IFE Diário 6.183
Regulação
ONS debate armazenamento hídrico em workshop sobre usinas reversíveis promovido pelo GESEL
O ONS participou do workshop “Perspectivas das Usinas Hidrelétricas Reversíveis para o Armazenamento Hídrico” no dia 8 de maio, na UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro Janeiro. O seminário foi organizado pelo GESEL - Grupo de Estudos do Setor Elétrico - UFRJ. Christiano Vieira da Silva, diretor de Operação do ONS, destacou temas relevantes como armazenamento e cortes de energia. Também participaram Christiany Salgado Faria, diretora do Departamento de Planejamento e Outorgas de Geração de Energia Elétrica do MME - Ministério de Minas e Energia; Ricardo Tili, diretor da Aneel; Reinaldo da Cruz Garcia, diretor de Estudos de Energia Elétrica da EPE, entre outros representantes da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, EPE - Empresa de Pesquisa Energética, SEPAC – Casa Civil da Presidência da República, e de grupos que atuam no setor de geração: Eletrobras, Engie Brasil, Auren Energia, CTG Brasil, Neoenergia, Cemig, State Grid Brazil Holding S.A. e Copel. (LinkedIn – 16.05.2025)
MME não deve incluir novos temas na MP da reforma do setor elétrico
O Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília está trabalhando na elaboração de uma Medida Provisória (MP) para a reforma do setor elétrico, priorizando a agilidade na publicação ao evitar a inclusão de novos temas. Questões como a revisão dos subsídios para a Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) serão tratadas separadamente. Até o momento, os subsídios no setor elétrico em 2025 totalizam R$ 10,4 bilhões, com destaque para fontes incentivadas como eólicas e solar, além da geração distribuída. O MME, sob o comando de Alexandre Silveira, busca reduzir as subvenções a essas fontes, visando a longo prazo eliminar descontos no uso da rede, como na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão e na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição, sem afetar os descontos para geradores de fontes incentivadas. A proposta visa a redução da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em cerca de R$ 10 bilhões, o que resultaria em uma queda nas tarifas de energia para os consumidores. O texto da reforma já foi aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aguarda publicação no Diário Oficial da União após sua viagem à Rússia e à China. (Broadcast Energia - 14.05.2025)
MME anuncia novos integrantes do Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal
O Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou nesta quarta-feira (14/05) os novos integrantes do Comitê Gestor do Pró-Amazônia Legal (CGPAL), responsável por coordenar políticas energéticas na região. O grupo inclui representantes de secretarias do MME, outros ministérios, governos estaduais, distribuidoras de energia e consumidores. Thiago Barral, da Secretaria Nacional de Transição Energética, presidirá o colegiado, com mandato de um ano, renovável para membros ministeriais. O comitê segue as diretrizes do Decreto nº 11.059/2022, com a Secretaria-Executiva sob responsabilidade do Departamento de Transição Energética do MME. A medida visa fortalecer a integração energética na Amazônia Legal. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Renovação de concessões de energia avança com foco em critérios legais e segurança jurídica
O setor elétrico debate a renovação de 19 concessões de distribuição de energia, que atendem 62% do mercado e vencem entre 2025 e 2031. O MME estabeleceu, via Decreto nº 12.068/2024, critérios mínimos para prorrogação, como indicadores de qualidade (DEC e FEC) e eficiência econômico-financeira. A Aneel, responsável por avaliar o cumprimento dessas regras, discutiu se poderia incluir outros parâmetros, mas a Procuradoria da agência afirmou que sua atuação deve se limitar ao decreto. A decisão sobre a EDP Espírito Santo, primeira concessão a vencer em 2025, reforçou que a Aneel não pode criar requisitos extras, devendo apenas fiscalizar o serviço contínuo e a ausência de processos de caducidade. A análise objetiva dos critérios legais garante transparência e segurança jurídica no processo. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Reforma do setor elétrico em 2025 promete tarifa social, mercado livre e equilíbrio de custos
O governo federal prepara-se para publicar uma Medida Provisória que reforma o setor elétrico, com três eixos principais: tarifa social ampliada (com possibilidade de 60% de desconto), abertura do mercado livre para todos os consumidores e melhor distribuição de custos. Ângela Gomes, da PSR, avalia positivamente a proposta, destacando seus benefícios, mas alerta para riscos como alterações no Congresso ou inclusão de "jabutis". No primeiro eixo, a simplificação dos descontos pode aumentar a eficiência, enquanto no segundo, a abertura do mercado exige ajustes na TUSD para evitar aumento da CDE. O terceiro eixo busca equilíbrio, incluindo consumidores livres no rateio de incentivos à geração distribuída. Apesar dos avanços, preocupa a politização de questões técnicas, como ocorreu com vetos à lei eólica offshore. A última grande reforma efetiva foi em 2004, evidenciando a complexidade do tema. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Governo Zema propõe repassar UEMG e ações na Copasa e Cemig à União
