agentes nos ambientes de contratação regulado e livre, e o Submódulo 11.1 dos Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET). As mudanças visam introduzir um parágrafo único ao art. 24 da referida RN, estabelecendo a vedação à participação de partes relacionadas nos processos licitatórios promovidos por distribuidoras com mercado inferior a 700 GWh/ano. Além disso, é proposto o reenquadramento dos Contratos de Comercialização de Energia com Agente Supridor (CCESUP) do procedimento de homologação para o de registro. Na visão da Agência, tal medida não apenas confere maior agilidade às partes contratantes, como também permite ao regulador direcionar seus recursos humanos para atividades regulatórias de maior complexidade e impacto. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Aneel aprova nova metodologia de cálculo dos custos operacionais
Adiretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, 20/5, o aprimoramento da metodologia de cálculo dos custos operacionais regulatórios a serem considerados nas revisões tarifárias periódicas das concessionárias de distribuição de energia elétrica. O assunto é regulado por meio dos submódulos 2.2 e 2.2A do Proret e foi discutido na Consulta Pública 62/2020. Em média, os custos operacionais representam cerca de 15% do valor das tarifas residenciais. (Aneel – 20.05.2025)
Distribuidoras terão 180 dias para aportes relacionados à eficiência financeira
A diretoria da Aneel concedeu prazo de 180 dias para que as distribuidoras que descumpriram o critério de eficiência na gestão econômico-financeira em 2022 e 2023 promovam o aporte de capital previsto nos contratos de concessão. Para as empresas que solicitaram a prorrogação das concessões com base no Decreto 12.068, a necessidade de aporte será reavaliada pela área técnica da agência, na análise dos pedidos de renovação contratual. Entre as empresas que descumpriram esses critérios estão Light e Enel Rio, que solicitaram a renovação dos contratos de concessão, além de Energisa Rondônia, Neoenergia Brasília e Energisa Acre. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Decisão sobre compartilhamento de postes é novamente suspensa pela Aneel
A diretoria da Aneel não conseguiu aprovar mais uma vez a regulamentação sobre o compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviços de telecomunicações. O texto relatado pelo diretor Ricardo Tili saiu de pauta na reunião desta terça-feira, 20 de maio, após pedido de vistas da diretora Agnes da Costa. Tili apresentou uma proposta mais alinhada com a versão da norma conjunta já aprovada pela Anatel, considerando também o comando dado pelo Decreto 12.068, que traz as diretrizes de renovação das concessões de distribuição. O decreto determina que as concessionárias de distribuição deverão ceder a um operador específico o espaço em infraestrutura, as faixas de ocupação e os pontos de fixação dos postes das redes aéreas destinados ao compartilhamento com o setor de telecomunicações. A cessão será onerosa e orientada a custos. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Transição Energética
Senado aprova novo marco legal do licenciamento ambiental
O Senado aprovou, por 54 votos a 13, o novo marco legal do licenciamento ambiental, em uma vitória do senador Davi Alcolumbre (União-AP) sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, especialmente no contexto da disputa sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O projeto, que retorna à Câmara dos Deputados, cria a Licença Ambiental Especial (LAE) para empreendimentos estratégicos, mesmo que tenham alto potencial de degradação, com um processo mais ágil e simplificado. Também amplia o uso do autolicenciamento (LAC) para projetos de impacto leve a moderado, incluindo obras de saneamento e manutenção em infraestruturas existentes. Críticos, como o Ministério do Meio Ambiente e parlamentares do PT, alegam que o texto enfraquece a proteção ambiental e viola a Constituição. A proposta ainda revoga trechos da Lei da Mata Atlântica e garante prioridade para projetos ligados à segurança energética e ao agronegócio. (Valor Econômico - 21.05.2025)
Petrobras avança em licenciamento na Margem Equatorial com aval do Ibama ao plano ambiental
A Petrobras avançou mais uma etapa no processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, ao obter a aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF). Esse plano, parte do Plano de Emergência Individual (PEI), atende aos requisitos técnicos exigidos na teoria, mas ainda precisa ser validado na prática. A próxima fase será a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), uma simulação in loco de um vazamento de óleo, com o objetivo de testar a capacidade de resposta da empresa em emergências, incluindo o resgate da fauna afetada. A atividade está prevista para ocorrer em águas profundas, a mais de 160 km da costa do Amapá e mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. Apesar da aprovação parcial, o processo tem sido alvo de críticas quanto à influência política e à atuação de ONGs, além de tensões com o governo federal. Ainda assim, a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, afirmou que a empresa está cumprindo rigorosamente todas as exigências e vai instalar a maior estrutura de resposta a emergências já vista no país para garantir a segurança ambiental da operação. (Petronotícias – 20.05.2025)
BRICS: Países definem ação conjunta para acelerar uso de combustíveis verdes na aviação
O Grupo de Trabalho (GT) de Transportes do BRICS, em reunião em Brasília, definiu termos para alinhamento no desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Em carta ministerial, os países reconhecem a importância dos SAFs e de tecnologias de energia limpa na redução das emissões. O documento incentiva a cooperação tecnológica entre os países do bloco e a transferência de tecnologia. A ministra de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, destacou avanços no diálogo entre os países e a urgência de adotar os SAFs, defendendo o uso de combustíveis produzidos localmente, como o etanol. O grupo pretende formalizar uma declaração conjunta em fóruns internacionais para ampliar o protagonismo dos países do Brics na transição energética da aviação. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