O governo de Minas Gerais, sob a gestão de Romeu Zema (Novo), apresentou sua proposta de adesão ao programa de renegociação de dívidas dos Estados com o governo federal. Com um passivo previsto de R$ 170 bilhões para este ano, o estado teria que repassar aproximadamente R$ 34 bilhões à União para obter o desconto máximo nos juros da dívida. A estratégia de Minas Gerais inclui a transferência de cerca de R$ 40 bilhões em ativos para a União, visando garantir uma reserva caso haja rejeição por parte do governo federal em relação à federalização de certos ativos. Entre os ativos citados estão a participação acionária na Cemig, os recursos provenientes da privatização da Copasa e até mesmo a federalização da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg). Essa abordagem busca assegurar margem de negociação e proteção para o estado diante do processo de renegociação de sua dívida com a União, evidenciando a complexidade e os desafios envolvidos nesse processo de reestruturação financeira. (Broadcast Energia - 14.05.2025)
Transição Energética
Brasil lidera transição energética global, diz diretora do BNDES
Luciana Costa, diretora do BNDES, destacou que o Brasil está à frente na transição energética, superando potências como EUA, China e Índia. Durante o Summit Brazil-USA em Nova York, ela afirmou que o país já possui uma matriz energética mais renovável do que o resto do mundo, posição que outras nações almejam alcançar apenas em 2040. Costa explicou que o Brasil completou a primeira fase da transição, com escala em etanol, energia solar, eólica e hidrogênio, e agora avança para combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde e metanol limpo. O BNDES, como banco de políticas públicas, tem papel crucial no financiamento dessas tecnologias, assumindo riscos estratégicos para impulsionar a descarbonização. A instituição oferece suporte via crédito e equity, priorizando projetos viáveis e inovadores. (O Globo – 14.05.2025)
Firjan mapeia 102 projetos de H2 no Brasil
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) atualizou para 102 o número de projetos existentes no país para a produção de hidrogênio de baixo carbono no país. Conforme nota técnica “Panorama do hidrogênio no Brasil e no RJ: desafios e próximos passos”, disponível aqui para download, o combustível permanece como um grande potencial para descarbonização de plantas industriais como a siderúrgica, refino e petroquímica, entre outros segmentos. De acordo com o levantamento, somente na Aneel, são 12 projetos aprovados tecnicamente e previsão de R$ 1,5 bilhão, com mais de 75% provenientes do programa de PD&I da agência. Esses projetos são financiado por recursos recolhidos dos consumidores de energia. O restante, R$ 367 milhões, deve ser investido diretamente pelas empresas proponentes, conforme apresentação do Ministério de Minas e Energia (MME) em seu último workshop de H2 em março de 2025. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Engie: Em hidrogênio verde, estamos em estágio menos maduro do que imaginávamos
A Engie Brasil Energia, em meio às incertezas no mercado de hidrogênio verde (H2V), decidiu adiar seu projeto nessa área e direcionar seus esforços para a geração de energia renovável e linhas de transmissão. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Eduardo Takamori, explicou durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre deste ano que o projeto de H2V está em um estágio menos avançado do que o esperado. Diante das questões relacionadas à cadeia de valor do hidrogênio verde, a companhia optou por dar um passo atrás e aguardar por melhores condições. Takamori ressaltou que a Engie enfrentava dificuldades para tornar o negócio viável, mas enfatizou que não desistiram do projeto e continuam considerando o mercado de H2V como uma oportunidade. Além disso, ele mencionou que a empresa possui outros projetos no exterior e que segue atenta às possibilidades nesse segmento. A decisão da Engie reflete a cautela e a estratégia de avaliar minuciosamente os desafios e oportunidades do mercado de hidrogênio verde antes de avançar com seus investimentos nessa área. (Broadcast Energia - 14.05.2025)
Repsol Sinopec Brasil: Apresentação do Plano de Sustentabilidade 2025
A Repsol Sinopec Brasil divulgou seu Plano de Sustentabilidade 2025 com metas de curto, médio e longo prazo focadas em inovação aberta, descarbonização, segurança operacional e bem-estar dos colaboradores. Alinhado à meta global de net zero até 2050, o plano direciona mais de 50% do investimento em P&D para tecnologias de baixo carbono. Uma das principais apostas é o projeto CO2CHEM, que explora rotas de produção de combustíveis renováveis a partir de CO2, e sua integração com o programa DAC, que já recebeu mais de R$ 60 milhões para desenvolver tecnologia de captura direta de CO2 do ar. A planta piloto DAC300TA – primeira do tipo na América Latina - deverá ser otimizada ainda em 2025, com estudos voltados ao aumento de sua eficiência. Outros projetos abordarão a mineralização do CO2 em rochas e a viabilidade econômica de novos combustíveis. A empresa também fomentará a inovação por meio de parcerias com startups e hubs. Além disso, será lançado o projeto “Ecos do Amanhã”, em parceria com a UNESCO, com foco em educação ambiental, restauração de ecossistemas e valorização de patrimônios naturais e culturais. (Petronotícias – 14.05.2025)
Enase 2025 discutirá transição energética e COP30 com autoridades e especialistas
O Enase 2025, principal evento do setor elétrico, ocorrerá nos dias 11 e 12 de junho no Rio de Janeiro, com foco na transição energética justa e na COP 30. O encontro terá painéis macro setoriais e três trilhas temáticas: Política, Mercado e Inovação. No primeiro dia, autoridades como Ana Toni (COP 30) e Sandoval Feitosa (Aneel) debaterão propostas para a conferência climática de Belém. Ben Backwell (GWEC) analisará os impactos geopolíticos na descarbonização do Brasil. As trilhas abordarão política climática, hidrogênio verde e mercado de carbono. No segundo dia, CEOs discutirão desafios pós-COP 30, enquanto painéis tratarão de regulação, mobilidade elétrica e financiamento de renováveis. Cases práticos e megatendências do setor, como eólica offshore e IA, encerrarão o evento. As inscrições estão abertas no site oficial. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Encontro em MT debate futuro do setor elétrico com foco em energias renováveis e armazenamento