ISE 2025 – Simpósio Internacional de Energia
Nos dias 27 e 28 de novembro, o Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, será palco do ISE 2025 – Simpósio Internacional de Energia, um dos mais importantes encontros voltados à inovação, eficiência e sustentabilidade no setor energético. Com o tema “Otimização da energia renovável: estratégias avançadas para maior eficiência e sustentabilidade”, o evento reunirá especialistas, pesquisadores, empresas e instituições de referência para discutir o futuro da matriz energética no Brasil e no mundo. Organizado por entidades ligadas ao setor, o simpósio propõe uma programação estratégica com painéis temáticos, apresentações científicas e debates técnicos sobre temas como infraestrutura energética resiliente, eficiência em sistemas renováveis, armazenamento de energia (BESS), inteligência artificial e blockchain no mercado de energia, economia circular e produção de amônia de baixo carbono. As inscrições estarão abertas a partir de 30 de maio, e haverá chamadas para submissão de artigos. O evento também abre espaço para parcerias institucionais e cotas de patrocínio, promovendo a associação de marcas à inovação e à transição energética sustentável. Para mais informações, acesse: https://ise2025.org (GESEL-IE-UFRJ – 22.05.2025)
Bob Metcalfe pesquisa energia geotérmica no MIT e propõe soluções para a transição energética
Aos 79 anos, Robert “Bob” Metcalfe, inventor da Ethernet e vencedor do Prêmio Turing, dedica-se atualmente à pesquisa de energia geotérmica no MIT, buscando transformar o calor interno da Terra em fonte limpa e acessível de eletricidade. Ele defende que a transição energética depende não apenas de tecnologias sustentáveis, mas também de soluções economicamente viáveis. Metcalfe, que também atuou como empresário, investidor e jornalista, destaca a crescente demanda energética impulsionada pela inteligência artificial e vê na geotermia uma alternativa promissora, aproveitando avanços da indústria de petróleo. Durante visita ao Brasil para eventos acadêmicos, ele refletiu sobre os impactos sociais da tecnologia, como a solidão em um mundo hiperconectado, e criticou ações antitruste mal planejadas, propondo como alternativa o compartilhamento forçado de propriedade intelectual em casos comprovados de monopólio. (Valor Econômico - 22.05.2025)
Concentração no fornecimento de minerais críticos ameaça segurança energética global
O fornecimento global de minerais críticos está cada vez mais concentrado em poucos países, especialmente na China, que domina o refino da maioria desses materiais essenciais para tecnologias de energia limpa, defesa e alta tecnologia. Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o risco de interrupções no abastecimento cresce com o aumento das restrições à exportação e os altos custos de capital em regiões alternativas, dificultando a diversificação. A demanda por minerais como lítio, cobre e terras raras vem crescendo rapidamente, impulsionada pela transição energética, enquanto os investimentos em novos projetos desaceleraram em 2024. A AIE alerta para déficits de oferta futuros, especialmente de cobre, e defende maior envolvimento dos governos para apoiar novos produtores, reduzir riscos e ampliar estoques estratégicos, já que depender exclusivamente das forças de mercado é considerado insustentável diante do atual nível de concentração. (Valor Econômico - 21.05.2025)
Crise Climática
Senado: Projeto que facilita combate a incêndios e desastres climáticos avança para sanção
O Senado aprovou proposta que facilita o combate a incêndios florestais e queimadas, e a reconstrução de infraestrutura destruída por eventos climáticos. O projeto prevê medidas para socorrer estados e municípios atingidos por catástrofes e eventos climáticos graves. O texto, que agora segue para sanção presidencial, consolida conteúdos de cinco Medidas Provisórias sobre o tema: MPs 1.239, 1.240, 1.259, 12.76 e 1.278 – todas de 2024. O objetivo da proposta é criar um arcabouço legal e dar condições para o poder público enfrentar calamidades causadas pelas mudanças climáticas. O conteúdo aprovado inclui: alteração da Lei nº 7.797/1989 - que criou o Fundo Nacional do Meio Ambiente - para dispensar o uso de convênios e instrumentos congêneres em repasses para atender regiões com emergência ambiental; incorporação de novas finalidades prioritárias ao fundo (aproveitamento econômico racional e sustentável da flora e fauna nativas, recuperação de áreas degradadas, e a prevenção, preparação e combate a incêndios florestais); permitir que emendas parlamentares abasteçam o fundo; e autorizar que o governo receba empréstimos, financiamentos, doações e outros benefícios bancos públicos ou privados a fim de combater e prevenir incêndios, ainda que essas instituições estejam irregulares quanto às suas obrigações. (Agência Senado – 20.05.2025)
Empresas
Eletrobras/Limp: Expectativa de menor exposição ao descolamento de submercados no 2º tri 2025
O vice-presidente de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp, expressou otimismo em relação à redução da exposição da companhia ao descasamento de preços de energia entre os submercados do Sistema Interligado Nacional (SIN) no segundo trimestre de 2025. O executivo destacou que a companhia espera uma menor exposição no Sul-Sudeste em comparação com o primeiro trimestre, e que o descasamento Norte-Sudeste também será significativamente menor. No Nordeste, apesar de ainda ser relevante, o descasamento também deve ser menor, segundo as análises da empresa. Durante uma teleconferência com analistas e investidores, Limp afirmou que a Eletrobras não deverá ter prejuízos no segundo trimestre devido a esse aspecto, sendo a situação mais promissora, em parte, em razão da elevação estrutural de preços que ocorreu em março. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Eletrobras: Fitch afirma ratings BB-/AA(bra) e Moody’s eleva para Ba1
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou os IDRs (Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moedas estrangeira e local BB- da Eletrobras e o rating BB- de suas notas seniores sem garantias. A agência também afirmou o rating nacional de longo prazo AA(bra) da companhia e de sua subsidiária Chesf e suas debêntures locais. A perspectiva dos ratings corporativos também foi revisada, passando de negativa para estável. Segundo a Fitch, a mudança reflete o positivo desempenho do grupo e a expectativa de aumento de geração de caixa em função de vendas de energia descontratada a preços acima do previsto, o que deverá permitir que a companhia mantenha alavancagem condizente com os IDRs atuais. Alternativamente, a Moody’s também elevou a nota de crédito em escala global da companhia de Ba2 para Ba1, e do baseline credit assessment – BCA de ba3 para ba2, ambos com perspectiva estável. De acordo com a Moody’s, a elevação da nota reflete o avanço consistente da Eletrobras em sua estratégia corporativa voltada ao aumento da rentabilidade e leva em conta, entre outros fatores, a aprovação do Termo de Conciliação com o governo. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Equatorial: Lucro líquido soma R$ 411 mi no 1º tri 2025; queda de 16,4% ante 1º tri 2024
No primeiro trimestre de 2025, a Equatorial Energia registrou um lucro líquido de R$ 411 milhões, representando uma queda de 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a receita líquida da empresa alcançou R$ 11,709 bilhões, um aumento de 18,3% em comparação anual. O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) ajustado atingiu R$ 2,889 bilhões, um crescimento de 14,5% em relação ao trimestre anterior, com uma margem de 24,7%, redução de 0,8 ponto percentual em base anual.A dívida líquida da Equatorial Energia fechou em R$ 44,071 bilhões ao final de março, um aumento de 20,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, foi de 3,2 vezes, uma queda de 0,1 em comparação com o primeiro trimestre de 2024. Os investimentos do grupo totalizaram R$ 2,311 bilhões, um aumento de 33,9% em base anual.Esses números refletem um cenário de desempenho misto para a Equatorial Energia, com um aumento significativo na receita líquida e nos investimentos, mas uma queda no lucro líquido e na margem Ebitda. A empresa enfrenta um aumento considerável em sua dívida líquida, embora a alavancagem tenha diminuído ligeiramente. Esses resultados indicam desafios e oportunidades para a empresa no setor de energia, destacando a importância de estratégias financeiras sólidas e eficazes para sustentar seu crescimento e rentabilidade. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Equatorial: Eduardo Parente Menezes é eleito para presidência do conselho de administração
No dia 15 de maio de 2025, o conselho de administração da Equatorial aprovou importantes mudanças em sua estrutura de liderança. Eduardo Parente Menezes foi eleito como presidente do colegiado, enquanto Guilherme Mexias Aché assumiu o cargo de vice-presidente do conselho. Além disso, Augusto Miranda da Paz Júnior foi reeleito como diretor presidente da empresa, mantendo sua posição de destaque na gestão. Outro nome importante que permanece na equipe é o de Leonardo da Silva Lucas Tavares de Lima, que continuará atuando como Diretor de Relações com Investidores.Essas decisões foram tomadas durante a reunião do conselho, conforme consta na ata oficial do encontro. Com essas nomeações, a Equatorial reforça seu compromisso com a excelência e a continuidade de uma gestão eficiente e transparente. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Cemig: Detecção de irregularidades que somam R$ 108 mi no 1º tri 2025
A Cemig informou que está intensificando as inspeções em sua área de concessão. No primeiro trimestre de 2025, a empresa vistoriou mais de 84 mil unidades consumidoras, o que resultou na identificação de irregularidades que somam cerca de R$ 108 milhões. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram mais de 42 mil vistorias, gerando quase R$ 52 milhões em correções. A companhia tem realizado mutirões simultâneos em várias cidades, onde técnicos identificam e recolhem medidores com sinais de fraude para análise técnica em laboratório. A distribuidora também destacou que, por meio do Centro Integrado de Medição (CIM), realiza a análise do consumo dos mais de 9 milhões de clientes e envia equipes especializadas para realização de inspeções. Ademais, reforça o alerta de que ligações clandestinas e fraudes representam riscos graves à população, como curtos-circuitos, incêndios e danos a aparelhos, além de comprometerem a estabilidade do sistema elétrico e causarem interrupções no fornecimento para os consumidores. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Engie alerta sobre GD e incentivos na MP do novo modelo
Apesar de elogiar pontos da reforma do setor, como a abertura do mercado livre, o CEO da Engie no Brasil, Eduardo Sattamini, alertou sobre a abordagem de temas na MP que ele considera perigosos, como a ausência de um olhar sobre a retirada de subsídios à Geração Distribuída e o fim de incentivos para usinas existentes. Em coletiva a jornalistas nesta terça-feira, 20 de maio, ele ressaltou o crescimento do segmento de GD, que acabou gerando custos, em especial aos mais pobres. Para o executivo, esse assunto deveria ser tratado de forma séria e republicana, por ser uma demanda da maior parte dos agentes, entre consumidores, geradores e distribuidores de energia. A MP deve ser publicada nos próximos dias, mas circulam versões do texto que seria publicado com esse teor. O governo traz como carro-chefe do novo modelo a ampliação do programa de Tarifa Social e a abertura do Mercado Livre de Energia. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Copel: Fitch afirma rating AAA(bra) da controladora e subsidiárias