O Encontro da Indústria do Setor Elétrico, promovido pelo Sindenergia MT nos dias 20 e 21 de maio em Cuiabá, reunirá especialistas para discutir o futuro do segmento, com ênfase em transição energética e descarbonização. Entre os temas estão fontes renováveis como solar, hidrelétrica, hidrogênio verde e biometano, além do sistema de armazenamento BESS ("superbaterias"), que reduz custos e dependência de combustíveis fósseis. O presidente Carlos Garcia destacou a viabilidade dessas tecnologias e a importância da eficiência energética. O evento incluirá uma feira de negócios com mais de 20 estandes e oito painéis sobre desafios do setor, com expectativa de 1.200 participantes. Garcia reforçou a necessidade de investimentos em transmissão e distribuição para impulsionar o crescimento industrial em Mato Grosso. A nova diretoria do sindicato, empossada em 2024, busca uma gestão participativa para avançar nas pautas prioritárias. (Petronotícias – 14.05.2025)
Desafios do ESG na cadeia de suprimentos e o papel das grandes empresas da América Latina
O engajamento da cadeia de valor nas metas ESG é um desafio significativo para o setor industrial, especialmente em relação às emissões de gases de efeito estufa (GEE) da cadeia de suprimentos, que superam as emissões das atividades diretas das empresas. Poucas grandes companhias na América Latina monitoram essas emissões ou exigem compromissos climáticos dos fornecedores. Iniciativas como a da Electrolux, em parceria com o CDP e o Itaú BBA, oferecem condições financeiras vantajosas para fornecedores com boas práticas sustentáveis, incentivando a redução das emissões e o uso de materiais reciclados. Outras ações, como as da Danone Brasil e do Santander com a Vestas, também incentivam a adoção de práticas sustentáveis por meio de crédito facilitado baseado no desempenho ESG, promovendo um impacto positivo na cadeia de valor e alinhando-se a um movimento global de integrar critérios ambientais nas decisões financeiras. (Valor Econômico - 16.05.2025)
Crise Climática
Câmara aprova PL que exige planejamento climático de concessionárias
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou Projeto de Lei nº 6041/23, que obriga as concessionárias a adotarem estratégias para manter a normalidade da transmissão e distribuição de energia elétrica para os consumidores durante “ondas de calor” e eventos climáticos extremos. Os planos de contingência deverão ser divulgados em até 180 dias, considerando os consumidores atendidos, a área coberta e as dificuldades que eventualmente surjam em regiões específicas. A relatora do projeto, deputada Gisela Simona (União-MT) explicou que, pelo texto, caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fiscalizar as ações das concessionárias. “Não podemos ser surpreendidos com a ausência de um serviço que é essencial”, declarou. A proposta ainda precisa passar pelas comissões de Minas e Energia e Constituição e Justiça. (Agência Câmara de Notícias – 15.05.2025)
EPE publica Fact Sheet sobre mudanças climáticas e transmissão de energia
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou o segundo fact sheet da série dedicada à análise dos efeitos das mudanças climáticas sobre o setor elétrico brasileiro. Intitulado "Transmissão e Mudanças Climáticas", o documento reúne dados e reflexões sobre os principais riscos climáticos que ameaçam a rede de transmissão e aponta caminhos para fortalecer a resiliência do sistema. A publicação faz parte da segunda etapa do "Roadmap para Fortalecimento da Resiliência do Setor Elétrico em resposta às Mudanças Climáticas". Com quase 190 mil quilômetros de extensão, a rede de transmissão brasileira é responsável por atender mais de 99% da carga elétrica do país; entretanto, por ser majoritariamente composta por estruturas aéreas, enfrenta riscos crescentes diante da intensificação de eventos climáticos extremos. Diante das projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que apontam para o aumento da frequência e intensidade de eventos extremos, compreender como as mudanças climáticas podem afetar o sistema de transmissão de energia elétrica é fundamental para subsidiar o planejamento da expansão com foco no aumento da resiliência. Acesse o documento aqui. (EPE – 14.05.2025)
Empresas
Eletrobras: Prejuízo de R$ 81 mi no 1º tri 2025
A Eletrobras compartilhou suas demonstrações financeiras referentes ao primeiro trimestre de 2025. A companhia, no período, registrou prejuízo de R$ 354 milhões, enquanto o prejuízo ajustado ficou em R$ 81 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 447 milhões em 2024. Segundo a empresa, o resultado reflete a revisão feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na base regulatória de ativos da Chesf, que teve impacto de R$ 952 milhões. Além disso, a receita do segmento de geração atingiu R$ 7 bilhões (+9,4%) e a do segmento de transmissão totalizou R$ 4,4 bilhões (-13%), influenciada pelo adiamento do processo de revisão tarifária. Ainda, o EBTIDA ajustado ficou em R$ 4,53 bilhões (-2,5%) e a dívida líquida fechou em R$ 39,272 bilhões. Já os investimentos no trimestre somaram a R$ 912 milhões (-25,3%), explicado – de acordo com a ex-estatal – pela conclusão das obras do parque eólico de Coxilha Negra, em Santana do Livramento (RS). (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Eletrobras cai no Ibovespa após resultado fraco no 1º tri 2025
As ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) registraram forte queda, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa, após a divulgação de um resultado fraco no primeiro trimestre de 2025. A companhia apresentou um Ebitda ajustado 19% abaixo das estimativas do Goldman Sachs, influenciado negativamente pela exposição às variações de preços nos submercados de energia, além de receitas 2% abaixo do esperado. Apesar disso, analistas destacaram aspectos positivos, como a redução da dívida e melhorias na estrutura de custos e provisões, com recomendações de compra tanto do Goldman Sachs quanto do BTG Pactual, que fixaram preços-alvo entre R$ 48 e R$ 58 para os papéis. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Lucro da CPFL cai 8% no 1º tri 2025
A CPFL registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 8% em relação ao ano anterior, impactada pelo fim de contrato de uma termelétrica, cortes de geração impostos pelo ONS, queda de temperatura e maiores despesas financeiras. O Ebitda se manteve praticamente estável, com leve recuo de 0,4%, enquanto a receita operacional líquida subiu 4,8%, alcançando R$ 10,6 bilhões. O consumo de energia cresceu 1,6%, com destaque para o segmento residencial (+2,7%) e leve alta no industrial (+1,3%), impulsionado por setores como papel, veículos e plásticos. A empresa também registrou queda na inadimplência devido ao aumento no número de cortes de fornecimento. Apesar das restrições operacionais (curtailment) afetarem a geração eólica, o segmento cresceu 5%, podendo ter atingido 27% sem essas limitações. Para reduzir riscos financeiros, a CPFL alongou sua dívida e antecipou vencimentos, ajustando o custo médio para CDI + 0,5%. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Equatorial: Lucro de R$ 706 mi no 1º tri 2025
A Equatorial compartilhou suas demonstrações financeiras referentes ao primeiro trimestre de 2025. A empresa reportou lucro líquido de R$ 706 milhões, alta de 21,6%, já o ajustado recuou 16,4% no período, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Além disso, o resultado EBTIDA ficou em R$ 3,2 bilhões (+19,6%), enquanto a receita operacional líquida avançou 18,3% para R$ 11,7 bilhões. Em termos de energia injetada, a empresa informou que o volume aumentou 1,6% no trimestre. Já a energia distribuída aumentou 2,4%. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Light: Companhia reverte prejuízo e tem lucro de R$ 419 mi no 1º tri 2025
A Light divulgou suas demonstrações financeiras referentes ao primeiro trimestre de 2025. No período, a companhia registrou lucro de R$ 419 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 357 milhões no mesmo trimestre de 2024. A distribuidora foi responsável por 58% do lucro consolidado do grupo. De acordo com a empresa, a melhora no resultado se deu por conta de um aumento de 2,2% do mercado faturado, puxado pela aceleração da economia do Rio de Janeiro, bem como aumento na temperatura média no período. Ademais, a receita líquida ficou em R$ 3,74 bilhões (+12,7%), enquanto o EBTIDA chegou a R$ 579 milhões (+94%). Ainda, a dívida líquida da distribuidora registrou um recuo de 55% e foi a R$ 4,2 bilhões, refletindo a melhora de caixa no período. Por fim, os investimentos na distribuidora somaram R$ 288 milhões no trimestre (+72,7%). (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Perdas não técnicas de energia da Light atingem 70,7% no mercado de baixa tensão
As perdas de energia elétrica na área de concessão da Light Distribuição, que atende à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, aumentaram no primeiro trimestre de 2025, com destaque para as perdas não técnicas — os chamados “gatos” — que atingiram 70,7% no mercado de baixa tensão. No total, essas perdas somaram 7.573 GWh em 12 meses, representando 64,3% do mercado de baixa tensão somado à geração distribuída. O crescimento dessas perdas ocorre em meio à expectativa pela renovação da concessão da empresa, que vence em 2026. Apesar de estar em recuperação judicial, a Light afirma manter o atendimento aos consumidores e demonstra confiança na renovação antecipada do contrato, segundo seu CEO, Alexandre Ferreira Nogueira. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Light: Parceria com o Disque Denúncia mirando engajamento popular para combater furtos de energia
A Light e o Disque Denúncia firmaram, em 13 de maio, uma parceria para combater os furtos de cabos e as fraudes no fornecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro. A iniciativa permite que a população denuncie, de forma anônima e 24 horas por dia, crimes como ligações clandestinas e roubos de fios por meio dos canais da central. O acordo visa aumentar o engajamento dos cidadãos no enfrentamento de práticas ilegais que impactam diretamente a segurança e a qualidade do serviço. E, segundo Rodrigo Brandão, diretor de distribuição da Light, o apoio da população é fundamental no combate a essas ações criminosas. “Contar com um canal seguro e sigiloso é essencial para envolver os cidadãos nessa luta”, declarou. Somente em 2024, a empresa regularizou 2.597 ligações clandestinas e normalizou cerca de 173 mil instalações irregulares. De acordo com a distribuidora, a cada 100 clientes regulares, 35 cometem furto de energia. As denúncias podem ser feitas pelo telefone ou WhatsApp (21) 2253-1177 ou pelo aplicativo “Disque Denúncia RJ”. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Eneva: Lucro de R$ 384,4 mi no 1º tri 2025