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou os ratings nacionais de longo prazo AAA(bra) da Copel e suas subsidiárias Copel Dis, Copel GeT e Copel Serviços, bem como das emissões de debêntures destas empresas. A perspectiva dos ratings corporativos é estável. Segundo a Fitch, os ratings levam em consideração o sólido perfil de negócios da companhia, cujos importantes e rentáveis ativos de geração, transmissão e distribuição de energia contribuem para diluir riscos operacionais e regulatórios. Ainda, de acordo com o relatório da agência, o grupo deve manter robusto perfil de liquidez e alavancagem financeira conservadora, mesmo com a expectativa de fluxos de caixa livre (FCFs) negativos, decorrentes de investimentos significativos na rede de distribuição, e da revisão da política de dividendos. Além disso, a Fitch pontua que os ratings das subsidiárias são equalizados ao da controladora, tendo em vista os fortes incentivos que esta teria para lhes prover suporte, se necessário. A avaliação também incorpora fortes incentivos estratégicos e operacionais para a Copel Dis e a Copel GeT, uma vez que ambas integram o principal negócio da controladora e contribuem de forma importante para a receita e a geração operacional de caixa do grupo. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Copel: Lançamento de desafio de inovação para melhorar serviços aos clientes
A Copel lançou um desafio aberto de inovação, com o uso de Inteligência Artificial e novas tecnologias, com o intuito de ampliar a eficiência na prestação de serviços ao cliente em todo o Paraná. O desafio marca o início da da Semana de Inovação da companhia, realizada em Curitiba, que reúne executivos de destaque de empresas nacionais e multinacionais. Nesta edição, a Copel definiu 13 áreas prioritárias para o desenvolvimento de soluções inovadoras, incluindo temas como manutenção da rede elétrica, atendimento ao cliente, gestão de frota, controle patrimonial, telecomunicações e logística. O diretor-presidente da empresa, Daniel Slaviero, sublinhou a importância da energia como pilar do desenvolvimento da Inteligência Artificial e enfatizou que setores como o agronegócio e a energia serão protagonistas nesse avanço tecnológico. As inscrições para o Desafio Copel estão abertas até 6 de junho, e os projetos finalistas serão divulgados em 15 de agosto. Já a fase final, com a prova de conceito, ocorrerá em 19 de setembro. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Autorizado reajuste médio de 5,93% nas tarifas da Cerpro a partir de 29 de maio
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste nas tarifas de energia elétrica cobradas pela Cooperativa de Eletrificação Rural da Região de Promissão (Cerpro), permissionária responsável pela distribuição de energia em áreas rurais de 10 municípios. As novas tarifas entram em vigor no próximo dia 29 de maio. Segundo a decisão da Aneel, os aumentos serão diferenciados conforme o tipo de fornecimento. Para os consumidores de baixa tensão, o reajuste será de 10,88%, para alta tensão, 3,66%, os consumidores residenciais, classificados como B1, terão um aumento de 10,89%. O efeito médio percebido será de 5,93%. (G1 – 21.05.2025)
Amazonas Energia: Deliberado ressarcimento de R$ 95,4 mi por geração emergencial em 2019
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) deverá ressarcir a Amazonas quanto aos custos incorridos na geração emergencial para atendimento aos municípios de Iranduba e Manacapuru entre 20 de julho a 16 de outubro de 2019. Os valores atualizados para o reembolso perfazem mais de R$ 95,4 milhões. O pagamento acontecerá via Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) em parcelas mensais, atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) durante execução do Orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de 2025. Segundo a Aneel, o processo passou por vistas para melhor entendimento se o ressarciamento deveria, de fato, ser realizado à distribuidora, uma vez que a Eletronorte alegou que ela teria suportado os custos de geração na ocasião; mas isso não se confirmou (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
XP: Vemos anúncio da Serena como positivo; preço de oferta está ligeiramente abaixo do alvo
Analistas da XP, Vladimir Pinto e Bruno Vidal, avaliaram positivamente a decisão da Serena de realizar uma oferta pública de ações (OPA) para fechar seu capital. Eles preveem que os acionistas aprovarão a renúncia à cláusula de "poison pill", incluindo um prêmio de 25% no valuation. O preço da oferta de R$ 11,74 por ação, ligeiramente abaixo do preço-alvo de R$ 12 dos analistas, é considerado uma avaliação razoável. A renúncia à cláusula deve ser aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), seguindo os procedimentos usuais para esse tipo de operação, como obtenção de consentimentos de terceiros e aprovações regulatórias necessárias. A operação marca um importante passo para a Serena e seu futuro no mercado financeiro, aguardando-se os desdobramentos da AGE e demais processos necessários para a concretização da OPA. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Enel SP: Podas preventivas na área de concessão totalizam 229 mil ações até abril
A Enel SP comunicou a realização de cerca de 100 mil podas de árvores no início de 2025 na cidade de São Paulo. As ações preventivas tiveram um aumento de 182% em relação às 35 mil intervenções executadas no mesmo período de 2024. Nos outros 23 municípios atendidos pela distribuidora na Região Metropolitana de São Paulo, também foi apontado crescimento significativo: 229 mil podas realizadas entre janeiro e abril de 2025, o que corresponde a um aumento de 218% na comparação anual. Assim, o total de podas em toda a área de concessão atingiu 329 mil (+206%) no primeiro quadrimestre deste ano. Segundo a empresa, tal desempenho reforça seu compromisso com o desenvolvimento de ações que visam a melhora da qualidade do serviço prestado. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
PSR: CEO Luiz Barroso recebe prêmio internacional de liderança do IEEE
O CEO da PSR, Luiz Barroso, recebeu o prêmio Leadership in Power da IEEE Power & Energy Society (PES), que reconhece anualmente líderes globais da indústria por contribuições excepcionais à promoção da engenharia elétrica e suas transformações no setor de energia que têm grande relevância para a sociedade. De acordo com a IEEE PES, Barroso foi reconhecido por “sua liderança e contribuições em sistemas de potência e energia através de suas atividades em pesquisa, políticas públicas, mercados e regulação”. O executivo foi selecionado por meio de um processo rigoroso, baseado na competição de candidatos do mundo inteiro indicados por líderes globais do setor de energia. Em resposta à conquista, Barroso agradeceu a aclamação por seus esforços para ajudar a transformar o setor de energia, abrangendo um escopo multidisciplinar e com ambição de educar e inspirar a nova geração. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Leilões
Abraget está preocupada com a realização do LRCAP e confiabilidade do sistema
A Associação Brasileira de Geração Termelétrica (Abraget) está preocupada com a realização do Leilão de Reserva de Capacidade, que deveria ser realizado este ano, mas foi cancelado e ainda não tem nova data. Durante painel no NT2E, do dia 21, o presidente da Abraget, Xisto Vieira, avaliou que o leilão está atrasado pelo menos três anos e é o único instrumento de confiabilidade previsto. Para ele, um novo adiamento piora as condições de operação, além disso, o governo poderia ter feito o certame, que estava previsto para o fim de junho. Ademais, Vieira também disserta sobre a confiabilidade do sistema, que está perdendo espaço para a flexibilidade. Fatores como clima e preço vêm se sobrepondo ao longo dos anos, deixando a confiabilidade em lugar secundário. Por fim, também foi alvo de ponderações a reforma do setor. Segundo ele, as movimentações possuem carência de um planejamento técnico, em suas palavras, “Tem que ter um estudo, não pode ser na conversa”. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Justiça suspende leilão da Cemig; empresa vai recorrer
O Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte concedeu tutela de urgência para uma ação popular que visa suspender os efeitos do edital e do respectivo contrato derivado do leilão público de alienação dos direitos de exploração de 14,8 MW em geração de energia de quatro usinas hídricas de pequeno porte para a Âmbar Energia. Realizado em 5 de dezembro do ano passado na B3, o desinvestimento de aproximadamente R$ 52 milhões refere-se aos empreendimentos não enquadrados no Planejamento Estratégico da companhia. Contudo, a companhia comunicou que recorrera a esta decisão e que informa que a mesma Comarca concedeu uma liminar que determina o depósito de R$ 912,2 milhões, relativo à parcela de 50% do déficit técnico ajustado do Plano A. O valor compõe o passivo do Pós-Emprego nas Demonstrações Financeiras da Corporação. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS: Atualização de rotina de substituição de dados fornecidos em tempo real
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) implementou a atualização da Rotina Operacional RO-AO.BR.13 – Apuração de Restrição de Operação por Constrained-off de Usinas Eolioelétricas e Usinas Fotovoltaicas, referente aos processos de restrição de geração eólica e solar fotovoltaica. A nova rotina estabelece o procedimento que permite a solicitação da alteração dos dados como disponibilidade, velocidade do vento e irradiância fornecidos em tempo real na etapa da pós-operação. Com isso, segundo o ONS, as informações enviadas à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estarão aderentes à realidade das instalações e serão utilizadas para o cálculo de eventuais encargos dos agentes do setor elétrico. O operador também indicou que a atualização integra um conjunto de ações voltadas à melhoria na qualidade e precisão deste processo, contribuindo para maior transparência, eficiência e aderência regulatória. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
CCEE:PLD sai do piso no Nordeste e Norte e tem máxima de R$ 80,81 por MWh
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) dos submercados Nordeste e Norte atingiram valores acima do piso regulatório, com máximas de R$ 80,81 e R$ 80,80 por megawatt-hora (MW) respectivamente, às 17h. Enquanto a mínima se manteve em R$ 58,60 por MWh ao longo do dia, resultando em um PLD médio diário de R$ 59,53 por MWh para esses submercados, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No Sul, o PLD permanece como o mais alto do Sistema Interligado Nacional, com média de R$ 283,70 por MWh. Os valores máximo e mínimo registrados foram de R$ 323,09 e R$ 58,60 por MWh, respectivamente. Já para o Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, a média do PLD foi de R$ 233,51 por MWh, com picos de R$ 323,08 e mínima de R$ 58,60 por MWh em diferentes horários do dia. Esses dados refletem a dinâmica do mercado de energia elétrica e podem impactar os custos e a gestão do setor no Brasil. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Governo avalia reduzir gasto de energia no complexo da presidência da República