A Eneva apresentou os resultados de sua operação no primeiro trimestre de 2025. No período, a empresa registrou lucro de R$ 384,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 60,9 milhões de igual período anterior. A receita líquida aumentou 120,7% no trimestre, indo para R$ 4,423 bilhões, e o EBTIDA cresceu 40,3%, atingindo R$ 1,527 bilhão. Além disso, os investimentos totalizaram R$ 861,1 milhões (+89,4%), o fluxo de caixa operacional ficou em R$ 1,018 bilhão (-7,8%) e a dívida líquida fechou março em R$ 14,436 bilhões (-17,3%). (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Serena Energia tem prejuízo de R$ 155,5 mi no 1º tri 2025
A Serena Energia registrou prejuízo de R$ 155,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 135,5 milhões no mesmo período do ano anterior, impactada pela redução do resultado operacional e aumento das despesas financeiras. Apesar de um forte crescimento de 68% na receita, que alcançou R$ 1,15 bilhão com vendas de energia dobrando para 2.377 GWh, o Ebitda caiu 48%, refletindo também efeitos não recorrentes, como falhas na rede de transmissão e indisponibilidades operacionais. A produção de energia recuou 2,7% devido ao "curtailment", mas teria crescido 9% sem esse impacto. O resultado financeiro foi negativo em R$ 289,3 milhões, agravado por fatores macroeconômicos, enquanto a dívida líquida atingiu R$ 8,72 bilhões, com alavancagem em 4,5 vezes e caixa de R$ 1,82 bilhão. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Enel Brasil: Investimentos no 1º tri 2025 superam R$ 1,17 bi
As distribuidoras da Enel Brasil em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará registraram investimentos recordes no primeiro trimestre de 2025, com um CAPEX total superior a R$ 1,17 bilhão. Os aportes priorizaram a modernização e automação das redes elétricas, substituição de equipamentos obsoletos, ampliação do acesso à energia e redução de perdas técnicas. A Enel São Paulo investiu R$ 484,5 milhões, a Ceará R$ 375,5 milhões e o Rio de Janeiro R$ 314,1 milhões. Esses esforços resultaram em melhorias operacionais, como a queda nos indicadores de duração de interrupções (DEC): -8% em São Paulo, -11,2% no Rio e -11,1% no Ceará. A melhora no desempenho operacional é resultado de ações preventivas, uso intensivo de tecnologia para diagnóstico remoto e resposta rápida a eventos climáticos extremos, com destaque para a integração ao Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) em São Paulo e a contratação de mais de 2 mil profissionais em campo desde 2024. Para os próximos anos, a estratégia da Enel inclui a construção de novas subestações, melhorias nos canais de atendimento e automação da rede. (Petronotícias – 14.05.2025)
Taesa destaca incertezas em concessões e foco em melhorias
Em teleconferência com investidores, Rinaldo Pecchio Jr., CEO da Taesa, afirmou que a relicitação ou renovação das concessões de transmissão trará receitas menores, impactando a empresa. O prazo para decisões vai até julho de 2027, com discussões intensas com a Aneel no segundo semestre. Luis Alessandro Alves, diretor técnico, destacou o foco em melhorias nas instalações, incluindo estudos avançados de proteção em linha, alinhados ao ONS. A Taesa busca oportunidades de reforços, grandes e pequenos, para otimizar sua infraestrutura. O cenário exige análises estratégicas para garantir eficiência diante das incertezas no setor de transmissão. A empresa mantém atenção às mudanças regulatórias e operacionais, visando a sustentabilidade em um mercado desafiador. (Broadcast Energia – 14.05.2025)
Justiça anula aumento de capital da Renova
A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais declarou nula a operação de conversão de crédito realizada pela Renova Energia, que previa o aumento de capital homologado em 28 de abril de 2025. A decisão, no entanto, não é definitiva, estando sujeita a recurso, e a companhia informou que está avaliando as medidas legais cabíveis. Ao final de abril, o Conselho de Administração aprovou a capitalização dos créditos devidos pelo VC Energia II, no valor de R$534.474.574,63. Essa operação implicava a emissão de 494.883.865 novas ações ordinárias, cotadas a R$1,08 cada, o que consolidaram o fundo no bloco de controle da geradora. Com a homologação, o capital social da Renova seria elevado para R$4.704.868.964,80. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Plug and Play: Energytechs são destaque para fundo de investimentos de US$ 50 mi para a AL
A Plug and Play anunciou a estruturação de um fundo de investimentos voltado para a América Latina, com prioridade para o Brasil, e destacou que o setor de energia é um dos mais procurados para receber aportes. Serão US$ 50 milhões levantados por meio de fundos e family offices que já têm histórico com a aceleradora. Segundo a empresa, as startups em estágios iniciais são o foco e os valores devem ficar entre US$ 50 mil e US$ 2 milhões, e, nesse universo, as energytechs - que atuam com tecnologia e inovação no setor energético – figuram entre as de maior notoriedade para o projeto. A Plug and Play ressaltou que atua em inovação aberta estruturada em três pilares principais: investimentos e Venture Capital, inovação corporativa e aceleração de startups. A plataforma iniciou suas atividades no Brasil em 2016 e já investiu em 11 startups no país desde 2019. Agora, afirma que a expectativa é realizar 10 investimentos por ano. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Leilões
Eletrobras mantém expectativa por leilão de reserva de capacidade em 2025
Durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre, o vice-presidente de estratégia da Eletrobras, Elio Wolff, afirmou que a empresa ainda acredita na realização do leilão de reserva de capacidade em 2025, mesmo após seu cancelamento em junho para ajustes regulatórios. A companhia dispõe de 6 GW em projetos que podem ser ofertados nesse ou em futuros leilões. Já o vice-presidente financeiro, Eduardo Haiama, destacou que a Eletrobras já planejou sua alocação de capital para o ano, incluindo o pagamento de dividendos, com base na venda de suas termelétricas a gás natural. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Região Nordeste conta com 75,8% da capacidade
Os reservatórios do Nordeste apresentaram queda de 0,1 ponto percentual e estão operando com 75,8% de sua capacidade de armazenamento, na última terça-feira, 13 de maio, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 39.193 MW mês e ENA de 3.587 MW med, equivalente a 59% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 69,2% A região Norte teve níveis estáveis e os reservatórios trabalham com 98,2% da capacidade. A energia retida é de 15.027 MW mês e ENA de 14.816 MW med, valor que corresponde a 58% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 99,85%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste baixou 0,1 p.p e está em 70,1%. A energia armazenada mostra 143.364 MW mês e a ENA é de 32.117 MW med, valor que corresponde a 82% da MLT. Furnas admite 68,59% e a usina de Itumbiara marca 88,12%. Os reservatórios da Região Sul recuaram 0,5 p.p e operam com 36%. A energia armazenada é de 7.364 MW mês e a energia natural afluente marca 2.828 MW med, correspondendo a 28% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 41,13% e 43,71% respectivamente. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Auren/Zanfelice: Ajustes a serem promovidos pelo ONS devem reduzir impacto de cortes de geração
O presidente da Auren Energia, Fabio Zanfelice, demonstrou otimismo em relação aos esforços do governo para lidar com os cortes de geração de energia nos ativos eólicos e solares do Nordeste. Ele elogiou a iniciativa do ONS de estudar flexibilizações em seus procedimentos de operação para aumentar o intercâmbio de energia entre o Norte/Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, visando reduzir o impacto dos cortes. Zanfelice destacou a possibilidade de reavaliação da política operativa do ONS, prevendo um aumento no intercâmbio de energia no segundo semestre. Ele também enfatizou a colaboração entre governo e agentes privados, através de associações setoriais, para resolver a questão. A expectativa é que as reuniões nas próximas semanas possam trazer mais clareza sobre o tempo necessário para a resolução do problema. (Broadcast Energia - 14.05.2025)
Copel: Geração própria de energia soma 7.055 GWh no 1tri25, alta anual de 6,3%
No primeiro trimestre de 2025, as usinas da Copel, localizadas em São Paulo, produziram um total de 7.055 gigawatts-hora (GWh) de energia, o que representou um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, a geração proveniente da fonte hídrica alcançou 6.303 GWh, registrando um crescimento de 5,1% na comparação anual. Já a energia gerada a partir da fonte eólica atingiu a marca de 752 GWh, apresentando um aumento significativo de 17,3% em relação ao ano anterior.Além da geração própria, a Copel adquiriu um montante de 8.657 GWh de energia para revenda no período analisado, o que representou um aumento de 3,8% na comparação anual. Esses números refletem a estratégia da empresa em diversificar suas fontes de energia e aumentar sua capacidade de geração, contribuindo para o abastecimento e a segurança energética da região.O desempenho positivo da Copel no setor energético evidencia a importância da diversificação de fontes na matriz energética, com destaque para o crescimento expressivo da geração eólica. Essa expansão reflete não apenas o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a eficiência energética, mas também sua capacidade de se adaptar às demandas do mercado e às mudanças no cenário energético global. (Broadcast Energia - 14.05.2025)
Mobilidade Elétrica
LG Energy Solution enfrenta desafios na produção doméstica de materiais para baterias de VEs
A LG Energy Solution enfrenta grandes desafios para desenvolver uma cadeia de fornecimento doméstica de materiais de ânodo nos Estados Unidos, essenciais para baterias de veículos elétricos, devido à forte dependência da China e às tarifas comerciais impostas pelo governo Trump. Embora a empresa esteja buscando alternativas em países como Canadá e Indonésia e invista em projetos como uma fábrica de cátodos no Tennessee, a produção 100% doméstica ainda é considerada inviável no curto prazo. A pressão regulatória, aliada à incerteza política sobre subsídios e políticas de energia limpa, pode desacelerar a adoção de veículos elétricos e afetar a competitividade do setor. Apesar das restrições, a LG mantém planos de expansão e aposta em soluções integradas e sustentáveis para sua cadeia produtiva na América do Norte, onde atende montadoras como GM, Honda, Toyota e Hyundai. (Valor Econômico - 16.05.2025)
Inovação e Tecnologia
AWS alerta que regulação rígida de IA no Brasil pode frear inovação e investimentos
Shannon Kellogg, vice-presidente da AWS, criticou as restrições excessivas do projeto de lei que regulamenta a IA no Brasil durante o "Summit Brazil-USA" em Nova York. Ele afirmou que a proposta, em discussão na Câmara, vai além das normas europeias, especialmente em direitos autorais, prejudicando o desenvolvimento de modelos de linguagem (LLMs), essenciais para a IA generativa. Kellogg alertou que tais regras podem desestimular investimentos em data centers, como os R$10,1 bilhões que a AWS planeja aplicar até 2034 no país. Defendeu um marco regulatório que equilibre inovação e crescimento para empresas locais e estrangeiras. Além disso, destacou os investimentos dos EUA em energia nuclear para data centers e a competição global por infraestrutura digital. Participaram do painel CEOs de Amcham, Cosan, Gerdau e JBS, reforçando a importância de políticas atrativas para o setor. (O Globo – 14.05.2025)