O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) recomendou nesta terça-feira, 20 de maio, ao Presidente da República que seja qualificado, no âmbito do PPI, um projeto voltado à eficientização energética dos edifícios públicos do complexo da Presidência da República. A proposta visa à realização de estudos para possíveis parcerias com a iniciativa privada. A medida tem como objetivo modernizar a gestão do consumo de energia nos prédios que compõem o complexo, por meio de contratos de parceria com empresas privadas. Entre as possibilidades, estão a instalação de sistemas de geração de energia renovável, ações de climatização e manutenção, além da gestão das unidades consumidoras no mercado livre de energia. Aresolução que recomenda a inclusão do projeto no PPI foi assinada por Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho.(Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Eletrobras: Geração líquida soma 45,5 TWh no 1º tri 2025; alta anual de 1,1%
No primeiro trimestre de 2025, as usinas da Eletrobras geraram 45,5 terawatt-hora (TWh) de energia, representando um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. A capacidade instalada de geração da empresa também cresceu, atingindo 44.359 gigawatts (GW), um aumento de 0,1%. O preço médio de venda da energia no mercado regulado foi de R$ 214,34 por megawatt-hora (MWh), registrando uma queda de 2,5%. Já no ambiente de contratação livre, o valor médio foi de R$ 141,14 por MWh, uma redução significativa de 29,4% em relação ao ano anterior. Esses dados refletem uma tendência de aumento na produção de energia pela Eletrobras, acompanhada por variações nos preços de comercialização, o que pode impactar tanto a empresa quanto os consumidores finais. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Eletrobras sinaliza elevação das vendas de energia para 2025, 2026 e 2027
No primeiro trimestre de 2025, a Eletrobras registrou um aumento significativo em suas vendas de energia, alcançando 39,0 terawatts-hora (TWh) negociados, um crescimento de 20,9% em relação ao mesmo período de 2024. A empresa atualizou seus dados de balanço energético, com previsões de vendas entre 11.1180 MWm e 13.680 MWm para 2025, entre 9.003 MWm e 11.003 MWm para 2026 e entre 6.820 MWm e 8.320 MWm para 2027. Esses números representam um aumento nos limites superior e inferior do intervalo divulgado para cada ano em comparação com 2024. A Eletrobras também indicou uma redução de até 3 pontos percentuais no volume de energia descontratada para os próximos anos, considerando as estimativas de hedge. A empresa manteve uma porcentagem de energia para venda em cada ano, com previsão de alterações nos preços médios de venda: entre R$ 170 e R$ 180 por MWh em 2025, de R$ 185 a R$ 205 por MWh em 2026 e de R$ 190 a R$ 220 por MWh em 2027. Além disso, houve mudanças nas premissas de risco hidrológico (GSF), com aumento nos percentuais para 2026 e 2027 em relação a 2025. Esses dados refletem a estratégia de comercialização da Eletrobras e suas projeções para os próximos anos no mercado de energia. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Equatorial: Perdas de energia por curtailment totalizaram 169,7 GWh no 1º tri 2025
No primeiro trimestre de 2025, a Echoenergia, empresa do Grupo Equatorial, registrou perdas significativas de energia devido a cortes de geração por restrições sistêmicas, totalizando 169,7 gigawatts-hora (GWh). Essa quantidade representa 12,7% da geração em potencial da companhia. Os parques eólicos da empresa, como o de Serra do Mel, tiveram cortes de 30,3 GWh, equivalente a 7,1%, enquanto as usinas solares fotovoltaicas Barreiras e Ribeiro Gonçalves sofreram impactos de 47,9 GWh (20,9%) e 39,2 GWh (34,8%), respectivamente. A Echoenergia informou que está colaborando ativamente com as associações do setor para minimizar o impacto desses cortes em seu portfólio. Esta situação ressalta os desafios enfrentados pelas empresas de energia diante das restrições sistêmicas e a importância da cooperação entre os diversos agentes do setor para lidar com essas questões. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Inovação e Tecnologia
CCT debate regulamentação de data centers de inteligência artificial
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) realizou no dia 21.05, uma audiência pública para instruir projeto que trata da regulamentação de centros de processamento de dados (CPDs) ou data centers voltados a aplicações de inteligência artificial. A iniciativa da audiência é do relator, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), por meio do requerimento (REQ 12/2025 - CCT). O PL 3.018/2024, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), estabelece normas para o funcionamento de data centers de IA, com ênfase em temas como eficiência energética, sustentabilidade ambiental e responsabilidade no uso da tecnologia. A proposta considera a rápida expansão do setor e os desafios que acompanham esse avanço, como o consumo elevado de energia elétrica, a segurança cibernética e a proteção de dados dos usuários. (Agência Senado – 19.05.2025)
Avanço da inteligência artificial intensifica debate sobre eficiência energética e sustentabilidade
O avanço da inteligência artificial tem intensificado o debate sobre eficiência energética, já que operações simples em plataformas como o ChatGPT podem consumir energia comparável à de acender quatro lâmpadas, segundo Luiz Tonisi, da Qualcomm. Diante disso, especialistas apontam a necessidade de novas arquiteturas de processamento e modelos híbridos que integrem data centers e dispositivos locais para reduzir custos e o consumo de energia em até 70%. Rafael Segrera, da Schneider Electric, e Carlos Lopes, da IBM, destacam a importância de ações sustentáveis, inclusão digital e acesso democrático à IA, especialmente para pequenas e médias empresas. Para Marcelo Viana, do IMPA, é essencial manter o ser humano no centro das decisões, adotando uma abordagem consciente ao uso computacional. (Valor Econômico - 22.05.2025)
CCEE e ETIC-USP promovem evento com objetivo de impulsionar inovações no setor elétrico
A inovação está no DNA da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica- CCEE, por isso, em parceria com o Centro de Inovação para Transição Energética- ETIC da Universidade de São Paulo - USP, realiza entre os dias 30/5 e 6/6, o primeiro HackaEnergy. O evento tem o objetivo de impulsionar soluções inovadoras para os desafios do setor elétrico, reunindo diversos atuantes do setor, como pesquisadores e estudantes. A competição está aberta para todos os públicos e contará com desafios propostos pela CCEE, ANEEL, ONS e OLADE. Além disso, os competidores serão julgados pelo comitê organizador e concorrem a uma premiação total de até R$ 25 mil. Por fim, as inscrições vão até o dia 23, com valores de R$ 20 para estudantes da USP e R$ 50 para o público geral. (CCEE – 20.05.2025)
Artigo de Dora Kaufman: "Soberania digital do Brasil em risco"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Dora Kaufman (professora do TIDD PUC-SP) trata da urgência de o Brasil desenvolver uma política pública robusta para data centers, diante da crescente demanda energética e computacional impulsionada pela inteligência artificial. Apesar de liderar na América Latina em capacidade instalada, o país enfrenta o maior custo de processamento de dados do mundo, agravado por elevada carga tributária e rápida depreciação de equipamentos. Com 60% da carga digital brasileira processada no exterior, há riscos estratégicos e perda de soberania digital. A autora destaca a necessidade de incentivos fiscais antecipados pela “Política Nacional de Data Centers” (Redata) e contrapartidas como eficiência energética, uso de fontes renováveis e compromisso com carbono zero. Ela argumenta que, com energia limpa e abundante, o Brasil pode se tornar um polo global sustentável, desde que parte da capacidade seja reservada ao mercado interno e aos ecossistemas de IA. A IA, afirma, não é apenas uma tecnologia, mas uma transformação estrutural do mundo — e o país precisa de infraestrutura para acompanhar essa revolução. (GESEL-IE-UFRJ – 22.05.2025)
Artigo de Maria Cristina Fernandes: "Desarranjo do Brasil favorece cavalo paraguaio"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Maria Cristina Fernandes (jornalista do Valor Econômico) trata da crescente influência do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, no vácuo deixado por outras figuras da política externa americana, e dos impactos dessa atuação sobre o Brasil. Rubio tem feito declarações polêmicas, como a proposta de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, mas é sua defesa do uso da energia de Itaipu para “datacenters” nos EUA que tem maior potencial de consequência prática. Fernandes aponta que, enquanto os interlocutores brasileiros mais alinhados a Rubio — como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo — estão politicamente fragilizados, a desorganização do próprio governo Lula, especialmente em torno da MP do setor elétrico e da falta de regulamentação para o uso de energia em datacenters, abre espaço para que interesses externos avancem. Com disputas internas e indefinições políticas, o Brasil corre o risco de perder protagonismo em um setor estratégico e de alto consumo energético. (GESEL-IE-UFRJ – 22.05.2025)
Energias Renováveis
Tramontina anuncia entrada no setor de energia solar
A Tramontina anuncia a sua entrada no setor de energia solar fotovoltaica com o lançamento de uma nova divisão integrada à sua fábrica de materiais elétricos. A Divisão Energia Solar da Tramontina tem foco inicial em sistemas fotovoltaicos para uso residencial e comercial de pequeno e médio porte. A estratégia é ampliar a marca e seu portifólio, atendendo diversas soluções para a construção civil. O sistema conta com soluções digitais integradas e transformações tecnológicas. Ademais, destaca-se o aplicativo T smart, que possui o objetivo de acompanhar em tempo real a geração de energia e integrar outros dispositivos. Por fim, em relação a entrada, a companhia pretende iniciar com cautela, focando na consolidação da excelência no atendimento, expectando uma expansão em etapas, com uma comercialização por meio de integradores regionais com treinamentos e acesso a canais exclusivos. (Petronotícias – 21.05.2025)
Aneel autoriza operação em teste da PCH Fundãozinho
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o início da operação em teste, a partir de 20 de maio, a UG1, da PCH Fundãozinho, com 11 MW de capacidade instalada. Para operação comercial, a Aneel liberou as UG1, UG2 e UG3, da PCH Linha Onze Oeste, com 22,7 MW. No total, foram autorizados 33,7 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Transformações no setor elétrico redefinem investimentos em renovável no Brasil
A Thymos Capital observa uma mudança significativa nos critérios utilizados por consumidores e investidores na avaliação de projetos de autoprodução de energia renovável e contratos de compra e venda de longo prazo, os chamados PPAs (Power Purchase Agreements). Segundo o Managing Director da companhia, André Fonseca, ocorreu uma mudança em relação ao fator principal na viabilidade de um empreendimento, antes sendo o potencial de geração e atualmente se alterando para a mitigação de riscos. Nessa conjuntura, foram registrados cortes de até 80% em alguns ativos do Nordeste, local onde se concentra a maioria dos empreendimentos solares e eólicos nacionais. Ademais, outros gargalos são evidentes, como a diferença entre preços nos submercados domésticos e a problemática da entrega uniforme das fontes perante seus contratos do modelo “Flat”. Em síntese, esses desafios estão mudando a trajetória do capital dos investimentos, reposicionando para uma estratégia de mitigação em estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de mudar a mentalidade psicológica dos consumidores em suas preferências. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Gás e Termelétricas
Eletrobras finaliza venda parcial de suas térmicas ao grupo J&F