Omnia, nova plataforma de data centers hiperescaláveis com US$ 1 bi de investimento
O Pátria Investimentos anunciou o lançamento da Omnia, nova plataforma de data centers hiperescaláveis na América Latina, com investimento de US$ 1 bilhão voltado ao atendimento da crescente demanda por inteligência artificial, computação em nuvem e aplicações de alta performance. Com atuação prevista no Brasil, México e Chile, a iniciativa marca o retorno do Pátria ao setor após a venda da Odata em 2023. O primeiro projeto deve começar a ser construído no segundo semestre de 2025, com operação até o fim de 2027, e contará com fornecimento exclusivo de energia renovável, por meio de um novo parque eólico. A Omnia focará em campi com capacidade superior a 100 MW e se beneficiará da flexibilidade geográfica permitida pelo treinamento de IA, priorizando locais com acesso à rede de alta tensão, mesmo fora dos grandes centros urbanos. A escolha da América Latina se baseia em sua matriz energética renovável e estabilidade regulatória, o que pode atrair investimentos globais para essa nova geração de infraestrutura digital. (Valor Econômico - 16.05.2025)
CCEE implanta nova infraestrutura tecnológica para elevação de projeções
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE acaba de implantar uma nova infraestrutura tecnológica de alto desempenho, projetada para potencializar a execução dos modelos computacionais que sustentam o planejamento do futuro do setor. O resultado principal é o ganho de eficiência com a redução de até 87% no tempo de processamento das simulações. A novidade possibilita a projeção de uma gama maior de cenários para o Preço de Liquidação das Diferenças e um cálculo mais robusto de variáveis-chave, como os parâmetros utilizados na definição das Bandeiras Tarifárias, e assim potencializar as decisões mais seguras e sustentáveis. Por fim, esse movimento demonstra o posicionamento estratégico do CCEE em se manter firme e fiel a seu pilar técnico. (CCEE – 15.05.2025)
Imetame Energia: Otimização de processos com a incorporação de plataforma da Elipse Software
A Imetame Energia anunciou a incorporação de uma tecnologia para melhorar o controle e a análise de seus processos. A empresa adotou a plataforma Elipse Plant Manager (EPM), desenvolvida pela Elipse Software, para otimizar o rastreamento dos dados relacionados aos poços de gás natural que abastecem suas quatro usinas termelétricas: Prosperidade I, II, III e IV, na Bahia. A companhia destacou que a escolha do EPM para a coleta, análise e armazenamento das informações é explicada por sua capacidade de integrar dados de diferentes fontes, organizá-los de forma contextualizada e garantir alta performance nas consultas e gravações. Outro diferencial pontuado da ferramenta é a flexibilidade no cadastro de variáveis, permitindo configurar limites, unidades de engenharia e opções de compressão e histórico dos dados. Com a ação, a empresa espera ganhos em confiabilidade, agilidade e eficiência na tomada de decisões. (Agência CanalEnergia - 15.05.2025)
Tecnologia como aliada e desafio na busca por energia sustentável
A série Zero Day, da Netflix, retrata um colapso social causado por um apagão, refletindo a dependência global da tecnologia e energia. Na realidade, eventos como tempestades em São Paulo e falhas no Chile e Argentina evidenciam a fragilidade das redes elétricas. A Inteligência Artificial surge como solução, otimizando energias renováveis e gerenciando redes, como faz a startup Splight na América Latina. No entanto, o uso irresponsável da tecnologia também gera desperdício, como no caso de filtros de IA que consumiram 216 milhões de litros de água em uma tendência viral. Smartphones, apesar de úteis, aumentam o consumo energético e impactam a saúde mental. Para uma sociedade sustentável, é essencial equilibrar inovação com responsabilidade, garantindo que a tecnologia promova eficiência energética sem agravar crises ambientais e sociais. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
Energias Renováveis
Aneel libera 53 MW em testes para usinas eólicas e solar
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início da operação em teste de três empreendimentos, somando 53 MW de capacidade instalada. A partir de 13 de maio, entraram em fase de testes a UG15 da EOL Ventos de Santa Luzia 15 (4,5 MW), a UG6 da EOL Ventos de Santo Antônio 05 (4,5 MW) e as unidades UG1 a UG44 da UFV Pedro Leopoldo 2 (44 MW), esta última uma usina solar. As autorizações visam verificar a eficiência e segurança das unidades antes da operação comercial. O aval da Aneel reforça a expansão de fontes renováveis no Brasil, com destaque para a energia eólica e solar. A informação foi divulgada pela Agência CanalEnergia em 14 de maio de 2025. (Agência CanalEnergia - 14.05.2025)
MME e Petrobras debatem expansão do biometano no Brasil
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Petrobras discutiram nesta semana os resultados da primeira Chamada Pública para aquisição de biometano, analisando a expansão do mercado e o interesse crescente de regiões brasileiras no combustível renovável. O ministro Alexandre Silveira destacou o papel estratégico da Petrobras na transição energética, enfatizando a importância do biometano para impulsionar fontes sustentáveis e gerar oportunidades socioeconômicas. A Petrobras elogiou a consulta pública aberta pelo MME sobre o Programa de Incentivo ao Biometano, alinhado à Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), e ressaltou a necessidade de agilidade regulatória para consolidar o setor. Participaram do encontro representantes da ANP e do MME, incluindo o secretário Pietro Mendes e a diretora Mariana Cavadinha, reforçando a colaboração entre governo e indústria para viabilizar o mercado de biometano no país. (Petronotícias – 14.05.2025)