A Eletrobras finalizou parcialmente a venda de suas térmicas ao grupo J&F, sucedendo a Âmbar Energia no acordo. Com a conclusão, a companhia recebeu cerca de R$ 2,9 bilhões, que englobam o pagamento pelos ativos e depósitos em garantia ligados aos contratos de fornecimento de gás. A transferência detida pela Eletronorte foi incluída no fechamento. A Eletrobras ainda tem direito a um “earn-out” de R$ 1,2 bilhão. Ademais, a venda da UTE Santa Cruz aguarda aprovações regulatórias para ser concluída. Por fim, a empresa reafirma seu compromisso com a otimização do portfólio, visando simplificar sua estrutura e gerar valor. (Broadcast Energia - 20.05.2025)
Abdan: Saída da Eletrobras não encerra Angra 3, mas impasses persistem
Para o presidente da Associação Brasileira de Atividade Nuclear (Abdan), Celso Cunha, a saída da Eletrobras de Angra 3 não decreta o fim do projeto. De acordo com ele, a discussão sobre os assentos no conselho da antiga estatal por conta da ação movida pela União no STF acabou respingando na usina nuclear. “Angra 3 ficou no meio de uma discussão política sobre a participação e a venda da Eletrobras”. Em relação à ação, esta questionava o acordo que limitava em 10% o poder de participação dos acionistas. Como resultado, o governo conseguiu o direito de ter três lugares no Conselho de Administração e um no Fiscal. Em contramovimento, a companhia não precisará investir novos recursos em Angra 3. Ademais, segundo o presidente, qualquer banco poderia entrar na operação, entretanto, a grande questão seria quem apareceria como minoritário com o governo no projeto. Por fim, Cunha também disserta sobre quem seria a figura do garantidor, já que o Estado não demonstra querer exercer este papel. (Agência CanalEnergia - 20.05.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
MP 1.300/25 exige validação de contratos de energia e cria medidas contra fraudes
A Medida Provisória 1.300/25, enviada ao Congresso em 21 de maio, reforma o setor elétrico e estabelece mecanismos para impedir fraudes relacionadas a contratos no mercado livre de energia (ACL), especialmente no uso indevido de descontos para fontes incentivadas. O texto final inclui uma "trava" contra contratos fictícios, exigindo que, além de registrados, os contratos de compra e venda de energia sejam validados pela CCEE até 31 de dezembro de 2025 e contenham definição do montante de energia comercializado. Em caso de desvios entre os valores contratados e os efetivamente realizados, as partes envolvidas pagarão encargos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CCEE também deve comunicar indícios de fraude à Aneel para eventuais sanções. Apesar de suspeitas sobre aumento de registros suspeitos, a CCEE alegou não haver variação relevante nesse tipo de contrato. (Valor Econômico - 21.05.2025)
Encargos elevados estimulam a autoprodução, aponta Menel
A migração do ACL para a autoprodução que o governo pretende frear com a MP, que deverá ser apresentada em breve, é o resultado do alto nível de custos com encargos. Atualmente, a Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia calcula que o valor que tem levado grandes consumidores migrarem a essa modalidade de geração de energia é de R$ 101 por MWh. “Se reduzisse os encargos, você não tinha nenhuma corrida desse tipo, pois representa muito risco ao consumidor que investe fora de seu core business“, comenta o presidente da associação, Mário Menel. “A empresa deixa de investir em seu negócio para aportar recursos em geração de energia elétrica”, acrescenta. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
TYR: Hospitais podem economizar na fatura e transformar sua gestão ao migrar para o mercado livre
O setor da saúde está passando por uma transformação energética significativa com a abertura do mercado livre de energia para unidades de média tensão, permitindo que clínicas e hospitais de pequeno e médio porte reduzam em até 40% suas despesas com eletricidade. Segundo Joana Waldburger, diretora-executiva da TYR Energia, ao migrar para esse modelo de negócio, essas instituições têm acesso a uma energia mais barata, onde é possível optar por fontes renováveis e, dessa forma, trazer para a gestão uma completa ação focada em sustentabilidade ambiental. Além da economia na fatura, a executiva cita que essas unidades têm adotado medidores inteligentes para monitorar e otimizar o consumo, corrigir falhas técnicas, evitar multas e até realizar o rateio de custos internos entre setores. Com isso, esses centros de saúde são capazes de transformar a energia de uma despesa passiva em uma ferramenta estratégica de gestão. No entanto, Joana pondera que a educação do cliente para o melhor aproveitamento das oportunidades deflagradas com essa transição e a tomada de decisão para repercussão nos custos ainda figura como um desafio, apesar de um notável aumento de confiança com a migração. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Ecom Energia: Vagas abertas para agentes no mercado livre
A Ecom Energia está com processo seletivo aberto para 1 mil vagas no Programa Agente Ecom. A oportunidade oferece formação e atuação como representantes regionais no mercado livre de energia. Segundo a empresa, o potencial de receita para aqueles que passarem no processo seletivo é de R$ 50 mil por projeto fechado. Para a candidatura, não é necessário ter experiência no setor, mas a Ecom indica que um perfil comercial ou atuação prévia nas áreas elétrica, de manutenção, climatização e energia solar pode ser um diferencial. Os selecionados terão acesso a uma capacitação gratuita e 100% online, módulos sobre regulação, cenário de mercado, comercialização e soluções em energia. As inscrições podem ser realizadas até 31 de maio. (Agência CanalEnergia - 21.05.2025)
Biblioteca Virtual
CASTRO, Nivalde de; MASSENO, Luiza; BRITO, Kalyne. "Inteligência Artificial no futuro do setor elétrico".
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Artigo de Maria Cristina Fernandes: "Desarranjo do Brasil favorece cavalo paraguaio".
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