Neoenergia fornecerá energia renovável ao COB até o fim de 2025
A Neoenergia firmou um acordo para fornecer energia renovável ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) até o fim de 2025, por meio do complexo eólico Neoenergia Oitis, localizado no Piauí e na Bahia. O fornecimento, certificado com I-REC, totaliza 2 milhões de kWh e abastecerá o centro de treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, permitindo ao COB economizar cerca de R$ 1,4 milhão em energia elétrica e zerar as emissões de aproximadamente 100 toneladas de CO₂ por ano. A parceria, sem custo para o comitê por se tratar de um patrocínio, está alinhada com o compromisso do COB de reduzir suas emissões em 50% até 2030. A Neoenergia também ampliou sua atuação no esporte ao fechar contratos semelhantes com clubes como o Esporte Clube Bahia, e mantém o “Time Neoenergia”, com atletas de destaque, reforçando sua estratégia de associar a marca ao esporte e à sustentabilidade. (Valor Econômico - 15.05.2025)
Gás e Termelétricas
OnCorp fecha parceria para FSRU e avança com terminal de GNL em Suape
A OnCorp oficializou uma parceria com uma multinacional para o afretamento de uma Unidade Flutuante de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (FSRU), que será utilizada no Terminal de Suape (TRS), em Pernambuco. A embarcação possui uma maior capacidade de armazenamento e amplia a oferta de gás natural no Nordeste. O contrato representa um dos principais marcos da implantação do terminal, viabilizando a chegada da unidade flutuante que fará o recebimento e a regaseificação do GNL. Por fim, com esta parceria, a OnCorp avança no seu objetivo como o primeiro terminal multiusuário de GNL do Brasil. (Petronotícias – 15.05.2025)
Âmbar Energia conclui a aquisição de 12 usinas termoelétricas e potencializa seu portfólio
Quase um ano depois de iniciar as negociações, a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, concluiu a aquisição de 12 usinas termoelétricas no estado do Amazonas. A compra das unidades, que pertenciam à Eletrobras, fortalece o portfólio de geração a gás natural da Âmbar, que também conta com usinas hidrelétricas, solares, a biomassa, a biogás e a carvão mineral. Ademais, as 12 usinas que passam a pertencer à Âmbar têm capacidade instalada de 1.559 megawatts (MW). O negócio foi assinado e anunciado em junho de 2024. Por fim, vale destacar que a conclusão da venda da UTE Santa Cruz (500 MW), também faz parte do portifólio da Eletrobras, e aguarda a aprovação regulatória. (Petronotícias – 15.05.2025)
NT2E 2025 se aproxima com foco em energia atômica e expansão da medicina nuclear no Brasil
Agora falta menos de uma semana para a NT2E 2025 (que acontece entre os dias 20 e 22 de maio), principal feira de tecnologia e negócios do setor nuclear na América Latina. Além de discutir o futuro da geração de energia a partir da fonte atômica, o evento também abrirá espaço para discussões estratégicas sobre o papel da medicina nuclear no país. Ao longo da programação, especialistas de diferentes elos da cadeia produtiva vão analisar desafios, soluções e caminhos para ampliar o acesso da população a essa ferramenta fundamental no diagnóstico e tratamento. Esse evento contará com painéis de destaque como o “O papel da medicina nuclear na política nacional e no controle do câncer” e o “Plano de expansão do tratamento e diagnóstico do câncer no Brasil”. (Petronotícias – 15.05.2025)
Woodside firma acordo com Aramco e avança em projeto de GNL nos EUA
A australiana Woodside Energy firmou um acordo com a Saudi Aramco para explorar oportunidades de colaboração, incluindo a possível aquisição, pela Aramco, de participação no projeto de gás natural liquefeito (GNL) da Woodside na Louisiana (EUA), avaliado em US$ 17,5 bilhões. O projeto, aprovado em abril e com início de produção previsto para 2029, terá capacidade anual de 16,5 milhões de toneladas. A Aramco também poderá garantir fornecimento de GNL e colaborar em iniciativas de amônia de baixo carbono. A notícia impulsionou as ações da Woodside em quase 4%, enquanto analistas destacam que a entrada da Aramco validaria o valor do projeto. A Woodside já vendeu 40% da infraestrutura do projeto à americana Stonepeak e segue em busca de novos parceiros asiáticos, como Tokyo Gas e Jera. (Valor Econômico - 15.05.2025)
China aprova construção de 10 reatores nucleares e investe US$ 27,7 bi no setor
A China aprovou a construção de 10 novos reatores nucleares, com investimento de US$ 27,7 bilhões, reforçando sua meta de se tornar o maior gerador de energia nuclear do mundo até 2030. O projeto, que inclui oito reatores do tipo Hualong One e dois do modelo CAP1000, totalizará cerca de 12.000 megawatts de capacidade e será implantado em províncias costeiras como Shandong e Guangdong. Com 57 reatores já em operação e capacidade atual de 59.760 megawatts, a China pretende alcançar 110.000 megawatts até o fim da década, superando os EUA e a França. A energia nuclear, hoje com 4,7% de participação na matriz elétrica chinesa, é vista como peça-chave nos esforços do governo para reduzir a poluição, garantir segurança energética e cumprir as metas climáticas de neutralidade de carbono até 2060. Enquanto EUA e Europa enfrentam altos custos e atrasos em projetos nucleares, a China avança com eficiência por meio de estatais experientes, construindo usinas em ritmo acelerado desde 2022. (Valor Econômico - 16.05.2025)